Jornal da Arquidiocese de Florianópolis Dezembro/2010

Page 1

José Mannes e João Pauli: 25 anos de dedicados ao diaconato

PÁGINA 14

Jornal da

Arquidiocese “De graça recebestes, de graça dai”

Florianópolis, Dezembro de 2010 Nº 163 - Ano XV

(Mt 10,8)

ARQUIDIOCESE CRESCEU 28% Dados do IBGE, através do Censo 2010, mostram que a média de crescimento dos 30 municípios da Arquidocese foi de 28,45% Os números do Censo, realizado no decorrer deste ano, foram apresentados no dia 29 de novembro. Eles mostram que quatro municípios, que têm a base da economia na agricultura, tiveram decréscimo. Outros quatro, cresceram mais de 50%. A surpresa foi São João Batista, município não litorâneo, que teve o segundo maior crescimento, com 76%. “O crescimento da Arquidiocese, superior ao do Estado e do País, demonstra que Como parte integrante das comemorações, Dom Murilo proferiu palestra sobre a encíclica Caritas in veritate

ASA celebra 50 anos Celebração, palestra, Encontro com Ações Sociais e Sessão Especial na Câmara de Vereadores de Florianópolis marcaram o aniversário A Ação Social Arquidiocesana – ASA, celebrou no dia 17 de novembro o Jubile de Ouro de fundação. Para marcar a data, nosso arceMurilo, presidiu bispo, Dom Murilo a Celebração Eucarística. Em seguida, ele, que é presiden-

Lideranças participam de Seminário sobre a CF-2011 PÁGINA 05

Participe do Jornal da Arquidiocese

te da ASA, proferiu palestra sobre a encíclica social de Bento XVI Caritas in veritate (A caridade na verdade). Além disso, foi realizado um encontro com as Ações Sociais Paroquiais. Na oportunidade, foi lançada a revis-

ta que resgata os 50 anos de história e o trabalho realizado pela entidades membro da ASA. Uma Sessão Especial na Câmara de Vereadores também homenageou a instituição.

Encontrão e Estágio despertam novas vocações

Pe. Pedro Koehler celebra 50 anos de ministério

PÁGINA 08

PÁGINA 10

PÁGINA 09

não se trata de um crescimento ‘natural’, mas é fruto de intensas migrações”, disse Dom Murilo. Segundo ele, para atender essas pessoas, é necessário responder a algumas perguntas, que são desafios para a nossa ação pastoral. Pe. Vitor Feller fala dos números no processo do Planejamento Pastoral. “Para evangelizar, a Igreja precisa conhecer o terreno em que planta a semente do Evangelho”. PÁGINA 03

Natal e opção pelos pobres No tempo do Advento e do Natal a Igreja continua a repetir a seus filhos que a verdadeira libertação é um dom que o próprio Deus nos traz, vindo ele mesmo a nós. Característica da fé cristã é anunciar Deus conosco. Libertação verdadeira e profunda só é possível com Deus. Por isso, a missão do cristão tem uma face profundamente humana, não é desencarnada. Se Deus

Notícias de nossos missionários na Guiné-Bissau PÁGINA 13

desceu do céu à terra, para se encontrar conosco em nossa carne mortal, para viver conosco, para começar a fazer acontecer o seu Reino a partir das realidades de contraste, também o cristão deve inserir-se na história e na cultura de seu povo, deve enraizar-se no mundo, deve estar no mundo, sem ser do mundo, para aí fazer acontecer o Reino de Deus. PÁGINA 04

Curso Superior forma lideranças em Ciências Religiosas PÁGINA 15

P O R C A R TA

POR E-MAIL

PELO SITE

Rua Esteves Júnior, 447 - Cep 88015-130 - Florianópolis

jornal@arquifln.org.br

www.arquifln.org.br


2

Opinião

Dezembro 2010

Palavra do Bispo

Dom Murilo S. R. Krieger Krieger,, SCJ

Jornal da Arquidiocese

Arcebispo de Florianópolis

A Palavra do Senhor A Exortação Apostólica PósSinodal “Verbum Domini” (= A Palavra do Senhor), assinada pelo Papa Bento XVI dia 30 de setembro de 2010, apresenta os resultados da 12ª Assembléia Geral Ordinária do Sínodo dos Bispos sobre “A Palavra de Deus na vida e na missão da Igreja”, ocorrida no Vaticano de 5 a 26 de outubro de 2008. O Papa atendeu assim ao pedido dos Padres Sinodais que, ao final do Sínodo, pediram-lhe que oferecesse à Igreja um documento sobre o mistério da Palavra de Deus. O título da Exortação foi tirado das palavras do Profeta Isaías: “A Palavra de Deus dura para sempre” (Is 40,8), na maneira em que foi reproposta por S. Pedro em sua Primeira Carta: “Nascestes de novo, não de uma semente corrup-

tível, mas incorruptível, mediante a palavra do SENHOR, viva e permanente” (1Pe 1,23). Entre os objetivos da “Verbum Domini”, destacam-se: (1) Comunicar o resultado da Assembleia sinodal, para que influencie eficazmente sobre a missão da Igreja no mundo; (2) Redescobrir a Palavra de Deus, fonte de constante renovamento eclesial. A renovação supõe escuta, meditação e conversão de coração, atitudes indispensáveis para se poder penetrar na Palavra de Deus; (3) Promover a animação bíblica da pastoral, para que a Palavra de Deus seja sempre mais o coração de toda atividade pastoral; (4) Ser testemunhas da Palavra. Os cristãos têm o dever de comunicar a alegria que nasce do encontro com a

Palavra do Papa

Bent o XVI Bento

Vembum Domini “A PALAVRA DO SENHOR permanece eternamente. E esta é a palavra do Evangelho que vos foi anunciada” (1 Pd 1, 25; cf. Is 40, 8). Com essa citação da Primeira Carta de São Pedro, que retoma as palavras do profeta Isaías, vemonos colocados diante do mistério de Deus que se comunica a si mesmo por meio do dom de sua Palavra. Essa Palavra, que permanece eternamente, entrou no tempo. Deus pronunciou sua Palavra eterna de modo humano; seu Verbo “se fez carne” (Jo 1, 14). Essa é a boa nova. Esse é o anúncio que atravessa os séculos, tendo chegado até nossos dias. A XII Assembleia Geral Ordinária do Sínodo dos Bispos, que se efetuou no Vaticano de 5 a 26 de Outubro de 2008, teve como tema A Palavra de Deus na vida e na missão da Igreja. Foi uma experiência profunda de encontro com Cristo, Verbo do Pai, que está presente onde dois ou três se encontram reunidos em seu nome (cf. Mt 18, 20). Com esta Exortação apostólica pós-sinodal, acolho de bom grado o pedido que me fizeram os Padres de dar a conhecer a todo o Povo de Deus a riqueza surgida naquela reunião vaticana e as indicações emanadas do trabalho comum. Nessa linha, pretendo retomar tudo o que foi elaborado pelo Sínodo, tendo em conta os documentos apresentados (...).

Desejo assim indicar algumas linhas fundamentais para uma redescoberta, na vida da Igreja, da Palavra divina, fonte de constante renovação, com a esperança de que a mesma se torne cada vez mais o coração de toda a atividade eclesial. Quero, antes de mais nada, recordar a beleza e o fascínio do renovado encontro com o Senhor Jesus que se experimentou nos dias da assembleia sinodal. Por isso, fazendo-me eco dos Padres, dirijo-me a todos os fieis com as palavras de São João em sua primeira carta: “Nós vos anunciamos a vida eterna, que estava no Pai e que nos foi manifestada - o que vimos e ouvimos, isso vos anunciamos, para que também vós tenhais comunhão conosco. Quanto à nossa comunhão, ela é com o Pai e com seu Filho Jesus Cristo” (1 Jo 1, 2-3).

Algumas linhas fundamentais para uma redescoberta, na vida da Igreja, da Palavra divina”.

Bento XVI, Exortação Apostólica Verbum Domini, 1 e 2

Pessoa de Cristo; (5) Empreender uma nova evangelização, na certeza da eficácia da Palavra divina. “Nosso tempo deve ser sempre mais o tempo de uma nova escuta da Palavra de Deus e de uma nova evangelização” (VD 122); (6) Favorecer o diálogo ecumênico, sublinhando a centralidade dos estudos bíblicos, em vista da plena unidade de todos os cristãos; (7) Amar a Palavra de Deus. As precedentes indicações poderiam ser sintetizadas na atitude própria dos cristãos de deixar-se guiar pelo Espírito Santo para poder amar sempre mais a Palavra de Deus que, na verdade, é a Pessoa de Jesus Cristo, Verbo encarnado. Na primeira parte da Exortação é sublinhado o lugar fundamental de Deus Pai, fonte e origem da Palavra.

Na segunda, coloca-se em destaque que, para a Divina Providência, a Igreja é a casa da Palavra de Deus, que acolhe o Verbo feito carne. Na terceira parte, destaca-se o dever dos cristãos de anunciar a Palavra de Deus no mundo em que vivem e trabalham, lembrados de que a credibilidade do anúncio da Boa Nova depende do testemunho de sua vida. Na Conclusão, o Papa Bento XVI insiste na necessidade de nos familiarizarmos sempre mais com as Sagradas Escrituras, uma vez que somos anunciadores dessa Palavra de salvação. O Sínodo fez sua parte; o Papa, também. Depende de nós, agora, transformar a letra da Exortação Apostólica “Verbum Domini” em vida. Para isso, não nos faltará a graça de Deus.

Depende de nós, agora, transformar a letra da Exortação Apostólica “Verbum Domini” em vida”

Reflexão

Natal - Encarnação e Geografia A Revelação bíblica é transmitida num território que, mesmo invadido por diversos povos e culturas, se renovava pela tradição religiosa e cultural. Para o povo de Israel, a fé, a terra e tradições formavam um conjunto indivisível. A Palavra de Deus se fez carne - natureza humana - num lugar determinado, Nazaré, em uma jovem judia, Maria. O Filho de Deus assumiu a condição humana em tudo, menos o pecado: o chão, a história, a cultura. Toda a vida de Jesus se desenvolveu na normalidade cultural dos pequenos povoados da Palestina: viveu a língua aramaica, as peregrinações festivas, o pastoreio, o cultivo da terra, a pescaria. O lago de Genesaré/Tiberíades e as localidades circunvizinhas revelam como Jesus viveu, o sentido do que falou, os problemas enfrentados. Jesus não foi um ser estranho a seu meio. Após a ressurreição do Senhor, a missão cristã difundiu-se por toda a terra, em cada território assumindo características próprias. O Cristianismo, especialmente com a missão universalizante de Paulo, assumiu o árduo trabalho da inculturação do Evangelho, trabalho que prossegue em nossos dias. Paulo não se dirige às Igrejas em geral, mas à Igreja que está em Colossos, Filipos, Galácia, Roma... Cada uma vive uma realidade específica e cuja manifestação mística é a Eucaristia. A Liturgia, que é a expressão orante da fé, conheceu riquíssima

Jornal da Ar quidiocese de Florianópolis Arq Rua Esteves Júnior, 447 - Centro - Florianópolis 4-4 799 Cep 88015-130 - Fone/Fax (48) 322 3224-4 4-4799 E-mail: jornal@arquifln.org.br - Site: www.arquifln.org.br 24 mil exemplares mensais

variedade: cada povo tinha seu rito, orações eucarísticas e santos. A Europa antiga e medieval elaborou as Liturgias romana, galicana, galofranca, anglicana, ambrosiana, mosarábica, visigótica etc.. Com a idéia de Império (século VIII-IX), que incluiu a uniformização dos ritos cristãos, perdeu-se essa variedade em favor do rito e santoral romano, tornados praticamente únicos. Como contrapeso, nas Igrejas orientais foi conservada a diversidade brotada do solo e da cultura. Elas testemunham o antiqüíssimo esforço cristão de falar em chãos históricos. Ligando a fé ao chão, sobrevivem a séculos de dominação persa, árabe, turca.

Eucaristia e território

A Encarnação de Jesus supõe, sempre, a encarnação num território: ela se faz visível no povo, na comunidade, na Igreja diocesana. Esta, a diocese, era representada pela comunidade com bispo, presbíteros e diáconos. Com a penetração da fé católica no mundo rural e com o aumento territorial das dioceses, criou-se uma outra unidade pastoral, a paróquia paróquia. Essa instituição foi a tal ponto funcional que, hoje, o católico se define pela paróquia onde vive. Paróquia, de etimologia grega, significa casa no estrangeiro, viver entre estrangeiros, mas com interesses comuns. De fato, somos estrangeiros buscando a morada definitiva (cf Hb 11,13-16). Enquanto isso, nossa casa é plantada no

mundo, num território determinado onde a Palavra se faz carne e habita entre nós. Constituindo unidade menor, a paróquia com suas comunidades representa um chão de cultura, vizinhança, costumes e solidariedades. A encarnação supõe a geografia, pois Cristo assumiu uma geografia. A Eucaristia, centro da paróquia, santifica o chão onde é celebrada e o oferece ao Pai que o devolve transfigurado. Na Apresentação das Oferendas, o Presidente bendiz a Deus pelo “fruto da terra”: a expressão provém da Mishná judaica e significa “desta nossa terra”, e do “trabalho do homem” (inclui-se o produzir frutos do Evangelho nessa terra). Peregrinar de paróquia em paróquia pode significar optar por ser estrangeiro desencarnado, sem a intimidade de um ninho, um lar. Em nossos tempos, grupos e pessoas tendem a se desenraizar da paróquia, separando o chão onde vivem do lugar onde celebram. É mais fácil, pois livra da casa comum, a paróquia. Desaparece o compromisso com o chão sagrado, trocado por reuniões e encontros onde se cultiva a espiritualidade pessoal, mas sem encarnação, freqüentemente transformada em clubismo religioso. É Natal. É tempo de Cristo encarnar-se em nós e em nossa história, é tempo de nos encarnarmos em nosso chão para nele edificarmos a casa cristã. Pe. José Artulino Besen pebesen.wordpress.com

Diretor: Pe. Ney Brasil Pereira - Conselho Editorial: Dom Murilo S. R. Krieger, Pe. José Artulino Besen, Pe. Vitor Galdino Feller, Ir. Marlene Bertoldi, Maria Glória da Silva Luz, Leda Cassol Vendrúscolo, Guilherme Pontes, Carlos Martendal e Fernando Anísio Batista - Jornalista Responsável: Zulmar Faustino - SC 01224 JP - (48) 8405-6578 - Revisão: Pe. Ney Brasil Pereira - Editoração e Fotos: Zulmar Faustino Distribuição: Juarez João Pereira - Impressão: Gráfica Rio Sul


Jornal da Arquidiocese

Geral 3

Dezembro 2010

Arquidiocese cresceu mais que o Estado e o País Crescimento populacional é conseqüência das migrações e traz desafios que precisam ser superados O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), no dia 29 de novembro, divulgou a população dos municípios do Brasil, contabilizados pelo Censo 2010. Segundo os dados, somados os 30 municípios, a Arquidiocese de Florianópolis tem uma população de 1.552.824 habitantes. Comparado com os números de 2000, quando tínhamos 1.208.931, houve um acréscimo de 28,45% em 10 anos. Os números mostram que a população da Arquidiocese teve um aumento bem superior ao estadual (16,68 %) e ao nacional (12,33%). No entanto, quatro municípios apresentaram decréscimo na sua população: São Bonifácio (- 6,53 %), Leoberto Leal (- 10,00 %), Angelina (- 9,11 %) e Anitápolis (- 0,62 %). Por coincidência, todos eles não são litorâneos e têm a base da sua economia na agricultura. Apesar disso, outros municípios não litorâneos, que tinham a base da sua economia na agricultura, cresceram: Major Gercino (+ 4,32 %) e Botuverá (+ 18,96 %). Credita-se o crescimento à industrialização dos municípios próximos e à transformação do seu modo de subsistência: a produção de calçados em Major Gercino, e as confecções em Botuverá. Para o Pe. Darcísio Schappo Schappo, pároco da Paróquia Senhor Bom Jesus, em Major Gercino, o crescimento da população se deve à

melhoria no acesso. “Com o asfalto, vieram as indústrias calça-distas, a instalação de hidrelétricas, e os jovens não precisam mais sair para estudar. Eles vão e voltam todos os dias”, disse.

São João Batista surpreendeu

Os municípios litorâneos foram os que mais cresceram nos últimos 10 anos. Com destaque para Bombinhas (64,20 %), Camboriú (50,24 %), Itapema (77,10 %) e Porto Belo (50,58 %). São justamente os municípios que já apresentavam grande crescimento em pesquisas anteriores. Mas o que mais causou surpresa, por não ser litorâneo, foi o município de São João Batista, que cresceu 76,70 %. Para o Pe. Celso Antônio Marquetti Marquetti, que há oito anos exerce seu ministério no município, esse crescimento se deve às migrações. “Com o fechamento de indústrias de calçados em vários municípios no Rio Grande do Sul, muita pessoas vieram para cá em busca desse emprego”, disse. Segundo ele, isso transformou São João Batista numa das maiores produtoras de calçados do Brasil. Para atender à população, a paróquia criou seis novas comunidades e promoveu a descentralização dos serviços. Mas, com a melhoria de condições em suas terras de origem, a migração diminuiu e algumas pessoas retornaram.

Desafios do crescimento

Para o nosso arcebispo Dom Murilo Krieger Krieger, o crescimento da Arquidiocese, superior ao do Estado e do País, não se deve a um crescimento ‘natural’, mas é fruto de intensas migrações. Como conseqüência disso, segundo ele, nascem algumas perguntas: Como acolher bem as pessoas e famílias que vêm morar em nossa região, para que sintam que nossa Igreja Particular é, agora, a sua casa? Como multiplicar os

recursos humanos (sacerdotes, lideranças) para responder às necessidades pastorais? Como dar resposta à necessidade imediata de novos espaços celebrativos, de espaços para a formação catequética etc.? “Não temos respostas prontas para essas perguntas. Precisamos trabalhar com criatividade, a fim de encontrar soluções eficazes para esses desafios”, acrescentou o Arcebispo.

MUN ICÍPIOS

2000

2010

% Crescim.

Águas Mornas

5.390

5.546

+ 2,81 %

Angelina

5.776

5.250

- 9,11 %

Anitápolis

3.234

3.214

- 0,62 %

Antônio Carlos

6.434

7.455

+ 15,87 %

Balneário Camboriú

73.455

108.107

+ 47,17 %

Biguaçu

48.077

58.238

+ 21,14 %

8.716

14.312

+ 64,20 %

Bombinhas Botuberá

3.756

4.468

+ 18,96 %

Brusque

76.058

105.495

+ 38,70 %

Camboriú

41.445

62.269

+ 50,24 %

9.004

10.603

+ 17,76 %

Caneninha Florianópolis

342.315

421.203

+ 23,04 %

Garopaba

13.164

18.144

+ 37,83 %

Gov. Celso Ramos

11.598

13.012

+12,19 %

Guabiruba

12.976

18.433

+ 42,05 %

147.494

183.388

+ 24,34 %

25.869

45.814

+ 77,10 %

Leoberto Leal

3.739

3.365

- 10,00 %

Major Gercino

3.143

3.279

+ 4,32 %

9.852

12.179

+ 23,62 %

102.742

137.199

+ 33,54 %

5.924

6.692

+ 12,96 %

10.704

16.118

+ 50,58 %

Itajaí Itapema

Nova Trento Palhoça Paulo Lopes Porto Belo Rancho Queimado

2.637

2.748

+ 4,21 %

Sto Amaro da Imp.

15.708

19.830

+ 26,24 %

São Bonifácio São João Batista São José São Pedro de Alcânt.

3.218

3.008

- 6,53 %

14.861

26.260

+ 76,70 %

173.559

210.513

+ 21,29 %

3.584

4.710

+ 31,42 %

Tijucas

23.499

30.973

+ 31,81 %

TOTA L

1.208.931

1.552.824

+ 28,45 %

Santa Catarina

5.356.360

6.249.682

+ 16,68 %

169.799.170 190.732.694

+ 12,33 %

BRA SIL

Planejamento Pastoral or FFeller eller Para o Pe. Vit Vitor eller, coordenador Arquidiocesano de Pastoral, os números do Censo 2010 serão um dos pontos de partida na elaboração do Plano de Planejamento Pastoral. “Para evangelizar, a Igreja precisa conhecer o terreno em que planta a semente do Evangelho”, disse.

Segundo ele, esse conhecimento deve ser social, político, econômico, ecológico e culturalmente. Quando os números forem melhor detalhados, se poderá ver quais ações devem ser desenvolvidas para melhor atender os fiéis, sobretudo onde há maior necessidade.

Cresce confiança na Igreja Católica Dados mostram que a Igreja é a segunda instituição mais confiável do Brasil, com 54% de aprovação Levantamento do ICJBrasil (índice de Confiança na Justiça), aponta que a Igreja Católica é a segunda instituição mais confiável do Brasil, perdendo apenas para as Forças Armadas. Os dados foram levantados no último trimestre de 2010 e mostra um crescimento da Igreja. Antes ela ocupava apenas a 7ª posição. Segundo o instituto, a Igreja que também marcou a disputa à presidência da republica no segundo turno das eleições - passou de 7º lugar no ranking de confiança nas instituições para a 2ª posição. Neste trimestre, 54% dos entrevistados disseram que a Igreja é uma instituição confiável, enquanto, no segundo trimestre de 2010, só 34% dos entrevistados deram essa resposta. O ICJBrasil é realizado pela Escola de Direito de São Paulo, da Fundação Getulio Vargas, desde o segundo trimestre de 2009. Ele foi criado para mensurar o grau de confiança no Judiciário e como a população utiliza as instituições da Justiça para a reivindicação de direitos e busca por soluções de controvérsias. Foram entrevistadas 1.550 pessoas de sete Estados (Rio Grande do Sul, São Paulo, Distrito Federal, Minas Gerais, Pernambuco, Bahia e Rio de Janeiro) durante os meses de julho, agosto e setembro de 2010. Esses Estados representam 60% da população brasileira, segundo dados do Censo de 2000 do IBGE. Mais informações no site .fgv .br/direit ogv www.fgv .fgv.br/direit .br/direitogv ogv. www


4

Tema do Mês

Na oração do Angelus do primeiro domingo do Advento deste ano, o papa Bento XVI nos ensina que o ser humano se mede por sua esperança. “A espera, o aguardar, disse ele, é uma dimensão que atravessa toda a nossa existência pessoal, familiar e social. A espera é presente em milhares de situações, das menores e mais banais às mais importantes, que nos comprometem totalmente e no profundo”. Segundo o papa, “pode-se dizer que o homem está vivo enquanto espera, enquanto em seu coração é viva a esperança. E por sua esperança o homem se reconhece: a nossa ‘estatura’ moral e espiritual se pode medir por aquilo que esperamos, por aquilo em que temos esperança”. O tempo do Advento, que nos prepara para a celebração do Natal do Senhor, nos ajuda a refletir sobre a virtude da esperança. O peso do mal é tamanho, que muitos não crêem ser possível mudar a realidade. O próprio João Batista, precursor do Messias, pergunta num misto de dúvida, desânimo, obscuridade e, talvez, de esperança: “És tu, aquele que há de vir ou devemos esperar outro?” (Mt 11,3).

Dezembro 2010

Natal e opção pelos pobres Deus se fez pobre por nós, para nos enriquecer com sua pobreza

permanente no caminho da cruz. Os cristãos vivem uma alegria extraordinariamente realista que exprime a certeza de que, apesar das dificuldades e aparentes absurdos da história, o futuro da humanidade está sendo construído sobre a vitória de Cristo na cruz. Existem muitos motivos de alegria: a unidade da família, a paz no trabalho, a convivência com os amigos. Mas há uma alegria mais profunda: a daqueles que se fazem pobres diante de Deus e tudo esperam dele e da fidelidade à sua lei. Nada pode, então, diminuir essa alegria, nem mesmo as provações e privações da vida, nem mesmo os conflitos a enfrentar na luta por um mundo mais humano.

CONVIVER COM DEUS

PARTIR DAS BASES

No Documento de Aparecida, texto conclusivo da V Conferência Geral do Episcopado latino-americano, de 2007, a expressão “opção pelos pobres” aparece 17 vezes. Os bispos da América Latina renovam o compromisso que já haviam feito em Medellín (1968), em Puebla (1979) e em Santo Domingo (1992). “Comprometemonos a trabalhar para que a nossa Igreja continue sendo, com maior afinco, companheira de caminho de nossos irmãos mais pobres, inclusive até o martírio. Hoje queremos ratificar e potencializar a opção preferencial pelos pobres feita nas conferências anteriores. A Igreja é chamada a ser sacramento de amor, de solidariedade e de justiça entre nossos povos” (DAp 396). Nossos bispos constatam que essa é uma marca da fisionomia da Igreja do nosso continente, embora também percebam que muitas vezes se fica mais no discurso do que na prática. A opção pelos pobres desafia nossa esperança. É possível transformar a sociedade de modo tal que os pobres venham a ter as condições mínimas para uma vida digna? Jesus anunciou o Reino de Deus a partir das bases, dos pobres, com sinais visíveis de transformação da realidade das pessoas e da sociedade. Na resposta à pergunta de João Batista, ele aponta para a sua prática: “Ide contar a João o que estais ou-

Jornal da Arquidiocese

vindo e vendo: cegos recuperam a vista, paralíticos andam, leprosos são curados, surdos ouvem, mortos ressuscitam e aos pobres se anuncia a Boa Nova. E feliz de quem não se escandaliza a meu respeito” (Mt 11,4-6). Infelizmente, hoje, o egoísmo e o comodismo de muitos cristãos obscurecem e enfraquecem o anúncio da libertação de Jesus, cujos sinais estão, também em nosso tempo, na dedicação aos pobres, aos marginalizados, às minorias, na promoção e defesa da vida, no empenho pelos direitos elementares à vida digna, no partilhar realmente e até o fim a sorte dos que não têm esperança. Na abertura da Conferência de Aparecida, o papa Bento XVI proclamou que “a opção pelos pobres está implícita na fé cristológica naquele Deus que se fez pobre por nós, para nos enriquecer com sua pobreza” (DI 3; DAp 392). Se

Despertar esperança em meio às situações mais difíceis, porque, se não há esperança para os pobres, não haverá para ninguém”.

quisermos redescobrir a virtude da esperança e trazer mais esperança ao mundo, teremos que voltar à prática de Jesus de Nazaré e anunciar o Reino de Deus a partir das bases, dos locais onde esse Reino não está acontecendo.

ANUNCIAR COM ALEGRIA

Deus quer a felicidade de todos. Por isso, os cristãos devem saber que a Boa Nova é mensagem de alegria e libertação. Não é da vontade de Deus que os seres humanos vivam amarrados a prisões que os impeçam de ser felizes. Evangelizar é anunciar libertação, é convidar e ajudar as pessoas a libertar-se de prisões existenciais como angústias, medos, traumas; de prisões sociais, como desemprego, violência, explorações, discriminações; de prisões estruturais, como o narcotráfico, a mendicância. Nesse anúncio da Boa Nova, os cristãos não podem fraquejar, pois dispõem de muitos modos para comunicar a alegria que os anima, embora estejam também eles expostos às incompreensões e às contradições do mundo. Quem vive a esperança cristã, experimenta a alegria que provém da firmeza

A grande alegria do cristão é que ele convive com Deus. Nunca está só. A vida de cada crente é tecida a quatro mãos: Deus e ele, ele e Deus, juntos, dia a dia, numa parceria que acontece na intimidade da consciência, na afetividade da oração, na fidelidade à escuta da Palavra divina. No tempo do Advento e do Natal, a Igreja continua a repetir a seus filhos que a verdadeira libertação é um dom que o próprio Deus nos traz, vindo ele mesmo a nós. Característica da fé cristã é anunciar Deus conosco. Libertação verdadeira e profunda só é possível com Deus. Por isso, a missão do cristão tem uma face profundamente humana, não é desencarnada. Se Deus desceu do céu à terra, para se encontrar conosco em nossa carne mortal, para viver conosco, para começar a fazer acontecer o seu Reino a partir das realidades de contraste, também o cristão deve inserir-se na história e na cultura de seu povo, deve enraizar-se no mundo, deve estar no mundo, sem ser do mundo, para aí fazer acontecer o Reino de Deus. Sobre esse processo de inserção na realidade, dizem ainda os bispos em Aparecida: “A Igreja está convocada a ser advogada da justiça e defensora dos pobres diante das intoleráveis desigualdades sociais e econômicas, que clamam ao céu. Temos muito que oferecer, visto que não há dúvida de que a Doutrina Social da Igreja é capaz de despertar esperança em meio às situações mais difíceis, porque se não há esperança para os pobres, não haverá para ninguém, nem sequer para os chamados ricos” (DAp 395). Se pusermos isso em prática, este será um Natal diferente. Pe. Vitor Galdino Feller Coord. Arquidiocesano de Pastoral, Prof. de Teologia e Diretor do ITESC Email: vitorfeller@arquifln.org.br


Jornal da Arquidiocese

Geral 5

Dezembro 2010

Seminário prepara lideranças para a CF-2011 Participantes reunidos em grupos apresentaram sugestões para dinamizar a Campanha da Fraternidade Foto JA

Mais de 80 lideranças da Arquidiocese estiveram reunidas no dia 27 de novembro na Paróquia São João Evangelista, em Biguaçu, para participar do Seminário de Preparação para a Campanha da Fraternidade 2011, que tem como tema “Fraternidade e Vida no Planeta”, e lema “A criação geme em dores de parto” (Rm 8, 22) O encontro teve início com um momento de espiritualidade, preparado por um grupo da Paróquia do município de São João Batista. A oração foi conduzida através de uma encenação baseada no Livro do Gênesis (1,1-30). O ato celebrativo da criação propiciou aos participantes vivenciarem o valor da vida e perceberem que tudo que Deus criou é bom. Em seguida, Klaus Raupp Raupp, advogado e mestre em Teologia pela PUC-RS, apresentou o VER (empírico). Partindo de uma análise histórica e econômica, Klaus falou que, para resolver efetivamente a questão ambiental - sem falácias ou para além de soluções paliativas - é preciso superar o modo de produções vigente, que é o capitalismo consumista. “A crise ecológica precisa ser abordada como crise do capitalismo, modo de produção cuja dinâmica imanente se move na direção da acumulação do capital, bem como da destruição e do desperdício dos bens, quando os recursos naturais (de todo tipo) são finitos”, disse. Nesse sentido, segundo ele,

Formação para os Jovens

Klaus Raupp foi um dos assessores, apresentando o VER e o JULGAR. “Para o problema ambiental, é preciso mudar o processo de produção”. seria preciso recuperar, no âmbito do JULGAR (teológico), o eixo que liga o mandato das origens (em Gênesis) e o da despedida (na Ceia, por João), nos quais se encontramos o primeiro e o último mandamentos postos na própria boca de Deus: DOMINAI (Gn 1, 28), e do Senhor Jesus: AMAI (Jo 15, 12). Depois, foi apresentado o AGIR (ético), proposto pelo Diácono Francisco Allein Allein, da Paróquia São Luiz Gonzaga, em Brusque, e Costa da Parópor Roberto da Costa, quia Sagrados Corações, em Florianópolis. Eles apresentaram as propostas da CNBB para trabalhar a CF-2011. Os participantes, em grupos, discutiram ações que podem ser realizadas nas comunidades e as propuseram à plenária. Na avaliação de Adelir Raupp Raupp,

coordenadora da CF na Arquidiocese, o Seminário foi muito positivo, tanto pelo número de participantes, que superou o do ano passado, evidenciando o interesse das lideranças, como também pela condução do tema, onde o assessor apresentou, de forma objetiva e interligada, as questões do Ver, iluminadas com a Palavra de Deus (Julgar). Ao final da formação, Pe. Vítor F eller eller, Coordenador Arquidiocesano de Pastoral, fez considerações sobre a falta do material da campanha, sobre o Fundo Arquidiocesano de Solidariedade - FAS, e motivou para a elaboração e encaminhamento de projetos para o FAS. Lembrou também sobre a necessidade de se justificar e motivar para a coleta do Domingo de Ramos, que compõe e Fundo.

Próximos Eventos da CF-2011

Já estão programados dois eventos sobre a Campanha da Fraternidade. O próximo será a abertura oficial da CF, no dia 09 de março, quarta feira de Cinzas, às 18h15, com a celebração presidida pelo nosso arcebispo Dom Murilo Krieger, na Catedral de Florianópolis. Antes, às 14h30, ele recebe a imprensa no auditório da Cúria Metropolitana, para a entrevista coletiva. Também está programada uma Sessão Especial na Assembleia Legislativa, no dia 18 de março, às 19h. O evento, já tradicional, foi uma solicitação da equipe de coordenação da Campanha da Fraternidade e é uma proposição do Deputa-

Vai acontecer...

do Pe. Pedro Baldissera. Ainda está prevista a realização de um Seminário da Campanha da Fraternidade envolvendo os Ór-

gãos Ambientais. O evento deverá ser realizado no dia 07 de junho de 2011, às 16h, em local ainda a ser definido, mas provavelmente em Florianópolis. Outros eventos ainda serão oportunamente divulgados. A Arquidiocese dispõe de uma equipe de coordenação da CF2011, que está disponível para prestar assessoria nas comunidades. Os interessados em solicitar esse serviço, devem entrar em contato pelos fones (48) 32251454 ou 9998-9650, com Adelir Raupp, coordenadora da CF na Arquidiocese, ou pelo fone 32244799, com a Coordenação Arquidiocesana de Pastoral.

As Pastorais da Juventude do Regional Sul IV da CNBB (SC), em parceria com a Comissão Regional de Liturgia, estão promovendo, nos dias 14 a 23 de dezembro, a Escola de Liturgia para Jovens de Santa Catarina. A ser realizado em Taió, no Alto Vale do Itajaí, o evento é destinado a jovens engajados na vida das comunidades, seminaristas, religiosos/as jovens, assessores e acompanhantes da juventude. A formação tem o objetivo de animar os jovens a cultivarem uma mística celebrativa e inculturada na vida dos grupos e

da comunidade, formando pessoas para o serviço litúrgico da Igreja. A assessoria ficará por conta de especialistas em Liturgia da Casa da Juventude CAJU, Goiás, e da Celebra - Rede de Animação Litúrgica. As inscrições já estão abertas e custam R$ 275,00, incluindo alimentação, hospedagem e materiais para os 10 dias de formação. Para participar, os interessados devem entrar em contato pelo site www.cnbbsul4. org.br/escoladeliturgia org.br/escoladeliturgia, ou pelos fones (48) 3207-7033 ou 9971-4917, com Rodrigo.

Louvor de Verão A Renovação Carismática Católica da Arquidiocese está promovendo no dia 23 de janeiro o tradicional Louvor de Verão. Em sua 20ª edição, o evento mais uma vez será realizado no Ginásio de Esportes de Camboriú. Com o tema “Abri minha

boca para cantar os Vossos louvores, Senhor” (Salmo 50, 17), o evento contará com a animação e assessoria da Banda “Louvor e Glória”, de São Paulo, e Gilberto, da Comunidade Madre Teresa de Calcutá, de Santo André (SP).

Espetáculo resgata o valor do Natal A Comunidade Católica Shalom apresentará no dia 09 de dezembro, às 20h, no Teatro do Centro Educacional Menino Jesus (CEMJE), o espetáculo “O Milagre”, pela primeira vez em Florianópolis. O objetivo é alcançar a sociedade que cada vez mais perde o sentido Natalino. A peça conta a história de um homem que não acreditava mais em Deus. Ele é transportado por anjos em sonho, para uma experiência diferente com

o Menino Jesus. Com uma linguagem descon-traída, a comédia envolve os Reis Magos, Nossa Senhora, São José, Pastores e o anjo Gabriel. O Teatro do CEMJE está localizado na Rua Esteves Júnior, 696, perto do Colégio Catarinense. Os convites são limitados e custam R$ 10 (estudante paga meia). Outras informações no telefone (48) 3223-7801 ou florianopolis@comshalom. org.br org.br.

Oportunidade para agradecer pelo ano A Comunidade Divino Oleiro está promovendo no dia 12 de dezembro, o Maranathá Maranathá. O evento, a ser realizado no Centro de Evangelização Angelino Rosa (CEAR), em Governador Celso Ramos, das 8h30 às 18h30, é uma oportunidade para louvarmos e agradecermos a Deus por todos os feitos realizados por Ele em nossas vidas ao longo do ano. As vitórias, as dificuldades e tri-

bulações superadas. O Maranathá tem como tema “O Senhor vem! Vem, Senhor!”. O evento contará com a pregação e animação de Flavinho, da Canção Nova, músico e apresentador de programas de rádio e TV católicos. “Será também uma ótima oportunidade espiritual para você se preparar para o Natal”, convida Pe. Márcio Vignoli Vignoli, promotor do evento.


6

Bíblia

Dezembro 2010

Jornal da Arquidiocese

Conhecendo o livro dos Salmos (33)

Salmos 46 (45) e 47 (46): vitória e celebração Divulgação/JA

Os dois salmos que vamos comentar podem relacionar-se entre si pelo fato de que o primeiro descreve uma vitória, a libertação de um grave perigo que ameaçou a “cidade de Deus” (Sl 46,5), Jerusalém; enquanto o segundo convida à celebração da realeza do Senhor, que “sobe por entre aclamações” (Sl 47,6) e “reina sobre toda a terra” (Sl 47,8). Salmos de exultação e louvor, portanto, típicos da liturgia e do contexto do Antigo Testamento, mas que continuam a ser propostos à nossa oração de cristãos do século XXI.

SALMO 46 (45): DEUS ESTÁ CONOSCO

2. Deus é para nós refúgio e fortaleza, / defensor sempre alerta no perigo. 3. Por isso, não temos medo se a terra treme, / se os montes desmoronam no fundo do mar. 4. Que se agitem espumando suas águas, / tremam os montes pelo seu furor. 4b. O Senhor dos exércitos está conosco, / nossa fortaleza é o Deus de Jacó. Admitindo-se, como o propõem vários intérpretes, que se deve completar o texto hebraico com o v. 4b, que é um refrão ou estribilho que retorna no v. 8 e no v. 12, temos exatamente três estrofes neste salmo, as três terminando com esta afirmação da presença protetora de Deus no meio do seu povo: “O Senhor dos exércitos está conosco”. É a mesma presença que foi proclamada pelo profeta Isaías ao incrédulo rei Acab, preocupado com a invasão das tropas sírio-efraimitas: “Deus está conosco”, em hebraico, ‘immanu El (cf Is 7,14). Ora, se Ele “está conosco”, não há então por que temer, mesmo diante dos cataclismos mais medonhos, descritos poeticamente com detalhes nos vv. 3 e 4. Não há por que temer, se o “Deus de Jacó”, ou seja, o “Deus de Israel”, é “nossa fortaleza” (v. 4b) inabalável, e “nosso refúgio” (v. 2) inexpugnável. Essa mesma presença protetora é a que se realizou de modo perfeito, para nós, através do Senhor Jesus, o verdadeiro “Emanuel”, que prometeu “estar conosco todos os dias, até o fim do mundo” (cf Mt 28,20). É por isso que nós, “pequenino rebanho” (Lc 12,32), nada devemos temer.

Um rio alegra a Cidade 5. Um rio com seus canais alegra a cidade de Deus, / a santa morada do Altíssimo. 6. Nela Deus está: ninguém a abalará, / Deus vai socorrêla, antes que amanheça.

leza do Senhor, o Deus de Israel, “sobre a terra inteira” (v. 3). Por isso, o convite inicial, a “todos os povos”, de participarem da procissão que sobe ao Templo, entre o ritmo das palmas e som dos cantos de júbilo (v. 2). A primeira motivação é a do “temor”, o respeito para com o Senhor, o Altíssimo, o “grande Rei” (v. 3). Essa concepção de Deus como Rei é muito antiga, chegando a preceder, e até a opor-se à instituição da monarquia em Israel: se o Rei é o Senhor, não há lugar para rei humano (cf 1Sm 8). Entretanto, por condescendência divina, Samuel unge re a Saul (1Sm 10,1) e, logo em seguida, a Davi (1Sm 16,12-13).

Povos dominados

7. As nações se amotinaram, os reinos se abalaram; / Ele trovejou, a terra estremeceu. 8. O Senhor dos exércitos está conosco, / nossa fortaleza é o Deus de Jacó. Num repentino contraste com o terremoto e os desmoronamentos e a agitação das águas que ameaçam (vv. 3 e 4), o salmista contempla “um rio” que flui calmamente e que, “com seus canais, alegra a cidade de Deus”, “a santa morada do Altíssimo” (v. 5), Jerusalém. É o contraste entre a inundação dos exércitos hostis, e as águas plácidas do auxílio divino. Como não evocar aqui as palavras do profeta Isaías, que compara os assírios às “águas impetuosas do Eufrates, transbordando de suas margens e se espraiando por Judá”, e contrapondo-se às “águas tranqüilas de Siloé”? (cf Is 8,5-8) Por isso, é provável que o pano de fundo do salmo seja a miraculosa libertação de Jerusalém em 701 aC, quando a cidade foi cercada, mas não tomada, pelo exército assírio de Senaquerib (cf 2Rs 19,32-37). É o que dá a entender nosso salmista no v. 6: “Deus vai socorrê-la, antes que amanheça”. Por outro lado, para nós, cristãos, o rio benfazejo (v. 5) não pode deixar de evocar o que o Apocalipse revela sobre a “nova Jerusalém”: “Um rio de água vivificante brotava do trono de Deus e do Cordeiro” (Ap 22,1). Ou o que o evangelista João nos diz sobre o Senhor Jesus e os que nele crêem: “Do seu seio jorrarão rios de água viva” (Jo 7,38).

Vinde e vede!

9. Vinde e vede as obras do Senhor, / os prodígios que Ele

fez sobre a terra. 10. Acaba com as guerras até nos confins da terra, / quebra os arcos e despedaça as lanças, / queima no fogo os carros de guerra. 11. “Parai! Sabei que eu sou Deus, / excelso entre as nações, excelso sobre a terra!” 12. O Senhor dos exércitos está conosco, / nossa fortaleza é o Deus de Jacó. Diante da retirada dos inimigos, o salmista faz um convite entusiasmado a quem tivesse ainda alguma dúvida de que Jerusalém estava salva: “Vinde e vede!” (v. 9) E proclama com força profética que isso é “obra do Senhor”, é mais um dos “prodígios que Ele fez sobre a terra”. Especificamente, o prodígio agora é a paz, o fim das guerras, tão belamente anunciado por Isaías: “Nenhuma nação pegará em armas contra a outra, e não se treinarão mais para a guerra” (Is 2,4). O fim das guerras, porém, não acontece sem violência: Ele, o Senhor, que é “excelso entre as nações, excelso sobre a terra” (v. 11), impõe aos prepotentes a destruição dos seus “arcos e lanças”, e de seus “carros de combate” (cf v. 10). É preciso, portanto, “parar”, para dar a devida atenção à vontade do Senhor da história.

SALMO 47(46): DEUS REINA!

2. Povos todos, batei palmas, / aclamai a Deus com vozes alegres. 3. Porque temível é o Senhor, o Altíssimo, / grande rei sobre a terra inteira. Num contexto litúrgico de júbilo e vitória, este salmo exalta a rea-

4. Ele sujeitou a nós os povos, / pôs as nações sob nossos pés. 5. Escolheu para nós a nossa herança, / o orgulho de Jacó, seu bem-amado. Continuando as motivações para a celebração, o salmo ressalta a eleição de Israel. Os “povos”, convidados no início a “baterem palmas” (v. 2), são povos submetidos ao “povo eleito”, que os “calca aos pés” (cf v. 4)... E a “terra prometida”, “orgulho” do povo a quem Deus ama com amor de predileção, não foi uma conquista: é, antes, a “herança” que o próprio Senhor escolheu “para nós” (v. 5).

Deus subiu

6. Deus subiu por entre aclamações, / o Senhor, ao som da trombeta. 7. Tocai hinos a Deus, tocai; / tocai hinos ao nosso Rei, tocai! Várias vezes, a Bíblia nos diz que Deus “desceu”, p. ex. “para ver a torre de Babel”, fruto da soberba humana (Gn 11,5), ou para libertar, da escravidão, o seu povo no Egito (Ex 3,8). Ora, essa “descida” chegou ao seu ponto extremo na Encarnação, quando o Senhor “desceu” até nós, na pessoa de seu Filho. Aqui, o salmo fala de uma subida processional da arca da Aliança, “por entre aclamações, ao som da trombeta” (v. 6). E incentiva os participantes a tocarem sem interrupção seus instrumentos de música. Na releitura litúrgica cristã, esta “subida” de Deus se realizou definitivamente na Ascensão do Senhor, precedida entretanto por sua “exaltação” na Cruz, segundo o evangelho de João: “E eu, quando for levantado da terra, atrairei todos a mim” (Jo 12,32).

Deus reina

8. Porque Deus é rei de toda

O ITESC - INS A CA TARINA sos no turnos de e xt ensão para leigos/as, nas segunINSTITUT TITUTO SANTA CAT ARINA,, além dos cur cursos noturnos ext xtensão TITUT O TEOLÓGICO DE SANT eiras à noit e (1 9h 30 - 22h), mantém o cur so matutino de graduação em TTeologia, eologia, em 4 anos, 8 semestres, aber curso abertto noite (19 das ffeiras também a leigos/as com formação universitária ou pelo menos 2 o grau completo. A matrícula pode ser feita por disciplinas, com 2 ou 3 ou 4 créditos por semestre. Informações pelo fone (48) 3234 3234-- 0400 ou o e e-- mail: secretaria@itesc.org.br

a terra, / cantai hinos com arte. 9. É Deus quem reina sobre os povos, / Deus sentou-se no seu trono santo. O salmista repete, com insistência, a motivação principal da ação litúrgica em ato: é preciso cantar adequadamente, “com arte” (v. 8), ao “rei de toda a terra”, que “reina sobre os povos” e agora “se senta no seu trono santo” (v. 9), provavelmente o santuário do Templo. Esta proclamação da realeza do Senhor é o grande anúncio que o mensageiro-profeta vem trazer a Sião: “Teu Deus reina!”, e que o Senhor Jesus assume como a sua “boa notícia”, o seu “evangelho”: “Completou-se o tempo, está aí o Reino...” (Mc 1,15) Mas é preciso saber esperar até o fim da história, para que esse Reino se consume: “Agora, o reinado sobre o mundo pertence ao nosso Senhor e ao seu Cristo...” (cf Ap 11,15-18)

Povos da Aliança

10. Os chefes dos povos se aliam com o povo do Deus de Abraão, / pois a Deus pertencem os que governam a terra: é Ele o Altíssimo. O desfecho do salmo é luminoso. Superada toda resistência e conflito (cf v. 4), “os chefes dos povos se aliam com o povo do Deus de Abraão”, realizando a promessa de Gn 12,3: "Em ti serão abençoados todos os povos da terra”. Pois é a Deus que pertencem esses “chefes”, que em seu nome “governam a terra”. No fim, segundo o Apocalipse, eles participarão da Aliança, agora, no sangue do Filho (cf Mc 14,24), estendida a todos os povos: “Eles serão os seus povos, e o próprio Deus-com-eles será o seu Deus” (Ap 21,3). De fato, Ele é o Senhor, o Rei, “o Altíssimo” (v. 10), Aquele que, no fim, “será tudo em todos” (1 Cor 15,28). Pe. Ney Brasil Pereira Professor de Exegese Bíblica no ITESC email: ney.brasil@itesc.org.br

Para refletir: 1) Como se podem relacionar entre si estes salmos, 46 e 47, e como rezá-los hoje? 2) Que significa o “rio” que alegra a cidade de Deus (Sl 46,5)? 3) De que “prodígios” se trata, no Sl 46,9-11? 4) Como entender os “povos dominados” (Sl 47,4) e os “povos da Aliança” (Sl 47,10)? 5) Como interpretar a “subida” de Deus no Sl 47,6?


Jornal da Arquidiocese

Juventude 7

Dezembro 2010

PJ: avaliando os passos rumo a novas conquistas Álbum de fotos recorda os dois últimos anos de trabalho da Pastoral da Juventude na Arquidiocese

Assembléia da Pastoral da Juventude

Membros da equipe de Coordenação da PJ

A Pastoral da Juventude tem sua história firmada em sonhos e lutas de muitas pessoas que, ao longo da caminhada, acreditaram no protagonismo juvenil e no sonho de uma nova sociedade, mais justa e fraterna, seguindo os passos de Jesus Cristo. Na história de todas as pastorais, movimentos e organismos, existem momentos em que é necessário parar e reorganizar a caminhada. Pensar nos novos desafios que a sociedade apresenta e na missão profética de cada um de nós de levar a boa nova, assim como também buscar novas formas para continuar a luta. A Pastoral da Juventude da Arquidiocese também passou por momentos de dificuldade, especialmente em sua articulação, mas hoje são claramente percebidos os avanços, com o resultado de que este sonho continua vivo no sorriso de muitos jovens.

Caravana da PJ Após a escolha do novo secretário, deu-se início ao projeto “Caravana da Pastoral da Juventude”, que foi o momento de voltar às paróquias, conhecer os grupos de jovens, os rostos, as dificuldades vividas no local. Foram 6 meses intensos de visitas ás paróquias da Arquidiocese.

Coordenação Arquidiocesana e Coordenações Comarcais Retiro de Coordenadores de Grupos de Jovens

Celebração do DNJ 2009 em Florianópolis

No inicio de 2009, com a mudança do Secretário da Pastoral da Juventude, começou-se a perceber a necessidade da reorganização da Coordenação Arquidiocesana. Além disso, percebeu-se que a organização da pastoral da juventude precisaria ser mais próxima dos jovens. Com esse objetivo, foram escolhidos nas 8 comarcas pastorais os articuladores da Pastoral da Juventude, sendo esses jovens os braços da articulação da PJ na Arquidiocese. Em 2010, muitas foram as atividades desenvolvidas em nível comarcal, o que demonstra o sentimento de pertença dos grupos de jovens junto à Pastoral da Juventude.

Dia Nacional da Juventude

Sessão Solene da Campanha da Fraternidade 2010

O DNJ, atividade de massa da Pastoral da Juventude, precisava ser ampliado e mais divulgado. Em 2008 tinha contado com a participação de 600 jovens, em 2009 triplicou, para 1800 jovens e neste ano de 2010, mais de 2300 jovens

participaram. A estrutura e o formato modificou, seguindo os passos de 2008, quando já se buscavam caminhos.

Retiro para Coordenadores Vendo a necessidade de melhor trabalhar a dimensão espiritual dentro da Pastoral da Juventude, em 2010 foi realizado o primeiro retiro espiritual para coordenadores de grupos de jovens, que passa a ser realizado anualmente.

Homenagem à PJ pelos Vereadores de Florianópolis

Escola da Juventude e Curso de Assessores Uma atividade já tradicional da Pastoral da Juventude, que trabalha a formação de novas lideranças e de adultos acompanhantes dos grupos, foi reafirmada e feita em 2009 e 2010, formando vários jovens para desempenhar melhor a missão de coordenar o seu grupo. Participantes da Escola da Juventude

Presença no mundo Virtual Certos da necessidade de se evangelizar através dos meios digitais, foi contratado e lançado o site www. da pastoral da juventude (www. pjarquifloripa.com.br pjarquifloripa.com.br), o twitter PJ @pjar q uifloripa (@pjar @pjarq uifloripa), o Orkut (P ARQUIFL ORIP A ), o MSN (pjnomsn pjnomsn ORIPA ARQUIFLORIP @hotmail.com @hotmail.com), sendo, tudo isso, formas de aproximar os grupos de jovens da PJ.

Encontro de Coordenadores

Encontro de Coordenadores de Grupos de Jovens

Foi criado um novo modelo de reuniões, que hoje chamamos de encontro de coordenadores. Um espaço de partilha, formação e decisões da caminhada. Um espaço especial de os coordenadores de grupos de jovens se conhecerem e se ajudarem. Muitos foram os avanços. Temos a certeza de que muitos desafios ainda temos pela frente. Neste momento em que colocamos na balança o tempo de trabalho e tudo que fizemos, agradecemos a Deus pela saúde e disposição que sempre nos deu, para seguirmos em frente. Agradecemos a cada jovem que nos ajudou, na arquidiocese, nas comarcas e nos seus grupos. Ao nosso Arcebispo e aos padres, que estiveram acompanhando e apoiando as mudanças da PJ, o nosso reconhecimento. O trabalho continua. Guilherme Pontes Coordenador da PJ na Arquidiocese

Trilha realizada pelos jovens da Comarca da Ilha

DNJ 2010, celebrado em Camboriú


8

Geral

Dezembro 2010

Jornal da Arquidiocese

Jovens conhecem a vida no Seminário 75 jovens participaram do Estágio e Encontrão Vocacional para conhecer a formação do padre diocesano

Como você sentiu o chamado à vida presbiteral?

O bom número de participantes ainda é pequeno diante do tamanho da Arquidiocese Em seguida, os jovens participaram da Celebração Eucarística, presidida pelo nosso Krieger Em sua hoarcebispo Dom Murilo Krieger. milia, ele falou da carta do Papa aos seminaristas. “No documento, o Papa mostra como quer ver o seminarista de hoje. Isso indica que tipo de padre a Igreja precisa”, disse. A tarde, após o almoço, os jovens realizaram um tour pelo Seminário, Santuário e Museu de Azambuja, acompanhados pelos atuais seminaristas.

Avaliação

Para o Pe. Pedro Schlichting Schlichting, reitor

Foto JA

Dos participantes do Estágio e Encontrão Vocacional, 21 jovens estão aptos a ingressar no Seminário. Alguns deles já manifestaram interesse em ingressar já no próximo ano. Esses receberão um acom-

do Seminário de Azambuja, o número de participantes do Encontrão e Estágio Vocacional foi aquém do esperado, em virtude do grande número de paróquias existentes na Arquidiocese. “Mas ganhamos na qualidade. Os jovens participantes estavam bem motivados e isso nos anima bastante”. Segundo ele, muitos dos que vieram ao “Encontrão” ainda não têm condições de entrar no seminário. Isso porque deve-se estar concluindo no mínimo o primeiro grau (oitava série), mas isso não é problema. “Vários deles participam de mais de um ‘Encontrão’ e vão amadurecendo sua vocação”, esclareceu.

Seminário promoverá novo encontro panhamento mais sistemático. Outros ainda estão amadurecendo a idéia. E há outros mais que não puderam participar do evento, mas também têm interesse em entrar para o seminário. Para ajudar esses jovens a discernir a sua vocação, o Seminário de Azambuja vai promover nos dias 24 a 29 de janeiro um novo encontro para os candidatos.

Jovens ficaram atentos aos testemunhos dos padres durante o Encontrão Vocacional

Vocacionados

“O chamado surgiu em uma missa. Aos seis anos comecei como coroinha e me fascinou a Consagração. Também os missionários, que realizaram atividade pastoral na paróquia, falavam como é a vida no Seminário e isso me encantou ainda mais”, Gabriel Cláudio Calisto Calisto, 14 anos, Paróquia Nossa Senhora de Lourdes, em Itajaí. Foto JA

Encontrão

No dia 15, outros 65 jovens vieram participar do Encontrão Vocacional. Alguns deles, acompanhados de seus familiares, tiveram pela manhã palestras e testemunhos de padres. Entre eles, o Pe. Hélio da Cunha, com 29 anos de vida presbiteral, Pe. Vânio da Silva, reitor do Seminário Teológico Convívio Emaús, e do Pe. Flávio Feler, pároco do Senhor Bom Jesus, em Camboriú, um dos padres mais novos da Arquidiocese, com cinco anos de ordenação.

Foto JA

O Seminário de Nossa Senhora de Lourdes, em Azambuja, Brusque, promoveu nos dias 12 a 15 de novembro o Estágio e Encontrão Vocacional. 75 jovens das paróquias da Arquidiocese estiveram ali reunidos. Nos dias 12 a 14, o evento foi voltado aos jovens do Estágio Vocacional. Participaram 10 vocacionados. Destinado àqueles que são acompanhados pela Pastoral Vocacional paroquial ou que, mesmo não acompanhados, tenham interesse em abraçar a vida presbiteral, mas que no mínimo estejam na oitava série do Ensino Fundamental. O evento teve início com a acolhida dos participantes. Nos dias seguintes, eles contaram momentos de estudo e espiritualidade e participaram de gincanas e práticas esportivas. À noite, houve confraternização com os atuais seminaristas.

Nossos Seminaristas

Segundo ele, o Seminário de Azambuja, conta hoje com 26 seminaristas: 11 no Menor (segundo grau) e 17 na Filosofia. Desses, dois do menor passarão para a Filosofia e seis da filosofia passarão para a Teologia. Dos jovens candidatos ao

seminário, são esperados ao menos quatro para o seminário menor. Outros seis devem seguir para o Propedêutico, que antecede o curso de Filosofia. Os nossos seminários devem ficar assim constituídos: 13 no menor; 9 no Propedêutico; 18 na Filosofia; e 12 na Teologia. Outros jovens ainda podem ingressar no Seminário Menor e no Propedêutico. De qualquer forma é um número muito pequeno para uma Arquidiocese que tem 1,5 milhão de habitantes. ormações pelo ffone one (4 7) Mais inf informações (47) 76, com o P e. P edr o Schli3396-627 Pe. Pedr edro 3396-62 chting, reitor do Seminário de Azambuja, ou com o Pe. Carlos André Paixão, orientador espiritual.

“Sempre tive o desejo de ingressar no seminário, mas ficou mais forte quando comecei a participar do grupo de jovens ‘Sopro de Vida’. Participar das palestras e orações ajudou bastante. Mas o apoio recebido do Pe. Hélio e o acompanhamento com o Pe. Vânio foram decisivos”, disse Roberto Consuelo Rodrigues Miranda Miranda, 25 anos, Paróquia Santo Antônio, São José “Sou de uma família bastante religiosa e sempre vivi na Igreja. Tenho esse desejo desde os dois anos. Com os anos ele foi amadurecendo. Nos últimos dois anos e meio tenho recebido acompanhamento vocacional com o meu pároco, o que só aumentou o desejo de ser padre", Sa ymon Alv es Me Saymon Alves Meyyer er, 14 anos, Paróquia São Sebastião, Anitápolis.


Jornal da Arquidiocese

Geral 9

Dezembro 2010

Escola forma 80 catequistas Lideranças participaram dos nove domingos de formação, cujos conteúdos dinamizam seus trabalhos Foto JA

A Pastoral Catequética realizou no dia 21 de novembro a última etapa da Escola de Formação Catequética. Realizada na Paróquia Santo Antônio, em Campinas, São José, a Escola contou com a participação de 80 pessoas, que no final do dia receberam o seu certificado de participação. Durante nove domingos durante o ano, os catequistas receberam formação sobre os seguintes temas: formação do catequista, temas bíblicos, teologia sacramental, liturgia e moral. “São temas que lidam com o dia a dia do catequista como cristão e como liderança da Igreja”, disse Irmã Marlene Ber Ber-toldi toldi, coordenadora de Catequese da Arquidiocese. Segundo ela, diante dos desafios do mundo moderno, a catequese tem que proporcionar formação sistemática. Os catequistas são preparados tanto para atender as crianças, jovens e adultos, quanto os pais. O problema é ainda o pouco apoio por parte das paróquias. Este ano, a Escola iniciou com 150 participantes, mas apenas 80 concluíram a formação. “Se houvesse mais apoio, certamente mais catequistas teriam participado”. A Escola existe desde

Dos 50 anos de sacerdócio, 42 deles foram transcorridos em Florianópolis, o que tornou conhecido e admirado

Irmã Marlene Bertoldi fala aos participantes: “Diante dos desafios do mundo moderno, a catequese tem que proporcionar formação sistemática”. havia um certo distanciamento entre os catequistas. A partir da Escola, já programamos encontros trimestrais e repassamos os conteúdos aprendidos”, disse. Através da formação, Amanda Martins Silva Silva, 23 anos e catequista há 7, descobriu que a Catequese não é apenas o que está no livro “Caminhando para a Eucaristia”. “Nosso trabalho não é só passar o que está no livro, mas trazer aquilo para a realidade que as crianças e jovens vivem”, disse.

1998. Ela tem duração de três anos, mas sem a necessidade de que sejam realizados continuamente. Mesmo aqueles que participaram dos primeiros anos, podem realizar novamente. Valdir Quintino Vieira Vieira, 59 anos, foi um dos que concluíram a Escola neste ano. Ele é catequista há 14 anos na Paróquia Sagrado Coração de Jesus, e participa da escola pela primeira vez. Segundo ele, os reflexos da formação já podem ser sentidos na paróquia. “Antes

60 anos da Paróquia São Luiz Uma Celebração Eucarística realizada no dia 26 de novembro, às 20h, marcou os 60 anos de criação da Paróquia Nossa Senhora de Lourdes e São Luiz, em Florianópolis. Presidida por Dom José Negri Negri, bispo de Blumenau e ex-bispo auxiliar de Florianópolis, a Missa foi soleni-

Pe. Pedro Koehler celebra Jubileu de Ouro

zada com o ministério de música da Comunidade Divino Oleiro. Além do pároco, Pe. Márcio, e do vigário paroquial, Pe. Nandi, houve a participação do Pe. Siro Manoel de Oliveira, que foi o primeiro padre diocesano a assumir a Paróquia; do Pe. Ney Brasil Pereira, que todos os sábados cele-

gues de Oliveira, em Azambuja. Em 1961, exerceu sua primeira atividade como padre diocesano. Foi vigário paroquial na Matriz São Sebastião, em Tijucas, auxiliando o pároco, Monsenhor Augusto Zucco. Em 1965 foi para o Seminário de Azambuja, a fim de lecionar Português, Latim e Geografia. Dois anos depois, foi nomeado vigário de Biguaçu. Em 1968 veio para Florianópolis, de onde nunca mais saiu. Foi vigário e pároco da Catedral por 25 anos. Além do atendimento religioso, lecionou no Instituto Estadual de Educação e da Escola Técnica Federal de Santa Catarina, entre outras atividades. Preocupado em dar um bom atendimento aos milhares de turistas que já procuravam a Catedral, em 1973, Pe. Koehler elaborou um folder com dados e datas mais importantes sobre a cidade e sobre a Catedral. Vendo a sua preocupação com a causa, em 1976, Dom Afonso o nomeou coordenador da Pastoral do Turismo R eligioso Religioso eligioso, trabalho que realiza ainda hoje. Atualmente, e desde 1994, ele é capelão do Hospital de Caridade Caridade, em Florianópolis, realizando visitas aos doentes, celebrando e atendendo aos familiares. Arquivo/JA

Divulgação/JA

Celebração, presidida por Dom José Negri, contou com presença de ex-párocos e padres colaboradores da Paróquia

bra na capela São João, pertencente à paróquia; do Pe. Cláudio Bins, SJ, que colabora com a rádio Cultura e representou a Ordem dos Padres Jesuítas, os primeiros a atenderem a comunidade; e do Pe. Eugênio Kinceski, que na sua infância freqüentava a paróquia. No final da celebração, houve a bênção de 60 capelinhas de Nossa Senhora de Lourdes, com o compromisso de se organizarem 60 grupos bíblicos ou de oração, que marquem este Jubileu de Diamante da paróquia. Também foi anunciado o lançamento de um livro comemorativo. A obra está sendo preparada por um paroquiano e será lançada no dia 11 de fevereiro de 2011. Ela fará um resgate histórico da paróquia desde a construção da primeira capela em 1929. Resgatará ainda as origens do bairro Agronômica, do surgimento da vida católica e das principais pessoas que contribuíram nessa história.

A Catedral de Florianópolis celebrará nos dias 12 e 13 de dezembro os 50 anos de Ordenação Presbiteral do Pe. Pedro Koehler. A celebração acontecerá em dois momentos, para favorecer a participação dos fiéis e do clero da Arquidiocese. No domingo, ela será realizada às 19h30 e será voltada aos familiares, e amigos, especialmente as lideranças leigas. Já na segunda-feira, a Missa será às 19h15min, presidida pelo nosso arcebispo Dom Murilo Krieger, e deve contar com a presença do clero da Arquidiocese e todos que puderem participar. Natural de Luiz Alves, onde nasceu a 16 de janeiro de 1935, Pe. Koehler é o oitavo filho de 14 irmãos (uma adotiva). O despertar vocacional surgiu ainda jovem. Vários fatores são atribuídos a isso. Um deles é o seu irmão, Pe. Albano, que na época ainda era seminarista. Aos 13 anos iniciou a formação em São Ludgero, depois seguiu para Azambuja e, finalmente, para as faculdades de Filosofia e Teologia, em Viamão, RS. Sua ordenação presbiteral foi no dia 08 de dezembro de 1960, com a imposição de mãos de Dom Joaquim Domin-

Pe. Pedro Koehler diante da capela do Hospital de Caridade, onde é capelão há 16 anos, onde visita os doentes e acompanha as famílias


10

Ação Social

Dezembro 2010

Jornal da Arquidiocese

Celebração marcou os 50 anos da ASA Presidido por Dom Murilo, evento reuniu representantes das ações sociais paroquiais e vermos o que temos a oferecer. E ainda encarar o futuro e confiar”, disse.

Foto JA

A Santa Missa, presidida pelo nosso arcebispo dom Murilo Krieger, na Catedral de Florianópolis, às 18h15 do dia 16 de novembro, marcou a celebração de 50 anos de fundação da Ação Social Arquidiocesana - ASA. A missa contou com a participação de membros de ações sociais paroquiais e outras entidades parceiras. A celebração foi concelebrada pelos Padres Francisco Wloch, Márcio Vignoli, Paulo de Coppi, Vânio da Silva, Vitor Galdino Feller e Sérgio Giacomelli. Na abertura, Dom Murilo destacou que a ASA é o braço da caridade da Igreja na Arqui-diocese. “Hoje é o momento de olharmos para o passado e agradecer o que já foi feito. Mas também de enfrentar o presente

A caridade na verdade

Após a celebração, Dom Murilo proferiu a palestra Caritas in veritate (A caridade na verdade), sobre a Encíclica social do Papa Bento XVI, publicada em 29 de junho de 2009. Mais de 60 pessoas se concentraram no auditório da Catedral para acompanhar a palestra. O Arcebispo explicou a origem da Encíclica e sua finalidade, fez uma síntese e mostrou a relação do documento com a realidade local, colocando o trabalho da ASA nesse processo. “Há, em nosso mundo, graves desequilíbrios sociais e econômicos; de outro, há necessidade de reformas que não podem demorar mais tempo para superar a brecha da desigualdade entre os povos”, disse Dom Murilo. Segundo ele, a Encíclica não tem a pretensão de oferecer soluções técDom Murilo (centro) e equipe de funcionários da nicas para as grandes problemáticas ASA brindaram ao Jubileu de Ouro da entidade

Dom Murilo proferiu palestra sobre a encíclica Caritas in veritate sociais do mundo atual. Mas recorda os grandes princípios que se revelam indispensáveis para construir o desenvolvimento: atenção à vida do ser humano; respeito do direito à liberdade religiosa; e rejeição de uma visão falsa que considere o homem artífice absoluto do seu destino. Dom Murilo ainda mostrou que é necessário um estilo diferente de vida por parte de toda a humanidade, no qual os deveres de cada um para com o meio ambiente se unam aos da pessoa considerada em si mesma e em

relação com os demais. “A Encíclica quer contribuir para ajudar a humanidade a sentir-se uma única família, comprometida em realizar um mundo de justiça e paz”, disse.

Confraternização

Após a palestra, todos os participantes foram convidados a participar de um coquetel oferecido pela ASA no salão paroquial da Catedral. Durante a festa, foram apagadas as velinhas que comemoravam os 50 anos de fundação da Ação Social Arquidiocesana.

Sessão Especial homenageou a ASA Evento lembrou a trajetória da ASA na busca de promover os mais necessitados A Câmara de Vereadores de Florianópolis realizou dia 22 de novembro, às 19h, uma Sessão Especial em homenagem à Ação Social Arquidiocesana - ASA, pelos seus 50 anos de fundação. Proposta pelo vereador Gean Loureiro Loureiro, a pedido da equipe de assessoria da ASA, o evento contou com a presença de nosso arcebispo Dom Murilo Krieger Krieger, presidente da ASA, representan-

tes de várias entidades-membro da ASA, e da Cáritas Estadual, entre outras organizações. No início da cerimônia, foram citados os representantes das várias entidades-membro da ASA presentes à solenidade, além das autoridades que compareceram. Em seguida, tomou a palavra o vereador Loureiro. Ele enalteceu os trabalhos realizados pela ASA em seus 50 anos de história. Foto JA

Câmara de Vereadores de Florianópolis lembrou feitos da ASA nos 50 anos

A seguir, falou Sandra Schlichting, assistente social que por chting 30 anos integrou a equipe de assessoria da ASA. Ela recordou a presença e participação da Ação Social Arquidiocesana nos vários eventos que transformaram a sociedade nesses 50 anos de história, apoiando e sendo protagonista em muitos deles. Lembrou também o apoio recebido de inúmeras pessoas e entidades nesse processo. Na seqüência, tomou a palavra Carla de Oliveira Guimarães rães, atual coordenadora da ASA. Segundo ela, em seus 50 anos de história, a ASA sempre buscou atuar junto às demandas sociais mais vulneráveis. Lembrou que, em 2005, a entidade foi referendada como entidademembro da Cáritas. “Esse fato marcou um novo momento da Ação Social da Arquidiocese de Florianópolis, que redefiniu suas linhas de atuação, ampliou seu trabalho para outras áreas, e fez a opção de atuação em rede, seja na Arquidiocese de Florianópolis, ou com a Cáritas em Santa

Catarina e no Brasil”, informou.

COMPAIXÃO

Nosso arcebispo Dom Murilo Krieger, presidente da ASA, foi o último a se pronunciar. Ele falou que, diante das desigualdades do mundo, cabe a todos nós ter a compaixão de Cristo pelos mais necessitados. “Compaixão é sentir a dor do outro como sua; é, junto com o que sofre, buscar respostas e soluções para os problemas; não é, pois, dar coisas, mas doarse: dar o próprio tempo e colocarse à disposição do outro”, explicou. Segundo ele, a ASA tem buscado ser uma presença junto aos setores marginalizados da população; um alerta à Igreja e à sociedade civil sobre a existência desses setores; uma opção social organizada e transformadora; e uma articulação com as demais igrejas, cristãs e não cristãs, e com as forças vivas da sociedade. Mais fotos no site da Arquiwww.arquifln.org.br diocese (www.arquifln.org.br www.arquifln.org.br), clicar no link “Álbum de fotos”, no alto da página à direita.

Encontro com Ações Sociais e lançamento de Revista Comemorativa ao Jubileu de Ouro No dia 22 de novembro, no auditório da Unisul, no centro de Florianópolis, foi realizado o encontro da Rede de Ações Sociais da Arquidiocese. O encontro teve como objetivos a avaliação da caminhada das ações sociais no ano de 2010, a elaboração de indicativos de ação para o próximo ano e a celebração dos 50 anos da ASA. Durante o encontro, as ações sociais tiveram a oportunidade de expor os materiais dos trabalhos realizados e de relatar as principais atividades desenvolvidas neste ano. Dentre os indicativos para o próximo ano destacaramse: o fortalecimento do trabalho em rede (local, municipal e arquidiocesana), formação para voluntários, continuidade no reordenamento das ações sociais conforme a política nacional de assistência social, profissionalização do trabalho das ações sociais, trabalhar mais a dimensão social da fé nas paróquias e comunidades e fortalecer as iniciativas de geração de trabalho e renda.

Revista comemorativa No encerramento do encontro foi apresentado um vídeo da história da ASA e foi feito o lançamento da revista comemorativa ao cinqüentenário da entidade. Com 54 páginas, a revista resgata a história da ASA em seus 50 anos de existência. Vemos aí um apanhado do início dos seus trabalhos, o início da sua inserção na política de Assistência Social, das ações que promoveu e do apoio que recebeu. Falase do começo da sua atividade na década de 60 e da sua evolução, acompanhando a caminhada da assistência social, até os dias de hoje. As ações sociais paroquiais também receberam destaque. Cada uma das 41 ações sociais ganharam um espaço privilegiado para tratar do trabalho que realizam.


Jornal da Arquidiocese

GBF 11

Dezembro 2010

GBFs e CEBs - um jeito de a igreja ser Encontro que encerrou o ano, avaliou a caminhada e planejou as atividades para 2011 Arquivo/JA

Agradecemos a Deus por mais um ano de árduo empenho dos animadores/as dos Grupos Bíblicos em Família (GBF), e das Comunidades Eclesiais de Base (CEBs), que foi vivido com alegria e entusiasmo. Na ultima reunião com os articuladores comarcais dos GBFs e equipe de elaboração dos livretos/roteiros, que aconteceu no dia 28 de novembro, constatamos que crescemos e fortalecemos o novo "jeito de a Igreja ser", comprometida com a vida dos irmãos e irmãs, a exemplo de Jesus Cristo. Esse jeito de evangelizar, indo às casas, ao encontro das pessoas, para ouvir, rezar, refletir e agir juntos, caracteriza bem a prática dos GBF e das CEBs. Os pequenos grupos são um espaço em que toda pessoa tem vez e voz, pode falar e ser ouvida. O modo de nos reunir semanalmente, nas casas, faz com que as pessoas desenvolvam sentimentos comuns num clima fraterno de acolhimento, valorizando as experiências do dia a dia. As experiências de vida são iluminadas pela “Palavra de Deus” que, partilhada pelo grupo, leva as pessoas a procurarem entender

Trabalho com crianças envolve a comunidade “Sementinha de Jesus” reúne 15 crianças para uma pré-catequese nas tardes de sábado

Concentração dos GBFs, realizada em agosto, em Camboriú, foi um dos momentos fortes de celebração na Arquidiocese em 2010 o sentido e o valor da vida em comunidade e do encontro com Jesus Cristo. Desta relação “fé e vida” brotam sinais de vivência como das primeiras comunidades cristãs (Atos 2,42ss), práticas que tornam nossa vida pessoal, familiar e da comunidade um testemunho de fé, amor, solidariedade, justiça e fraternidade. Nas pessoas que participam dos grupos, percebe-se uma nova compreensão da vida cristã, com-

Coordenação arquidiocesana dos GBF

encontros todos os sábados, das 14h30 às 16h, na capela ou na casa de algum deles ou, ainda, realizam passeios. Durante os encontros, as crianças aprendem a rezar, a ler a Bíblia, realizam atividades artísticas e recreativas. “A intenção não é ser uma précatequese, mas acaba favorecendo a iniciação à vida cristã”, disse Rosinete. As crianças saem do grupo quando alcançam idade para ir para a catequese e já vão preparadas. Segundo ela, as crianças também são responsáveis pela Liturgia em uma celebração no mês, e se esforçam para fazer tudo direitinho como aprenderam. O reflexos dos encontros já são sentidos. “Percebemos que as famílias passaram a participar mais das celebrações e houve um maior envolvimento da comunidade”, informou Maria Rosinete. Com o apoio da comunidade e os resultados obtidos no primeiro ano, a intenção das duas é dar continuidade ao belo trabalho. Foto JA

Divulgação/JA

Participantes avaliaram a caminhada e celebraram as conquistas do ano

prometida com a defesa da vida (Jo 10,10), com os mais pobres, que vivem em nosso meio (Mt 25,3440), servindo a comunidade e a Igreja nos diversos ministérios, na construção do Reino de Deus. Entusiasmados pelo anúncio da Palavra de Deus, nós, animadores e animadoras dos GBFs e CEBs, realizamos neste ano um valioso trabalho de evangelização, que culminou no êxito da nossa concentração arquidiocesana. A nossa caminhada, ao longo do ano, nos grupos e nas comunidades da Arquidiocese, tem sido de muita luz, alegria, esperança e ardor missionário, já dispondo-nos para o novo ano que se aproxima. Que o Senhor ilumine todas as pessoas que participaram e participam dos pequenos grupos, constituindo a Igreja Povo de Deus, formando comunidades eclesiais, seguidoras de Jesus. Desejamos a todos e todas uma abençoada festa de Natal do Senhor e um Ano novo com muitas realizações de paz, amor, solidariedade e fraternidade.

Maria Rosinete Cristão dos Santos é animadora do Grupo Bíblico em Família da comunidade Santa Catarina de Alexandria, no Carianos, pertencente à paróquia Nossa Senhora da Boa Viagem, em Florianópolis. Ela sempre gostou de trabalhar com crianças, mas não tinha a oportunidade. No ano passado, quando participava de um dos encontros semanais dos GBFs, ouviu da senhora, que acolhia os 12 participantes, que sua filha gostava de ir na Igreja Evangélica, porque havia encontros dominicais para as crianças. Saiu desconcertada do encontro e decidida a fazer algo. Conversou com sua colega de GBF, a experiente educadora Zuleide Meurer Pereira, tiveram o consentimento do padre, e iniciaram em março deste ano o “Sementinha de Jesus”. O trabalho teve início com 07 crianças. Hoje são 16, com idade entre 5 e 8 anos. O “Sementinha” consiste em

Assessoradas pelas voluntárias, crianças aprendem a conhecer Jesus

Divulgação/JA


12

Artigos

Dezembro 2010

Jornal da Arquidiocese

Centenário

Cônego Arcângelo Ganarini - Missionário de Imigrantes filial da paróquia de Brusque. De 1876 a 1882 foi vigário paroquial de São Luís Gonzaga da Colônia Itajaí (hoje Brusque), preferentemente atendendo Nova Trento e os italianos em Brusque. Em 1882 e 1883 foi pároco da mesma paróquia. Nesse período, a Província de Santa Catarina pertencia à Diocese do Rio de Janeiro e seu bispo sentiu a necessidade de Pe. Ganarini para a paróquia de Santo Amaro do Cubatão. Disponível, foi provisionado pároco em 21 de abril de 1883, e permaneceu em Santo Amaro até 1900, acumulando o trabalho de vigário interino de Nossa Senhora do Rosário da Enseada de Brito entre 1883 e 1892. Um vastíssimo território. Em 5 de abril de 1900, Pe. Ganarini escreveu a Dom José de Camargo Barros, primeiro bispo da diocese de Curitiba, criada em 1892, sugerindo a entrega de Santo Amaro aos Franciscanos. Dom José aceita em 18 de abril, e demonstra todo o afeto pelo Pe. Ganarini, inclusive pedindo que passe uns meses em Curitiba, para descansar.

O apostolado na capital catarinense

Os últimos anos de sua existência, Pe. Ganarini viveu-os na capital do Estado catarinense, Florianópolis. De 1900 a 10 de fevereiro de 1916 foi capelão do Imperial Hospital de Caridade, acumulando outros serviços na esfera diocesana. Pela terceira vez há mudança

Divulgação/JA

Arcângelo Ganarini nasceu em 10 de fevereiro de 1844 em Ronchi, Diocese de Trento, no Tirol italiano então ocupado pelo Império Austro-húngaro. Entrou no Seminário em 1866 e foi ordenado presbítero em 30 de novembro de 1869. Entre 1869 e 1876 foi vigário paroquial em Roncegno, Itália. Sensibilizado pela emigração dos trentinos que, desde 1875 tinham vindo para as florestas de Nova Trento, SC, prontificou-se a também emigrar para acompanhar espiritualmente seus conterrâneos. Não se contentou em atendê-los espiritualmente, pois, vendo as possibilidades de vida melhor oferecidas pelas terras brasileiras em confronto com a pobreza no Trentino italiano, fezse propagandista da imigração. Dois sacerdotes trabalharam nesse sentido: Pe. Luiz Marzano, junto aos vênetos de Urussanga, e Pe. Ganarini junto aos trentinos. Ambos procuraram condividir sua experiência com os compatriotas na Itália: Pe. Ganarini publicou “Nuova Trento, impressioni di viaggio”, 1901, importante documentação sobre os primeiros anos de Brusque e Nova Trento, e Pe. Luiz Marzano, “Missionari italiani nelle foreste del Brasile”, em 1904, sobre a vida dos colonos em Urussanga. Pe. Ganarini, além disso, escrevia regularmente para um jornal de Trento, motivando outros conacionais à imigração. O projeto missionário de Pe. Arcângelo Ganarini era permanecer ligado aos italianos de Brusque e Nova Trento, sendo essa capela

João reconhece, na provisão, sua dedicação. Creio que a animosidade tenha também, como raiz, o fato de Pe. Ganarini ser grande figura sacerdotal, mas isolada tanto do clero italiano do Sul do Estado como do alemão. Além disso, era evidente que a vida diocesana tinha um centro: Mons. Francisco Topp que, por todos os méritos e competência, era o indicado.

Os últimos anos

Em 7 de setembro de 1914 assumiu o segundo Cônego Ganarini: grande incentivador bispo de Florianópolis, Dom Joaquim Domin Domin-das imigrações italianas, teve fundamengues de Oliveira Oliveira. Eram os tal influência no processo de criação da tempos da grande Guerra Diocese de Florianópolis de 1914-1918, que envolvia Itália e Alemanha e com reperna organização eclesiástica de cussões claras na vida dos imigranSanta Catarina: em 19 de março tes catari-nenses e seus padres e de 1908 o Papa Pio X cria a religiosas italianos e alemães. Dom diocese de Florianópolis, sendo Joaquim tinha a seu lado o italiaprimeiro bispo Dom João Becker. no Cônego Ganarini e o alemão Em 1º de janeiro de 1909 Pe. Mons. Topp. Em 1917, num ato Ganarini é nomeado Vigário geral arbitrário, Dom Joaquim demitiu e Provisor do Bispado de Floriatodos os diretores estrangeiros das nópolis. Dom João motiva a nomeEscolas paroquiais, o que signifiação: é dotado de sólida ciência eclesiástica, verdadeiro espírito cou atraso e sofrimento enormes, sacerdotal e profusos conhecimen- especialmente para as beneméritos de administração. Não era sua tas Irmãs da Divina Providência. Aqui entra a mão de Cônego vocação esse trabalho, e em 23 Ganarini. Em 20 de junho de 1917, de dezembro de 1909, pediu exoatendendo a um pedido indireto do neração, atendida em 8 de janeiro bispo, sugere que seria muito útil a de 1910, por motivo de saúde. Nas obrigatoriedade do ensino da líncartas percebe-se que sua letra é gua nacional nas Escolas Paroquide uma mão trêmula. Além disso, ais. Mas sugere que isso seja aplireclama da animosidade da popucado devagar, para não causar deslação, por ser estrangeiro. Dom

contentamento desnecessário. E julga que o Governo poderia subvencionar os professores que se prestassem a esse serviço, o que seria auxílio indireto às escolas paroquiais. Dom Joaquim segue o conselho, mas não devagar... Em 4 de abril de 1918, após mais uma consulta de Dom Joaquim, responde ser necessário o cumprimento da ordem diocesana a respeito da proibição do uso da língua alemã nos atos de culto público paroquial. Em algumas paróquias o padre fazia três sermões: em português, alemão, italiano ou polonês. Agora se obriga o padre a falar bem o português. Em 1º de julho de 1918, Cônego Ganarini foi escolhido como membro do Conselho diocesano. Sua presença era sempre muito rica e ativa nas Conferências do Clero em Florianópolis, quando se discutiam temas de apologética, moral e canonística. Era um homem culto, zeloso e de belo caráter sacerdotal. Com a saúde sempre mais abalada, em 23 de julho de 1920 Deus veio buscá-lo. Vivera 76 anos, 51 deles como padre. Uma vida sobrecarregada de trabalhos e viagens entre Brusque e Nova Trento, nos sertões de Santo Amaro e Enseada de Brito, sem uma queixa, um lamento. Viveu para acompanhar o povo de Deus. Está sepultado no cemitério da Imperial Irmandade do Senhor dos Passos em Florianópolis. Pe. José Artulino Besen pebesen.wordpress.com

Ecumenismo Dar com a porta na cara é uma experiência muito ruim. Ainda mais quando você esperava muito passar por ela. Todos nós já devemos ter vivido esta experiência, em diversas dimensões e sentidos. Muitas vezes vemos a cena de jovens que estudaram e se prepararam um ano inteiro para o vestibular, e se atrasam na hora da chegada. Aí correm desesperadamente em direção a uma porta que se fechou no horário marcado, e lá se vão os sonhos, as esperanças, o futuro. O ato de abrir e fechar portas é algo tão comum, tão corriqueiro. Todos os dias isto acontece, de forma automática, mecânica, sem nem pensarmos no que fazemos. Pensando em portas, há duas que são muito famosas e simbólicas, e são retratadas na Bíblia, em Lc 2,1-7. Uma é a de uma hospedaria em Belém de Judá, que se fechou na cara de José, e de sua esposa Maria, que grávida, daria à

UM NATAL DE PORTAS ABERTAS luz ao seu filho, naquela mesma noite. A outra estava aberta: era a porta de uma estrebaria, que acolheu o casal, para que o menino pudesse nascer. Uma, representa o mundo que rejeita e não acolhe o Filho de Deus. A outra, estava aberta, e representa o lugar de simplicidade e despojamento, necessário na vida, para que ali Deus possa entrar e nascer. Os donos da hospedaria estavam muito ocupados consigo mesmos, com seus negócios, suas responsabilidades, seus lucros. Talvez até tivessem enfeitado a hospedaria naqueles dias de tanto movimento, mas, não deixaram o Salvador entrar. Não acolheram o Príncipe da Paz. Ele nasceu na estrebaria. Nasceu, porque Deus havia determinado abrir essa porta para a humanidade. Por sua imensa graça e amor imerecido,

ele decidiu abrir a porta para que todo e qualquer ser humano que quisesse, pudesse voltar para casa. O Natal de Jesus é uma porta aberta por Deus. Quem a atravessa, encontra o perdão, a paz, a reconciliação com Deus. A Bíblia se resume nisto: na grandiosa obra que Deus iniciou no Natal, e concluiu na Páscoa: "Por que Deus amou ao mundo de tal maneira, que deu o seu Filho Unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna". Deus abriu a porta do seu reino para nós, e ela continua aberta. É isto que celebramos na Natal. Mas, o que Deus fez, só terá valor para mim e para você, se pela fé eu abrir a porta da minha vida, e acolher o Senhor do Natal. Deus é tão amoroso, que Ele bate à nossa porta a cada dia, para nos lembrar disso. Pacientemente es-

pera abrirmos a porta, para que Ele entre. Ap 3.20 diz que, quando isto acontecer, Ele vai entrar, sentar à nossa mesa, e jantar conosco. Uma janta com Deus, em tua casa. Parece um sonho, mas o Natal só terá sentido, quando isso acontecer em nossa vida. Vamos fazer um Natal de Portas Abertas? Um Natal onde convidamos o aniversariante para entrar, e com ele, o perdão, a paz, o amor, a tolerância, a simplicidade e as coisas de real valor, de valor eterno? E como sinal de um Natal de portas abertas, coloque uma guirlanda na porta de sua casa, de seu apartamento ou de seu escritório. Ela será a senha de que ali estão pessoas atentas ao convite de Cristo e estão dispostas a ouvir sua voz e testemunhar seu amor no lugar onde vivem e trabalham. Porém, muito mais do

que as luzes em pinheirinhos, postes, árvores, sacadas ou ruas, é a nossa luz interior que então irá brilhar: “Assim brilhe a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras, e glorifiquem ao vosso Pai que está nos céus”! Mt 5.16. Vivendo desta forma, também não teremos a surpresa de vermos a grande porta do Reino de Deus se fechar na nossa cara, sem termos entrado por ela. Deus abriu a porta dele, a grande porta da graça, para que todos entrem. Ele quer que todos estejam lá. No último dia, contudo, a porta se fechará. Os que não quiseram entrar por ela ficarão do lado de fora. Para que você não esteja entre eles, celebre o Natal com Jesus, viva com Ele, e deixeo viver na tua vida. Amém. R e v. R ui P e tr Re Rui Pe tryy Pr. da Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil - Florianópolis ruipetry@gmail.com


Jornal da Arquidiocese

Missão 13

Dezembro 2010

Mais um ano em Guiné-Bissau Pe. Lúcio Espíndola, nosso missionário na África, fala do trabalho realizado em mais um ano URGÊNCIAS lhoça, está fundando, com As carências das pessoas suas co-irmãs, Missionárias e comunidades aqui de Empada Imaculada, uma nova da continuam sempre granmissão no extremo da des. Um enorme desafio que diocese de Bafatá. Queretivemos e com o qual não conmos dizer, a toda a nossa távamos, foi o de ter de recorigreja de Florianópolis, que rer ao caixa da paróquia para este grupo de missionários concluir a construção da casa da Arquidiocese está junto paroquial, a fim de poder tê-la no trabalho pelo Reino de habitável em início de março Deus. Assim como nos senpassado. Quanto às ajudas timos parte da Igreja de materiais que fazemos aqui na Florianópolis, e seus enviamissão, além do serviço presdos, sintam-se muito presentado pela casa de recuperação tes aqui na Igreja de Bafatá. nutricional, que atende crianças e mães, apresento algu- Missionários da Arquidiocese com Dom Pedro Carlos Zilli (centro), bispo de Bafatá. Um abraço e a benção. mas ajudas realizadas com as Erichson, Elaine, Cláudia, Célia e Pe. Lúcio são os nossos representantes na África Pe. Lúcio Espíndola Santos doações de Florianópolis. A maioria delas são referentes o novo ano pastoral, iniciado no Guiné a fim de fundar uma comuniPARABÉNS aos nossos missionáà saúde, à alimentação, e a peque- mês de outubro. Iniciamos bem a dade permanente. Também a nos- rios da Guiné Bissau, um verdadeiro nos empréstimos. Há também al- catequese aqui na matriz e também sa missionária Célia, que realizou pelotão a serviço do Reino. Parabéns guns projetos na linha do micro-cré- nas outras comunidades (taban- um ótimo trabalho aqui na diocese também ao Pe. Iseldo Scherer por dito. Incentiva-se o aprendizado cas). Muito nos honra a vinda de de Bafatá, em dezembro retornará se dispor a continuar a tradição misde alguma profissão. Vejo como nosso bispo, Dom Murilo Krieger, ao Brasil, tendo que assistir o pai sionária da Arquidiocese na Igreja uma boa aplicação a ajuda que que orientará o retiro espiritual do com mais de 90 anos. Sem dúvida, Irmã da Barra - BA. Isso indica que o se dá aos professores que estu- nosso clero da Guiné no mês de fe- na Arquidiocese, todos eles serão espírito missionário está crescendo dam, por quatro anos, em regi- vereiro próximo. Pela primeira vez, um grande testemunho do valor da em nossas comunidades. Sem dúme de semi internato, em uma em maio, celebraremos vinte bati- missão além fronteiras. vida, outros e outras, chamados por Nestes dias chegou também Deus, se prontificarão para continuescola de formação de profes- zados e quatro casamentos fora da sores. No ano passado quinze matriz, numa comunidade que fica o Pe. Paulo de Amorim - Pime, da ar esse trabalho que tanto honra a paróquia da Ponte de Imaruim. nossa Igreja. chamada a ser cada professores de Empada estuda- no extremo geográfico da missão. Irmã Beth, que também é de Pa- vez mais missionária. ram nessa escola. Bem mais de FLORIANÓPOLIS: UMA mil foi o número de ajudas reaIGREJA MISSIONÁRIA lizadas a partir de novembro Você se sente chamado(a) para ser missionário(a): Após ter realizado um bom trapassado. Com o desenvolvileigo(a) leigo(a),, religiosa ou sacerdote? Entre em contato com o mento da paróquia, a maior pre- balho aqui na missão, nossos misPe. FFrancisco rancisco Gomes-PIME, pelo ffone one (48) 3222-95 72 ou 3222-9572 ocupação, já que não consegui- sionários leigos consagrados, após pelo e-mail gomesjf@missaojo gomesjf@missaojovv em.com.br em.com.br.. mos entradas locais, é a manu- o Natal retornarão à Arquidiocese. Deus precisa de muitos operários para anunciara a Boa Adaptada e inculturada, Elaine Porém, tudo indica que a comunitenção ordinária da paróquia. Nova do Reino no mundo. Você pode ser um deles! Diga SIM! carrega criança com o método local Esperançosos estamos com dade Divino Oleiro voltará para a Divulgação/JA

RETORNO À MISSÃO

Em final de novembro 2009, retornei de Florianópolis à Guiné Bissau, após as férias onde pude estar com a família, conversar com o nosso Bispo, rever os colegas Padres, visitar algumas paróquias, celebrar em várias comunidades e sentir o carinho, apoio e confiança de nossos cristãos. Passado um ano, quero apresentar um balanço do que aconteceu aqui na Guiné, olhando com esperança para frente. Foi um ano de muitas bênçãos: a vinda dos três missionários leigos do Divino Oleiro; um bom ano pastoral de evangelização; passamos a ter uma casa paroquial; recebemos um carro toyota, a metade pago pela nossa arquidiocese e tivemos a visita do Pe. Márcio Vignoli com o Sedemir e o Santiago.

Divulgação/JA

Divulgação/JA

Pe. Márcio visita missão na África Em sua primeira visita missionária a Guiné-Bissau, ele testemunhou o trabalho realizado pelos nossos missionários na Paróquia de Empada Nos dias 18 a 30 de outubro, Pe. Márcio Alexandre Vignoli, fundador e orientador da Comunidade Divino Oleiro, acompanhado de Sedemir Valmor de Melo e Vanderlei Santiago, realizaram visita missionária à Diocese de Bafatá, na Guiné-Bissau, África. Desde fevereiro deste ano estão na Paróquia de Empada três consagrados da Comunidade Divino Oleiro, realizando trabalho missionário junto com o nosso Pe. Lúcio Espíndola. Pe. Márcio ficou impressionado com a situação do país e com o trabalho realizado pelos missionários Erichson Stueber, Cláudia dos Santos e Elaine Vier. Segundo ele, o país inteiro passa por uma carência total. “O Estado não consegue dar as mínimas condições de vida para as pessoas”, disse. Não há trabalho formal, portanto também não há salário. A maioria das pessoas vive da prestação de pequenos serviços ou da monocultura do Caju. Pela total carência, na maioria das comunidades do interior, a população se

alimenta apenas uma vez ao dia, por volta das três horas da tarde. Não há luz elétrica. Há apenas alguns geradores movidos a óleo diesel. Apesar das dificuldades, é um povo acolhedor e que divide o pouco que tem. “Se passamos diante de suas casas enquanto comem, eles logo convidam: ‘Venha comer conosco’”, disse Sedemir. Os cristãos são minoria no

Missionários diante da Igreja Matriz da Paróquia de Empada

país, cerca de 15%, mas apesar disso são muito respeitados por conta do anúncio, da celebração e da prática da caridade. A Igreja desempenha um papel fundamental na Educação e na Saúde, pois grande parte das creches, escolas e hospitais (semelhantes aos nossos postos de atendimento), são mantidos pela Igreja. O governo tem dificuldades inclusive para pagar os salários dos professores. Por isso, onde não há presença da Igreja faz-se greve quase o ano inteiro. Os missionários auxiliam no hospital, realizam trabalho de alfabetização dos adultos, empenham-se na evangelização de adolescentes e jovens, e na catequese. “Como é uma comunidade cheia de carências, o trabalho deles é realizar o primeiro anúncio e ajudar no que for preciso para amenizar o sofrimento das pessoas”, disse Pe. Márcio.

Continuidade da Missão

Quando recebeu o apelo do Pe.

Algumas das crianças atendidas pelos nossos missionários em Empada Lúcio por ajuda em seu trabalho missionário, a Comunidade Divino Oleiro aceitou fazer a experiência de um ano. O prazo se expira em fevereiro de 2011, mas já é consenso que será instalada uma missão permanente. Experiência semelhante foi realizada quando, em 2007, a Comunidade fundou uma frater-nidade em Muquém de São Francisco, na Bahia. “Os missionários devem retornar para a Arquidiocese em fevereiro. Enquanto isso, o governo local vai ceder uma área onde será construída uma residência,

capela, hospital e escola, que serão administrados pelos missionários”, informou Pe. Márcio. Segundo ele, o trabalho é tão apreciado, que já recebeu convite para estendê-lo a outra região do país. A proposta ainda será estudada. A Comunidade também recebeu convite para fundar uma missão na Tanzânia, onde já existe uma Comunidade de Aliança da Divino Oleiro. Mais informações sobre a Comunidade Divino Oleiro, acesse o .divinooleir o.com.br site www www.divinooleir .divinooleiro.com.br o.com.br.


14

Geral

Dezembro 2010

Foto JA

Duas vocações de Antônio Carlos Município já deu muitos padres, diáconos e religiosos para a Igreja A Paróquia Sagrado Coração de Jesus, em Antônio Carlos, estará em festa no mês de dezembro. Isso porque dois de seus diáconos estarão celebrando Jubileu de Prata de Ordenação. São eles o Diácono João Protázio Pauli e o Diácono José Mali Mannes Mannes. A comunidade Senhor Bom Jesus, em Rachadel, no dia 12 de dezembro, vai comemorar os 25 anos de ordenação do Diácono João Protázio Pauli. A celebração será realizada às 10h e presidida pelo nosso arcebispo Dom Murilo Krieger. Natural da própria comunidade, o diácono é casado com Apolonia Simones Pauli, com quem tem cinco filhos e três netas. Formado em Pedagogia, com especialização, leciona para as séries iniciais. No dia 19 de dezembro será a vez do Diácono José Mali Mannes. A celebração do seu jubileu de ordenação será no dia 19 de dezembro, na comunidade Nossa Senhora Aparecida, em Vila Doze. Também natural da própria comunidade, ele é casado com Luzia Petri Mannes e têm três filhos, e três netos. Agricultor aposentado, ainda trabalha como pedreiro. Em entrevista, os dois diáconos falam do seu despertar vocacional, das alegrias no exercício ministerial, da participação da família, e comentam o fato de Florianópolis ser a diocese brasileira com maior número de diáconos.

Jornal da Arquidiocese Como foi despertada a sua vocação para o Diaconato? Diácono José Mali Mannes - A minha vocação para o diaconato iniciou há bastante tempo, pois vinha dirigindo as celebrações na capela desde 1971. Em 1981, o saudoso Padre Alfredo Junckes, após uma santa missa, me disse: José, vou te fazer uma pergunta, mas não quero resposta hoje: queres ser diácono na tua igreja? Conversei então com minha esposa, que não recusou, embora conhecêssemos pouco sobre o diaconato. Meses depois tivemos o primeiro encontro na comunidade de Santa Catarina, na paróquia de Biguaçu, e em 1982 ingressei na escola diaconal “São Francisco de Assis”, no Itesc. Diácono João Protázio Pauli - Com 21 anos, solteiro, fui convidado para dirigir o culto dominical na comunidade do Senhor Bom Jesus de Rachadel. Em seguida, também comecei a trabalhar como catequista e Ministro Extraordinário da Sagrada Comunhão. Em 1975 casei-me e continuei com os serviços na igreja. Em novembro de 1981, convidado pelo pároco Padre Alfredo Junckes, participei de uma reunião de Diáconos na Comunidade de Santa Catarina, na paróquia de Biguaçu, onde o único Diácono conhecido era o Diác. Daniel Lopes. Depois dessa reunião, Padre Alfredo me convidou para in-

Diácono José Mali Mannes e Diácono João Protázio Pauli: colegas de Escola Diaconal, de ministério e na mesma pároquia

As famílias católicas da paróquia, de tradição alemã, sempre rezavam pelas vocações. A Vocação é fruto da Oração”

gressar na Escola Diaconal. Iniciei os estudos em julho de 1982 e, após 4 anos do curso de preparação, fui ordenado por Dom Murilo, em 29 de dezembro de 1985.

JA - Quais as maiores alegrias no exercício do seu ministério? Diác. Mannes - Claro, servir sempre mais a Deus de coração. Quanto a mim, ministrando os sacramentos nas celebrações da Palavra, sinto-me sempre próximo de Deus e cada vez mais responsável pelo progresso e crescimento da minha comunidade. Diác. Pauli - É uma alegria para mim, o próprio chamado que Deus me fez ao ministério Diaconal. Também é uma alegria em poder servir a Comunidade, celebrando a fé, os sacramentos. Essa alegria se concretiza em quase 40 anos de traba-

Retalhos do Cotidiano Ele vai de casa em casa, mendigando. Chegou aqui embriagado. Por que bebe esse homem que o vício consome? O que bebe? Beberá o desprezo de um pai, a traição da esposa, a zombaria do amigo tão querido? Bebe tudo isso como água poluída, o Marcos. Que amarga é a bebida que bebe!

Bebida 2 Poderia ser mais doce, a bebida do Marcos. Por ora, resiste aos convites. Mas, água mole em pedra dura... Um dia, poderá ouvir: “Se alguém tiver sede, venha a mim e beba” (Jo 7,37) . E se transformará. Que doce será a bebida que bebe!

Casamento O amor verdadeiro é dom recíproco. No casamento, dom que

um faz ao outro. Se dou um presente a alguém, que deselegância daqui a pouco pedi-lo de volta... No casamento, eu me dou a ti: então, já não me pertenço, pois sou teu; e tu te dás a mim: então, já não te pertences, mas és minha. Se me dei de presente a ti, como posso querer pedir-me de volta? Se tu te deste de presente a mim, como ousas pedir-me que te devolva a ti?

Casamento 2

JA - Como concilia o Ministério Diaconal com a vida familiar? Diác. Mannes - Até 1985, era Deus e minha família. De lá para cá, é Deus, a minha família e a comunidade. Com o apoio da esposa, dos filhos e de cada membro da comunidade, tenho conseguido exercer meu ministério sempre tendo Deus e sua palavra no centro das atividades. Diác. Pauli - Vivo minha vida em três dimensões: pelo Sacramento do Matrimônio junto à família, como Diácono na Comunidade e a minha profissão como professor. JA - Como sua Esposa participa do ministério Diaconal? Diác. Mannes - O maior presente que o diácono pode rece-

Deu-se tanto, o sapato, que se acabou. E, no entanto, foi quando já estava para ser descartado que começou a mais bela etapa da vida: a de dar flores!

Amar é bem mais do que querer ter razão em tudo; amar é ver razão em tudo para querer bem cada vez mais!

JA - A Arquidiocese de Florianópolis é a Diocese brasileira com maior número de Diáconos. Na sua opinião, a que se deve isso? Diác. Mannes - Ao empenho da Escola diaconal e ao apoio dos Bispos, desde Dom Afonso até Dom Murilo, e dos nossos padres. Diác. Pauli - Os Bispos da nossa Arquidiocese sempre apoiaram o diaconato permanente. Também o nosso diretor, Padre Valter Goedert, especialista no assunto, sempre lutou por uma boa formação para o Diacônio da Arquidiocese. JA - Vocês são de um município muito rico em vocações. TTant ant o de padres, religianto osas e diaconais. A que se deve isso? Diác. Mannes - As santas vocações surgidas em nossa paróquia se devem ao povo, que rezava muito por vocações e cultivava um grande respeito aos Padres, religiosas, e diáconos. Isto se deve muito ao Pe. Alfredo Junkes, grande incentivador das vocações. Diác. Pauli - As famílias católicas da paróquia, de tradição alemã, sempre rezavam pelas vocações. A Vocação é fruto da Oração. Meu bisavô, Pedro Koch, como Capelão da comunidade, sempre começava, em alemão, “Das Gebet zur Priester Berufung”. Traduzindo: Oração pela vocação sacerdotal.

Deus “Deus é aquele que sentimos em nós quando praticamos uma boa ação” (oração dos lenapes, povo primitivo da América do Norte).

Pequeno Não nos deixemos abater por coisas menos importantes, mas creiamos naquilo que conta, pelo qual vale a pena viver. Na vida, grande é quem se faz pequeno para servir e amar; pequeno é quem se faz grande para impor vontades, valendo-se das fraquezas ou das necessidades do próximo.

Quando deixamos o eu ser derrotado pelo tu que amamos, na derrota, paradoxalmente, encontramos a vitória. E a felicidade!

Casamento 3

ber de sua esposa é que ela assuma os compromissos do lar, garantindo ao diácono que, enquanto ele exerce o ministério, ela responde pelos cuidados da casa e da família. Diác. Pauli - Minha esposa participa da minha vida Diaconal, aceitando e acreditando na minha vocação em servir à Igreja.

Carlos Martendal Divulgação/JA

Bebida

lho para a comunidade.

Jornal da Arquidiocese

Reflexo Natal Que o seu Natal seja alegre e santo, porque a verdadeira ale-

gria e a santidade vêm dAquele que nasce para nos salvar!

Assim como a claridade da lua é reflexo do brilho do sol e o santo é reflexo da santidade de Deus, assim o filho é reflexo do amor dos pais. Que bom ver nossos filhos e neles enxergar o amor que nos une.


Jornal da Arquidiocese

Geral 15

Dezembro 2010

Celebração fecha o ano das Forças Vivas Feita a avaliação da caminhada conjunta, houve Celebração Eucarística e almoço de confraternização seus eventos que vão compor o cronograma do próximo ano. Depois, falou do processo do planejamento da Arquidiocese. Disse que os dados parciais, colhidos pelo Instituto Mapa, foram apresentados. Agora, o secretariado arquidiocesano está estudando os números, seguindo o método FOFA - forças, oportunidades, fraquezas e ameaças. Foi solicitado aos participantes fazerem uma avaliação da caminhada. Entre as várias manifestações, foi elogiada a iniciativa de em cada encontro ser apresentada uma Força Viva e foi sugerido preparar um material com esses dados. Pe. Vitor disse que isso já foi tentado, mas não houve colaboração das partes. O jornalista Zulmar Faustino sugeriu que o Jornal da Arquidiocese publique uma coluna “Conhecendo as Forças Vivas da Arquidiocese”. O que foi aplaudido pelos participantes. Com esse material, se publicará um livreto. A co-

Foto JA

Representantes de pastorais, movimentos, organismos, serviços, associações, colégios e meios de comunicação da Arquidiocese estiveram reunidos na manhã do dia 20 de novembro, no Santuário de Fátima, em Florianópolis, para participar da Reunião das Forças Vivas. Durante o encontro, promovido pela Coordenação Arquidiocesana de Pastoral, Leda Cassol Vendrúscolo fez a leitura da ata da reunião anterior. Em seguida, Maria Glória da Silva Luz Luz, articuladora arquidiocesana dos Grupos Bíblicos em Família, falou do livreto de Advento/Natal, explicando a sua organização e estimulando o seu uso. Pe. Vit or Galdino FFeller eller Vitor eller, coordenador de Pastoral, falou sobre a Campanha da Evangelização, que tem como tema “Encarnação e Nova Criação”, cuja coleta será realizada nos dias 11 e 12 de dezembro. Ele também cobrou que as Forças Vivas encaminhem o mais breve possível as datas do

Almoço de confraternização, ao final do encontro e da celebração, favoreceu integração dos representantes da forças vivas luna tratará sobre o que é cada Força Viva, como surgiu, o carisma, ações que desenvolve e contatos. A estréia será com a Pastoral da Saúde, a ser publicada na edição de janeiro/fevereiro de 2011. Pe. Vitor Feller ainda falou da proposta de nosso arcebispo Dom

Brusque celebra os 90 anos do Padre Eloy Divulgação/JA

Uma Celebração Eucarística realizada no dia 13 de novembro, às 10h, no Santuário de Azambuja, em Brusque, marcou os 90 anos de nascimento do Pe. Eloy Dorvalino Koch, SCJ. A missa foi acompanhada por vários padres do município e da Congregação do Sagrado Coração de Jesus, à qual Pe. Eloy pertence, além de religiosas e do povo da cidade. No início da celebração, apesar de fragilizado pela idade, Pe. Eloy mostrou-se lúcido e lembrou algumas pessoas da comunidade que tiveram participação em sua vida. Na homilia, ele recordou os padres e bispos que o ajudaram e foram exemplos para a sua trajetória como presbítero.

Boa parte do seu ministério foi transcorrido em Brusque, com muitas contribuições para a comunidade Entre eles, Dom Afonso Niehues, arcebispo de Florianópolis entre 1965 e 1991. Natural de Orleans, onde nasceu

em 15 de novembro de 1920, Pe. Koch entrou ainda jovem para a Congregação dos Padres do Sagrado Coração de Jesus - Dehonianos, onde fez o ensino médio e formação superior. Mestre e Doutor em Filosofia e História, realizou atividades pastorais em diferentes regiões do Estado. Em Brusque foram muitas as suas contribuições: foi professor da Unifebe, fundador do Arquivo Provincial Padre Lux - APPAL, regente do Coral São Luiz Gonzaga, integrou a comissão organizadora dos festejos do Centenário de Brusque, escreveu a obra “Catolicismo no Centenário de Brusque”, em 1960. Atualmente reside no convento Sagrado Coração de Jesus, no centro da cidade.

Murilo, para que no próximo ano seja realizado um retiro espiritual dos participantes da Reunião das Forças Vivas. Todos os presentes apoiaram a iniciativa. Será definida uma data no próximo ano, depois de consultado o cronograma de eventos.

Celebração e Confraternização

Após a reunião, todos os participantes se concentraram no Santuário de Fátima, onde houve uma Celebração Eucarística, presidida pelo Pe. Vitor Feller. A celebração foi concelebrada pelo Pe. Valde Valde-mar Groh Groh, Coord. da Pastoral Militar, e pelo diácono João Flávio Vendrúscolo Vendrúscolo. Em sua homilia, Pe. Vitor falou sobre a missão e o compromisso dos representantes das Forças Vivas da Arquidiocese. “O que temos que fazer enquanto lideranças é anunciar o Cristo Ressuscitado. Se somos chamados a estar à frente de um trabalho, é porque acreditamos nele”, disse. Após a celebração, os participantes se dirigiram ao salão do Santuário de Fátima, onde foi realizado um almoço de confraternização. Para mais fotos, no site da Arquidiocese (www.arquifln. org.br), clicando em Galerias, no alto da página à direita.

Abertas inscrições para Curso Superior de Ciências Religiosas Já estão abertas as inscrições para o Curso Superior de Ciências Religiosas. Promovido e supervisionado pela Província Marista Brasil Centro-Sul - que na Arquidiocese mantém o Recanto Champagnat e agregado à PUC do Paraná, terá início em 15 de fevereiro de 2011. O curso é realizado na Arquidiocese desde 1988. A formação foi organizada para favorecer o crescimento na fé e a preparação de professores de Ensino Religioso e agentes de Pastoral, particularmente, catequistas, formadores e animadores de juventude. Tem a duração de dois anos, com aulas de 2ª a 6ª feira, no período noturno. Oferece forte

conteúdo teológico e bíblico e, paralelamente, o essencial da filosofia, história da Igreja, pastoral juvenil e catequese. As aulas serão realizadas no Colégio Santa Catarina, no Centro, em Florianópolis. Para participar, os interessados devem ter Ensino Médio concluído e a possibilidade de estudo pessoal, além da freqüência. O aluno que desejar, poderá fazer apenas os Programas (Disciplinas) do seu interesse. Mais informações, pelo fone (48) 3240-0904, com o Ir. Anacleto Peruzzo, diretor do curso, ou pelos e-mails anacletop@ marista.org.br ou irotalivio@ y ahoo.com.br ahoo.com.br.


16

Geral

Dezembro 2010

Jornal da Arquidiocese

Coral Santa Cecília comemora 60 anos Evento, realizado na Catedral, contou com a participação especial da Camerata Florianópolis Foto JA

Um Concerto realizado na noite do dia 22 de novembro encerrou as comemorações dos 60 anos de criação do Coral Santa Cecília da Catedral de Florianópolis. Realizado às 20h30, na igreja-mãe, o evento contou com a participação da Camerata Florianópolis. O Concerto do Coral Santa Cecília é tradicional e costuma ser realizado no dia 22 de novembro, ou data próxima, pois nesse dia se celebra a festa de Santa Cecília, padroeira dos músicos e do próprio Coral. O programa da apresentação foi dividido em duas partes. Na primeira, o Coral, “a cappella”, cantou sete músicas consagradas. Na segunda parte, com a participação da Camerata Florianópolis, entre outras peças, foi apresentado o “Salve Regina”, de Lobo de Mesquita, e o “Te Deum” de Mozart. Após as apresentações, o Coral homenageou pessoas beneméritas nesses 60 anos de história. Entre elas, Mons. Agostinho Staehelin, fundador do Coral, três sócios fundadores, e nosso Arcebispo Dom Murilo Krieger Krieger. Após receber a sua homenagem, Dom Murilo lembrou as palavras do Papa sobre a arte. “A Igre-

Pascom define as ações para 2011 Será realizado um encontro com a equipe ampliada da Pascom e duas Oficinas

Pe. Ney, maestro do Coral há 37 anos, regeu a apresentação jubilar ja precisa da arte tanto para expressar a Deus nosso agradecimento quanto para expressar aos homens as belezas escondidas no mistério de Deus. E é isso que o Coral Santa Cecília tem feito há 60 anos”, disse nosso Arcebispo. Pe. Ney Brasil Pereira Pereira, regente do Coral há 37 anos, também recebeu uma homenagem especial. Ele foi presenteado com um quadro representando Santa Cecília, confeccionado por uma ar-

tista plástica integrante do Coral.

História

Fundado em 1950 para solenizar as celebrações na Catedral e eventos da Arquidiocese, o Coral Santa Cecília conta atualmente com 45 componentes, entre sopranos, contraltos, tenores e baixos. O regente, Pe. Ney, conta com o apoio do organista Caio Fabrício da Silva Barbosa e do regente assistente Pedro Cabral Filho Filho.

Comarca de Itajaí conclui formação para Ministros Durante o ano de 2010, de abril a junho e de agosto a outubro, os Ministros da Comunhão, da Palavra e do Consolo e da Esperança das paróquias

Divulgação/JA

da Comarca de Itajaí, tiveram duas oportunidades de participar de encontros de formação. O tema central, abordado em três meses, às quintas-feiras, foi o CREIO, nossa Profissão de Fé. Ministraram os encontros os Padres Cláudio Zimermann, Isaltino Dias, Henrique Gazaniga e José Besen. No primeiro semestre, houve a presença animada de 190 Ministros e, no segundo semestre, de 160. As avaliações foram extremamente positivas, pois nem sempre se tem a oportunidade de refletir de modo distemático sobre a fé cristã. A formação é realizada desde 2004. Para o ano de 2011, ela não será destinada apenas aos Ministros. Todos os membros de Movimentos e lideranças da Comarca poderão participar. Os encontros são no Centro Paroquial da Paróquia Santíssimo Sacramento, em Itajaí.

Mais de 160 pessoas participaram da formação

A equipe de coordenação da Pastoral da Comunicação da Arquidiocese esteve reunida no dia 18 de novembro para definir o cronograma de eventos para 2011. Durante o encontro, realizado na Catedral, a equipe definiu que no próximo ano será realizada uma reunião com a equipe ampliada da Pastoral e duas oficinas de formação e uma celebração para marcar o 45º Dia Mundial das Comunicações. Para o primeiro evento, são convidadas todas as pessoas que atuam com a comunicação nas paróquias, coordenadores de pastorais, movimentos, organismos e serviços. A idéia é apresentar a proposta da Pascom e criar coordenações nas comarcas. Nessa ocasião, será feita apresentação da Mensagem do Papa para o 45º Dia Mundial das Comunicações. A proposta é que nosso arcebispo Dom Murilo Krieger faça a apresentação do texto para a imprensa e as lideranças presentes. Na oportunidade, ainda se poderá fazer a apresentação de algum trabalho realizado na Arquidiocese. Durante o ano, serão realizadas duas oficinas. A primeira

será a de “Comunicação na Liturgia”. A intenção é reunir os responsáveis pela Liturgia nas paróquias e comunidades para um dia de formação, com o objetivo de dinamizar esse trabalho. Além de um especialista em Liturgia, a equipe pretende trazer um profissional que ensine técnicas de leitura e dicção. Outra oficina será a de “Novas Mídias”. O uso da Internet através er kut e do MSN MSN, Twitt witter er, Blog Blog, Or Ork outros meios virtuais cresce cada vez mais. E envolve sobretudo os jovens. São meios fáceis de operar e gratuitos. A oficina pretende conscientizar da importância da evangelização através desses meios e de como operá-los. A proposta é que os eventos não se concentrem apenas em Florianópolis, mas que se aproximem mais dos participantes. Assim, uma delas pode ser em Itajaí, favorecendo a região norte da Arquidiocese. Além desses eventos, a equipe de coordenação pretende redigir um material de apresentação da Pascom, seu projeto pastoral e uma pesquisa sobre a atuação dos meios de comunicação na Arquidiocese.

DATA

HORA

19/03

08:30

Reunião Equipe Ampliada da PASCOM

04/06

08:30

Oficina - Comunicação na Liturgia

Catedral

45º Dia Mundial das Comunicações

Catedral

05/06 10/09

08:30

EVENTO

Oficina Pascom - Novas Mídias

LOCAL Biguaçu ou Catedral

Itajaí ou Florianópolis


Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.