Um Garoto Chamado Rorbeto

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O livro conta a comovente história de Rorbeto, um menino diferente, não só no nome. Ele aprendeu muitas coisas sozinho, inclusive a contar os amigos na ponta dos dedos.

Papai, Mamãe, o cãozinho Filé e mais três amigos. É aí que vem a surpresa: ele tem a mão direita diferente da esquerda!

Rorbeto sentiu-se muito mal com essa descoberta, e ficou com muita vergonha de mostrar sua mão para a família e os amigos. Mas Gabriel oPensador nos faz repensar: ser diferente não é ruim. Somos todos diferentes, e são essas diferenças que nos fazem especiais, cada um de seu jeito.

G a B r I e L O P e n S a D O r

um GarOTO CHamaDO

RO Be TO R

um G ar OTO CH ama DO
RO B e TO R G a B r I e L O P en S a DO r
ISBN 978-85-06-08707-7 ISBN 978-85-06-08707-7

um garoto chamado

RO B e TO R

G a B r I e L O P e n S a D O r

ILUSTRAÇÕES DanIeL BuenO

um GarOTO CHamaDO RO Be TO R

O tempo passou feito o rio, correndo, fazendo o Rorbeto crescer.

E um dia ele quis ensinar o seu pai, já velhinho, a ler e a escrever.

O pai, que nunca teve escola, gostou da ideia e pegou uma caneta;

Rorbeto lembrou-se, sorrindo, do dia em que fez sua primeira letra.

melhor: 6
Vez uma era... Quer dizer: Uma era vez... Ou

Vez era uma...

(Agora
7
Desculpem: Era uma vez...
sim!)

Era uma vez um menino que era muito atrapalhado.

O nome dele era esquisito, porque foi escrito errado.

É que o pai também se atrapalhava sempre, sem parar,

E lhe deu um nome com uma letra

Fora do lugar.

Quando o menino nasceu, O Doutor viu que era homem

E falou para os pais dele:

“Já escolheram o nome?”

Mas seu pai não tinha tido escola.

Era analfabeto.

Não sabia nem falar direito.

E falou...

O Doutor tava com pressa.

E anotou assim correndo.

O seu pai ficou olhando Como se estivesse lendo, Mas não entendia as letras

Porque não sabia ler.

O Doutor mostrou pro pai:

“O nome é esse?”

Pode ser.

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A mãe tava tão feliz

Que nem prestou atenção.

Esperou por nove meses, Com o bebê no coração, E ele nasceu com saúde, Trazendo orgulho e amor.

“Bem-vindo seja Rorbeto, Obrigada, tchau, Doutor!”

A família do Rorbeto

Morava bem escondida, Num lugar quase deserto, Com chão de terra batida.

Lá não tinha nenhum carro, Muito menos avião, E todos os moradores

Se tratavam como irmãos.

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A vila era bem pequena, na beira de um velho rio.

Os homens pescavam nele, o pai de Rorbeto e os tios.

Viviam todos como se fossem irmãos dos pais de Rorbeto, Pra todos ele era um novo sobrinho, pra alguns, um neto.

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