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DISSONNETTO CURANDEIRO [0055]

Bernardo Guimarães fez do elixir o symbolo da força do pagé e o povo deposita sua fé em philtros e poções pro pau subir. Alguns querem remedio p’ra dormir. Ja os pós vão desde o rapido rapé, polvilhos p’ra frieira e p’ra chulé, até os taes saes que fazem surdo ouvir. Não sou pagé, mas tenho meu poder: o dom do cego bom, que se degrada. Quem usa minha bocca p’ra foder desfructa dum prazer que não enfada. No pé quem quer tambem esse prazer e minha lingua applica, qual pomada, no meio dos artelhos, pode crer: Addeus mycose! (E goze uma mammada!)

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