VILA POUCA DE AGUIAR com
José Luís Ferreira
Índice I - Desenvolvimento económico e social.
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1 - Mundo Rural e Desenvolvimento Agrícola
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2 - Atividade Industrial 04 3 - Comercio Local 05 4 - Turismo. 07 4.1 - Plano de Desenvolvimento Estratégico do Alto Tâmega
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4.2 – Termalismo 08 4.3 – O Complexo Mineiro Romano de Tresminas
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4.4 – O Centro Tecnológico interativo do Ouro
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4.5 – Cooperação com os Industriais da Hotelaria e Restauração 10 4.6 – Outras propostas relativas ao Turismo
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4.7 – As Freguesias e o Turismo
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II - Apoio Social e combate às desigualdades
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III – Ambiente e Desenvolvimento sustentado
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IV - Educação, cultura e desporto.
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V - Democracia participativa. 21 2
Programa da CDU para Vila Pouca de Aguiar I. Desenvolvimento económico e Social: A CDU considera absolutamente imperioso potenciar os nossos recursos, atrair investimentos, defender uma política de apoio à produção e criação de emprego com direitos, estimulando a modernização das PME’s e exigir o fim das portagens que continuam a estrangular as economias locais. Para além disso e ao nível do desenvolvimento económico e social, as propostas da CDU passam por revitalizar a agricultura, defender os baldios, elaborar, em conjunto com os empresários do sector, uma estratégia para promover a exportação dos nosso granitos, dinamizar o comércio local e colocar Vila Pouca de Aguiar na rota do turismo. 1 – Mundo Rural e Desenvolvimento Agrícola A agricultura para além de constituir um importante setor da nossa economia local, com potencial para muito mais, representa ainda um elemento fundamental para combater a desertificação e o despovoamento do mundo rural. A CDU considera que a agricultura tem de ser vista como um setor estratégico, para isso propomos: - Criar incentivos aos jovens que invistam na agricultura do nosso concelho, contrariando o predomínio da agricultura praticada por uma população envelhecida, com custos de produção relativamente elevados e com fracas relações de mercado. Estes incentivos podem passar pela isenção de taxas e por maior celeridade processual na emissão de licenças camarárias. - Lutar pela reinstalação de um matadouro no concelho e proceder a ajudas ao nível da sanidade animal. - Cooperar de perto com a Associação Portuguesa de Castanha, para incentivar a plantação de castanheiros no Concelho, como forma de aumentar significativamente a exportação da castanha. 3
- Incentivar a produção de Plantas Aromáticas, da Horticultura, da Fruticultura e das culturas arvenses. - Incrementar e incentivar a produção biológicas de várias espécies. - Incentivar a limpeza das matas para evitar, quer a degradação dos próprios terrenos quer os incêndios florestais. - Considerando que em 2014 se inicia um novo período de programação de fundos comunitários, nos quais se insere o apoio ao desenvolvimento agrícola e rural a financiar pelo FEADER, é necessário acompanhar e prestar apoio aos produtores no âmbito de futuros apoios. Assim o Gabinete de Apoio ao Agricultor terá de contar com um técnico para elaborar e remeter os projetos agrícolas ao IFAP, bem como dar apoio e acompanhamento na instalação de projetos agrícolas. - Incentivar a reconversão das “culturas tradicionais” e modernização tecnológica das explorações, nomeadamente ao nível das principais produções, Batata, Castanha e Carnes. - Os nossos produtores, por si só, têm muitas dificuldades em responder às encomendas de determinados clientes. São necessárias formas de concertação entre os diversos produtores para que se ganhe dimensão em alguns produtos. - Promoção dos produtos de TMAD (Trás os Montes e Alto Douro). O nosso Concelho precisa de uma estratégia concertada de promoção dos seus produtos na região, no país e no mercado externo, o que passará pela existência de um “chapéu” comum para os “Produtos de Trás-os-Montes “. - Defender a Lei dos Baldios e promover a valorização dos baldios. 2 – Atividade Industrial Da atividade industrial do nosso concelho, ganha destaque, pela sua dimensão e importância económica, o sector do Granito. A CDU considera, no entanto que este setor tem potencialidades para crescer muito mais, nesse sentido propomos: 4
- Elaborar, em conjunto com os empresários do sector e com a A:I.G.R.A, um novo Plano Estratégico para promover a exportação dos nossos granitos - Mudar o conceito da Feira do Granito, que começa a ficar descaraterizada, misturando-se na feira várias valências o que é pouco apelativo para os visitantes que vêm com o propósito exclusivo de procurar negociar na área do Granito. - Internacionalização da marca Capital do Granito. - Estabelecer protocolos com organismos como AICEP Global Portugal e Câmara do Comercio para a divulgação no mercado nacional e estrangeiro da Capital do Granito. - Prosseguir os contactos com vista á internacionalização e exportação para novos mercados como a Argélia. - Participação em feiras no mercado nacional e estrangeiro para divulgação das indústrias do sector do granito do concelho. - Fomentar e incentivar os industriais para melhoramento e aproveitamento do Parque Tecnológico (ex. Showroom aberto diariamente para empresas do concelho na antiga Tabopan.) - Dinamizar o sector do granito, agrupar as indústrias do ramo da pedra, para sua competitividade através da diminuição dos preços das matérias-primas com a colaboração da A.I.G.R.A. - Criar um gabinete de apoio e acompanhamento à exportação. - Estudar a possibilidade de aumentar a percentagem das matériasprimas nas obras do concelho. - Divulgação nas universidades de Arquitetura dos materiais existentes no concelho. 3 - Comércio Local: Para além da importância que o Comércio tradicional teve, ao longo de décadas, na economia concelhia, representava ainda uma oportunidade fundamental para que os agricultores aguiarenses pudessem escoar os seus produtos. 5
Porém as políticas neoliberais protagonizadas por Governos do PS, PSD e CDS, que levaram á proliferação das grandes superfícies comercias e á liberalização dos seus horários de funcionamento, acabaram por colocar o nosso comércio local numa situação verdadeiramente insustentável e os nosso agricultores sem possibilidade de escoar os seus produtos. A CDU pretende inverter este caminho e recolocar o comércio tradicional no patamar que assumiu no passado. Nesse sentido propomos: - Defender regras mais restritivas para o licenciamento de superfícies comerciais de média e grande dimensão, bem como impor o encerramento das grandes superfícies comerciais aos domingos e feriados. - Rever a postura do trânsito na Vila, envolvendo todos os comerciantes e cidadãos para duma forma concertada alterar o que se julgar oportuno, evitando as voltas que hoje são necessárias dar para chegar ao centro da vila, o que não ajuda nada para que quem nos visite o volte a fazer. - Reunir com os comerciantes para estudar a possibilidade de durante a época de verão e em consonância com o “Verão Cultural”, as lojas proporcionarem um alargamento de horário. - Fomentar a união e cooperação entre os estabelecimentos noturnos, para em conjunto com o Município promover duma forma integrada, consistente, segura e pacifica a “movida noite” de Vila Pouca de Aguiar. Esta união poderá passar, por exemplo, por uma promoção de algumas festas temáticas alusivas a história do nosso Concelho. - Associar o Dia da Juventude à Noite Branca Aguiarense, permitindo que nesse dia, os estabelecimentos noturnos que não incomodem terceiros, possam estar abertos toda a noite. - Recuperar as tradições que se foram perdendo ao longo dos anos e que podem e devem ser um fator de atratividade para o comércio local, como por exemplo “A Queima do Judas” ou a “Queima da Vaca”. - Alargar o período de promoção da Feira das Cebolas como referência da maior feira do Concelho. Esta promoção poderá passar por uma 6
maior visibilidade e valorização dos nossos Produtos Locais e dos nossos Usos e Costumes. - Criação de um SITE em parceria com a Associação de Comerciantes onde conste toda a informação útil sobre o comércio do concelho. - Integrar em futuras visitas dos turistas ao Concelho as lojas de artesanato que presentemente também sofrem com a falta de atratividade. 4. Turismo 4.1 Plano de Desenvolvimento Estratégico do Alto Tâmega O Concelho de Vila Pouca de Aguiar possui presentemente um conjunto de unidades hoteleiras e de restaurantes suficientes para acreditar que temos todas as condições para se proceder a uma verdadeira política de coesão no âmbito do turismo. Porém só com só com uma verdadeira união de esforços, que ultrapasse os limites do concelho, é que poderemos dar o salto para uma clara internacionalização dos nossos produtos de Marca. Sozinhos, dificilmente conseguiremos “sobreviver” no meio de tanta oferta, quer de âmbito Nacional, quer Internacional. Neste sentido a CDU propõe promover e incentivar a criação de um “grupo de trabalho” com os nossos vizinhos, nomeadamente, Chaves, Boticas, Montalegre e Ribeira de Pena, para em conjunto se elaborar, ao nível do Turismo, um Plano de Desenvolvimento Estratégico do Alto Tâmega. Atualmente, nenhum destes Concelhos tem capacidade para “prender” um turista por longos períodos. É por isso que se torna imperioso ter uma visão mais alargada e integrada do Turismo, envolvendo os concelhos vizinhos e valorizando as potencialidades de cada um dos concelhos e sobretudo fortalecendo as variáveis comuns, como por exemplo: - Termalismo e Romanização: Vila Pouca de Aguiar e Chaves. 7
- Turismo de Aventura e Património Natural: Vila Pouca de Aguiar e Boticas. - Património Histórico e Natural: Vila Pouca de Aguiar e Montalegre. - Turismo de Aventura e Natureza: Vila Pouca de Aguiar e Ribeira de Pena. 4.2 – Termalismo Face aos apelos e campanhas agressivas em torno do turismo no litoral e no estrangeiro, importa procurar respostas para que o interior constitua uma verdadeira alternativa enquanto destino turístico. É necessário aproveitar os recursos que temos e sobretudo é imperioso valorizar as potencialidades que Vila Pouca possui e que os destinos clássicos de turismo não têm, nem conseguem comprar. É aqui que a CDU considera ser necessário canalizar energias: O termalismo será sempre um fator preponderante no desenvolvimento turístico do nosso Concelho. Nesta matéria as propostas da CDU passam por: - Voltar a lutar pelo reconhecimento do Parque Termal de Pedras Salgadas, como uma estância verdadeiramente direcionada para a Cura Terapêutica/Termal e não mais um SPA vocacionado essencialmente para tratamentos do corpo e beleza facial. Para SPA de beleza, qualquer hotel concorre diretamente. Um SPA até pode ser instalado numa cave ou num edifício de uma qualquer cidade, um Balneário, exige muito mais, que as cidades não têm, mas que nós temos. - Dialogar com os proprietários dos Coches de Pensalves no sentido de estabelecer um protocolo que torne possível, instalar durante o período da Primavera e Verão, um Museu dos Coches em Pedras Salgadas. Este meio de transporte faz parte da história do Parque Termal, uma vez que asseguravam o transporte dos Aquistas da Estação para os Hotéis nestas Charretes. - Aproveitar o novo QREN para a edificação de um Centro de Interpretação 3D sob o tema “ A Água e as suas características termais” 8
em Pedras Salgadas. Este centro pretenderá abarcar a problemática da água, como fonte de vida, a sua composição e as suas características minero medicinais. Pretende-se que seja um Centro de Interpretação interativo, onde o visitante seja “convidado” a fazer parte da própria evolução histórica ao ser integrado tridimensionalmente. 4.3 - O Complexo Mineiro Romano de Tresminas Todas as nossas valências no âmbito da projeção turística são importantes, mas, pela singularidade que reveste, teremos de destacar o Complexo Mineiro Romano como um forte sector de incrementação turística para o desenvolvimento do Concelho. Esta potencialidade encontra-se hoje numa situação de quase abandono obtendo-se assim um elevado défice de promoção turística do local. As proposta da CDU vão no sentido de: Alterar o seu conceito de interpretação, já que este Complexo, foi um local de trabalho árduo, (como conceito da civilização Romana de não olhar a meios para atingir os seus fins) isto é, obter ouro para cunhar moeda e subsequentemente manter o seu vasto império a funcionar administrativamente. Será necessário numa primeira fase proceder aos seguintes trabalhos: – Recuperar e valorizar o espaço onde se situa o provável Acampamento Militar Romano da Legeo VII Gemina, de forma a ser ponto de referência militar e formativa. Não nos podemos esquecer que não existe um Acampamento Militar tão bem preservado como o nosso. Acresce ainda que esta recuperação pode e deve ser feita por meios que o próprio Município possui, não exigindo assim grandes investimentos. - Criar duas rotas de visita mediante o grau de dificuldade, dando a possibilidade de escolha aos visitantes. - Durante os percursos será necessário colocar mais informação no âmbito histórico e Ambiental. - Introduzir o Burro como meio de transporte para visitar alguns dos locais. 9
- Intervir arqueologicamente num dos “Postos de Vigia” para o visitante ter uma perspetiva mais abrangente do local. - Limpar e desobstruir todos os locais que se encontram presentemente ao abandono. 4.4 – O Centro Tecnológico Interativo do Ouro O Ouro fez e fará sempre parte da história e do desenvolvimento económico do nosso Concelho. Assim, no âmbito do QREN, faz todo o sentido procurar edificar em Vila Pouca de Aguiar um Centro Tecnológico Interativo do Ouro, onde o visitante “entre na própria exposição” e faça parte da própria história, que vai desde a sua extração, passando pela sua composição mineral e finalmente a sua valorização económica no mundo. Com a aposta neste tipo de infraestruturas, poderemos ter duas valências que nos serão muito úteis para inverter a falta de atratividade que neste momento nos deparamos, a saber: A primeira é a de ser um Centro Tecnológico inexistente em Portugal, o que só por si poderá constituir um fator de curiosidade e atratividade. Nesta linha não pretende ser mais um Museu onde se colocam peças estáticas e não traz nada de novo na originalidade, mas sim, um Centro vivo de interligação com o visitante. Entramos numa era tecnológica onde a informática está presente no dia-a-dia das nossas vidas, há que aproveitar estas novas faculdades do desenvolvimento tecnológico. A segunda é a rentabilidade que este Centro Tecnológico poderá trazer, uma vez que, quando se introduzem elementos de originalidade nos projetos, temos mais possibilidades de sucesso. Hoje em dia a inovação “comanda” o engenho e a astúcia humana. 4.5 - Cooperação com os industriais da Hotelaria e Restauração Uma sólida cooperação do Município com os industriais do sector da Restauração e Hotelaria, e uma cooperação entre esses industriais, 10
ficando o Município com a responsabilidade de aglutinar e fomentar essa cooperação, é decisiva quando falamos do desenvolvimento do concelho. Ao nível dessa cooperação a CDU propõe: - Introduzir na época de verão um Autocarro Panorâmico para duma forma concertada recolher em todas as unidades hoteleiras do Concelho os turistas que pretendam visitar os principais pontos turísticos do Concelho. - Promover contactos com os mais diversos Operadores Turísticos especializados em Turismo Termal, Turismo Histórico, Turismo da Natureza e Turismo de Aventura, com vista a encontrar contributos para a promoção do concelho. - Fora de Portugal pretendemos proceder a contactos para promover e organizar excursões com o intuito de visitar, almoçar/jantar e pernoitar no Concelho. Existem dezenas de empresários de nacionalidade portuguesa e alguns conterrâneos que estão ao leme de várias agências de viagens pela Europa e pelo mundo e que poderão ter um papel ativo na divulgação e promoção do Concelho. - A CDU continuará a lutar para que a taxa do IVA na restauração volte aos 13%. 4.6 – Outras propostas relativas ao Turismo Para além disso, a CDU propõe como medidas estruturantes que contribuirão para um efetivo desenvolvimento Turístico do Concelho: - Proceder a uma verdadeira aposta na recuperação dos principais monumentos, no sentido de se poder ter uma oferta com clareza e maior qualidade. - Realizar em todas as Primaveras um Festival de Jardins Temáticos. Cada jardim será subordinado a um determinado tema, dando assim oportunidade à criação, à arte e ao engenho humano. - Considerando o forte crescimento de um segmento que tem vindo a ser ignorado, propomos a criação de um Parque de Auto Caravanismo. - As Casas de Turismo Rural, espalhadas pelas nossas Freguesias, merecem um olhar atento para voltarem a apostar no seu pleno
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funcionamento. Assim, será necessário investir na divulgação e cooperação entre o Município e os industriais deste sector para atrair um maior número de turistas e consequentemente gerar emprego. 4.7 – As freguesias e o Turismo Mas ao nível do Turismo a CDU também tem propostas para “fazer mexer” as várias Freguesias do nosso concelho, designadamente: - Freguesia de Sabroso: exigir da UNICER a recuperação das Fontes Termais, e assim tentar criar o circuito das Fontes Termais entre Pedras e Sabroso. - Freguesia de Telões: .Encetar negociações com a família do Padre Rafael Rodrigues, para recuperar a casa deste pioneiro da arqueologia aguiarense. Muito espólio de grande valor ainda se encontra no local, sujeito a deterioração. .Valorizar a vida e obra do Padre Manuel do Couto, com a cooperação da Paróquia, procuraremos criar um centro de interpretação sobre a sua Vida e Obra. .Dinamizar o centro de interpretação do Castelo de Aguiar, através de um protocolo com a Junta de Freguesia de Telões, como forma de auxiliar os turistas que visitam aquele monumento. - Freguesia de Soutelo de Aguiar: .Queremos proceder a uma intervenção para valorizar os desenhos serpentiformes esculpidos na rocha em Parada de Aguiar, que datam da época pré romana e que podem e devem ser um fator de atratividade. .Propomos a recuperação dos moinhos da aldeia de Fontes que em conjunto com o seu enquadramento paisagístico poderá assumir-se como uma bela atração turística através das caminhadas. - Freguesia do Bragado e Pensalves, propomos a criação da Rota do Morangueiro, que abranja também Monteiros, através da valorização das Adegas subterrâneas como ponto turístico. 12
- Freguesia da Vreia de Jales: .A criação do Centro Interpretativo do Mineiro, como forma de recuperar a memória de todos aqueles que ao longo de dezenas de anos deram o seu melhor para retirar o precioso metal. Pretende-se que seja um espaço de memória fotográfica e documental, através da recolha do material pela freguesia. .Dignificar o único troço, em bom estado no concelho, de Calçada Romana situado na Barrela e que se encontra num estado de degradação. .Valorizar a Estátua/Estela Menir que se encontra contíguo à Barrela, porque monumentos únicos em Portugal, como é o caso deste, são extremamente importantes para uma verdadeira promoção do concelho. - Freguesia de Alfarela é necessário valorizar o Fragão do Quelho, símbolo da autoridade e independência das gentes de Alfarela de Jales. A reconstituição da sua história é passo importante para que a memória coletiva das gentes de Alfarela não se perca. - Freguesia de Vreia de Bornes: é imperativo revitalizar para divulgação o único Moinho de Vento existente no Concelho, em Barbadães de Baixo, de forma a proporcionar uma verdadeira atratividade.
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II – Apoio Social e combate às desigualdades Numa altura em que o poder central está de saída do interior e o Governo PSD e CDS prossegue um ataque sem precedentes às Funções Sociais do Estado, importa defender os serviços públicos e reforçar o papel da Autarquia relativamente ao combate à pobreza e à exclusão social, alargando a rede de equipamentos de apoio social e encontrar soluções que permitam esbater a solidão e o isolamento das pessoas idosas que se encontram sozinhas. Com estes objetivos a CDU propõe: - A criação de uma Biblioteca Itinerante para combater a solidão e a iliteracia dos idosos nas nossas freguesias. Com uma população idosa e propícia à solidão este projeto será fundamental. “Um livro, uma companhia”. - Aproveitar os recursos do Município para promover um trabalho mais estreito e mais cooperante e efetivo entre o Município e os Centros de Dia das várias aldeias de forma a obter uma maior dinamização dos mesmos. - Face ao crescente envelhecimento da população será necessário apoiar da forma possível a edificação de novos Centros Sociais nas várias freguesias. - Monitorizar com especial atenção os crescentes casos de carência económica dos nossos idosos. O Município terá sempre a obrigação de canalizar recursos para esta crescente problemática. - Promover todos os anos o dia dos Avós. Juntar avós e netos num convívio a realizar todos os anos e em freguesias diferentes. - Tentar criar um protocolo com as Clínicas dentárias com objetivo de cuidar da saúde oral da população mais envelhecida e carente, de forma a melhorar a sua qualidade de vida e, simultaneamente, reduzir a probabilidade de ocorrência de outros problemas. - Promover e incentivar o Trabalho Social com Idosos entre Freguesias, com o objetivo de oferecer uma melhor qualidade de vida à terceira idade. Fomentar a participação de diversas atividades e trabalhos em grupo com pessoas da mesma idade e de outras gerações. 14
- Realizar um protocolo com as Associações de Escuteiros e outras para de forma articulada, visitarem e dinamizarem socialmente os Centros de Dia de forma a criar empatias e trocas de experiências entre os Jovens e a Terceira Idade. - Com o intuito de desenvolver a Tradição Oral e estimular o auto conhecimento das gerações mais idosas, é necessário estabelecer parcerias com as Juntas de Freguesia para a edição de um livro “Livro das Recordações” onde conste todas as memórias da cada Freguesia.
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III – Ambiente e desenvolvimento sustentado Em matéria de ambiente e desenvolvimento sustentável, a CDU assume, como compromisso eleitoral, a defesa do ambiente, a qualidade do ar e o tratamento de resíduos, promovendo a despoluição dos cursos de água do nosso concelho. Defender a água como um bem público e reivindicar o regresso à autarquia da gestão e distribuição da água. Para além disso, a CDU propõe: - Um referendo local sobre o futuro da Praça. O jardim de baixo foi durante décadas um espaço de eleição para todos os que pretendiam um pouco de repouso, um pouco de sombra, “dois dedos de conversa”, ou simplesmente passear. Entretanto o jardim de baixo foi transformado numa Praça “despida” e “fria” todo ano, mas insuportavelmente quente no verão. A CDU considera que é necessário repensar este espaço e se essa for a vontade dos Aguiarenses poderemos vir a ter de novo, o nosso velho jardim de baixo. Propomos assim a realização de um referendo local no sentido de apurar a vontade dos aguiarenses, se pretendem que a Praça fique como está, se preferem voltar a ter o Jardim de Baixo ou se preferem uma solução mista, que consiga compatibilizar a manutenção da Praça, mas reduzida, para que uma parte seja de novo instalado uma parte do jardim. - A construção de um Parque Biológico e Ambiental A existência de um Parque Biológico e Ambiental no nosso Concelho, representa um trunfo para o desenvolvimento turístico sustentável e integrado de Vila Pouca de Aguiar. Nesse sentido, a CDU procurará estabelecer uma pereceria de cooperação com a UTAD, para tornar possível a materialização desta proposta. As várias espécies autóctones que povoam o nosso Concelho, podem e devem ser valorizadas para atrair, sobretudo, o crescente incremento do denominado Byrd Watching pela Europa, ou seja, safari fotográfico de aves e outros animais. Este projeto, além de possuir as características da preservação das nossas espécies, algumas delas 16
ameaçadas, pode e deve ser também vocacionado para a Educação Ambiental onde todas as faixas etárias estarão integradas. Das várias espécies que se poderão introduzir destaca-se o Lobo, a Raposa, o Javali, o Burro, a Perdiz, etc. - A defesa das atividades Agrícolas e Florestais As atividades Agrícolas e Florestais dão um contributo extremamente importante para o equilíbrio ecológico, uma vez que são os únicos setores da atividade económica que tem capacidade para sequestrar carbono e, desta forma, compensarem as emissões de outras atividades. A relevância da floresta, o aumento dos prados e pastagens permanentes e a prática da sementeira direta são um contributo positivo para o aumento dessa capacidade. A CDU propõese defender e valorizar as atividades Agrícolas e Florestais, que para além de todas as vantagens referidas, ainda representam um instrumento fundamental para combater a desertificação e a erosão dos solos.
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IV – Educação, Cultura e Desporto A Educação é um fator de emancipação, de formação, valorização e desenvolvimento do indivíduo, preparando-o para a vida profissional e para o exercício da cidadania. É também um pilar fundamental para o desenvolvimento do país e para o combate à pobreza, às injustiças e à exclusão social, em prol de uma sociedade mais justa, equilibrada e sustentável. A educação para todos só é possível com uma escola pública, na qual, autarquias e administração central têm um papel fundamental, onde a interação e a articulação devem ser amplamente concertadas e onde a comunidade escolar não pode estar arredada, pois pais, alunos e professores têm um papel vital neste processo e devem, por isso, ser sempre envolvidos nas decisões e no planeamento. No quadro de competências das autarquias locais, deve ser assegurada uma Escola Pública de qualidade, que dê ênfase à inclusão, à educação para a paz e para o ambiente e que incentive a prática desportiva e as diversas expressões de índole cultural. Os compromissos da CDU passam por combater a crescente desresponsabilização do Estado relativamente à Educação, rejeitar a transferência de novas responsabilidades da Administração Central, reclamar que o Governo assuma as suas responsabilidades, combater os mega agrupamentos e a degradação da escola pública e trabalhar no sentido de aproximar a escola das populações. A Ação e o Poder Local são fatores de desenvolvimento e aprofundamento de cultura. Promover a prática do desporto e da expressão cultural nas suas diversas formas, é sinónimo de uma sociedade saudável e para a qual devem ser criados, desenvolvidos e dinamizados espaços quer físicos quer sociais. O envolvimento das populações e o incentivo e apoio a associações, grupos e coletividades de cultura, desporto e recreio, é um passo fundamental que tem de ser aprofundado. Por outro lado é necessário aproveitar plenamente os equipamentos desportivos e culturais existentes, apoiar os programas que incentivem 18
a renovação e o rejuvenescimento dos públicos, apoiar o ensino artístico e as iniciativas dos produtores e criadores culturais, bem como a atividade associativa, rejeitando e combatendo a crescente desresponsabilização do Estado e a proliferação das Parcerias Publico Privadas. A CDU propõe assim: - Apoiar o Associativismo concelhio. - Apoiar e fomentar a cultura e o desporto nas suas variadas vertentes bem como apoiar as várias associações do Concelho. - Promover o intercâmbio de Projetos Escolares entre o(s) agrupamento(s) do Concelho e os restantes agrupamentos dos Municípios do Alto Tâmega. -Promover e incentivar a troca de projetos entre as nossas Bibliotecas Escolares e as restantes do Alto Tâmega. - Promover e incentivar a vinda de escritores à Biblioteca Municipal e às Bibliotecas Escolares para valorizar os intercâmbios culturais e pedagógicos. - Obter parcerias com os vários Museus da Região para promover a nossa cultura, a nossa identidade e os nossos recursos turísticos. - Incentivar a criação de um Grupo de Teatro Amador. - Proceder a réplicas das principais peças arqueológicas de grande valor que foram retiradas do nosso Concelho e que se encontram nos grandes museus do País. - Procurar um destino para as lojas do Complexo Desportivo que estão sem ocupação. - Encetar negociações com a família do Dr. Henrique Ferreira de Vila Pouca de Aguiar, para valorizar o seu imenso espólio fotográfico sobre o Concelho e criar um centro de Fotografia e Imagem. - Apoiar e cooperar de perto com a organização do desfile de carnaval mais importante do Concelho, o desfile de Cidadelhe de Aguiar, com o propósito de o projetar para além do Concelho. - Em parceria com as livrarias, editoras e com os Agrupamentos Escolares, voltar a promover a Feira do Livro como fonte de combate 19
ao absentismo da leitura. - Promover Verdadeiros Verões Culturais, de forma a atrair um maior número de pessoas ao Concelho. - Promover e apoiar o “Encontro dos Músicos do Concelho” proporcionando assim o convívio e o estabelecimento de laços entre as novas gerações e as gerações mais velhas na área musical.
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V – Participação e Democracia participativa Só com uma permanente e ampla participação caminharemos para a democracia social. A vivência e o exercício da democracia não pode esgotar-se no ato de votar de quatro em quatro anos. A democracia exige muito mais. Exige que os cidadãos participem nas decisões sobre a gestão da coisa pública. É fundamental trabalhar com e para as pessoas, ouvir os munícipes, as instituições, as associações e as empresas, promover parcerias, unir esforços e fomentar dinâmicas. Mas também é imperioso continuar a dizer “Não” à extinção de freguesias e ao empobrecimento da nossa democracia. É fundamental que os autarcas estejam ao lado das populações sempre que os interesses das populações estejam em causa. È necessário estar ao lado das pessoas quando o Governo Central pretender fragilizar os serviços públicos, quando pretender levar-nos o SAP, os cuidados paliativos, o posto da GNR, as Finanças ou outro qualquer serviço público. Os autarcas da CDU estarão sempre ao lado das populações.
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Câmara Municipal José Luís Ferreira
Assembleia Municipal Nuno Sousa
2º Paulo Cristiano Independente
3º Elisabete Sousa
4º Cláudia Alves
5º Alfredo Teixeira
6º Micaela Batista
7º Ricardo Fontes
8º Jorge Martins
9º Helena Costa
10º Adelino Alfarela 22