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DISSONNETTO PARA UM ESTADO GRIPPAL [1757]

Começa com expirro. Depois passa, demais, a excorrer ranho. Logo entope. Não ha o que desentupa, nem que faça com que não sobrevenha algo, a galope. E a tosse é galopante! Enche uma taça o ranho, que mais lenços não ensope. Bobagem, quando pouca, é uma desgraça, e causa somnolencia meu xarope.

Catarrho expectorando, cuspo a placa ja quasi exverdeada, amarellinha, talvez (Meio tom, isso!), quando attacca aquella tosse grossa, que apporrinha. Até que tudo accabe, corre tanto tempão nessa roufenha ladainha, que até falta a audição e, si levanto a voz, nem me paresce ser a minha.

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