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RHAPSODIA CRUZIANA (1/2) [8394]

(1)

{Achei curioso, Glauco, como o Cruz e Souza canta a bocca. Alem daquella funcção grandiloquente do chavão, seu lyrico sonnetto salienta dois ponctos importantes: um, que pode a bocca dum archanjo outra temptar, tambem de archanjo, ou seja, anjo com anjo; dois, dicta perfumada, a bocca foi, alem disso, de “toxica” chamada, ou seja, carnalmente conspurcada, talvez, pelo contacto dalgo sujo. Lhe soa tal analyse correcta, Glaucão, ou vejo coisas por meu lado?}

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(2)

-- Tambem eu dessa forma ja suppuz. Sim, penso numa bocca, alem de bella, angelica. Voltada à temptação, por outro lado, e como que nojenta, podendo ser aquella que se fode. Si for bocca de cego, seu logar será servir de foda a algum marmanjo, é claro. Mesmo quando elle se enjoe de nella penetrar, acho que em nada altera-se a questão. Dando risada estão nossos leitores, bem sei, cujo sadismo no boquette se completa. Eis como destrinchei esse recado.

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