Revista Passear Nº60 Versão Gratuita

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passear sente a natureza

CICLOTURISMO JARDINS DE COIMBRA

CAMINHADAS

VESTUÁRIO PARA ADOLESCENTE

UM DIA EM...

CASTELO BRANCO

Nº. 60 . Ano VI . Maio 2017 . PVP: 2 € (IVA incluído)

FESTIVAIS DE CAMINHADAS • AMEIXIAL • PAMPILHOSA DA SERRA


EDITORIAL

Correspondência - P. O. Box 24 2656-909 Ericeira - Portugal Tel. +351 261 867 063 www.lobodomar.net

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Director Vasco Melo Gonçalves Editor Lobo do Mar Responsável editorial Vasco Melo Gonçalves Colaboradores António José Soares; Francisco Cordeiro; João Fernandes; Rui Ferreira, Luis Contente.

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Registada na Entidade Reguladora para a Comunicação Social sob o nº. 125 987 Direitos Reservados de reprodução fotográfica ou escrita para todos os países

FESTIVAIS DE CAMINHADAS, UMA FORMA DE PROMOÇÃO. Os Festivais de Caminhadas são uma excelente forma de promoção das regiões. Estivemos na Pampilhosa da Serra e no Ameixial onde observamos dois tipos diferentes de abordagem. O Festival da Pampilhosa da Serra é uma iniciativa recente, vai na segunda edição e, ao longo de três dias os participantes são convidados a aprofundar os conhecimentos sobre as tradições gastronómicas da região e a conhecer um valioso património paisagístico através de um conjunto de caminhadas. O Festival do Ameixial, na sua quinta edição, é uma iniciativa abrangente onde, ao longo de quatro dias, os participantes se integram no dia-à-dia de uma pequena aldeia interior e participam em atividades muito diversificadas que vão para além da simples caminhada. Duas iniciativas importantes que estão a marcar positivamente as regiões onde estão inseridas. Por último, nesta edição iniciamos uma rubrica intitulada Um dia em.. e, coube à magnífica cidade de Castelo Branco inaugurar este espaço! Bons passeios.

Capa Fotografia

Castelo de Branco (pág.56)

Diretor vascogoncalves@lobodomar.net


3 Edição Nº.60

06 16 28 SUMÁRIO 06 Atualidades 16 Reportagem:

1º Walking Weekend 17

Pampilhosa da Serra

Versão completa paga

gratuita

28 Reportagem:

5º Walking Festival Ameixial

36 Dossier:

Equipamento básico de

caminhada para adolescente

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Cicloturismo: Coimbra

56

Apresentação de artigos

do Passear (versão paga)

58

ASSINATURA Passear

60

Um dia em...Castelo Branco

78 Equipamento 80

dormidas : comidas: bebidas

Tenha acesso à versão compl eta da rev ista pa ssear por m enos d e 2€

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atualidades

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NATIONAL GEOGRAPHIC SUMMIT TRAZ JANE GOODALL A LISBOA A National Geographic, que nasceu há quase 130 anos com o propósito de promover a exploração, educação e ciência., promove agora em Lisboa, a National Geographic Summit, a 25 de maio, no teatro Tivoli BBVA, um evento que trará a Portugal três personalidades que materializam os valores da marca: a cientista e ativista Jane Goodall, a fotografa Jodi Cobb e o ativista especialista em desperdício alimentar Tristram Stuart. Jane Goodall ficou mundialmente famosa devido à investigação que desenvolveu sobre o comportamento de chimpanzés na Tanzânia. Embora tenha iniciado a sua carreira como investigadora, ao longo dos anos tornou-se cada vez mais ativista. Fundou o Jane Goodall Institute que possui agora 22 representações espalhadas pelo mundo. O objetivo desta organização é incentivar a capacidade de cada indivíduo de agir em prol da melhoria do ambiente.

Em 2000, é nomeada ‘Explorer-in-Residence’ da National Geographic. Hoje, esta Mensageira da Paz das Nações Unidas está a inspirar novas gerações de ‘Janes’ através da ‘Roots and Shoots’ (um programa ambiental e humanitário de jovens criado pela Jane Goodall e um grupo de estudantes na Tanzânia presente emm mais de 120 países com mais de 150 mil membros) Uma sonhadora, uma aventureira, uma ativista, uma inspiração – Jane Goodall tem tido uma vida de descobertas e realizações. Na sua intervenção no evento, intitulada de ‘Nature, Humans and Animals’, a octogenária parte da sua experiência de vida para nos inspirar a contribuir para a preservação do planeta como forma de nos protegermos enquanto humanidade. Para mais informações, consulte: www.nationalgeographicsummit.com


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ESTUDO DE ENQUADRAMENTO NA ALDEIA DE SISTELO PROMOVE E VALORIZA PATRIMÓNIO CULTURAL E AMBIENTAL Sistelo, uma das 43 aldeias escolhidas pelo júri do concurso “7 Maravilhas de Portugal- Aldeias” e concorrente numa das sete categorias, a de Aldeia Rural, sendo a única a representar o Norte de Portugal; e reconhecida recentemente como Paisagem Cultural, pelo Ministério da Cultura, reúne as condições necessárias para vir a concorrer a apoios comunitários no âmbito da conservação, recuperação e divulgação do património arquitetónico e ambiental. Neste sentido a Câmara Municipal de Arcos de Valdevez aprovou a realização de um estudo de enquadramento que tem por objetivo a recuperação, valorização e divulgação do património cultural e ambiental na área referida, com vista à sua preservação e sustentabilidade, e simultaneamente ao fomento do Ecoturismo, pedagógico, benéfico para o ambiente e para a economia local, baseado na observação e contemplação da natureza e no

conhecimento das culturas tradicionais, pertencentes à comunidade local e com um carácter diferenciador, pela proximidade e integração na realidade cultural, social e económica destas comunidades. O trabalho será desenvolvido e coordenado de uma forma integrada abrangendo o território e o edificado, nomeadamente, será feito o enquadramento da área objeto de intervenção; a definição de um percurso principal; e a identificação de estruturas edificadas e espaços de domínio público, incluindo, naturalmente, construções particulares mais relevantes. As áreas patrimoniais a considerar, serão informadas com base no estudo e conhecimento dos seguintes aspetos: património arquitetónico, etnográfico e histórico; património ambiental e dinâmica social. Fonte: C.M. de Arcos de Valdevez ©J.F. De Sistelo


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LANÇAMENTO DO ÉVORA DESAPARECIDA TOUR Foi lançado, no dia 20 de Abril, o novo percurso turístico em Évora - “Évora Desaparecida Tour” promovida pelos Compadres (marca de Touring Cultural da empresa Spira) em parceria coma Ervideira Wine Shop e a Terrius. No tour de lançamento foi apresentada uma pequena amostra do que se pode esperar deste revelador itinerário: um olhar sobre uma Évora que não existe mais através de fotografias de arquivo, bem ilustrativas das profundas alterações sofridas na capital do Alentejo durante o século XIX perante as necessidades de modernização e acompanhamento das tendências da nova sociedade burguesa. Com uma duração aproximada de 90 mns, o

Évora Desaparecida Tour inclui sempre uma prova de vinhos na Ervideira Wine Shop e, nos tours de sexta-feira, um showcooking Terrius, com prova de gastronomia tipicamente alentejana mas gourmet. O Évora Desaparecida Tour está disponível de quinta a segunda até ao dia 9 de Junho e diariamente a partir de 10 de Junho, em 5 horários diários e 4 línguas diferentes: uma forma inesperada de conhecer uma outra face do património de Évora, desconhecida para a grande maioria dos visitantes e turistas da cidade.


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ECOPISTA BRAGANÇA-MIRANDELA Os Municípios de Bragança, Macedo de Cavaleiros e Mirandela vão criar uma Ecopista no antigo corredor da linha ferroviária entre Bragança e a Foz do Tua, com a recuperação do património edificado, como as estações que se encontram, atualmente, ao abandono e em adiantado estado de degradação. Com este projeto, o Município de Bragança (que já começou a intervencionar a plataforma da futura Ecopista, realizando trabalhos de limpeza, desmatação, regularização de valetas e taludes, drenagens e nivelamento com aplicação de material) pretende valorizar os 37,10 quilómetros de linha ferroviária desativada entre Bragança e Sendas, bem como a requalificação de duas estações, de duas pontes ferroviárias (Rebordãos e Remisquedo) e a iluminação de dois túneis (Sortes e Santa Comba de Rossas). Desde o início deste ano que estão a ser promovidas, pelo Município de Bragança, diversas ações no sentido de viabilizar a futura Ecopista, contratualizando com o LNEC (Laboratório Nacional de Engenharia Civil) o estudo/análise do estado de conservação e manutenção das pontes, projetando a reabilitação de duas estações, a iluminação dos túneis e a sinalética.

Com esta intervenção, o Município de Bragança pretende: - Criar condições de circulação, visitação e acessibilidade na ecopista, promovendo pequenos tratamentos paisagísticos dos interfaces dos percursos (com as localidades e os pontos de interesse turístico atravessados) e a criação de percursos acessíveis a pessoas com mobilidade reduzida; - Desenvolver e editar guias de percursos, cartografia e roteiro, criar ferramentas digitais de apoio à visitação com suporte numa base de dados georreferenciada, assim como o website da rede de percursos e programas de envolvimento das comunidades nas vertentes educativa, saúde e social, numa ótica de promoção da educação ambiental, da qualidade de vida e do envelhecimento ativo e da arte da paisagem; - Criar condições para a mobilidade suave elétrica, promovendo o alargamento, para a ecopista, do atual sistema denominado “Xispas”, em contexto não urbano. Esta antiga linha é um recurso endógeno que está claramente desaproveitado e apresenta uma importância significativa para a identidade transmontana. Fonte: C.M. de Bragança


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FÓRUM “VÊ PORTUGAL”: O DEBATE SOBRE O TURISMO EM PORTUGAL PARA PORTUGUESES Leiria

recebe o único debate nacional sobre a im-

(que 30% das dormidas no País). Primeiro-Ministro António Costa é um dos participantes. portância do mercado do turismo interno vale

O Turismo tem vindo a ser um reconhecido impulsionador da atividade económica em Portugal. Em 2015, o sector contribuiu 6% para o crescimento do PIB (11,451 mil milhões de euros em 180 mil milhões) e 14% para as exportações. Se esta é uma área económica naturalmente vocacionada para o mercado internacional, importa, no entanto, não desvalorizar a

grande relevância do mercado interno – segundo o INE, 30% dos 53,5 milhões de dormidas registadas em Portugal em 2016 foram precisamente de residentes. O turismo em Portugal, e para portugueses, é também uma oportunidade que carece de estratégia e de debate. E é precisamente isso a que se propõe a 4ª edição do Fórum de Turismo Interno “Vê Portugal”, que se realiza nos dias 29, 30 e 31 de maio, no Teatro José Lúcio da Silva, em Leiria. Organização do Turismo Centro de Portugal, em parceria com a Câmara Municipal de Leiria, a edição 2017 do Fórum “Vê Portugal” surge na sequência das edições de grande sucesso já realizadas em Viseu, Aveiro e Coimbra, impondo-se como o único debate promovido no país dedicado especificamente à temática do turismo interno. É dirigido aos protagonistas do negócio


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turístico, às entidades com responsabilidade na gestão do território e, de uma forma geral, a todos os interessados no setor económico que mais tem crescido em Portugal. O grande objetivo deste Fórum é promover o debate e a necessária articulação entre parceiros, desde Governo a instituições públicas e privadas, empresários, investigadores e académicos, bem como todos os atores que possam contribuir ativamente para alavancar este sector. Ao longo dos três dias de programa do Fórum “Vê Portugal”, atores e especialistas nacionais e internacionais, na área do Turismo, abordarão a situação atual e lançam pistas para o futuro. Este ano irão dar o seu contributo em cinco painéis, de debate sobre os programas de apoio à valorização dos destinos turísticos; sobre o alargamento do mercado interno com as parcerias transfronteiriças; sobre a importância das indústrias criativas no setor; e sobre como promover e vender um destino turístico. Para além de participação do primeiro-ministro António Costa, entre os vários oradores, sublinham-se as confirmações de Ana Mendes Godinho, secretária de Estado do Turismo, Pedro Machado, presidente do Turismo Centro de Portugal, Javier Ramírez Utrilla, diretor geral de Turismo da Junta de Castela e Leão, Ana Abrunhosa, presidente da CCDR Centro, Neil Peterson, fundador do grupo de consultores Inside Track, Airan Berg, diretor de Projetos Internacionais de La Valetta – Capital Europeia da Cultura 2018,

e Michel de Blust, secretário-geral da ECTAA Confederação Europeia das Associações de Agências de Viagens e Operadores Turísticos Europeus. Referência, igualmente, para a atividade “Vê Portugal”- Conhece Leiria. Uma iniciativa que se estreia este ano e que tem como objetivo potenciar o conhecimento mais profundo da cidade anfitriã do evento, bem como a vontade de revisitar e recomendar o destino. No fundo, mais uma forma de promoção do Turismo Interno. Turismo Centro de Portugal homenageia personalidades em Jantar de Gala Novidade importante na edição deste ano é o Jantar de Gala “Vê Portugal”. A ter lugar no prestigiado Palace Hotel Monte Real, no dia 30 de maio, terá vários momentos altos. Pela primeira vez, o Turismo do Centro irá homenagear personalidades que se destacaram no setor turístico nacional e regional. Ainda no Jantar de Gala, será apresentado o novo filme promocional do Turismo Centro de Portugal e serão entregues os Prémios de Concurso de Empreendedorismo Turístico “José Manuel Alves”, instituídos pelo Turismo Centro de Portugal, e que visam apoiar projetos inovadores no setor do Turismo com implementação na região Centro de Portugal. A participação no Jantar Gala “Vê Portugal”, tal como no Fórum, é gratuita e limitada, com obrigatoriedade de inscrição e sujeita a confirmação, através do link: https://goo.gl/forms/Ex6Yb3FuHUUPyDvL2


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OBSERVARRIBAS EM MIRANDA DO DOURO Em junho de 2017 damos vida à primeira edição do ObservArribas - Festival Ibérico de Natureza das Arribas do Douro, numa coorganização da Câmara Municipal de Miranda do Douro e do projeto Life Rupis. O ObservArribas terá sede em Miranda do Douro, em pleno Parque Natural do Douro Internacional, entre 23 e 25 de junho de 2017, reunindo natureza e cultura num evento onde se

juntam uma feira e um programa diversificado com atividades de observação de aves, passeios na natureza, workshops e palestras, atividades para os mais novos e ainda momentos culturais e gastronómicos. Programa e Inscrições: Vanessa Oliveira (SPEA) | e-mail: vanessa.oliveira@spea.pt | telf. +351 213 220 430 / www.observarribas.com



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14 Fotografia da Autoria de Luis Quinta

STEINER - GAMA SKYHAWK 3.0

Os binóculos ideais para os amantes da Natureza e de Observação de Aves Os Binóculos da Gama SkyHawk 3.0 foram especialmente concebidos a pensar nos amantes da Natureza e da Observação de Aves, exigentes por ótica fiável e de qualidade. Estes binóculos são essenciais para qualquer passeio ao arlivre. Tendo trabalhado de perto com Observadores de Aves durante muitos anos, a Steiner desenvolveu e concebeu a gama SkyHawk 3.0 especificamente para este fim. Com quatro modelos distintos, a gama SkyHawk 3.0 da Steiner oferece um desempenho ótico e funcionalidade sem precedentes e inigualáveis. Através da combinação de vidro de elevada qualidade e coberturas únicas, o seu desempenho ótico foi melhorado significativamente. A observação da Natureza e de Aves e da sua beleza é agora mais dramática e apreciável.

O campo de visão foi aumentado para 133 metros (modelo 8x32), tornando mais fácil a localização de aves e animais. A Steiner aperfeiçoou o Sistema de Controlo de Distância. O sistema de foco Fast-Close-Focus permite um foco em objetos a apenas 2 metros de distância com apenas um ajuste na roda de foco. As oculares patenteadas “Twist-Up” ajustam-se facilmente para uma distância de pupila de saída ótima e para garantir um campo de visão completo (mesmo até para quem usa óculos). A lendária robustez da Steiner encontra-se presente nos binóculos da gama SkyHawk 3.0. Todos os modelos são à prova de água até 3 metros, graça ao sistema de pressão de nitrogénio que utiliza a patenteada tecnologia “2Way Valve” para prevenir a formação de condensação e embaciamento interno, garantindo


SkyHawk 8x42

SkyHawk 8x32

SkyHawk 10x32

sempre uma visão clara e fiável (mesmo em climas tropicais). O material resistente a altos-impactos de que são compostos os binóculos SkyHawk 3.0 torna esta gama extremamente resistente e versátil. Todos os modelos vêm com uma bolsa de transporte, correia de transporte, tampas para as objetivas e uma capa de proteção para a chuva. Para mais informações sobre a gama de binóculos SkyHawk da Steiner, por favor visite o site www.nautiradar.pt ou contacte a Nautiradar através telefone 21 300 50 50.

SkyHawk 10x42

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Aproximação à aldeia de Fajão

WALKING WEEKEND 17 PAMPILHOSA

DA SERRA

A ÁGUA SEMPRE PRESENTE... Texto: Luisa Mendes Fotografia: Passear e D.R.

Juntar a gastronomia serrana ao melhor que o pedestrianismo tem para oferecer, foi assim de 28 a 30 de Abril. Entre workshops, provas degustativas e muitas emoções, os percursos pedestres do Walking Weekend 17 apresentaram os recursos hídricos como denominador comum. Os três percursos efetuados vão ao encontro dos três rios do Concelho: Unhais, Zêzere e Ceira. Quando a Autarquia de Pampilhosa da Serra decide em 2016 promover o Festival de Caminhadas Walking Weekend em parceria com o Villa Pampilhosa Hotel, sabia que tinha o que há de melhor para oferecer. Era necessário cativar

quem viesse e relatasse junto de outros a sua experiência e assim trazer ainda mais visitantes. Esta 2ª edição do Festival de Caminhadas, com cerca de 90 participantes inscritos, trouxe alguns repetentes mas também novos e inclusive crianças. É importante criar este gosto pela natureza também nos mais pequenos, passear deve ser para todos. De entre os percursos selecionados no programa, o PR8 teve a sua cerimónia protocolar de inauguração pelo Presidente da Junta de Freguesia Nuno Almeida, nosso anfitrião em representação da Câmara Municipal da Pampilhosa da Serra.


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CONCELHO DA PAMPILHOSA DA SERRA • 397 km² para descobrir - 8 freguesias • 9 Percursos PR PPS • 3 Praias Fluviais com Bandeira Azul StªLuzia, Pampilhosa e Pessegueiro • 2 Aldeias integradas na rede Aldeias do Xisto • Fajão e Janeiro de Baixo • Gastronomia de qualidade ímpar com especial destaque para o javali, truta, chanfana, maranhos,cabrito, o mel, a tigelada e o arroz doce. • Mas existem mais argumentos que justificam a visita e voltar sempre, nomeadamente as gentes que aqui habitam e que têm as memórias do passado e a vivência do presente.


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18 DIA 28 No primeiro dia deu-se a receção aos participantes no Hotel Villa Pampilhosa e a degustação de sabores da Região preparados pelo Chef Flávio Silva, não faltaram os maranhos, os enchidos e o queijo da Serra. Embora o final do dia tenha tido sol e céu limpo, as perspetivas em termos de tempo não eram as melhores para o dia seguinte dada a previsão de chuva, mas mesmo assim os participantes estavam entusiasmados com o programa proposto pela organização.

DIA 29 | VOLTINHAS DO CEIRA E NOTURNA Pelas 8h30h o autocarro levou-nos até Fajão que dista cerca de 20 km, donde iríamos partir para o primeiro percurso a pé, o PR2 PPS Voltinhas do Ceira, um percurso circular. O seu início foi junto à Igreja Matriz de Fajão onde foi aproveitada a oportunidade para uma fotografia do grupo. Descemos até à Ponte de Fajão passando pela Igreja de São Salvador. Esta ponte atravessa o rio Ceira por um pontão e sobre a antiga Calçada das Voltinhas. Este percurso foi feito grande parte do tempo debaixo de chuva e que às vezes caiu com alguma intensidade. Para quem estava preparado correu bem porque caminhar é sempre um prazer mesmo com chuva ou mais enublado. Note-se que a neblina dava uma beleza especial às flores dos Tojos e Giestas que quase ganhavam uma luz própria no seu amarelo vivo. Se se pretendia um programa diferente para 2017 essa diferença também foi dada por estes pormenores. Numa primeira fase e em cerca de 2 kms caminhámos na margem do Rio num percurso muito belo. Destacamos a Levada e os Moinhos de Água. Na segunda parte do percurso a atenção onde pousávamos os pés teve que ser redobrada dado o caminho ser quase todo em pedra de xisto. Cerca de 3 horas depois e já de regresso à aldeia de Fajão com alguns dos participantes bastante encharcados rumámos ao Restaurante Pascoal onde foi servido o almoço.

Para além das entradas, onde destacamos o queijo com doce de gila, as migas, a obrigatória truta de escabeche, mas também o javali e a carne de porco assado. Para sobremesa o arroz doce e a tigelada. Enfim acho que merecemos depois da jornada da manhã. Foi também no Restaurante o Pascoal que Jorge Barreto (formador da Decathlon empresa parceira do Walking Weekend) falou de equipamentos técnicos para as caminhadas. Da bota, à meia, à calça e mochila, nada deve ser deixado ao acaso quando nos preparamos para uma caminhada. Esta apresentação suscitou bastante interesse por parte dos participantes e segundo Gonçalo Lima, representante do Turismo na Câmara Municipal e a pessoa mais envolvida na organização, é sem dúvida uma parceria a manter para o futuro.

Fotografia de grupo em Fajão


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PR2 PPS VOLTINHAS DO CEIRA Distância 6,5 km; Duração 2h30 m; Desnível acumulado 335 m; altitude máxima 755 m e altitude mínima 469 m.


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PR6 Fotografia de Esmeralda Tavares

PEDESTRIANISMO “ATIVIDADE DE PERCORRER DISTÂNCIAS A PÉ, NA NATUREZA, EM QUE INTERVÊM ASPECTOS TURÍSTICOS, CULTURAIS E AMBIENTAIS, DESENVOLVENDO-SE NORMALMENTE POR CAMINHOS BEM DEFINIDOS, SINALIZADOS COM MARCAS E CÓDIGOS INTERNACIONALMENTE ACEITES”. Mas o Programa ainda só estava a começar. Da parte da tarde e com o sol já a sorrir, o grupo manteve-se em Fajão para assistir aos workshops temáticos com uma forte componente pedagógica. O auditório do edifíco Fajão Cultura foi o local escolhido e a primeira intervenção coube a João Quaresma do Turismo do Centro abordando a temática “Centro de Portugal, turismo sustentável”. Pedro Cuiça da Federação de Campismo e Montanhismo de Portugal também se debruçou sobre a origem do pedestrianismo como atividade de lazer que entre nós só começou no final

do séc, XIX e curiosamente com os escritores, nomeadamente, Eça, Ramalho Ortigão, Antero de Quental... certamente em contacto com a Natureza encontrariam motivos de inspiração. Manuel Franco da empresa A2Z abordou a temática da segurança no Turismo de Natureza na sua vertente mais abrangente que passa pela monitorização e manutenção dos trilhos, das plataformas de percursos que devem ter auditorias periódicas. A informação deve ser ágil, transparente e informativa até pela componente de partilha que tem atualmente. Ainda abordada a Plataforma Portuguese Trails do Turismo de Portugal e que vai ser lançada ainda este ano sendo a primeira a região do Algarve (região piloto do projeto). A intenção é concentrar todos os percursos pedestres e cicláveis numa mesma plataforma para promover lá fora o que o país tem para oferecer Por último e não menos importante a Fisioterapeuta Cristiana Santos deu algumas pistas sobre o bem que faz à saúde física e mental esta


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prática do pedestrianismo e dos passeios na natureza bem como posturas corretas para a prática da modalidade. Os temas abordados foram desde como deve ser o calçado de acordo com a morfologia de cada um, a preparação para os passeios e qual o tipo de exercícios a fazer.... Após esta sessão foi o momento de ir até ao forno de broa de milho e trigo da Dª Ermelinda e literalmente por as mãos na massa, o que os mais novos adoraram. A broa é muito boa e tudo feito à mão, sem máquinas, e em forno de lenha. Como foram encomendadas 40 broas tivemos broa ótima até ao final das nossas atividades. Por volta das 18h30 e cumprindo o programa estabelecido rumámos em autocarro até à aldeia de Porto de Vacas, a uma distância de cerca 26 km e aí foi provar uma iguaria da região, a Filhó Espichada. Quem quis teve ainda a oportunidade de estender a massa.

De noite, um troço mágico da Grande Rota do Zêzere De seguida foi tomar balanço para nossa caminhada noturna “Zêzere Místico” no PR6 – PS – Caminho de Xisto de Porto de Vacas, vários habitantes da aldeia juntaram-se ao grupo. Confesso que pessoalmente prefiro caminhar durante o dia mas como este Percurso foi feito grande parte com um céu limpo e estrelado valeu a pena. A meio do mesmo uma sessão de cinema ao ar livre apresentou-nos o próximo filme promocional da região e que em breve ficará finalizado e disponível para todos. O PR6 destaca-se pelo Património Natural, “...ao longo dos 7 km ficamos aconhecer do me-lhor que as paisagens do Rio Zêzere, do Complexo da Serra do Açor e das florestas do pi-nhal oferecem. As vistas panorâmicas sobre os mais importante afloramentos quartezíticos


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Casa típica de Porto de Vacas

Filhó Espichada

da região são extraordinárias, da Santa Luzia que formaliza a barragem, o Penedo Mosqueiro e o Penedo Barroco, Património Geológico Mundial. A fauna e flora ao longo do percurso é a típica da região. Digna de nota a vertente rural da paisagem, o Vale do Muro, lugar único de socalcos em xisto, os açudes e as antigas azenhas”. (Fonte: ADXTUR) Pelas 22,30 de volta a Porto de Vacas, o jantar típico confecionado pela jovem equipa do restaurante “O Fiado”, de Janeiro de Cima teve o acompanhamento do grupo “Concertinas do Machio”. Já íamos avançados na noite mas não faltaram as Pataniscas, Folhados de Chafana, Moelas, Enchidos, Bacalhau à Portuguesa e as migas de couve das melhores que já provei e, claro, a Chanfana servida em pote de barro. Mas o regresso ao hotel impunhasse porque no dia seguinte o percurso era longo e a chuva prometia voltar.

PR6 – PPS Caminho de Xisto de Porto de Vacas – Um troço mágico da Grande Rota do Zêzere. Distância 7 km; Duração 2h00 m; Desnível acumulado 144 m; altitude máxima 449 m e altitude mínima 325 m; circular. Pontos de interesse: Largo das Festas e antigo forno tradicional, local de partida e de chegada. Miradouro da Malhada a 1700 m; Vale de Muro a 3500 m e Miradouro do Aguilhão a 4500 m.


Dona Ermelinda recebe as crianças para porem as mãos na massa.

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Tijelada e Arroz doce uma especialidade Entradas

Migas e Chanfana


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DIA 30 | NA ROTA DO RIO UNHAIS Pelas 8h30 saimos da Pampilhosa da Serra em direção ao Casal da Lapa, cerca de 17 kms de autocarro. Na aldeia Ricardo Neves da A2Z esperava-nos, ia ser o nosso guia. Após uma pequena introdução dirigimo-nos á praia fluvial da Barragem de Santa Luzia dando início ao percurso PR8 – Caminho do Xisto da Pampilhosa da Serra - Rota do Rio Unhais. “Daqui seguimos em direção ao dique da Barragem de Sta Luzia – uma das mais antigas de Portugal. Inaugurada em 1942, possui 76 metros de altura e um comprimento de coroamento de 115 metros. Ao subir, o percurso passa na Capela de Santa Luzia e no miradouro, onde se pode contemplar as magníficas vistas sobre a barragem e a albufeira de Santa Luzia. Ao descer, passa a norte do lugar de Vale Grande. Aqui, pode contemplarse a paisagem das imponentes cristas quartzíticas, que fazem de suporte à Barragem de Santa

Luzia. Seguindo por trilhos até aldeia de Cabril, conhecida pelas suas ruas estreitas e arquitetura singular, perca-se aqui na imensidão do horizonte. O percurso segue depois em direção à Foz do Ribeiro. Nesta aldeia está bem marcada a utilização do xisto na arquitetura, pedra presente em toda a sua edificação com a arte ancestral da sua sobreposição. O rio Unhais estará quase sempre presente e irá cruzá-lo para a sua margem esquerda. Seguindo por trilhos onde vai encontrar uma paisagem selvagem, onde o silêncio é interrompido pelo som da água corrente do rio e pelo chilrear dos pássaros. Aqui, encontra uma vista imaculada, com poucos vestígios de civilização nas proximidades, até chegar à aldeia da Ereira. Deste ponto, o percurso segue por uma levada, que o encaminha à Pampilhosa da Serra, no vale do rio Unhais, com uma paisagem extraordinária. Aqui, encontram-se ainda vestígios de alguns moinhos, que outrora moíam as produções de milho e centeio das encostas férteis do rio. Estas


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Paredão da Barragem de Santa Luzia

Capela de Santa Luzia

encostas eram fortemente aproveitadas para o cultivo de cereais e hortícolas”. (Fonte: ADXTUR) No final do programa o “Churrasco Serrano” no Quartel dos Bombeiros Voluntários da Pampilhosa da Serra e onde já se pensava na edição de 2018.

PR8 PPS Ricardo Neves o nosso guia

Percurso linear. Distância 18,20 km; Duração 5h00 m; altitude máxima 709 m e altitude mínima 383 m.


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Chegada Ă Aldeia de Cabril


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5º WALKING FESTIVAL AMEIXIAL

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AFIRMAÇÃO DE UMA REGIÃO Texto e fotografia: Passear | Reportagem: Sebastião de Melo Gonçalves (11 anos)

NO ALGARVE PROFUNDO, O FESTIVAL DE CAMINHADAS DO AMEIXIAL É UM DOS MAIS IMPORTANTES EVENTOS REALIZADOS EM PORTUGAL. UM PROGRAMA DIVERSIFICADO COMPOSTO POR CAMINHADAS E ATIVIDADES QUE AGRADAM TANTOS AOS MAIS EXIGENTES/DESPORTISTAS COMO ÀS FAMÍLIAS. NESTA QUINTA EDIÇÃO, O FESTIVAL GANHA UMA NOVA DIMENSÃO MAIS REGIONAL E APOSTA NOS MERCADOS ESTRANGEIROS AO PROMOVER UMA PARCERIA COM O FESTIVAL DE CAMINHADAS DA GRANCANARIA. AS PREOCUPAÇÕES AMBIENTAIS TAMBÉM ESTIVERAM NA ORDEM DO DIA DA ORGANIZAÇÃO EVITANDO-SE, AO MÁXIMO, O RECURSO A GARRAFAS DE PLÁSTICO E PROMOVENDO-SE UMA AÇÃO DE PLANTAÇÃO DE ÁRVORES.


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Quatro dias intensos marcaram o 5º Walking Festival Ameixial que se realizou de 28 de Abril a 01 de Maio, na aldeia do Ameixial no Barrocal algarvio. O dia de abertura foi passado em Loulé onde decorreram a conferência “O Turismo de caminhadas e o impacto nas comunidades” que contou com a participação do Gran Canaria Walking Festival (Monica Diaz, Gerente de Gran Canaria Natural & Active y de Gran Canaria Walking Festival), Walking in UK. Ramblers Walking Hollydays (Michael Starkey, Leaders Manager), Walking Festival Ameixial (João Ministro, Proactivetur & Pedro Barros, Projecto Estela) e do Festival de Caminhadas de Alcoutim (Júlio Cardoso, Câmara Municipal de Alcoutim).

Após a conferência foram apresentados diversos projetos nomeadamente, o “Cycling & Walking Algarve” (João Fernandes, Região de Turismo do Algarve), a iniciativa “Loulé a Andar, Correr e Pedalar” (Câmara Municipal de Loulé) e o uso eficiente da água e dos recursos naturais (Teresa Fernandes, Águas do Algarve). À noite e, já no Ameixial, decorreu a caminhada em busca da “Rocha do Diabo” (Distância: 6km | Duração aproximada: 2h | Dificuldade: fácil). Nesta edição, a “reportagem” sobre este festival tem uma abordagem diferente. Um rapaz de 11 anos escreve sobre a sua participação e como vivenciou estes quatro dias de caminhadas e novas experiências.


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29 DE ABRIL Percurso orientação com mapas pela Algarve Selvagem. Abordámos a temática da orientação e navegação por mapas. O guia fez a apresentação do íamos fazer e como utilizar os recursos que tínhamos à nossa disposição tais como, os pontos cardeais, a vegetação e o relevo. Aprendemos também a utilizar a bússola e as cartas de navegação. Na carta definimos o nosso destino, Ameixial (Este). Quando definimos o nosso destino começámos analisar trilhos, o tipo e a densidade da vegetação, linhas de água (como as atravessar sem nos molharmos e em segurança). Quando existem dúvidas sobre o trajeto a tomar e, se houver um morro ou um ponto alto por perto, é aconselhável subir até lá para termos uma noção mais real do terreno onde nos situamos.

Workshop “Como escolher tenda de campismo e o local de montagem” com Algarve Selvagem. No workshop sobre tendas e onde as montar fomos para o terreno fazer a escolha do local. Aprendemos que se pode montar a tenda ao pé de uma linha de água mas, não no leito porque pode haver uma descarga de água e todos os que estiverem no acampamento morrem (se estiver a chover muito a 15 km de distância e, onde estivermos não, pode haver uma descarga sem nós apercebemos. A água pode dirigir-se a 150 km/h)!


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30 DE ABRIL Histórias das rochas e paisagens do Ameixial (Geologia) Distância: 6km | Duração aproximada: 4h | Dificuldade: fácil a médio | atividade desenvolvida por: GeoWalks & Talks Dedicado à Geologia ficámos a conhecer as diferentes rochas (xisto e grauvaques) da região, tanto no terreno como na aldeia do Ameixial. Na aldeia pudemos ver a utilização das rochas na construção de habitações e ruas. A tarde foi dedicada à confeção de pães com uma receita local (farinha, água, sal e fermento) pelo “padeiro” Renato que nos ensinou como fazer e amassar o pão. Depois de o amassar fomos ao forno comunitário, onde o pão foi cozinhado. A temperatura, é importante estar estável e não muito elevada por causa de o pão não queimar, por fora e, ficar cru, por dentro.


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01 DE MAIO Caminhadas familiares: Pastor. Distância: 3km | Duração aproximada: 4h | Dificuldade: fácil | Guia: Leonel (O pastor) Manhã dedicada a uma viagem com um pastor (Leonel) e um fabuloso rebanho de cabras muito mansinhas. Nesta pequena viagem, o pastor tinha seis cães que estavam muito bem treinados e que bastava o dono dizer o nome deles e eles iam logo orientar o rebanho. Os cães, cada um tinha a sua função. Os rafeiros alentejanos eram os guardas (não dormem de noite para estarem atentos ao rebanho) e os que corriam atrás das cabras eram os mais pastoreios. Havia sete bodes que, duas vezes por ano, lutavam para ver quem era o líder. Estas lutas entre os machos podem levar à morte de alguns deles. O pastor mostrou-nos como ordenhar uma cabra e quais eram as que estavam grávidas.


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BALANÇO Na minha opinião, o festival foi muito bem organizado e, só é pena que algumas das atividades que eu gostava de ter feito, terem sido canceladas. Mas, para o ano há mais!


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EQUIPAMENTO BÁSICO DE CAMINHADA PARA ADOLESCENTE


OS FESTIVAIS DE CAMINHADAS SÃO BONS PALCOS PARA EXPERIMENTAR EQUIPAMENTO EM VIRTUDE DE POSSUÍREM PROGRAMAS MUITO DIVERSIFICADOS AO NÍVEL DAS ATIVIDADES. NESTA EDIÇÃO IREMOS APRESENTAR UM CONJUNTO DE EQUIPAMENTOS DA QUECHUA DIRIGIDOS PARA O SEGMENTOS DOS ADOLESCENTES E, MAIS UMA VEZ, OPTÁMOS POR ESCOLHER VESTUÁRIO COM UMA BOA RELAÇÃO QUALIDADE / PREÇO. DURANTE 4 DIAS, COM CONDIÇÕES METEOROLÓGICAS DIVERSIFICADAS (CHUVA, CALOR E FRIO) E EM DIFERENTES TIPOS DE TERRENO, UM RAPAZ DE 11 ANOS COLOCOU À PROVA A NOSSA SELEÇÃO, UM INVESTIMENTO DE 97,92 EUROS. DIARIAMENTE, CAMINHOU-SE UMA MÉDIA DE 11 A 12 KM E O BALANÇO FINAL É MUITO POSITIVO. OS ARTIGOS EXPERIMENTADOS TIVERAM UM BOM COMPORTAMENTO E CUMPRIRAM COM AS CARACTERÍSTICAS QUE O FABRICANTE ANUNCIAVA.

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1- CASACO IMPERMEÁVEL DE CAMINHADA QUECHUA HIKE 100 O casaco impermeável de caminhada para criança protege da chuva e corta o vento. Trata-se de um produto muito prático devido ser compacto, arrumar-se no próprio bolso e poder ser usado como bolsa à cintura. O casaco é simples e fabricado em 100.00% Poliéster. Na nossa experimentação só, num dia, é que choveu com pouca intensidade mas, foi como corta-vento que o casaco foi mais utilizado. BENEFÍCIOS DO PRODUTO Impermeabilidade: Revestimento impermeável (2 000 mm). Costuras principais estanques; Respirabilidade: Revestimento resistente à água (RET=12): limita a condensação no vestuário; Compacidade: Arruma-se no próprio bolso, pode usar-se como bolsa à cintura; Leveza: Pesa apenas 176 g no tamanho para 10 anos; Durabilidade: Garantia 2 anos. Preço de referência: 12,99 Euros.


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2 - CASACO POLAR DE CAMINHADA QUECHUA HIKE 200 (AZUL) Um artigo indispensável para caminhar: polar quente, confortável e fácil de vestir, graças ao seu fecho de correr integral. Seca rapidamente e não ocupa espaço no fundo da mochila. O polar é 100.00% Poliéster. Sem dúvida uma peça muito útil, mesmo na primavera. Utilizámos apenas com uma t-shirt por baixo e foi muito útil nos inícios da manhã e no final do dia e noite. BENEFÍCIOS DO PRODUTO Calor: Micropolar cardado face dupla densidade 200 g/m²; Respirabilidade: Malha em poliéster: liberta o vapor de água gerado pelo corpo (RET=6,3); Leveza: Pesa 240 g no tamanho 10 anos e compressível para levar no fundo da mochila; Facilidade de manutenção / limpeza: Lavável na máquina a 40ºC, secagem rápida, não passar a ferro pois não amarrota. Preço de referência: 9,99 Euros.


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3 - CALÇÕES DE CAMINHADA QUECHUA HIKE 500 Calções de caminhada de rapaz com bolsos múltiplos, confortáveis e resistentes. Concebidos para eliminar a transpiração na zona lombar, a pensar nos jovens praticantes regulares. Composição Bolso: 100.00% Poliéster; Tecido principal: 35.00% Poliéster, 65.00% Algodão; Tecido das costas: 100.00% Poliamida. BENEFÍCIOS DO PRODUTO Durabilidade: Tecido resistente à abrasão criada no contacto com os elementos naturais; Leveza: Pesa apenas 165 g no tamanho para 10 anos; Rapidez de secagem: Material respirável e malha de rede na zona das costas p/eliminar a transpiração; Proteção solar: Material principal UPF 50+ que bloqueia pelo menos 99% dos UVA e UVB; Facilidade de manutenção / limpeza: Lavar na máquina a 30°, secar ao ar livre ou na máquina c/ temperatura moderada. Preço de referência: 12,99 Euros.


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4 - CALÇAS DE CAMINHADA MODULÁVEIS QUECHUA HIKE 900 Concebido para os praticantes de caminhada regular que necessitam de umas calças técnicas e moduláveis consoante o tempo e o esforço. São simultaneamente técnicas, respiráveis, leves e convertíveis em calções para se adaptarem à meteorologia e ao esforço. Uma peça fundamental devido à sua versatilidade de utilização. Muito prático para quem, nas caminhadas, encontra ribeiras para atravessar como foi no nosso caso. Composição Bolso: 100.00% Poliéster; Tecido principal: 100.00% Poliamida. BENEFÍCIOS DO PRODUTO Modularidade: Calças transformáveis em calções, graças aos fechos. Cintura ajustável; Respirabilidade: Material que garante a transferência da humidade e a secagem rápida; Proteção solar: Protegem dos raios solares quando usadas como calças (tecido UPF 40+); Durabilidade: Garantia de 2 anos. Preço de referência: 19,99 Euros.


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5 - T-SHIRT DE CAMINHADA QUECHUA HIKE 900 T-Shirt que proporciona uma melhor ventilação e proteção solar, mesmo em caminhadas intensivas. Nas nossas caminhadas o tronco manteve-se sempre seco (sem suor) mesmo com temperaturas mais elevadas. Composição Região das axilas (tecido): 75.00% Poliamida, 25.00% Elastano; Tecido principal: 100.00% Poliéster. BENEFÍCIOS DO PRODUTO Rapidez de secagem: Secagem rápida garantida p/os jovens praticantes graças ao material de poliéster; Ventilação: Aplicações malha de rede nas axilas e meio fecho p/ ventilar durante a prática; Leveza: Pesa apenas 83 g no tamanho para 10 anos; Proteção solar: Material principal UPF 50+ que bloqueia pelo menos 99% dos UVA e UVB. Preço de referência: 8,99 Euros.


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6 - MEIAS DE CAMINHADA NA NATUREZA QUECHUA ARPENAZ 100 MID Estas meias de caminhada estão concebidas para proteger os pés, proporcionar o máximo conforto e manter os pés secos durante as caminhadas em planície. A composição das meias é 48.00% Poliamida, 03.00% Elastano, 49.00% Algodão. BENEFÍCIOS DO PRODUTO Conforto de utilização: O conforto do algodão penteado (49%) e da malha turca sob o pé; Eliminação da transpiração: Zona de malha arejada e fibras sintéticas para eliminar a transpiração; Resistência: Fio em poliamida com vários filamentos para maior resistência; Rapidez de secagem: Meias com 49% de algodão; demoram a secar. Preço de referência: 6,99 Euros (2 pares).


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7 - BONÉ DE CAMINHADA QUECHUA HIKE 500 Este boné leve e anti UV com proteção da nuca garante uma proteção muito eficaz contra o sol. Nas noites e manhãs mais frias protege também, a cabeça das temperaturas mais baixas. BENEFÍCIOS DO PRODUTO Proteção solar: Tecido UPF 40+ bloqueia pelo menos 97% dos UVA e UVB. Proteção da nuca amovível; Rapidez de secagem: Mantém-se seco durante todo o dia graças ao material de poliamida; Adaptabilidade morfológica: Ajuste atrás para se adaptar a todas as cabeças. Proteção da nuca amovível; Respirabilidade: Arejamentos em malha de rede para uma boa respirabilidade; Durabilidade: Material ripstop. Garantia 2 anos. Preço de referência: 5,99 Euros.


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8 - CALÇADO DE CAMINHADA QUECHUA CROSSROCK Trata-se de um sapato prático concebido para a caminhada de montanha de um dia inteiro, com tempo seco, em caminhos fáceis. Para utilização regular. Composição Parte superior em malha de rede. Sola intermédia em EVA, sola de desgaste em borracha. Interior do cano em tecido. BENEFÍCIOS DO PRODUTO Tração: Sola de borracha reforçada nas zonas de desgaste; Durabilidade: Sola muito envolvente e cano reforçado para uma maior resistência; Amortecimento: Amortecimento integral graças à sola intermédia em EVA em toda a extensão do pé; Leveza: 245 g o pé, no tamanho 36. Preço de referência: 19,99 Euros.


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COIMBRA, PERCURSOS POR ESPAÇOS E JARDINS COM HISTÓRIA

PERCURSO 3: DA TRAIÇÃO AO CHOUPAL, PELAS LÁGRIMAS DE INÊS Texto e Fotografia: António José Soares


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Panorâmica sobre o rio e o Parque Manuel Braga a partir da antiga muralha na couraça de Lisboa.

“(...)COM O PROPÓSITO DE PARTIR À REDESCOBERTA DA DIVERSIDADE DE JARDINS E MONUMENTOS DE COIMBRA E BOSQUES DA SUA ÁREA CIRCUNDANTE.(..)"

Aqueduto de D. Sebastião – “Arcos do Jardim”


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Parque Manuel Braga – Parque da Cidade. imagem captada no outono.

Panorâmica a partir da ponte de Pedro e Inês.


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A ponte pedonal de Pedro e de Inês projecto de Cecil Balmond

Foi com o propósito de partir à redescoberta da diversidade de jardins e monumentos de Coimbra e bosques da sua área circundante que iniciei a série de três artigos alusivos ao tema “percursos por espaços e jardins com história”, que agora concluo com uma viagem que terá o seu epílogo na Mata Nacional do Choupal, tão querida de conimbricenses para fruição de momentos de lazer. A Mata é um local de eleição para a prática das mais diversas actividades lúdicas e desportivas, com uma área aproximada de cem hectares, na margem direita do rio Mondego, numa extensão de cerca de dois quilómetros e com uma largura máxima de quatrocentos metros. Tendo saído da Porta da Traição, nas proximidades do Aqueduto de D. Sebastião, popularmente designado por Arcos do Jardim, Botânico, desci a íngreme Couraça de Lisboa numa soalheira tarde de Inverno, continuei pela Couraça da Estrela, disse adeus ao Mata Frades e prossegui para o Parque Manuel Braga, cons-

truído no século XX, ao longo do rio Mondego, a montante da Ponte de Santa Clara, cujo projecto se ficou a dever ao arquitecto, paisagista e floricultor Jacinto de Matos. A meio do Parque foi colocado um belo coreto, interessante pelos pormenores decorativos do ferro, que tinha sido projectado e construído em 1904 para outro local, por Silva Pinto. Das várias peças escultóricas no parque destaca-se a de Antero de Quental e, por ser a mais recente, a do patriarca do Serviço Nacional de Saúde”, o causídico e político António Arnaut. Há ainda lugar para uma referência à evocação de Florbela Espanca, saída do hábil cinzel do escultor galego Jesus Martinez, bem como a escultura em bronze dedicada à obra literária de Manuel Alegre, da autoria de Francisco Simões. É justo que se refira o cuidado dos trabalhadores municipais na preservação do coberto vegetal e na minúcia e o seu empenho em manter os canteiros soberbamente arranjados e decorados, apesar dos maus tratos e actos de vandalismo a


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A cidade vista da margem esquerda, o antigo choupalinho.

que o parque muitas vezes é submetido. Continuando ao longo do rio, pela sua margem direita, para montante, foi construído o Parque Verde em 2004, no âmbito do Programa Polis, que acaba por ser o prolongamento do parque Manuel Braga, construído no início do século passado. Projectado pelo arquitecto Camilo Cortesão, pretendeu ligar a cidade ao rio, numa requalificação urbanística abrangendo as duas margens, onde foram construídas ciclovias, pistas de remo, espaços de restauração, amplos espaços verdejantes e, sem dúvida a sua construção mais icónica e importante: projecto da autoria de Cecil Balmond e Adão da Fonseca, a ponte pedonal de Pedro e Inês que une as duas margens numa extensão de duzentos e setenta e cinco metros, por quatro metros de largura. A ponte, reflectindo esse amor trágico, desenvolve-se numa anti-simetria que apenas ao centro permite a união das duas metades desencontradas. Também os vidros que compõem as guardas laterais jogam com quatro cores dis-

tintas, criando um efeito deslumbrante quando a noite desce pelo vale. Prossegui, assim, pela Ponte de Pedro e Inês na direcção da Quinta das Lágrimas, onde a Natureza casa a história e a lenda. O palco dos amores de Pedro e Inês, bem como da tragédia que sobre eles se abateu, era conhecido no século XIV com o nome de Quinta do Pombal e confinava com os limites do Mosteiro de Santa Clara-a-Velha. A essência poética que emana do seu enquadramento natural e arquitectónico, ladeado por frondoso bosque, pontuado por tanques, regatos e simulações de ruínas góticas, construídas nas primeiras décadas do século XVIII, aquando da edificação do palácio, do arranjo da mata e da remodelação do tanque da Fonte dos Amores, por iniciativa de D. Miguel Osório Cabral de Alarcão, em ligação com uma progressiva construção poética do romance e morte de Inês, quer através da tradição popular, quer das obras de maior erudição, deram aso ao


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Parque de Santa Cruz - Escadรณrio

Fonte das lรกgrimas.


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Tanque da fonte das lágrimas

Quinta das lágrimas, Jardins, ao fundo as ruínas góticas simuladas.


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Ciclovia e caminhos de Santiago

Mata nacional do choupal, arbusto de origem japonesa.


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Jardim Botânico – panorâmica do patamar inferior

Jardim Botânico - vista para a mata e antigo Colégio de São Bento


nome actual da quinta. O palacete de traça setecentista, hoje um magnífico hotel de charme, único na cidade de Coimbra a ostentar a categoria de cinco estrelas, destaca-se evidentemente, mas são os esplêndidos jardins, muito melhorados nos últimos anos, fontes, tanques, ruínas de aparato e, nunca será demais repeti-lo o bosque frondoso e refrescante, testemunha de quantas paixões e amores. Na verdade abundam pela cidade míticos locais adequados a refugio de namorados, retiro de poetas ou simplesmente destinados à beleza e à meditação. Acompanhando o rio, agora para jusante, enveredei novamente pelo Parque Verde, na margem esquerda, espreitando o Mosteiro de Santa Clara-a-Velha, mas prosseguindo pelo “Choupalinho”, situado a montante da ponte, sempre pela margem esquerda, por uma velha ciclovia, que brevemente dará lugar a uma mais extensa e com melhores condições de circulação para ciclistas. No açude ponte, ainda sem a travessia destinada a peões e ciclistas que em breve irá surgir, troquei novamente de margem, entrando, por fim, na Mata Nacional do Choupal. Foi sob a direcção do Padre Estevão Cabral, que no início do século XIX começou a ser plantada a mata, para fixação e defesa do encanamento artificial do rio, com o objectivo de quebrar a impetuosidade das suas cheias e o amontoar das areias nos terrenos de cultivo. Nascido da necessidade de domar o Bazófias, corre-lhe a todo o comprimento, ao longo do rio e a pouca distância deste, uma rua principal de onde partem inúmeras veredas e caminhos coleantes. A acompanhar veredas e caminhos, árvores de altas copas oferecem, principalmente no Verão um retemperador retiro. São dignos de atenção belos exemplares de plátanos, eucaliptos, acácias, loureiros, faias, ailantos e outras espécies, sendo também possível encontrar laranjeiras e macieiras. Hoje o Choupal é o ponto de reunião de um grande número de conimbricenses, na sua maior

parte a praticar desporto, corrida, bicicleta, ténis e basquetebol. Causa alguma preocupação o seu uso intensivo, contudo tem sido observado ultimamente um maior cuidado do Instituto da Conservação da Natureza na manutenção e preservação de tão importante pulmão. Ao mesmo tempo que se saúda este incremento, exige-se ainda mais, porque muito ainda há a fazer em prol de um espaço tão digno. Se no primeiro artigo comecei com um poema de António Nobre, termino a série de artigos com o poeta que melhor en(cantou).

Ó choupo magro e velhinho, Corcundinha, todo aos nós, És tal qual meu avozinho: Falta-te apenas a voz. Fui plantar o teu cabelo Entre os choupos, no Choupal, E nasceu, anda lá vê-lo, Um choupinho tal e qual. Ó boca dos meus desejos Onde o padre não pôs sal, São morangos os teus beijos, Melhores que os do Choupal! António Nobre, Só

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