Cultural Connections • São Paulo, Brasil
São Paulo, Brasil A capital econômica do País é uma das mais diversas metrópoles do mundo em termos culturais. Por aqui, aportaram japoneses, italianos, portugueses, árabes, libaneses, africanos, entre outros povos que constituem um mosaico multicultural único na América Latina. São mais de 12 milhões de habitantes a dividir um espaço caótico, repleto de altos edifícios, engarrafamentos e outras turbulências de grandes cidades. Segundo a consultoria PwC, São Paulo será a sexta cidade mais rica do mundo em 2025. E seu valor não está apenas nas finanças, mas na intensa efervescência cultural que mistura origens, estéticas, linguagens e tempos em um espaço no qual história e inovação convergem.
Introdução Chegamos à segunda metade da década em um frenético ritmo de transformações no Brasil. Após pouco mais de dez anos de um ciclo econômico positivo, a nação abriu as portas para o mundo, sobretudo, em suas metrópoles. Megaeventos como a Copa do Mundo da FIFA e os Jogos do Rio atraíram mais holofotes ao país. Hoje, vivemos o paradoxo derivado de uma onda de criação e desenvolvimento de tendências contraposta a um cenário institucional turbulento. Porém, um legado de nossa história recente é inegável: fazemos parte do mundo de uma forma mais ativa, inspiradora e diversa. São muitos os personagens, lugares e iniciativas que desenham um novo país a partir de grandes cidades. Com esta inspiração, decidimos mapear algumas das forças que moldam a maior cidade da América Latina e a colocam em contato com expressões dos diversos recantos brasileiros enquanto, ao mesmo tempo, a insere em um fluxo de diálogos globais constantes. Atenta a tendências em um mundo no qual a incerteza é a única certeza, o Cultural Connections LatAm: Sao Paulo, Brazil tem como objetivo oferecer um ponto de vista particular sobre um local rico em suas expressões e inovações, de modo que marcas, pesquisadores, estudantes, jornalistas e outros curiosos possam se beneficiar.
SÃO PAULO
BRAsIL O maior país da América Latina, com mais de 200 milhões de habitantes, figura entre as dez principais economias do mundo. Internamente, tem passado por intensas transformações no campo político ao viver uma crise sem precedentes no setor público. De acordo com a pesquisa Edelman Trust Barometer 2016, a confiança no governo caiu ao preocupante nível de 21%, enquanto as empresas desfrutam de 64% de credibilidade. A performance econômica, também em franco declínio, lança novos desafios para as marcas, que visam sobreviver em um ambiente incerto e, ao mesmo tempo, pautado por cidadãos que exigem das empresas muito mais do que antes.
Inspire-se! Rodolfo Araújo Líder de Pesquisa e Conhecimento, Edelman Significa p.6
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Tendências Identificamos sete tendências que, entre outras, refletem as expressões, pensamentos, opiniões e linguagens que pautam São Paulo, a maior cidade da América Latina.
Amor por SP:
do Privado ao Coletivo
Busca
Novas formas
de Consumir (e produzir)
Sociedade
pelo Simples em Movimento
Arte
para Todos
Multi-
culturalismo
Um País
Social
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Amor por SP: do privado ao coletivo
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A cidade é o território do coletivo. Durante anos, São Paulo conviveu com a predominância do privado: pessoas enclausuradas em carros, no transporte público, atrás dos muros de casas, escolas e estabelecimentos comerciais. Agora, o momento é de se reapaixonar pelo espaço urbano e ocupar a metrópole de diferentes maneiras. Uma série de iniciativas promovem um intenso diálogo entre economia criativa, inovação colaborativa e sustentabilidade para ressignificar a ideia de propriedade e dar à luz novas maneiras de lidarmos com as relações, bens e locais. Compartilhar reflete uma dinâmica social de horizontalidade, como a pesquisa Edelman Trust Barometer já atesta em 2016, quando as pessoas "comuns” são apontadas por mais de 80% dos brasileiros no momento de formar opinião sobre uma marca. Este movimento, aliado à tecnologia, intensifica o sucesso de inovações orientadas ao benefício público, como Uber.
Bancos como Itaú e Bradesco, por exemplo, ocupam o território da mobilidade ao patrocinarem o aluguel de bicicletas e o avanço de ciclofaixas que conectam áreas de lazer como parques, centros culturais e históricos. A criatividade também remolda o urbano como, por exemplo, a instalação de parklets – áreas acopladas às calçadas com variados tipos de design que permitem o descanso e a convivência em áreas comumente ocupadas apenas por carros. Diversas marcas mostramse atentas a movimentos como este e associam-se por meio de ativações específicas ou patrocínios a estruturas que seguem tal conceito.
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A c i d a d e , e m fa s e d e r e a p r o p r i a ç ã o, vive um processo de d e s c o b e rta d e u m novo tempo. No bairro de Pinheiros, zona Oeste de São Paulo, uma sequência de casas em uma única rua materializa de modo inovador a promessa do compartilhamento e colaboração como ressignificação do binômio públicoprivado. O projeto, idealizado pelo brasileiro Wolf Menke, concilia quatro casas: (House of) Bubbles, Work, Food e Learning. A primeira é uma lavanderia coletiva que oferece espaço para trabalhar e encontrar pessoas. A House of Work, por sua vez, é um coworking aberto a profissionais independentes. A Foods recebe chefs de cozinha que desejam testar suas habilidades criativas. No espaço Learning, são ministrados cursos diversos, e aqueles que não desejam cobrar pelas aulas podem usar o local gratuitamente. Marcas como HP, Heineken e McDonald’s já fizeram parcerias com as casas de Wolf. Outro espaço que demonstra a intensidade deste movimento é o Red Bull Station. Criado a partir da estrutura de um prédio erguido em 1926 na Avenida 23 de Maio, uma das principais artérias da cidade, trata-se de um pólo de conexão focado na inspiração, conexão e transformação de pessoas, de modo a contribuir para a dinâmica criativa paulistana. p.12
As ruas também passaram a ser território não apenas de veículos motorizados, mas de pessoas à procura de encontro, troca e convivência. A Avenida Paulista, um dos principais símbolos da cidade, passou a ser fechada aos domingos para a circulação de carros, ônibus e motos para dar lugar a indivíduos interessados em caminhar ou praticar quaisquer atividades de lazer, esporte e cultura. O projeto “Ruas abertas” inclui principais avenidas de toda a cidade, incluindo também a periferia da cidade. O Minhocão, uma espécie de “Highline paulistano”, também se constitui em ponto de encontro aos domingos e demonstra um microcosmo de como é possível sair do ambiente privado.
por meio da variedade de sabores, nacionalidades e tipos de comidas. Os foodtrucks ganharam não só as ruas, mas invadiram também o universo das marcas com ativações pela cidade. No campo cultural, a retomada da cidade também é evidente, seja em feiras artísticas, festas no topo de edifícios antigos e outros grandes eventos. Em 2016, São Paulo registrou recorde de participação em seu Carnaval de Rua. Foram 355 blocos e 2 milhões de participantes ao longo das celebrações. Festas genuinamente urbanas, como a Selvagem – criada por dois jornalistas apaixonados por música - ganharam espaço na nova configuração de São Paulo.
No campo gastronômico, a comida de rua, estimulada pela ‘invasão’ de food trucks e food parks quebrou paradigmas com relação ao hábitos gastronômicos e de lazer dos paulistanos e se tornou um nicho de negócios e empreendedorismo, além de refletir o multiculturalismo
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Uma série de iniciativas buscam promover um intenso diálogo sobre economia criativa, colaborativa, inovação e sustentabilidade.
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Novas formas de consumir
(e produzir)
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Com o passar do tempo, os brasileiros começam a amadurecer a conexão entre cidadania e consumo. Cada vez mais cientes dos impactos que uma compra proporciona nas cadeias de cultivo, indústria, comércio e serviços, passam a adotar uma postura criteriosa antes de optar por uma marca.
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Cidades inteligentes e orientadas para o coletivo são o território para a surgimento de um novo paradigma de relação entre marcas e pessoas. Neste sentido, a noção de propriedade é relativizada e as consequências do ato de compra tornam-se decisivas. Segundo o pesquisador Jeremy Rifkin, vivemos uma época de transição que se dirige a uma “era do acesso”, na qual a dimensão simbólica dos objetos subjuga-se ao benefício prático-funcional. Os automóveis, antes símbolo de status, passam gradativamente a serem vistos como auxiliares de mobilidade que podem ser alugados e/ou compartilhados, por exemplo. O mesmo fenômeno acontece com a moradia, sobretudo com as gerações mais novas orientadas ao nomadismo – para eles não há esforço em mudar de cidade ou mesmo país. O comércio justo apresenta-se neste panorama como um dos caminhos mais sólidos em meio a tantas transformações. O amadurecimento de São Paulo neste sentido tem atraído marcas com propósitos claros e relevantes, como a Ben&Jerry’s. Localizada na rua Oscar Freire, em São Paulo, é a maior loja da empresa no mundo. A marca é parceira internacional da organização Fairtrade e visa contribuir com produtores locais, além de se associar a temas social e ambientalmente relevantes.
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Um consumo ressignificado é também o pilar do Instituto Chão, cuja premissa consiste em despertar nos cidadãos a reflexão sobre os processos produtivos que cercam os alimentos por eles adquiridos. O local comercializa alimentos orgânicos pelo custo de compra junto ao produtor ou distribuidora. Com o objetivo de se manter, o estabelecimento oferta ao consumidor duas formas de contribuição: a primeira é se associar ao clube da loja por meio de uma mensalidade, o que dá direito à compra ilimitada de produtos, e a outra opção abrange as compras individualizadas de produtos, em que o próprio consumidor define o preço que pagará para além do custo básico da mercadoria. O valor adicional sugerido pelo Instituto é de R$ 0,35 por R$ 1 de produto. O espaço púbico também apresenta maneiras diferentes de produzir o que se consome, como nas hortas coletivas na Praça do Ciclista, na Avenida Paulista. A convivência estimulada por meio do cultivo abre um oásis de natureza em meio a um dos mais sólidos símbolos de concreto da “Selva de Pedra”.
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BUSCA PELO SIMPLES Diante da vida acelerada da metrópole, há um claro movimento de busca pela simplicidade. Na arquitetura, gastronomia e moda, por exemplo, procura-se um retorno ao tradicional a partir de uma perspectiva concentrada naquilo que soa como essencial.
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O ”prato feito”, refeição típica dos bares e restaurantes mais rústicos de São Paulo, ganha adeptos para além dos trabalhadores que trafegam a pé pelas ruas da cidade. À procura de sabores mais genuínos ou que remetem ao paladar caseiro, mais clientes aderem aos famosos PFs. Isto não significa, entretanto, que a gastronomia sofisticada está fora deste circuito. O restaurante Mocotó, um dos mais concorridos da cidade, baseia-se nas raízes nordestinas do chef Rodrigo Oliveira. Localizada na Zona Norte da cidade, a quilômetros do jet-set paulistano, a casa forma extensas filas antes mesmo de abrir as portas. O cardápio reforça a simplicidade dos ingredientes brasileiros e nordestinos, porém com alto grau de sofisticação nas técnicas de preparo. O ambiente da cidade exala um número crescente de iniciativas com estas características. Ocupação de edifícios antigos, feiras de artesanato, pequenas cantinas, templos espirituais, lojas de roupa e acessórios que apostam em design objetivo e minimalista: tudo conspira para que as pessoas deixem o excesso de lado e se concentrem em experiências que lhes tragam um significado concreto e relevante.
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busca pelo simples
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socidade em movimento
Por ser a cidade mais populosa do Brasil, São Paulo é um pólo dos mais diversos tipos de manifestações sociais. Desde 2013, quando os primeiros movimentos recolocaram em cena a cultura de saída à rua com o objetivo de bradar por uma causa, os principais espaços da metrópole têm sido palco para a expressão de diferentes correntes estéticas, políticas, de gênero, raciais, religiosas, entre outras. p.26
P
anfletos, rostos pintados, carros de som, bandeiras e faixas determinam o tom de ruas ocupadas com uma frequência que já se torna rotina no cotidiano de São Paulo e outras grandes cidades brasileiras.
Os encontros presenciais, hoje, representam o pico de discussões e articulações mais amplas, que nascem e são nutridas principalmente no ambiente das redes sociais. Sentimentos polarizados, nos últimos meses, intensificaram-se com o aumento dos questionamentos em diferentes esferas de governo – tanto em escala nacional como em alguns estados e municípios. As gerações mais jovens protagonizam um movimento não apenas de ocupação de ruas, mas de participação nas decisões das cidades, que têm, aos poucos, adotado modelos de gestão mais abertos e democráticos à opinião popular.
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É preciso estar atento aos movimentos, pois todas as ações públicas (realizadas por marcas, instituições e mesmo por veículos de comunicação) são analisados e julgados sobre essa ótica e novas expectativas da sociedade. Alguns exemplos de ações que geraram grande repercussão, começando na internet e alcançando diferentes esferas da sociedade: São Paulo tem uma das maiores comunidades gays do mundo que ganha cada vez mais visibilidade. Duas marcas ganharam grande repercussão levantando a bandeira deste grupo (apenas para citar algumas): > O Boticário, (uma das maiores marcas de cosméticos brasileiras) se tornou centro de grande discussão ao lançar, em 2015, um comercial de Dia dos Namorados que apresenta casais hetero e homossexuais trocando presentes. Muitos viraram defensores da marca, e muitos se tornaram ‘haters’ (grupos religiosos que se levantaram contra a marca). A marca avaliou a repercussão geral como positiva pois ampliou a percepção de seu posicionamento. > Netflix, para divulgar a série “Orange is the New Black” a marca criou um trio elétrico próprio na Parada Gay da cidade com presença das protagonistas da série. A ação foi divulgada com um clip da funkeira brasileira Valesca Popozuda (querida pelo público gay), alcançou enorme repercussão e seu trio foi um dos mais concorridos e comentados. . p.28
O movimento feminista também ganha grande alcance e está constantemente levantando questões e gerando discussões em diversos meios: >S kol: Depois de divulgar a campanha de carnaval “Esqueci o ‘não’ em casa” que gerou um movimento feminista contra a marca, a Skol tirou sua campanha do ar, entrou em contato com as feministas que lideravam o movimento para ouvir suas opiniões, e criou outra campanha que incentivava o respeito às mulheres durante o carnaval (Não deu jogo, tire o time de campo. Neste carnaval, Respeite)
>V eja: a tradicional revista brasileira, num contexto de crise política no país, divulgou uma matéria sobre a vice-primeira dama do país, enaltecendo padrões machistas que logo virou um grande meme na internet alvo de fortes críticas feministas contra a revista, endossado também por diversas celebridades do país
São Paulo possui umas das três maiores comunidades gays do mundo e tem ganhado grande visibilidade. p.29
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Multiculturalismo
São Paulo espelha o Brasil ao ser território de convivência de diferentes origens, povos e etnias. A miscigenação cultural incorpora-se à rotina da cidade de maneira orgânica por meio de residências, lojas, eventos, bairros típicos, grupos de ambulantes, entre outras expressões. p.30
Uma das colônias japonesas e italianas mais expressivas do mundo, São Paulo tem diversificado seu mosaico cultural nos últimos anos ao receber um número crescente de imigrantes africanos, latinoamericanos e refugiados do Oriente Médio. Instituições de apoio e convivência emergem com o objetivo de preservar a cultura destes grupos e, ao mesmo tempo, buscam gerar condições de empregabilidade, segurança, educação e expressão para tais pessoas. De acordo com a Prefeitura de São Paulo, há na cidade cerca de 600 mil imigrantes. O centro é a região preferida por ser uma porta de entrada tradicional para os novos paulistanos. Ao mesmo tempo, São Paulo é ponto de encontro das músicas, letras, tecidos, alimentos, bebidas, hábitos, sotaques e sonhos das diferentes regiões e estados brasileiros. Dos imigrantes do Norte-Nordeste aos sulistas e centrais, a cidade sempre se abriu à mestiçagem, em busca da receptividade e diversidade.
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ARTe para todos
Paralelamente ao mercado de arte "formal", manifestações artísticas são cada vez mais frequentes nos caóticos espaços públicos das cidades brasileiras.
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Segundo a última edição da pesquisa Latitude, realizada pela Associação Brasileira de Arte Contemporânea (ABACT) e pela Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil), 59% das galerias de arte participantes do estudo concentram-se em São Paulo, enquanto 29% estão sediadas no Rio de Janeiro. O eixo das duas cidades, portanto, compõe 88% da amostra total de 45 galerias, entre as quais 15 foram concebidas na década de 2000. São mais de 1.000 artistas representados em tais espaços, que tiveram entre 2010 e 2013 o mesmo crescimento absoluto registrado em toda a década anterior.
Feiras de arte novas, como a Parte, em São Paulo, e a Artigo, no Rio de Janeiro, abrem espaço para que galerias novatas possam participar, enquanto esperam o nível de maturidade necessário para ingressarem em eventos concorridos como a SPArte - responsável por 56% das vendas das galerias - e a ArtRio. Pintura, fotografia e escultura são as linguagens mais procuradas por colecionadores. Todavia, 85% das vendas têm como destino o mercado local. Em contrapartida, artistas e galerias têm se exposto como nunca no cenário internacional.
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A democratização e o acesso à arte também permeiam a esfera digital. À parte do mercado “formal” de arte, as obras passam a compor a gestalt caótica do espaço público nas metrópoles brasileiras. Cartazes com poemas, esculturas, grandes muros de grafitti, projeções, instalações e outras intervenções enriquecem a paisagem das cidades. Em espaços fechados ou ao ar livre, respirar arte nunca foi tão fácil. A democratização e acessibilidade das artes também permeia o digital. Especialista em arte digital, a galeria e rede de lojas espalhadas por bairros cools do Brasil, a Urban Arts divulga e comercializa trabalhos de artistas, designers e ilustradores digitais. Além de desmistificar a arte como artigo de luxo por meio de preços acessíveis, é também referência em lançamento de novos artistas e estímulo à produção.
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Um país social
O Brasil é extremamente engajado nos meios digitais, embora quase metade de sua população ainda não tenha acesso à internet. Ao mesmo tempo que 119 milhões de pessoas consome conteúdos na rede, ainda há um grande mercado em potencial. Esta será a tônica para que as marcas possam dialogar com seus públicos de maneira eficaz e direta. p.36
HIGHLIGHTS Usuários de Internet:
119 milhões Conecções Mobile:
291 milhões Mais da metade (56%) dos usuários de internet são mobile-only. Média de uso/dia nas redes sociais:
4 horas
O Brasil possui hoje uma das maiores bases de usuários, e que mais crescem, do Whatsapp no mundo.
Principais aplicativos mobile usados no Brasil, Dez. 2105 % de entrevistados WHAT'S APP FACEBOOK YOUTUBE INSTAGRAM GAMES MAPS APP STORE TWITTER SKYPE BANKING NETFLIX WAZE SNAPCHAT SPOTIFY LINKEDIN
19% 17% 14% 11% 10% 9.5% 8% 6.5% 5.5% 5%
37% 35%
93% 79% 60%
Notas: idade 16+; entre 90% dos usuários da internet entrevistados que possuem smartphone. Fonte: Conecto, "Conecto Express"
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O Brasil é o
da população brasileira é usuário
(87 milhões de pessoas)
O celular continua sendo o principal instrumento de acesso às redes sociais. A curva de usuários que acessam Facebook via celular continua crescendo enquanto os acessos por desktop diminuem
70 milhões acessam o Facebook todos os dias
dos usuários do Facebook usa a ferramenta todos os dias
62deles milhões acessam
89% delas acessam
via celular
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99% via celular
no Facebook
A média de tempo por visita na plataforma é de
20 minutos somando a
600 horas mensais. CURIO Os brasileiros SIDADE são tão ativos no Facebook que o assunto "Eleições no Brasil" foi o terceiro tópico global mais discutido em 2014 na ferramenta.
maxpro / Shutterstock.com
44%
terceiro maior país
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57%
dos usuários do Instagram acessam o aplicativo uma vez por dia
35%
A média de tempo na plataforma por usuário é de
257 minutos por mês
54%
das marcas no Instagram promovem suas contas no Facebook
dos usuários do Instagram acessam o aplicativo mais de uma vez por dia
O engajamento no Instagram é
15 vezes maior do que o engajamento no Facebook
p.40
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Genêro FEMININO 61% MASCULINO 39%
15.3 milhões de usuários no Brasil
Idade
Principais razões para seguir marcas na plataforma: Descontos e promoções:
94%
CURIO SIDADE
Coisas de graça:
88%
Informações sobre promoções futuras:
79%
Acesso à conteúdo exclusivo:
79%
16-20 6%
35-44 22%
21-24 15%
45-54 22%
25-34 21%
55-64 14%
FILMES
79%
MÚSICA
75%
VIAGEM
COMIDA
Em dia de votação na Câmara de Deputados, a hashtag "impeachment", usada pelos brasileiros para comentar a cobertura, tornou-se um trending topic global no Twitter. Brasileiros produziram
3,245,259 tweets entre 11 e 17 de abril, durante o processo de impeachment.
Fonte: Votação do Impeachment – Manifestações Digitais, abril, 2016
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Tópicos de Interesse
Classe Social A 12% B 61% C 27%
Média de tempo online Desktop Mobile
28 min
65%
FINANÇAS
57%
CARROS
57%
JOGOS
72 min
71%
MODA
55% 39% p.43
Plataformas de mensagens instantâneas
Aplicativos de mensagens com maior taxa de adesão entre a população brasileira: Whatsapp
56%
Facebook Messenger
46%
Skype:
18%
Quase 100%
dos usuários de internet no Brasil usam Whatsapp, mais do que qualquer outro app ou serviço, de acordo com pesquisa de janeiro de 2016, realizada pela Ilumeo e INova/sb. Quase 9 entre 10 pesquisados disseram que também usam Facebook Messenger. p.44
CURIOSIDADE:
Justiça brasileira ordena que operadoras de telefonia bloqueiem Whatsapp por 72 horas. Mark Zuckerberg comenta sobre a suspenção, e depois sobre a liberação, do
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Plataforma em ascenção:
Periscope
Em apenas 4 meses, o app alcançou
10 milhão de usuários.
A plataforma atrai pessoas entre
16 – 24 anos de idade.
Possui
2 milhões
de usuários ativos diariamente. No topo estão 3 países:
EUA / Turquia / Brasil
No Brasil diversos influenciadores digitais estão usando a plataforma e seu monitoramento pode valer a pena para determinar interesses especialmente em futuras ativações voltadas para os millenials.
P E R I S C O P E : U S U Á R I O S D I A R I A M E N T E AT I V O S
app: “Brasileiros têm
sido protagonistas em conectar o mundo e na criação da internet aberta por muitos anos.”
*De março a agosto de 2015. p.45
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encontre os Hotspots de cultura e tendências em SÃO PAULO House of Bubbles Rua Doutor Virgílio de Carvalho Pinto, 61, Pinheiros House of Work Rua Dr. Virgílio de Carvalho Pinto, 47 House of Learning São Paulo / Pinheiros: R. Dr. Virgílio de Carvalho Pinto, 69 São Paulo / Lapa: R. Aurélia, 1714 Rio de Janeiro: Av. Fonte da Saudade, 121 House of food São Paulo: R. Dr. Virgílio de Carvalho Pinto, 57Rio de Janeiro: R. Voluntários da Pátria, 31Belo Horizonte: Av. Carandaí, 420
Mocotó Av. Nossa Sra. do Lorêto, 1100 - Vila Medeiros, (11) 2951-3056 Urban Arts R. Colômbia, 534 (11) 3060-8326 Rua Oscar Freire, 156 (11) 3081-6142 Rua Cayowaá, 2085 (11) 3081-6142 R. Gaivota, 1423 (11) 5093-7350 Red Bull Station Praça da Bandeira, 137 - Centro, São Paulo (11) 3107-5065 Ben & Jerry’s Rua Oscar Freire, 957 - Cerqueira César (11) 3213-9114 Instituto Chão Rua Harmonia, 123 - Vila Madalena (11) 3530-0907
1.
coisas
2. 3. que uma empresa precisa 4. saber antes de 5.
Segundo o estudo da Edelman Trust Barometer 2016, a taxa de confiança da população no governo é baixa – no último ano caiu para 21%. Em contrapartida, as empresas alcançam a marca de 64%. os poucos, movimentos sociais e políticos A questionam os valores familiares, tradicionais e conservadores, da população.
Não se deixe enganar pelos estereótipos. Os brasileiros são mais receptivos às marcas que representam sua cultura de forma autêntica. A cultura brasileira é diversa, por isso as marcas devem se comunicar de maneira focada com seus públicos específicos.
se estabelecer no Brasil:
No lugar de apenas fazer propaganda, os brasileiros esperam que as marcas tragam algo de relevante. A população está pronta para se engajar com campanhas que acrescentem significado e sentido às suas vidas.
6.
7. 8.
A população está mais consciente com questões ligadas ao meio ambiente e à sustentabilidade. De acordo com o estudo da Edelman, Earned Brand, 62% dos entrevistados se preocupam com o impacto ambiental.
A mentalidade do brasileiro está mudando e começa a valorizar a coletividade. A população brasileira está bastante atenta à sua forma física e saúde. O estudo My Body, Myself, Our Problem: Health and Wellness in Modern Times mostra que 71% dos brasileiros estão preocupados em comer mais saudável.
9.
As plataformas sociais estão cada vez mais inseridas na sociedade e são usadas pelas pessoas para se informar, comunicar e manifestar suas opiniões e insatisfações de forma cotidiana.
10.
Na internet, tudo vira meme e o humor é usado como forma de expressão e um mecanismo para lidar com as situações do dia-a-dia.
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