Verdade
Objectividade
MODALIDADES
Isenção
EM BALANÇO FUTSAL páginas 26 e 27 HÓQUEI EM PATINS páginas 22 e 23
ATLETISMO Tiago Marto um campeão Director: Carlos Borges | Sexta-feira | 19 Junho 2009 | Ano 1 | N.º 9 | Preço: 1 Euro | Bissemanal (Terça e sexta) | www.desportotal.pt
páginas 16, 17 e 18
“HERÓIS” DESCARTÁVEIS
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Antes de ir para o Brasil Manuel Fernandes deixou indicações de que não prescindia de Tiago e Luís Carlos. Esses desejos não encontraram eco em quem dirige o futebol da União de Leiria...
Tripela
Invenção que tarda em espalhar-se pela Europa Páginas 4 e 5
Amanhã e Domingo
Campeonato da Europa de Equipas SPAR 2009 Páginas 12, 13 e 14
Pool uma modalidade em crescimento no Distrito de Leiria Página 31
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EDITORIAL
Costa Santos
O dever de informar e… o “direito de o sonegar”!
“O importante é que Leiria vai receber uma prova de nível europeu e é imprescindível que a cidade, as suas gentes, saibam marcar presença, encher o estádio e gritar que SOMOS GENTE!”
Leiria vai receber neste fim-de-semana, um Campeonato da Europa de Atletismo. Um evento importante que, seguramente, transportará a imagem da cidade para muitos recantos da nossa bela Europa. Mandava a boa "gestão de imagem" que, para além de uns cartazes de grandes dimensões, para além de, quase em segredo, se ir falando do que "irá ser" esta prova, a organização não se cansasse de encher as redacções dos órgãos de comunicação social da cidade, do concelho ou do Distrito, de notícias, informações, sugestões, etc.etc, para que, atempada e profusamente se pudessem divulgar todos os pormenores do evento. Mas não. Pela parte que nos toca - e só dela falamos! - estivemos até à última para saber "coisas", pormenores importantes, temas de uma reportagem com estilo de antevisão.
Bastaria, se houvesse interesse nisso, verificar qual o dia da saída do nosso jornal, para se ter a sensibilidade jornalística - se alguém sabe o que é isso… - do quanto teríamos de trabalhar no "antes", muito mais "que no depois", apenas e só para cumprirmos o nosso dever de INFORMAR. Ligados a estilos antigos, presos a "jornais oficiais", as fontes tinham as torneiras "fechadas" e só deixavam jorrar o que era óbvio e sobejamente conhecido do comum do cidadão. Houve, até, quem ousasse prometer "ofertas de bilhetes", quando…as ofertas são públicas, as entradas são gratuitas. Neste emaranhado de caminhos, muita coisa se cruza, desde o desporto à política, dos bem intencionados aos oportunistas. O normal de uma sociedade que continua a viver de expedientes, a marcar a diferença entre o "caci-
que" e o "mendigo" mas sem que a diferença marque a vontade de alguém em lhe pôr ponto final. O importante é que Leiria vai receber uma prova de nível europeu e é imprescindível que a cidade, as suas gentes, saibam marcar presença, encher o estádio e gritar que SOMOS GENTE! Independentemente das tais lutas de bastidores dos que sonegam a informação, dos que querem ser importantes e ter o bolso cheios de bilhetes para uma promoção qualquer de um qualquer produto. Todos sabemos como isso funciona e porque funciona. Todos sentimos que não pode continuar a funcionar assim. Mas, infelizmente, nesta terra de Camões, ainda persiste a razão da força e não a força da razão… Por mais que do alto das tribunas, os "boss's" digam o contrário. Exactamente o contrário…
LIGA SAGRES
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Quem acredita nesta “paz”? “Anormal, em Portugal, é não haver casos depois de terminadas as competições” A frase "caiu", sumiu-se no meio de umas quantas perguntas que o solicito jornalista fez, na Albânia, ao Presidente da F.P.F., Dr. Gilberto Madaíl. E como ele tem razão, infelizmente! Realmente, por mais voltas que se dê aos regulamentos, por mais tentativas que se façam ao funcionamento das Instituições, por mais desejos
Ao correr da Pena Por Costa Santos
Estava escrito no livrinho do destino que os dirigentes do Benfica, como homens educados e obedientes, não hesitariam um segundo em abdicar dos cargos para os quais foram eleitos, mal Luís Filipe Vieira para isso desse ordem. Nem importou que a primeira figura da Instituição - Manuel Vilarinho -, presidente da Assembleia Geral, tivesse de dar mostras de que, afinal, não é ele, na prática, a primeira figura, mas sim…o presidente da Direcção. Adiante. Mas toda esta encenação, porquê ? Acreditamos por receio a uma figura que, em tempos, se assumiu como "dono do futebol" benfiquista: José Veiga. Realmente, Veiga, sócio do Benfica mas sem o tempo mínimo que os Estatutos
que se expressem quanto à normalidade das coisas, as épocas, em Portugal, no que ao futebol diz respeito, não terminam no dia em que o calendário encera portas. Antes…parecem começar. Então, esta época, com "peixe" graúdo na rede dos incumpridores, estava na cara que o defeso não iria ser calmo e muito menos pacifico. Depois do anúncio da queda do Vizela à divisão secundária e consequente "recuperação" do Boavista, logo muitas vozes, já ensaiadas e prontas para se fazerem ouvir, saltaram a terreiro. Como
que marcando posição, dizendo "estamos aqui", em suma, levantando o indicador à boa maneira da escola primária: "presente". Nas suas declarações, Madail também não escondeu que iria solicitar ao Conselho de Justiça "celeridade" na sua actuação. Toda a gente ficou convencida que, embora tendo de meter mãos nalguma sujidade, desta feita as "lavagens" seriam muito mais rápidas e menos contribuintes para um espectáculo de "alecrim a manjerona". Porém, como por encanto, as vozes calaram-se, os "ditos
e contraditos" não puseram a cabeça de fora e assentou, para já, a poeira. Claro que não sabemos se tudo e todos estão à espera que se aproximem as horas do sorteio para, então, aproveitando todo o mediatismo do acto, abrirem as bocas para botar faladura; claro que não sabemos se esta estratégia do silêncio representa uma aceitação das decisões tomadas e sobre as quais não adianta fazer muito barulho ou se traz consigo a "táctica" de parecer "tudo a dormir" e, depois, partir a louça toda no momento julgado mais apropriado.
Sabemos, sim, que não acreditamos nesta paz que parece reinar. É mais do que podre! E por conhecermos o "modus operandi" de muito boa gente, garantimos que a borrasca está aí, instalada com armas e bagagens, e quem acreditar que vai passar ao "largo da costa" está redondamente enganado . Não faltará muito para atingirmos as conclusões e, depois, veremos quem terá de fazer o "meã culpa".
determinam para ser candidato, seria, potencialmente, em Outubro, um adversário de peso - pelo suposta popularidade no seio da massa associativa - de Luís Filipe Vieira. E isso, obviamente, o actual presidente jamais admitiria. Mais a mais com o risco de poder vir a perder… No entanto, muitas das pessoas que "pensam" o Benfica, não conseguem esconder a sua admiração pela "importância", "medo", ou o que quer que seja, que Filipe Vieira tem do exempresário. À vista desarmada, tão amigos que eles eram…, como poderão estar, assim, desavindos ? Vá lá saber-se porquê! Também, noutras eras, Filipe Vieira foi amicíssimo de outras figuras gradas, compadre, inclusive, e o tempo - sempre ele - encarregou-se de os separar… O que andará longe da sabedoria popular ? Quem tem rabinhos de palha que não os queira queimar naquele período que se convencionou chamar de "campanha eleitoral" e, por vezes, mais parece um enorme tanque onde se lava muita roupa suja? Temos a certeza que o tempo se encarregará, mais tarde ou mais cedo, de nos calar a curiosidade… •
Jorge Costa e Rui Jorge, deram "nega" à Federação Portuguesa de Futebol. Por outras palavras, responderam negativamente ao convite que supostamente lhes foi formulado, para assumirem o lugar até agora desempenhado por Rui Caçador, caído em desgraça pelo comportamento dos sub-21, no torneio de Toulon. Independentemente de parecer uma injustiça o afastamento do Prof. Rui Caçador de um lugar que desempenhou, anos a fio, com altíssimo profissionalismo, ter-se-à pensado que os jovens treinadores, na ribalta por motivos diferentes Jorge Costa subiu com o Olhanense e Rui Jorge, chamado a duas jornadas do fim da Liga Sagres, a tentar tudo para safar a nau azul da descida - deixariam que o mediatismo do lugar lhes subisse à cabeça e…dessem o sim sem mais aquelas. Não aconteceu nada disso. Um sinal de maturidade, de consciência profissional, é o que se pode tirar de tais atitudes. E se Jorge Costa quer continuar ao leme da "traineira" que trouxe a bom porto, já Rui Jorge prefere continuar nos seus juniores, numa maturação inteligente, ganhando os "caboucos" para outros voos, lá mais para diante. Já o tinha dito, igualmente, aos novos
dirigentes do seu clube, quando estes o convidaram para continuar como treinador principal… Em suma, há por aí já muito boa gente que não corre atrás de foguetes. Honra lhes seja. Pena é que, noutros campos, noutras áreas e noutras missões, não lhes sigam o exemplo! • A "bomba" esperada, rebentou: a transferência mais cara de todos os tempos, na história do futebol, aconteceu e teve um português como protagonista principal : Cristiano Ronaldo! Para o ego de muitos portugueses, ainda bem. Para os bolsos do melhor jogador do Mundo, ainda melhor. Para o BES, a cereja em cima do bolo! Mas, na realidade do dia a dia, no meio de uma crise que vai tirando cada vez mais o pão da boca a muita gente que deixa toneladas de suor na tarefa diária, a troco de um salário que nem sempre chega a tempo e horas, tudo isto cheira a escândalo! Porém, em tudo na vida, o óptimo para uns é o péssimo para outros. Nada de querer dizer que Cristiano Ronaldo não deveria aproveitar o momento de fulgor da sua carreira para reforçar as suas economias; nada de insinuar
que, dentro dos parâmetros porque se rege o futebol, ele não mereça todas estas mordomias, mai-las outras que, por certo, o contrato contempla; Nada de querer deixar no ar que o seu "agente" não tenha justificado uns larguíssimos milhões, muito embora não saiba dar um pontapé na bola mas, apesar de ter estatuto FIFA de "zelador de carreiras". Porèm, TUDO no que aos contrastes da vida diz respeito. Há gente que salva vidas e, apesar disso, conta os cêntimos para viver; há gente que forma personalidades, enfrenta critérios de avaliação, manifesta-se contra a "mão cheia de nada" e…nada têem! O futebol é diferente. É um mundo à parte. Uma bolsa à parte. Tem entusiastas; tem fanáticos a segui-lo; tem dinheiro a rodos para o movimentar. Ainda bem. Pena é que a saúde não tenha o mesmo dinheiro; que a educação não viva com esse orçamento; que os desempregados não tenham uma "migalha" de tanto esbanjamento. Seria uma maneira de encararmos o mundo de outra forma. Melhor, sem dúvida!
Costa Santos
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ENTREVISTA
“Se a Tripela fosse inventada a correr mundo através das tele Tripela é uma nova modalidade desportiva, inventada pelo Prof. Rui Matos e já merecedora de destaque, nomeadamente num colóquio realizado no Auditório do Estádio Municipal de Leiria e onde esteve presente, entre outras figuras da cidade e do desporto, o Professor Manuel Sérgio.
Agora, num início de caminhada para uma ampla divulgação do jogo, a conversa com o Prof. Rui Matos impunha-se. Principalmente para conhecermos os "quês" e "porquês"das ideias que presidiram à invenção da nova modalidade e, depois, tudo o que se lhe seguiu, em termos práticos, no terreno.
Que ideia terá "rebentado" para o atirar para a descoberta de um novo jogo? "Há três coisas que, conjugadas, serão capazes de estar na base desta invenção. Primeiro, sou professor de Educação Física; segundo joguei futebol e, terceiro sou treinador de andebol. Desta "mistura" e do meu gosto por criar também escrevo histórias juvenis e gosto de me considerar um pouco um inventor -, pensei se não seria possível, nesta área, fazer algo de novo. É um facto que os miúdos estão a praticar sempre as mesmas modalidades desportivas na escola. Assisto a aulas, enquanto avaliador de práticas pedagógicas, de estágios, etc., e começo a ver a desmotivação dos alunos numa disciplina que, antigamente, lhes despertava todo o interesse, todo o gosto. Isto porque é sempre a mesma coisa: o andebol, o basquetebol e o futebol! Não há mais. Então lembrei-me se era possível ou não criar algo de
sal e as regras do andebol. Será essa mescla…"
Adélio Amaro
Por Costa Santos
Na primeira demonstração, qual a reacção? "Muito boa. Confesso que não estava à espera que tudo corresse tão bem. É evidente que, por um lado, tinha essa esperança mas…há sempre a dúvida que as coisas, logo na primeira apresentação, corressem assim tão bem. As regras nem sempre são assimiladas rapidamente e, nesse aspecto, tanto miúdos como adultos têm a tendência para fazer o mais simples, isto é, neste jogo, por exemplo, receber com as mãos e passar com as mãos. É a tendência que existe nos jogos colectivos: o segmento com que se recebe é o segmento com que se envia. Mas não aconteceu isso. A reacção foi positiva, fundamentalmente pela grande aceitação que teve, quer de rapazes como de raparigas!".
novo e…qual seria o critério to no rugby posso fazer a jopara criar essa "coisa" nova. gada toda sozinho utilizando E surgiu a "Tripela". Não só as mãos na bola e as perlhe sei precisar como, mas surgiu. Pés no futeO jogo foi apresentado há bol, mãos no andebol e basquetebol e... porque um ano, logo na apresentanão pés e mãos num só ção mudei três regras – e jogo? Porque é que não vai ter que ser sempre se faz a junção dos assim –, porque é na obsermembros superiores e vação de jogos que conseinferiores num mesmo guimos ver o que pode, jogo?"
ainda, ficar melhor Pés e mãos há o rugby… "Exactamente, mas há diferenças neste jogo. Enquan-
nas para a velocidade, aqui há a obrigatoriedade de utili-
zar em cada movimento que se faz, mãos e pés. Ou seja, receber com as mãos e passar com os pés…" Isso obriga a uma movimentação permanente de todo o grupo… "É verdade. Toda a gente tem que se movimentar para estar em boa posição para receber a bola. No fundo, é um futebol com mãos. No futebol os jogadores também devem desmarcar-se para poder receber a bola em perfeitas condições… A "Tripela" terá, grosso modo, a dinâmica do fut-
O entusiasmo aumentou de então para cá ou, devido às suas funções pedagógicas, ainda não pode dar-lhe o acompanhamento devido? "Exactamente devido às minhas funções ainda não pude dar o acompanhamento que quero dar. O jogo foi apresentado há um ano, logo na apresentação mudei três regras - e vai ter que ser sempre assim, porque é na observação de jogos que conseguimos ver o que pode, ainda, ficar melhor - e outras, seguramente, irão mudar no futuro. O futebol tem quase 150 anos e ainda hoje está a mudar…logo esta jogo ainda irá mudar muito. Com as mudanças feitas julgo que o jogo ficou mais seguro, mais atractivo."
ENTREVISTA
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por um inglês… já andava evisões! Mas sou português…” Depois de receber a bola, o que é que o jogador tem de fazer? "Imediatamente baixar a bola e se quiser progredir terá que o fazer dando toques na bola com a coxa ou com o pé. Não é fácil e exige muita destreza. " Há alguma ansiedade em relação ao futuro imediato, para saber quantas equipas surgem, se se pode realizar um campeonato… "Não lhe sei qualificar bem o estado de espírito, mas há uma impaciência - se calhar - de tentar fazer chegar isto a mais gente - para já - e, depois, acompanhar a natural evolução. Até aqui fui só eu, agora tenho mais dois colegas que me ajudam nesse campo, enfim, aos poucos estamos a conseguir chegar mais longe. Tenho pena que não consigamos chegar rapidamente a todo o lado…"
O Objectivo? "Não direi isso… julgo que há pessoas que estão a perder a oportunidade de experimentar um novo jogo, novas sensações!" Em termos oficiais, criando uma federação, por exemplo, ainda está tudo embrionário?
"Está tudo embrionário e sem saber bem para onde ir, qual será o primeiro passo a dar. Aliás, no recente colóquio que realizamos em Leiria, o Prof. Manuel Sérgio aconselhou-me a criar uma Associação de modo a poder mobilizar as pessoas, criar torneios, em suma, dar um rosto ao
projecto. É isso que desejamos e teremos de fazer o mais rapidamente possível. Por agora temos um "blogue" e tem sido esse o ponto aglutinador. Mas não desistimos e iremos avançar mais e mais, logo que haja tempo para nos debruçarmos sobre esse passo."
As regras nem sempre são assimiladas rapidamente e, nesse aspecto, tanto miúdos como adultos têm a tendência para fazer o mais simples, isto é, neste jogo, por exemplo, receber com as mãos e passar com as mãos. Passos mais difíceis e mais morosos dos que os que deu até aqui? "Não, julgo que não. Até aqui é que as coisas foram difíceis porque as pessoas não faziam a mínima ideia do que isto era, talvez olhassem um pouco desconfiadas ainda por cima sendo um português a inventar uma coisa, mas há que saber lidar com isto tudo e seguir em frente. Se a Tripela fosse inventada por um inglês, garantidamente que a esta hora já teria o apoio de toda a gente e já corria mundo através das televisões. Já fui a Espanha, à Turquia e a receptividade que tive foi muito positiva. Vamos continuar na trabalhar e aguardar serenamente a evolução das coisas."
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SUBIDA DA UNIÃO DE LEIRIA
Heróis descartáveis D. R.
Foram os protagonistas de uma época sensacional, levados em ombros num Estádio bem composto de adeptos em delírio e hoje… colocados na “prateleira” dos dispensáveis, bem contra a vontade do “mago” que os comandou!
Não iremos entrar em terrenos movediços, muito ao gosto de certa gente que anda há muitos anos no futebol e que, de quando em vez, se vitimiza para continuar na merecer a comiseração dos que os cercam; Não iremos cair no fácil apontar do indicador a certos actos de quem se arvora em "enciclopédia futebolística" e usa a gritaria - a arma dos sem razão…- para calar quem lhe faz frente e denuncia a sua incompetência! Por Costa Santos Queremos - e lutamos por isso - que a verdade venha à tona e a razão vença… Não sabemos se todos aqueles que estiveram no Magalhães Pessoa, na tarde daquele Domingo de festa, esperando ansiosamente o grupo que lhes encheu a alma de alegria, têm presente na memória tudo a que assistiram. Mas, se não tiverem, não importa. O que importa, isso sim, é recordar as palavras dos responsáveis que "até estou a tremer de emoção por ver tanta gente no Estádio!"… "foram sensacionais, merecem esta recepção"…"a União regressou ao lugar que lhe pertence!"… etc.…etc.
Hoje, menos de um mês passado, esses "heróis" não passam de meras figuras descartáveis, não por quebra do seu mérito, menos por vontade do "realizador", única e exclusivamente pelo querer de alguém que teima em comandar a "quinta" - entenda-se cenas - à sua maneira, indiferente aos resultados da "colheita", principalmente depois de um ano de boa "safra". Sejamos claros:
Antes de partir para o Brasil - para uma prospecção de mercado ou para estar afastado do epicentro das decisões? - o realizador deixou bem definido o lote de "actores" que queria continuassem no grupo, para que o próximo "filme" saísse a preceito. A espinha dorsal, seguramente; os homens da sua confiança, também e…aqueles que nos "bastidores", tinham a força do seu passado, a entrega do presente e a fibra de continuar assim, no futuro.
O realizador, consciente das suas responsabilidades, cumpridor da sua palavra, não sonhava que o "produtor" se preparava para descartar do elenco premiado, "actores" principais, figuras que honraram com suor, empenho, capacidade e talento, o "Óscar" da última longa metragem. Mas o "produtor", bem ao seu estilo, nem deu tempo para se sumirem nos ouvidos dos espectadores os gritos de vitória que acordaram uma cidade. E sem peias…mandou às malvas a vontade do realizador e assumiu - como sempre - o seu papel de produtor mais o do realizador e ainda juntou os do economista, chefe de orquestra e "ponto"! Assim, tal e qual! Assim, ao seu perfeito estilo. • Não valerá a pena abrir a boca de espanto. Isso aconteceria de as "cenas" fossem ao contrário. Mas são…"mais do mesmo" e está tudo dito. Não podemos é entender, usando nomes e factos, que para já, dois dos elementos desejados pelo "mago" Manuel Fernandes, tenham sido descartados do grupo que apostava botar figura na elite do futebol nacional: Luís Carlos e Tiago. Pior: que haja sido oferecido a um destes, menos de metade do vencimento que estava a auferir na Liga Vitalis, naturalmente uma maneira diplomática de se lhe apontar a porta de saída com o argumento de que "não aceitou a proposta feita", atirando às urtigas a "contraproposta que inicialmente lhe foi pedida e depois, o "carteiro" se encarregou de informar como "inútil"! O "filme" começou agora a ser rodado sem o realizador, longe, muito longe, além Atlântico. Quando regressar à "base", seguramente que outras cenas irão merecer a honra dos "câmara-man"! Cá estaremos para as analisar.
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FUTEBOL
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PAULO SILVA
“A manutenção tem um sabor muito especial” O Meirinhas conseguiu pela primeira vez a manutenção na divisão de Honra da AF.Leiria. No comando técnico, esteve Paulo Silva, que fez ao jornal Desportotal a análise à temporada e confirmou a sua continuidade no comando técnico, por mais uma temporada. Considera justo, o primeiro lugar do Portomosense e salienta ainda que, o facto de jogar num pelado na divisão de Honra, é uma tarefa complicada. Cid Ramos Qual o significado de ser o primeiro treinador a conseguir manter o Meirinhas na divisão de Honra? É uma honra e um orgulho, porque o Meirinhas nunca tinha conseguido a manutenção neste campeonato. Foi a primeira vez que treinei uma equipa na divisão de Honra como treinador principal e consegui os objectivos propostos. A manutenção tem um sabor muito especial e esta equipa fica na história do clube, por ter sido conseguida pela primeira vez.
Apesar da maior competitividade esta época…e do domínio do Portomosense? Sim é um facto que a divisão de Honra desta temporada que agora findou, foi uma das mais fortes de sempre. A presença de equipas que habitualmente militam nos nacionais, veio dar mais notoriedade ao campeonato e complicou ainda mais a nossa tarefa. A quem dedica a manutenção? À direcção do clube, que tudo fez, para nos proporcionar as melhores con-
dições possíveis, aos atletas, que foram inexcedíveis ao longo de todo o campeonato e souberam responder da melhor forma, ao que era solicitado. Finalmente também uma palavra para os adeptos que nunca deixaram de apoiar a equipa. Vai continuar no comando técnico do Meirinhas? Sim. Fui convidado pela direcção do clube e aceitei continuar no comando técnico do Meirinhas por mais uma época. Sabemos que não vai ser fácil, mas vamos lutar arduamente, para conseguir-
mos, uma vez mais a manutenção na divisão de Honra. O facto de jogar num pelado, foi um obstáculo para o Meirinhas no campeonato? Sim foi. Há que o reconhecer, sem sombra de dúvidas. Neste campeonato apenas nós e a Ilha tínhamos campo pelado, as outras dispunham de sintético ou relvado, o que desde logo, indica melhores condições para a prática desportiva.
LIGA SAGRES
Rogério Gonçalves é o novo treinador da Académica Está encontrado o sucessor de Domingos Paciência no comando técnico da Académica de Coimbra. Depois de vários dias de indefinição, a direcção academista decidiu-se pela escolha de Rogério Gonçalves. Aos 49 anos, e depois de uma temporada em que esteve no desemprego (segundo o próprio, um problema de saúde com um familiar próximo foi a causa), o técnico volta ao activo para tentar dar continuidade ao excelente trabalho realizado na última época por Domingos. A herança é pesada, sem dúvida, já que os estudantes conseguiram na temporada transacta a melhor classificação dos últimos 25 anos, ficando no sétimo lugar da tabela. A decisão não foi pacífica, uma vez que, dentro da própria direcção, houve algumas divergências na escolha do novo timoneiro, o que pode mesmo vir a dar origem a demissões no seio dos órgãos sociais. Rogério Gonçalves era um desejo antigo da Briosa, pois era o desejado para substituir Manuel Machado em Setembro de 2007, quando o agora técnico do Nacional da Madeira foi despedido. Na altura, o agora timoneiro dos estudantes estava vinculado ao Beira Mar, que não o libertou para orientar o clube de Coimbra.
Depois de já ter orientado, sem grande sucesso, o Sporting de Braga, Rogério Gonçalves “abraça” agora um projecto que será dos mais importantes e interessantes da sua carreira. Entre outros, o técnico já orientou o Beira-Mar, o Leixões e a Naval. Natural de Lanheses, concelho de Viana do Castelo, o técnico far-se-á acompanhar pelo adjunto Manuel José, sendo que Pedro Roma, deverá terminar a sua carreira futebolística e integrar a equipa técnica. Também José Nando continuará com um papel importante, já que, continuará como treinador do Tourizense (equipa satélite da Académica), e será o responsável pela passagem de jogadores de Touriz para Coimbra, o que, de resto, já sucedia com Domingos. Pelo facto de estar no desemprego, o acordo terá sido mais facilmente alcançado. Outros nomes foram também ventilados para assumir o cargo, tais como Daúto Faquirá e Carlos Azenha, mas a escolha recaiu em Rogério Gonçalves. No que a jogadores diz respeito, a saliência vai para a renovação de contrato com o cabo-verdiano Lito, que tinha em mãos uma proposta de um clube da Arábia Saudita, mas aos 34 anos, prefe-
riu ficar em Coimbra, onde, muito provavelmente, terminará a carreira. Por outro lado, Nuno Piloto, carismático jogador dos estudantes, erminou o seu vínculo contratual, e rumou ao Iraklis da Grécia. O antigo capitão da Briosa merece também nota de destaque pelo facto de ter apresentado recentemente a sua tese de mestrado, onde obteve a nota “Muito Bom”, tornando-se assim o primeiro jogador profissional de futebol em Portugal com tamanho estatuto académico.
Relativamente a reforços, o único que para já está confirmado é Jonathan Bru, médio francês de 24 anos, que foi formado no Rennes e que estava emprestado ao Istres. O jogador foi, inclusivamente, internacional pelas camadas mais jovens, sendo um dos elementos que faziam parte da selecção francesa que esteve presente no Torneio de Toulon, em 2005, que derrotou na final a selecção portuguesa. Eduardo Marques
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II DIVISÃO
BALANÇO DA ÉPOCA 2008/09
Fátima: da indefinição à subida A época desportiva do Grupo Desportivo de Fátima começou com uma indecisão e terminou com um domínio avassalador que de vitória em vitória, demonstrou ter o melhor plantel da sua série na II Divisão B, e conquistou com todo o mérito, o título de campeão da II Divisão nacional e respectiva subida à Liga Vitalis. Paulo Teixeira
Depois de na época de 2007/08, o Desportivo de Fátima ter terminado na última posição na Liga Vitalis, com 25 pontos, o clube preparava-se para disputar esta temporada na II Divisão, Série C, mas os desenvolvimentos do caso Apito Dourado referentes a Gondomar e Vizela, fizeram com que a equipa de Rui Vitória ainda tivesse esperanças em jogar esta temporada na Liga Vitalis. Esses atrasos fizeram com que a equipa demorasse a ser montada para as exigências da II Divisão B, pois apenas sete jogadores tinham transitado da temporada anterior. Apesar de um plantel montado à pressa e em cima da hora, os objectivos delineados por Rui Vitória eram mais do que claros: regressar à II Liga. Mas para isso, tinha que conseguir os pontos necessários para chegar ao "playoff". O início da época foi forte, com uma vitória fora com o Tourizense, outro dos candidatos à subida. Na terceira jornada, outra vitória fora fren-
te ao seu vizinho, o União da Serra, motivaram os jogadores para os jogos que aí vinham, demonstrando que tinham o plantel mais forte da sua série para o objectivo de alcançar o mais cedo possível os lugares do "playoff". Mas em Dezembro, depois de uma fase irregular, com duas derrotas em casa frente a Tourizense e União da Serra pela margem mínima, Rui Vi-
tória decidiu reforçar o plantel com alguns elementos. Saíram cinco jogadores: Osvaldo, para os angolanos do Recreativo da Caala, André Santos, para o União de Leiria, Adilson, para os espanhóis do Lugo. No plantel, entraram três re-
forços que valeram a diferença: o avançado Ismael Gaúcho, que jogava no Throttur, da Islândia, e os defesas Neto, do Mafra, e Marco Almeida, que jogava no Portosantense. Nessa altura, no final de Dezembro, o Fátima tinha perdido a liderança a fa-
vor do Pampilhosa e do União da Serra, e o seu lugar nos "playoffs" ainda não estava assegurado. A partir de então, o plantel assimilou bem os novos reforços e partiu para uma ponta final irrepreensível: até ao final da época regular, a equipa consentiu mais um empate, frente ao Nelas. Assim sendo, os pupilos de Rui Vitória tinham, em 20 jogos, 12 vitórias e 38 golos marcados, e 12 sofridos. A segunda fase iria ser mais complicada, pois iria jogar contra os adversários mais fortes da sua série, como o Tourizense, e dois vizinhos incómodos: o União da Serra e o Monsanto, para além dos açorianos do Operário e o Pampilhosa. Mas se no papel, as coisas iriam ser difíceis, na prática, os jogadores transformaram-no em algo mais fácil: oito vitórias em dez jogos, e em duas ocasiões, as vitórias foram "gordas": 4-1 contra o Monsanto e 5-0 frente ao União da Serra, ambas em casa… do ad-
versário. No final desta fase, a equipa tinha marcado 26 golos em apenas dez jogos, um "score" único, que fez do Fátima no legítimo candidato à subida. Mas tudo poderia ser deitado a perder, caso perdesse os jogos com o Carregado, o vencedor da série D. As coisas eram teoricamente difíceis, pois jogavam fora no primeiro jogo, num campo sintético e as dimensões do relvado eram mais pequenas do que o normal. Mas o empate a uma bola, em Carregado, foi comemorado como se de uma vitória se tratasse, e o jogo da segunda mão, em Fátima, a coisa tornou-se mais fácil: 4-1 e o regresso à II Liga, um ano depois. Depois, faltava o jogo da final, em Águeda, frente ao Desportivo de Chaves. Com o prestigio e o título da II Divisão em jogo, jogaram mais descontraidamente e venceram por 2-1, conseguindo pela primeira vez no seu historial, o título da II Divisão.
TAÇA AF LEIRIA
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RECORDANDO….
Bombarralense aguenta e vence D. R.
O vencedor foi encontrado nos pontapés da marca de grande penalidade. Nessa altura, os homens de Bombarral foram mais felizes.
RUI BANDEIRA (TREINADOR PORTOMOSENSE) Tiveram a possibilidade de resolver o jogo e não conseguiram… Normalmente uma equipa que tem as probabilidades que nós tivemos de “matar” o jogo, quer no tempo regulamentar, quer no prolongamento, e não faz, sujeita-se a este tipo de situação. Fomos a equipa que procurou ganhar o jogo, o Bombarral foi mais expectante, foi deixando passar o tempo, infelizmente não conseguimos marcar. Desperdiçamos uma oportunidade soberana na segunda parte do prolongamento, não fomos felizes… e é assim o futebol. Parabéns aos vencedores. Chegaram a jogar com mais dois elementos em campo do que o adversário… Aconteceu no último minuto do prolongamento, e não creio que isso não tenha sido significativo, Aliás, é mais complicado para uma equipa que assume o jogo desde o início, chegar em condições para o prolongamento, e estavam um pouco mais frescos do que nós, porque fizeram um jogo mais expectante, sempre em contra-ataque, com poucos jogadores a participar no ataque, o nosso jogo foi muito mais desgastante, e sentimos isso no prolongamento.
RUI ALMEIDA (TREINADOR BOMBARRALENSE) Paulo Teixeira
A equipa de Porto de Mós detinha o natural favoritismo. Campeão distrital, com a consequente ascenção à III Divisão Nacional queria juntar a conquista da Taça para repetir os feitos da época de 1994/95: Taça e Campeonato. Os comandados de Rui Bandeira tinham o melhor plantel da Divisão de Honra, e no Municipal de Leiria, perante mil espectadores, metade dos quais vindos de Porto de Mós, estavam perante o Bombarralense, o clube mais antigo do distrito em actividade, comandados por outro Rui, Almeida de apelido, que tinha feito uma época discreta na Divisão de Honra, e esperava que esta final de Taça desse para compensar a época que passou. Num dia em que se comemorava Luís de Camões e as Comunidades Portuguesas, era também um dia especial para três jogadores do Portomosense: QuimQuim, Morgado e Miranda, veteranos na equipa, iriam jogar nessa final a última partida das
suas carreiras, pois este jogo seria em teoria, a melhor forma de pendurar as chuteiras. Sabendo de antemão que o Portomosense era a melhor equipa em campo, o Bombarralense decidiu entregar o jogo ao seu adversário, e remetendo-se a um esquema defensivo, que tapasse os caminhos da baliza e adiar, senão evitar nos 90 minutos regulamentares, o golo do adversário. Foi isso que aconteceu até ao minuto 120. Quando o momento dos "penalties" chegou, a tensão estava no ar. Todos sabiam que era aqui que tudo se iria decidir, e a concentração e a frescura dos jogadores que iriam rematar era crucial. E os três primeiros a rematar (Gigas e Hugo Almeida, no Portomosense; Ricardinho, do Bombarralense), falharam os seus remates, lançando a incerteza no resultado. E Bessa é o primeiro a marcar, dando vantagem ao Bombarralense. Depois disso, todos marcaram, até ao momento em que Bessa falha o seu "penalty". Era a quarta série de penalties, e a incerteza voltava. O Portomosense tinha uma chance para resolver o jogo, e foi Rui Francisco o homem encarregado de marcar a quinta série. Estava tão decidido a resolver o jogo
PORTOMOSENSE – Sérgio; Gigas, Órfão, Paulo (Dário, 49 min) e Hugo; Morgado, Ferraz, Jackson (Bruno Francisco, 66 min) e Elton; Quim Quim (Rodas, 73 min) e Julinho. Treinador: Rui Bandeira BOMBARRALENSE – Luis Paulo; Bruno Mimoso (Cordeiro, 63 min), Paulo Rossis (Grincho, 37 min), Edgar Correia, Serginho; Ricardinho, Morgado, Bessa, Fifi; David Dias (Palatino, 81 min) e Bruno Antunes Treinador: Rui Almeida Árbitro: Rui Pedro Francisco Disciplina: cartão amarelo a Serginho (48 min.), Bruno Antunes (54 min), Cordeiro (66 mim), David Dias (70 min), Grincho (74 min), Ricardinho e Morgado (78 min), Dário (90 min), Juliano (91 min) Eldon (94 min), Bessa (100 min), Hugo Almeida (103 min), Luis Paulo (119 min) Cartão Vermelho a Serginho (108 min) e Rui Almeida (108 min), Bruno Antunes (117 min)
que… rematou por cima. Grincho teve mais cabeça e deu ao Bombarralense uma vitória sofrida, depois de 120 minutos em que esteve mais a defender o resultado, e que teve a sorte nos penalties.
Como foi este jogo para si? Foi um jogo emotivo, quando se vai aos penalties. É evidente que foi um jogo muito intenso, bem disputado, entre duas excelentes equipas. Humildemente falando, penso que o Porto de Mós é sem dúvida a melhor equipa de Divisão de Honra, e por isso mesmo, em nome desta equipa, dou-lhe os parabéns pela subida de divisão, mas também tenho que reconhecer que a equipa merecia, por tudo aquilo que passamos nesta época, merecíamos esta final e as finais não são para ser disputadas, são para ser ganhas. Agora, é um prémio mais do que justo para todos estes jogadores, direcção, massa associativa, que nos veio apoiar. É a cereja em cima do bolo. Esta conquista foi o culminar da vossa época desportiva… Ganhamos uma Taça, é um facto. Não é todos os dias que se conquista tal coisa, mas calhou-nos este ano e tenho que dar uma palavra de apreço e “fair play”, porque o Porto de Mós, sem dúvida, tem uma belíssima equipa, melhor do que nós, e hoje, quando se vai aos penalties, é uma lotaria. Graças a Deus, calhou-nos essa sorte, por tudo que passamos nesta época, com as lesões, os castigos, pois não tínhamos um plantel tão vasto como isso. Tentar recuperar jogadores para a final, na primeira parte tivemos um jogador lesionado e teve de sair… é o que digo: esta Taça é a cereja em cima do bolo. Dedico-a aos jogadores, á direcção do futebol sénior, enfim, à nossa massa associativa, que hoje nos apoiou. Pena não acontecer isto mais vezes na nossa casa.
Fernando Desporto Pequenos Jogos, Unipessoal lda.
Tel.: 236 098 035 Tm.: 964 392 677 Rua da Figueira da Foz Edifício Fonte Nova, Lj. F 3100-334 Pombal Email: fbo55@hotmail.com
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FUTEBOL 10 Iniciativa promovida pelo site ODerbie
Jogo das Estrelas encerrou época desportiva Pela terceira vez consecutiva, o site desportivo www.oderbie.com e a Zimex levaram a cabo o jogo de Estrelas dos distritais de Leiria. O evento foi uma vez mais, uma grande festa e contou com a presença de jogadores, treinadores e até jornalistas. Todos imbuídos no espírito festivo, que caracteriza o evento. A festa começou com a realização do encontro entre O'Derbie e os Amigos frente a treinadores de clubes da AF.Leiria. A formação de O'Derbie venceu por 4-2, num jogo disputado do princípio ao fim, num clima de festa. Marcaram para a formação do site desportivo ODerbie, Nuno Dias, Fábio Roxo (2) e Nuno Jesus. Pela equipa dos treinadores, Rui Bandeira bisou no encontro. A formação do Derbie e os Amigos alinhou com: Alexandre Silva, Filipe Ruivo, Licínio, David, Gonçalo Ramos, João Carreira, Ricardo "Joaninha" e Nuno Oliveira, Fábio Roxo, Paulo César e Nuno Dias. Jogaram ainda: Adélio Amaro, Nuno Jesus, Tiago Leal, Diogo Padeiro, Fábio Roxo e Hélder Ferreira. Pela formação dos treinadores de clubes da AF.Leiria alinharam: Marco Santos, Tito, João, Carlos Borges e Gameiro, Arlindo Martins e Rui Bandeira;
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FUTEBOL
Vítor Gato, Josélito Pereira e Paulo Jerónimo. Jogou ainda Rui Botas. Seguiu-se o encontro entre Selecção Norte e Sul, com o encontro a terminar empatado a duas bolas. Ao intervalo vencia por 2-0, com golos de Félix e Miguel. No segun-
do tempo, um bis de Ricardo Silva empatou o encontro. A Selecção Norte alinhou com: João Pedro (Fig.Vinhos); Poquinha (Ansião), Rui Macedo (Pilado), Diogo Padeiro (Ramalhais) e Luís Silveiro (Fig. Vinhos); Pedro Neves (Ansião), Dani (Pedro-
guense) e Pedro Almeida (Avelarense); Fábio Roxo (Ramalhais), Ricardo Silv (Pedroguense) e Rodrigo (Pilado). Jogaram ainda: João Matias (Alvaiázere), Normando (Avelarense) e Dadá (Arcuda) No comando técnico desta Selecção estiveram José Ricardo (Pilado) e Ricardo Silva (Ansião). Pela Selecção da Zona Sul alinharam: Sérgio (Portomosense); Bruno Vidinha (Nazarenos), Pedro órfão (Portomosense), Bula (Valcovense) e Morgado (Portomosense); Estroga (Vidreiros), Bruno Matias (Valcovense) e Neto (Boavista); Pedro Rafael (Boavista), Miguel
Paulo Roque, a ser considerado o melhor na Zona Sul. Na categoria de melhor jogador, Morgado foi eleito o melhor na divisão de Honra, Ricardo Silva na 1ª distrital-Zona Norte e Pedro Rafael na 1ª distrital-Zona Sul. Relativamente aos guarda-redes, Sérgio (Portomosense) e João Matias (Alvaiázere), foram considerados os melhores, na divisão de Honra e 1ª distrital-Zona Norte. Igor (Juncalense), foi o melhor na Zona Sul, mas não compareceu. Quanto aos melhores marcadores, Ricardo Silva (Pedroguense) e Miguel (Grap/Pousos) receberam o prémio de
(Grap/Pousos) e Félix (Nazarenos). No comando desta Selecção estiveram Rui Bandeira (Portomosense) e Paulo Roque (Valcovense). No intervalo do jogo realizou-se a entrega de prémios com Rui Bandeira a receber o prémio de melhor treinador da Divisão de Honra, Ricardo Silva, o de melhor treinador da Zona Norte e
melhor marcador da 1ªdistrital-Zona Norte e Zona Sul. Pimenta o melhor marcador da Divisão de Honra não esteve presente. Sandro Soares foi considerado o melhor árbitro e apitou o jogo entre a Selecção Norte e Sul. No final, ficou a promessa de para o ano, haver mais uma edição do Jogo das Estrelas dos distritais de Leiria.
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ATLETISMO
CAMPEONATO DA EUROPA DE EQUIPAS SPAR 2009
“As novas regras tornam a competição mais dramática!” Afirma Jorge Salcedo, Presidente do Comité Organizador "Não só dos atletas. Houve alguma reação, relativamente a federações, em desacordo para com as regras. Mas apesar de alguns atletas estarem contra, a Comissão de Atletas foi a favor, o que é curioso. Já agora, e uma curiosidade, esta regra dos 4 ensaios nulos foi proposta por um desses atletas, pois a regra em discussão era diferente. E o presidente da Comissão dos Atletas, um excelente saltador, propôs esta regra como alternativa à discutida. Mas temos de assumir que não foram regras aprovadas por unanimidade."
Por Tiago Cordeiro Ramalho
Após os Campeonatos Nacionais, no passado fim-desemana, chega agora a Leiria o Campeonato da Europa de Equipas SPAR. O Estádio Dr. Magalhães Pessoa vai receber as 12 melhores selecções da Europa em Atletismo, inclusivamente a nossa própria Selecção, para uma competição que promete ser muito... dramática! Com a implementação de novas regras, algumas bem polémicas, as opiniões dividem-se. Quanto à competição em si, terá início amanhã, pelas 15:30h. A prova de abertura será o lançamento do Martelo, em Masculinos. Seguem-se depois todas as provas em agenda, nos escalões masculinos e femininos. O dia competitivo termina às 19:13, com a prova final de 4x100m em Masculinos. No domingo, a competição inicia-se pelas 15:15h, também com o lançamento do Martelo, no escalão de Femininos, e termina às 19:11h, com a prova de 4x400m em Masculinos. Apesar de toda a controvérsia relativamente às novas regras, aos moldes da competição e também a outras questões "extra-desportivas", esperase um grande fim-de-semana de atletismo e... estádio cheio! As entradas são gratuitas, as provas prometem muita emoção e a oportunidade de ver os nossos atletas a representarem o País deve
ser motivo mais que suficiente para encher as bancadas do Estádio Dr. Magalhães Pessoa. Jorge Salcedo, Presidente do Comité Organizador e Secretário Geral da FPA, admite que as novas regras implementadas para a competição possam gerar alguma controvérsia, mas tudo por um "bom propósito": a competição. Esta não é a primeira vez que Leiria organiza um campeonato semelhante. Mas este tem algumas particularidades que o tornam diferente dos outros Campeonatos da Europa... "Esta competição tem algumas modificações. A primeira, e talvez menos polémica, é que em vez de haver uma classificação separada para atletas masculi-
nos e femininos, há uma classificação conjunta, global. Depois, há algumas regras que vão ser implementadas e são diferentes nas outras competições. Uma delas é das partidas falsas. Actualmente é possível haver uma partida falsa e só na segunda há desclassificação, nesta não. Basta uma falsa partida para que o atleta seja desclassificado. É possível até que esta alteração, que está para discussão no congresso, possa passar. Mas nos congressos anteriores, não passou. A maioria das pessoas votou contra. Mas nesta competição, foi decidido pela Associação Europeia de Atletismo e vai ser mesmo implementada. Nas corridas, talvez a mais polémica regra é que nos 3000, com e sem obstáculos, e nos 5000 metros, três atletas vão ser eliminados antes de terminar a prova. Os que passarem a meta em último lugar, em determinadas voltas, são eliminados, apesar de terem pontos. Nos saltos verticais, vai haver limite de ensaios nulos, quatro. Actualmente não existe limite. Após o quarto ensaio nulo, será desclassificado e ficará com a marca que fez até essa altura. Nos horizontais, comprimento, salto triplo, e afins, os 12 atletas terão 2 ensaios. Os 6 melhores terão direito a um terceiro ensaio. Os quatro melhores ao fim do terceiro ensaio tem um ensaio final, em que a ordem do ensaio é feita em função da sua classificação. Estas são as novas regras que serão implementadas." Houve manifestações dos atletas relativamente às novas regras?
No entanto, acaba por tornar as provas mais competitivas... "A ideia é realmente essa. Não sabemos se dará frutos ou não, mas a ideia foi tornar mais atractiva a competição. Tornar as provas mais dramáticas e entusiasmantes, tanto para os atletas como para o público. Mas esperemos que não dê problemas!" Que apoios possibilitaram a realização deste evento? "Os habituais das outras organizações: O governo e a Câmara Municipal de Leiria. Aliás, a razão pela organização desta edição deve-se a um convite feito. A localização onde são realizadas estas competições é atribuida, geralmente, por candidatura. Mas neste caso não e na verdade, sabiamos que a Associação Europeia de Atletismo não queria uma candidatura. Queria quem lhes desse garantias de que a prova podesse ser bem realizada e eventualmente, talvez agradados com o trabalho nos últimos anos, convidaram-nos para organizar este evento aqui, em Leiria. Mas é obviamente necessário apoio financeiro, que acabou por nos ser garantido e tornouse mais fácil organizar a competição" Como é a selecção dos atletas em si? "A Selecção está encarregue, como é óbvio, ao seleccionador. Esta competição (ndr. Campeonatos Nacionais de Atletismo em Leiria) serviu também para um último olhar aos atletas que estão mais capacitados de competir pela Selecção. Relativamente ao número de atletas, há o limite de 25 atletas por equipa e sendo 20 provas, estava estimada a presença de cerca de 23 atletas.
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ATLETISMO Quantos atletas irão competir? "Há um limite de 25 atletas por cada equipa. As provas são 20, portanto no mínimo, 23 atletas serão seleccionados, conjugando também com as provas de estafetas. Portanto, havendo o límite de atletas e avaliando o número de provas, estimamos cerca de 23 atletas." O que é que podemos esperar deste evento? "Do ponto de vista da organização, espero que corra bem! Estamos preparados para tudo, portanto penso que tudo vai correr pelo melhor, sem grandes so-
“Nas corridas, talvez a mais polémica regra é que nos 3000, com e sem obstáculos, e nos 5000 metros, três atletas vão ser eliminados antes de terminar a prova. Os que passarem a meta em último lugar, em determinadas voltas, são eliminados, apesar de terem pontos.” bressaltos. Do ponto de vista desportivo, é expectável grandes marcas de atletas de todo o mundo, inclusivé dos nosso atletas. Mas relativamente à selecção nacional, temos as 12 melhores equipas europeias da época anterior. Por muito bom que seja sonhar, é complicado ficar no topo. Mas os atletas farão certamente boas marcas, pois também represen-
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tar a Selecção dar-lhes-à mais motivação." Qual é a adesão Internacional? "A adesão é relativamente às equipas que vem participar. Pelo que ouvimos, vêm trazer os seus melhores atletas, apesar de não termos indicação de que atletas vão participar. Mas está a ser uma grande adesão, grande interesse dos media, talvez também pelo desejo que as coisas corram mal! É sempre motivo de notícia. Mas esperemos que corra bem e sendo a primeira vez, pelo menos nestes moldes, estamos expectantes." E relativamente ao futuro destas competições... "O futuro vemos depois! É lógico que depois do resultado, de como foram processadas estas alterações, pensaremos. Caso haja a possibilidade de alterar para as próximas edições, só após uma avaliação, que será feita, é que podemos falar. Até porque estas regras serão, não só aplicadas aqui, mas também nas outras divisões desta competição. Portanto, vai haver discussão e depois veremos. Se as coisas correrem bem, é possível que continue. Se verificarmos que os moldes actuais da competição precisam de ajustamentos, é normal que serão feitos." O Campeonato da Europa de Equipas vai ser disputado em Leiria, mas para Carlos Carmino a cidade será mais que a anfitreã.O
Director Técnico Regional de Atletismo assume a evolução do atletismo no distrito de Leiria e espera ver atletas leirienses a representar Portugal na próxima grande competição. Como surgiu a parceria entre a Associação Distrital de Atletismo de Leiria e as restantes entidades, relativamente ao Campeonato da Europa de Equipas? "É evidente que o papel da Câmara Municipal de Leiria é fundamental, a relação entre a Federação Portuguesa de Atletismo e a Câmara Municipal de Leiria tem sido muito boa, desde há varios anos, e a Associação Distrital Atletismo de Leiria como entidade responsável pelo atletismo do distrito tem tido também o
seu papel, que tem sido parceira em tudo o que a FPA e a CML acham importantes, no que diz respeito ao atletismo, não só no campeonato de Europa de Equipas de 2009 mas também tudo o que tem haver com promoção, divulgação, calendário competitivo. É sempre o papel da ADAL, aquele que a FPA achar que é o mais importante." Tem sido uma parceria feliz? "Sim, tem sido positiva. Como é evidente, a Federação tem ajudado muito no que diz respeito ao atletismo do distrito de Leiria. O papel do presidente Fernando Mota tem sido inexcedivel, e por isso é que podemos dizer com grande orgulho que o atletismo do distrito de Leiria tem muita qualidade, o atletismo
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jovem está na moda neste momento, em termos de desporto. E é uma moda que é para continuar, para crecer quer no ponto de vista qualitativo como no ponto de vista quantitativo." É o primeiro evento deste género em Leiria? "Nós tivemos em 2005, em 2008 e este ano é a primeira vez, com esta designação e novo regulamento. São equipas da selecções dos 12 melhores países da Europa, em masculinos e femininos. Portanto, como é evidente, foi com muito orgulho que aceitámos esta competição em Leiria e podemos dar o nosso modesto contributo, reconhecendo que esta é uma competiao da Associacao europeia de atletismo. A primeira responsabilidade é da FPA, seguindo-se a CML e a ADAL tem o papel que lhe compete, procurando que seja grande sucesso, trabalhando na sua divulgação. Esperamos ter muito mais espectadores este ano, e esperemos que isso reverta em mais clubes, mais atletas e mais pessoas que possam ficar sensibilizadas com a actividade." Há atletas de Leiria a participar no Campeonato da Europa? "Sim, vai haver. Temos a Vânia Silva, como recordista nacional do martelo e como melhor atleta nacional do martelo e atleta olímpica,. Temos também a Eva Vital, no ano passado esteve também na prova de estafetas como suplente, que é uma candidata à prova de 100m barreiras este ano. Há grandes atletas leirien-
ATLETISMO ses, com potencial para representar a Selecção. Mesmo não sendo nesta competição, eu diria que há medida que o tempo vai passando vamos tendo mais leirienses neste tipo de eventos competitivos. E temos o Bruno, que no ano passado por esta altura era Brasileiro mas que se naturalizou Português há uns meses, fez em Portugal toda a sua formação desportiva. Portanto não podemos dizer que fomos buscar um atleta ao Brasil, é filho de imigrantes, e foi bem acolhido aqui. Se fosse Português tinha sido o melhor corredor de 400 planos na época de inverno, e neste momento é o melhor corredor de 400 barreiras português e é também candidato à estafeta de 4x400 metros. Alias, já representou a selecção nacional nesta estafeta de 4x400 metros. Outros houve, e estou a lembrarme do Paulo Bernando, que já orientei e é recordista nacional do disco. Também já representou portugal nesta competição. E eu diria que há medida que o tempo vai passando vamos tendo mais leirienses nestas competições. Quais são as suas expectativas para o Campeonato da Europa? "A minha expectativa, embora este regulamento seja realmente alguma incógnita, mas não estou muito optimista. Eu por natureza sou optimista, mas nós no ano passado fomos a 12º Selecção, sendo para seleccionar em 12. Portanto se fosse a 13º ou pior, participaria na mesma por ser o País organizador. Estamos aqui por esse motivo, mas também por mérito próprio. Mas descem 3, nós para náo
de grande candidato a ganhar o triplo salto pode também ganhar o salto em comprimento. A Naide Gomes, que não foi campeã Olímpica, mas foi a melhor saltadora em comprimento da época passada, poderá ser outra das referências para os jovens, que andam muito entusiasmados pela prática do atletismo. Estará cá também o Rui Silva, que é candidato a ganhar os 3.000m, talvez também os 1.500m, apesar de ser alguma sobrecarga. Ele é campeão da Europa e é uma grande referência para os jovens. Há depois outro conjunto de atletas portugueses, jovens e em crescimento, e têm muito para dar ao atletismo nacional e internacional. Servem de modelo e referência." descermos temos de ser 9º e esse lugar é muito complicado atingir. Não acredito que Portugal se consiga manter neste grupo para a próxima época. Mas espero tar enganado, seria bom para Portugal." Acha que a formação jovem de atletismo benificia destes eventos? "Acho que os jovens tem aqui uma série de referências. Temos o Nélson Évora, que é campeão olímpico. Quero também realçar que portugal tem 4 campeões olímpicos e todos do atletismo, o que mostra a importância desta modalidade. O Nélson já esteve aqui anteriormente, poderá ganhar aqui o triplo salto e é uma grande referência para os jovens que podem ver os treinos dele e estar com ele e ter autógrafos. Portanto para além
Há planos para futuros eventos? "Tenho consciência que este campeonato de europa por equipas não pode vir para Leiria tão cedo. Tivemos o ano passado, e em 2005 também esta competição, portanto duvido muito que nos próximos anos tenhamos cá esta competição. Há, no entanto, outras competições. E este estádio é o que melhor condições reune em Portugal para a prática em Atletismo. É uma questão da Federação ter vontade em se candidatar a este tipo de competições e nós temos interesse em apoiar estas iniciativas. Mas pessoalmente, gostava de ter aqui o campeonato Ibero-Americano, acho que é uma competição muito interessante. Para já a curto prazo as candidaturas estão entregues. Vamos aguardar."
Programa do Campeonato da Europa de Equipas SPAR AMANHÃ 15:30 - Martelo - Masculinos 15:32 - 100m extra (série 1) Femininos 15:35 - Vara - Femininos 15:39 - 100m extra (série 2) Femininos 15:40 - Triplo - Femininos 15:46 - 100m extra (série 1) Masculinos 15:53 - 100m extra (série 2) Masculinos 16:00 - 400m Bar. (série 1) Masculinos 16:07 - 400m Bar. (série 2) Masculinos 16:10/15 - Martelo (4 ensaios finais) - Masculinos 16:20 - Altura - Masculinos 16:21 - 100m (série 1) - Femininos 16:28 - 100m (série 2) - Femininos 16:30 - Peso - Masculinos 16:30/36 - Triplo (4 ensaios finais) Femininos 16:40 - 400m (série 1) - Masculinos 16:45 - Disco - Femininos 16:46 - 400m (série 1) - Masculinos
16:53 - 800m - Femininos 17:01 - 100m (série 1) - Masculinos 17:08 - 100m (série 2) - Masculinos 17:10/15 - Peso (ensaios finais) Masculinos 17:19 - 3.000m - Femininos 17:30/35 - Disco (ensaios finais) Femininos 17:37 - 400m Bar. (série 1) - Femininos 17:43 - 400m Bar (série 2) - Femininos 17:48 - 1.500m - Masculinos 17:50 - Comprimento - Masculinos 17:57 - 3.000 obstáculos - Femininos 18:10 - Dardo - Femininos 18:13 - 400m (série 1 ) - Femininos 18:19 - 400m (série 2) - Femininos 18:25 - 5.000m - Masculinos 18:40/46 - Comprimento (ensaios finais) - Masculinos 18:48 - 4x100m (série 1) - Femininos 18:55 - 4x100 (série 2) - Femininos 18:58/19:04 - Dardo (ensaios finais) Femininos 19:06 - 4x100m (série 1) - Masculinos 19:13 - 4x100m (série 2) - Masculinos
DOMINGO, DIA 21 15:15 - Martelo - Femininos 15:20 - Vara- Masculinos 15:24 - 4x100m (série 1) - Femininos 15:27 - Triplo - Masculinos 15:31 - 4x100m extra (série 2) Femininos 15:38 - 4x100m extra (série 1) Masculinos 15:45 - 4x100m extra (série 2) Masculinos 15:55/16:00 - Martelo (4 ensaios finais) - Femininos 16:05 - Altura - Femininos 16:13 - Peso - Femininos 16:17/23 - Triplo (4 ensaios finais) Masculinos 16:25 - 110m Bar. (série 1) - Masculinos 16:30 - Disco - Masculinos 16:32 - 110m Bar. (série 2) - Masculinos 16:40 - 200m (série 1) - Femininos 16:47 - 200m (série 2) - Femininos 16:53/58 - Peso (ensaios finais) Femininos 17:00 - 800m - Masculinos
17:06 - 100m Bar. (série 1) Femininos 17:13 - 100m Bar. (série 2) Femininos 17:15/20 - Disco (ensaios finais) Masculinos 17:23 - 3.000m - Masculinos 17:35 - Comprimento - Femininos 17:37 - 1.500m - Femininos 17:52 - 200m (série 1) - Masculinos 17:55 - Dardo - Masculinos 17:58 - 200m (série 2) - Masculinos 18:04 - 5.000m - Femininos 18:23/29 - Comprimento (ensaios finais) - Femininos 18:31 - 3.000 obstáculos - Masculinos 18:42 - 4x400m (série 1) - Femininos 18:47/51 - Dardo (ensaios finais) Masculinos 18:53 - 4x400m (série 2) - Femininos 19:02 - 4x400m (série 1) - Masculinos 19:11 - 4x400m (série 2) - Masculinos
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CICLISMO / BTT
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2º GRANDE PRÉMIO MUNICÍPIO DA BATALHA
Só para os melhores! No passado dia 10 foi dada voz à tradição e mais uma vez, para a Vila da Batalha foi dia de ciclismo, Depois de longos anos a assistir neste dia à clássica profissional Porto/Lisboa, o fim desta deu lugar a um evento localizado na própria Vila. Joaquim Trindade Num circuito que, contrariando as iniciais expectativas do seu organizador, se viria a revelar como extremamente duro devido à sua interminável sucessão subidas e descidas, pode assistir-se a uma corrida intensa, com múltiplas tentativas de fuga e consequentes respostas do pelotão, mas que ao longo da prova viriam a cobrar o seu preço. Assim dos 85 ciclistas inicialmente presentes à partida, um número substancial viria a optar pelo abandono ou a ser eliminados pela organização devido ao excessivo atraso que foram registando nas sucessivas passagens pela Meta.
Dos sobreviventes viria a destacar-se a cerca do meio da prova José Rodrigues, ciclista do C R Camiliano/Famalicão, um ex-profissional com passagens por equipas como a Liberty Seguros ou a ASC/ Vitória e que agora corre nesta categoria. Mostrando um apuro de forma
que ainda não tinha sido possível ver nesta época, este ciclista lançou um forte ataque, apenas secundado por Carlos Gomes (CC Salvaterra) e Vitor Lourenço (V. V. Lourenço/ Sintra CC). No entanto as tentativas destes dois ciclistas em se aproximarem do seu adversário foram
2º PRÉMIO LAND’S HAUSE BUNGALOWS / ALBITUR
Depois da “tempestade”... Decorreu no passado dia 11 de Junho, quinta-feira, o 2º Prémio Land’s Hause Bungalows / Albitur, em Burinhosa, Pataias. Com partida e chegada junto ao complexo turístico do mesmo nome, esta prova consistiu num circuito de 6,6 km a percorrer por 12 vezes. Depois das dificuldades apresentadas na véspera aos ciclistas na Batalha, nada melhor que um circuito como este, quase todo ele plano e propício a grandes velocidades, como alíás atesta a média final de quase 40 km/h. O maior inimigo dos ciclistas acabou por ser o forte vento que sempre se faz sentir nesta zona e que condenou ao fracasso as múltiplas tentativas
que fuga que se foram registando ao longo da prova. Assim acabou por ser um pelotão com cerca de 60 unidades que se fez aos últimos metros da corrida, onde mais uma vez João Portela (CC Salvaterra) mostrou que numa chegada ao sprint é sempre um forte candidato a vencer. Nos lugares seguintes acabariam por ficar Vitor Lourenço (Viv. V. Lourenço/Sintra CC) e Célio Apolinário (CCLA/ Crédito Agrícola), um habitué nos lugares da frente mas que tem, nos últimos tempos, andado um pouco arredado dos resultados. De realçar o 4º lugar de Jorge Valente, que a correr “em casa” (é natural da localidade de Alpedriz, ali bem próximo), demonstrou mais uma
vez toda a qualidade que lhe é reconhecida. Quanto à classificação colectiva, a vitória acabou por sorrir à equipa Viveiros V. Lourenço/Sintra C. C., seguida pela Casa do Benfica em Almodôvar e pelo C. C. Salvaterra. De registar ainda o bom nível organizativo da prova, sem incidentes de maior, e a excelente afluência de público, muitos deles utentes deste complexo turístico, que mais uma vez deu provas do seu grande apoio às modalidades desportivas. Surpresa também no final, em que um alto dignatário do governo Senegalês, de passagem por este complexo turístico, procedeu, a convite da organização, à entrega dos prémios aos concorrentes.
infrutíferas, e embora a distância nunca tenha sido grande, nunca lograram alcançá-lo. Mais atrás acabou por surgir Amândio Jesus, também ele numa tentativa a solo de se aproximar da frente. No entanto, após algumas voltas, este acabaria por vir a ser alcançado por Paulo Oliveira (Xyâmi/Casema/ Nova Vida). Assim, no final, acabaram por ser estes cinco ciclistas a cortar a meta destacados do pelotão e com pequenas diferenças entre
si. Pese embora o forte e eficaz dispositivo de segurança destinado a esta prova, há a lamentar o grave acidente do ciclista João Paulo Marques (CCLA/Crédito Agrícola), que num incidente de corrida acabou por cair, tendo sido transportado ao Hospital de Stº André, em Leiria e posteriormente ao Hospital dos Covões, em Coimbra. Felizmente suspeitas de lesões na cervical não se terão confirmado e o atleta já se encontra a recuperar na sua residência.
Classificações: 1º José Rodrigues (C R Camiliano/Famalicão) 2º Carlos Gomes (C C Salvaterra) 3º Vitor Lourenço (V V Lourenço/Sintra C C) 4º Paulo Oliveira (Xyâmi/ Casema/Nova Vida) 5º Amândio Jesus (C. Benfica em Almodôvar) Equipas: 1º C. C. Salvaterra 2º Viveiros V. Lourenço/ Sintra C. C 3º Casa do Benfica em Almodôvar
S.C.Leiria e Marrazes/ Fatibike brilha nas 24h Btt de Monsanto No passado fim de semana o S.C.Leiria e Marrazes/Fatibike esteve presente nas 24h de btt em Monsanto onde alcançou a vitória na categoria de equipas de 8 elementos mistas, alcançou também a vitória na categoria de 8 elementos masculinos, o 2º lugar em equipas de 2 elementos mistas, e o 10º lugar em equipas de 4 elementos masculinos. De salientar ainda que a equipa de 8 elementos mista alcançou o 2ºlugar à geral, e a melhor volta do circuito foi realizada pelo atleta do S.C.L.M. André Filipe.
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ENTREVISTA
ATLETISMO
“Jogos Olímpicos são objectivo!” Por Tiago Cordeiro Ramalho
Tiago Marto é sinónimo de sucesso, no vocabulário do Atletismo Nacional. Com apenas 23 anos é já um dos atletlas mais consagrados do Decatlo e Heptatlo Nacional, reunindo inúmeros records em Portugal. Campeão Nacional de Pista Coberta, no Heptatlo em 2009, o mesmo título ganho anteriormente em 2008, Campeão Nacional sub-23 nos 60 metros barreiras, galardoado com a medalha de Bronze nos campeonatos Ibero-Americanos... A lista continua, mas não só de palmarés são feitos os campeões. Tiago Marto, pela sua humildade e capacidade de trabalho reconhece o longo caminho que tem pela frente, mas não vira a cara à luta e os Jogos Olímpicos são o objectivo. Em Ourém surgiu mesmo uma campanha, intitulada de “Tiago Marto aos Olímpicos” levada a cabo pela Câmara, de promoção e divulgação de jovens atletas da região, com bons resultados, para que o seu trabalho e esforço não passe ao lado dos olhos espectantes da Federação. Pode dizer-se que Tiago Marto é neste momento mais que um atleta. É o “porta-estandarte”, representativo de todos os jovens talentosos do Atletismo Nacional que só precisam da oportunidade de se mostrar. E a sua mais recente conquista, na Guarda, foi em tudo épica. Para além das dez provas que compõem o Decatlo, Tiago Marto debateu-se também contra as adversidades climatéricas. Numa enorme prova resistência, conseguiu arrancar o “ouro” e bateu o seu record pessoal. Em conversa com o DESPORTOTAL, Tiago fala-nos do atletismo na sua vida, e da sua vida pelo atletismo mas podia não ter sido assim devido ao... futebol, a sua outra perdição. Com que idade começaste a praticar atletismo? “Comecei com 10 anos, no 5º ano. Foi uma experiência muito superficial, nada direccionado para o que estou a
João Matias / Imagereporter
Assume Tiago Marto, atleta do Grupo de Atletismo de Fátima
fazer agora. Depois comecei com um contacto mais directo com 13, 14 anos. A minha primeira época de iniciado foi à volta de essa idade. E qual foi o teu clube de formação? “Foi o Grupo de Atletismo de Fátima, desde a formação até agora, sempre foi esse clube.” Po r q u ê o A t l e t i s m o , quando a maior parte dos jovens prefere o futebol? “Foi um pouco por acaso, porque eu só tinha contacto pelo meu irmão, que também praticou antes de mim. Não tinha gosto, sequer. Nem referências. Entrei no atletismo porque na minha escola não havia futebol. E eu, a conselho de uma amiga minha que tinha enverdado pelo atletismo, eu acabei por seguir esse conselho, sem intenção nem conhecimento.” Não tinhas ídolos, portanto... “Não tinha referência nenhuma. Era um desporto que eu não conhecia, mesmo. Gostava mais de Futebol. Porque referências, tinha Rosa Mota, Carlos Lopes... Não tinha um conhecimento mais profundo.” E que análise fazes da temporada que passou?
“A temporada de 2007/ 2008 foi muito boa, em relação a pista coberta. Consegui melhorar substancialmente a minha marca pessoal em heptatlo. E deu-me uma boa perspectiva de melhorias em
várias competições. Na pista ao ar livre, devido ao cansaço e a outras condicionantes, não consegui melhorar muito a minha marca no decatlo, apenas melhorei 8 pontos. Não foi totalmente mau mas
também não foi aquilo que eu conseguia fazer.” Como descreves a prova na Guarda, que foi a tua mais recente “conquista”?
“O decatlo na Guarda foi uma prova complicada, principalmente pelas condições climatéricas um poico adversas. Esteve sempre muito vento, muito frio e alguma chuva, o que acabou por dificultar um pouco. O decatlo por si, já é uma prova dificil, e ainda por cima com mau tempo, foi mais complicado. Mas é um aspecto com o qual temos que saber lidar, e temos de tentar ultrapassar o melhor possivel.” Que análise fazes à tua prestação? “A minha prova foi uma prova de persistência, de acreditar até ao fim. Não iniciei da melhor forma e a primeira jornada foi um pouco abaixo daquilo que eu esperava. Mas depois consegui iniciar bem a segunda jornada com a corrida de barreiras e, apesar de ter partido uma barreira, acabei por conseguir aguentar e fazer uma segunda jornada mais equilibrada. Acho que o melhor foi não ter desanimado na primeira jornada e acabou por ser um resultado positivo.” Como te sentes após teres batido o teu próprio record pessoal? “Bem, após o primeiro dia não julguei que fosse possivel bater o meu record pessoal. Mas tentei não pensar muito nisso, e tentei atacar o segundo dia da melhor forma. E com o passar das provas, vi que era possivel bater o meu record. Quando acabei, e quando soube o meu resultado senti-me muito feliz por ter conseguido, mas fiquei ainda mais feliz por saber que, mesmo com condições climatéricas adversas e com alguns pontos menos positivos em algumas provas, consegui bater o meu record, o que me abre perspectivas para fazer um bom resultado no próximo decatlo.” Que metas tens, em termos desportivos, a curto e médio prazo? A prova mais importante que se avizinha é a Taça da Europa de provas Combinadas na Eslovénia, dia 27 e 28 de Junho. Para esta prova quero conseguir treinar bem até lá, e depois conseguir dar o meu melhor e tentar outra
vez o meu recorde pessoal. Mas até lá vou tendo umas provas de preparação, o meeting de Lisboa e de Abrantes em que vou tentar melhorar alguns aspectos técnicos em algumas provas individuais. Outro objectivo que tenho é tentar fazer os mínimos para os Campeonatos do Mundo de Berlim.”
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ENTREVISTA
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Os 8000 pontos são objectivo? “Os 8000 pontos é aquela barreira conhecida por separar os bons dos muito bons. O meu treinador, Mário Aníbal, foi o único português a passar os 8000 pontos em Portugal. Claro que é uma meta e mais de um sonho é um objectivo a tentar alcançar. E com a ajuda do Mário Aníbal espero conseguir atingir essa meta preciosa.” Em Heptatlo foste campeão nacional de pista coberta. Como vês a tua evolução como atleta? “Eu costumo dizer, e o meu treinador faz referência a isso, que estamos num projecto a longo prazo, e isso tem-se vindo a verificar ao longo dos anos. Tenho vindo a conseguir consolidar algumas provas
outras podem correr mal. Se pelo contrário, uma correr mal não podemos desanimar porque as outras podem correr bem. E aí, apesar de ser um projecto a longo prazo, tenho sentido melhorias. E aquilo que nós prevemos, em termos de evolução e treino, é que agora as coisas vão começar a apertar.” Tens alguma prova específica que prefiras em relação às outras? “Normalmente eu costumo dizer que as preferências variam em função das prestações que temos nas provas. Mas aquelas que eu gosto mesmo de fazer são as barreiras, o lançamento do dardo e o salto com a vara. Este por causa da adrenalina e por ser um desporto fora do normal. Eu tenho um gosto por quase todas, menos pelas provas de resistência, porque os 1500 e os 400 metros são, como se costuma dizer, a morte do artista!”
Os 8000 pontos é aquela barreira conhecida por separar os bons dos muito bons. O meu treinador, Mário Aníbal, foi o único português a passar os 8000 pontos em Portugal. que estavam mais instáveis, e melhorar alguns records pessoais que não estavam ainda nos parâmetros que considero aceitáveis. E consegui conciliar o conjunto das provas, porque eu não faço só uma prova, faço heptatlo e decatlo. São 7 e 10 provas, respectivamente, e não basta fazer uma bem, tenho de conseguir conciliar todas e aí também entra a experiência, de muitas provas em cima, para conseguir ganhar esse “savoir faire”, como se costuma dizer. Para conseguir fazer as 10 provas bem, porque se uma corre bem não podemos ficar contentes porque as
Se não fosse o atletismo, farias carreira noutro desporto? “Eu acho que sim. Aquilo que sempre me disseram é que eu sempre fui muito eclético, sempre fiz muitos desportos, e fi-los quase sempre bem, tirando talvez a ginástica e a natação, em que não era grande coisa. Mas no volei-
bol, no andebol, jogava bem, porque tinha muitos movimentos do atletismo. Futebol então é a minha perdição. Se calhar não teria os resultados que tenho agora, porque sao desportos colectivos e não dependem só de nós. Mas parado não estava! Tinha de estar sempre a fazer qualquer actividade, porque se estou mais de uma semana parado já me começa a custar!” Como vês o teu futuro no G.A.F? “Bem, muitas vezes as pessoas têm noções erradas do atletismo. No futebol, temos as grandes equipas de referência, mas noutros desportos e no atletismo não é bem assim. Podemos bater um record do mundo e nem sequer sermos de um clube. Não está propriamente ligada, a evolução, a um clube. Claro que um clube maior dá-nos mais condições. Mas o G.A.F sempre me deu as condições que precisei. É óbvio que é um clube com dificuldades, tal como todos os clubes de modalidades amadoras, mas é um grupo muito bom!” E se recebesses propostas de outros clubes? “Já recebi propostas de outros clubes, mas ainda não vi nenhuma proposta que me iria ajudar ao nível da evolução como atleta ou pessoa. Já tive contactos de vários clubes, mas não sai, não por teimo-
sia, mas por não ter recebido a proposta e achado “esta vale a pena!”. Relativamente à Selecção, o que representa para ti? “A Selecção desde sempre foi um sonho, concretizado, e cada vez que represento a Selecção é uma emoção muito grande. Antes de representar a Selecção via na televisão, nos atletas que havia algo diferente, algo mais forte por representar o país, diferente de quando representavam os clubes. Mas quando vestimos a camisola de Portugal, sentimos aquela sensação de responsabilidade por representar o país e sentimo-nos muito bem!” E a “Campanha do Tiago Marto aos Olímpicos”... “Foi uma campanha lançada pela Câmara, ainda estou à espera de desenvolvimentos. Tem o meu nome, foi lançada com o meu nome, mas é dirigida para todos os atletas que se destaquem ao nível do concelho e consigam bons resultados. Sinto-me satisfeito por ver o reconhecimento por parte das entidades oficiais, por parte das pessoas que vieram ao estádio quando foi apresentada a campanha, apesar de ainda não saber em que é que consiste.” Quais os melhores e piores momentos ao lon-
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ENTREVISTA “É preciso não desanimar nos momentos maus e saber lidar bem com os momentos bons, para conseguirmos ir construindo uma carreira sólida e que não fiquemos em cima dos pés só por termos bons resultados.”
PALMARÉS 2008/2009 - Campeão do triatlo organizado pela FPA em Alpiarça (pista coberta) - Vencedor da Taça FPA de Provas Combinadas, realizada em Espinho, com 5358 pontos no Heptatlo (pista coberta) - Campeão Nacional do Heptatlo com 5632 pontos, em Pombal (pista coberta) - Campeão Nacional do Decatlo, realizado na Guarda, com 7156 pontos 2007/2008
go da tua carreira de atleta? “Melhores posso dizer, felizmente, que tenho vários. Receber a convocatória da Selecção em casa foi um deles, foi uma grande alegria saber que ia representar a Selecção. Este ano, na pista coberta, os 5682 pontos que fiz e deram-me uma boa posição no ranking mundial foi também de grande alegria. Foi sinal que o esforço feito no inverno foi recompensado. No ano passado, nos campeonatos ibero-americanos, a medalha de bronze também foi também muito bom, apesar de a prova não me ter corrido a 100 porcento, também pelas varas que não chegaram, ainda devem estar no Chile! Quanto aos momentos menos bons, associo sempre a lesões, quando não estamos bem. Um dos piores momentos foi quando me lesionei na Taça da Europa, não consegui acabar, na 8ª prova. Ia bem, com boa pontuação, mas no salto com a Vara fiz só 3 saltos e tive de “arrumar à box”. Se calhar foi um dos piores momentos, mas foi bem ultrapassado pelo apoio do meu treinador, que é o director técnico das provas combinadas, pelo apoio do G.A.F, por parte da Federação, para que não fizesse disso um drama, para puder ultrapassar rapidamente.” Já falamos da Campanha para os Jogos Olímpicos. E agora que expectativas tens para os Olímpicos? “Se não achasse que era possível, não tinha feitos esco-
lhas para isso. É um passo difícil, é dificil de alcançar. Só alguns têm o “direito” de lá ir. É difícil, tem de se trabalhar muito, tem de se estar concentrado e ter a possibilidade de treinar. O meu treino, faço-o todos os dias, mas a possibilidade para treinar e recuperar, muitas vezes não a temos, por causa de muitas razões. Mas dou o meu melhor, todos os dias, e as coisas virão como resultado.”
Um dos piores momentos foi quando me lesionei na Taça da Europa, não consegui acabar, na 8ª prova. Ia bem, com boa pontuação, mas no salto com a Vara fiz só 3 saltos e tive de “arrumar à box”. Também dás formação ao escalões jovens do G.A.F? “Nem sempre, por questões de horários, mas aos sábados de manhã, temos as escolinhas e muitas vezes venho cá dar ajuda, porque na minha iniciação também gostava de ter ajuda, por isso é que venho cá ajudar na orientação, nos exercícios e nalgum tipo de treino. Deixa-me muito satisfeito ver os mais pequenos gostarem de fazer o que eu faço.” És também estudante de Fisioterapia. Ponderas
prosseguir carreira no Atletismo, mesmo que não seja como atleta? “Nunca se sabe. Agora estou a estagiar no departamento médico da Federação Portuguesa de Atletismo, que me tem dado ainda mais gosto pela fisioterapia na parte desportiva. Tambem foi uma das razões pela qual entrei para o curso. E acho que posso tirar algum conhecimento, dos vários anos de competição, para conseguir fazer uma intervenção positiva em lesões desportivas. É essa a minha intenção, não exclusivamente direccionada para aí, mas por enquanto penso só em ser Atleta. Poderá, eventualmente, haver a conciliação entre as duas vertentes, mas por agora preocupo-me em ser atleta.” Que característica achas ser fundamental para ter sucesso no Atletismo? “Bem, preserverança. Estava para dizer teimosia, mas é muitas vezes mal conotada. Sendo um desporto individual onde não dependemos de uma equipa, e não é instantâneo, ou seja, muitas vezes os resultados demoram anos e anos a atingir. Como vemos no Nelson Évora, o seu treinador disse que para atingirem o ouro olímpico, precisaram de 20 anos juntos. É preciso não desanimar nos momentos maus e saber lidar bem com os momentos bons, para conseguirmos ir construindo uma carreira sólida e que não fiquemos em cima dos pés só por termos bons resultados. Portanto, preserverança e humildade, é o mais importante.”
- Vencedor da Taça FPA de Provas Combinadas com 5340 pontos, tornando-se no 3º melhor Português de sempre; - Vencedor dos 60m Barreiras e medalha de Bronze no Salto em Comprimento nos Campeonatos de sub-23 de Pista Coberta; - Vencedor do Heptatlo nos Campeonatos de Portugal de Pista Coberta com 5504 pontos, tornando-se no 2º melhor Português de sempre; - Vencedor dos Campeonatos de Portugal de Provas Combinadas em Decatlo com 7098 pontos; - Medalha de Bronze nos Campeonatos Ibero-Americanos de Atletismo no Chile em Decatlo; - Ida à Taça da Europa com obtenção do 13º lugar entre 42 atletas; 2006/2007 - Vice-Campeão de Heptatlo em Pista coberta; - Campeão Nacional de Decatlo com 7090 pontos, reforçando o lugar de 3º melhor Português de sempre; - Medalha de Bronze no Lançamento do Dardo e nos 110 metros Barreiras nos Campeonatos Nacionais de Sub23; 2005/2006 - Campeão Distrital dos 60m, 60m barreiras e Saltos em Comprimento; - Vencedor da Taça de Portugal de Provas Combinadas; - Campeão Nacional de Decatlo; - Ida à Taça da Europa de Provas Combinadas. Resultado: 7056 pontos, tornando-se no 3º melhor Português de sempre em Decatlo; - Medalha de Bronze no Salto em Comprimento e nos 110m barreiras nos Campeonatos Nacionais de Sub-23
Nome: Tiago André Santos Marto Data de Nascimento: 1986/05/05 Nacionalidade: Portuguesa Modalidade: Atletismo (Provas Combinadas)
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MODALIDADES FUTEBOL DE PRAIA
Distrito de claros contrastes Paulo Alexandre Teixeira
Nuno Brites / Imagereporter
No caso da Associação de Futebol de Leiria, o panorama é desolador. Organizador do Campeonato Distrital do Futebol de Praia, desde há dois anos a esta parte que o campeonato está parado por falta de inscritos. Após o encerramento das inscrições, no passado dia 26 de Maio, só se inscreveram duas equipas para a esta época desportiva. "Abrimos as inscrições há dois meses atrás e só tivemos dois clubes inscritos, o Concha Azul e o Ferrel. Só com isto, não é viável um campeonato destes.", referiu um funcionário da Associação de Futebol de Leiria. Os critérios para as inscrições até nem são complicados: as equipas filiadas na Associação só pagariam uma taxa de dez euros. Mas falta encontrar jogadores que queiram jogar, e vontade dos clube...
Nuno Brites / Imagereporter
O futebol de praia no distrito de Leiria passa por contrastes: se a associação de futebol de Leiria não vai poder organizar o seu campeonato pelo segundo ano consecutivo, as colectividades locais não deixam de organizar os seus próprios torneios, convidando nomes grandes e atraindo imensa gente.
Apesar da Associação não organizar não inibe que outros clubes e colectividades façam os seus próprios torneios. Um bom exemplo é a Associação Recreativa "O Sótão", da Nazaré, que organiza todos os anos dois torneios: um próprio, na primeira semana de Julho, e um torneio de 24 horas, normalmente a 14 de Agos-
to, véspera de feriado. Pedro Pisco, dirigente do clube, confirma a realização dos torneios este ano, só que está ainda a depender da receptividade dos clubes: "O primeiro torneio, o de Julho, vai ser feito por nós e mais três equipas. Estamos dependentes da receptividade dos clubes em relação aos convites, pois algumas das equipas que convidamos têm jogadores que fazem parte da selecção nacional de futebol de praia", referiu. No ano passado, altura em que foi a primeira edição deste torneio, participaram União de Leiria, Estoril e Vitória de Setúbal, então o campeão nacional. Este ano, Pedro Pisco quer mais: "Convidamos o Benfica e o Futebol Clube do Porto, e estamos dependentes das suas respostas para podermos organizar como deve de ser este torneio. Daí ainda não termos avançado com datas", concluiu.
"Em Agosto, vamos ter outro torneio, que vai ser de 24 horas sem parar. Vai ser a 12ª edição deste torneio, e esperamos que continue a ter o mesmo sucesso dos outros anos, mas a calendarização do torneio vai depender do número de inscrições que recebermos", concluiu. Este torneio, eminentemente popular, inscreve grupos de até dez elementos, com o preço de inscrição a rondar os 125 euros. Para além destes dois torneios, o clube da Nazaré representa as cores do União de Leiria no Campeonato Nacional de futebol de Praia, fruto de um protocolo feito há três anos com o clube. Este ano, vão voltar a participar, num campeonato, em princípio com oito equipas. "Iremos jogar contra equipas como o Benfica, o F.C. Porto, o Sporting, o Vitória de Setúbal, entre outros", concluiu.
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BASQUETEBOL
VENCEU TODOS OS JOGOS DA FASE FINAL
MINIBASQUETE SOLIDÁRIO
Ginásio venceu Nacional de Sub-14 Ao vencer todos os jogos da fase final, a equipa de sub-14 (Iniciados) do Ginásio, sagrou-se Campeã de Portugal da categoria. Depois de um percurso a todos os títulos brilhante ao longo da época, este triunfo apresenta o mérito acrescido de ter sido conseguido em casa de um dos adversários (Seixal), muito próximo da casa de outro (Barreirense) e ainda da nossa equipa ter superado o F. C. Porto, 1º classificado da zona norte. Estão de parabéns os jovens jogadores - Fernando Rolo, Pedro Mesquita, João Simões, Pedro Marques, Duarte Cardoso, André Carvalho, Gonçalo Migu-
éis, Alexandre Tiago, Pedro Campos, João Terêncio, Miguel Lemos, Miguel Augusto - o treinador Luís Dionísio, os Seccionistas António Carvalho e Ramiro Simões, o Coordenador Técnico
da Formação, Mário Ramos, e os Pais dos atletas, cuja contribuição foi fundamental para este grande êxito. E também o VicePresidente Carlos Guedelha, com o pelouro da Formação,
cuja acção é de justiça salientar, neste momento de alegria. Foi o oitavo titulo nacional obtido pelo Ginásio na modalidade, e primeiro nesta categoria, devendo ser ainda mais valorizado porque conseguido em confronto directo com as duas maiores potências nacionais do Basquetebol de formação, Barreirense e F. C. Porto. Na hora da vitória, não esquecemos os patrocinadores que contribuíram para este sucesso: Casino Figueira como sponsor de todo o Basquetebol ginasista e Padaria Dionísio, no caso da equipa campeã. Os resultados: Ginásio, 44 - F. C. Porto, Ginásio, 71 - U. Sp. Açores, Ginásio, 40 - Barreirense, Ginásio, 46 - Seixal F. C.,
37 22 37 44
O 1º Torneio “Acreditar no Minibasquete”, iniciativa de solidariedade para com a Acreditar – Associação de Pais e Amigos de Crianças com Cancro – realizou-se no dia 10 de Junho, no pavilhão de Montemor-o-Velho, organizado pelo Clube Infante de Montemor. Participaram equipas de Minis 12 do Ginásio, Académica e clube organizador, e se não divulgamos os resultados dos jogos é porque mantemos a orientação consensualmente aceite no minibasquete distrital. Não obstante já terem sido publicados na Imprensa regional…, a segunda vez que tal acontece esta época, em Convívios realizados em Montemor-o-Velho.
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MODALIDADES NATAÇÃO
REMO
Seis pódios souberam a pouco nos nacionais de Verão É difícil uma jornada correr pior do que nos aconteceu no primeiro dia (sábado) dos Nacionais de Verão. Uma lesão que nos obrigou a não comparecer no oito feminino, uma tripulação (doublescull júnior) que teve um azar a meio da regata, quando vinha a discutir o 1º lugar, e até um barco (shell de 8) acidentado após uma colisão, quando estava emprestado ao Clube Naval de Lisboa. Mesmo assim conseguimos quatro pódios
nas regatas de double sénior ligeiro feminino (2º lugar), quadri júnior feminino (idem), quadri sénior ligeiro masculino (3º) e quadri júnior masculino (idem).
No domingo, mais algumas classificações que há anos seriam consideradas muito boas para o Ginásio, mas que agora souberam a pouco … porque nos desabituámos de sair da pista sem títulos nacionais. O shell de 4 sem timoneiro, sénior feminino, classificou-se em 2º e o masculino em 3º, neste caso após uma regata muito disputada. O apuramento para a final da tripulação de shell de 8 constituiu uma boa surpresa.
Masters com 11 medalhas de ouro No “open” do norte de Portugal Maria Gabriela Cardanho, Isabel Maria Marques, João Paulo Almeida, José Carlos Neto, com duas medalhas de ouro cada, Cláudia Pereira Reis, Paula Margarida Almeida, com uma cada, e a estafeta feminina de 4x50 metros estilos, foram campeões no Open de Masters da Associação de Natação do Norte de Portugal, realizado no sábado na piscina municipal de Fafe. Entre 110 nadadores de 10 clubes de todo o país, os representantes da Classe de Masters do Ginásio estiveram em gran-
que a consideremos uma das jóias da coroa do Ginásio. Vai d’ Arrinca!... Regressa no sábado
de destaque, para o que contribuíram também as medalhas de prata de Cláudia Reis, Paula Almeida e Carla Almeida Leite, esta nadadora conseguindo ainda uma medalha de bronze. Um total de 15 medalhas (11 de ouro, 3 de prata e 1 de bronze), que reflecte bem o progresso desta Classe, cujo exemplo e dedicação merecem
Remar e conviver em Grenoble Uma distinção que muito sensibilizou a comitiva ginasista, portadora duma mensagem do Presidente da Câmara da Figueira da Foz, Eng.º Duarte Silva, para o Maire de Grenoble. A reportagem completa da estadia destes “embaixadores” figueirenses,quehojeregressaram a casa, pode ser vista em www.remodelazer.blogspot.com.
O velho Boletim do Ginásio Clube Figueirense (foi fundado em 1962) volta a publicar-se, agora como Revista anual. O nº 64 sai no próximo sábado, 20, por ocasião do Grande Encontro de Gerações Ginasistas. Sob a direcção de Joaquim de Sousa, apresenta um aspecto gráfico totalmente renovado, reportagens das modalidades desportivas praticadas no Ginásio e vários artigos de opinião sobre a actualidade do clube.
Três vitórias no Triangular
REMO
A bandeira portuguesa foi hasteada na Mairie de Grenoble, para a recepção à Classe de Remo de lazer do Ginásio que durante a semana esteve naquela cidade francesa, numa acção de intercâmbio com o Aviron Grenoblois.
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Na Piscina Rui Abreu, em Coimbra, realizou-se no dia 10, pelo sétimo
ano consecutivo, o Torneio triangular do Fluvial Vilacondense,
Náutico Académico de Coimbra, que organizou esta edição, e Ginásio. Entre os nadadores ginasistas, estiveram em destaque, obtendo 1ºs lugares, Mário Pereira (400 metros estilos), Tatiana Santos (200 costas) e a estafeta feminina de 4x200 livres, constituída por Tânia Garcia, Beatriz Nunes, Mariana Sebastião e Tatiana Santos.
José Costa mais uma vez na Selecção No próximo dia 21, 14 jogadores escolhidos pelo seleccionador nacional Moncho Lopes, vão iniciar no Luso a 1ª
Campeonato Regional de Clubes Por opção técnica, relacionada com a dimensão da piscina (25 metros) em que as provas se realizaram, o Ginásio não participou no Campeonato Regional de clubes.
fase de um estágio de observação. Entre os convocados encontram-se o capitão do Casino Ginásio, José
Costa, e outro jogador figueirense, João Reveles, que na última época alinhou no Vagos.
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HÓQUEI EM PATINS
Época brilhante para hóqu Nota de destaque ainda para Turquel e Marrazes que apesar de não terem conseguido subir, ficaram muito perto, nas respectivas liguilhas. HC TURQUEL: A equipa mais representativa da região centro ficou a escassos minutos de alcançar a subida à I Divisão. Com um plantel sem vedetas e só com atletas das suas escolas de formação, a equipa do concelho de Alcobaça foi-se afirmando como candidato aos lugares cimeiros, depois passou de promessa a certeza e alcançou a liguilha de subida, onde o Paço D’Arcos lhe retirou o passaporte para a I Divisão. Muitos ficaram desiludidos, mas não há razão para tal. Desportivamente a equipa alcançou o que poucos acreditavam ser possível e teve ainda o mérito de atrair em seu torno muitos milhares de adeptos, que fizeram regressar ao seu pavilhão, e fora deste, as enchentes e a mística que só o Turquel possui. Esta foi uma época muito intensa para a formação da “Aldeia do hóquei em patins”, com a presença na muito competitiva zona norte da II Divisão. O HC Turquel sentiu algumas dificuldades em se impor fora de casa, mas no seu reduto prosseguiu uma longa caminhada iniciada na temporada transacta, que levou a equipa a completar mais de 2 anos sem conhecer o sabor da derrota no seu pavilhão. Um plantel muito jovem, mas com larga experiência devido à sua presença constante nos campeonatos nacionais de
fez dois golos consecutivos e o sonho turquelense parecia acabar. Ainda houve forças para fazer o 4-3 e ir em busca do quinto golo, que igualaria o play-off, mas quem acabou por marcar foram os forasteiros, que assim festejaram o regresso à I Divisão. O sonho da I Divisão, que a jovem equipa do HC Turquel nos fez acreditar ser possível, acabou por não se concretizar, mas “há mais marés que marinheiros” e este grupo de trabalho, este público apaixonado, este mítico pavilhão e este clube único, por certo, irão voltar à I Divisão nacional. O hóquei em patins precisa do Turquel na primeira, porque de primeira já ele é.
camadas jovens. Todos os jogadores são formadas nas escolas do Turquel, pelo que no seu pavilhão, não são apenas visitados, jogam verdadeiramente em casa. É aquela a sua casa, foi ali que viveram grande parte da sua vida. Nas bancadas assistiu-se ao longo da época a um constante aumento do número de espectadores, o pavilhão passou a ser pequeno para tantos adeptos do Turquel. Sinal dos tempos modernos, na página do clube na internet, passaram a ser transmitidos os jogos, para algumas dezenas de espectadores espalhados um pouco por todo o mundo. O Turquel terminou a 1ª fase do campeonato no 2º lugar, com o melhor ataque da prova e o melhor marcador (Vasco Luís), com a subida a sorrir à Académica de Espinho, mercê de uma derrota caseira frente aos espinhenses a três jornadas do final do campeonato.
Café Aquário Largo das Caldeiras nº 13 2450-000 Nazaré Telefone:
262 186 769
A equipa orientada pelo jovem técnico, João Simões, não baixou os braços, foi em busca de garantir o 2º lugar e a consequente disputa do play-off de subida com o 2º da zona sul. Para tal, precisava de vencer na penúltima ronda no terreno do Sp. Tomar e goleou por 10-5. Na liguilha de subida, estiveram dois clássicos do hóquei nacional, com o Turquel a medir forças com o Paço D’Arcos. A equipa da linha venceu em casa, por 5-3 e na visita a Turquel, a formação leiriense comandou sempre o marcador, mas sem nunca se distanciar. Já no segundo tempo chegou a estar a ganhar por 3-1, com a I Divisão a poucos minutos, mas o Paço D’Arcos soube reagir,
JUVENTUDE OURIENSE: A formação de Ourém (distrito de Santarém) foi uma das desilusões da época entre as equipas da região. Vinda da I Divisão, sentiu algumas dificuldades em garantir a manutenção na II Divisão, acabando no 13º lugar da zona norte, precisamente um lugar acima da linha de água. A equipa de Nuno Domingues acabou por alcançar o objectivo desta época, ao garantir a manutenção. BIBLIOTECA: O principal mérito das provas seniores masculinas, de entre as equipas de Leiria e Coimbra, vai para a Biblioteca de Instrução e Recreio (BIR) de Valado dos Frades que não só conseguiu a subida à II Divisão, como ainda entrou para Carlos Jorge Monteiro / Imagereporter
Orlando Joia
Nuno Brites / Imagereporter
A temporada 2008/09 foi muito positiva para as equipas de seniores masculinos de hóquei em patins da região centro. Entre as equipas das associações de patinagem de Leiria e Coimbra, há a registar um título nacional (Biblioteca) e três subidas (Biblioteca, Académica e Stella Maris), não havendo nenhuma despromoção.
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HÓQUEI EM PATINS
uei da região centro
ACADÉMICA: A formação de Coimbra sagrou-se vice-campeã nacional da III Divisão. Foi uma época de altíssimo nível, com o domínio da série B e consequente subida à II Divisão. Na 1ª fase da prova, a equipa de Miguel Vieira apenas foi derrotada por uma vez e cedeu três empates, de resto foram 14 triunfos, com a bonita marca de 120 golos marcados e apenas 58 sofridos. Na fase final, à procura do título nacional, a Académica ainda lutou até á derradeira ronda, porém uma goleada sofrida em Valados dos Frades, resultava no 2º lugar final, até porque antes já havia perdido na recepção ao Galegos de Penafiel e empatado na recepção à Biblioteca. Ao longo da época, a Académica apenas sofreu três derrotas. É um regresso à II Divisão que se saúda. STELLA MARIS: Mais uma equipa do distrito de Leiria a conseguir a subida à II Divisão. A formação de Peniche disputou a liguilha de apuramento de subida, entre os segundos das quatro séries da 1ª fase da prova. Aí, lutou com o Leiria e Marrazes e acabou por obter o segundo posto, atrás da Fundação Nortecoope, isto apesar de ter terminado em igualdade pontual com a equipa maiata. Nesta fase, entrou a perder em casa, frente à Fundação, mas soube dar a volta e acabou por ganhar nos Marrazes e na Maia, com triunfos extramuros que garantiram a subida. A equipa de Peniche foi uma equipa muito forte a defender e o contra-ataque foi a
forma que mais privilegiou para atacar a baliza adversária. Na 1ª fase do campeonato, o conjunto de Luís Simões acabou a um ponto da subida directa, que foi alcançada pela Biblioteca. MARRAZES: A equipa leiriense ficou no terceiro lugar da fase de apuramento de subida à II Divisão (liguilha), mas apenas os dois primeiros alcançaram esse objectivo. Foi por muito pouco que a equipa de José Cardinhos não conseguiu a tão ambicionada promoção à II Divisão. Na 1ª fase do campeonato, na série B, o Marrazes entrou mal, mas acabou por recuperar e terminar em grande momento de forma onde só não conseguiu alcançar a Académica. Na liguilha, entrou bem, com uma vitória no Seixal, mas os jogos frente ao Stella Maris ditaram o insucesso. Uma derrota caseira, depois de dominar grande parte do jogo e uma derrota em Peniche, quando esteve a ganhar por 2-0 e permitiu que o Stella Maris vencesse, de forma inteiramente merecida, por 3-2. O hóquei no Marrazes pode passar por momentos difíceis, pois os escalões de formação não dão garantias de sustentar a equipa sénior. SP. MARINHENSE: Os “Leões da Embra” foram a grande decepção desta época no que se refere ao hóquei da região de Leiria, acabando no 4º lugar da série B, isto apesar de ter chegado a liderar durante várias jornadas no início de época. Depois de uma descida à III Divisão, num momento negro da história rica deste clube, que na década de 90 obteve duas subidas à I Divisão, esta temporada a equipa ficou privada de jogadores experientes, que rumaram a clubes vizinhos e os jovens da formação não conseguiram produzir o suficiente que levasse o Sp. Marinhense de regresso à II Divisão. O clube da Marinha Grande está a pagar a factura de anos de política desportiva errada. Depois de uma “fornada” brilhante de atletas formados no clube, que os levou a finais de campeonatos nacionais jovens e a sucessos nos seniores, com um fenómeno de mobilização popular ímpar a nível regional, com jogos a terem mais de 4000 espectadores, a aposta deixou de ser na formação e foi perigosamente canalizada
CAMP. NACIONAL JUNIORES
Nuno Brites / Imagereporter
a História da modalidade ao inscrever o seu nome na lista de campeões, com o título nacional da III Divisão. A equipa de Pedro Almeida, com muita juventude formada na Biblioteca, fez uma época de trás para a frente, ou seja, teve muitas dificuldades em garantir a subida na 1ª fase da prova, onde se impôs ao 2º classificado (Stella Maris), por apenas um ponto. Numa fase em que cedeu três empates e foi derrotada por outras tantas vezes e quase que “passeou” na fase final, de atribuição do título nacional, onde Biblioteca apresentou um andamento superior à concorrência. Nessa fase, a BIR não só não perdeu, como impôs uma goleada (11-2) na derradeira jornada, frente à Académica, que ainda aspirava ao título nacional. Brilhante a prestação da Biblioteca a mostrar que vale a pena apostar na formação. É esse o caminho para o sucesso, com trabalho, dedicação e paciência para os resultados aparecerem. O futuro é risonho para a BIR de Valado do Frades.
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Valado recebe Final-Four de Juniores O Pavilhão Gimnodesportivo de Valado dos Frades, no concelho da Nazaré, acolhe a Final-Four de Juniores Masculinos, este fim-de-semana. Benfica, Paço D'Arcos, Gulpilhares e Barcelos são os pretendentes ao título.
quase que em exclusivo para os seniores. Agora que os resultados na formação voltam a aparecer, é altura do escalão sénior atravessar o deserto, mas os escalões jovens, dão garantias que dentro em breve os “Leões” da Embra voltarão a rugir e levar o clube para um patamar mais elevado. OLIVEIRA HOSPITAL: O clube do interior do distrito de Coimbra, alcançou o 8º lugar (antepenúltimo) da série B da III Divisão. Uma prestação medíocre de uma clube que ainda não conseguiu fazer reflectir no escalão sénior o excelente trabalho que tem sido feito nos escalões jovens. A prova desse bom trabalho, é que esta época as equipas de juvenis e iniciados do Oliveira do Hospital disputam a 2ª fase dos respectivos campeonatos nacionais. Se as contrariedades da interioridade não impedirem a permanência dos jovens hóquistas em Oliveira do Hospital, o clube pode, dentro em breve, lutar em patamares bem mais elevados no hóquei sénior. ARAZEDE: Equipa muito modesta que terminou a série B da III Divisão no 9º lugar (penúltimo), onde apenas conseguiu três triunfos e um empate, de resto foi derrotado por 14 vezes. Curiosamente, a única derrota do vencer da série B, Académica, foi precisamente na deslocação a Arazede, por 8-7. Foi o momento alto de uma época muito pobre dos Amigos da Freguesia de Arazede.
Depois de no ano passado o título nacional de juniores ter sido entregue em Viana do Castelo, desta vez cabe à localidade de Valado dos Frades receber a Final-four do campeonato nacional de juniores, com jogos a partir de hoje e até Domingo. A Associação de Patinagem de Leiria premeia, assim, a Biblioteca Instrução e Recreio, clube que tem investido muito na formação de jovens valores e que ainda no fim-de-semana passado arrecadou o troféu do Torneio de Encerramento de juniores das Associações de Leiria e Ribatejo, ao ganhar na final, disputada em Santa Cita, ao Sp. Marinhense, por 3-1. De hoje a Domingo, serão quatro, as equipas que irão lutar pela conquista da 56ª edição do Campeonato Nacional de Juniores Masculinos. O Gulpilhares é o actual detentor do troféu e vai estar no Valado para defender o título tendo como adversários Benfica, Paço D'Arcos e Óquei de Barcelos. Horário dos jogos: Sexta-feira (19 Jun.) 19H: OC Barcelos - Benfica 21H: Paço D'Arcos - Gulpilhares Sábado (20 Jun.) 16H: Benfica - Paço D'Arcos 18H: Gulpilhares - OC Barcelos Domingo (21 Jun.) 16H Benfica - Gulpilhares 18H: OC Barcelos - Paço D'Arcos
Orlando Joia
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PUB.
OPINIÃO / PUB. Deixa jogar
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Adélio Amaro adelio.amaro@gmail.com
A euforia da subida da equipa leiriense ao escalão máximo do futebol português foi total, no dia em que venceu, em Aveiro, a equipa do Beira Mar, por 2-3. Foi um elogio total aos jogadores e principalmente ao treinador Manuel Fernandes. Este conseguiu e teve o mérito de pegar numa equipa que parecia perdida e levá-la ao segundo lugar da II Liga, dando, assim, acesso à I Liga. Leiria viveu, principalmente os sócios e simpatizantes da União Desportiva, alguns dias de forte entusiasmo. A equipa do Lis, nos dias seguintes, mereceu honras de alguns destaques e suplementos em jornais locais e nacionais... e a cidade de Leiria foi falada, de
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Obrigado Tiago, até um dia destes... uma forma positiva, ao contrário do que muitas vezes acontece. Tudo parecia andar bem. O treinador Manuel Fernandes é anunciado como "mister" para a próxima época, tendo em conta que tem mais um ano de contrato. Este afirma contar com alguns jogadores onde se destaca o nome do capitão Tiago. Volto a repetir, tudo parecia bem. De repente, no meio das notícias de tantas saídas e entradas nos clubes portugueses surge a informação de que o Tiago não teria renovado contrato com a União de Leiria. Afinal, que se passa nesta equipa de Leiria? Todos aqueles que começam a ser jogadores de referência para os sócios, acabam por sair de uma forma estranha, sem se saber muito bem porquê, embora se digam algumas coisas... Como sócio e leiriense gostava de ver esta situação explicada, já que não obtive explicações oficiais sobre as saídas do Bilro, do Renato, do João Manuel, do Alhandra e até mesmo do Toñito. Afinal que se passa com uma equipa que necessita de referências para se impor perante a
sociedade leiriense que alguns culpam de não apoiar o Clube? Como sócio tenho pena que o Tiago não permaneça em Leiria. Foi ele, no dia da subida, que ergueu mais alto a Bandeira do Clube. Foi ele que mais acarinhou as crianças que pediram autógrafos e camisolas. Foi ele que dias antes pediu aos jornalistas para anotarem: "Podem escrever que nós vamos subir". É pena que a equipa de Leiria tenha, nos últimos anos, perdido todas as suas referências. Espero que outras surjam e que Leiria possa ter uma equipa na I Liga por muitos anos. Contudo, para que a aproximação da população perante a
equipa exista, muito tem de ser feito e alterado. Não é desta forma que se pode ter mais público no estádio. Já é tempo de ver que a culpa não é só do povo de Leiria... Lembro-me, muito bem, embora de mão dada ao meu pai, agora dou a mão ao meu filho, que o estádio, mesmo apenas com uma bancada coberta, enchia quando a equipa se encontrava, na então, II Divisão e depois Divisão de Honra. Ao sábado uma carrinha passeava pela zona do mercado a anunciar o jogo do dia seguinte.
Agora, sinto, apenas sinto, que deveria existir uma maior aproximação entre a União de Leiria SAD e a associação União Desportiva de Leiria. Esta última está a desenvolver um trabalho muito interessante com os mais jovens na Academia de Santa Eufémia. Os sócios pagam quotas para esta última, mas a primeira é que gere o futebol profissional. É bom que todos entendam e saibam disto. Porque, quando se pagam quotas é para a Associação e não para a SAD. Volto a sublinhar, a associação União Desportiva de Leiria pode existir se a SAD terminar. Contudo, se a associação fechar as suas portas a SAD terá, obrigatoriamente de encerrar. E, por vezes, para não escrever quase sempre, parece o contrário. A verdadeira união só pode existir quando Associação, SAD, Autarquias locais, empresários e população entenderem que uma equipa de Futebol na I Liga é uma mais valia para a promoção do concelho. Com tal, obrigado Tiago.
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FUTSAL
O “Sobe e desce” do Futsal distrital Terminada que está a época 2008/2009, chega a altura de a analisar, de fazer uma balanço final e de dizer o “sobe e desce” de todas as divisões do nosso futsal. Foram 66 equipas divididas em 3 divisões que proporcionaram vários espectáculos de alto nível de futsal. Foi muito o suor dos jogadores, treinadores e dirigentes que ficou marcado no piso dos pavilhões da nossa região. Para a história ficam os Campeões: Nadadouro (Div. Honra), Burinhosa (1.ª Distrital), Planalto (2.ª distrital) e Casal Velho (Taça Distrital). Por Bruno Fernandes
DIVISÃO DE HONRA Na divisão de Honra, divisão mais alta do nosso futsal, o Nadadouro foi quem conquistou o título de campeão e garantiu a subida aos nacionais. A Mata dos Milagres foi um honrado 2.º classificado que desde da 1.ª até à última jornada andou sempre a pisar os calcanhares do Nadadouro na luta pelo 1º lugar. Na outra face da moeda que é como quem diz no outro lado da tabela, Gaeirense, Turquel e Chãs foram as equipas despromovidas à 1.ª divisão distrital.
1.ª DIVISÃO SÈRIE NORTE
2.ª DIVISÃO SÉRIE SUL
A série norte da 1.ª divisão distrital foi uma das séries mais competitivas e equilibradas do ano. Com várias equipas a lutar pelo título a emoção e espectáculo foi uma constante. A equipa mais regular foi o Anços que acabou por se sagrar campeão de série e subir à Honra. Charneca e Barrocal foram as equipas despromovidas à 2.ª.
Na série sul o vencedor foi a formação do Bombarralense que se sagrou campeão de série e automaticamente garantiu a subida. Apesar de ter vencido, o Bombarralense contou com a forte oposição do Sporting da Estrada que terminou em 2º apenas a 2 pontos de distância. O Sp. Estrada, ao terminar em 2º garantiu também presença no Apuramento da 4.ª equipa a subir à 1.ª divisão distrital.
2.ª DIVISÃO SÈRIE NORTE Na 2.ª divisão série norte a União Pacense foi a equipa mais regular ao longo das 18 jornadas e não deu qualquer hipótese à concorrência, terminando no 1º lugar e garantindo a subida à 1.ª divisão e um lugar no apuramento de campeão da 2.ª distrital. As Figueiras, ao terminar no 2º posto garantiram presença no apuramento do melhor 2.º lugar que também dava acesso à 1.ª divisão.
1.ª DIVISÃO SÉRIE SUL A série sul da 1.ª divisão teve um domínio completo de duas equipas. As formações da Burinhosa e Caldas da Rainha foram, ao longo de todo o campeonato, as equipas que mais se destacaram. No final a Burinhosa foi quem saiu à frente e sagrou-se campeã de série com 6 pontos à maior sobre o caldas, garantindo a subida à Honra. Ferraria e Casa do Benfica das Caldas foram os elos mais fracos e desceram à 2.ª divisão.
Na final que decidia quem seria o campeão distrital da 1.ª divisão e que colocava frente a frente o vencedor da série norte e o vencedor da série sul, a Burinhosa foi mais forte e venceu o Anços por 3-1. Para além do Burinhosa (campeão) e do Anços, também o Núcleo Sportinguista de Pombal ascendeu à Divisão de Honra após disputar um jogo ante o Caldas que decidiria que seria o melhor 3º. O jogo terminou com o resultado de 2-1 a favor dos Pombalinos.
2.ª DIVISÃO – APURAMENTO DE CAMPEÃO O apuramento de campeão da 2.ª divisão distrital contou com a participação das três equipas que venceram as suas séries. União Pacense (campeão série norte), Planalto (campeão série centro) e Bombarralense (campeão série sul), foram as equipas que disputaram este mini campeonato em que cada equipa disputaria 4 jogos. A equipa da Nazaré foi a mais forte tendo terminado em primeiro e sagrado campeã.
2.ª DIVISÃO SÉRIE CENTRO De todas as séries da 2.ª divisão, a série centro foi aquela que contou com mais equilíbrio entre as equipas e com maior duração da incerteza quanto ao vencedor final. Ao longo dos 18 jogos, Planalto, Portomosense e Mirense protagonizaram uma árdua luta pelo primeiro posto que acabou por cair para o lado dos homens da Nazaré, que festejaram a conquista do título de campeão de série. O Portomosense terminou em 2º, garantindo um lugar no apuramento do melhor 2º e da 4.ª equipa a subir à 1.ª divisão.
2.ª DIVISÃO DISTRITAL – APURAMENTO 4º LUGAR O apuramento do 4.º lugar contou com a presença dos segundos classificados de cada série, foram eles: Figueiras (Norte), Portomosense (Centro) e Sp. Estrada (Sul). O vencedor deste mini campeonato assegurava a subida à 1.ª divisão. O Portomosense fez jus ao título de favorito e venceu, sendo a 4.ª equipa a subir de divisão.
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FUTSAL TAÇA DISTRITAL
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FEMININOS
DIVISÃO DE HONRA Na Divisão de Honra de futsal feminino a Golpilheira foi quem dominou do início ao fim da prova, tendo se sagrado campeã distrital.
1.ª DIVISÃO DISTRITAL
A final-four da taça do Distrito foi realizada no pavilhão “a Portuguesa”, na Pocariça e contou com Bombarralense, Pocariça, Casal Velho e Mata Milagres. A Pocariça venceu o Bombarralense por 7-1 e o casal velho derrotou a Mata por 7-6. Na final, a equipa de Alfeizerão foi mais forte e venceu a Pocariça através da marcação de Grandes penalidades.
Na primeira divisão distrital de futsal feminino, a formação do Abelha sagrou-se campeã da série norte enquanto os Parceiros venceu a série sul: Na final, as experientes jogadoras do Abelha venceram por 5-3 as jovens jogadoras dos Parceiros.
União de Leiria apresenta equipa
Da equipa que terminou na 6.ª posição da série C da 3.ª divisão Nacional em 2008/ 2009, continuam: Pedro Cabete, JP, Tico, Teco, China, Marc, Marcos e Veiga. Com a saída de um dos seus melhores jogadores (Pimpolho vai para o Instituto D. João V), a direcção viu-se forçada a reforçar o plantel com alguns jogadores de qualidade com vista a lutar pela subida à 2.ª divisão nacional. Sendo assim, os reforços para a nova temporada são: Xana (ex Mata Milagres), Roger (ex Instituto D. João V), João Pedro e Nando (ambos ex NS Leiria).
O treinador João Pedro que substituiu Miguel Ferreira ainda no decorrer da época passada, irá continuar no cargo de treinador principal, sendo que, Luís Silva, ex jogador e capitão de equipa será o novo treinador Adjunto. Luís Silva ainda terá a seu cargo a orientação da equipa de Juniores. A festa de apresentação da equipa teve início pelas 20 horas e contou com dois jogos de futsal. No 1º jogo os directores do clube defrontaram uma equipa composta por elementos da Comunicação Social. O outro jogo foi entre jogadores do plantel Sénior. Ao contrário da maior parte das equipas, a direcção do clube leiriense decidiu apresentar a nova equipa no final da época ao invés do início da nova época. Segundo Carlos Serra, responsável pela secção de futsal do clube, a apresentação da equipa nesta altura vem com o intuito de respeitar os órgãos de Comunicação
A Golpilheira foi a equipa vencedora da Taça AFL de futsal feminino tendo conquistado a dobradinha, ao vencer , na final, a formação o Vidais por 2-1.
Contratações até ao momento:
3.ª DIVISÃO NACIONAL
Na passada quarta-feira, a União de Leiria apresentou oficialmente a equipa que disputará a 3.ª divisão Nacional na próxima época, apresentando algumas novidades no plantel.
TAÇA DISTRITAL
Social, bem como alertar as pessoas competentes para o facto do planeamento da época ser necessário ser feito rapidamente e atempadamente. “Entendemos fazer esta apresentação por respeito à comunicação social. Ao invés de darmos informação a um orgão de cada vez, todos ficam a saber ao mesmo tempo. Para além disso pretendemos alertar as pessoas que somos a única equipa de freguesia nos nacionais e mesmo assim temos andado a jogar fora de casa. Com isto pretendemos mostrar às pessoas que se falha algo no planeamento de uma época não é por culpa dos clubes mas sim das instituições que não dão apoios logísticos. Queremos alertar para a necessidade de planearem a época no final e não quando a época já começou”, concluiu Carlos Serra. Bruno Fernandes
Jogador Noite Xana Nando João Pedro Roger Pimpolho Nuno Maduro Ruben Peixinho
Anterior clube: Coimbrão Mata Milagres NS Leiria NS Leiria IDJV U.Leiria Coimbrão Amarense Amarense
Destino Amarense U.Leiria U.Leiria U.Leiria U.Leiria IDJV Arnal Arnal Arnal
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MOTORES
Coordenação Adélio Amaro adelio.amaro@gmail.com
PRIMEIRA PROVA DA COPA LEIRIA MINIMOTOS
A caravana do motociclismo nacional rumou a Leiria para demonstar grandes dotes num circuito desconhecido pela maioria dos 38 participantes. As corridas foram de grande adrenalina e o público aplaudiu. Pela Copa Leiria Minimotos apenas presentes 7 participantes devido à ausência em provas internacionais. Os treinos cronometrados foram imbatíveis para Helio Ferraz que na moto número 7 fez a volta mais rápida no tempo de 59.523 sg seguido de Eduardo Gregório e Luis Silva, com tempos acima de 1 minuto. Participaram 3 categorias em conjunto, Open, Sénior e Júnior. Esta última apenas com a presença de Igor Lean-
Rui Meca
Decorreu no passado Domingo, dia 7 de Junho, no Kartódromo de Leiria, o Campeonato Atlântico de Velocidade e a 1.ª prova da Copa Leiria Minimotos. De realçar a qualidade dos participantes e o sucesso de todo o evento...
Rui Meca
NDML recebe Campeonato Atlântico de Velocidade
dro, estreante na modalidade. No Campeonato Atlântico e a outras velocidades as emoções foram mais que muitas. A grelha da categoria 50cc foi composta por 12 motos. Romeu Leite levara a melhor a vencer, a uma diferença de 3 segundos, Helder Bessa da Garagem Mancelos.
Na categoria rainha, com 20 motos de 70 e 85cc, Ivo Lopes do Team 75 e com voltas na casa dos 53 segundos, foi quem fez a festa ao vencer as 2 mangas de qualificação e ao registar a melhor sobre o espanhol Angel Dominguez da Outerelo Team. Já a Moto Benga Racing Team, com o piloto Fábio Lopes
19 E 20 DE JUNHO
NDML 12 horas Nocturnas NDML / Sagres Está tudo a postos para a 1ª edição das 12 horas NDML / Sagres que se realiza no próximo fim de semana, de 19 para 20 de Junho. Participe e seja uma das equipas a ajustar nos mínimos detalhes a corrida de seus “pupilos”. 19 DE JUNHO Até às 20H30 – Verificações administrativas (Entrega de pulseiras, pesagens, etc.); 21H00 – Briefing com todos os participantes e chefes de equipa; 21H20 – Treinos Livres e cronometrados (45 minutos); 22H30 – Início da corrida (12 horas nocturnas). 20 DE JUNHO 10H30 – Final da corrida; 10H45 – Entrega de prémios.
DURANTE A NOITE Caldo verde – surpresas – tenda musical – festival DJ (DJ PauLO G e DJ Da Cruz) – carro anti stress – actividades diversas. À grande resistência do Kartódromo de Leiria tem aderido novas e boas equipas. No entanto ainda existem algumas vagas. Tome parte e entre vários prémios, habilite-se a participar gratuitamente na primeira prova do Challenge Ibérico de 2009 a realizar a 26 de Setembro no circuito Kartpetania, em La Higuera, Espanha. Para qualquer esclarecimento adicional contacte o Kartódromo de Leiria através do telefone 244814214 e/ou telemóvel 962052222 (Rui Pina).
na moto numero 19 conquistou o 3º posto. Em simultâneo, a Brandogas Competições com David Ferreira em 70cc fez o 8º lugar da geral e subiu ao lugar mais cobiçado do pódio leiriense, na sua classe.
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MOTORES
Coordenação Adélio Amaro adelio.amaro@gmail.com
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LUXO AO SOM E SABOR DA SUAVIDADE
Por Adélio Amaro
O Desportotal teve a oportunidade de conduzir o BMW 525d automático, de 2004. Em poucos quilómetros deu para sentir a força que a beleza e o design que fez “explodir” o Série 5 da BMW, há cinco anos. A sabedoria a aprender pela experiência e a coragem para chegar aos limites são a combinação que leva ao prolongamento do sucesso, também no mundo da engenharia automóvel. Design, conforto, segurança e performance são os pilares do sucesso em que o BMW Série 5 se apoia. À primeira vista é realmente uma viatura impressionante: logo ao primeiro olhar poderá admirar a carroçaria desportiva, elegante e potente do Série 5, um representante dinâmico do BMW Business Class, em 2004. É possível experimentar todo este dinamismo em estrada, desfrutando de um conceito abrangente de tecnologias inovadoras, que incluem uma estrutura totalmente nova de carroçaria mais leve. Por isso, este Série 5 oferece espaço e conforto – sendo mais leve, maior economia de combustível e ainda melhores performances, bem como uma distribuição ideal de carga por eixo. Globalmente, o novo Série 5 combina o dinamismo desportivo do Série 3 com a supremacia e presença do BMW Série 7, desde 2003.
Jorge Henriques
BMW 525d cinco anos depois ainda parece novo
Este design singular da berlinda em causa foi a base do centro da gama de modelos do porte folio BMW. Uma frente musculosa com os inconfundíveis duplos faróis, redondos e a área envidraçada são testemunhos do seu carácter desportivo e dinâmico. O Desportotal teve a oportunidade de saborear o BMW 525d auto, de 2004.
Assim, este modelo apresenta, na área da segurança, airbags laterais à frente e airbags de dois estágios para condutor e acompanhante, airbags de cabeça AHPS II à frente e atrás, cintos de segurança à frente com limitador de força e sistema de 3 cintos do banco traseiro com três pontos de fixação. No exterior o 525d apresenta pára-choques dianteiro em alumínio com elementos de deformação, pára-choques traseiro em aço, também com elementos de deformação, portas chapeadas a aço, sensor de chuva para controlo dos faróis e dos limpa vidros, controlo de tracção DSC 8,0 (inclui ABS, ASC, DBV, EBV). O 525d que o Desportotal conduziu apresenta caixa automática havendo com caixa manual sequencial, com 6 velocidades. A nível de equipamento interior este modelo da BMW tem apoio central de braços no banco traseiro, ar condicionado automático (inclui AUC), regulação manual da coluna da direcção, Car/ Key memory, computador de bordo, incluindo Chek Control no visor informati-
vo, controlador das funções de conforto na consola de túnel, bancos com regulação eléctrica em altura e costas do banco do condutor, estofos em pele, tapetes de veludo, kit de 1.º socorros, kit de fumadores, espelho retrovisor interior anti-encadeamento manual, indicador da temperatura exterior, indicador de serviços no Visor Informativo, porta-luvas iluminado, rádio BMW Business com CD, vidros eléctricos à frente e atrás com protecção de entalamento e volante em pele com três braços e teclas multifunções. Do equipamento exterior é de destacar jantes BMW em liga leve, frisos exteriores cromados, roda sobresselente compacta 135/80 R17, controlo automático de aparcamento, puxadores das portas na cor do automóvel, indicadores de direcção em branco, retrovisores esféricos, eléctricos e aquecidos, párachoques e retrovisores exteriores na cor do automóvel. Se o 525d de 2004 é assim... imagine o de 2009... pode ser que numa próxima edição o Desportotal o apresente aos seus leitores...
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ATLETISMO
NACIONAIS DE ATLETISMO 1ª E 2ª DIVISÕES
Sporting foi o grande vencedor As bancadas estiveram pouco lotadas, somente com algumas centenas de apoiantes a puxarem pelas suas equipas, mas a importância da competição pedia bancadas mais repletas. Os atletas mais consagrados actualmente do atletismo nacional também marcaram lugar e não deixaram os créditos por mãos alheias. Nélson Évora, Francis Obikwelu e Naide Gomes conquistaram o primeiro lugar nas respectivas modalidades e os seus clubes ganharam vantagem no Campeonato Nacional do Atletismo. No entanto o Sporting Clube de Portugal foi o grande vencedor da competição, superando o Benfica (2º classificado) e o JOMA (3º classificado), em Masculinos. Já em Femininos, a equipa verde e branca voltou a dar car-
tas, ficando à frente do JOMA e do SC Braga. A grande desilusão veio do Norte, tendo em conta que o FC Porto foi desclassificado por não apresentar o número minimo de dez atletas. Já o atletismo de Leiria mostrou que tem alguma margem de progressão. Bruno Gualberto assegurou o primeiro lugar no 400m Barreiras, elevando assim o nome da Juventude Vidigalense, que conquistou o 6º lugar da 1ª divisão, contra grandes equipas com muito mais apoios.
juventudevidigalense.pt
Tiago C. Ramalho
juventudevidigalense.pt
juventudevidigalense.pt
No passado fim-de-semana, no Estádio Dr. Magalhães Pessoa, disputaram-se os Campeonatos Nacionais de Atletismo, da 1ª e 2ª divisões.
CLASSIFICAÇÕES 1ª DIVISÃO Femininos 1º 154,00 SCP Sporting Clube de Portugal 2º 110,00 JOMA 3º 105,00 SCB Sporting Clube de Braga 4º 89,00 GDE Grupo Desportivo do Estreito 5º 86,00 CSM Club Sport Maritimo 6º 76,00 JV Juventude Vidigalense 7º 67,00 GS-RC Gira Sol / Ramos Catarino 8º 42,00 FCP Futebol Clube do Porto Masculinos 1º 149,00 SCP Sporting Clube de Portugal 2º 133,00 SLB Sport Lisboa e Benfica 3º 90,00 JOMA 4º 89,00 JV Juventude Vidigalense 5º 86,00 CSM Club Sport Maritimo 6º 85,00 CAS Centro de Atletismo de Seia 7º 58,00 GS-RC Gira Sol / Ramos Catarino 8º 50,00 FCP Futebol Clube do Porto 2ª DIVISÃO Femininos 1º 114,00 ACDRA 2º 114,00 GRECAS 3º 104,00 CBF Casa do Benfica de Faro 4º 82,00 BA Ass Desp Cult Rec do Bairro dos Anjos 5º 79,00 CAMG 6º 75,00 AJS 7º 67,00 CFB Clube de Futebol "Os Belenenses" 8º 50,00 GRQL Masculinos 1º 117,00 GDE Grupo Desportivo do Estreito 2º 110,00 CFB Clube de Futebol "Os Belenenses" 3º 104,00 CCDR 4º 97,00 CBF Casa do Benfica de Faro 5º 95,00 BA Ass Desp Cult Rec do Bairro dos Anjos 6º 87,00 AAC Associação Académica de Coimbra 7º 82,00 CCSJM 8º 56,00 NAC Núcleo de Atletismo de Cucujães
POOL
19 JUNHO 2009
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AMÂNDIO SANTO:
“O pool está a crescer a nível distrital” Paulo Alexandre Teixeira
Vencedor por duas vezes do Campeonato Distrital, e a Taça Distrital este ano, a equipa vai jogar o campeonato nacional, confiante em alcançar mais um bom resultado. Nesta entrevista ao DESPORTOTAL, Amândio Santo fala do clube, da modalidade, e das discrepâncias existentes entre os vários distritos. Há quanto tempo você tem o bichinho do pool? O bichinho do pool já tem muitos anos. Já pratico isto há talvez, 25 anos. Não a nível federado, obviamente, mas comecei com uns torneios a nível local. Depois joguei noutros lados, porque na altura não havia nenhum clube na Nazaré. Joguei em clubes como a Associação Recreativa da Maceirinha, já joguei em Porto de Mós, até que um dia, chegou a altura de fazer a nossa própria equipa.
João Matias / Imagereporter
Isto começou como Café Aquário, mas teve de mudar o nome… A equipa já existe há uns anos, como federada, mas há dois anos atrás, a Federação Portuguesa de Bilhar entendeu que os cafés não podiam inscrever-se com esse nome, e tinham de pertencer a um clube. Tinham que ter estatu-
João Matias / Imagereporter
Desde há dois anos a esta parte que o Grupo Desportivo Nazarenos é o campeão distrital de "pool" e tem participado regularmente no campeonato nacional, com bons resultados. A secção de bilhar dos Nazarenos é obra e graça de Amândio Santo, 42 anos, e dono do Café Aquário, no centro da Nazaré. tos, entre outras coisas, para poderem continuar a jogar. Assim sendo, decidi entrar em contacto com o Grupo Desportivo os Nazarenos, a colectividade mais representativa do concelho. A ideia foi aceite e desde a época passada estamos a jogar sobre essa designação. E vocês jogam com a dupla designação Nazarenos/ Café Aquário… Os jogos são no Café Aquário, por mera uma questão logística. E também funcionamos como o patrocinador. O clube não tem instalações ou logística para isso. Como está a decorrer esta parceira? A nível desportivo, muito bem. Fomos campeões distritais pelo segundo ano consecutivo, e este ano ainda fizemos a dobradinha, pois vencemos também a Taça Distrital, e passamos à fase final do Campeonato Nacional, que vai decorrer no fim de semana de 12 de Julho, em principio em Vila Real, e que junta os 16 campeões distritais. Quantos elementos estão agora nesta equipa? A equipa é formada neste momento por sete elementos. Tínhamos um oitavo no início deste ano, mas este abandonou por força maior. Você é o elemento mais velho da equipa. Como é
“O futuro da equipa e da própria secção está dependente deste período eleitoral, ou seja, temos um futuro incerto. Após estas eleições, vamos conversar e ver que tipo de projectos é que poderão haver.”
orientar os restantes elementos? É fácil, porque temos um bom grupo, somos sete amigos, fundamentalmente. A esse nível, as coisas correram muito bem, talvez até tivesse sido o aspecto fundamental para termos conseguido estes resultados desportivos. O espírito de equipa é muito forte, e isso mesmo é evidenciado pelos nossos adversários. Tem um irmão, o Hélder Santo, que também joga pool, mas este ano… … este ano abandonou-nos. Foi um traidor estilo "Cebola" (risos), e está a jogar este ano no Núcleo Sportinguista de Leiria. Mas no próximo ano vai voltar ao nosso convívio. Deve ter sido estranho jogar contra ele. Sim, foi... Sei que pretende fazer um projecto na área da formação. Bom… primeiro que tudo, vai haver dentro de alguns dias as eleições no clube, e está tudo pendente das decisões da nova direcção. O futuro da equipa e da
própria secção está dependente deste período eleitoral, ou seja, temos um futuro incerto. Após estas eleições, vamos conversar e ver que tipo de projectos é que poderão haver. Como vai ser a vossa participação no campeonato nacional? Como já disse atrás, o campeão distrital vai participar no Campeonato Nacional. Pensamos que será em Vila Real, no fim-desemana de 12 de Julho, estarão lá as 16 campeãs distritais que vão lugar pelo título nacional. Não serão adversários fáceis… Não, tudo menos isso. Vamos encontrar por lá as melhores equipas nacionais. Não vai ser fácil, mas vamos tentar o melhor possível. No ano passado, conseguimos o oitavo posto final, o que foi um bom resultado. Passamos na primeira fase e fomos eliminados na segunda. Mas este ano, como estamos mais experientes, esperamos melhorar a classificação, apesar de ainda estarmos longe das equipas de topo, em termos competitivos. Só para ter uma ideia, no Norte, onde se
concentram a maior parte das equipas nacionais, existem 241 clubes e a competição é diária, enquanto que no distrito de Leiria, temos apenas nove equipas. É uma discrepância enorme. Em relação a angariar novos membros, como é? O pool está a crescer a nível distrital. Lembro-me de há cinco, seis anos atrás, sermos três ou quatro equipas, sermos seis ou sete jogadores federados, e agora, mesmo não pertencendo à equipa, tem aparecido jogadores novos, que tem gostado muito do jogo, e são federados individualmente. As perspectivas são de um crescimento sustentável. Não tem havido um "boom" enorme, mas as pessoas que tem aparecido não o abandonam, tem ganho experiência, e aparecem todos os anos mais novos valores para a modalidade. Logo, a competição está a aumentar todos os anos, sem qualquer dúvida. E em relação a torneios? Os torneios fazem-se pelos cafés, pois estes mantêm a nossa competitividade. A nível distrital, quer aqui, quer por exemplo no Café Ramires, em Leiria, são essenciais para manter a nossa forma. Perspectivas para a próxima época? É boa, vamos manter a mesma equipa, com o reforço do Hélder Santo. Estou confiante para o ano que vêm, não vou dizer que é para ganhar, mas vou lutar para isso. Uma pergunta final: isto é só modalidade para homens ou já se vêm mulheres a jogar? Há mulheres. No distrito ainda não existem, mas a nível nacional, já há. E posso dizer que jogam muito bem. Posso dizer que recentemente, no Open Internacional da Nazaré veio jogar aqui a campeã nacional por equipas, e garanto que jogava tão bem como os homens.
19 JUNHO 2009
ÚL TIMA ÚLTIMA A FECHAR
O mestre da táctica
Jorge Jesus vai treinar o Benfica, na sequência de um namoro que se vinha arrastando há cerca de um ano e que não deu certo na última época porque alguns dos responsáveis dos encarnados consideraram prematuro apostar num técnico... português e que tinha no currículo uma final da Taça de Portugal, um 5.º lugar no campeonato e mais umas tantas "menções honrosas". Seria pouco, pensaram, para aterrar na Luz e enfrentar a atmosfera do colosso da segunda circular, ávido de títulos e mais títulos e com a então novidade Rui Costa à frente do futebol. Quique Flores não vingou, os resultados foram medianos e os espectáculos idem, idem. Jesus, entretanto, averbara mais um 5.º lugar na Liga e uma campanha notável na UEFA, incluindo o triunfo na Intertoto. É agora, ouviu-se à boca cheia. Afastados alguns preconceitos - porque Jesus é "mesmo" português e não tem o dom da palavra como têm outros letrados tomou-se uma decisão que, embora ainda não seja totalmente pacífica entre os milhões de adeptos do Benfica, para lá caminha. Ou seja, o "mestre da táctica", afinal, será mesmo a melhor opção. As campanhas no Belenenses e no Sp. Braga, sobretudo nestes dois emblemas, confirmaram aquilo que há
Sérgio Claro / Imagereporter
Hélio Nascimento
palavras, o treinador começará imediatamente a ser cobrado. Depois, para azar seu, é português: o que tem desculpa num Quique, num Camacho ou num Koeman, não tem igualmente de ter desculpa com um sujeito chamado Jorge... Inteligente na abordagem dos jogos, perito no escalonamento das pedras,
As campanhas no Belenenses e no Sp. Braga, sobretudo nestes dois emblemas, confirmaram aquilo que há muito já era apontado como as grandes virtudes de Jesus: organização, trabalho, disciplina e rigor. muito já era apontado como as grandes virtudes de Jesus: organização, trabalho, disciplina e rigor. E por organização, note-se, falamos também no que uma equipa deve fazer dentro do campo. Neste sector, diz quem sabe, há poucos como Jesus, um homem que respira futebol, dorme futebol e come futebol, passe o exagero dos termos. No Benfica, é claro, tudo será diferente. A começar pelas exigências. Um empate aqui e outro ali não terão o mesmo significado se alcançados, por exemplo, ao serviço dos onzes do Restelo e de Braga. Por outras
levando à exaustão, nos treinos, o que tem de ser feito nos encontros, Jorge Jesus chega a um grande pela porta dita grande. Porque trabalhou, sempre e muito, porque apresentou resultados, e porque o Benfica, bem vistas as coisas, tanto ganha com estrangeiros como com portugueses - tem ganho pouco, como se sabe. Na Luz, convenhamos, Jesus tem uma vantagem: dispõe de matéria prima em quantidade suficiente para extrair a qualidade que ele tanto gosta. Como Dady, Renteria e por aí fora...
A triste sina dos velhos hábitos A festa da subida, já lá vai. Desconfio mesmo que já ninguém se lembra dela. Por Costa Santos
Os olhos e os ouvidos de todos os leirienses estão voltados, agora, para a próxima época e para tudo o que vai acontecer até lá! Normal e natural. Depois de tudo o que se viveu, do regresso à Liga Sagres, há sempre a curiosidade de saber com que equipa se vai ficar e, na teoria, quais as possibilidades de poder fazer figura. Manter a espinha dorsal dos “leões” que fizeram a recuperação fantástica era o que mandaria o bom senso. Companheirismo antigo, hábitos ganhos, automatismos conhecidos que bem justificavam a mudança de maneiras de agir… Mas em Leiria, as coisas não mudam. É a triste sina dos velhos hábitos. Aqui, equipa que ganha desmancha-se. Há a necessidade imperiosa de fazer entrar gente e, de preferência, que fale outro idioma; há o costume de, em nome dos cortes orçamentais, acabar por gastar mais dinheiro e menos proveito pontual; há o prazer
de impor mudanças, quase que numa manifestação de afirmação para não dizer de… ”quero, posso e mando!”, há tudo o que se quiser menos… respeito por quem muito fez! Será desta maneira – desenraizando valores – que se trabalha para manter no Magalhães Pessoa a moldura humana dos últimos jogos da Liga Vitalis? Claro que não! Será desta maneira que se ajuda o técnico a manter níveis exibicionais e de resultados, como os que permitiram a subida? Obviamente, não! Será desta maneira que se cimenta a estrutura que tão bons resultados permitiram? Naturalmente, não! Alguém sabe porque não perde tão maus hábitos! Alguém sabe quais as vantagens de mudanças e logo em pedras estratégicas! Alguém sabe porque é importante os outros nada saberem …
Ps – “despachar ”, em nome da diminuição de custos, SEM O AVAL DO TREINADOR, um jogador que foi a “muleta” do êxito e que deu à equipa, em 29 jogos, 2483 minutos, não pode passar pela cabeça de quem queira fazer uma época tranquila…