Coordenadora Editorial: Eleonora Ducerisier Capa, diagramação e projeto gráfico: Eleonora Ducerisier Tratamento de imagens: Eleonora Ducerisier Revisão: Eleonora Ducerisier Impressão: Gráfica Singular ISBN: 978-85-68077-06-1
[2014] Editora 42 Avenida Comendador Alberto Dias, 359 Vila José Bonifácio Cep: 14.802-070 Araraquara - SP
VocĂŞ me inspira dia a dia. Obrigada por se fazer poesia.
Poemas para o Garoto do tênis mais branco do mundo
É assim... Ele tem o cabelo arrumado, O dela, tá sempre bagunçado. Ele tem cheiro de perfume, Ela, de nicotina. Ele tem a roupa bem passada, Ela, quase nunca. Ele fala manso e quase não fala, Ela, sempre em tom maior, incisiva e às vezes grosseira. Ele, encanta com seu sorriso de canto, E ela divaga nos cantos. Ela não sabe nada dele, E ele nem olha pra ela. Ela almeja deitar nos braços dele, Ficar com ele, Bagunçar ele. Ser dele. a
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Ălio
Fabi Virg
Tatua o vento, tatua o canto, tatua o ventre, mas, por favor, nĂŁo se avexe e se adentre.
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Poemas para o Garoto do tĂŞnis mais branco do mundo
Ele me mistura com comida, Faz-me omelete quente, Entre dente e esperma. Mastiga, mastiga, lambe os beiços e pira. Em rima de poesia, Me come na pia. Depois arrota e passa.
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Ălio
Fabi Virg
Sabe do que mais?! Larga essas amarras, E se amarra comigo.
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Poemas para o Garoto do tênis mais branco do mundo
Doído Meu coração anda tão doído, Mas tão doído, Que quando alguém manda um sorriso, Ele parece Maria mole... Escorre todo. Quando sente um gesto de cavalheirismo, Se confunde inteiro, esse arteiro. Confunde abraço com descanso, Confunde sorriso com canto, E nessa confusão toda, Vai se admirando com a beleza alheia, Com a cortesia alheia, Vai tonteando... Caindo... Doendo... Rastejando... Esse coração todo bagunçado, Tenta de tudo e qualquer jeito se aquietar, Mas de tanto insistir, De tanto desfocar, Fica ele todo partido, E parte alguma quer compartilhá-lo.
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