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Aprovada resolução sobre formatação e entrega de dados multifísicos à ANP

visão sobre aumento das receitas de royalties e participações especiais, surge uma oportunidade para o estado trabalhar sua missão, de melhorar o ambiente de negócios e atrair investimentos. Por isso, é tão importante o olhar para a equiparação das alíquotas de ICMS sobre os derivados de petróleo com os estados que fazem fronteira ao Rio de Janeiro.

No olhar mais amplo, o tratamento equiparado deve ser para todas as fontes de energia, no sentido de posicionar o Rio em condições de competitividade, criando boa sinalização de que o estado pode ser o parceiro da indústria na retomada econômica. Assim, a valorização da cultura industrial se traduz na valorização do agente que de fato cria o emprego e gera renda.

As razões para o otimismo são calcadas em novos investimentos, que vêm se confirmando. Segundo levantamento feito pela gerência de Petróleo, Gás e Naval da Firjan, cinco multinacionais preveem uma injeção de pelo menos R$ 13,2 bilhões na Bacia de Campos. Isso por conta do processo de desinvestimento da Petrobras, que resultaram no leilão de 17 campos de petróleo da região.

Somam-se a esses movimentos, o Promar – Programa de Revitalização e Incentivo à Produção de Campos Marítimos –, do Ministério de Minas e Energia (MME), busca criar mecanismos de incentivo, para atrair diferentes empresas na exploração dos campos maduros, como é em sua maioria o caso da Bacia de Campos. Com infraestrutura instalada e reservatórios descobertos, os campos maduros oferecem oportunidade de acesso a volumes remanescentes de óleo e gás, com investimentos menores – com potencial, portanto, de reanimar a exploração de petróleo na região.

Como resultado dos desinvestimentos da Petrobras, há também que se tratar as condições de entrada dos novos agentes nessas áreas. O estado do Rio de Janeiro precisa estar atento aos novos desafios, associados a esse ambiente, e fortalecer sua parceria com a indústria.

A Diretoria da ANP aprovou resolução que revisa o Padrão ANP2B, que estabelece os procedimentos para formatação e entrega de dados multifísicos ao Banco de Dados de Exploração e Produção (BDEP) da Agência, até então regulado pela Resolução ANP nº 09, de 2005.

A revisão buscou simplificar o processo, e adaptar a norma às novas tecnologias, aos padrões técnicos internacionais, e às melhorias de infraestrutura e gestão de dados implementadas no BDEP. Além disso, com a revisão do Padrão ANP2B, a ANP contribui para a transformação digital no setor de petróleo, gás natural e bicombustíveis no Brasil.

Os dados multifísicos, em se tratando do segmento de exploração e produção (E&P), são os dados geofísicos nãosísmicos. Suas tecnologias estão associadas aos métodos de aquisição e processamento de dados gravimétricos (gravimetria), magnetométricos (magnetometria), eletromagnéticos, magnetotelúrico, transiente eletromagnético, batimetria de multifeixe (multibeam), perfilagem de subfundo e fluxo de calor, entre outros.

São dados utilizados para integrarem as pesquisas exploratórias, junto ao método sísmico. A partir dessa integração, é possível identificar feições estruturais e estratigráficas de uma bacia sedimentar, para maximizar as possibilidades de sucesso na locação e perfuração de um poço. Em alguns casos, os dados eletromagnéticos são utilizados para auxiliar também no imageamento do Pré-sal, e em monitoramento de reservatórios petrolíferos.

De forma geral, as empresas que geram esses tipos de dados são comumente conhecidas como empresas de aquisição e processamento de dados (EADs). No entanto,

Mapa gravimétrico/SBGF – imagem meramente ilustrativa

as operadoras (concessionárias de E&P) são consideráveis participantes neste setor. Em outras situações, universidades e instituições de pesquisa também realizam trabalhos que geram e consomem dados técnicos multifísicos.

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