Catecismo sanguineo

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Catecismo SanguĂ­neo


O Primeiro Cânone

Quanto ao propósito de nossa condenação Para entender o propósito, um vampiro Santificado deve primeiro aceitar a natureza fundamental do mundo, que existe apenas como uma prisão para punir os descendentes de Adão e Eva por sua queda. Os Primeiros Mortais foram expulsos do paraíso por seus pecados, e o mundo que eles e seus descendentes vieram a viver deve ser justamente considerado a sua “prisão” – um lugar de dor e tormento onde a morte é a única libertação. Os vampiros se elevam acima dos humanos para vigiá-los e ajudar a manter a prisão que é o mundo. O ato do Abraço retira o recém-nascido da Graça de Deus inteiramente, somente por intercessão divina que se pode interferir com os deveres do vampiro: eles se alimentam dos mortais e contribuem para que seu mundo seja o purgatório do qual foi destinado a ser.

O Segundo Cânone

Quanto à sabedoria inalienável da Máscara

Deus atribuiu fraquezas aos vampiros para os fazerem essencialmente discretos. Se os vampiros se mostrarem abertamente, logo os mortais odiarão e temerão seus dominadores vampíricos. Em vez disso, Deus quer que os mortais temam e odeiem o próprio mundo à sua volta, um mundo de trevas em que a fé em Deus é a única proteção contra a miséria. Acima de tudo, os mortais não entendem seu ódio e temores. Eles nunca devem compreender verdadeiramente os Condenados. Eles devem saber somente que os caçadores se escondem na escuridão, esperando para os devora.

O Terceiro Cânone

Quanto à necessidade vergonhosa do Abraço Tendo estabelecido o Abraço como um mal necessário, o terceiro cânone coloca quatro limitações ao ato: - Em primeiro lugar, um Santificado nunca deve procriar fora das restrições religiosas do domínio em que reside. Geralmente, isso significa que qualquer Abraço deve ocorrer como parte de um rito de criação. - Antes do Abraço, a cria deve ter todos os aspectos relevantes à existência vampírica explicada por um vampiro Santificado (comumente seu genitor). A ele é dada uma escolha: ou aceita o Abraço ou será morto. - Tanto o Santificado genitor e sua Cria devem participar do rito até que a Cria seja considerada um membro da Coalizão. Uma cerimônia de purificação comum exige que o pai e a ainda Cria mortal devam ser acoitados com um chicote um numero de vezes igual a suas respectivas idades. É claro que os mortais normalmente não sobrevivem a uma chicotada nas mãos de um vampiro. Por conseguinte, o pai, muitas vezes opta por levar as chicotadas referentes à sua cria. - A quarta proibição é a de Abraçar o “Puro”.

O Quarto Cânone

Quanto à abominação do Amarante

Diablerie é um pecado, porque por consumir a alma de outro vampiro o diablerista impede que a vitima seja julgada por Deus ou procure a absolvição de Cristo retornado durante sua Segunda Vinda. Quando alguém comete diablerie, ele degrada a sua própria alma, inibindo sua capacidade de funcionar de forma moral. Ele aumenta a força de seu sangue, mas em troca ele apressa sua queda ao torpor, um período de tempo que possivelmente dura séculos, os quais não pode cumprir seu papel divino.

O Quinto Cânone

Quanto à revelação do Testamento de Longino O Lancea Sanctum deve prosseguir com a evangelização, reforçando o papel adequado do vampiro para todos os que queiram ouvir, e quando necessário, trazer a Morte Final para os hereges e apostatas que não.

O Sexto Cânone

Quanto à eficácia dos ritos sagrados

O objetivo dos santos sacramentos não é cumprir alguma cerimônia talismânica repetitiva para demonstrar a crença Santificada. Não, o Lancea Sanctum deixa o paganismo para o Circulo da Anciã. Ao invés disso, a Apostólica e a Eclésia são apenas oportunidades simbólicas para a união dos Santificados, seja em massa, em coteries ou individualmente, para demonstrar sua piedade e devoção ao santo propósito.


O Sétimo Cânone

No que diz respeito às artes milagrosas de nossos irmãos de Tebas O papel teológico principal deste capitulo é o de refutar os que sugerem que a Feitiçaria Tebana seja um tipo de bruxaria comparável às artes blasfemas de Crúac dos Acólitos. O Monachus esclarece longamente a diferença entre os dois, e particularmente sobre o efeito que a profana Crúac tem sobre seus praticantes, o que demonstra de forma conclusiva (ao Monachus, pelo menos) que é de origem doentia.

O Oitavo Cânone

Quanto à nossa reunião com a Canaille Além da necessidade da Máscara, todos os santificados devem ser avisados sobre sua relação com o gado, pois não é a forma do lobo se deitar com as ovelhas. O gado não é nosso amigo, companheiro ou namorado. Tão pouco são brinquedos ou bonecos para serem abusados seja por esporte ou prazer. Eles são o alimento e a sobrevivência da raça dos Membros que depende da vitalidade do rebanho. A preocupação com um ghoul é tolerada, como tal, esta criatura representa um investimento de tempo e sangue do regente, mas um vampiro que coloca a si em risco em beneficio de um mortal deve procurar seu confessor. Por outro lado, para os Condenados florescerem, o gado deve fazer o mesmo, e os santificados sábios procurarão fazer com que o gado de seu domínio prospere e cresça, mesmo se não tiver nenhum prazer em fazê-lo.

O Nono Cânone

Quanto ao reconhecimento da sabedoria dentro de nossas fileiras Dentro de qualquer paróquia Santificada, os santificados pela fé são obrigados a seguir o mais sábio de seu numero, “aquele que mais perfeitamente se manifesta em sua condenação”. Em teoria, isso significa que dentro de uma paróquia, a autoridade sobre o pacto é investida no Santificado mais poderoso presente que pode comandar a lealdade de seus companheiros. Na pratica, é claro, isto muitas vezes é traduzido em carisma, popularidade ou plena demagogia.

O Décimo Cânone

Quanto à transubstanciação da vitae Enquanto observado pelo Credo Monacal, este cânone não é mais visto como relevante pelos outros credos. Ele sugere que, ao beber o sangue, os Membros o transubstancia na energia vital que abastece os Membros.

O Décimo Primeiro Cânone

Quanto ao bom funcionamento de um monastério Este cânone, embora importante quando a coalizão foi fundada, é totalmente irrelevante hoje. Exceto por seletos monastérios vampíricos na Europa e algumas pequenas comunidades escondidas de olhares indiscretos, os membros da Lancea Sanctum não mais estabelecem monastérios.

O Décimo Segundo Cânone

Quanto à natureza do martírio, e a veneração dos Santos Negros Este cânone é guiado principalmente pelo Credo Monacal. A maioria dos outros credos opta por não reconhecer os Santos Negros como um culto real, e sim como um aproveitamento das Noites dos Santos como ocasiões festivas. Além de explicar a maneira correta de venerar os Santos Negros, neste capitulo também é discutido a natureza do martírio, e as recompensas de tal.

O Décimo Terceiro Cânone

Quanto aos mortos-vivos

Este cânone diz respeito à natureza da condenação e sua relação com a morte (e como a “meia-vida” antinatural dos Membros refere-se ao estado natural de morte). As vezes, esse cânone flerta com o paganismo e o metafísico, e discorre sobre como se pode atingir o estado de mortos-vivos. Esta é a regra mais controversa do Catecismo, e os vampiros Santificados continuam a discutir sobre se é apócrifo ou talvez a chave para o “conhecimento secreto” sobre a natureza vampírica.


Alega-se que o Catecismo Sanguíneo foi escrito por Monachus vários séculos após o Testamento de Longino. Não discorre sobre o destino de Longino, mas implica que, no momento em que o Catecismo foi escrito, ele já não estava mais em contato direto com sua coalizão. Visto que Monachus não foi punido diretamente por Deus e não foi visitado por Vahishtael, alguns Santificados o vêem apenas como uma obrigação que devem seguir. O livro, apesar de fortemente invocado, não é considerado uma “inspiração divina”. O livro é prefaciado com um preâmbulo que contêm o Credo Monacal, e contêm 13 cânones, 9 dos quais são de uso comum e apresentados aqui.

Traduzido e adaptado do site: http://www.suspire.org


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