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DIVINA ARTE

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Instalações, exposições, palestras e lançamentos de produtos marcaram a Semana de Design em São Paulo

“A ideia dos personagens do Bicho no Quintal surgiu quando estava em São Bento do Sapucaí. Os personagens foram rabiscados no meu caderninho de anotações, que eu levo para todos os lugares. Voltei para São Paulo e comecei a desenhar uma série de dez telas para uma futura exposição. Quando fui convidado pela Lab88 para criar o cubo gigante, percebi que os personagens se encaixavam na proposta. E um desses desenhos foi pintado no lado de fora do cubo. Um cineminha antigo inspirado no Georges Méliès foi montado dentro do cubo. Tudo muito mambembe, com bonecos articulados, mas casou tudo e gostei muito do resultado”, Edu Cardoso.

“Cada vez que revisitamos o cobogó, conseguimos dar outra dimensão, outro olhar, numa tradição que é nata do Brasil, dos portugueses, dos africanos ou mesmo dos índios, usar o barro. Apesar de ele ser com linhas retas, ele consegue compor também uma curva, como um elemento da arquitetura. Vejo muita poesia no cobogó", Fernando Campana.

“Sou escultor e tenho orgulho dessa peça abstrata não apenas pelas linhas e curvas, mas pelo movimento constante, passando do assento para o encosto e vice-vesa, com possibilidades infinitas de uso. Foi um grande desafio porque é a primeira peça que criei com a Natuzzi com a intenção de trazer uma loucura específica de criatividade para a marca, e conseguimos”, Marcantonio foi escolhido Design do Ano 2022, da BOOMSPDESIGN.

© FOTOS DIVULGAÇÃO

“Pedi para a dona Maria da Conceição, bordadeira de Tiradentes, fazer uma intervenção na cadeira e ficar livre para criar. Sugeri um jardim na Oscarina e o resultado foi surpreendente. Acredito que conseguimos conquistar a delicadeza e a poesia que buscávamos para a peça”, Linda Martins.

"Raja, do indonésio 'rei', é uma poltrona em fibra natural com dimensões grandiosas, sobreposição de curvas assimétricas, trançada manualmente por artesãos orientais para a Saccaro. A permeabilidade e transparência dessas camadas permitem estabelecer um diálogo constante com a paisagem ao seu redor, ao mesmo tempo em que as linhas verticais criam um efeito gráfico que eleva e envolve quem a ocupa", Vinicius Siega.

“Acreditamos que o segredo da transformação está no fazer. O casamento da minha obra e a cadeira de design upcycled por Kauê Fuoco tem em comum a ideia de que por muitas vezes o ‘pensar’ nos condiciona a específicos caminhos ou limites, e o fazer, o organiza, ao atuar, conseguimos criar algo inovador e único”, Fernanda Romão.

“Foi uma alegria receber o primeiro Prêmio Salão Design com o banco Tangará. É uma peça compacta, multifuncional, criada para facilitar o entrar e sair de casa. O banco foi pensado no início da pandemia para atender às novas necessidades e hábitos que foram incorporados à nossa rotina”, Camila Fix.

“A curadoria para essa mostra de fotografias de arquitetura passou por inúmeros critérios, boa parte deles inspirados no francês Cartier-Bresson, autor daquilo que se chama ‘instante decisivo’, quando você prende a respiração em busca da imagem perfeita - daí a metáfora entre o diafragma da lente e o músculo do corpo humano, de mesmo nome. Quando escolhi este trabalho do fotógrafo paulista Marcelo Magnani, um dos 45 profissionais integrantes da exposição, fomos bem literais. Na obra, o modelo nu, em pose introspectiva, contorcida, desconfortável, mal conseguia respirar. Suas veias e músculos saltavam à derme por conta do esforço do movimento, em analogia com os escombros do cenário, uma ruína brutalista abandonada, que revela a verdade dos materiais, como pilares e vigas corroídas, ferragens e vergalhões à mostra, as ações do tempo sobre a locação decadente que já foi algo um dia e se prepara para ser um outro lugar”, Alex Colontonio.

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