Pe. Chico: experiência como formador, pároco e administrador
PÁGINA 14
Jornal da
Arquidiocese “De graça recebestes, de graça dai”
Florianópolis, Agosto de 2010 Nº 159 - Ano XIV
(Mt 10,8)
Inaugurado Centro de Evangelização Com capacidade para mais de quatro mil pessoas, Centro de Evangelização é um presente para a Igreja na Arquidiocese Uma celebração presidida pelo nosso arcebispo Dom Murilo no dia 18 de julho, marcou a inauguração do Centro de Evangelização Angelino Rosa - CEAR. Mais de duas mil pessoas acompanharam a cerimônia.
Administrado pela Comunidade Divino Oleiro, o espaço, localizado no coração da Arquidiocese, está disponível para os grandes eventos. Vários deles já estão programados para este ano. PÁGINA 09
GBFs participam da II Concentração Arquidiocesana Todos os integrantes dos Grupos Bíblicos em Família são convidados a participar da Concentração
Falando aos mais de dois mil fiéis presentes à inauguração, Dom Murilo disse: “O CEAR é um dom para a Igreja”.
Comunidade terapêutica amplia espaço de atendimento Em dez anos de funcionamento, “Recanto Silvestre” já atendeu 1.642 pessoas portadoras de dependência química Uma celebração presidida pelo nosso arcebispo Dom Murilo ,no dia 09 de julho, marcou a inauguração do refeitório da Comunidade Terapêutica “Recanto Silvestre”.
Dom Wilson assume o pastoreio da diocese de Tubarão PÁGINA 03
Participe do Jornal da Arquidiocese
Além do refeitório, o prédio contará com ampla cozinha e mais três salas para atendimento médico, psicológico e odontológico. Administrada pelo Pe. Luiz
Copa Arquidiocesana de Futebol atrai jovens
Prim, Comunidade Terapêutica é referência em atendimento aos dependentes químicos. PÁGINA 04
Livro de Dom Murilo publicado em várias traduções
PÁGINA 05
PÁGINA 09
Programado para o dia 29 de agosto, no Ginásio de Esportes Irineu Bornhausen, em Cambo-riú, evento deverá reunir representantes dos mais de dois mil Grupos
Bíblicos em Família existentes na Arquidiocese. Esta é a segunda vez que o evento é realizado. A primeira foi em agosto de 2001. PÁGINA 11
GRUPOS BÍBLICOS EM FAMÍLIA Nos grupos bíblicos em família realiza-se a Igreja dos primeiros tempos: os primeiros cristãos viviam em comunidade e perseveravam unidos na doutrina dos apóstolos; nas reuniões em comum; na fração do pão e nas orações; eram unidos e colocavam em comum todas as coisas; vendiam suas propriedades e seus bens e repartiam o dinheiro entre todos, conforme a necessidade de cada um; todos juntos fre-
Irmã Carmelita celebra 60 anos de consagração PÁGINA 15
quentavam o Templo, e nas casas partiam o pão, tomando alimento com alegria e simplicidade de coração; juntos louvavam a Deus; viviam unidos e tinham tudo em comum; formavam um só coração e uma só alma; tudo era posto em comum entre eles; davam testemunho da ressurreição do Senhor Jesus; gozavam de grande aceitação; entre eles ninguém passava necessidade. PÁGINA 04
Rádio Cultura tem o segundo melhor programa do Brasil PÁGINA 16
P O R C A R TA
POR E-MAIL
PELO SITE
Rua Esteves Júnior, 447 - Cep 88015-130 - Florianópolis
jornal@arquifln.org.br
www.arquifln.org.br
2
Opinião
Agosto 2010
Palavra do Bispo
Dom Murilo S. R. Krieger Krieger,, SCJ
Jornal da Arquidiocese
Arcebispo de Florianópolis
Um grande sinal apareceu no céu Um grande sinal apareceu céu: uma mulher revestida de sol, a lua debaixo dos seus pés e, na cabeça, uma coroa de doze estrelas (Ap 12,1). Essa passagem do livro do Apocalipse é proclamada na Missa da Assunção de Nossa Senhora. Segundo o ensinamento oficial da Igreja, a humilde jovem de Nazaré, escolhida e preparada desde toda a eternidade por Deus para ser mãe de seu Filho Jesus, foi elevada em corpo e alma à glória do céu. Se hoje está “vestida de sol”, não se deve a um mérito seu ou ao resultado de seus esforços mas, sim, à escolha feita por aquele que “nos abençoou com toda a bênção espiritual em Cristo, e nos escolheu nele antes da criação do mundo” (Ef 1,3).
Ignoramos como e quando se deu a morte de Maria, e mesmo se houve realmente morte. Os orientais preferem falar da dormição de Maria. Os Evangelhos, os Atos dos Apóstolos e as Epístolas não fazem referência a isso. A fé nos ensina que Maria foi assunta ao céu em corpo e alma, isto é, foi glorificada de forma total e completa. Ela já é o que somos chamados a ser após a ressurreição da carne. Sua Assunção mostra o valor do corpo humano, templo do Espírito Santo. Também ele é chamado à glorificação. Nosso corpo não nos é dado para ser instrumento do pecado, para a busca do prazer pelo prazer, mas para a glória de Deus. O dogma da Assunção nos dá uma certeza: Maria já alcançou a
Palavra do Papa
Bent o XVI Bento
Rezar: estar na presença de Deus
Jovens, agradeço a Deus esta possibilidade de estar um pouco convosco... Agradeço-vos o afeto que me manifestais com tanto entusiasmo! (...) De vossas palavras sobressaem dois aspectos fundamentais: um positivo e outro negativo. O aspecto positivo é constituído pela vossa visão cristã da vida, por uma educação que evidentemente recebestes dos pais, dos avós, dos outros educadores: sacerdotes, professores, catequistas. O aspecto negativo consiste nas sombras que obscurecem vosso horizonte: são problemas concretos, que tornam difícil olhar para o futuro com serenidade e otimismo; mas são também valores falsos e modelos ilusórios, que vos são propostos e que prometem encher a vida, mas ao contrário esvaziam-na. Então, o que fazer para que estas sombras não se tornem demasiado pesadas? (...) Queridos jovens! Encontrai, sempre, um espaço em vossos dias para Deus, para ouvi-lo e para falarlhe! (...) A verdadeira oração jamais vos afasta da realidade. Se rezar vos alienar, vos tirar de vossa vida real, estai alerta: não é verdadeira oração! Ao contrário, o diálogo com Deus é garantia de verdade, de verdade consigo próprio e com os outros, e assim de liberdade. Estar com Deus, ouvir a sua Palavra, no Evangelho e na liturgia da Igreja, protege contra os enganos do orgu-
lho e da presunção, das modas e dos conformismos, e dá força para ser deveras livre, também de certas tentações mascaradas de bondade. Perguntastes-me: como podemos estar “no” mundo sem ser "do" mundo? Respondo-vos: precisamente graças à oração. Não se trata de multiplicar as palavras, como já nos lembrou Jesus, mas de estar na presença de Deus, fazendo próprias, na mente e no coração, as expressões do “Pai-Nosso”, que abrange todos os problemas da nossa vida, ou adorando a Eucaristia, ou meditando o Evangelho no nosso quarto, ou participando com recolhimento na liturgia. Tudo isso não nos afasta da vida, mas, ao contrário, nos ajuda a sermos deveras nós mesmos em qualquer ambiente, fiéis à voz de Deus que fala à consciência, livres dos condicionamentos do momento!
“
Trata-se de estar na presença de Deus, fazendo próprias, na mente e no coração, as expressões do ‘Pai-Nosso’”.
Bent o XVI Bento XVI, 04.07.10
realização final. Tornou-se, assim, um sinal para a Igreja que, olhando para ela, crê com renovada convicção no cumprimento das promessas de Deus. Olhando para o que Deus já realizou em Maria, os cristãos animam-se a lutar contra o pecado e a construir um mundo justo e solidário, para participar, um dia, do Reino definitivo. Uma mulher já participa da glória que está reservada à humanidade. Nasce, para nós, um desafio: lutar em favor das mulheres que, humilhadas, não têm podido deixar transparecer sua grande vocação. É preciso, porém, estar atentos a um risco: a verdade sobre a Assunção de Maria, sobre sua glorificação antecipada, pode fazer com que passemos a vê-la distan-
te de nós, muito acima de nossa vida e de nossa realidade. Crer na Assunção é proclamar que aquela mulher que deu à luz num estábulo, entre animais, que teve seu coração traspassado, viveu no exílio etc., foi exaltada por Deus e, por isso mesmo, está muito mais próxima de nós. A Assunção mostra as preferências de Deus por aqueles que são pobres, pequenos e pouco considerados neste mundo. A Assunção de Maria lembranos o objetivo de nossa vida: estar, um dia, eternamente, com Deus. Uma irmã e mãe nossa irmã na ordem da criação, mãe na ordem da graça -, já está com Deus. Renova-se em nosso coração a esperança de recebermos, também, idêntico prêmio.
“
Um sinal para a Igreja que, olhando para ela, crê com renovada convicção no cumprimento das promessas de Deus.”
Reflexão
Exame de Consciência no Espírito Santo O grande dom da Páscoa é o perdão dos pecados. Ao aparecer aos discípulos após a ressurreição, infundindo neles o Espírito Santo, Jesus oferece como primeiro fruto o perdão: “Recebei o Espírito Santo. A quem perdoardes, os pecados serão perdoados” (cf. Jo 20, 22-23). A nossa ressurreição pessoal é o fruto mais belo do perdão dos pecados, que reata nossa amizade com Deus e recupera nossa beleza original. Para pedirmos a remissão dos pecados, necessitamos examinar nossa consciência, tomar conhecimento de nossa vida em Deus. E veremos o quanto nos falta da semelhança divina. É pelo Espírito Santo que somos capazes de um verdadeiro exame de consciência, exame de vida e não de tarefas. O Espírito sonda tudo, mesmo as profundezas de Deus. Ninguém conhece o que é de Deus, a não ser o Espírito de Deus, que recebemos para conhecermos os dons que Deus nos concedeu (cf. 1Cor 10-12) e, com ele, clamarmos por socorro. O Espírito, porém, nos revela a verdade sobre nossa vida não para nos humilhar, para proclamar nossa inutilidade. Não! Jesus afirma que ele é o Paráclito, o Advogado (Jo 14,26), nos assiste em nossa fraqueza (Rom 8,26). O Espírito indica-nos que vivemos na confusão de Babel
Jornal da Ar quidiocese de Florianópolis Arq Rua Esteves Júnior, 447 - Centro - Florianópolis 4-4 799 Cep 88015-130 - Fone/Fax (48) 322 3224-4 4-4799 E-mail: jornal@arquifln.org.br - Site: www.arquifln.org.br 24 mil exemplares mensais
(Gn 11, 1-9), onde há apenas competição, e orienta nosso ser para a unidade (At 2, 1-11), onde todos se compreendem e se reconhecem como irmãos. O exame de consciência, feito no Espírito, poderia nos tirar a coragem de continuar, dado o conhecimento profundo que teremos de nossas misérias, de nossa incapacidade para a reconciliação com Deus e o próximo. Nesse momento de dúvida, o Consolador vem em socorro de nossa fraqueza. Intercede em nosso favor, com gemidos inefáveis. É segundo Deus que o Espírito intercede em favor dos santos (cf. Rom 8,26-27): a ação de Deus é fruto da infinita compaixão do Pai pelo filho, a intercessão espiritual é obra da grande compaixão. Certa visão moralizante reduz a vida espiritual ao comportamento ético, simplifica a vida espiritual no comportamento religioso e, como fruto, pensamos que examinar a consciência é considerar a observância maior ou menor dos Dez Mandamentos. E nos esquecemos que o Decálogo é a síntese da antiga Lei, sendo as Bem-aventuranças a Lei da nossa Aliança. O “não” dos mandamentos é amadurecido no “bem-aventurado”: a fidelidade a Deus deixa de ser privação para se tornar procura incessante da felicidade.
O Espírito Santo nos conduz ao verdadeiro exame de consciência: coloca-nos diante da pessoa e da vida de Jesus Cristo. E nele, a palavra central é a palavra que rege o amor: a fidelidade. “O fruto da Encarnação não pode ser fragmentado: é o homem total buscando ser totalmente Cristo no Espírito”. Do mesmo modo como Deus tem o impulso de vir ao nosso encontro, colocou em cada um de nós o impulso de ir ao encontro dele, impulso que o homem tem no coração e que atinge o cume no Cristo. O homem e Deus se olham no espelho e, em certo sentido, se conhecem (P. Evdokimov) e também percebem o que os diferencia. E Deus faz o convite a que busquemos a imagem e semelhança de seu Filho, que condividiu a condição humana em tudo, menos no pecado. Ele nos salva dos três motivos que provocam o afastamento de Deus: a natureza enfraquecida pela queda original (Cristo a restaura pela encarnação), o pecado (Cristo o vence pela cruz), a morte (Cristo a vence pela ressurreição). É o que nos revela o Evangelho da Salvação, é o que conhecemos em nossa vida pela ação do Espírito Santo. E o exame de consciência nos transporta à felicidade da reconciliação. Pe. José Artulino Besen pejabesen.wordpress.com
Diretor: Pe. Ney Brasil Pereira - Conselho Editorial: Dom Murilo S. R. Krieger, Pe. José Artulino Besen, Pe. Vitor Galdino Feller, Ir. Marlene Bertoldi, Maria Glória da Silva Luz, Leda Cassol Vendrúscolo, Guilherme Pontes, Carlos Martendal e Fernando Anísio Batista - Jornalista Responsável: Zulmar Faustino - SC 01224 JP - (48) 8405-6578 - Revisão: Pe. Ney Brasil Pereira - Depto. de Publicidade: Pe. Francisco Rohling Editoração e Fotos: Zulmar Faustino - Distribuição: Juarez João Pereira - Impressão: Gráfica Rio Sul
Jornal da Arquidiocese
Geral 3
Agosto 2010
Dom Wilson assume a Diocese de Tubarão Após aguardar por dez meses, desde a transferência de Dom Jacinto, Tubarão recebeu o seu novo bispo Divulgação/JA
A Diocese de Tubarão realizou no dia 18 de julho, às 15h, na Catedral diocesana, uma cerimônia festiva para receber o seu novo bispo: Dom Wilson TTadeu adeu Jönck Jönck. No início da celebração, ele recebeu das mãos de Dom Murilo Krieger Krieger, arcebispo de Florianópolis e presidente do Regional Sul IV, o báculo como símbolo de serviço confiado ao pastor segundo o modelo de Jesus Cristo. A seguir, sentou-se na Cátedra episcopal, assumindo com esse gesto o ministério de bispo de Tubarão. Além dos bispos das dioceses do nosso Regional Sul IV da CNBB, fez-se presente Dom Orani João Tem pesta empesta pesta, arcebispo do Rio de Janeiro, de quem Dom Wilson foi bispo-auxiliar, bem como o nosso bispo auxiliar emérito Dom Vito Schlickmann. A catedral ficou lotada com os fiéis, religiosos e religiosas, seminaristas, familiares do novo Bispo e todo povo em geral. O arcebispo de Florianópolis, em nome da Igreja no Estado, deu as boas vindas a Dom Wilson, citando exemplos de hospitalidade de personagens bíblicos. “Todos nós, do Regional Sul 4, acolhemos hoje com alegria a Dom Wilson Tadeu Jönck. Temos consciência
Vai acontencer...
Pastoral da Pessoa Idosa oferece formação
Dom Wilson sentou-se na catedra episcopal de Tubarão, como seu 5º bispo de que este irmão vem em nome do Senhor; vem à Igreja Particular de Tubarão, movido pelo mesmo desejo que levou Paulo a servir ao Senhor”, disse Dom Murilo. No final da celebração eucarística, Dom Wilson dirigiu suas primeiras palavras, agora como Pastor da Diocese de Tubarão, agradecendo e colocando-se à disposição para uma caminhada conjunta e dedicada. Fez ainda a nomeação de Padre Nilo Buss, para Vigário Geral da Diocese.
Dom Wilson
Dom Wilson Tadeu Jönck, nasceu em Vidal Ramos, SC, em 7 de outubro de 1951. Membro da Congregação do Sagrado Coração de Jesus, foi ordenado presbítero em 17 de dezembro de 1977. Pelo Papa João Paulo II, em 11 de junho de 2003, foi escolhido como bispo-auxiliar do Rio de Janeiro. E agora, nomeado pelo papa Bento XVI , é o 5º bispo diocesano de Tubarão, desde o dia 26 de maio de 2010.
A Pastoral da Pessoa Idosa realizará nos dias 03, 04 e 05 de agosto (terça a quinta), das 19h às 22h, na Paróquia N.Sra. da Boa Viagem, em Florianópolis, capacitação para agentes da pastoral. A formação será ministrada pela equipe de coordenação. No dia 22 de agosto, domingo, das 8h30 às 19h, a Pastoral realizará formação para capacitadoras da Pastoral nas paróquias. O evento será reali-
zado no Centro de Pastoral da Paróquia da Trindade. A Pastoral está presente em quatro comunidades da Arquidiocese. Mais informações pelos fones (48) 3207-6200 e 9119-8020, ou pelo e-mail c a r m e n s o u t o 5 8 @ y ahoo.com.br ahoo.com.br, com Carmen Mary de Souza Souto, coordenadora, ou ainda no site www.pastoraldapessoa idosa.org.br idosa.org.br.
Diáconos celebram jubileu A paróquia N.Sra. da Imaculada Conceição, em Angelina, estará em festa em agosto. Nesse mês, dois dos seus três diáconos estarão celebrando Jubileu de Prata de ordenação. O Diácono João Gonçalves comemorará no dia 04 de agosto na comunidade de São José, em Barra Clara. Contudo, não está prevista uma celebração
especial, pois o diácono está doente e há alguns anos não desempenha suas atividades. Já o jubileu do Diácono Avelino Alves será celebrado no dia 14 de agosto, às 10h, com missa presidida pelo nosso arcebispo Dom Murilo. A celebração será realizada na comunidade Nossa Sra. das Dores, em Garcia.
Formação da Pastoral Familiar
Paróquias preparam Semana da Família Programação vai celebrar o evento em várias comunidades da Arquidiocese A Semana Nacional da Família será realizada nos dias 08 a 14 de agosto e tem como tema “Família, formadora de valores humanos e cristãos”. Todas as
Livreto a “Hora da Família” traz orientações para celebrar a Semana Nacional da Família
“Forças Vivas” são convidadas a realizar eventos alusivos. Na Arquidiocese, a Semana terá abertura solene com a celebração da Missa na TVBV, no dia 08, às 7h30min. Nas nossas paróquias, vasta programação: no dia 14, haverá missa e celebração do Matrimônio Comunitário, às 18hs, na Igreja Matriz da Paróquia de Campinas, São José e, no dia seguinte, o Almoço da Família no Salão Paroquial. A Paróquia Sagrados Corações, de Barreiros, São José, também realizará o Casamento Comunitário no dia 14 de agosto. Todos e todas estão convidados: Pai, mãe, filhos, netos, vovô e vovó, titio e titia...para a grande concentração de encerramento da Semana Nacional da Família, no dia 15 de agosto, no Parque de Coqueiros, em Florianópolis. Com
palco e som, haverá missa celebrada às 10h e, ao final, as crianças da catequese da Paróquia Nossa Senhora do Carmo soltarão centenas de balões coloridos, todos com mensagens ás famílias. A Paróquia Santíssima Trindade sediará nos dias 21 e 22 de agosto o 2º Encontro de Formação, organizado pela Comissão Arquidiocesana de Pastoral Familiar, cujo tema tratará da Família diante das perspectivas da Conferência de Aparecida. A Assessoria será do Pe. José Rafael Solano Solano, de Londrina, e versará sobre os diversos Setores da Pastoral Familiar. Mais informações sobre a Semana Nacional da Família 2010, pelo e-mail: vilmafetter@terra. com.br com.br, ou pelos fones (48) 32230751 e 9602-4010, com a coordenação arquidiocesana da Pastoral Familiar.
Nos dias 21 e 22 de agosto, a Pastoral Familiar da Arquidiocese estará promovendo um encontro de formação de lideranças. Realizado na Paróquia da Santíssima Trindade, em Florianópolis, o evento contará com a assessoria do Pe. José Rafael Solano Duran Duran, de Londrina, coordenador nacional dos Grupos de Formação da Pastoral Familiar. Durante os dois dias, ele fará um apanhado geral dos
cinco setores da Pastoral: Formação; Pré-Matrimonial; Casos Especiais e 2ª União; Políticas Públicas e Familiares. “Ele vai orientar-nos para que se possa buscar caminhos para atender as necessidades desses setores”, disse Vilma Fetter, que com seu esposo, Nestor, coordena a Pastoral Familiar na Arquidiocese. Mais informações, pelos fones (48) 32230751 ou pelo e-mail vilmaf e tt er@t erra.com.br vilmafe tter@t er@terra.com.br erra.com.br.
Vocacional ABBÁ PAI No dia 15 de agosto será realizado o Encontro Vocacional Abbá Pai 2010, com o tema “Aqueça seu coração no Amor do Pai”. O evento se realizará, das 9 às 18 horas, na Casa de Retiros do Provincialado (483212-4800), no Centro de Florianópolis. O evento contará com a participação dos Pa-
dres Siro Manuel de Oliveira e Ney Brasil Pereira e do nosso arcebispo Dom Murilo Krieger. As inscrições estão sendo realizadas nas livrarias Catedral e Paulus, em Florianópolis, ou pelos telefones 30342417, 3035-7897 e 9963-7939 e email com.abbapai@gmail. com com.
4
Tema do Mês
O QUE SÃO OS GRUPOS BÍBLICOS EM FAMÍLIA? São grupos de pessoas que se reúnem nas casas, para rezar, refletir, partilhar, à luz da Palavra de Deus, a realidade que os cerca, com o compromisso de ações práticas para a transformação dessa realidade. Essas pessoas querem fazer a experiência do encontro com Deus, que é Amor e Vida; são pessoas que querem aprender a prática da oração em comum, da vivência fraterna, da vida cristã; pessoas que se encontram para partilhar a vida, a fé e a oração, na ligação entre Bíblia e vida, revelação e realidade, Palavra de Deus e ação humana. Nesses grupos, as pessoas são valorizadas, conhecidas pelo nome, onde as pessoas se sentem Igreja, onde fazem a experiência de serem iguais, filhos e filhas do mesmo Pai. Os grupos bíblicos em família são uma manifestação de resistência profética, de construção da cidadania, de descoberta de novos caminhos de vida cristã e ação so-
GRUPOS BÍBLICOS EM FAMÍLIA Os grupos bíblicos em família são a presença do Evangelho e da Igreja nas casas! Arquivo/JA
Depois de oito anos da 1ª. Concentração dos Grupos de Reflexão, como eram chamados na época, celebraremos no último domingo deste mês de agosto, dia 29, a 2ª Concentração Arquidiocesana dos Grupos Bíblicos em Família. Queremos louvar, bendizer e glorificar a Deus pela existência de mais de 2700 grupos de família espalhados em nossas paróquias, que semanalmente se reúnem para rezar, ler e meditar a Palavra de Deus e, a partir dela, tirar conclusões práticas para a vida na família e na comunidade. O documento conclusivo da V Conferência do Episcopado LatinoAmericano, em Aparecida, de 2007, sugere que um dos meios modernos de evangelização é a criação de pequenos grupos, onde os fiéis possam fazer, de modo bem concreto, a experiência de Deus e firmar sua conversão a Cristo. “Como resposta às exigências da evangelização, junto com as comunidades eclesiais de base, existem outras formas válidas de pequenas comunidades, e inclusive redes de comunidades, de movimentos, grupos de vida, de oração e de reflexão da Palavra de Deus” (DAp 180). Os grupos bíblicos em família são também um meio bastante criativo e ousado para fazer dos católicos verdadeiros missionários, que se dispõem a enfrentar o grande desafio da evangelização nas cidades.
Agosto 2010
Jornal da Arquidiocese
mum; na fração do pão e nas orações; eram unidos e colocavam em comum todas as coisas; vendiam suas propriedades e seus bens e repartiam o dinheiro entre todos, conforme a necessidade de cada um; todos juntos frequentavam o Templo e nas casas partiam o pão, tomando alimento com alegria e simplicidade de coração; juntos louvavam a Deus (cf At 2,42-47); viviam unidos e tinham tudo em comum; formavam um só coração e uma só alma; tudo era posto em comum entre eles; davam testemunho da ressurreição do Senhor Jesus; gozavam de grande aceitação; entre eles ninguém passava necessidade (cf At 4,32-37).
IGREJA NAS CASAS
cial, de solidariedade e de testemunho de vida. São um meio privilegiado de evangelização e de valorização da vida, um meio que se tem mostrado conveniente também no mundo urbano. Nesses grupos surgem novas lideranças, onde as pessoas descobrem seus dons e carismas, para colocá-los a serviço da comunidade, através dos diversos ministérios, pastorais, organismos etc. Através deles, a Igreja busca viver conforme o modelo das primeiras comunidades cristãs: Igreja que vai ao encontro das pessoas; Igreja nas casas, nos condomínios, nas ruas; Igreja Povo de Deus; Igreja que liga Palavra, fé e vida.
POR QUE CRIAR GRUPOS BÍBLICOS EM FAMÍLIA? A Igreja dos nossos tempos não consegue chegar a todas as pessoas com os meios dos tempos passados. É necessário que todos os católicos assumam a fé recebida no batismo e se tornem
“
É preciso que a Igreja vá aonde o povo está, que o Evangelho seja levado aonde o povo vive. Daí, esse impulso dado pelo Espírito Santo”.
verdadeiros discípulos de Cristo e missionários anunciadores de seu Evangelho, que precisa chegar a todos os corações, famílias, instituições e estruturas. Não se pode esperar que as pessoas venham às nossas igrejas. É preciso que a Igreja vá aonde o povo está, que o Evangelho seja levado aonde o povo vive. O povo se encontra nas casas. Daí, esse impulso dado pelo Espírito Santo a diversas dioceses do Brasil para se criarem
pequenos grupos, nos quais as pessoas se reúnem para a oração, a reflexão e a ação, ao redor da leitura e meditação da Palavra de Deus. São muitos os fiéis que descobrem a beleza e a força que lhes dá a leitura cotidiana da Bíblia. Nos grupos bíblicos em família, vive-se à semelhança da Santíssima Trindade, que é comunidade e unidade na diversidade de pessoas. Nesses grupos, todos se encontram iguais enquanto pessoas humanas, mas distintos nos dons e carismas que cada qual vai descobrindo em si e qualificandose nos serviços e ministérios mais diversos, tanto no interior da Igreja quanto no meio do mundo. Um grupo bíblico é experiência de comunhão, de vida comunitária, de união das pessoas, no mesmo modo da união entre as pessoas divinas: “Eu e o Pai somos um” (Jo 10,30). Nos grupos bíblicos em família realiza-se a Igreja dos primeiros tempos: os primeiros cristãos viviam em comunidade e perseveravam unidos na doutrina dos apóstolos; nas reuniões em co-
A casa era o lugar da ação e da pregação de Jesus e das primeiras comunidades cristãs. Grandes acontecimentos da salvação aconteceram nas casas. Maria recebe o anúncio do Salvador em sua casa (Lc 1,26ss). A casa foi lugar fundamental na missão de Jesus (Mc 2,12; 7,17.24; 9,33; 10,10; Mt 13,36). Jesus entrou em diversas casas: na de Simão Pedro e André, onde cura a sogra de Pedro (Mc 1,29-33); na casa de Jairo, o chefe da sinagoga, onde cura a menina filha Talita (Mc 5,35-43); na de Simão, o leproso (Mc 14,3-9);na do fariseu Simão (Lc 7,36ss); na casa de Marta e Maria (Lc 10,38-42);na de Zaqueu (Lc 19,1-10). Jesus visitava as famílias, entrava em suas casas, fazia refeições nas casas do povo, inclusive na casa de pecadores (Levi e Zaqueu, por exemplo). Os evangelhos relatam 18 parábolas sobre a vida doméstica, valorizando a evangelização nas casas. Jesus manda celebrar a Páscoa numa casa (Mt 26,17-20). O Pentecostes aconteceu em uma casa (At 2,1-2). A primeira evangelização se deu nas casas, abrindo-se assim para o mundo. No Templo, as pessoas ficavam de fora, havia exclusão. A Igreja primitiva evangelizava nas casas: “de casa em casa não cessavam de ensinar” (At 5,42). Paulo evangelizava “de casa em casa” (At 20,20). A Igreja dos nossos tempos também precisa voltar a evangelizar nas casas. Os grupos bíblicos em família são um meio atual e criativo de fazer que o Evangelho chegue a um número cada vez maior de pessoas. Pe. Vitor Galdino Feller Coord. Arquidiocesano de Pastoral, Prof. de Teologia e Diretor do ITESC Email: vitorfeller@arquifln.org.br
Jornal da Arquidiocese
Geral 5
Agosto 2010
Jovens participam de Cursilho Feminino Evento, em sua 19º edição, contou com a participação de 25 jovens do Setor Florianópolis do Movimento Foto JA
O Movimento de Cursilhos de Cristandade promoveu, nos dias 08 a 11 de julho, o 19º Cursilho de Jovens Feminino. Realizado na Casa de Retiros Vila Fátima, no Morro das Pedras, em Florianópolis, o evento teve a participação de 25 cursistas do setor Florianópolis do Cursilho. Durante os quatro dias, as moças, com idade de 18 a 25 anos, contaram com palestras de membros atuantes do movimento, a maioria jovens, e padres convidados. O encontro é realizado uma vez por ano em cada um dos três setores do Movimento (Itajaí, Brusque e Florianópolis). O objetivo do retiro é recuperar pessoas afastadas e despertar lideranças para sejam agentes de evangelização nos seus ambientes. “Muitos delas, a partir do Cursilho, passaram a atuar com vigor na Igreja”, disse Andreza Correa, membro da equipe de coordenação. Um exemplo disso é Leonara Rodrigues, 19 anos. Natural de Paulo Lopes, participou do Cursilho no ano passado e neste
Evento contou com a presença de representantes das várias paróquias
Realizado no Morro das Pedra, evento reuniu 25 cursilhistas auxiliou na equipe de cozinha. “A partir do retiro, fiquei mais animada para uma maior participação nas coisas da Igreja”, disse.
Próximos Eventos
Nos dias 19 a 22 de agosto, o Movimento realizará o 195º Cursilho Feminino adulto. Em setembro, nos dias 16 a 19, será realizado o Cursilho Masculino
para jovens. Nos dias 14 a 17 de outubro será a vez do 201º Cursilho Masculino adulto. Todos eles serão realizados na Casa de Retiros Vila Fátima, em Florianópolis. Mais informações pelo fone (47) 3366-3773 ou 9136-1060, com Dulce Maria Ternes, coordenadora do movimento, ou pelo e-mail: t ernes@redel.com.br ernes@redel.com.br.
Concentração do Apostolado da Oração Curso do Clero Nos dias 17 e 18 de agosto (terça e quarta), será realizado o Curso do Clero, na Casa de Encontros e Retiros Divina Providência, em Florianópolis. O evento terá como tema “Canto e Música na Presidência Litúrgica” e contará com a assessoria do Frei Joaquim Fonseca ofm ofm, de Belo Horizonte, MG. Ele já foi assessor da CNBB em música litúrgica e presta assessorias sobre o tema em todo o Brasil.
Mais de cinco mil pessoas são aguardadas no dia 05 de setembro, a partir da 8h30min, no Centro de Evangelização Angelino Rosa Rosa, em Governador Celso Ramos, para participar da Concentração Arquidiocesana do Apostado da Oração. Com o tema “Coração de Jesus, fonte de Amor”, o evento contará com a assessoria do Pe. Otmar Schwengher SJ, secretário nacional do Apostolado, e do Pe. Silvano Valdemiro de Oliveira, pároco de Antônio Carlos. O encerramento, às 15h, contará com celebração presidida pelo nosso arcebispo Dom Murilo
Krieger. A animação ficará por conta de um coral com 200 vozes, sob a regência de Robson Medeiros Vicente. Ao final, haverá uma procissão com a imagem do Sagrado Coração de Jesus, seguida de queima de fogos. O evento é realizado a cada dois anos. No último, realizado em 2008, em Antônio Carlos, mais de quatro mil pessoas estiveram presentes. “Isso nos motiva para que neste próximo ainda mais pessoas possam participar”, disse Terezinha Nair da Rosa, membro da equipe arquidiocesana de coordenação do Apostolado.
Formação para o Movimento de Irmãos O Movimento de Irmãos (MI) da Arquidiocese promoverá no dia 28 de agosto, a partir das 14h30, uma palestra de formação na Paróquia São João Batista, em São João, Itajaí. Com o tema “Movimento de
Encontro reúne coroinhas de Itajaí
Irmãos e as Vocações”, a palestra será ministrada pelo Pe. Silvano Costa, vigário da paróquia São Cristovão, em Cordeiros, Itajaí. O evento faz parte do cronograma comemorativo dos
40 anos do Movimento. Mais informações com Sandra e Ademir, coordenadores do MI na Área I, pelos fones (47) 9946-1130 ou 9977-9095, ou pelo e-mail ademir souper@y ahoo.com.br ahoo.com.br. ademirsouper@y souper@yahoo.com.br
Mais de 300 coroinhas estiveram reunidos no dia 17 de julho, na Paróquia São Vicente, em Itajaí, para participar do encontro da Comarca. Apesar do frio e da chuva, nove das onze paróquias estiveram representadas. Um dos pontos fortes do encontro foram as encenações de "Vocações na Bíblia". As apresentações, ensaiadas e apresentadas com capricho e carinho, por cada paróquia, foram muito aplaudidas. “Muito positivas também foram as presenças dos padres e dos seminaristas, que deram seu testemunho de amor à vocação, marcada, em geral, pela atuação como coroinhas antes de entrarem no Seminário", disse Irmã Cléa Fuck Fuck, coordenadora Arquidiocesana dos coroinhas. A próxima a organizar o encontro com os coroinhas será a Comarca de Tijucas. O evento será realizado no dia 14 de agos-
to, na Paróquia Santo Antônio, em Itapema.
VOCAÇÕES FEMININAS
No dia 21 de agosto, a Pastoral dos Coroinhas realizará o II Encontro Vocacional com as adolescentes e jovens, coroinhas e outras. O evento será realizado no Provincialado das Irmãs da Divina Providência, em Florianópolis. No ano passado, o evento foi realizado no dia oito de novembro, e reuniu 25 participantes. "O interesse despertado nos motivou a realizar este novo encontro, que esperamos reúna ainda mais jovens interessadas em conhecer um pouco da vocação religiosa", disse Irmã Cléa. Mais informações pelos fones (48) 3263-0979 e 99863339 (como os fones ficam em Tijucas, mesmo quem mora em Florianópolis ou região, precisa discar o 48), ou pelo e-mail: ir .clea@gmail.com ir.clea@gmail.com .clea@gmail.com.
Matriz da Trindade será consagrada Uma celebração realizada no dia 31 de agosto, às 19h30, marcará a dedicação, ou seja, consagração, da Igreja Matriz da Paróquia Santíssima Trindade, em Florianópolis. Presidida pelo nosso arcebispo Dom Murilo Krieger Krieger, a celebração atende a um desejo da comunidade. O normal é que toda igreja, após erigida, seja dedicada. Mas, apesar de ter 35 anos, a Igreja Matriz da Trindade ainda não tinha sido consagrada. “Como nos últimos meses ela passou por reforma interna, sendo adaptada às orientações litúrgicas, optamos em realizar a dedicação, idéia que foi apoiada entusiasticamente por Dom Murilo”, disse Frei Cácio Rober etek ov , o pároco. obertto P Pe eko Como determina a Liturgia de Dedicação, a igreja ganhará uma
relíquia da beata Albertina Berkenbrock, mártir catarinense que foi assassinada em defesa da sua virgindade. Trata-se de seus ossos que será colocado sob o altar. A solene recepção da relíquia será realizada na véspera, às 19h30, com a presença do Pe. Sérgio Geremias Geremias, reitor do Santuário de Albertina, na Diocese de Tubarão.
6
Bíblia
Jornal da Arquidiocese
Agosto 2010
Conhecendo o livro dos Salmos (29)
Salmo 41 (40): Até o amigo!
Feliz, ditoso
2. Feliz aquele que cuida do desvalido: / no dia da desgraça, o Senhor o livrará. Temos aqui uma bem-aventurança, a daquele que faz o bem ao necessitado. E a bem-aventurança é expressa em termos de retribuição: poderá sobrevir-lhe a desgraça, o sofrimento, mas “o Senhor o livrará”, em atenção aos seus méritos. Por isso, feliz dele! Compare-se esta bem-aventurança com a que encontramos no início do saltério, nos primeiros versículos do Salmo 1: “Feliz de quem não segue o conselho dos maus... mas encontra sua alegria na lei do Senhor: ele será como árvore bem irrigada, que dá fruto
Arquivo/JA
No capítulo 13 do evangelho segundo João, no relato da última Ceia, encontramos a citação de um dos versículos deste salmo, o v. 10: Até o amigo em quem eu confiava... Está no diálogo entre Jesus e seus discípulos, logo após o lavapés, quando Ele explica o significado daquilo que acaba de fazer: “Se eu, o Mestre e Senhor, lavei-vos os pés, também vós deveis lavar os pés uns aos outros” (Jo 13,14) A seguir, é proclamada a “bemaventurança da prática”: “Felizes sereis vós se, compreendendo estas coisas, as puserdes em prática” (v. 17). E logo, preparando-os para a dolorosa revelação do traidor, Jesus continua: “Eu não falo de todos vós. Conheço aqueles que escolhi. Mas é preciso que se cumpra o que está na Escritura: Aquele que come do meu pão, levantou contra mim o calcanhar” (v. 18). São palavras por um lado claras, na referência a Judas, mas por outro lado obscuras, porque a traição será consumada por um daqueles a quem Jesus “conhece” e “escolheu”. Além disso, o que vai acontecer “estava escrito”, “era necessário”... Onde fica, então, a liberdade do traidor? Sem estender-nos para esclarecer melhor o problema, é preciso saber que este, e outros textos dos salmos, relidos à luz da experiência pascal, ajudaram a compreender o significado de alguns detalhes da Paixão, acontecidos não “para que se cumprisse” a Escritura, mas de certo modo antecipados por ela. Isto é, a experiência concreta do salmista, aludindo à traição e ingratidão de um amigo, fatos não raros na vida quotidiana, foi também vivida por Aquele que, encarnando-se, assumiu nossas fraquezas e limites. Mas vejamos o texto de todo o salmo.
não de compaixão, mas de hostilidade. Por quê? Pois, na hipótese de o pecado contra Deus “explicar e justificar” a doença, não justifica, porém, a sua exploração por parte dos adversários. Uma vez, porém, que a doença, mesmo se justamente infligida, provoca perseguição injusta, então que Deus intervenha e poupe ao orante o sofrimento imerecido. Os quatro versículos descrevem os lances dessa hostilidade, antes de tudo verbal. Consiste em comentários, dissimulações e cálculos: “Quando é que vai morrer?” As murmurações poderiam aludir a feitiçarias para agravar a doença ou impedir a cura. De fato, apesar das proibições (Dt 18,10-11), magia e feitiçaria continuavam a ser praticadas em Israel, como, aliás, ainda hoje, maus olhados e despachos.
Até o amigo!
no devido tempo” (cf Sl 1,1-3). É sempre a teologia da retribuição, expressa com insistência no Deuteronômio e nos Provérbios, mas contestada no livro de Jó: nem sempre, a fidelidade à Lei é garantia de sucesso.
O Senhor velará
3. Velará sobre ele o Senhor, / e o fará viver feliz sobre a terra, / e não o entregará às mãos dos inimigos. Como será essa retribuição? O próprio Senhor “velará”, cuidará daquele que cuida dos outros. E “o fará viver feliz sobre a terra”, entenda-se, a terra prometida. E “não o entregará às mãos dos inimigos”, quem quer que sejam eles: adversários, acusadores, malfeitores. O texto deste versículo, tão expressivo, é cantado ou rezado como antífona, antes da oração pelo Papa.
No leito da dor
4. O Senhor o sustentará no leito da dor, / lhe dará alívio na sua doença. Continuando a descrever a retribuição positiva, o salmista focaliza a eventualidade do sofrimento, dor, doença, que poderia sobrevir mesmo a quem pratica o bem: “O Senhor o sustentará... lhe dará alívio”, trazendo-lhe a cura.
Piedade, Senhor!
5. Eu disse: “Piedade de mim, Senhor; / cura-me, pois pequei contra ti”.
De repente, depois de três versículos positivos sobre a salvação do justo, o salmista recorda agora sua própria experiência aflitiva, descrevendo os sofrimentos e hostilidades que suportou. E começa confessando-se de ter pecado contra o Senhor, motivo ao qual atribui sua enfermidade: “curame, pois pequei contra ti”. Essa relação entre doença e pecado, ou doença como castigo do pecado, aparece com freqüência na Bíblia, como no caso do cego de nascença, no evangelho segundo João: “Mestre, quem pecou: ele, ou seus pais, para que nascesse cego?” (Jo 9,2) No entanto, Jesus respondeu: “Nem ele nem seus pais pecaram, mas é para que nele se manifestem as obras de Deus” (Jo 9,3). Isto é, Jesus não se detém na causalidade, negativa, mas na finalidade, positiva, da doença.
Os inimigos
6. Os inimigos me desejam o mal: “Quando é que vai morrer, e ser cancelado o seu nome?” 7. Quem vem visitar-me fala mentiras, / seu coração acumula maldade / e, saindo fora, comenta mal. 8. Juntos, murmuram contra mim meus inimigos, / prevendo o mal para mim: 9. “Uma doença ruim caiu sobre ele, / de onde está deitado não vai levantar-se”. É estranho que a doença, aparentemente grave, do salmista, provoque, nos outros, sentimentos
10. Até o amigo em quem eu confiava, / aquele que comia do meu pão, / levanta contra mim seu calcanhar! Como se não bastasse a hostilidade dos adversários, o salmista se queixa agora da ingratidão, até da traição, do seu amigo, “aquele em quem eu confiava, que comia do meu pão”. A expressão, metafórica, “levantar o calcanhar contra”, equivale concretamente a “dar uma rasteira”, “golpear de surpresa com o pé”, enfim, trair a confiança e amizade. Por isso, a dolorida queixa de Jesus quanto a Judas (Jo 13,18).
Mas tu, Senhor!
11. Mas tu, Senhor, tem piedade e levanta-me, / para que eu lhes possa retribuir. Diante da coalizão de inimigos e “amigos”, o orante agora convoca o próprio Deus. E o faz com urgência e densidade expressivas, propondo até uma repartição de tarefas: que o Senhor o “levante”, isto é, lhe restitua as forças, e o próprio salmista, restabelecido, se encarregará de “dar o troco” aos adversários. Em outros salmos, o orante pede que o próprio Deus “faça justiça”. Em outros salmos, também, em vez de “levanta-me”, o orante pede que o próprio Deus se levante: “levanta-te”. Quanto ao “dar o troco”, evidentemente, no Evangelho, Jesus nos mostra outro caminho.
Tu me amas!
12. Nisto saberei que me amas: / se não triunfar de mim meu inimigo. Depois da dura experiência de
O ITESC - INS A CA TARINA sos no turnos de e xt ensão para leigos/as, nas segunINSTITUT TITUTO SANTA CAT ARINA,, além dos cur cursos noturnos ext xtensão TITUT O TEOLÓGICO DE SANT eiras à noit e (1 9h 30 - 22h), mantém o cur so matutino de graduação em TTeologia, eologia, em 4 anos, 8 semestres, aber curso abertto noite (19 das ffeiras também a leigos/as com formação universitária ou pelo menos 2 o grau completo. A matrícula pode ser feita por disciplinas, com 2 ou 3 ou 4 créditos por semestre. Informações pelo fone (48) 3234 3234-- 0400 ou o e e-- mail: secretaria@itesc.org.br
tanta hostilidade sofrida, o salmista expressa a certeza de que Deus o ama. E ele “saberá” mesmo que Deus o ama, assim que experimentar concretamente esse amor de predileção: na saúde recuperada e nas relações sociais restabelecidas. A propósito, aqui “os inimigos” cedem lugar ao Inimigo. Quem será?
Na tua presença 13. Na minha integridade me sustentas, / e me fazes permanecer na tua presença para sempre. Este versículo final apresenta a sós os dois: o salmista e o Senhor. A “integridade” recuperada pode ser física, a saúde, pois os versículos anteriores se detiveram longamente na enfermidade sofrida. Mas também moral, a justificação, pelo perdão recebido. A permanência “na presença” do Senhor pode significar a volta ao serviço do Templo ou, e também, a afirmação da relação pessoal do salmista com Deus, “para sempre”. Não é preciso ressaltar a densidade humana deste breve salmo, que em poucos versículos retrata a fragilidade e, logo, a recuperação, daquele que crê.
Seja bendito 14. Seja bendito o Senhor, Deus de Israel, / desde agora e para sempre. Amém, amém. Esta “bênção” é a proclamação de louvor que costuma dar início à oração entre os judeus. Não é um pedido para que Deus abençoe, mas um voto solene para que ele seja “bendito”, isto é, louvado, “desde agora e para sempre”. Aqui ela conclui o chamado “primeiro livro” dos salmos (Sls 1 a 41), assim como “bênção” semelhante concluirá os outros “livros”, no total de cinco, do saltério. Pe. Ney Brasil Pereira Professor de Exegese Bíblica no ITESC email: ney.brasil@itesc.org.br
Para refletir: 1) Por que o versículo 10 deste salmo lhe dá um significado todo especial? 2) Qual a semelhança entre o início deste salmo e o do Salmo 1? 3) Como agem os adversários do salmista contra ele? 4) E o que pede o salmista em relação a eles? Jesus rezaria assim? 5) Como é que o salmista saberá que Deus de fato o ama?
Jornal da Arquidiocese
Juventude 7
Agosto 2010
Copa Arquidiocesana de Futebol Oito equipes de futebol de quatro paróquias participaram da competição esportiva em Garopaba Divulgação/JA
Aconteceu nos dias 17 e 18 de julho deste ano, em Garopaba, sob organização da Secretaria da Juventude da Paróquia São Joaquim, em parceria com a Pastoral da Juventude da Arquidiocese de Florianópolis, a I Copa Arquidiocesana de Futebol. Vários times, de toda a Arquidiocese, participaram de diversos jogos, das eliminatórias até as finais. Durante os jogos, também podiam jogar videogame, baralho, jogos de tabuleiro e confraternizar-se com jovens de diversas paróquias. O time feminino da Paróquia de Capoeiras levou na categoria feminino. Já na categoria mascu-
Caros jovens,
Equipe do Grupo JUPLI, de Garopaba, foi a vencedora masculina Foto JA
Time da Paróquia de Capoeiras foi o único representante feminino
lino, o time do Grupo JUPLI, de Areias de Palhocinha, em Garopaba, foi campeão. Pe. Alceoni Alceoni, pároco de Garopaba, afirmou que “Deus, o Atleta dos atletas, deu a nós um corpo para que desfrutássemos dele da melhor forma possível. No esporte, podemos colocar nosso corpo a serviço desse plano de Deus”. Em nome da Pastoral da Juventude agradecemos a todos que participaram e contribuíram para realização desta I Copa Arquidiocesana de Futebol. “Esperamos no futuro realizar novas competições esportivas”, disse Guilherme Pontes, coordenador da PJ.
PJ lança Programa de Rádio “Tá Ligado?!” Foi lançado, no dia 04 deste mês, o Programa "Tá Ligado?!", produzido e apresentado pela Pastoral da Juventude da Arquidiocese. O programa é veiculado todos os domingos, das 15h30m às 16h30m, na Rádio Cultura AM 1110. O programa tem cada semana um grupo de jovens ou uma
Carta de Dom Murilo aos jovens da Arquidiocese de Florianópolis
banda católica como convidados. Durante o programa, há momentos de oração, história do grupo convidado, debate sobre um tema, informações e muito mais. A idéia do programa surgiu para abrir mais um meio de diálogo com a juventude católica e para ser uma ferramenta para conhecermos os grupos de jo-
vens e evangelizar através das ondas da rádio. O programa conta com o auxílio financeiro das paróquias da Lagoa da Conceição, do Monte Verde e do Saco dos Limões, às quais muito agradecemos por patrocinarem esta nova oportunidade de integração da nossa juventude.
De 16 a 21 de agosto de 2011, o Papa Bento XVI estará em Madri - Espanha, para acolher jovens do mundo todo na Jornada Mundial da Juventude. Nem todos os jovens poderão estar ali; cada qual, contudo, deverá estar representado pelos que forem em nome de sua diocese, pastoral ou movimento. Desejo que a Arquidiocese de Florianópolis esteja lá representada por um significativo número de jovens. Assim, além de demonstrar nosso propósito de estar unidos ao sucessor de Pedro, estaremos também nos preparando para a Jornada Mundial seguinte, que deverá ser em nosso país. Sei que não é fácil para um jovem conseguir os recursos necessários para uma viagem assim. Lembro-me, contudo, do que vi na Jornada Mundial da Juventude que se realizou em Toronto - Canadá, em 2002, onde fui a convite do Comitê Organizador das Jornadas: muitos dos jovens que lá estavam haviam sido "sorteados". Explico-lhes: jovens de várias dioceses e movimentos fizeram, ao longo dos meses que antecederam aquela Jornada, todo tipo de promoção. Venderam pizzas e salgadinhos; fizeram trabalhos extras e promoções; pediram doações e deram parte de seus próprios salários ou mesadas. No final, sortearam entre os participantes dessas iniciativas o número de passagens que conseguiram comprar. Por isso mesmo, ao voltar, aqueles jovens deveriam repassar, para os que os haviam enviado, tudo o que tinham visto, ouvido e vivido em Toronto. Comecem, pois, a colocar sua criatividade em ação. E, acima de tudo, reflitam desde já, pessoalmente e em grupo, no tema da Jornada de Madri: “Enraizados e fundados em Cristo, firmes na fé” (Paulo aos Colossenses 2,7). Deus os abençoe! Florianópolis, julho de 2010. Dom Murilo S.R. Krieger Krieger,, scj Arcebispo de Florianópolis
O amor de Deus No dia-a-dia, percebemos muitos jovens que não se sentem amados. Não sentem o amor de suas famílias, de seus amigos, nem o amor de Deus. Durante esta fase de nossas vidas, podemos desconfiar ou ter certezas de tantas coisas, só de uma não podemos jamais duvidar: o amor de Deus por cada um de nós. Como olhar para as montanhas, para os mares, para as pessoas, e não perceber que tudo isso é obra de Deus? Como olhar para os céus, para as matas, para uma criança, e não ter a certeza de que Deus fez cada coisa, cada ser, cada criatura, com todo o cuidado e todo o amor? Mesmo nos sofrimentos, nas dificuldades, nas provações, o amor de Deus permanece, ja-
mais diminui, jamais modifica, pois “Deus é amor” (1 João 4, 16b). Se Deus é amor, Deus nos fez com amor e para sempre irá cuidar de cada um de nós com todo o seu amor e zelo. Se em alguns momentos estivermos em dificuldade, com certeza isso faz parte do plano que Deus tem para nós. Faz parte do processo de aprendizado e das provações de nossa vida. Que tenhamos a certeza desse amor, desse acolhimento e dessa companhia amorosa de Deus em nossas vidas. Esse amor se manifesta nas coisas, nas pessoas, nas palavras, nos gestos e no nosso dia-a-dia. Guilherme Pontes Coordenador Arquidiocesano da PJ
8
Geral
Agosto 2010
Jornal da Arquidiocese
“Recanto Silvestre” amplia espaço Com dez anos de atuação, Comunidade Terapêutica já atendeu 1.642 dependentes químicos
O Recanto Silvestre foi criado em 1998, em Major Gercino. Em
Nosso arcebispo e outras autoridades inauguraram o espaço que, além de refeitório, contará com salas para atendimento médico e odontológico. 2000, quando a família Silvestri ofertou o espaço, fez-se a transferência para Biguaçu. Nesses dez anos, o local passou por inúmeras transformações entre reformas e ampliações. Nesse tempo, 1.642 pessoas foram atendidas no local. Nele há cinco coordenadores e 27 residentes, portadores de dependência química, que realizam o seu tratamento em regime de internação. A base do tratamento se faz sobre o tripé: Espiritualidade, Disciplina e Trabalho. Os coordenadores são pessoas habilitadas e com vários anos de experiência no tratamento da dependência. Todos sob a orientação e coordenação terapêutica do Pe. Luiz Prim. Além de administrar o Recanto
Silvestre, Pe. Luiz é também o responsável pelo Centro de Tratamento “Recanto Paz e Bem”, em Maciambu, Palhoça. Os dois são mantidos pelo Instituto Kairós de Estudos, Prevenção e Recuperação em Dependência Química, entidade mantenedora das duas casas de recuperação. Pe. Luiz ainda presta assessoria a para três centros de recuperação em dependência química, faz parte da diretoria do Grupo de Apoio à Prevenção à Aids - GAPA, participa do Conselho Municipal de Entorpecentes de Florianópolis e da Frente Parlamentar de Combate à Droga. Mais fotos no site www. ar quifln.org.br arq uifln.org.br,, clicar no link “Galerias” no alto da página.
Projeto pede a criação da Defensoria Pública Se depender da vontade da população, Santa Catarina terá defensoria pública para garantir assistência jurídica a quem não tem condições de pagar um advogado. Um projeto de iniciativa popular que cria a defensoria pública foi entregue no dia 30 de junho, na Assembleia Legislativa. Com mais de 48 mil assinaturas, o abaixo-assinado pede o reconhecimento do que está previsto no artigo 134 da Constituição Federal: A Defensoria Pública é um direito do cidadão, e Santa Catarina é o único Estado que não o reconhece. O projeto segue agora para apreciação nas comissões de mérito, antes de ser votado em plenário. A conquista é fruto de uma luta de lideranças sociais, iniciada em 2006, em Chapecó, através do Movimento pela Criação da Defensoria Pública Catarinense. O trabalho ganhou fôlego no ano passado com a Campanha da Fraternidade, que teve como tema “Fraternidade e Segurança Pública” como lema “A paz é fruto da justiça”. O projeto
foi assumido como gesto concreto da CF, e foram desenvolvidas estratégias para colher as mais de 48 mil assinaturas que possibilitam a validade do projeto. Participaram da entrega das assinaturas integrantes do movimento pela criação da defensoria pública no Estado, universidades, estudantes, movimentos sociais, sindicatos, Igreja, defensores públicos de outros estados e demais entidades da sociedade civil organizada que se envolveram nas mobilizações. Eles lotaram as galerias do plenário, no mesmo momento que representantes do movimento falaram na tribuna da Assembleia. Representando a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e as pastorais sociais, Ivonete de Moraes destacou o envolvimento de cerca de 50 entidades na coleta das assinaturas e disse que “a mobilização vai continuar, para pressionar, cobrar e exigir urgência na implantação da defensoria pública no Estado”. Foto Eduardo Guedes/ALESC
10 ANOS EM BIGUAÇU
Foto JA
Uma celebração, realizada na noite do dia 09 de julho, marcou a inauguração do refeitório da Comunidade Terapêutica “Recanto Silvestre”. A celebração, presidida pelo nosso arcebispo Dom Murilo Krieger Krieger, contou com a presença dos residentes, ex-residentes, padres, colaboradores e amigos da instituição. Durante a celebração, Dom Murilo comparou o trabalho realizado na instituição ao de Santa Paulina. “Ela iniciou o seu trabalho a pedido de um padre. E é o que acontece nessa casa, em que vocês realizam seu trabalho a Prim disse. pedido do Pe. Luiz Prim”, Ao final da celebração, foi descerrada uma placa comemorativa: o novo espaço que recebeu o nome de “Refeitório Francisco Carlos Silvestre”, jovem vitimado pelas drogas, que era filho do benfeitor que cedeu o local para a criação da comunidade terapêutica. Em seguida, nosso Arcebispo abençoou o espaço. O Refeitório tem capacidade para atender até 150 refeições simultaneamente. No mesmo prédio, também foram cons-truídas uma ampla cozinha, dois consultórios médicos/psicológicos e um consultório odontológico, que será equipado. Toda a obra foi custeada com doações.
Congresso reflete a missionariedade dos seminaristas Foi realizado, nos dias 04 a 10 de julho, em Brasília, o I Congresso Missionário Nacional de Seminaristas. O evento reuniu mais de 150 seminaristas de todo o Brasil. A Arquidiocese de Florianópolis foi representada por Tiago Vicente Santana Santana, seminarista do segun-
do ano de Teologia do ITESC. O Congresso foi realizado numa parceria das Pontifícias Obras Missionárias (POM), Centro Cultural Missionário (CCM) e pelas Comissões para Animação Missionária e para os Ministérios Ordenados e a Vida Consagra-
da. Tema do Congresso: “Formação presbiteral para uma missão sem fronteiras”. O objetivo foi o de ajudar os seminaristas do Brasil a assumirem a dimensão missionária universal da vocação cristã, especialmente a presbiteral.
Abaixo-assinado foi entregue a palamentares da Assembléia Legislativa
Jornal da Arquidiocese
Geral 9
Agosto 2010
CEAR: Centro de Evangelização e Comunhão Apesar do tempo chuvoso, a inauguração contou com a participação de mais de duas mil pessoas Foto JA
Uma celebração realizada no dia 18 de julho, marcou a inauguração do Centro de Evangelização Angelino Rosa - CEAR, em Governador Celso Ramos. Apesar do tempo chuvoso, que persistiu o dia inteiro, mais de duas mil pessoas participaram da solenidade, presidida pelo nosso arcebispo Dom Murilo Krieger. Antes do início da celebração, Dom Murilo abençoou a porta de entrada. Ele recebeu das mãos de Angelino R osa e Walecy Rosa alecy, sua esposa, casal benfeitor que doou a obra, as chaves do CEAR. Elas foram repassadas ao Pe. Márcio Vignoli Vignoli, que abriu as portas. Em seguida, Angelino e Walecy desataram a fita inaugural e entraram. Ele estava trajado de “Cavaleiro da Pontifícia Ordem de São Gregório Magno”, comenda que recebeu da Santa Sé, em 2006, em reconhecimento ao seu trabalho em favor da Igreja. Em sua homilia, Dom Murilo enalteceu a importância do CEAR, que deverá ser o centro de um grande anúncio: só em Jesus Cristo está a salvação. “Para esta casa virão muitas pessoas, quer para participar de retiros ou congressos, de encontros ou dias de oração. Não poucas chegarão cansadas, ansiosas, tristes, abatidas, desiludidas. O CEAR deverá proporcionar-lhes a oportunidade de sentarem-se aos pés do Mestre, para escutá-lo”, disse Dom Murilo.
Livro de Dom Murilo recebe traduções Lançado em 2003, livro já recebeu três traduções e logo receberá mais uma
Angelino Rosa e sua esposa Walecy, acompanhados de Dom Murilo e Pe. Márcio, fazem descerramento da fita inaugural do CEAR
Foto JA
Administrado pela Comunidade Divino Oleiro, primeira beneficiada será a nossa Arquidiocese, as dioceses vizinhas e inúmeras comunidades, pastorais e movimentos. “O CEAR é um dom para a Igreja”, acrescentou Dom Murilo. Ao final da celebração, Angelino Rosa tomou a palavra, ao lado de sua esposa. Ele agradeceu a presença de todos. Ele falou que soube do Pe. Márcio sobre o seu projeto para o local e abraçaram a causa. “Entendemos que através dessa obra, Deus quer que ampliemos a evangelização na Igreja”, disse. “Com alegria, entregamos hoje esta obra para a grandeza da Igreja e do evangelho de Cristo”, acrescentou. Ao final, muito emocionado, Pe. Márcio lembrou que seu pai, presente à celebração, foi por muitos anos zelador do Ginásio de Esportes Irineu Bornhausen, em Camboriú. Com simplicidade, mas com carinho e devoção, ele zelava por aquele espaço que era uma extensão de sua casa. “Assim como ele, nós da Comunidade DiPe. Márcio Vignoli é o fundador da Comunida- vino Oleiro queremos ser de Divino Oleiro, administradora do CEAR apenas zeladores desta
obra, apenas isso”. Ao final da celebração, foram descerradas as placas inaugurais do CEAR. Em seguida, todos foram convidados a conhecer o “Espaço Angelino Rosa”, que mostra a trajetória de vida pessoal e política do doador, seus trabalhos realizados em favor da Igreja e as homenagens recebidas.
Eventos já programados
O Centro de Evangelização Angelino Rosa supre uma carência da Arquidiocese de espaços para realização de grandes eventos. Antes, quando se precisava reunir grande número de pessoas, precisavase alugar ginásios de esportes ou outros espaços privados. A sua posição - no centro geográfico da Arquidiocese - favorecerá a participação das pessoas. Para este ano, vários grandes eventos já estão agendados: o IV Multicoral Multicoral, no dia 14 de agosto; e a Concentração Arquidiocesana do Apostolado da Oração ção, no dia 05 de setembro etc. Mais informações, entre em contato pelos fones (48) 32961511 ou 3224-6476, ou no site: www .divinooleir o.com.br www.divinooleir .divinooleiro.com.br o.com.br. Mais fotos no site www. ar quifln.org.br arq uifln.org.br,, clicar no link “Galerias” no alto da página.
Em março de 2003, nosso arcebispo Dom Murilo lançou o livro “Um mês com Maria”, pelas Edições Paulinas. Trata-se de uma obra de 31 capítulos, que traz uma meditação para cada dia do mês. A inspiração surgiu para agradecer a proteção que recebeu da Mãe de Deus no período de uma cirurgia cardíaca, realizada no final de 2002. Desde o seu lançamento, a obra alcançou grande sucesso. Surpreendeu Dom Murilo que o livro, com as devidas adaptações de linguagem, foi editado pelas Paulinas de Portugal (“Viver um mês com Maria” - 2006), em espanhol (“Un mes con Maria” - 2008), na Colômbia, e acaba de ser publicado em inglês (“A Month with Mary”), no Quênia, para os países africanos de língua inglesa. Em breve, a obra também deve ser publicada em italiano, já que os direitos editoriais foram adquiridos pela Livraria do Vaticano. Sobre a caminhada de sua obra, Dom Murilo disse: “Há muito tempo descobri que,
quando se lança ao público um pensamento, um artigo ou um livro, em pouco tempo eles passam a seguir um caminho próprio, independente dos projetos do autor. Daí a responsabilidade que se tem com o que se publica; mas daí, também, a alegria quando se descobre que tais caminhos ultrapassaram as fronteiras do próprio país", disse nosso arcebispo. O livro, em sua terceira edição, pode ser encontrado nas livrarias católicas da Arquidiocese.
No alto, o livro original, publicado em 2003. Acima, traduções em português de Portugal, em espanhol, e em inglês para os países africanos. O livro ainda será traduzido para o italiano.
10
Ação Social
Agosto 2010
Jornal da Arquidiocese
Redes de Ações Sociais realizam encontros A forma de produção e comercialização solidárias são uma alternativa aos problemas sócio-ambientais Divulgação/JA
A Ação Social Arquidiocesana (ASA), desde 2006, desenvolve um trabalho de articulação das Ações Sociais Paroquiais (ASPs) por município. Esse trabalho é voltado para fortalecer o trabalho das ASPs na perspectiva de redes, onde a partir das interações entre as diversas entidades possa ser qualificado cada vez melhor o trabalho que estas vão desenvolver, buscando um atendimento digno e eficaz para os beneficiários de cada ASP. No último mês, as redes municipais de Brusque, Florianópolis, Itajaí e São José realizaram seus encontros municipais. Nesses encontros foram realizadas formações nas seguintes áreas: Desenvolvimento Solidário e Sustentável, Assistência Social e debate sobre a participação nos Conselhos Municipais de Políticas Públicas. Cada rede municipal tem seu planejamento próprio, e são debatidos assuntos a partir da realidade de cada município. Segun-
Arquidiocese de Florianópolis lançou campanha para amenizar o sofrimento dos nordestinos
Rede de Ações Sociais do município de São José realizaram encontro do Marlete Duarte Ramos Ramos, Assistente Social da ASA, “esses encontros, além de terem um caráter formativo e de troca de experiência entre as Ações Sociais, também têm por objetivo o fortalecimento dos trabalhos para uma atuação mais integrada”.
Cada rede municipal terá mais dois encontros no segundo semestre, envolvendo todas as ações sociais paroquiais da Arquidiocese. Maiores informações desses encontros poderão ser obtidas diretamente na ASA, fone: 3224 8776 quifln.org.br ou e-mail: asa@ar asa@arq uifln.org.br..
Cáritas Brasileira faz balanço da CFE-2010
Campanha Nacional pelo Limite da Propriedade da Terra. No entendimento deles, a justiça social só poderá ocorrer com uma reformulação profunda da relação do Estado e da sociedade com a distribuição de terras no Brasil, e que a economia solidária só poderá avançar se estiver associada à reforma agrária. Relatos mostraram também que o tema da Campanha da Fraternidade deste ano foi essencial para o desenvolvimento de atividades de divulgação e promoção do conceito de economia solidária em todo o país. A maioria dos
participantes da reunião assegurou que a Campanha foi tão positiva que possibilitou a ampliação dos Fundos Diocesanos. A Conferência Nacional teve 1.600 delegados, mais 200 convidados. No Rio de Janeiro, segundo relatos apresentados na reunião, muitas pessoas se surpreenderam com o tema, mas ele foi bem recebido em todas as comunidades em que foi debatido. No Ceará, dentre as várias ações desenvolvidas, as pastorais realizaram atividades em escolas e garantiram uma ampla discussão não só nos colégios, mas também em outros setores da sociedade. De norte a sul, houve mobilização para promoção da Campanha. Dentre várias atividades desenvolvidas especificamente, houve uma grande produção de documentos, cartilhas e publicações que ajudaram na mobilização não só no Brasil, mas também na América Latina e no mundo: a cartilha sobre Economia Solidária do Fórum Brasileiro de Economia Solidária foi traduzida para o japonês, o inglês e o espanhol.
Sensibilizado com o sofrimento dos nossos irmãos de Pernambuco e Alagoas, que sofreram com as fortes chuvas na região, o Arcebispo de Florianópolis, Dom Murilo Krieger, lançou a campanha “SOS Pernambuco e Alagoa”. Através da Conta Corrente: 5821-1, agência 3505-X, as pessoas podem fazer doações em dinheiro para os necessitados de lá. Sugere-se que, feito o depósito, se envie um e-mail para a Cáritas Brasileira - Regional Nordeste II, entidade católica responsável por administrar as doações, fazendo uma referência ao envio da contribuição e comunicando qual a comunidade (Paróquia - Município - Arquidiocese) fez o depósito. Para o envio de e-mail, a própria Cáritas do Nordeste II pediu que se entre em seu site “www.caritasne2.org.br” e, no link “Fale conosco”, se escreva a mensagem referente a esse depósito. “Com o dinheiro, eles podem melhor analisar quais as suas maiores necessidades e adquirir o que precisam”, disse Dom Murilo. A Arquidiocese de Florianó-
polis, através da Ação Social Arquidiocesana, já fez uma doação em dinheiro. Aliás, campanha semelhante fora feita em abril, para ajudar as pessoas afetadas pelas chuvas no Rio de Janeiro e Niterói. Em novembro de 2008, Santa Catarina sofreu muito com as fortes chuvas que se abateram, sobretudo, na região do Baixo Vale do Itajaí. Na época, foram organizadas campanhas de doações em todo o Brasil para amenizar o sofrimento dessas pessoas. Várias regiões da Arquidiocese de Florianópolis foram afetadas, sobretudo os municípios de Itajaí, Balneário Camboriú e Camboriú. Também em janeiro e fevereiro deste ano, a Arquidiocese se mobilizou para a campanha de doações em favor do Haiti. Um forte terremoto destruiu quase todo o país, que é um dos mais pobres do Continente. Em pouco mais de um mês, a Arquidiocese conseguiu doações próximas de R$ 200 mil. O dinheiro foi repassado à Cáritas Internacional, que administrou os recursos.
40 anos de vida presbiteral No dia 18 de julho, Pe. Valter Maurício Goedert comemorou 40 anos de ordenação presbi-teral. A celebração comemorativa foi realizada às 10h na Paróquia Santo Antônio, em Campinas, São José, e contou com a presença de fiéis e colegas de sacerdócio e, especialmente, de diáconos permanentes, seus discípulos da Escola Diaconal. Durante a celebração, ele fez um agradecimento a todas as pessoas que de alguma forma contribuíram com o seu ministério. Ele foi ordenado em Barra Clara, Angelina, SC, em 1970, por Dom Afonso Niehues. A seguir, depois de alguns anos lecio-
Arquivo/JA
A avaliação da Campanha da Fraternidade Ecumênica (CFE) deste ano, cujo tema é “Economia e Vida” Vida”, e o lema, “Vocês não podem servir a Deus e ao dinheiro” dinheiro”, demonstra que o projeto de economia solidária, no qual a Cáritas Brasileira e suas entidades membro estão envolvidas, deu certo e que essa é uma das alternativas viáveis para milhares de famílias saírem da pobreza. Esta é a conclusão a que chegou a Cáritas Brasileira no balanço realizado durante a 6ª Feira de Economia Solidária do Mercosul e 17ª Feira de Cooperativismo de Santa Maria, Rio Grande do Sul, entre os dias 09 a 11 de julho. O balanço indicou que a Campanha e seus desdobramentos em todo o país foram positivos. Os cerca de 40 participantes, representantes de várias entidades Regionais e da Cáritas Brasileira, do Conselho Nacional das Igrejas Cristãs no Brasil (CONIC), Fórum Brasileiro de Economia Solidária, dentre outras entidades, concluíram que o próximo passo é fortalecer a
SOS Pernambuco e Alagoas
Pe.Valter é professor do ITESC e Diretor da Escola Diaconal nando em Azambuja, doutorouse em Roma (1982) e desde então é professor do ITESC e Diretor da Escola Diaconal São Francisco Xavier. Entre outras atividades, tem publicado vários livros, de liturgia e espiritualidade.
Jornal da Arquidiocese
GBF 11
Agosto 2010
Concentração Arquidiocesana dos GBFs Evento em Camboriú reunirá representantes dos mais de dois mil Grupos existentes na Arquidiocese No dia 29 de agosto, a partir das 8h, no Ginásio de Esportes Irineu Bornhausen, em Camboriú, será realizada II Concentração Arquidiocesana dos Grupos Bíblicos em Família. O evento tem como tema “Igreja nas Casas”, e lema “Eis que estou à sua porta e bato” (Ap 3, 20) O evento tem como objetivos celebrar, visibilizar e reavivar a prática da Igreja nas casas, fortalecendo e incentivando a multiplicação dos pequenos grupos na comunidade. São convidados os participantes dos GBFs, párocos, vigários, diáconos, seminaristas, pessoas consagradas, catequistas, ministros (as), lideranças da Igreja, membros das Comunidade Eclesiais de Base, e todo o povo de Deus, para juntos celebrarmos a caminhada dos GBFs. A tarde a Concentração terá o show de Antônio Carlos, que estará conosco animando, desde o início, intervindo com algumas músicas. Entre em contato com o seu pároco e os coordenadores(as) da comunidade e da paróquia, para organizarem a ida até Camboriú. “Estamos vivendo com entusiasmo o “tempo de advento” da nossa II Concentração. É um tempo de graça que o Senhor nos concede para fortalecemos os Grupos Bíblicos em Família no âmbito arquidiocesano”, disse Maria Glória da Silva Luz Luz, articuladora arquidiocesana dos GBFs.
Momentos de preparação para a concentração Comarca de Santo Amaro No dia 10 de Julho, realizouse o Encontro de Grupos Bíblicos em Família da Comarca de Santo Amaro da Imperatriz, na comunidade do Imaculado Coração de Maria, em Rancho Queimado. Fizeram-se presentes as paróquias de Santo Amaro, São Bonifácio, Anitápolis e Angelina, através de 37 coordenadores e animadores. Esse encontro foi conduzido pela Coordenadora Arquidiocesana dos GBF, Maria Glória, e pelo Pe. Elias Wolff Wolff, da Diocese de Lages, professor do ITESC em Florianópolis. Iniciamos participando da oração. Em seguida, falou Pe. Elias, salientando a importância dos GBF, o objetivo geral “Evangelizar”, os objetivos específicos, o tema “Igreja nas Casas” e o Lema “Eis que estou à porta e bato” (Ap 3,20). Explicou de que modo os GBF são a Igreja doméstica, uma catequese continua para a vida cristã. Reforçou que os GBF são prioridade na Arquidiocese de Florianópolis, e consequentemente devem sê-lo nas Comarcas, Paróquias e comunidades. Aliás, o
Comunidades Eclesiais de Base A Igreja da Imaculada Conceição, da paróquia da Agronômica, no centro, acolheu no dia 25 de julho o povo das Comunidades
Eclesiais de Base, para sua jornada de preparação para o Encontro Estadual das CEBs que acontecerá em 2012. O Encontro foi assesso-
Encontro de formação reuniu representantes de 13 comunidades
rado pelos Padres Vitor Feller e Vilson Groh. Participaram lideranças de 13 comunidades, vindos das Comarcas de São José, Estreito e Ilha. Pe. Vitor Feller nos conduziu a uma reflexão sobre “Fé, Política e Ética”, tendo como referencia o livreto da CNBB “Eleições 2010: O Chão e o Horizonte”. Pe. Vilson refletiu a caminhada das CEBs como sinal de vitalidade da Igreja, com base no Doc. 92 da CNBB: “Mensagem ao povo das Comunidades Eclesiais de Base”. Em cima dessa reflexão, cada comunidade ficou responsável por avaliar a caminhada das CEBs na sua paróquia. Assim se abre o caminho para o trem das CEBs, que vem apitando rumo a 2012.
são também nas outras Dioceses de Santa Catarina. Esses pequenos grupos formam a Igreja nas casas, nas quais se encontram as pessoas e as famílias numa “família maior” para rezar, refletir sua realidade, dificuldades, alegrias e conquistas, à luz da Palavra de Deus, comprometendo-se com a vida, através de ações concretas, para o bem comum das pessoas na comunidade e na sociedade. Jesus vem diariamente nos dizer: “Eis que estou à porta e bato” (Ap. 3,20), lema este do GBF. E Ele espera uma resposta, uma decisão nossa de acolhê-lo em nossa vida e em nossa casa. A comunidade do Imaculado Coração de Maria, em Rancho Queimado, tem 7 Grupos Bíblicos, que promovem algumas ações solidárias, as quais ajudam várias pessoas, como também instituições. Esses grupos estão a caminho, no seguimento de Jesus, mas sabem que muito ainda precisam “caminhar”. Animadora do GBF Comarca de Santo Amaro
Comarca da Ilha Os Grupos Bíblicos em Família da Comarca da Ilha, com 194 presentes, incluindo os participantes das Comunidades Eclesiais de Base, foram acolhidos pela Paróquia da Trindade no dia 04 de julho. Era o Encontro Comarcal de 2010, para celebrar a caminhada e refletir o tema “Igreja nas Casas” e o lema “Eis que Estou a Porta e Bato”. Todos sentiram-se movidos pelo impulso do Espírito Santo, através da assessora Maria Angelina Angelina. Com entusiasmo, ela fez bela reflexão em preparação para a grandiosa Concentração Arquidiocesana dos GBF, que acontecerá no dia 29 de agosto próximo, onde a Comarca da Ilha explanará de forma lúdica o porquê de acreditar nos Grupos Bíblicos. A assessora Mª Angelina
alertou: "Assim como Jesus, nós também temos uma missão. Jesus chama a cada um de nós para evangelizar nas casas, formando pequenos grupos na comunidade. Ser Discípulos e missionários de Jesus é levar para o chão da vida a partilha do pão Eucarístico e do pão da Palavra. Percebeu-se a alegria de “servir” das diversas pessoas que ali estavam em suas comunidades , confirmando o propósito de serem seguidoras e seguidores de Jesus Cristo, abraçando a prática da “Igreja nas casas”. O encontro nos introduziu no "advento" de nossa II concentração e nos animou para estarmos juntos no próximo encontro comarcal em novembro. Coordenação Comarcal
12
Artigos
Agosto 2010
Jornal da Arquidiocese
Centenário
Padre Afonso Vidal Reitz - Sensibilidade e Rigidez Padre Afonso Vidal Reitz nasceu em Antônio Carlos, SC, em 30 de outubro de 1906, filho de Nicolau Adão Reitz e Ana Maria Reinert. É mais conhecido como o irmão mais velho de outros dois grandes padres: Cônego Dr. João Reitz e Cônego Dr. Raulino Reitz. Três irmãos, de temperamentos muito diferentes, mas, unidos pelo amor à Igreja e à natureza. Afonso ingressou no Seminário ainda jovem e foi ordenado sacerdote em 04 de novembro de 1934, em São Pedro de Alcântara. Foi o Seminário de Azambuja seu primeiro campo de apostolado, ali exercendo as funções de professor (1935-1939), diretor espiritual (1936) e prefeito de estudos (1938-1939). Rigoroso consigo mesmo, o era com os outros, sendo muitas vezes de difícil convivência, não por egoísmo mas pelo severo cumprimento dos deveres.
Pároco de Luiz Alves
Em 12 de dezembro de 1939 foi provisionado pároco de São Vicente de Paulo, Luís Alves. (Mais tarde descobriu que o motivo de sua transferência tinha sido o fato de com um tiro ter matado o gato de estimação da Madre Superiora: “fui trocado por um gato morto”, brincava, azedo). Era um padre diocesano assumindo uma paróquia de grande tradição salesiana. Sempre levou em alta consideração o trabalho salesiano, e viu seus melhores jovens se encaminharem para os
seminários dessa Congregação, serem ordenados padres, três deles eleitos bispos. E foram numerosas as vocações femininas. Pe. Afonso era um homem rigoroso, de posições claras defendidas com intransigência. Zeloso no atendimento às comunidades, no confessionário e na pregação. Em Luís Alves encontrou muitas famílias que tinham emigrado de Antônio Carlos e que ofereceram valiosa contribuição à vida paroquial. Necessitando a paróquia de nova igreja matriz, escolheu um projeto de estilo românico puro, igreja imensa para pequena cidade. Sempre se orgulhou da pureza de estilo dessa construção, levada a cabo com sacrifício e zelo pelos pormenores. Pe. Afonso tinha algumas limitações que muito comprometiam seu relacionamento com o povo: a opção política pela União Democrática Nacional-UDN, os nervos à flor da pele e, fraqueza humana, a propensão para a bebida, da qual se libertou nos últimos anos de vida. Em dado momento, as queixas se avolumaram e o arcebispo Dom Joaquim lhe passou um telegrama de transferência: “Deixe Luís Alves. Proponho Penha”. No seu estilo, Pe. Afonso respondeu com outro telegrama: “Penha não me interessa. Não deixo Luís Alves”. Era o ano de 1965, após 26 anos dedicados à paróquia de Luís Alves. Seu telegrama não teve efeito, pois, dias depois, chegou Pe. Bertolino Schlickmann com provisão compe-
De temperamento difícil, mas de grandes qualidades artísticas, Pe. Afonso foi um pároco fiel e professor exigente. Espirituoso e retraído, faleceu em 1989, com 55 anos de sacerdócio, em Azambuja. tente, Penha foi ocupada por outro padre e Pe. Afonso literalmente “sobrou”. Dirigiu-se a Florianópolis e viu-se isolado: Dom Joaquim não o recebia de jeito nenhum, pois tinha sido desobediente. Nessa situação de abandono, entra em campo o irmão Pe. Raulino Reitz, que pede, ao Arcebispo, permita Pe. Afonso residir em Azambuja na condição de “exilado”, o que acabou acontecendo.
Professor, confessor e artista em Azambuja E assim, pobre, Pe. Afonso retornou ao Seminário de Azambuja, lecionando de 1965 a 1972. Suas matérias preferidas: português, de-
senho, geografia, alemão e italiano. Seu relacionamento com os alunos deixava a desejar, com ameaças de castigos físicos e ataques verbais. Era seu modo de ser. Um homem solitário, devotado ao silêncio e aos livros. Não prezava amizades, nem de ex-paroquianos nem de familiares. A solidão levava à agressividade e vice-versa. As aulas de português eram ministradas através da leitura de Rui Barbosa (Oração aos Moços) e Afonso d’Escragnolle Taunay (Inocência) e elogios a Humberto de Campos. Fazia a gramática brotar do texto. Padre piedoso, cada manhã celebrava às 6h e, aos domingos, atendia às confissões no Santuário. Nunca falhou.
Ao mesmo tempo em que era agressivo, era dotado de grande sensibilidade artística: era um escultor de pedras e decorador com bromélias. Ajardinou o pátio do Seminário e ergueu, pedra sobre pedra, sem pressa, a belíssima Gruta de Nossa Senhora de Lourdes no mesmo pátio. Gostava de conversar, comentar o passado e a decadência dos “tempos atuais”. Era esse seu problema: nada via de bom no Seminário e o externava com agressividade. Foi um homem fiel ao seu sacerdócio, à Igreja e às suas convicções. Viveu no silêncio, na oração e no trabalho de 1973 a 1989, quando, em 20 de setembro Deus o chamou à ressurreição: vivera 83 anos e exercera por 55 anos o ministério sacerdotal. Uma nota de sua última hora de vida: sabendo de sua saúde debilitada, Dom Afonso foi visitá-lo para convencê-lo a internar-se no Hospital. “Não, Excelência!”, foi a resposta. Dom Afonso sugeriu que um médico o visitasse: “Sim, Excelência!”. O Arcebispo saiu satisfeito pela vitória. Em seguida, quando o médico chegou, a porta estava chaveada por dentro e Pe. Afonso já tinha sido atingido por um infarto mortal. Sepultado no cemitério de Azambuja, hoje repousa no Jazigo dos Padres, em Antônio Carlos. Deixou um exemplo de correção moral, pobreza de bens materiais e seriedade no ministério. Pe. José Artulino Besen pejabesen.wordpress.com
Ecumenismo Aprendi, com os anos vividos, que ser grato não faz mal a ninguém, tal qual canja de galinha. Descobri que precisamos, no diaa-dia, gostar do jeito que temos, e viver como somos, e não apenas tentar ser do jeito que os outros gostam que sejamos; precisamos nos ajeitar, nos perfumar, nos encantar com mais altivez. Não que devamos olhar os outros com superioridade e orgulho, mas sim que em primeira instância demonstremos confiança em nossas potencialidades. Isso seria uma forma de conquistar espaço na vida e, respeitando os outros, teríamos como retorno o respeito em dobro. Isso é viver o maior mandamento de Jesus: “Amai-vos uns aos outros como eu vos amei” (Jo 15,12). Aprendemos, no dia-a-dia da fé, que Deus cumpre tudo o que nos tem prometido. E veremos a mão de Deus a nosso favor, e todos irão nos olhar e afirmar que temos face de vencedores.
DAREI GRAÇAS AO SENHOR A gratidão nos faz vitoriosos e nos ensina a superar os males da vida, nos faz crentes na escolha que fizemos, que é a vida com Deus. Esta nos oferece duas perspectivas. Podemos experimentar momentos em que cada oração nossa é atendida, e nos sentimos próximos de Deus. Mas também podemos experimentar momentos de densa neblina, em que Deus parece estar calado. No entanto, é justamente nesses momentos que podemos aprender que, apesar do forte nevoeiro, Deus ainda é nosso regente e não nos abandonou, de maneira que podemos exclamar com o profeta Habacuque: “Mesmo assim eu darei graças ao Senhor!” (Hc 3,18). Porque, se minhas provações têm sabor amargo, minhas vitórias terão sabor de mel.
Creiamos nisso e façamos a revolução espiritual em nossa vida: em todos os seus momentos, demos graças a Deus. Sejamos gratos por tudo o que o Senhor Jesus nos tem oferecido. Aprendamos com o profeta Habacuque, que encerra o seu livro com uma oração em que expressa, em vibrante linguagem profética, a sua confiança na proteção do Deus de sua salvação. Ele diz: “Ainda que as figueiras não produzam frutos e as parreiras não dêem uvas; ainda que não haja azeitonas para apanhar e trigo para colher; ainda que não haja mais ovelhas nos campos nem gado nos currais, mesmo assim eu darei graças ao Senhor”. Deus não atende todos os pedidos, mas cumpre todas as suas promessas. Como é bom saber disso,
quando nos encontramos numa situação desesperadora. Nesses momentos angustiantes podemos, como cristãos, centralizar a nossa atenção nas promessas que Deus está cumprindo em nossa vida, como a nossa salvação que nos é garantida através de nossa fé em Jesus, a sua misericórdia para conosco e a sua companhia constante em nosso dia-a-dia. Muitos hinos de louvor foram produzidos em situações desesperadoras, quando Deus dava forças a seus autores para dar graças não apenas “pela prece respondida”, mas também “pela esperança que falhou”. O autor do Salmo 102 coloca-se perante Deus e confessa a sua fragilidade, mas alegra-se porque o seu grito de socorro é atendido por um Deus eterno. Também nós podemos ter certeza de que
as nossas alegrias passageiras um dia vão ser transformadas em alegrias eternas, por causa da nossa fé em Jesus Cristo, o Filho de Deus que nos amou e se entregou na cruz por nós (Gl 2,20). Tudo aquilo que nos incumbirem de realizar, dediquemo-nos com afinco e boa vontade e, se possível, façamos mais do que nos pedem. A recompensa virá a galope, como um cavalo com um arreio de oportunidades, que nos gratificarão pelo desempenho acima do esperado. Portanto não esperemos que alguém nos traga flores, plantemos o nosso jardim e decoremos nós mesmos a nossa vida. Oremos: Senhor Jesus, toda vez que eu tiver que passar por uma situação amarga ou angustiante, que eu possa também exclamar: “Mesmo assim, eu darei graças ao Senhor”. Amém. Prof. Maximiliano B. de Oliveira Ministro Anglicano
Jornal da Arquidiocese
Missão 13
Agosto 2010
FAMÍLIA MISSIONÁRIA No mês de Agosto, nas comunidades celebra-se o Mês Vocacional e a “Semana Nacional da Família” João Paulo II afirmou : “...estou convicto de que, através da família cristã, a Igreja vive e realiza a missão que o Senhor Jesus lhe confiou. A Família deve estar consciente desta sua missão” (Obs. Romano - Set. 1980). A igreja local se encontra e vive em diversos lugares e grupos. Trata-se de encarnações parciais, mas autênticas, da totalidade da Igreja. Entre essas encarnações, a menor, mas a mais significativa, é a família: “a primeira comunhão de pessoas” (GS 1) e a primeira Igreja (Igreja doméstica). Não se trata, portanto, de uma instituição fechada, mas de um ponto de convergência e de irradiação de toda a família humana. Por isso mesmo, a família é convidada a se abrir à comunhão universal, com todos os seres humanos, vencendo todo tipo de barreira: de raça, condição social, religião e cultura. Conseqüência disso, não é verdadeiramente cristã e missionária a família que vive isolada, fechada em si mesma. O primeiro passo a ser dado pela família é abrir a porta às outras famílias, através do conhecimento, do diálogo, da hospitalidade, da partilha dos problemas familiares, econômicos, educativos e sociais. Poderíamos falar também de uma paternidade responsável mais ampla, que se reveste de uma nova luz. De fato, a fecundidade, que se expressa em novos nascimentos e na educação da prole, não é mais a única fecundidade da família, que agora abre seu leque e preocupações para o vasto mundo que precisa de salvação. Dessa forma, perspectivas novas deparam-se à visão cristã das famílias abertas: Casais que integram movimentos familiares comprometidos nas pastorais; Casais que oferecem alguns anos de sua vida como missionários leigos; Casais que adotam crianças órfãs e abandonadas etc.
FAMÍLIA FONTE DE VOCAÇÕES
A encíclica “Christifideles Laici” dirige-se às famílias pedindo-lhes também que se preocupem em fornecer vocações à missão da Igreja no mundo: “Para a evange-
lização do mundo são necessários, antes de tudo, evangeliza-dores. Em vista disso, todos, mas especialmente as famílias cristãs, devem se responsabilizar pelo surgimento e o amadurecimento de vocações especificamente missionárias, sacerdotais, religiosas e leigas” (CL 35). É triste constatar como muitas vocações missionárias não chegam à sua realização, pela dura oposição de famílias que se dizem “cristãs”. Sem dúvida, o mundo materialista e consumista, em que vivemos, contribui muito para a criação de falsos valores como: o individualismo exagerado, o “material” suplantando o “humano” e o “espiritual”, falsos valores que constantemente são veiculados pelos meios de comunicação etc. É fácil entender como a partida de um filho ou de uma filha para as missões possa ser um sofrimento, mas, para os pais que cultivam uma fé profunda, isso se torna motivo de grande alegria. Como afirma o Concílio, é esta uma forma de missão que precisa ser bem mais desenvolvida dentro de nossa Igreja. Eis o que diz o documento Ad Gentes 23: “Trata-se não só de pessoas que com o apoio de suas famílias partem para as missões, mas de verdadeiros núcleos familiares missionários: casais cristãos que deixam sua pátria para servir na vocação missionária ou, inclusive, de famílias inteiras, cujos filhos também se vêem envolvidos na missão “aos povos”. Não são poucas as famílias que já se encontram trabalhando na primeira evangelização: na Ásia, na África e na América Latina. A experiência já mostrou que a presença da família cristã se torna um exemplo de extrema importância, ao lado do missionário sacerdote.
COOPERAÇÃO MISSIONÁRIA
Se o partir para as missões, como família, na prática é uma aventura de poucas famílias cristãs, no entanto, todas elas, como resposta à fé recebida, devem participar da obra evangelizadora da Igreja aqui e aos não-cristãos. Isso pode ser realizado através da: - Oração familiar: que abranja os anseios de toda a humanida-
Divulgação/JA
FAMÍLIA: SUJEITO DE MISSÃO
Palavras do papa João Paulo II: “Através da família cristã, a Igreja vive e realiza a missão que o Senhor Jesus lhe confiou”. de, pedindo a Deus que realize seu Reino de amor, justiça e paz. - Oferta da vida: muitas vezes cheia de sacrifícios e de dificuldades. Unindo-a ao sacrifício de Cristo, essa doação tem uma enorme força redentora. - Cooperação material: os missionários, expressão de nossas comunidades que os enviaram,
em suas dificuldades, também econômicas, não devem sentir-se sozinhos, esquecidos, mas apoiados pela ajuda e a solidariedade das comunidades de origem. Para que isso aconteça, é importante que a família: - se eduque para o espírito de pobreza, evitando gastos demasiados.
- se liberte de exigências e apegos exagerados. - prepare os filhos para a participação nas atividades do bairro e da comunidade eclesial. - cultive a atenção para com os últimos - proponha às novas gerações grandes ideais, que ponham em ação suas potencialidades. - Exortem à leitura de revistas missionárias que oferecem testemunhos fortes de doação. Assim procedendo, das famílias missionárias surgirão novos sacerdotes e missionários, como tanbém líderes para os movimentos eclesiais, partidos, empresas etc. Os pais têm que motivar nos filhos o gosto pelo serviço e pela doação.
PARA REFLETIR: 1. Como abrir as famílias para a comunhão universal? 2. O que implica, no dia-adia da família, uma educação missionária autêntica?
Caminhos da Missão 130 missionários realizam Missão em Xique Xique - BA Trata-se da 10ª Missão Popular, realizada na Igreja Irmã de Barra, desta vez na Paróquia de Xique Xique, na qual participaram exatamente 130 missionários de nossa Arquidiocese, integrando as 75 equipes que se deslocaram nas diversas comunidades.
É sem dúvida um gesto missionário de grande relevância. Aumenta o número das paróquias que enviam seus missionários, celebrando o envio dos mesmos e enriquecendo a comunidade com os seus testemunhos, por ocasião de sua volta. Parabéns, missionários!
PIME ordena missionários brasileiros Nestes dias, na Ásia, África e América Latina haverá a ordenação sacerdotal de 11 diáconos do PIME. Quatro deles são brasileiros, que realizaram seus estudos de filosofia no Seminário “Ad Gentes”, em Brusque, e de teologia em Monza - Itália. Infelizmente, pela primeira vez, não foi ordenado nenhum novo missionário europeu!
Outubro Missionário 2010 Após longo aprendizado, chega o mês da formatura e do envio do cristão: Vai, anuncia e constrói o Reino! Para animar o
mês das Missões, as Pontifícias Obras Missionárias, em sintonia com a CF 2010, propõem um tema e um lema.
Tema: “MISSÃO E P PAR ARTILHA TILHA””. AR TILHA Lema: “OUVI O CLAMOR DO MEU POVO” A Novena Missionária em DVD é a novidade em 2010. O DVD contém nove breves documentários, com temas relacionados à missão, para serem utilizados na novena
missionária das comunidades cristãs do Brasil. Os nove temas abordados estão em sintonia com o conteúdo do respectivo dia da novena.
14
Geral
Agosto 2010
Foto JA
Pe. Francisco Rohling Formador, pároco e administrador No dia 03 de agosto, Pe. Francisco Rohling estará celebrando os seus 25 anos de vida presbiteral. Para marcar a data, no dia 04 de agosto, às 19h, será celebrada uma missa de Ação de Graças na Igreja Matriz do Senhor Bom Jesus de Nazaré, em Palhoça, onde ele é pároco. A Celebração Eucarística contará com a presença de nosso arcebispo Dom Murilo Krieger, que fará a homilia. No dia 08, às 9h, Pe. Chico celebrará missa em São Bonifácio, sua terra natal. Nascido no dia 24 de agosto de 1958, sua vocação para a vida presbiteral foi despertada ainda em tenra idade, certamente fruto das orações de seu bisavô, a quem não conheceu. Ele queria que um dos seus 15 filhos (oito homens e sete mulheres) seguissem a vida religiosa. Não teve êxito. Mas hoje, netos e bisnetos são 28 padres e mais de 20 irmãs. Em entrevista, Pe. Chico fala da sua trajetória de vida, da experiência como formador em seminário, pároco e administrador. Jornal da Arquidiocese Como foi despertada a sua vocação para a vida presbiteral? Pe. Francisco Rohling - O elemento muito forte foi a vivência religiosa familiar. Nosso bisavô, Walter Buss, por ocasião do início da colonização de São Bonifácio, como puxador de reza, pedia publicamente que um dos seus oito filhos ficasse padre ou uma das sete filhas se tornasse freira. Dos filhos, nenhum correspondeu a esse desejo. No entanto, entre seus netos e bisnetos, hoje são 28 padres e mais de 20 freiras. Emma Buss, filha de Walter, minha avó, apreciava plantar rosas ao pé de cada pa-
lanque da cerca, tradição entre os alemães. Sendo seu neto mais velho e como ela residia conosco, eu a acompanhava nos trabalhos. Certo dia, ao plantar roseiras, ela me disse em alemão: "No dia em que fores padre, vou enfeitar o altar com rosas destas roseiras". Dois anos depois me encontrava no Seminário, fruto do trabalho de promoção vocacional do Pe. Sebastião van Lieshouth, pároco de São Bonifácio, e de toda a tradição familiar. Minha avó não viu minha ordenação, mas as suas rosas enfeitaram o altar, como ela havia profetizado. JA - Dos seus 25 anos de vida presbiteral, 14 foram como formador no Seminário de Azambuja. Em que esse trabalho enriqueceu o seu pastoreio? Pe. Chico - Fui por sete anos orientador e professor no Seminário de Azambuja, os outros últimos sete como reitor e professor, acumulando as atividades de reitor do Santuário e diretor do Museu Arquidiocesano Dom Joaquim. Em 1998, fui diretor interino do Hospital Cônsul Carlos Renaux. O trabalho no Seminário foi de uma valia muito grande. Muito mais que ensinar, nós aprendemos. A preciosidade desse aprendizado aestá na convivência com os colegas padres e com os residentes da casa, destacando a convívio com Mons. Valentim Loch, com quem aprendi a importância e o gosto pelo confessionário. O ardor sacerdotal de Pe. Bertolino Schlickmann. As conversas diárias de 15 minutos com Dom Afonso Niehues, então arcebispo emérito da Arquidiocese, ao buscar o jornal diário no gabinete do reitor. Ele emitia os seus parece-
“
Pe. Francisco Rohling em sua sala de trabalho na Cúria Metropolitana
Não há eficiente pastoral sem organização, planejamento, administração e recursos, para o desenvolvimento do trabalho”
res e convicções no campo da formação e no contexto vivencial, mas sem interferir na condução do Seminário.
JA - Desde janeiro de 2005, o senhor é o Ecônomo da Arquidiocese. Como encarou esse novo desafio? Pe. Chico - Como opção de vida, escolhemos ser padre. Dentro desse ministério, porém, a dimensão administrativa é e torna-se importante. Não se tem uma especialização no seminário para isso, mas o trabalho é feito por causa da Arquidiocese, que requer um padre nesse setor. Isso faço com dedicação e da melhor forma que me é possível. Está sendo salutar ser padre e administrador simultaneamente. Isso me ofereceu uma compreensão muito mais transparente dos desafios pelos quais passam os padres nas paróquias: o da manutenção e administração dos bens e da pastoral paroquial. JA - Qual a importância de
Retalhos do Cotidiano
um pároco ser também um bom administrador? Pe. Chico - Não há eficiente pastoral sem organização, planejamento, administração e recursos, tanto materiais quanto humanos, para o desenvolvimento do trabalho de evangelização. É ingenuidade alguém dizer-se somente pastor: é preciso dar condições de trabalho para o desenvolvimento da pastoral. É necessário planejar para evangelizar, principalmente em tempos de mudança. JA - Desde 28 de dezembro de 1998, o senhor é o pároco do Senhor Bom Jesus de Nazaré, em Palhoça. Como avalia a sua atuação como pároco? Pe. Chico - Aqui, lembro o propósito de Maria: “Faça-se em mim segundo a tua palavra” (Lc 1,38). Nossa Senhora, no momento da Anunciação, quis colocar-se a serviço, e este também é o meu desejo junto à porção do povo de Deus que me foi confiado. É ver-
Pai
Grãozinhos
Quantos filhos, quantas filhas pensam coisas bonitas a respeito de seu pai e nunca lhe dizem nada. Que pena! Não haveria presente melhor do que abrir o coração para aquele que fez nosso coração bater. Se você ainda o tem ao seu lado, não se acanhe: deixe o amor falar, diga-lhe algo que o faça sentir quanto bem você recebeu dele, de quanto sacrifício você é devedor. Não se omita. Viva a alegria de fazê-lo feliz! Feliz Dia dos Pais!
O camelo passava através do deserto: suas patas pisavam os grãozinhos de areia e ele, orgulhoso e triunfante, dizia: “Eu vos esmago, vos esmago!”. Os grãozinhos deixaram-se esmagar, mas levantou-se o vento. “Vamos, grãozinhos - disse - unam-se a mim bem juntinhos, juntos flagelaremos o camelo e o enterraremos debaixo de montanhas de areia!”. E assim como contou o Cardeal Albino Luciani, assim aconteceu.
Grãozinhos 2
Pai 2 olhe esta criatura, como se parece com o Criador?”. Contigo, Senhor, ele se esforça por parecerse: na paciência, na compreensão, no carinho, na doação, no amor que, como diz Paulo, “tudo desculpa, tudo crê, tudo espera,
dade que nunca estamos à altura das exigências, devido à fraqueza humana, inconsistências pessoais, limites de capacidade. Mas o desejo é servir. Somado às forças de tantas lideranças (“forças vivas”) de que uma comunidade paroquial dispõe em seu meio, o trabalho de evangelização é maravilhoso, encantador, e impulsiona sempre mais para a realização de projetos junto ao povo de Deus. JA - Neste tempo como pároco, a paróquia passou a administrar o Asilo “Casa Santa Maria dos Anjos”. Porque foi assumido esse desafio? Pe. Chico - Nossa Ação Social Paroquial assumiu, como sua tarefa, o trabalho com a Pastoral da Criança, com a Terceira Idade e o cadastramento de migrantes para receberem cestas-básicas. Hoje, doamos em média 140 cestas básicas por mês a famílias cadastradas e acompanhadas pelo Movimento de Irmãos. O Asilo acabou entrando como um complemento. Funcionando havia há 10 anos, e administrado pela Ordem Terceira Secular, estava com dificuldades financeiras. Acolhia 22 pessoas idosas. O Promotor de Justiça, sabendo da precariedade da situação em que se encontravam os idosos, decretou seu fechamento. Mas, indo ao local, percebeu que 14 pessoas não teriam para onde ir. Com isso, recomendou que a paróquia assumisse o projeto de angariar recursos para revitalizar o Asilo. Isso foi há quatro anos. A Paróquia assumiu. Realizamos uma reforma geral e ampliamos o espaço. Hoje há 32 residentes e 13 funcionários, com atendimento 24 horas, considerado entre os mais humanitários da Grande Florianópolis. O trabalho no Asilo também trouxe reflexos positivos na paróquia. Nunca tivemos tanta dedicação na pastoral quanto após essa experiência de doação e percepção da dor alheia.
Carlos Martendal
Divulgação/JA
Quanto de Deus pode revelar a vida de um pai! Adaptando palavras de São Francisco de Sales poderíamos dizer: “Ah! bom Senhor! ao ver nosso pai criado à imagem e semelhança vossa, não deveríamos dizer um ao outro:
Jornal da Arquidiocese
tudo suporta” (1Cor 13,7).
Pai 3 Vamos lá, solte os lábios e diga com o coração: “Pai, eu te amo!”.
Quando Jesus e nós pedimos ao Pai que não nos deixe cair em tentação é porque, qual camelo, pensamos que escorregar ‘só um pouquinho, só essa vez’, não faz mal. O diabo começa a comer pelas beiradas, para depois chegar ao meio do mingau. E, então,
se farta, ‘sepultado’ pela montanha de ‘tentações-grãozinhos’...
Barquinho Quanta liberdade tem o barquinho lá no meio do mar! Sem outras embarcações por perto, sem ruas para cruzar nem sinaleiras para parar, sem pedestres de quem cuidar, leva o pescador calmamente pelas sossegadas águas da baía norte. O sol inunda o corpo do tripulante, e veste de alegres cores a água e o próprio barco. O cristão é um pouco esse barco: ele conhece a verdade, que o liberta mesmo em meio ao ‘tráfego’ intenso e às ruas apinhadas de gente, e anda como se fosse o único, fazendo-se um com todos. ‘Se as águas do mar da vida quiserem afogá-lo’, a união com o Senhor o salvará. E ele andará pelo mundo refletindo a luz do Sol que o inunda e nele faz morada.
Jornal da Arquidiocese
Geral 15
Agosto 2010
Carmelita celebra 60 anos de vida consagrada Todos são convidados para participar da celebração no Carmelo Cristo Redentor, em São José
Jornal da Arquidiocese Como foi despertada a sua vocação para a vida religiosa? E porque as Irmãs Carmelitas? Irmã Maria Stella - Desde criança desejei ser religiosa. Creio que a vocação me foi infundida no Batismo. A leitura da vida de Santa Teresinha do Menino Jesus me empolgou, e sua espiritualidade suscitou em meu coração o desejo de trilhar o seu “Pequeno Caminho” da confiança e do abandono, no silêncio da clausura, buscando a Face de Deus.
anos e meio, um sacerdote consagrou oficialmente a família ao Sagrado Coração de Jesus. Mamãe sempre nos dizia que consagrou também todos os que ainda viriam. Assim, os cinco que vieram depois, já estavam de antemão consagrados ao Coração de Jesus. Desde 1922, na primeira sexta-feira do mês, mamãe e os filhos, a cavalo ou a pé, íamos participar da Santa Missa e fazer a Comunhão Reparadora. À noite, todos nos reuníamos, tendo à frente papai, que renovava a consagração ao Coração de Jesus. Lembro muito bem com que unção papai rezava e como tomou a sério a consagração da família ao Coração de Jesus. Antes e depois das refeições, todos juntos rezávamos as orações da bênção e de ação de graças. Mamãe tinha muito empenho para nós estudarmos bem o catecismo e prestarmos muita atenção ao sermão na Missa. Em casa, nos fazia repetir o que recordávamos. Nosso pároco, Monsenhor Jacó Seger, nos visitava frequentemente, conversando sobre a grande graça de os pais darem um filho para o altar, como sacerdote etc. Era grande amigo da família. E assim, um após outro, todos sentiram-se motivados para se consagrarem a Deus. Os pais sempre deixaram liberdade para escolher o estado de vida e diziam: "Se querem, podem seguir. Deus vai cuidar de nós!” (dos pais). Tendo papai falecido em 1960, um ano após, também mamãe ingressou na vida consagrada, na congregação das Irmãs da Divina Providência. Viveu 18 anos como Religiosa e dizia que não trocaria sua sorte por nenhuma outra. Faleceu com 86 anos, na paz do Senhor.
JA - Vocês eram em oito irmãos e sete foram chamados à vida consagrada. Como se deu essa bênção? Irmã Maria Stella - Como se deu, não sei. Só Deus sabe. O fato é que, quando meus pais já tinham três filhos, o mais velho com quatro
JA - No dia 15/08, a senhora estará celebrando 60 anos de Vida Consagrada. Como é ter dedicado praticamente toda a sua vida à Igreja? Irmã Maria Stella - “No Coração da Igreja, minha Mãe, eu serei o AMOR!” São palavras de Santa
Foto JA
O Carmelo Cristo Redentor, em Picadas do Sul, São José, estará em festa no dia 15 de agosto. Nesse dia, Irmã Maria Stella do Sagrado Coração de Jesus sus, uma das fundadoras do Carmelo e por 16 anos sua Madre Superiora, comemorará os 60 anos de vida consagrada. A celebração será presidida pelo nosso arcebispo Dom Murilo Krieger no Carmelo, às 17h. Natural de Arroio do Meio, município da região da Grande Porto Alegre, Irmã Stella teve a sua vocação despertada em tenra idade. Dos seus sete irmãos, todos tiveram iniciação à vida religiosa. Apenas um deles não seguiu essa vocação, decidindo-se pelo casamento e a família. Três irmãos foram ordenados padres: dois diocesanos em Porto Alegre e um Jesuíta. Outro se tornou irmão jesuíta. Suas duas irmãs entraram na congregação das Irmãs da Divina Providência. Em 1960, quando sua mãe enviuvou, ela também entrou na congregação, tendo a filha mais velha como mestra das noviças. Acompanhe a entrevista.
Irmã Maria Stella com seus sete irmãos, seis deles religiosos como ela, sua mãe também religiosa, e foto de seu pai já falecido na época. Ao fundo, a imagem de Nossa Senhora do Carmo, sua inspiradora Teresinha, concretizadas em sua vida de oração e doação constante nas pequenas coisas de cada dia. É o que procuro fazer pela santificação da Santa Mãe Igreja, especialmente pela santificação dos Sacerdotes. JA - Percebe-se que é cada vez menor o número de vocações femininas. O que é preciso fazer para despertar nas jovens a vocação? Irmã Maria Stella - O exem-
plo cristão dos pais: mostrar aos filhos, desde pequenos, quais são os verdadeiros valores, que permanecem para a vida eterna. Ensinálos a viver na fé. Conduzi-los a Jesus, o verdadeiro Amigo e Mestre, que é o Caminho, a Verdade e a Vida. Fazê-los descobrir, na sua consciência, quanto é feliz quem procura observar os mandamentos de Deus e quanto é infeliz quem segue os próprios caprichos. Conduzi-los a Maria. Como Mãe, ela nos orienta e conduz.
Comunidade celebra Jubileu de Ouro A Comunidade de Santo Antônio, em Caetés, pertencente à paróquia Divino Espírito Santo, em Camboriú, celebrou no dia 13 de junho os 50 anos de construção da sua igreja. A comemoração ocorreu nos dias 24 a 27 de junho, contando com Celebrações Eucarísticas presididas pelo Pe. Cláudio Zimermann, o pároco, Pe. Isaltino Dias, vigário, e pelo Pe. Josemar Silva. Segundo informações, até a
década de 20 havia apenas uma cruz no local, que chamavam de Santa Cruz, onde o povo se reunia e rezava. Mais tarde, por volta de 1933, foi construída uma capela de madeira, na época em que surgiu a primeira escola da comunidade. Em 13 de junho de 1960 foi inaugurada a atual capela. Foram muitas as famílias e pessoas que contribuíram para a sua construção, que permanece bem conservada e bonita.
115 anos do Apostolado da Oração No dia 4 de julho de 2010 o Apostolado da Oração da Paróquia de São José, comemorou 115 anos de fundação. Nesse dia, o pároco Pe. José Manoel dos Santos e seus paroquianos receberam com muito entusiasmo a chegada das centenas de fiéis com as bandeiras das paróquias da comarca. A comemoração foi precedida de um tríduo preparatório. No dia, pela manhã, foi realizada a celebração eucarística, presidida pelo Pe. Maneca e com pregação do Pe. Miron Stoeffels, diretor diocesano do Apostolado da Oração. Ele falou sobre a “Espiritualidade e Devoção ao Sagrado Coração de Jesus pelo Oferecimento Diário”. A tarde foi realizado o momento mariano, conduzido por Rainildes Juttel Grah, coordenadora do Apostolado da Comarca de São José. Em seguida, os consagrados da Comunidade Católica Divino Oleiro, Simone e Eduardo, proferiram uma pregação com o tema “Discípulos e Missionários”. Depois, houve uma solene procissão pelas ruas do Centro Histórico de São José, com a imagem do Sagrado Coração de Jesus. O evento foi encerrado com a missa de ação de graças, presidida pelo pároco e concelebrada por vários padres. Durante a celebração foram homenageadas Dona Albertina Rampinelli da Silva, com 96 anos de idade e a pessoa mais idosa do Apostolado de São José, e Dona Maria Aurora da Silva, que nesse dia havia completado 70 anos de atuação do Apostolado. O encontro foi finalizado com uma emocionante coroação da imagem do Sagrado Coração, realizada por crianças e adolescentes.
16
Geral
Agosto 2010
Jornal da Arquidiocese
Comunicadores se reúnem em encontro nacional Realizado em Aparecida, encontro da Pascom refletiu sobre as novas mídias na evangelização Foto JA
Regional Sul IV da CNBB (SC) foi representado por quatro dioceses. A Arquidiocese contou com cinco comunicadores no encontro trutora de dramaturgia e escritora), e das atrizes Taís Araújo e Vanessa Giacomo, que partilharam através de vídeo suas experiências na criação dos seus personagens e sua fé. No dia 23, foram abordadas temáticas voltadas à internet e às novas mídias sociais, com temas como: “Internet: porta de entrada para a evangelização no mundo globalizado”; “web: novas ferramentas do mundo digital para constituir rede na Igreja do Brasil” e “web: ferramentas de formação e qualificação para os agentes de pastoral”. À noite aconteceu a cerimônia de entrega dos prêmios de comunicação, da CNBB.
Avaliação
A Irmã Élide Maria Fogo Fogo-lari lari, assessora do setor de comuni-
cação da CNBB e coordenadora nacional da Pascom, analisou positivamente as atividades do encontro. “Todas as questões relativas às mídias, sejam elas rádio, televisão, imprensa e internet, foram realmente debatidas e estudadas. Percebemos um grande interesse por parte das pessoas que estavam no encontro”, comentou. Para Sedemir Melo Melo, coordenador da Pascom na arquidiocese de Florianópolis, a participação no encontro contribuirá para o trabalho que aqui está sendo realizado. “A Pascom não tem nada de seu para comunicar: nossa função é ajudar as diversas pastorais a comunicarem aquilo que lhes é próprio, ou seja, entendemos que somos chamados a estar a serviço de todos, na parcela que nos foi confiada”, disse.
Rádio Cultura tem o segundo melhor programa do Brasil Durante o Encontro Nacional da Pastoral da Comunicação, na noite do dia 23, foi realizada a entrega dos Prêmios de Comunicação da CNBB, edição 2009. Entre os agraciados estava a nossa Rádio Cultura AM 1110, que recebeu o prêmio de segundo lugar, na categoria entretenimento. ar de” O programa “Super TTar arde” de”, produzido e apresentado pelo locutor Xande Souza Souza, recebeu o prêmio Microfone de Prata, conferido pela CNBB e Unda Brasil. Esta é a segunda vez consecutiva que o programa recebe o prêmio. No ano passado ele havia ficado na terceira colocação. “Alegra-nos muito, pois é um reconhecimento nacional pelo esforço na busca de qualidade em nossa programação, mas também aumenta nossa responsabilidade, uma vez que queremos avançar sempre. Temos, então, o desafio de chegar ao primeiro lugar”, disse Sedemir Melo, diretor da Rádio e seu representante no evento.
Além do prêmio “Microfone de Prata”, para as Rádios, foi também entregue o "Dom Helder Câmara”, para a imprensa, o “Margarida de Prata” para o cinema e o “Clara de Assis”, para produções televisivas. A cerimônia foi transmitida ao vivo pelas TVs Católicas (TV Aparecida, Século XXI e Canção Nova). Sobre a Rádio Cultura, conferir o portal www .divinooleir o.com.br www.divinooleir .divinooleiro.com.br o.com.br.
Missão de Evangelizar
A Rádio Cultura de Florianópolis faz parte do projeto de evangelização “Mais Feliz com Jesus”, da Comunidade Católica Divino Oleiro. O projeto atua em rádio desde 2001 e assumiu a Cultura em 2004. Com uma programação diversificada e de qualidade, a Rádio Cultura conquistou o coração dos ouvintes e conta hoje com 39 programas locais, diários ou semanais, ao vivo ou gravados. A emissora pode ser acessada pelo site www. divinooleir o.com.br divinooleiro.com.br o.com.br. Divulgação/JA
Mais de 300 comunicadores de todo o Brasil estiveram reunidos em Aparecida, São Paulo, entre os dias 21 e 24 de julho, para participarem do II Encontro Nacional da Pastoral da Comunicação (Pascom). A Arquidiocese de Florianópolis esteve representada por cinco comunicadores. Durante os quatro dias do encontro, leigos, comunicadores profissionais e voluntários da Pascom, puderam participar de painéis, seminários e troca de experiências. Os seminários foram divididos em quatro áreas: Pascom, Internet, Radio e Imprensa, e cada participante escolheu de acordo com sua área de interesse. Dom Orani João TTem em pesta empesta pesta, arcebispo do Rio de Janeiro e presidente da Comissão Episcopal para a Educação, Cultura e Comunicação Social da CNBB, fez a abertura do encontro, na noite de 21 de julho, abordando o tema: “Igreja e comunicação: desafios e necessidades”. No segundo dia, as discussões foram realizadas em torno das “Novas tecnologias e novas mídias: inclusão e exclusão digital”; “Televisão: sua inserção no cotidiano dos indivíduos”; “Rádio: a arte de falar e ouvir”; “Telenovela: criação, produção e apresentação”; “A arte e a representação”. Os temas ligados a novelas tiveram a assessoria dos globais Eriberto Leão (ator), Iris Gomes (ins-
CNBB publicará documento sobre Igreja e comunicação A série “Estudos da CNBB” (Coleção Verde) vai ganhar mais um título. O Conselho Permanente da CNBB aprovou, no dia 23 de julho, a publicação de um texto sobre Igreja e comunicação, elaborado pelo Setor de Comunicação Social, da Comissão Episcopal Pastoral para a Educação, Cultura e Comunicação
Social da CNBB. O texto foi apresentado aos bispos pela equipe de redação, coordenada pelo presidente da Comisem pesta são, Dom Orani João TTem empesta pesta, arcebispo do Rio de Janeiro, e servirá de base para a elaboração de um Diretório de comunicação para a Igreja no Brasil. O assunto poderá entrar na pauta da assembleia
da CNBB em 2011. O texto pode, oportunamente, ser apresentado à assembleia da CNBB, à qual é reservada sua última versão e aprovação, tornando-se, então, documento oficial da Conferência e sendo publicado na coleção “Documentos da CNBB”, também conhecida como “Coleção Azul”.
Sedemir Melo (centro), diretor da Rádio, recebeu o prêmio das mãos de Tatiana Simon Dias, secretaria da UNDA e Antonio Pinelli, diretor de Radios da Rede de Comunicacão da TV Aparecida