As salinas são espaços de relevante interesse paisagístico e verdadeiros reservatórios de biodiversidade devido às diferenças de salinidade, profundidade e formações vegetais que se encontram no seu interior, permitindo a coexistência numa área relativamente confinada, de grande variedade de organismos da base da cadeia trófica. São espaços de grande importância para as aves, com condições de alimentação e abrigo vantajosas, sendo que não sofrem a influência do ciclo diário das marés. O sapal disponibiliza alimento a muitas aves durante a maré vazia, especialmente limícolas, que utilizam o seu bico comprido na prospeção do lodo. As salinas, ao garantirem um baixo nível de água, servem de abrigo e de alimentação durante a maré – cheia. No entanto só as salinas ativas e preservadas funcionam como local de refúgio, alimentação e nidificação para as aves. As salinas degradadas ficam sujeitas ao regime de marés e perdem as caraterísticas que as tornam tão importantes para a avifauna.
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FAUNA Fauna Biodiversidade das salinas
As aves das salinas Algumas das espécies de aves observáveis nas salinas são o alfaiate (Recurvirostra avosetta), maçarico-das-rochas (Actitis hypoleuca), pilrito-comum (Calidris alpina), flamingos (Phoenicopterus ruber) andorinha-do-mar-anã (Sternula albifrons),perna-longa (Himantopus himantopus), borrelho-de-coleira interrompida (Charadrius alexandrinus), estas últimas três espécies nidificam nas salinas.
Os invertebrados das salinas Na coluna de água e nos fundos lodosos das salinas ocorrem grande variedade de invertebrados, desde larvas de insetos, a anelídeos (minhocas), gastrópodes (berbigões) e crustáceos (camarões e caranguejos). O seu conjunto constitui um recurso alimentar fundamental na cadeia trófica, suportando a maioria das comunidades de aves.