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INFINITILHO DA PASTILHA (1/2) [8097]
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Levado ao popular prompto soccorro, nem tive que esperar para attendido ser pelo plantonista, rapazelho ainda, que de duvidas me criva: “Tem febre? Sente enjoo? Vomitando está? Faz cocô molle? Tem sahido bem liquido? Faz tempo que você ficou assim? Que drogas tem tomado?” Em vez de soro dar-me, elle me passa appenas uma pillula, que engulo depressa, com receio de cuspil-a, mas surte tal effeito, que dalli eu saio saltitante de alegria, sem minimos symptomas do que tive.
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Mal posso accreditar! Eu quasi morro mas basta aquelle simples comprimido e ter daquelle medico o conselho, que espero uns annos mais para que viva sem medo doutro virus tão nefando! Mas não me receitou, esse sabido doutor, o tal remedio, qual o que! Segredo quer o gajo, por seu lado, manter? Ora, mas isso não tem graça! Preciso descobrir si effeito nullo teria tal placebo, ou si tranquilla será sua funcção. Ja percorri pharmacias, drogarias, mas um dia descubro por que disso o doutor vive.