Jornal da Arquidiocese de Florianópolis Novembro/2010

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Diác. Manoel: vocação despertada no Movimento de Irmãos

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Jornal da

Arquidiocese “De graça recebestes, de graça dai”

Florianópolis, Novembro de 2010 Nº 162 - Ano XV

(Mt 10,8)

DNJ reflete sobre a violência Mais de 2.300 jovens de 20 municípios celebraram o Dia Nacional da Juventude no maior evento de jovens católicos da Arquidiocese Celebração Eucarística, presidida pelo nosso arcebispo Dom Murilo Krieger, apresentação de teatro, shows com bandas católicas, práticas esportivas, jogos e som mecânicos, debate sobre a questão da violência envolvendo os jovens, essas foram algumas das atividades realizadas no dia 24 de outubro para celebrar o Dia Nacional da Juventude Juventude. Mais de 2.300 jovens de 20 municípios da Arquidiocese

estiveram presentes em Camboriú, tornando o evento a maior concentração de jovens da Arquidiocese. “Essa expressiva participação representa a efetiva rearticulação da Pastoral da Juventude na Arquidiocese e mostra que os jovens têm vontade de estar em comunhão e trocar experiências”, avaliou Guilherme Pontes, coordenador arquidiocesano da Pastoral da Juventude. PÁGINA 08

União dos jovens no seu dia celebrativo, demonstrou a rearticulação e o crescimento da Pastoral da Juventude

Catolicismo e Espiritismo

Seminário forma agentes para a CF-2011

Por que um CATÓLICO não pode ser ESPÍRITA?

Na Arquidiocese, vários eventos estão sendo programados para dinamizar a Campanha da Fraternidade, que refletirá sobre a Vida no Planeta Seminário Regional reuniu 70 participantes das Dioceses do Estado. Na Arquidiocese de Florianópolis, será realizado um Seminário no dia 27 de novembro, a partir das 8h, na Pa-

Jovens conhecerão a vida no Seminário de Azambuja PÁGINA 03

Participe do Jornal da Arquidiocese

róquia São João Evangelista, em Biguaçu. Também se constituirão equipes para ministrar formações nas paróquias, entre outras atividades. PÁGINA 07

Arquidiocese perdeu três padres em outubro PÁGINA 05

Empresa vai restaurar auditório da Catedral PÁGINA 09

O Espiritismo é amplamente difundido nos dias de hoje. Infelizmente, alguns “católicos” declaram-se “espíritas” (ou adeptos da doutrina espírita) e vice-versa. Isso tudo, no entanto, revela, ao mesmo tempo, um lamentável desconhecimento da teologia católica e da doutrina espírita. Nós, cristãos-católicos, acreditamos firmemente na Ressurreição da carne. Como Cris-

to ressuscitou dos mortos e vive para sempre, assim também, depois da morte, os justos viverão para sempre com Cristo ressuscitado. O Espiritismo centraliza a sua doutrina na reencarnação reencarnação. A alma humana, separada do corpo pela morte, irá, durante certo tempo, alojar-se em outro corpo humano para purificar-se.

ASA promove seminário sobre catástrofes ambientais

Ônibus leva serviços a comunidades pobres

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Opinião

Novembro 2010

Palavra do Bispo

Dom Murilo S. R. Krieger Krieger,, SCJ

Jornal da Arquidiocese

Arcebispo de Florianópolis

Carta aos Seminaristas Dia 18 de outubro passado, o Papa Bento Bento XVI presenteou os seminaristas com uma inesperada carta. Vou aqui resumi-la, pois penso ser interessante nossos fiéis conhecerem o que a Igreja espera de seus seminaristas, já que no futuro eles serão os sacerdotes que estarão à frente de nossas comunidades. A carta aos seminaristas parte de seis pressupostos: (1) os homens sempre terão necessidade de Deus; (2) Deus é tão grande que tem tempo para nossas coisas mais insignificantes; (3) Deus se mostrou a nós em Jesus Cristo; (4) Deus precisa de homens que vivam para Ele e o levem aos outros; (5) o mundo tem necessidade de sacerdotes; (6) o Seminário é uma comunidade que prepara para o serviço sacerdotal. Em base a esse fundamento,

Bento XVI destaca catorze elementos importantes em um Seminário – isto é, valores que cada seminarista deverá cultivar: (1) tornar-se um homem de Deus; (2) relacionar-se pessoalmente com Deus em Jesus Cristo; (3) transformar-se não em administrador de uma associação qualquer, mas em mensageiro de Deus no meio das pessoas; (4) “rezar sempre” – isto é, conservar continuamente um contato interior com Deus; (5) escutar Deus na leitura da Sagrada Escritura, para tê-lo diante de si como ponto de referência na própria vida; (6) receber os sacramentos, pois neles Deus se dá a cada um em pessoa, através de elementos corporais; (7) fazer da Eucaristia o centro de sua relação com Deus; (8) valorizar a Penitência, para aprender a ter sobre si o olhar de

Palavra do Papa

Bent o XVI Bento

A destronização dos deuses Nosso olhar se dirige para o último livro da Sagrada Escritura, o Apocalipse..., no capítulo 12... A mulher vestida de sol, com doze estrelas sobre a cabeça, e a lua debaixo de seus pés, que dá à luz. E dá à luz com um grito de dor, dá à luz com grande sofrimento. Aqui o mistério mariano é o mistério de Belém ampliado ao mistério cósmico. Cristo nasce sempre de novo em todas as gerações e assim assume, reúne a humanidade em si mesmo. E esse nascimento cósmico realiza-se no clamor da Cruz, na dor da Paixão. E a esse brado da Cruz pertence o sangue dos mártires. Assim, neste momento podemos lançar um olhar sobre... o Salmo 81, onde se vê uma parte desse processo. Deus está entre os deuses - em Israel ainda são considerados como deuses. Neste Salmo, numa grande concentração, numa visão profética, vê-se a destronização dos deuses. Aqueles que pareciam deuses não são deuses, e perdem a índole divina, caem no chão. Dii estis et moriemini sicut homines (cf. Sl 81, 6-7): a destronização, a queda das divindades. Este processo que se realiza no longo caminho da fé de Israel, e que aqui é resumido em uma única visão, constitui um verdadeiro processo da história da religião: a queda dos deuses. E assim a transformação do mundo, o conhecimento do

Deus verdadeiro, a destronização das forças que dominam a terra, é um processo de sofrimento. Na história de Israel, nós vemos como esse libertar-se do politeísmo, esse reconhecimento - "só Ele é Deus" realiza-se no meio de muitas dores, a começar pelo caminho de Abraão, o exílio, os Macabeus, até chegar a Cristo. E na história continua esse processo da destronização, de que fala o Apocalipse no capítulo 12; fala da queda dos anjos, que não são anjos, não são divindades sobre a terra. E realiza-se de modo real, precisamente no tempo da Igreja nascente, onde vemos que com o sangue dos mártires são destronizadas as divindades, a começar pelo imperador divino, por todas essas divindades. É o sangue dos mártires, a dor, o clamor da Mãe-Igreja, que as faz cair e assim transforma o mundo.

Aqueles que pareciam deuses não são deuses, e perdem a índole divina, caem no chão.”.

Abertura do Sínodo dos Bispos do Oriente Médio– 11.10.10.

Deus; (9) desenvolver uma sensibilidade pela piedade popular, grande patrimônio da Igreja; (10) valorizar o estudo, para conhecer profunda e integralmente a Sagrada Escritura; para conhecer os santos Padres e os grandes Concílios; para compreender os diversos conteúdos da fé na sua unidade (dogmática); para conhecer as questões essenciais da teologia moral e da doutrina social católica; para conhecer as várias comunidades cristãs (teologia ecumênica) e as grandes religiões; para compreender o indagar e o questionamento humano (filosofia) ao qual a fé quer dar resposta; para compreender e amar o direito canônico; para ancorar a teologia na comunidade viva da Igreja; (11) buscar a maturação humana, a fim de ser humanamente “íntegro” e, especial-

mente, integrar a sexualidade no conjunto da personalidade; assim, refletir sobre o celibato, para compreender se este caminho é a vontade de Deus “para mim” e praticar as virtudes humanas fundamentais, mantendo o olhar fixo em Deus, deixando-se purificar por ele; (12) considerar o Seminário como uma comunidade em caminho, que está acima das várias formas de espiritualidade (movimentos); (13) ver o Seminário como um período em que se aprende um com o outro e um do outro; e (14) colocar-se sobre a proteção materna de Maria Santíssima, cuja casa em Nazaré foi escola de bem e de graça. Como podem ver, a carta de nosso Papa aos seminaristas é um programa de vida não só para eles, mas para nossos próprios sacerdotes.

É interessante nossos fiéis conhecerem o que a Igreja espera de seus seminaristas, já que no futuro eles serão os sacerdotes que estarão à frente de nossas comunidades”

Reflexão

O Homem é aquilo que come O filósofo alemão Ludwig Feuerbach (1804-1872) inicialmente foi reconhecido pela elaboração de uma teologia humanista e depois passou à filosofia materialista. Em sua obra “Pensamentos sobre Morte e Imortalidade”, negou toda possibilidade de imortalidade e resume o homem no conhecido ditado: “O homem é aquilo que come”. Após a morte, as qualidades humanas são absorvidas pela natureza, afirma. Essa definição de Feuerbach em sentido materialista é assumida como estritamente bíblica e cristã pelo teólogo ortodoxo Alexandre Schmemann (1921-1983), cujo estudo centrouse na Liturgia: “Quem se alimenta com a minha carne e bebe o meu sangue tem a vida eterna, e eu o ressuscitarei no último dia” (Jo 6,54). Se a tentação de comer o fruto da árvore da Vida trouxe a morte, o comer da Carne e Sangue do Filho de Deus traz a vida. O mundo é um banquete, e a imagem do banquete aparece em toda a Bíblia. O último encontro de Jesus com os seus foi numa Ceia, e os Evangelhos situam grandes encontros de Jesus em banquetes (Zaqueu, Levi, Simão, Marta e Maria,...), a ponto de fariseus o acusarem de glutão e beberrão. Banquete é alegria, festa. O Senhor se apresenta como o noivo que chegou para o casamento com seu povo e o grande encontro final será à Mesa do Reino. Deus criou o ser humano também para que seja feliz aqui na ter-

Jornal da Ar quidiocese de Florianópolis Arq Rua Esteves Júnior, 447 - Centro - Florianópolis 4-4 799 Cep 88015-130 - Fone/Fax (48) 322 3224-4 4-4799 E-mail: jornal@arquifln.org.br - Site: www.arquifln.org.br 24 mil exemplares mensais

ra: Deus quer tudo repartir conosco e, dando-nos seu Filho, nos entrega tudo (cf Rm 8,32). Nicu Steinhardt (1912-1989), judeu romeno convertido, lembra que o banquete é o único lugar em que o homem se alegra com a alegria alheia (Diário da Felicidade, p. 207). Quanto mais os convivas estão contentes, mais o homem é feliz. Isso pressupõe a capacidade de se alegrar com a alegria de outros, de reparti-la. Nos Anjos acolhidos por Abraão com um banquete está simbolizada a vontade de Deus de banquetear conosco (cf. Gn 18,1-15). O homem é o que come e o que come revela o homem. Se come na fraternidade, gera a festa; se come na exclusão dos pobres, gera condenação: veja-se o caso do Rico banqueteiro e o pobre Lázaro (Lc 16,19-31). Mas, o homem é o que come também espiritualmente. A Escritura judaica e cristã não duvida em chamar o Livro e a Palavra de comida: “Quando encontrei tuas palavras, alimentei-me; elas se tornaram para mim uma delícia e a alegria do coração” (Jr 15,16).

A Eucaristia - comer a Vida

O sacramento da Eucaristia é o sacramento do irmão, afirmou João Crisóstomo, indicando que o alimento eucarístico nos faz portadores de alimento físico e espiritual para os irmãos. A Ceia eucarística dos primeiros cristãos era precedida pela ceia fraterna que distribuía alimento, sem

acepção de pessoas. O rito eucarístico nos oferece duas Mesas fartas: a da Palavra (comer a Palavra) e da Eucaristia (comer o Senhor no Pão e no Vinho). Para escândalo dos ouvintes, Jesus afirmou: “Quem come minha Carne e bebe meu Sangue permanece em mim e eu nele” (Jo 6, 56). Carne e Sangue resumem o ser humano: Jesus quer ser comido por nós para nos transfigurar: seremos o que comemos. Se comemos Cristo, nos tornaremos divinos; se o rejeitarmos, permaneceremos humanidade fragmentada. A cada Comunhão nos tornamos mais divinos e Deus se torna mais humano. O Cântico dos Cânticos, grande Hino ao amor matrimonial, revela-nos Deus como o noivo à procura da noiva, para consumar o matrimônio. A Comunhão eucarística torna possível sermos divinos porque nos alimentamos do divino e nos prepara, pouco a pouco, dia por dia, para degustarmos as alegrias do banquete celeste na eternidade. Feuerbach se equivoca ao concluir que na morte as qualidades humanas são absorvidas pela natureza. Na verdade, na morte, o que é verdadeiramente humano é assumido pelo divino, pelo eterno. Aqui na penumbra e lá, na Luz, viveremos na realidade expressa por uma antífona proclamada antes da Comunhão: “Felizes os convidados para o banquete das núpcias do Cordeiro” (Ap 19, 9). Pe. José Artulino Besen pebesen.wordpress.com

Diretor: Pe. Ney Brasil Pereira - Conselho Editorial: Dom Murilo S. R. Krieger, Pe. José Artulino Besen, Pe. Vitor Galdino Feller, Ir. Marlene Bertoldi, Maria Glória da Silva Luz, Leda Cassol Vendrúscolo, Guilherme Pontes, Carlos Martendal e Fernando Anísio Batista - Jornalista Responsável: Zulmar Faustino - SC 01224 JP - (48) 8405-6578 - Revisão: Pe. Ney Brasil Pereira - Editoração e Fotos: Zulmar Faustino Distribuição: Juarez João Pereira - Impressão: Gráfica Rio Sul


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Azambuja reúne candidatos ao Seminário Encontrão e Estágio Vocacionais oportunizam aos jovens conhecerem a vocação dos padres diocesanos Divulgação/JA

O Seminário Nossa Senhora de Lourdes, em Azambuja, Brusque, nos dias 12 a 15 de novembro realizará o Estágio e Encontrão Vocacional. São convidados a participar todos os jovens que tenham interesse em conhecer melhor a vida no Seminário. O Estágio será realizado nos dias 12 a 14, e é direcionado aos jovens vocacionados que já estão em processo de acompanhamento com a Pastoral Vocacional paroquial e aos outros que ainda não estão, mas que têm a vontade de ingressar no Seminário. Eles devem estar no ano de 2011 cursando o Ensino Médio, para ingressar no Seminário Menor (Azambuja) ou, se já concluído, no Seminário Propedêutico (Camboriú). O estágio, para ambos os períodos, acontecerá em Azambuja, na data acima mencionada. Já o Encontrão é destinado a todos os que queiram conhecer a vida do seminário, independente de idade ou escolaridade. Nesses quatro dias, os jovens terão a oportunidade de conhecer melhor a vocação do padre diocesano, bem como

Obra mostra as receitas dos trabalhos realizados pelos grupos da Pastoral da Saúde

Convívio Vocacional, realizado em agosto, com a presença de Dom Murilo, foi oportunidade para os jovens conhecerem a vocação presbiteral ter contato com o Arcebispo, os padres formadores e os seminaristas. Durante o encontro, haverá momentos de oração, reflexão, testemunhos vocacionais de padres e seminaristas, além de recreação com esporte. “Serão momentos importantes e que auxiliarão no discernimento vocacional dos participantes”, disse Pe.

Pedro Schlichting Schlichting, reitor do Seminário de Azambuja. Os que desejarem participar deverão entrar em contato com a Pastoral Vocacional da sua paróquia ou com seus párocos, para que possam organizar a vinda para o encontro. Mais informações pelo fone (47) 3351-4992, ou pelo site: www .azambuja.org.br www.azambuja.org.br .azambuja.org.br.

Candidatos a Diácono realizam 8ª etapa de formação A Escola Diaconal São Francisco de Assis realizou, nos dias 23 a 30 de outubro, a oitava etapa da 14ª Turma. Realizada na Casa de

Livro resgata uso das plantas medicinais

Encontros e Retiros Divina Providência, em Florianópolis, esta etapa reuniu 37 candidados ao diaconato: 10 de Joinville e 27 da Foto JA

Com 37 candidatos, essa é uma das maiores turmas da Escola Diaconal

Arquidiocese. Durante os nove dias, os candidatos receberam formação em várias disciplinas. A Escola Diaconal se estende por 12 etapas de formação. Segundo Pe. Valter Maurício Goedert Goedert, diretor da Escola Dia-conal, essa é uma das maiores turmas que a escola já teve. “Isso mostra que as paróquias estão sentindo a necessidade de renovação e percebendo a importância do trabalho do diácono permanente”, disse. A etapa foi encerrada na manhã do dia 30 de outubro, com celebração presidida pelo nosso arcebispo Dom Murilo Krieger. No último dia, os candidatos tiveram a presença dos seus familiares. A próxima etapa será realizada em janeiro.

“Receitas com Plantas Medicinais – Um resgate do conhecimento popular”, é o título do livro recém editado, organizado por Fátima Farias, Jaci Helena Perottoni e Teresa Gaio, três assessoras da Pastoral da Saúde. O livro apresenta as receitas que a Pastoral ensina em seus cursos de formação. Com 150 páginas, carregado de fotos das voluntárias da Pastoral em ação, o livro é dividido em receitas para os variados sistemas do organismo. Foi editado em parceria com o Curso de Naturologia Aplicada da UNISUL, contando com o apoio do Programa de Extensão Linha Verde, da mesma instituição. “O livro resgata as receitas dos grupos da Pastoral da Saúde existentes na Arquidiocese. Todas testadas e utilizadas diariamente, com grandes benefícios para a comunidade”, disse Jaci Helena Perottoni Perottoni, coordenadora arquidiocesana da Pastoral da Saúde. Segundo ela, o livro também servirá para as pessoas que não participam dos grupos. “Também ajudará no fortalecimento dos grupos, já que as pessoas que quiserem conhecer mais sobre as plantas poderão procurá-lo

nos contatos no final do livro”, esclareceu. A Pastoral da Saúde está presente em 18 paróquias da Arquidiocese. Ela atua em três dimensões: Solidária - em visitas aos enfermos; Comunitária - no resgate da mística no uso das plantas medicinais; Político Institucional - atuando em conselhos de saúde e de controle social. Os interessados em adquirir o livro, podem fazê-lo através da Coordenação Arquidiocesana de Pastoral, na Cúria Metropolitana, rua Est eves Júnior 47, Centr o Este Júnior,, 4 44 Centro – Florianópolis, com a coordenação da Pastoral da Saúde, ou em um dos seus 18 grupos. Mais informações pelo fone (48) 32255032/999 1-0 753, ou pelo 5032/9991-0 1-0753, e-mail: jacihp@uol.com.br jacihp@uol.com.br..


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Tema do Mês

Nos últimos tempos, sobretudo através de programas televisivos ou do cinema (por exemplo: a novela “Escrito nas Estrelas”, “Chico Xavier, o filme”, o filme “Nosso Lar”, a série, “A Cura” etc.), tem-se propagado de forma intensa a doutrina e a prática espírita. Também é muito comum ver católicos que freqüentam Centros Espíritas ou são adeptos dessa doutrina. Ao mesmo tempo, da parte da Igreja, nem sempre temos recebido a devida orientação quanto à nossa identidade e àquilo que nos difere de outras crenças, doutrinas ou práticas místico-esotéricas. Cabe, então, à Igreja ser fonte de discernimento e orientação. É missão primária da Igreja ser guardiã dos tesouros da fé (“Combate o bom combate da fé, conquista a vida eterna, para a qual foste chamado e pela qual fizeste tua nobre profissão de fé diante de muitas testemunhas” - 1Tm 6, 12), ser anunciadora do Evangelho (“Ide por todo o mundo, pregai o Evangelho a toda criatura” - Mc 16, 15).

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Catolicismo e Espiritismo Por que um CATÓLICO não pode ser ESPÍRITA?

Catolicismo versus Espiritismo

O Espiritismo é amplamente difundido nos dias de hoje. Infelizmente, alguns “católicos” declaram-se “espíritas” (ou adeptos da doutrina espírita) e vice-versa. Isso tudo, no entanto, revela, ao mesmo tempo, um desconhecimento total da teologia católica e da doutrina espírita. Total ignorância! Em breve síntese comparativa, é possível demonstrar - a partir de alguns aspectos - o abismo e a contradição existentes entre a Teologia Católica e o Espiritismo (Kardecista). a) Importante ter presente que o Espiritismo não é uma religião, mas uma doutrina. b) Para nós, cristãos-católicos, a vida humana é irrepetível e úni-

va, recria... O Espiritismo, baseado na “lei do karma”, crê que tudo o que se faz de errado deve ser pago. A conquista da meta final, para o espírita, se obtém por méritos próprios: em cada nova existência a alma avança e progride na proporção de seus esforços. A alma deve se reencarnar, para expiar (remir) seus pecados e para progredir sem cessar.

Jesus, nosso Deus e Salvador versus Auto-redenção

Ou sou Católico... Ou sou Católico!

O Brasil é o País com o maior número de batizados. Muitos são os batizados na Igreja Católica, porém, poucos são os “CATÓLICOS”. É comum ouvirmos: sou católico, mas não praticante! Na verdade, não é nada! Não existe meio termo! São João, no Livro do Apocalipse, assim diz: “...não és nem frio nem quente. Oxalá fosses frio ou quente; mas, visto que és morno, nem frio nem quente, vou te vomitar da minha boca” (Ap 3, 15-16). Além disso, não podemos servir a dois senhores, ou ainda, ter uma fé-religião de conveniência, interesse, utilidade... A nossa opção é uma decisão de fé!

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ca: “Está decretado que o homem morra uma só vez, e depois disso é o julgamento” (Hb 9, 27). Assim, a morte é o fim da peregrinação terrestre. Quando tiver terminado “o único curso da nossa vida terrestre” (Lumen Gentium, 48), não voltaremos mais a outras vidas terrestres. Cremos na vida eterna! (cf. Jo 6, 27.51; Mt 10, 28). A doutrina Espírita crê na pluralidade das existências terrestres. Assim, nossa vida atual não seria a primeira nem será a última existência corporal (doutrina da reencarnação).

Ressurreição versus Reencarnação

c) Nós, cristãos-católicos, acreditamos firmemente na Ressurreição da carne. Como Cristo ressuscitou dos mortos e vive para sempre, assim também, depois da morte, os justos viverão para sempre com Cristo ressuscitado e Ele os ressuscitará no último dia (Jo 6, 39-40). A ressurreição dos mortos é um elemento essencial da fé cristã (cf. 1Cor

Nós, cristãoscatólicos, acreditamos firmemente na Ressurreição da carne. Como Cristo ressuscitou dos mortos e vive para sempre, assim também, depois da morte, os justos viverão para sempre com Cristo ressuscitado”.

15, 12-14.20). Deus, na sua onipotência, restituirá definitivamente a vida incorruptível aos nossos corpos unindo-os às nossas almas. O Espiritismo centraliza a sua doutrina na reencarnação nação. A alma humana, separada do corpo pela morte, irá, du-

rante certo tempo, alojar-se em outro corpo humano para purificar-se. Nascer, morrer, renascer ainda e progredir sem cessar: eis a lei! A reencarnação traz consigo duas leis: a lei do progresso e a lei de causa-e-efeito. Na lei do progresso, é afirmado que a cada reencarnação o espírito avança no estágio da perfeição, sem regresso. À alma evoluída totalmente dá-se o nome de “espírito de luz”. Na lei de causa-e-efeito, “lei do karma”, acontece a purificação. O “karma” aparece como um sistema de purificação e progresso do espírito, onde todas as más ações devem ser purificadas, nesta ou em vidas seguintes. Decorre, dessa concepção, uma visão essencialmente dualista e negativa do corpo humano!

Misericórdia versus “Karma”

d) Nós, cristãos-católicos, acreditamos na Misericórdia de Deus, na remissão dos pecados. Cremos na cruz redentora de Jesus, no seu amor que tudo reno-

e) Nós, cristãos-católicos, temos em Deus a fonte de toda a vida, de toda a graça. A salvação vem de Deus. “É pelo sangue de Jesus Cristo que temos a redenção, a remissão dos pecados, segundo a riqueza de sua graça, que Ele derramou profusamente sobre nós” (Ef 1, 7). O Mistério da Páscoa de Jesus (o sacrifício na Cruz e sua ressurreição - por AMOR) é a essência da fé cristã. Negá-lo é rejeitar o próprio Cristo! A Salvação consiste na comunicação da vida divina! Cristo nos concede a graça da participação da natureza divina (cf. 1Pd 1, 4). Ninguém por si só e com as próprias forças se liberta do pecado e se eleva acima de si próprio. Todos necessitam de Cristo! O Espiritismo crê na auto-redenção. O perdão, a graça, a misericórdia, não têm lugar na doutrina espírita. Aliás, não crê em Jesus Cristo como Deus! Para o Espiritismo, Cristo é um espírito avançado, “espírito de luz”, um modelo a ser seguido... mas não é Deus, não é Salvador! Dessa forma, nega, também, a Santíssima Trindade! Assim sendo, o Espiritismo é essencialmente contraditório ao Cristianismo!

Professemos nossa fé

É inadmissível que um cristãocatólico freqüente um Centro Espírita ou seja adepto da doutrina kardecista. Como é possível crer na reencarnação, negar a divindade de Cristo, ir ao Centro Espírita para receber um passe, para falar com os mortos... e depois ir à Igreja para celebrar o Mistério da Páscoa de Jesus, a nossa Salvação? Com firme esperança, rezemos: “Creio em um só Senhor, Jesus Cristo... Deus verdadeiro de Deus verdadeiro. E por nós, homens, e para a nossa salvação, desceu dos céus... Ressuscitou ao terceiro dia... Creio na Igreja... Professo um só batismo para a remissão dos pecados. E espero a ressurreição dos mortos e a vida do mundo que há de vir. Amém”. P e. Dr ar císio P edr o Vieira Pe. Dr.. TTar arcísio Pedr edro Prof. de Direito Canônico no ITESC


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Coordenação de Pastoral apresenta primeiros números do Planejamento Representantes paroquiais participaram dos encontros realizados em Itapema e São José Divulgação/JA

A Coordenação Arquidiocesana de Pastoral promoveu encontro com representantes paroquiais para apresentar o resultado da pesquisa de opinião realizada pelo Instituto Mapa, que é parte integrante do Planejamento Arquidiocesano de Pastoral. O evento foi dividido em dois momentos: no dia 16 de outubro, a apresentação foi realizada na Paróquia Santo Antônio, em Itapema; e no dia 30 na Paróquia Sagrados Corações, em São José. Durante os dois eventos, Pe. Vitor Feller, coordenador de Pastoral, apresentou os números e o método utilizado para consegui-los. A pesquisa foi realizada individualmente entre os católicos que vão às missas dominicais: os freqüentadores assíduos, os freqüentadores esporádicos, e os não mais católicos. Nos dois últimos casos, as entrevistas foram por telefone. No total foram entrevistadas 960 pessoas. Esta é a primeira vez que a Arquidiocese realiza uma pesquisa nesse nível. Para Pe. Vitor, a pesquisa não traz grandes surpresas, pois os dados já eram informalmente conhecidos. Mas os números permitem ter um conhecimento mais preciso da nossa realidade. “A surpresa foi descobrir que o espiritismo é mais

60 anos do Coral Santa Cecília Durante este ano, o Coral Santa Cecília da Catedral está celebrando os seus 60 anos de fundação. Para encerrar o ano celebrativo, será realizado um Concerto no dia 22 de novembro, data de fundação do Coral, às 20h30, na Catedral Metropolitana. O evento contará com a Orquestra “Camerata Florianó-

Evento foi realizado em dois momentos: em Itapema, para as comarcas do norte da Arquidiocese e em São José (foto) para as demais comarcas atraente para pessoas de escolaridade superior”, revelou. Segundo ele, os assíduos vão às missas dominicais, realizam oração pessoal, ofertam o dízimo, ouvem os programas de rádio e assistem na TV a programação católica. Já os não assíduos, evidentemente, não são assim. “Fica o desafio para todos nós: como chegarmos a essas pessoas?”, perguntou. E propõe: através dos momentos em que eles procuram a Igreja. Nos batizados, catequese, cursos de noivos, nas missas de sétimo dia. Mas também indo em busca deles, através de Missões Popula-

res ou da visitação às suas casas.

Próxima etapa

A apresentação desses números cumpre apenas uma etapa do Planejamento Arquidiocesano de Pastoral. Ainda haverá outras etapas. A próxima envolverá os questionários internos realizados com os padres, diáconos, paróquias e as Forças Vivas. Os números serão estudados e tabulados. “Os dados vão compor um VER geral que será estudado durante a próxima Assembleia Arquidiocesana de Pastoral, em junho de 2011”, esclareceu Pe. Vitor.

Arquidiocese perde três padres No mês de outubro, três padres da Arquidiocese faleceram: Pe. Pedro Luiz Azevedo, falecido no dia 07 de outubro; Mons. Francisco de Sales Bianchini, no dia 26 de outubro, e Pe. Carlos Victor Emmendoerfer, no dia 31. Natural de Brusque, onde nasceu no dia 05 de fevereiro de 1955, Pe. Pedro Luiz Azevedo foi ordenado no dia 05 de dezembro de 1982. Sua primeira missão como presbítero foi a de vigário na paróquia Senhor Bom Jesus de Nazaré, em Palhoça. Em 1987, assumiu como pá-

Vai acontecer...

roco de São Sebastião, em Tijucas, onde permaneceu até 1994, quando foi transferido para a paróquia Nossa Senhora da Imaculada Conceição, em Anitápolis. Atualmente, desde 2002, era pároco na Paróquia Sant'Ana, em Canelinha. Foi lá que, em 2007, celebrou o seu jubileu de 25 anos de ordenação presbiteral, vindo a falecer com apenas 55 anos de idade. A celebração de exéquias foi presidida pelo nosso arcebispo Dom Murilo Krieger. Em sua homilia ele destacou algumas características do falecido: "Pe. Pedro foi um sacerdote que não gostava de ver os olhos dos outros voltados para si; não gostava de ser o

centro da atenção. A simplicidade foi uma marca de sua vida". Mons. Francisco de Sales Bianchini era natural de Brusque, onde nasceu a 29 de janeiro de 1925. Entrou para o Seminário de Azambuja com 11 anos. Em 1947 foi para Roma, Itália, onde realizou o curso de Teologia e foi ordenado no dia 08 de dezembro de 1950. No ano seguinte, já veio para Florianópolis. Aqui, primeiro foi capelão no Hospital de Caridade por um ano. Em 1952 assumiu como

polis” polis”. Seu regente, desde 1973, é o Pe. Ney Brasil Pereira Pereira. A apresentação é tradicional e costuma acontecer próximo ao Dia de Santa Catarina, celebrada no dia 25 de novembro. Entre as músicas a serem apresentadas, estará a “Salve Regina”, de Emérico Lobo de Mesquita, e o Te Deum em Dó, de Mozart.

ASA celebra 50 anos A Ação Social Arquidiocesana estará celebrando “50 anos tecendo redes de ações sociais”. Para celebrar a data,

no mês de novembro vários eventos estarão sendo realizados. Todos são convidados a participar. Confirma a agenda:

D 16/11 - Missa de Ação de Graças pelos 50 anos da ASA às 18h15m na Catedral Metropolitana D 16/11 após a Missa - Palestra com Dom Murilo Krieger Encíclica Papal ““Caritas Caritas in Veritate Veritate”” , no Auditório da Catedral Metropolitana; D 17 à 22/11 - Atividades nas Entidades-Membro; D 22/11 - Encontro Arquidiocesano da Rede de Ações Sociais - 14h, na sala de encontros da Catedral Metropolitana D 22/11 logo após o Encontro Arquidiocesano-Sessão Solene na Câmara de Vereadores de Florianópolis- às 19h. Mais inf ormações pelo ffone one (48) 322 4-8 776, na ASA informações 3224-8 4-87

Vigário Paroquial da Catedral e em 1966 assumiu como cura, lá permanecendo por 19 anos (até 1971). Foi um dos fundadores da Universidade Federal de Santa Catarina. Em 1971 começou a lecionar Filosofia na UFSC. Em 1983 passou a ser responsável pela Capela de Ponta das Canas, no Norte da Ilha, onde residia. A partir de 1994, foi Capelão da Igreja da Imaculada Conceição, no centro de Florianópolis. Desde 1974 tornou-se responsável pelo Movimento de Emaús, que havia trazido para a Arquidiocese. Trabalhou também no Movimento dos Cursilhos de Cristandade e foi assistente de diversas Equipes de Nossa Senhora. Na homilia da missa exequial, Dom Murilo destacou suas três

“paixões”: Cristo, a Igreja, os jovens. Padre Carlos Victor Emmendoer f er Emmendoerf chegou aos 91 anos de idade. Ordenado em 1943, após alguns anos deixou o ministério e retirou-se da Arquidiocese. Retornou há cerca de cinco anos e foi acolhido na Associação Padre Zucco - APAZ, onde residia com outros presbíteros idosos. Desde que foi morar na APAZ, empenhou-se em redigir um livro contando a sua história e da família. O livro está sendo revisado pelo seu irmão, o também Padre Monsenhor Affonso Emmendoerfer.


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Bíblia

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Jornal da Arquidiocese

Conhecendo o livro dos Salmos (32)

Salmo 45 (44): ao Rei e sua Noiva

Vou cantar

2. Do meu coração brota um lindo poema: / vou cantar os meus versos para o rei. / Minha língua é como a pena de um escriba veloz. Antes de dirigir-se ao jovem rei, o poeta se apresenta, fazendo uma confissão literária inusitada, conferindo solenidade ao que vai dizer. Ele descreve o próprio processo do seu “poema”: primeiro no coração, depois, com a língua, e esta, comparada com “a pena de um escriba veloz”. Introdução semelhante, embora mais sucinta, é a que encontramos no “cântico da Vinha”, de Isaías: “Quero cantar para o meu amigo, é seu cântico de amor por sua vinha” (Is 5,1). Só que, em Isaías, o “cântico de amor” transforma-se no fim em duro juízo de condenação contra a vinha infiel (cf Is 5,7).

Tu és o mais belo

3. Tu és o mais belo dos filhos dos homens, / dos teus lábios se espalha a graça, / porque Deus te abençoou para sempre. Duas qualidades naturais realçam a figura do jovem rei: sua beleza corporal, e seu falar atraente. Tudo isso está garantido pela iniciativa de Deus, que o escolheu e abençoou para sempre. Se a beleza do amado da noiva do Cântico dos cânticos sobressai “entre mil”

Divulgação/JA

Único em todo o saltério, este salmo é um “epitalâmio” real, ou seja, um poema dedicado ao jovem rei no dia do seu casamento. O poeta apresenta a figura idealizada do monarca, a descrição da noiva escolhida entre várias, a rainha-mãe assistindo ao rei, um séquito de moças acompanhando a escolhida. O cantor é muito consciente do seu papel na festa, apresentando-se no início e no fim. Ambiente festivo e régio envolve a cena: salões “de marfim” (v. 9), vestes suntuosas, princesas, magnatas, tudo celebra o triunfo da beleza e do amor. Além do seu sentido literal, na época da monarquia histórica, antes do Exílio, é espontâneo, para nós, o sentido cristológico: toda a tradição cristã é unânime em afirmar que o salmo descreve profeticamente o MessiasRei, Cristo, e sua esposa, a Igreja. Essa interpretação alegórica já procede dos profetas, desde Oséias, a quem se deve a metáfora do matrimônio entre Deus e seu povo. Mas temos ainda o sentido mariológico, destacado na liturgia católica da festa da Assunção, que utiliza a segunda parte do salmo.

é só no v. 14 que ela vai “entrar”, a “rainha” aqui é a “rainha-mãe”. Esta, nos livros históricos ocupa uma posição privilegiada (cf 1Rs 15,13), mais importante que a da(s) esposa(s). Sugiro aqui, na aplicação litúrgica, a leitura mariológica: a “rainha” é Maria. E a “noiva”? É a Igreja, como em Ap 19,7-9.

A noiva

(Ct 5,10), este rei é “o mais belo” de todos! Em contraste, choca-nos a “não beleza” do Servo Sofredor de Isaías: “não tinha beleza nem esplendor que pudesse atrair o nosso olhar” (Is 53,2).

Em defesa da verdade

4. Herói, põe a espada no teu flanco, / no esplendor da tua majestade! 5. Avança, sobe ao carro, / em defesa da verdade, da mansidão e da justiça, / tua mão direita te ensine prodígios! / 6. Tuas flechas agudas acertem o coração dos teus inimigos, / a teus pés se submetam os povos. No relato da instituição da monarquia, realçam-se as duas atividades fundamentais do rei: administrar a justiça e ir à frente dos seus na guerra (cf 1Sm 8,20). Aqui, a atividade militar é descrita em três versículos, ressaltando-se a espada do rei, seu carro de guerra, e suas flechas agudas. Tudo, porém, não com o espírito da dominação, mas do serviço à verdade, à mansidão e à justiça (v. 5).

Trono divino

7. O teu trono é divino, perdura para sempre; / é justo, o cetro do teu reinado. O “trono”, símbolo da monarquia, se diz “divino”, porque é Deus quem garante a sua perpetuidade, ainda que se sucedam os reis. Essa garantia encontra-se na promessa feita a Davi, através de Natã (2Sm 7,13), promessa que o Novo Testamento proclama realizada definitivamente em Jesus, “filho de Davi, filho de Abraão” (Mt 1,1). Outro símbolo da monarquia

é o “cetro”, o bastão de comando, do qual se diz que é “justo”, porque a serviço da justiça.

Deus te ungiu

8. Amas a justiça e odeias a maldade; / por isso, Deus, o teu Deus, te ungiu com óleo de alegria, / de preferência a teus iguais. Entre os possíveis pretendentes, “iguais” ao escolhido, só um sucede ao rei e senta-se no trono. É ele quem recebe a unção, para a qual se emprega um ungüento especial, o “óleo da alegria”, que torna sagrada a sua pessoa, como o reconheceu Davi em relação a Saul (cf 2Sm 24,7). Essa “preferência” é motivada pelo seu amor da justiça e sua repressão da maldade. É por isso que Deus o “unge”, isto é, o consagra como rei.

Vestes e palácios

9. Tuas vestes têm o perfume de mirra, aloés e cássia, / dos salões de marfim te alegra o som das cítaras. A beleza visual, das vestes perfumadas e dos salões de marfim, é realçada ainda mais pela harmonia sonora do “som das cítaras”, diríamos hoje guitarras, que alegram a festa.

A rainha, à tua direita

10. Filhas de reis vêm ao teu encontro; / a rainha está à tua direita, vestida com ouro de Ofir. Antes de começar a falar da noiva (vv. 11-16), o poeta menciona a “rainha”, que já está “à direita” do rei, “vestida com ouro de Ofir”, isto é, ouro de qualidade. Apesar de costumar-se identificá-la com a noiva, que ainda não chegou, pois

11. Escuta, filha, inclina o ouvido, / esquece teu povo e a casa de teu pai. 12. O rei se apaixonou pela tua beleza, / Ele é teu senhor, curva-te diante dele. O poeta se dirige agora à noiva, de cuja beleza o rei se apaixonou. Começa convidando-a, com insistência, a aceitar o convite especialíssimo que lhe está sendo feito. Além de apaixonado por ela, o jovem rei é seu “senhor”, como Betsabéia reconhece em relação a Davi (1Rs 1,17). Diferentemente de Gn 2,24, onde é o homem que “deixa pai e mãe para unir-se à sua mulher”, aqui é a mulher que é convidada a “esquecer seu povo e a casa de seu pai”.

Os presentes

13. A cidade de Tiro vêm trazendo presentes, / os mais ricos do povo procuram teu favor. Costume antigo que vem mantido até hoje, não faltam os “presentes” nesse casamento. E eles vêm de longe, da opulenta capital fenícia, de onde procede a princesa, como Jesabel no tempo de Acaz (1Rs 17,31). Não falta igualmente a generosidade interesseira dos “mais ricos do povo”, querendo garantir para si o “favor” da nova rainha.

A entrada da noiva

14. Entra com todo o esplendor a princesa real, / recamado de ouro é seu vestido. 15. Ela é apresentada ao rei com preciosos bordados, / e as damas de honra a ela são conduzidas. 16. Guiadas com alegria e exultação, entram juntas no palácio real. Esta entrada da noiva, resplandecente de beleza, até o rei, que por ela espera, não é mera formalidade. Recorda a ênfase do primeiro casamento, quando Deus “trouxe” a mulher ao homem (Gn 2,22), e do último, quando a Igreja vem preparada, “revestida com linho brilhante e puro”, como noiva adornada para seu marido (cf Ap 19,7-9). Não faltam sequer as “damas de honra”, neste casamento solene. Como seria para

O ITESC - INS TITUT O TEOLÓGICO DE SANT A CA TARINA sos no turnos de e xt ensão para leigos/as, nas segunINSTITUT TITUTO SANTA CAT ARINA,, além dos cur cursos noturnos ext xtensão das ffeiras eiras à noit e (1 9h 30 - 22h), mantém o cur so matutino de graduação em TTeologia, eologia, em 4 anos, 8 semestres, aber curso abertto noite (19 também a leigos/as com formação universitária ou pelo menos 2 o grau completo. A matrícula pode ser feita por disciplinas, com 2 ou 3 ou 4 créditos por semestre. Informações pelo fone (48) 3234 3234-- 0400 ou o e e-- mail: secretaria@itesc.org.br

desejar que as nossas celebrações do sacramento do matrimônio, sem exceder-se em afetações “sociais”, fossem revestidas daquela sóbria solenidade que de fato merecem.

Teus filhos

17. A teus pais sucederão teus filhos; / deles farás príncipes por toda a terra. Agora, toca ao poeta formular votos ao casal. Aparentemente, ele se dirige à noiva, como nos versículos 11 a 13 e como o supõe a aplicação litúrgica. Mas, de fato, quem é saudado aqui é o jovem rei, a quem se desejam filhos que possam sucedê-lo no trono, garantindo a continuidade da dinastia e, inclusive, sua expansão territorial. É claro que essa visão, de certo modo imperialista, a partir do palácio, deve ser relida à luz da visão de poder que Jesus ensinou: o poder que é, antes de tudo, serviço (cf Mc 9,35)

Teu nome

18. Farei recordar teu nome por todas as gerações, / por isso os povos te louvarão para sempre. O “nome” é a pessoa, sua fama, sua memória. A promessa é tão grande, que extrapola os horizontes do rei humano, cujo nome histórico, aliás, o salmista omite. “As gerações, todas”, e “os povos”, “o recordarão e louvarão para sempre”, porque Deus o “abençoou” (v. 3). Tudo, portanto, é conseqüência dessa “bênção” e dessa “unção” divinas (v. 8), que são dom e graça, mais do que mérito do “ungido”. É o que nós, cristãos, reconhecemos no Ungido por excelência, o Senhor Jesus. Pe. Ney Brasil Pereira Professor de Exegese Bíblica no ITESC email: ney.brasil@itesc.org.br

Para refletir: 1) Qual é o sentido literal deste salmo? Por que ele é único, em todo o saltério? 2) Quais as duas atividades fundamentais do rei? Com que espírito ele devia lutar? 3) Quem é a “rainha”, à direita do jovem rei? Em que sentido ela simboliza Maria? 4) Que significa a entrada solene da noiva? É mera formalidade? 5) Para nós, cristãos, quem é o Ungido por excelência, a ser louvado por todos os povos?


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Seminário prepara para a CF-2011 Mais de 70 participantes estiveram reunidos para refletir o tema “Fraternidade e Vida no Planeta” Divulgação/JA

O Regional Sul IV da CNBB promoveu, nos dias 08 a 10 de outubro, o Seminário Regional de Preparação para a Campanha da Fraternidade (CF), de 2011. Realizado no Centro de Formação Católica, em Lages, o evento reuniu mais de 70 participantes das dioceses do Estado. A Arquidiocese de Florianópolis esteve representada por 17 participantes. Com o tema “Fraternidade e Vida no Planeta”, e lema “A criação geme em dores de parto” (Rm 8, 22), a CF-2011 tem como objetivo contribuir para a conscientização das comunidades cristãs e pessoas de boa vontade sobre a gravidade do aquecimento global e das mudanças climáticas, e motivá-las a participar dos debates e ações que visam enfrentar o problema e preservar as condições de vida no planeta O Seminário contou com a assessoria do Pe. Luiz Carlos Dias Dias, Secretário Executivo Nacional da Campanha. “A CF-2011 propõe que todos os batizados e batizadas olhem para a natureza e percebam as sérias ameaças para a vida em geral e a vida humana em especial”, disse. A formação ficou comprometida pelo fato de o assessor não ter participado da construção do

Movimentos que trabalham com a família participaram do encontro, para troca de experiências

Realizado em Lages, Seminário reuniu mais de 70 participantes texto-base, e de o material ainda não estar concluído. Faltou, também, material complementar à disposição dos participantes. Apesar disso, para Adelir da Silva Raupp Raupp, coordenadora da CF na Arquidiocese, o seminário foi positivo. Segundo ela, para dinamizar a CF na Arquidiocese, serão convidadas entidades ligadas ao meio ambiente, para participarem das atividades que serão realizadas.

Futuras ações

Na manhã de domingo, os participantes foram divididos em grupos e definiram os encaminha-

mentos para a Campanha no Estado. Entre as metas, está a formação de uma equipe interdiocesana, que se encontrará em novembro, na reunião do Conselho Regional de Pastoral. Também devem ser criadas equipes diocesanas que ficarão responsáveis por preparar atos de lançamento nos meios de comunicação e casas legislativas, além de preparar outras atividades relacionadas ao tema. Um website especial está sendo preparado para divulgar a Campanha em Santa Catarina e veicular informações, recursos didáticos e multimídia.

Seminário Arquidiocesano formará lideranças para a CF-2011

Cartaz da CF-2011 A abertura oficial da Campanha da Fraternidade será realizada no dia 09 de março, quarta fei-

ra de Cinzas, às 18h15, com a celebração presidida pelo nosso arcebispo Dom Murilo Krieger, na Catedral de Florianópolis. Antes, às 14h30, ele recebe a imprensa no auditório da Cúria Metropolitana, para a entrevista coletiva. Uma Sessão Especial será realizada na Assembleia Legislativa. A data ainda não está confirmada, mas pensase no dia 21 de março, às 19h. Outros eventos ainda serão oportunamente divulgados. Os interessados em obter a assessoria da equipe de coordenação da CF- 2011, devem entrar em contato pelos fones (48) 3225-1454 ou 9998-9650, com Adelir Raupp, coordenadora da CF na Arquidiocese, ou pelo fone 3224-4799, com a Coordenação Arquidiocesana de Pastoral.

O Conselho Regional da Pastoral Familiar esteve reunido em Assembléia nos dias 09 e 10 de outubro em Florianópolis, com a participação de 53 pessoas, coordenadores diocesanos, assessores e representantes de movimentos afins. O evento contou com a presença de Dom Irineu Scherer Scherer, Bispo de Joinville e referencial da Família em nosso Regional Sul IV. Para as linhas de ação no ano 2011, refletiu-se na renovação e abordagem de novas estratégias nos serviços dos movimentos e pastorais, a fim de atenderem eficazmente às dificuldades e carências das nossas famílias. Os movimentos apresentaram seus objetivos, forma de trabalho e testemunho do retorno na evangelização. Após cada apresentação, os participantes completavam com suas experiências. Fizeram-se presentes: Movimento dos Focolares, Oficinas de Oração e Vida, Movimento de Casais Encontristas, Renovação Carismática, Movimento de Comunhão, Encontro Matrimonial, Encontro de Casais com Cristo e Movimento Regnum Christi. Durante o evento, o casal coordenador da Pastoral Familiar colocou as perspectivas para o Setor Pré Matrimonial, Pós Ma-

trimonial e Casos Especiais. “A Assembleia assumiu o compromisso de atitudes concretas para mudar os valores através do engajamento dos diversos movimentos e pastorais das Paróquias”, disse Volnei Exter Exter-koe tt er oett tter er, que com sua esposa, Marivone, coordena a Pastoral Familiar no Regional. Foi realizado trabalho em grupo, em que cada um apontou sugestões de como melhorar os encontros de noivos e como fortalecer a evangelização dos novos casais. No Pós Matrimônio, como atingir os casais, especialmente os recém casados. Nos Casos Especiais, qual a prioridade a ser trabalhada. As propostas foram apresentadas por cada grupo. Os participantes ainda contaram com uma assessoria sobre Planejamento e Liderança Pastoral. Os participantes avaliaram a Assembléia como muito positiva. “A participação dos Movimentos abriu um leque de possibilidades para o trabalho em conjunto”, informou o casal Nestor e Vilma Fett er tter er, casal coordenador da Pastoral Familiar na Arquidiocese. Eles acrescentaram que, na Arquidiocese, a agenda da Pastoral Familiar contará com muitos eventos Comarcais e que a prioridade é a “Pequena Igreja” renovada no espírito cristão. Foto JA

Para dinamizar a Campanha da Fraternidade na Arquidiocese, vários eventos estão sendo programados. O primeiro deles será o Seminário Arquidiocesano de Preparação para a CF-2011, a ser realizado no dia 27 de novembro, a partir das 8h, na Paróquia São João Evangelista, em Biguaçu. O evento contará com a assessoria da coordenação da Campanha, que se reunirá antes, para definir os detalhes e programar os outros eventos. Segundo Adelir Raupp, a equipe estará à disposição das paróquias para assessorias. “No Seminário de Lages participaram pessoas de referência nas Comarcas da Arquidiocese, o que facilita a prestarmos assessoria a todos os que nos solicitarem”, informou.

Pastoral Familiar realiza Encontro Regional

Dom Irineu Scherer, Bispo de Joinville e referencial da Família no Regional Sul IV, participou do evento realizado em Florianópolis


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Auditório da Catedral será restaurado Contrato com grupo empresarial vai restaurar o antigo Cine Ritz beneficiando as dua partes Arquivo/JA

Utilizado para palestras e conferências, auditório será totalmente reformado e equipado, e terá capacidade para 500 pessoas

Algumas vantagens da negociação D O prédio será totalmente restaurado e equipado por conta da Faculdade; D A empresa pagará um valor mensal de R$ 5 mil, reajustado anualmente e acrescido de mil reais a cada ano; D A Catedral ganhará 25 bolsas de estudo integrais para os vários cursos oferecidos pela instituição; D Serão destinadas 25 datas ao ano para que a Catedral utilize o auditório, com a possibilidade de sublocar as datas; D A cidade ganhará dois cursos e um novo espaço cultural para, sobretudo, apresentações de dança e música. nal, será mais um espaço cultural e de formação artística dentro dos exigentes padrões das Faculdades Borges de Mendonça e Decisão.

Antigo Cine Ritz

O espaço era mais conhecido como "Cine Ritz". Por alguns anos ele esteve locado para uma igreja evangélica. O prédio foi tomado pelo Banco Badesc como pagamento de dívidas. Em 2005, foi colocado à venda através de concorrência pública. Outros quatro candidatos participaram dela. Como a proposta levantada pela Ação Social da Catedral foi a

melhor, em agosto do mesmo ano, o prédio foi incorporado ao seu patrimônio. Na proposta, se deveria pagar 20% do valor do imóvel no primeiro ano e depois mais 60 parcelas reajustáveis. Hoje o valor está em aproximadamente R$ 27 mil mensais. Através do acordo com o mesmo grupo empresarial, foi trocada a dívida das prestações da compra do prédio por um imóvel que a Catedral possui em Florianópolis. "Além de termos uma renda extra, nos livramos de uma dívida que mensalmente nos tirava o sono", disse Pe. Chico.

Abbá Pai realiza III Dia de Cura no Amor A comunidade católica Abbá Pai, da Arquidiocese de Florianópolis, promoveu no dia 24 de outubro, a terceira edição do “Dia de Cura no Amor”. Realizado na Igreja Matriz da Paróquia Santa Cruz, em São José, o evento reuniu cerca de mil participantes. A pregação ficou por conta de Rober annus obertto TTannus annus, de GoiâniaGO, pregador de reconhecimento nacional e internacional, e autor de diversos livros que tratam de espiritualidade. Também fez parte da equipe nacional de formação de pregadores. A pregação foi dividida em três momentos. No primeiro, "Curados pelo Amor de Jesus", falando sobre a misericórdia, comentou Lucas 7, o evangelho da pecadora perdoada. No segundo, "Jesus cura na Eucaristia", mostrou que esse é o sacramento central do cristão, instrumento de cura e libertação. Esses dois momentos foram realizados pela manhã. Em seguida, houve a Adoração ao Santíssimo, conduzida

pelo Pe. Leandro José Rech, o pároco. À tarde, no terceiro momento, Roberto mostrou como “Maria nos leva a Jesus que cura”. Esta não foi a primeira vez que Roberto faz pregação na Arquidiocese.

Renovação dos votos

O evento foi encerrado com a celebração Eucarística, presidida pelo arcebispo Dom Murilo Krieger e concelebrada por padres e diáconos. Durante a celebração, foi realizada a renovação anual dos votos de 11 consagrados da comunidade. Na avaliação de Simone Pereira reira, uma das fundadoras da comunidade Abbá Pai, o evento alcançou o seu objetivo de apresentar o carisma que é o amor de Deus. “O encontro reforçou a fé dos participantes, na misericórdia e presença viva de Deus. É seu amor que nos cura”, disse. Mais informações, pelos fones (48) 3034-2417 e 99637939,ou pelos emails: com. abbapai@yahoo.com.br e com.abbapai@gmail.com com.abbapai@gmail.com. Foto JA

Um contrato/parceria entre a Ação Social e Cultural da Catedral e o Grupo Borges de Mendonça e Decisão, selou um acordo que transformará o antigo Cine Ritz em Faculdade de Música e Dança Dança. O espaço será completamente restaurado pela empresa e explorado por 12 anos. A assinatura do documento foi realizada no dia 30 de setembro e contou com a presença, entre outros, do nosso arcebispo D om Murilo Krieger Krieger, do P e. Francisco Wloch Wloch, o pároco, e do Diretor das Faculdades Borges de Mendonça e Decisão, Prof. Thomas de Mendonça Mendonça. Através do contrato/acordo, o prédio será inteiramente restaurado seguindo o padrão Catedral, respeitando as características arquitetônicas e as mesmas cores, e devidamente equipado. O trabalho deverá estar concluído em seis meses. O atual auditório terá sua altura reduzida. Nele, serão instaladas as salas de aula. Ainda assim, o auditório terá capacidade para 500 pessoas. Com a mudança, o auditório ganhará o nome de Teatro Borges de Mendonça. Além dos benefícios descritos no quado ao lado, a Faculdade pagará mensalmente de R$ 5 mil, reajustado e com acréscimo de mil reais ao ano até o fim do contrato. Ao final dos 12 anos do contrato, o prédio, com todas as suas benfeitorias, será entregue à Ação Social da Catedral. Pe. Francisco Wloch, pároco da Catedral, acredita que, com essa renda extra, em pouco tempo a Catedral conseguirá se manter financeiramente. "Isso representará a autonomia financeira da Catedral no futuro próximo", avaliou. Segundo ele, ao final do contrato, o contrato poderá ser renegociado. Acrescentou, que além dos benefícios para a Catedral, o contrato traz benefícios para a cidade. Afi-

Durante evento, 11 consagrados fizeram a renovação dos votos


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Jovens celebram os 25 anos do DNJ Pastoral da Juventude realizou o maior evento de jovens católicos da Arquidiocese, celebrando o seu dia Foto JA

Mais de 2.300 jovens, de 20 municípios da Arquidiocese, estiveram reunidos no dia 24 de outubro para participar do Dia Nacional da Juventude Juventude. Realizado no Ginásio de Esportes Irineu Bornhausen, em Camboriú, evento celebrou os 25 anos de existência do DNJ. O evento teve como lema “Juventude em marcha contra a violência”, como parte da Campanha Nacional contra a Violência e Extermínio de Jovens, articulada pelas Pastorais da Juventude. Uma novidade é que, nesta edição, a Celebração Eucarística foi realizada pela manhã. Presidida pelo nosso arcebispo Dom Murilo Krieger Krieger, a celebração contou com a presença de padres e diáconos. Na saudação inicial, nosso Arcebispo falou que “são muitos os participantes deste evento, mas são em número maior os que aqui não estão, porque não tiveram a graça que vocês tiveram, de conhecer Jesus Cristo. É missão de vocês levar a proposta de Jesus aos outros jovens”, conclamou aos participantes. Ao final da Missa, foram feitos os agradecimentos. Pe. Cláudio Zimmermann Zimmermann, pároco de Camboriú, agradeceu especialmente à Prefeitura local, que cedeu o espaço e auxiliou na estrutura necessária para sediar o evento. “Graças ao apoio recebido, estamos podendo realizar este evento”, disse. Em seguida, a Comunidade Shalom, a con-

Ter uma vivência mais profunda na Igreja é uma alternativa para tirar os jovens da violência? Como fazer?

Celebração, realizada pela manhã, foi presidida pelo nosso arcebispo Dom Murilo Krieger vite da Pastoral da Juventude, realizou uma encenação teatral que tratava do uso das drogas, do sexo, da violência e da experiência da verdade que é Deus. Depois, Pe. Vânio da Silva , coordenador arquidiocesano da Pastoral Vocacional, apresentou o trabalho realiza-

do pela Pastoral, e colocou-se à disposição para os jovens discernirem sua vocação. “Hoje é um dia muito propício para fazermos a pergunta: ‘Senhor, o que queres que eu faça?’ Se algum jovem sentir esse chamado, estamos à disposição para ajudar”, disse Pe. Vânio.

Atividades para todos os gostos Foto JA

Práticas esportivas (foto), música e jogos eletrônicos foram algumas das atividades que os jovens puderam realizar durante o DNJ

A seguir, os jovens puderam participar das várias atividades organizadas para promover uma melhor integração. Enquanto no palco central várias bandas, que animam as celebrações nas comunidades, soltavam o som, no complexo outras atividades eram realizadas. Jogos eletrônicos, touro mecânico, vôlei, futebol, xadrez, cartas e até uma pequena danceteria com música eletrônica ficou à disposição dos jovens. Durante o DNJ, foram convidados movimentos e pastorais que realizam trabalhos voltados à juventude, para expor seus produtos em 11 tendas. Montadas na área externa do ginásio, as tendas tiveram o objetivo de construir a unidade entre movimentos e a Pasto-

ral da Juventude, tratando-se de um evento organizado pela PJ. Às 16h todas as atividades foram interrompidas e as atenções se voltaram novamente ao palco central. Nesse momento, foi realizado um momento de oração e reflexão sobre a questão da violência nos jovens. O Grupo de Jovens da Paróquia NSra. da Glória, em Florianópolis, apresentou, através de encenação teatral, os números da violência que afetam os jovens no meio rural e urbano. Em seguida, Pe. Josemar Silva va, assistente da Pastoral da Juventude na Arquidiocese, fez o envio missionário. Após esse momento, os jovens ainda puderam usufruir das várias atividades até às 18h, quando o evento foi encerrado.

DNJ superou as expectativas Essa foi a avaliação de Guilherme Pontes tes, coordenador da Pastoral da Juventude na Arquidiocese. Aliás, na mesma data estavam acontecendo o Vestibular da UDESC e alguns concursos públicos. “Essa expressiva participação representa a efetiva rearticula-

Entrevista

ção da Pastoral da Juventude na Arquidiocese. Também mostra que os jovens têm vontade de estar em comunhão e trocar experiências”, disse. Segundo ele, mesmo sendo organizado pela PJ, no desejo de estar em comunhão, foram convidados e contou-se com a participa-

ção de vários movimentos que trabalham com a juventude na Arquidiocese. “Isso é prova de que podemos estar juntos, mesmo nos eventos organizados por um ou outro movimento, a exemplo do DNJ, que é organizado pela PJ”, acrescentou.

“Penso que não é só levar os jovens para a Igreja. O principal é levar Deus para fora da igreja. Podemos fazer isso através de nosso testemunho de fé e de vida. Mostrar aos jovens a maravilha de estar com Jesus. Assim, certamente eles irão para a Igreja”, Anderson Silveira da Cunha Cunha, Paróquia N.Sra. da Imaculada Conceição da Lagoa, Florianópolis. “Certamente que sim. Mas a forma de se conseguir isso é apresentando Jesus a eles nos locais em que eles se encontram. Realizamos palestras nos colégios falando sobre a violência, e muitos deles passaram a participar da Igreja. O caminho é apresentar Jesus nos ambientes em que eles estão”, Maiara Cristina Nascimento Nascimento, Paróquia N.Sra. Perpétuo Socorro, Guabiruba. “O jovem quer mudar o mundo, quer se sentir importante e ser alguém numa comunidade. Os Grupos de Jovens proporcionam isso a eles. Além de uma vida mais saudável, eles mudam sua maneira de agir e falar. Mas, para isso, é preciso pensar em novas formas de levar Jesus até eles”, Daniel Schmidt Casas Casas, Paróquia São Cristóvão, Itajaí.


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Ação Social

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Jornal da Arquidiocese

Seminário debate catástrofes ambientais Evento foi motivado pelas fortes chuvas que nestes anos têm castigado a Arquidiocese de Florianópolis Foto JA

A Ação Social Arquidiocesana - ASA, promoveu no dia 16 de outubro, o Seminário “As Catástrofes Ambientais e as Alternativas de Desenvolvimento Sustentável e Economia Solidária”. Realizado no Santuário de Fátima, no Estreito, em Florianópolis, a partir das 8h30min, o evento reuniu mais de 40 participantes de oito Ações Sociais paroquiais. Durante todo o dia, os participantes contaram com a assessoria de uma técnica da Defesa Civil, da Cáritas Brasileira - Regional de Santa Catarina, e a apresentação de três experiências de desenvolvimento sustentável, que surgiram a partir das catástrofes ambientais. Pela manhã, Rita de Cássia Dutra Dutra, consultora de defesa civil, pesquisadora do Centro de Estudos e Pesquisas sobre Desastres CEPED/UFSC, alertou sobre a gravidade dos desastres em Santa Catarina e os problemas que têm desencadeado nos municípios catarinenses, com especial atenção às áreas mais vulneráveis do ponto de vista humano e social. Ela também mostrou qual seria o papel da Igreja na contribuição para ações de prevenção e respostas. “A Igreja poderia realizar campanhas educacionais de prevenção de risco; ações de sensibilização da população sobre como construir em um ambiente de menor risco; e

Seminário reuniu 40 participantes, representando oito Ações Sociais alertar para as questões de direitos e da dignidade humana”, informou. Depois foi a vez de Fernando Zambam falar em nome da Cáritas Brasileira - Regional SC. Ele falou sobre a problemática ambiental e a atuação da Cáritas em desenvolvimento sustentável e solidário. “A Cáritas vem abordando e experimentando isso a partir das práticas de Convivência com o Semi-Árido, da Economia Popular Solidária, das mobilizações populares na luta pela reforma agrária, nas edições das Semanas Sociais Brasileiras e dos Fóruns Sociais Mundiais”, disse Fernando. À tarde, após breve pausa para

o almoço, os participantes puderam conhecer três alternativas de desenvolvimento sustentável e solidário. Apresentaram-se os grupos Pró-Crep, de Palhoça, Horta Comunitária e Tecendo Relações, ambos de Itajaí. Ao final do encontro, os participantes avaliaram que é preciso manter esse tipo de discussão sobre o desenvolvimento sustentável e solidário, e realizá-la mais constantemente. “Vamos estudar essa possibilidade e buscar formas de torná-la constante na Arquidiocese”, disse Fernando Anísio Batista Batista, funcionário da ASA e um dos promotores do evento.

Semana da Solidariedade: Celebrando a vida e a caridade libertadora! O mês de novembro de cada ano é para a Rede Cáritas/ASA período de celebração da vida e da solidariedade. É realizada em todas as Dioceses brasileiras a Semana da Solidariedade, que em nossa Arquidiocese cai na semana que compreende o aniversário da ASA (17/11). Sendo assim, nossa Semana da Solidariedade será entre os dias 17 a 24 de novembro. Há dois anos, a ASA assumiu essa ação como parte integrante de seu planejamento e de sua intervenção junto às Ações Sociais Paroquiais. Em 2010, a Solidariedade volta ao debate. Diante de um cenário social, político e econômico perverso, onde o individualismo e a miséria dominam, nos desafiamos a propor novamente formas alternativas de construção de uma sociedade melhor para todos e todas. Quando

falamos em solidariedade, muitas coisas nos vêm ao pensamento: campanhas emergenciais, cestas básicas, ação global, ajuda ao próximo, enfim qualquer ação que tem como objetivo auxiliar aqueles que mais necessitam. A Semana da Solidariedade 2010 tem esse desafio de impulsionar todas as pessoas de boa vontade a refletir e pensar: Qual o nosso olhar? Que tipo de solidariedade queremos semear em nossa Arquidiocese, nas Ações Sociais e Paróquias? Para bem refletirmos sobre isso, a Semana da Solidariedade nos incentiva a apostar nos sentimentos de solidariedade que Deus semeou em nossos corações, para que se multipliquem em gestos concretos de justiça e de ajuda. No início da Semana da Solidariedade deste ano, 17/11, se-

rão comemorados os 50 anos da Ação Social Arquidiocesana. Será um momento de partilha, de celebração e memória de uma caminhada que já vem há cinco décadas. Além disso, queremos também ressaltar as inúmeras iniciativas existentes nas Ações Sociais Paroquiais, que, juntas, celebram este ano jubilar. No dia 22/11 às 19h haverá uma Sessão Solene na Câmara de Vereadores de Florianópolis, onde o nosso Arcebispo e Presidente da ASA Dom Murilo Krieger será homenageado como representante da ASA, pelos serviços sociais prestados à comunidade florianopolitana e às da Arquidiocese. Você é nosso convidado especial para prestigiar esse momento tão importante de nossa Ação Social Arquidiocesana.

Experiências de desenvolvimento sustentável e solidário O grupo Pró-Cred Pró-Cred, que significa Criar, Reciclar, Educar e Preservar, surgiu em 1991, na Escola Reunida Professora Olga Cerino, na Guarda do Embaú, Palhoça. O objetivo era reciclar o lixo e com o dinheiro auxiliar na reforma da escola. Como resultado, adquiriram-se novas instalações, um terreno para a construção da quadra esportiva, entre outros materiais de grande importância para o desenvolvimento da instituição. Em 1999 virou uma associação e seis famílias vivem da coleta e tiram dela o seu sustento. O grupo Horta Comunitária, de

Itajaí, é formado por moradores das comunidades de São Vicente e Portal, que promovem a agricultura urbana. O projeto garante a segurança alimentar e nutricional, formação de lideranças, resgate cultural das famílias e geração de renda. O grupo Tecendo Relações, também de Itajaí, é formado por artesãos que realizam seu trabalho através da utilização de fios. É um espaço de amizade, convivência, troca e solcialização, mas também proporciona a entre-ajuda, geração de trabalho e renda, a participação de feiras e favorece a formação.

ASA 50 anos de História

A Promoção Humana nas Lutas Sociais Na década de 80, a Ação Social Arquidiocesana (ASA) teve forte atuação na luta pela ampliação dos direitos sociais. O foco de sua atuação nesse período foi a organização comunitária e a articulação com outros setores da sociedade, em vista da criação de processos educativos de tomada de consciência coletiva. Marca da atuação da ASA nessa década foi o acompanhamento às crianças de rua e da periferia, exercendo papel articulador no Movimento Nacional de Meninos e Meninas de Rua. Nessa época, iniciou o surgimento dos projetos de geração de trabalho e renda nas comunidades em que a ASA atuava, como resultado de seu trabalho de organização comunitária.

Com o fim do convênio com a LBA (Legião Brasileira de Assistência), órgão do Governo Federal, a ASA redefine sua atuação e passa a realizar o trabalho de assessoria junto às Ações Sociais Paroquiais, que desenvolviam projetos sociais nas comunidades, além de orientar outras que estavam em processo de consolidação jurídica. Além de sua função de acompanhamento a projetos sociais comunitários, a ASA também atuou, e ainda atua, nas situações de emergência. Ainda nesse período da década de 80, a ASA promoveu uma grande campanha de solidariedade com as paróquias da Arquidiocese em apoio aos flagelados da enchente de Blumenau. Arquivo/ASA

O trabalho com crianças e adolescentes da periferia foi um marco na história da ASA


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GBF 11

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A festa do Natal se aproxima Livreto dá um novo valor e verdadeiro sentido à celebração do Santo Natal É com alegria que, iniciamos o novo tempo litúrgico de preparação para o Natal, o grande acontecimento que marca a história do cristianismo e do mundo: a encarnação do Filho de Deus, que assume a natureza humana e se faz um de nós. O Tempo do Advento/Natal nos contagia e nos leva a uma profunda reflexão de nossas atitudes, tanto na vida pessoal, como na familiar e comunitária, diante da comercialização da festa natalina. O Anjo do Senhor falou aos pastores de Belém - “Eu vos anuncio uma grande alegria!” (Lc 2,10). Nos tempos de hoje somos nós os mensageiros (as) de Deus, que anunciamos com grande alegria a “Boa Notícia”, a vinda do Emanuel, Deus-conosco. Nesse anúncio damos um novo valor e verdadeiro sentido à celebração do Santo Natal. Reunidos em grupos com as famílias, preparemo-nos para acolher Jesus em nosso lar, em nossa casa,

Encontro dos representantes das CEBs e GBFs

na manjedoura do nosso coração. Neste tempo de Advento em que rezamos e partilhamos o que temos e somos com os irmão e irmãs, cresce no coração a convicção de que “Deus é amor” (1Jo 4,8). As nossas mudanças de atitudes são fruto de uma opção fundamental que Jesus nos propõe, dizendo: “Amai-vos uns aos outros, como eu vos amei” (Jo 13,34). Em comunhão com todas as comunidades eclesiais da Arquidiocese, nós, Grupos bíblicos em Família, nos reunimos em oração, reflexão e ação, para vivermos com fé a Aliança que Deus selou com a humanidade, acolhendo as graças que o Menino Jesus vem nos trazer. Que a nossa preparação para o Natal seja de luz, alegria e esperança, no anúncio da Boa Notícia nas casas, nos apartamentos e condomínios, formando comunidades seguidoras de Jesus em toda a Arquidiocese.

Gincana Bíblica - Uma experiência válida dança da cadeira, corrida do ovo, corrida do cone, entrega de objetos o maior, o menor etc. O evento deu espaço para as pessoas mostrarem seus dons artísticos, como: representação de peça teatral com o tema do Hino dos GBFs, dança com coreografia, cartazes, painéis etc. Envolveram-se nesse evento idosos, jovens, crianças, todos com espírito de integração, lazer e diversão. Dentre outras tarefas,

foram arrecadados 620 quilos de alimentos, 300 produtos de higiene, o maior pão em comprimento (2m e 20 cm), 320 terços para as missões (doados também pelas equipes). Os GBFs da Paróquia, antes de tudo, mostraram que nos pequenos grupos somos todos iguais, enquanto pessoas humanas, embora distintos nos dons. Caminhamos para uma comunidade fortalecida na participação, pela Foto JA

A coordenação dos Grupos Bíblicos em Família(GBF) da Paróquia São João Evangelista, procurando manter e fortalecer o espírito cristão de fraternidade, solidariedade, partilha e integração das comunidades, promoveu dia 19 de setembro de 2010 a “1ª GINCANA DOS GRUPOS BÍBLICOS EM FAMÍLIA”. O evento aconteceu no pátio da Igreja Matriz, com início às 13hs e término às 18hs. O Pároco, Pe. José Luiz de Sousa Sousa, iniciou com uma bênção e falou da importância dos Grupos Bíblicos em nossa comunidade paroquial. A Gincana contou com a presença de 150 pessoas, sendo formadas 06 equipes de 14 a 20 integrantes cada uma, com as seguintes comunidades: Bom Viver, Jardim Anápolis, Matriz (02), Praia João Rosa e Cachoeiras, e Nossa Senhora de Guadalupe. Os grupos escolheram uma cor e um nome para representação de sua equipe. As tarefas foram diversas: perguntas e respostas sobre a Bíblia, arrecadação de alimentos, material de higiene, brincadeiras como:

prática do compromisso da partilha, da solidariedade, da formação e principalmente da unidade. Ao término, um grande lanche comemorativo foi partilhado por todos os presentes, fazendo-se depois a entrega das premiações. As três primeiras equipes vencedoras foram premiadas com troféu 1º, 2º e 3º lugar, e foram entregues medalhas para todos os participantes das equipes. Um livrinho de salmos também foi presenteado a todos os participantes da Gincana Bíblica. Foram vencedoras as seguintes equipes: 1º lugar - Equipe Girassol (amarela); 2º lugar - Equipe Algodão (branco); 3º lugar - Equipe Fé vida (azul) A coordenação do evento empenhou-se, juntamente com o Pároco, pelo bom êxito da Gincana. Foi um trabalho em conjunto, onde todos opinaram, organizaram, para que o evento alcançasse o objetivo final de que cada vez mais estamos construindo juntos um novo jeito de ser igreja. Coordenação paroquial dos GBF - Paróquia São João Evangelista - Biguaçu

Evento reuniu 150 participantes, distribuidos em seis equipes

No dia 24 de outubro, domingo, na comunidade da Vila Aparecida - comarca do Estreito, reuniram-se 25 representantes das Comunidades Eclesiais de Base para refletir e discutir sobre as atividades que cada um vem desenvolvendo em suas comunidades. Como oração e tema de reflexão lemos e refletimos um texto do Teólogo e Filósofo Leonardo Boff. Esse texto de Leonardo vem culminar com a reflexão do último encontro das CEBs que aconteceu no dia 22 de agosto deste ano, que teve como temática CEBs, Fé, Política e Ética. Após a reflexão, foi feita a partilha dos trabalhos desenvolvidos pelos grupos em suas comunidades. Esse momento é muito rico e importante, pois se percebe como as comunidades vêm se organizando em torno da luta pela vida, pelos pobres, sempre movidos pela Luz da Palavra de Deus. Os grupos também conversaram e avaliaram sobre a participação na Concentração dos GBFs em Balneário Camboriú, assim como a participação no II Encontro Interdiocesano dos Grupos de Reflexão/Família e CEBs que aconteceu em Criciúma. Em seguida foram repassados alguns informes e encaminhamentos para a reunião da Equipe Regional de coordenadores das CEBs e GR/F que se realizará nos dias 05, 06 e 07 de novembro, na comunidade do Campeche, e terá como temática a Mística da CEBs e GR/F, assessorado pelo Pe. Vilson Groh Groh. Nesse mesmo encontro, também será feita a avaliação da caminhada em 2010 e o planejamento para 2011, já pensando o XI Encontro Estadual das CEBs e GR/F, que acontecerá em nossa Arquidiocese em 2012. Éden Silvana Demari e Edson Luiz Mendes Coordenad. arquid. das CEBs

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Artigos

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Centenário

Monsenhor Bernardo Peters – Humilde Sacerdote Bernardo Peters nasceu em São Ludgero, SC, em 05 de setembro de 1902, filho de Huberto Peters e de Ana Schlickmann. Não havendo Seminário em Santa Catarina, foi matriculado no Seminário de São Leopoldo, RS. Em agosto de 1925 foi para Roma, acompanhando Dom Joaquim que realizava a Visita ad Limina, e lá ficou para os estudos de Teologia, matriculando-se no Colégio Pio Latino americano. Ali foi ordenado presbítero em 30 de outubro de 1927. Sendo um dos mais destacados alunos do Pio Latino, o Reitor aconselhou-o a obter a Láurea em Teologia. Mas, em 27 de dezembro de 1928, contrariando o pedido de Pe. Bernardo, chegou o telegrama: Venha - Arcebispo. Faltava pouquíssimo para a sonhada Láurea. Em 30 de outubro de 1929 foi nomeado Vigário encarregado de Nossa Senhora do Desterro, Florianópolis, na ausência do Cura. Mas, Dom Joaquim o queria para o Seminário de Azambuja e em 1930 nomeou-o Prefeito de Disciplina. De 1931 a 1935 foi Diretor espiritual do mesmo Seminário. No final daquele ano o reitor, Mons. Jaime de Barros Câmara Câmara, foi eleito bispo de Mossoró, RN e assim coube a Pe. Bernardo a nomeação de Reitor do Seminário e Cura do Santuário, função que desempenhou de 1936 a 1946. Cônego Bernardo cultivava nos alunos três virtudes: obediência, franqueza e piedade. Tudo para formar a vontade. “Quem não aprende a dobrar a cabeça, a vontade, jamais será um bom padre”, repetia, até cansar, aos seminaristas. Insistia, também: “O seminarista que não reza não fica padre”. Esse “dobrar a cabeça, a von-

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tade” foi vivido por ele em extrema humildade frente a algumas decisões da autoridade eclesiástica, talvez não justas ou respeitosas. A Mons. Bernardo Peters Azambuja deve a separação de suas instituições, antes por demasiado “amontoadas”. Quando assumiu a reitoria, em 1936, Hospital, Hospício, Asilo, Seminário e Clausura das Irmãs se encontravam como que num canto só. Ao deixar a reitoria, cada instituição tinha edifício próprio: o Hospital em 1936, o Asilo em 1937, o Hospício transferido em Monsenhor Bernardo: humilde e humi1942, a Clausura situada no lhado, mas persistente em sua missão novo Hospital. Na década de 40, um grande de, unidade. No dia 9 de dezemproblema no Seminário: a malária. bro de 1946, após uma tensa reuDias houve em que, por falta de nião matinal, sem anúncios, Dom “quorum” não se deu aula. Mais Joaquim tomou uma decisão rade cem casos ao todo. Em 1945, dical: nomeou Mons. Bernardo quando Brusque e Azambuja ain- pároco de Lauro Müller, Pe. Wilda estavam às voltas com a doen- son Laus Schmidt pároco de ça, chegou Mons. Emanuel da Criciúma e Pe. Gregório Warmeling Cunha Cintra, Visitador apostólico pároco de Laguna. O Seminário fidos Seminários no Brasil. Informa- cava sem Reitor, Diretor Espiritual do pelo Reitor, fez constar o pro- e Prefeito de Disciplina. Uma problema da malária no relatório que vação dolorosa para o humilde e enviou a Roma, à Congregação dos santo Pe. Bernardo. Mas, autoriSeminários. Roma escreveu a Dom dade existe para ser obedecida. Joaquim exigindo a transferência Edifica ler a última página de do Seminário para outro local. Foi seu Diário, dois dias depois, a 11 em boa parte por causa desse Re- de dezembro de 1946: “E agora latório que Mons. Peters perdeu as vou continuar esta Crônica pedinboas graças do Arcebispo. do perdão a Deus e aos SuperioTirando esses problemas, res pelas infidelidades no meu como Reitor Mons. Bernardo im- cargo. Não me esquecerei do Seprimiu seriedade nos estudos de minário, onde passei 17 anos. O Azambuja, preparando os alunos Seminário, com a minha saída, vai com grande qualidade espiritual, entrar na terceira fase de sua exishumana e intelectual. Mas, surgi- tência: Dom Jaime foi o instrumenram problemas entre o corpo do- to de Deus para contribuir para a cente. Chegaram ao Arcebispo fundação, a minha pessoa serviu queixas de que faltava autorida- para que se realizasse a separa-

ção das diversas Comunidades existentes numa só casa. E o terceiro Reitor contribuirá para o aperfeiçoamento do Seminário...”

Pároco e Vigário geral

Em 17 de janeiro de 1947 foi provisionado primeiro Pároco da Imaculada Conceição em Lauro Müller, desmembrada de Orleães, com as capelas de Barro Branco, Palermo, Rio Queimado, Santa Rosa, Guatá, Novo Horizonte, Rio da Vaca, Rio Capivaras Alto, Rio Capivaras Do Meio, Rio Capivaras Baixo, Vargem Grande, Km 107. Era, de fato, uma diminutio capitis (rebaixamento). Ali construiu e inaugurou o novo Salão paroquial em 1952 e projetou a construção de um pequeno Hospital, interessando-se pela vinda de Irmãs. Teve como vigários Pe. Tarcísio Marchiori, Pe. Urbano Mendes e Pe. Hercílio Cappeller. Deus tem seus planos. Um deles foi o empenho total e decidido de Mons. Bernardo para a organização e criação da Diocese de Tubarão. Após muita paciência e trabalho veio o fruto: a Diocese de Tubarão foi criada pelo Papa Pio XII com a Bula Pontifícia: “Viget Ubique Gentium”, datada de 28 de dezembro de 1954 e instalada, solenemente, em 15 de agosto de 1955, quando Dom Anselmo Pietrulla Pietrulla, OFM assumiu como primeiro Bispo diocesano. O novo Bispo o nomeou Vigário geral da Diocese e, logo, Cura da Catedral. No mundo dos grandes homens, eles também se perdem em coisas pequenas. Mons. Bernardo sofreu isso, mais uma vez, e ex-

Ecumenismo Em três encontros passados (conferir as edições dos meses de junho, julho e outubro do corrente ano) refletimos sobre o papel da Comissão Paroquial para o Ecumenismo e o Diálogo Interreligioso. Enfatizamos três aspectos importantes: 1- Motivar a comunidade para a oração permanente em favor da unidade dos cristãos. Assim nos unimos ao pedido do próprio Jesus Cristo em sua oração ao Pai: “Que todos sejam um... Eu neles e tu em mim, para que sejam perfeitos na unidade” (Jo 17,21.23). 2Despertar para a consciência de defesa e promoção dos Direitos Humanos. Assim nos unimos à prática de Jesus, o bom Pastor, conforme ele mesmo declarou: “Eu vim para que todos tenham a vida e vida em abundância” (Jo 10,10). 3- Cultivar a espiritualidade do diálogo estudando a Bíblia. Assim nos unimos aos ensinamentos de Jesus que disse: “Não só de pão vive o ser

A Importância da Comissão Paroquial para o Ecumenismo e o Diálogo Inter-Religioso (4ª parte) humano, mas de toda a Palavra que sai da boca de Deus” (Mt 4,4). Outro papel importante da Comissão Paroquial é proporcionar encontros com pessoas que professam a mesma fé em Jesus Cristo sendo membros de diferentes denominações cristãs. Ainda existem alguns preconceitos, arraigados em nosso espírito, referentes aos irmãos e irmãs não católicos. A aproximação, o diálogo e a partilha mútua das vivências cotidianas e das convicções de fé derrubam as barreiras que nos separam. Não se trata de dialogar para ter elementos de comparação entre uma ou outra Igreja; assim podemos ser induzidos a julgamentos anticristãos. Também não se trata de criar um clima favorável para atrair o outro à nossa Igreja.

Trata-se de acolher respeitosamente a pessoa do outro como nossa irmã; trata-se de conhecer suas motivações interiores, que a levam a relacionar-se com Deus de um jeito próprio; trata-se de solidarizar-se com as alegrias e as dores, com as angústias e as esperanças do próximo; trata-se de exercitar o amor mútuo, o maior mandamento que Jesus nos deixou e que constitui o único caminho de um mundo justo e fraterno, bem como a única condição que nos salva a todos. É papel da Comissão Paroquial para o Ecumenismo e o Diálogo Interreligioso, sempre em união com o Pároco e com o Conselho Paroquial de Pastoral, promover encontros de estudo entre representantes das diferentes Igrejas Cris-

tãs e também de diferentes religiões, para conhecer a história e as bases motivacionais da fé de cada uma delas. Há paróquias em nossa Arquidiocese que promovem esses estudos em suas Escolas Paroquiais de Teologia para Leigos. O ITESC, em breve abrirá mais uma edição do Curso de Pós-Graduação (Especialização) em Ecumenismo e Diálogo Interreligioso, promovido pelo Departamento de mesmo nome. Pode-se também aproveitar ocasiões especiais para debater assuntos que são ecumênicos por sua própria natureza, como: ecologia, fé e política, paz e segurança social e tantos outros. Todos esses assuntos podem ser debatidos à luz de textos sagrados de cada tradição religiosa... Há muitos outros aspectos que

travasou seu sofrimento. Em 21 de maio de 1957 Dom Joaquim esteve em Tubarão, a convite, para o Jubileu de Prata sacerdotal de Dom Anselmo Pietrulla. Acontece que Mons. Bernardo, na sua inocência, esqueceu de colocá-lo na devida ordem de precedência como Arcebispo e Metropolita, tanto na Missa como no Banquete, saudando-o após o Bispo. Em 28 de maio segue uma carta a Mons. Peters, criticando-o pelo desconhecimento do Cânone 272 a respeito do direito dos Metropolitas. Mons. Peters ficou sumamente ofendido e desabafou em carta a Mons. Frederico: “Fiquei muito sentido com aquela infeliz carta de 28 de maio. Parece que não bastaram as humilhações e perseguições de Azambuja e o exílio de Lauro Müller. Não pense o Sr. Arcebispo que pode continuar a me maltratar. Tomarei providências”. Foi apenas um desabafo desse homem cujo lema sacerdotal era “Maria, conservai-me no amor a Jesus eucarístico, sumo e eterno Sacerdote”. A grande provação, não para ele, mas para os que o cercavam, amavam e admiravam, durou de 1971 a 1975: acometido de doença mental, passou a residir na Paróquia de São Ludgero. Perdera a consciência de si. Uma grande provação para um homem santo e ativo. Ali, em São Ludgero, Deus o chamou em 13 de dezembro de 1975, sendo sepultado ao lado de Mons. Tombrock e Mons. Ohters, seus grandes modelos de vida sacerdotal. Vivera 73 anos, dos quais 47 como presbítero. Suas obras lhe conservam a memória. Pe. José Artulino Besen pebesen.wordpress.com

podem ser lembrados como importantes para o papel da Comissão Paroquial. A nossa Igreja Católica elaborou muitos documentos que orientam e aprofundam a dimensão ecumênica e de diálogo interreligioso. Eles precisam ser conhecidos não apenas pelos teólogos, padres e religiosos, mas também pelos leigos e leigas. Comentaremos alguns desses documentos a partir do próximo ano. Existem diversos sites que oferecem estudos, artigos e informações preciosas. A Comissão Paroquial pode encontrar neles inspiração para a missão ecumênica que deve ser realizada com coragem e criatividade. Eis alguns deles: www.conic.org.br / www.itesc. ecumenismo.com / www. adital.org.br / www.cebi.org.br Celso Loraschi Professor no ITESC e Coord. Comissão Arquid. para o Ecumenismo e o Diálogo Inter-Religioso - CADEIR


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Missão 13

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Sínodo para o Oriente Médio A Igreja Católica no Médio Oriente: Comunhão e Testemunho

As Grandes Perguntas

O que diz a Palavra de Deus, aqui

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Ao visitar a terra Santa, em Maio de 2009, o Papa Bento XVI recebeu, de numerosos Irmãos no Episcopado, o pedido de convocar uma Assembléia sinodal para o Médio Oriente. Ela deveria aprofundar o ensinamento dos Atos dos Apóstolos, para reviver a experiência da comunidade primitiva a um nível ainda mais maduro. Isso, com o objetivo de que a Igreja Católica dê testemunho com as palavras e, sobretudo, com as obras, de uma autêntica vida cristã na complexa situação atual dos países do Médio Oriente. Nesses países, a Igreja Católica tem uma presença ininterrupta desde os tempos de Jesus. Bento XVI confiou o novo Sínodo para o Médio Oriente à intercessão da Bem-Aventurada Virgem Maria que, naquela terra, deu à luz e educou Jesus. A grande esperança era que o evento aproximasse mais Cristãos, Judeus e Muçulmanos, como também reavivasse a comunhão eclesial entre as Igrejas católicas, Ortodoxas e as comunidades protestantes no Médio Oriente. A dimensão ecumênica é fundamental para que o testemunho cristão seja autêntico e credível. “Que todos sejam um só, para que o mundo creia” (Jo 17, 21).

Que futuro, para os cristãos do Médio Oriente?

O sínodo é importante para aproximar cristãos, muçulmanos e judeus e agora, a cada Igreja em cada um dos nossos países e nos acontecimentos fáceis ou difíceis da nossa vida quotidiana? Que nos pede Deus nestes dias? Permanecer, para nos comprometermos, apesar das difíceis situações pelas qual estamos passando, ou emigrar? Apesar de os cristãos serem em todas as partes do Médio Oriente uma escassa minoria (com exceção do Líbano), que vai de menos 1% (Irã, Turquia) a 10% (Egito), contudo eles irradiam dinamismo ativo. O perigo consiste no fechamento em si e no receio do outro. É necessário, portanto que seja reforçada a solidarieda-

de e o vínculo social entre os cristãos e os demais para não caírem numa atitude guetizante. Isso tudo exige uma conversão pessoal dos cristãos, começando pelos Pastores, mediante um regresso ao espírito do Evangelho, para que a vida se torne um testemunho do amor de Deus, que se expressa no amor concreto para com todos. “Era com grande poder que os Apóstolos davam testemunho da Ressurreição do Senhor Jesus...” [At 4, 33] É esse o caminho a ser percorrido pelos cristãos do Médio Oriente para superar seu egoísmo e suas rivalidades.

A caridade, arma do cristianismo No meio de tanta violência, eis um belo testemunho. Dom Kriko, bispo de Alexandria dos Armênios (Egito), considera que “em meio à violência freqüente no Oriente Médio, a arma do cristianismo é a caridade”. “Por isso, devemos estender a mão aos mu-

“Não temas, pequenino rebanho!”

çulmanos e aos judeus”. De fato, segundo o Prelado, “a arma do Cristianismo não se constrói nas fábricas, mas consiste em construir, com a caridade, pontes entre o homem e seu irmão.” Divulgação/JA

Estender as mãos aos mulçumanos e judeus para reduzir a violência no Oriente Médio

“Quando alguém ama, entrega-se; quando se entrega, confia; quando confia, se estabiliza; e quando se estabiliza, está isento de todo vício e calamidade”. “Nossa esperança é viver em paz. Estendamos então nossas mãos aos muçulmanos e aos judeus com esperança cristã e uma vida nova. Digamos aos judeus: deixem de matar os inocentes e não esqueçam o que diz o Talmud: em cada homem vejo Deus”. “Estendamos a mão a nossos irmãos muçulmanos, na esperança de um convívio que permita construir uma só nação, uma só sociedade regida pela caridade, a fraternidade, a compreensão e o diálogo”, disse Dom Coussa. Pe. Paulo De Coppi - PIME pe.paulo@missaojovem.com.br

Assim se expressaram os bispos da comissão organizadora do Sínodo. “A esperança, nascida na Terra Santa, anima todos os povos do mundo há dois mil anos. No meio das dificuldades e dos desafios, ela permanece uma fonte inesgotável de fé, de caridade e de alegria, para formar as testemunhas do Senhor ressuscitado. Em todos os nossos países, esta esperança sustém-nos com a palavra de Jesus: “Não temas, pequenino rebanho, porque aprouve ao vosso Pai concedervos o Reino!” (Lc 12, 32). A Virgem Maria, presente com os Apóstolos no Pentecostes, nos ajude a sermos homens e mulheres prontos para receber o Espírito Santo e agir com a Sua força.

Dois Testemunhos O Sínodo já foi encerrado, mas, como sempre, custarão a sair as conclusões finais. Limito-me, portanto a citar o depoimento sobre duas dificuldades

salientadas pelos sinodais do Médio Oriente.

Crise da família Vários bispos falaram sobre o novo rosto que a família está assumindo no Oriente Médio. As famílias numerosas estão sendo substituídas por famílias desfeitas pelo divórcio. Freqüente é a prática do aborto. Outra dificuldade evidenciada é a visão islâmica que aceita a poligamia, fato que representa uma difusa realidade social. Como conseqüência disso tudo, vive-se uma forte queda das vocações religiosas e um afastamento dos jovens da fé. “A sociedade em que vivemos, neste tempo da globalização total, é uma sociedade em sua maioria materialista, que passa ao largo de Deus e de tudo que é espiritual, infundindo nos homens a ilusão de que podem encontrar a felicidade no dinheiro, no poder e no prazer de todo tipo”, Dom Clément-Joseph

Será que você conhece o terceiro empreendimento da equipe do Missão Jovem? É isso mesmo, após a publicação do jornal Missão Jovem, editado para as comunidades cristãs e suas lideranças, veio a segunda publicação que leva o título de: O TRANSCENDENTE, subsídio preparado para os professores de Ensino Religioso das escolas. Mas, outro passo devia ser dado e, desta vez, rumo às mídias digitais. Após séria reflexão, em agosto, a Equipe do MJ aceitou esse novo desafio, lançando a WEBRADIO MJ -

ABRINDO HORIZONTES. Naturalmente, você estará ansioso para conhecer esta nova voz poderosa, que chega aos cinco continentes.

ACESSE www.webradiomissaojovem.com.br


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Geral

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Foto JA

Diácono Manoel Antônio de Borba Uma vocação despertada a partir do Movimento de Irmãos e da Catequese A Paróquia São João Batista, em Itajaí, estará em festa no dia 30 de novembro. Nesse dia, às 19h30, uma celebração marcará o Jubileu de Prata de ordenação do Diácono Manoel Antônio de Borba. A celebração será presidida pelo nosso arcebispo Dom Murilo Krieger, o mesmo que há 25 anos lhe conferiu o sacramento de Diácono Permanente. Natural de Itajaí, onde nasceu a 08 de junho de 1936, foi casado com Maria Alvina de Borba por 48 anos, até o falecimento dela há três anos. Juntos tiveram oito filhos (três falecidos), 12 netos e quatro bisnetos. Na entrevista que

segue, ele fala sobre o seu despertar vocacional, das alegrias no ministério diaconal e da participação da família, da importância do Movimento de Irmãos na sua vocação e de ser um eterno catequista. “A catequese me levou, e tenho certeza que leva a todos os catequistas, a uma maior proximidade de Jesus”. Jornal da Arquidiocese Como foi despertada a sua vocação para o diaconato? Diácono Antônio Manoel de Borba - A minha vocação foi despertada através de uma seqüência de fatos. Após a primeira eucaristia, participei da Cruzadinha, hoje chamamos de Perseverança; quando jovem, recebi o convite de meu pai para participar do movimento Liga Católica "Jesus, Maria e José"; depois, participei do Movimento do Cursilho, fazendo o quinto Cursilho, e participei também do Movimento de Irmãos. Minha vocação aumentou quando, certo dia, sonhei que Jesus acenava para mim me chamando: "Vem!...", Contei esse sonho para minha esposa e, na hora, não entendemos o significado. Só depois fui entender que Jesus me chamava para o ministério

Diácono Antôno Manoel: 74 anos de vida e 25 deles dedicados ao ministério diaconal na Paróquia São João Batista, em Itajaí

Minhas maiores alegrias no diaconato estão na celebração do amor de Deus e ministrando os sacramentos

diaconal. Aí ingressei na Escola Diaconal São Francisco de Assis, no ITESC, onde completei meus estudos, e fui ordenado Diácono. JA - Quais as suas maiores alegrias no exercício do ministério? Diác. Manoel - Quando servimos a Deus de todo coração, ele nos recompensa com infinitas alegrias. Quanto a mim, é celebrando o seu amor nos cultos e ministrando os sacramentos, que me sinto realizado. Durante minha caminhada, eu e minha esposa fomos os responsáveis pela fun-

Retalhos do Cotidiano

dação de duas novas comunidades em Itajaí: a capela São Vicente de Paulo (antes comunidade pertencente à paróquia São João Batista, e hoje paróquia), e a capela N. Sra. Aparecida, que pertence à nossa paróquia São João Batista. Foi um grande desafio que consegui vencer, pois pude contar sempre com a misericórdia de Deus, a ajuda de minha família, e vários bons amigos que me apoiaram. JA - Como sua família participa do ministério diaconal? Diác. Manoel - Deus e mi-

Divulgação/JA

Perfume

Orgulho

Que carinhoso e comovente é o cuidado paterno do Senhor, que sempre nos procura para darnos boas pastagens. Se somos a ovelha perdida, Ele não se cansará de ir atrás de nós; se somos a da perna quebrada, Ele a enfaixará; se estamos cansados, doentes, fortalecerá; se somos a ovelha gorda e forte, vigiará. E mais: “Far-te-ei repousar”, pequena ovelha, pequeno cordeiro! Essa ternura de Deus toca o coração, dá uma alegria tão grande que a gente nem sabe explicar direito... (cf. Ez 34,11-16).

Vi na porta de um sacrário: São João alimenta Maria com o Corpo e o Sangue dAquele que se fez homem alimentando-se do corpo e do sangue dela. A Eucaristia tem o perfume de Maria! Paulo afirma que somos, para Deus, o perfume de Cristo: qual tem sido o nosso 'cheiro'? Tenhamos a coragem de nos deixar moer e que, então, de nosso interior brote o suave odor!

Detenho-me longamente a contemplar a grande árvore que balança. Seu tronco vai para lá e para cá, conforme o vento. O sol bate em suas folhas, dando um brilho dourado ao verde com que o Criador as revestiu. É um belo espetáculo da natureza. Se a árvore fosse gente: deixaria o vento balançá-la tão fortemente? quando viesse calor muito forte, não procuraria uma sombra? e na chuva que molha, não buscaria um abrigo? E se tivesse visão mais poderosa que os homens, olhando para baixo o que diria para as raízes sujas de terra, escondidas no mais profundo do solo? Que doce abandono, o da árvore; quanto ensinamento a ser aprendido. Que o sopro do Espírito balance minha vida, seu calor queime em mim a frieza que me afasta dos irmãos, sejam suas bênçãos como a água que vem do céu e

Tantos de nós pedimos tantas coisas a Jesus, cada dia. Há os que pedem e depois dizem que não são atendidos. Como pedimos? o que pedimos? para que pedimos? “Sinto que, se Deus me desse tudo o que já lhe pedi, hoje eu seria muito infeliz” (Pe. John Powell).

Pastor Santa Teresinha vem visitar meus pensamentos e fala-me do abandono. A mestra me ensina. Apanho a bacia, despejo água e ali coloco um pequeno barco a vela. Faço de conta que a bacia é Deus e que Ele mesmo vai soprar, a água

nha família são as razões do meu existir. Meu ministério diaconal acontece porque minha família participa ativamente, me apoiando e ajudando a evangelizar. É principalmente através do exemplo de retidão e amor, que conseguimos vivenciar o Evangelho. JA - Há muito tempo o senhor participa do Movimento de Irmãos. Foi através dele que se manifestou o seu desejo de assumir o diaconato. Qual a importância desse Movimento na vida da Igreja? Diác. Manoel - O Movimento de Irmãos é muito importante para a vida de nossa Igreja, pois vem reforçar os valores da família, formando casais para as diversas pastorais das paróquias e formando fiéis conscientes de seus compromissos com a comunidade. JA - O senhor é e sempre foi catequista. Qual a importância desse trabalho na sua vida e na das novas gerações? Diác. Manoel - Sempre fui catequista, primeiramente de meus filhos, pois a primeira catequese tem que acontecer dentro de cada lar. A catequese me levou, e tenho certeza que leva todos os catequistas, a uma maior proximidade de Jesus. Em cada encontro, o seu amor é reavivado dentro de nós. A catequese leva as novas gerações a conhecerem esse amor e a seguirem os ensinamentos do Cristo, colocando-os em prática e testemunhando-os.

Carlos Martendal

Pastor

Pedido

Jornal da Arquidiocese

representa o mundo, o barquinho sou eu. Então, o sopro. O barquinho navega. Não abandonado, mas abandonando-se. Quanto me falta, Senhor, para deixar-me guiar por teu Sopro. Preciso deixar o cais e ir ‘para águas mais profundas’.

para lá não volta sem ter cumprido sua missão (cf. Is 55,10). E que me ajude e inspire a nunca olhar de cima para os homens, meus irmãos de caminhada.

Vírgula “Jesus, abençoa o meu dia!”. É um pedido. Vou repeti-lo muitas vezes. Pouco a pouco, sem a vírgula, irá transformar-se em certeza: “Jesus abençoa meu dia”!

Filhos Os filhos observam muito o que os pais fazem, e assimiliam pouco o que dizem. Os exemplos é que marcam. Que belo apostolado têm os pais: o apostolado do exemplo!

Tudo Em Deus está tudo e nós, tantas vezes, nos contentamos com tantos nadas!


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Ônibus leva o Amor às pessoas pobres Através da ADAPA, comunidades carentes recebem atendimento médico, odontológico e jurídico ceria com a “Capelania Militar Cristo Rei” e com o Instituto de Solidariedade AJB, de onde provém a parceria com a Polícia Militar e os custos do projeto. Essa ação social conta com trinta voluntários entre Policiais Militares e integrantes da Capelania Militar. “Nosso Objetivo, com esse projeto, é proporcionar às comunidades atendidas momentos de alegria e muito amor, e também chamar a atenção das autoridades para as necessidades básicas desse povo”, esclareceu o Diácono Ricardo.

Carisma do Diácono

O trabalho faz parte do carisma do Diácono Permanente. O projeto foi idealizado pelos diáconos Jorge Luiz da Silva e Ricardo José de Souza Souza. A idéia surgiu em 2005, quando eles estiveram em Santa Maria, RS, e conheceram a história do Diácono João Luiz Pozzobon. Foto JA

Trabalho é realizado por trinta voluntários, entre Policiais Militares e integrantes da Capelania Militar Cristo Rei

Divulgação/JA

A “Associação Diácono Abreu”, Ademi Pereira de Abreu” ADAPA, realizou no dia 12 de outubro, Dia das Crianças, mais uma edição do Projeto “Amor Sobre Rodas” Rodas”. Esse evento busca levar atendimentos básicos de saúde e cidadania, através de um ônibus, às comunidades empobrecidas. Desta vez, a beneficiada foi a comunidade Vila Arvoredo (conhecida como Favela do Siri), já mencionada acima. Durante o dia, mais de 250 pessoas receberam atendimento médico, odontológico, assistência jurídica e corte de cabelo. Além disso, houve distribuição de brinquedos, cachorro quente e refrigerantes à vontade. Houve apresentação da Banda da Polícia Militar, da escolinha de trânsito e da cavalaria, todos podendo dar uma volta montados em um dos cavalos. O projeto é realizado em par-

Paróquia celebra jubileu da presença da Associação na comunidade

Atendimento odontológico foi um dos serviços oferecidos pelos voluntários às mais de 250 pessoas atendida pelo projeto durante o dia “Ficamos impressionados com o trabalho dele e quisemos utilizá-lo como espelho, para realizar algum trabalho social em nossa comunidade”, disse o Diácono Ricardo. Assim, no mesmo ano, abriram duas casas de apoio às pessoas empobrecidas: uma nos Ingleses e outra no Rio Vermelho. Havia distribuição de cestasbásicas, orientação jurídica, psicológica, distribuição de roupas e alimentos, e aconselhamento espiritual. Infelizmente, o custo ficou muito elevado e não tiveram o apoio devido. Assim, depois de três anos, o projeto foi abandonado. Paralelo a isso, em 2007 foi criado o projeto “Amor Sobre Rodas” Rodas”. O objetivo era o mesmo, mas em vez de as pessoas irem até eles, levariam os serviços até elas. O projeto foi apresentado à Fundação Nova Vida, entidade

Coordenações de Catequese realizam Encontro Arquidiocesano As coordenações paroquiais de catequese estiveram reunidas no dia 24 de outubro, na Paróquia N.Sra. do Rosário, em São José. Assessoradas pela Dra. Miriam Siqueira Siqueira, de Porto Alegre - RS, as 170 participantes refletiram sobre o tema “Acolhida, Relações Interpessoais e Acompanhamento”. Durante a apresentação, a assessora chamou a atenção para o conteúdo, uma vez que ele fala

diretamente sobre a Iniciação à Vida Cristã. Ela citou o documento 97: “A Igreja tem a missão de acolher as pessoas na variedade de rostos que querem fazer um caminho de fé, mas que precisam ser reconhecidos, identificados e personalizados”. “Daí a importância desse tema para toda a catequese, porque dispor-se para a acolhida é um dos meios privilegiados para chegar ao

60 anos do Apostolado da Oração

coração das pessoas”, disse Irmã Bertoldi, coordenadoMarlene Bertoldi ra arquidiocesana de Catequese. Na parte da tarde, os coordenadores trabalharam sobre a síntese da avaliação feita a partir das comarcas, respondendo quais as forças, as oportunidades, as fraquezas e as ameaças que perpassam a catequese. Surgiram, ainda, propostas a serem viabilizadas em torno da Iniciação à Vida Cristã.

gerida pela primeira dama do Estado, e recebeu todo o apoio. Foi adquirido um ônibus Mercedes Benz, 1981, urbano. Nele, foram equipados um consultório médico e odontológico, além de cozinha e banheiro. No ultimo mês, o ônibus foi todo reformado externamente, pela empresa de transporte Coletivo Canasvieiras. Desde que o projeto iniciou, já foram realizados oito eventos em diferentes comunidades de Florianópolis. A intenção é levar o projeto também a outras regiões da Arquidiocese. “Já temos convites para levá-lo a outros municípios e temos todo o interesse em fazê-lo”, informou o diácono. Mais informações, no site www.adapafloripa.blogspot .com .com, ou pelo fone (48) 84329797, com o Diácono Ricardo José de Souza.

A cidade era muito diferente do que é hoje. Somente uma paróquia atendia todo o município de Itajaí. Sentia-se a necessidade de fazer a comunidade crescer. Por isso foi lançada a semente do Apostolado da Oração, incentivando-se a reza do terço, o zelo pela Igreja, a acolhida e o auxílio aos sacerdotes que por aqui passavam. Dessa forma, o Apostolado começou em São Vicente, em Itajaí, no dia 14 de outubro de 1950, por iniciativa da Irmã Ismália e do Mons. Vendelino Hobold. Pe. Vendelino na época era Pároco do Santíssimo Sacramento, atendendo também em São Vicente. A comunidade pertenceu ao Santíssimo até 1968, quando passou a fazer parte da Paróquia São João Batista. Em 1990, São Vicente foi elevada à condição de paróquia. Com seu crescimento, novas comunidades foram surgindo, nas quais também marcou presença, expandindo-se, o Apostolado da Oração. Hoje, ela conta com 140 associados. Foto JA

Os participantes refletiram sobre acolhida, relações interpessoais e acompanhamento


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Geral

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Jornal da Arquidiocese

Projeto busca resgatar crianças carentes Casa Madre Teresa de Calcutá, localizada em região de risco social, atende 60 crianças empobrecidas

Foto JA

pedagógico, lanche, realizam atividades esportivas e fazem visitas educativas a outros locais. Pensando em melhorar ainda mais o atendimento às crianças, a ASPI entrou com projeto solicitando recursos para o Fundo Arquidiocesano de Solidariedade - FAS, e foi atendida. O projeto era montar uma sala de multimídia, com cinema e recreação (videogame e karaokê). Foram solicitados R$ 3.250,00 para aquisição de televisor 29', DVDOKÊ com games, aparelhos de som, fitas de vídeo, CDs, além de outros equipamentos e mão de obra especializada. O projeto completo teve um custo bem maior. Os recursos foram conseguidos por outras fontes. Infelizmente, a sala de multimídia ainda não pode ser utilizada plenamente. Há o receio de que, se deixarem os equipamentos no local, eles sejam furtados. Antes disso, deverão ser coTrabalho é realizado em casa alugada dentro locadas grades nas portas e janelas, para da própria comunidade

Crismas Novembro 2010

Foto JA

A comunidade Vila Arvoredo (mais conhecida como Favela do Siri), localizada no bairro Ingleses, em Florianópolis, é uma das regiões com maior vulnerabilidade social da capital. Tem cerca de 350 famílias, bastante empobrecidas. É nessa região que, há seis anos, a Ação Social da Paróquia de Ingleses (ASPI), criou o “Centro Comunitário Madre TTeresa eresa de Calcutá Calcutá””. Trata-se de uma casa de dois pisos, alugada, que fica na própria comunidade. No espaço, diariamente, de segunda à sexta-feira, 60 crianças, divididas em dois turnos com idade entre 06 a 14 anos, recebem acompanhamento

Crianças participam de atividade acompanhada por educadora maior segurança. “Nosso objetivo com o projeto é disponibilizar às crianças atividades educacionais e recreativas que elas não têm em suas casas”, explicou o Diácono Ricardo José de Souza Souza, presidente da ASPI. Segundo ele, além do trabalho realizado, o espaço também é utilizado pela Pastoral da Criança e pelo Projeto Pro Jovem, em parceria com a Prefeitura.

Atualmente, as crianças que participam da Casa Madre Teresa têm apenas o lanche pela manhã e tarde. O objetivo é também oferecer o almoço. “Sabemos que muitas das crianças que atendemos têm como principal fonte de alimentos o projeto ou a escola. Infelizmente, nossos recursos não nos permitem oferecer almoço, mas estamos trabalhando para isso”, informou o Diácono Ricardo.

Encontro Brasileiro de Universitários Cristãos. A Pontifícia Universidade Católica - PUC-Minas, sediou nos dias 09 a 11 de outubro o Encontro brasileiro de Universitários Cristão. Promovido pela CNBB e organizado pelo Setor Universidades, o evento teve como objetivo reunir universitários para debater sobre a evangelização nas universidades e o protagonismo juvenil. Mais de 200 universitários de todo o Brasil participaram do evento. A arquidiocese foi representada pelo seminarista Deivide Tomasi omasi, aluno do ITESC. Durante o evento, os participantes tiveram a oportunidade de participar de várias oficinas. Uma delas foi “Evangelizando pelas Redes Sociais”, ministrada pelos jovens Felipe dos Santos e Guilherme Pontes, ambos da Arquidiocese de Florianópolis. A formação contou com a participação de 25 jovens. Durante todo o tempo, os jovens participantes contaram casos, levantaram dúvidas e contribuíram para a construção da formação. O que mais chamou a atenção dos participantes foi o modelo prático adotado. Durante a apresentação de cada ferramenta, foram mostrados casos em que as redes sociais foram usadas para a evangelização e obtiveram grande sucesso. Segundo Felipe dos Santos Santos, a oficina seguiu uma lógica diferente do comum. “Começamos falando da nossa missão de levar a Boa Nova. Depois, destacamos a importância de estarmos convictos da mensagem que vamos levar. Só depois passamos a falar das ferramentas, as redes sociais”, informou Para Guilherme Pontes Pontes, a Igreja tem que tomar posse desse debate e das redes sociais. “É necessário que a evangelização se dê nesses espaços, como início do contato dos jovens com o projeto de Jesus Cristo”.


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