23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 36 37 38 39 40 41
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Durante trinta anos atuando como projetista de instalações, o engenheiro Roberto de Carvalho Júnior constatou vários problemas de compatibilização entre os projetos arquitetônico, estrutural e de instalações hidráulicas e elétricas. Como professor da disciplina de instalações prediais em faculdades de Arquitetura e Urbanismo, o autor observou a carência e a importância de uma bibliografia que atendesse às necessidades de aprendizado e consulta sobre as interfaces físicas e funcionais do projeto arquitetônico com as instalações elétricas prediais. Na parte 1, do presente livro, são apresentados os principais conceitos das instalações elétricas prediais bem como das instalações de telefonia, com enfoque na arquitetura. Na parte 2 são abordadas as principais interfaces, novas tecnologias e conceitos dessas instalações com o projeto arquitetônico. Este livro foi desenvolvido com a finalidade de apresentar ao arquiteto, projetistas e alunos do curso de Arquitetura e Urbanismo uma visão conceitual mais didática, prática e simplificada de instalações prediais elétricas e de telefonia, bem como mostrar a necessidade da integração dessas instalações com os demais subsistemas construtivos envolvidos na construção do edifício.
ROBERTO DE CARVALHO JÚNIOR
ROBERTO DE CARVALHO JÚNIOR É engenheiro civil, licenciado em Matemática, com habilitação em Física e Desenho Geométrico. Pós-graduado em Didática do Ensino Superior e mestre em Arquitetura e Urbanismo. Projetista de instalações prediais, desde 1982, já elaborou inúmeros projetos de edificações de médio e de grande porte, executados em várias cidades do Brasil.
INSTALAÇÕES ELÉTRICAS
Desde 1994, atua na área acadêmica, em faculdades de Arquitetura e Urbanismo, como professor universitário das disciplinas de instalações prediais e infraestrutura urbana. É palestrante e autor de artigos e publicações em diversos jornais e revistas do país voltadas à construção civil, falando especificamente sobre assuntos relacionados a sua área de atuação.
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5.ª edição revista e ampliada
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Instalações elétricas prediais Fornecimento de energia elétrica Padrão de entrada Equipamentos de utilização de energia elétrica Tensão e corrente elétrica Potência elétrica Potência elétrica total instalada Quadro de distribuição de circuitos Prumadas elétricas e caixas de passagem Circuitos da instalação Aterramento do sistema Dispositivos de proteção para baixa tensão Componentes utilizados nas instalações Dispositivos de manobra Tomadas de corrente Aparelhos de iluminação Instalações prediais de telefonia Simbologia básica O quadro de medição de energia no projeto arquitetônico Os equipamentos e suas interfaces com a arquitetura Pontos de elétrica em instalações residenciais Instalações de antenas e suas interfaces com as redes elétricas Instalações de para-raios e suas interfaces com a arquitetura Adequação das instalações para portadores de necessidades especiais Luminotécnica O consumo de energia em residências Sistemas de condicionamento de ar Os refrigeradores e balcões frigoríficos Previsão de cabinas de força no projeto arquitetônico Casa de bombas no projeto arquitetônico Previsão de shafts e áreas técnicas Elevador elétrico Novos conceitos e tecnologias em sistemas prediais Avanços tecnológicos no suprimento de energia Edifícios inteligentes (com alta tecnologia) Instalações elétricas em alvenaria estrutural Instalações elétricas em Sistema Drywall Instalações elétricas em Sistema Steel Frame Instalações elétricas em Sistema Wood Frame Instalações elétricas em Sistema Construtivo Concreto + PVC Referências bibliográficas
CARVALHO JÚNIOR
1 2 3 4
ediç mpli
www.blucher.com.br
ISBN 978-85-212-0815-0
9 7 8 8 5 2 1 208150
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CONTEÚDO
PARTE I – INSTALAÇÕES ELÉTRICAS PREDIAIS 1
INSTALAÇÕES ELÉTRICAS PREDIAIS .............................. Considerações gerais ..........................................................
21 21
2
FORNECIMENTO DE ENERGIA ELÉTRICA ...................... Limites para fornecimento ................................................. Ligação monofásica .................................................... Ligação bifásica .......................................................... Ligação trifásica ......................................................... Ligações de cargas especiais .....................................
23 25 25 26 26 27
3
PADRÃO DE ENTRADA ..................................................... Ramal de ligação ................................................................. Poste particular e pontalete ............................................... Quadro de medição .............................................................
28 32 40 42
4
EQUIPAMENTOS DE UTILIZAÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA ............................................................................ Instalação de equipamentos............................................... Instalação de aparelhos especiais......................................
46 47 48
5
TENSÃO E CORRENTE ELÉTRICA ..................................... As variações de tensões e os aparelhos bivolt ..................
49 49
6
POTÊNCIA ELÉTRICA ........................................................ Fator de potência ................................................................
50 51
7
POTÊNCIA ELÉTRICA TOTAL INSTALADA ...................... O cálculo do consumo .........................................................
52 56
8
QUADRO DE DISTRIBUIÇÃO DE CIRCUITOS............... Localização no projeto arquitetônico ................................
57 64
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9
PRUMADAS ELÉTRICAS E CAIXAS DE PASSAGEM........
66
10 CIRCUITOS DA INSTALAÇÃO.......................................... Circuitos de distribuição .................................................... Circuitos terminais ............................................................. Divisão da instalação em circuitos terminais ................... Potência por circuito...........................................................
69 69 70 71 74
11 ATERRAMENTO DO SISTEMA ......................................... Aterramento da entrada consumidora .............................. Barramento equipotencial (BEQ)...................................... Aterramento do quadro de distribuição de energia ......... Aterramento dos aparelhos eletrodomésticos...................
75 76 76 79 80
12 DISPOSITIVOS DE PROTEÇÃO PARA BAIXA TENSÃO
81
13 COMPONENTES UTILIZADOS NAS INSTALAÇÕES ..... Eletrodutos .......................................................................... Caixas .................................................................................. Condutores de eletricidade ................................................
85 86 91 96
14 DISPOSITIVOS DE MANOBRA ........................................ Seccionador ......................................................................... Interruptores ....................................................................... Interruptor simples .................................................... Interruptor paralelo.................................................... Interruptor intermediário .......................................... Interruptor controlador de luz ................................... Minuterias ................................................................... Interruptores temporizados ....................................... Pulsadores................................................................... Interruptores remotos ................................................ Esquemas de ligação e fiação de interruptores ........ Contactores e chaves magnéticas ...................................... Chave-boia .......................................................................... Campainha ou cigarra ........................................................ Sensor de presença .............................................................
102 102 102 104 104 104 104 105 105 105 105 106 108 108 108 108
15 TOMADAS DE CORRENTE ............................................... Tomadas de uso geral ......................................................... Tomadas de uso específico ................................................. Quantidade mínima de tomadas ........................................ Tomadas de uso geral ......................................................... Instalações residenciais ............................................. Instalações comerciais ...............................................
109 109 110 111 112 112 113
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Potência mínima das tomadas de uso geral.............. Tomadas de uso específico ................................................. Exemplo de aplicação ................................................. Esquemas de ligação e fiação de tomadas ........................
113 113 114 117
16 APARELHOS DE ILUMINAÇÃO ........................................ Tipos de luminárias segundo a forma de aplicação da luz Tipos de lâmpadas .............................................................. Cálculo de iluminação ........................................................
120 121 122 131
17 INSTALAÇÕES PREDIAIS DE TELEFONIA........................ Considerações gerais .......................................................... Entrada telefônica............................................................... Poste particular para entrada telefônica .................. Caixa externa para entrada telefônica...................... Aterramento................................................................ Ramal de entrada telefônica .............................................. Entrada aérea ............................................................. Entrada subterrânea .................................................. Prumada telefônica ............................................................. Caixas de distribuição ........................................................ Caixas de saída.................................................................... Tomadas de telefonia .......................................................... Critério para previsão de pontos telefônicos .................... Critério para previsão de caixas de saída ......................... Fio telefônico ....................................................................... Canaletas de piso ................................................................ Caixas de derivação ............................................................ Simbologia utilizada............................................................
136 136 137 139 141 142 142 143 144 144 148 151 153 153 154 155 156 157 158
18 SIMBOLOGIA BÁSICA ....................................................... 159
PARTE II – AS INSTALAÇÕES ELÉTRICAS E SUAS INTERFACES COM O PROJETO ARQUITETÔNICO 19 O QUADRO DE MEDIÇÃO DE ENERGIA NO PROJETO ARQUITETÔNICO ..................................... 167 20 OS EQUIPAMENTOS E SUAS INTERFACES COM A ARQUITETURA ............................................................... 171 21 PONTOS DE ELÉTRICA EM INSTALAÇÕES RESIDENCIAIS .................................................................... 175 Sala .......................................................................... 176 Escritório .......................................................................... 177
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Quarto .......................................................................... Terraço .......................................................................... Banheiros .......................................................................... Cozinha .......................................................................... Área de serviço ................................................................... Pontos externos ..................................................................
177 177 178 181 185 185
22 INSTALAÇÕES DE ANTENAS E SUAS INTERFACES COM AS REDES ELÉTRICAS.............................................. 186 23 INSTALAÇÕES DE PARA-RAIOS E SUAS INTERFACES COM A ARQUITETURA ..................................................... 189 24 ADEQUAÇÃO DAS INSTALAÇÕES PARA PORTADORES DE NECESSIDADES ESPECIAIS............... 192 25 LUMINOTÉCNICA.............................................................. Interfaces da iluminação com a superfície de trabalho ... Interfaces da iluminação com o projeto arquitetônico ..... Iluminação residencial........................................................ Iluminação comercial e administrativa ............................. Iluminação industrial .........................................................
194 195 197 199 201 202
26 O CONSUMO DE ENERGIA EM RESIDÊNCIAS .............. Os vilões do consumo ......................................................... A iluminação e o consumo de energia ............................... Aquecimento de água: como gastar menos .......................
203 204 208 209
27 SISTEMAS DE CONDICIONAMENTO DE AR ................. 211 28 OS REFRIGERADORES E BALCÕES FRIGORÍFICOS ...... 214 29 PREVISÃO DE CABINAS DE FORÇA NO PROJETO ARQUITETÔNICO.............................................................. 215 Localização das cabinas ..................................................... 216 Tipos de cabinas ................................................................. 216 30 CASA DE BOMBAS NO PROJETO ARQUITETÔNICO... 218 31 PREVISÃO DE SHAFTS E ÁREAS TÉCNICAS ................... 220 32 ELEVADOR ELÉTRICO ....................................................... 223 Novas tecnologias para o transporte vertical.................... 224
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33 NOVOS CONCEITOS E TECNOLOGIAS EM SISTEMAS PREDIAIS ............................................................................. 226 Novos componentes e equipamentos ................................. 227 Cabeamento estruturado.................................................... 231 34 AVANÇOS TECNOLÓGICOS NO SUPRIMENTO DE ENERGIA.............................................................................. 234 Sistemas de cogeração de energia ..................................... 235 Sistema direto de alimentação de energia ........................ 237 35 EDIFÍCIOS INTELIGENTES (COM ALTA TECNOLOGIA) ... 238 Sistema de automação predial ........................................... 240 36 INSTALAÇÕES ELÉTRICAS EM ALVENARIA ESTRUTURAL ...................................................................... 246 37 INSTALAÇÕES ELÉTRICAS EM SISTEMA DRYWALL ...... 250 38 INSTALAÇÕES ELÉTRICAS EM SISTEMA STEEL FRAME ...................................................................... 252 39 INSTALAÇÕES ELÉTRICAS EM SISTEMA WOOD FRAME ................................................................... 256 40 INSTALAÇÕES ELÉTRICAS EM SISTEMA CONSTRUTIVO CONCRETO + PVC ............................... 259 41 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ..................................... 261
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Considerações Gerais
INSTALAÇÕES ELÉTRICAS PREDIAIS CONSIDERAÇÕES GERAIS O projeto de instalações elétricas prediais é uma representação gráfica e escrita do que se pretende instalar na edificação, com todos os seus detalhes e a localização dos pontos de utilização (luz, tomadas, interruptores, comandos, passagem e trajeto dos condutores, dispositivos de manobras etc.). Quando bem elaborado e corretamente dimensionado, com materiais de qualidade comprovada e também integrado de uma forma racional, harmônica e tecnicamente correta com os projetos técnicos complementares, o projeto de instalações elétricas gera significativa economia na aquisição de materiais e na execução das instalações, além de evitar o superdimensionamento (ou sub) de circuitos, disjuntores desarmados, falta de segurança nas instalações (incêndios, perda de equipamentos, choques elétricos) e dificuldade para a execução das instalações desconformes com as normas vigentes. O tempo despendido na compatibilização do projeto arquitetônico com o de instalações elétricas será recuperado quando na execução de ambos, evitando desperdício de energia e o mau funcionamento dos aparelhos e equipamentos e permitindo fácil operação e manutenção de toda a instalação. Para facilitar a manutenção, o ideal é que o arquiteto proponha soluções a partir do projeto. Por esse motivo, é importante o acompanhamento dos projetistas de instalações já na fase de criação arquitetônica. Para a elaboração dos projetos deve ser consultada a concessionária de energia elétrica, que fi xa os requisitos mínimos indispensáveis para a ligação das unidades consumidoras. Além das normas da concessionária e das normas específicas aplicáveis, também devem ser consultadas as Normas Técnicas da ABNT, principalmente a NBR 5410 (Instalações Elétricas de
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Baixa Tensão – Procedimentos), que contém prescrições relativas ao projeto, à execução, à verificação final da obra e à manutenção das instalações elétricas.
Figura 1.1 Esquema de instalação elétrica.
Rede da concessionária em baixa tensão
os uit is rc ina i C rm te
Ramal de ligação Quadro de distribuição
Medidor
Circuito de alimentação principal Aterramento
Fonte: Prysmian
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Fornecimento de Energia Elétrica
FORNECIMENTO DE ENERGIA ELÉTRICA A concessionária estabelece diretrizes para o cálculo de demanda, dimensionamento de equipamentos e requisitos mínimos para os projetos, além de fi xar as condições técnicas mínimas e uniformizar as condutas para o fornecimento de energia elétrica. Antes do início da obra, o construtor deve entrar em contato com a concessionária fornecedora de energia elétrica para tomar conhecimento dos detalhes e das normas aplicáveis ao seu caso, bem como das condições comerciais para sua ligação e do pedido desta. Recomenda-se que as instalações elétricas internas após a medição atendam à Norma NBR 5410 – Instalações Elétricas de Baixa Tensão - Procedimentos, da ABNT. O fornecimento é feito pelo ponto de entrega, até o qual a concessionária se obriga a fornecer energia elétrica, com participação nos investimentos necessários e responsabilizando-se pela execução dos serviços, sua operação e manutenção. Para a rede de distribuição aérea, a localização física do ponto de entrega é o ponto de ancoragem do ramal de ligação aéreo na estrutura do cliente (poste particular, pontalete, fachada do prédio etc.). De acordo com a Norma Técnica “Fornecimento em Tensão Secundária de Distribuição” da CPFL (Companhia Paulista de Força e Luz) publicada em 30/11/2009, o ponto de entrega deve estar situado no limite com a via pública ou recuado no máximo a 1 m do limite de propriedade do cliente com a via pública, livre de obstáculos, e não cruzar com terrenos de terceiros.
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Instalações Elétricas e o Projeto de Arquitetura
Figura 2.1 Fornecimento de energia elétrica (detalhes das ligações do ramal de entrada do consumidor). Rede de Alta Tensão (13,8 kV)
Transformador
Fio para ligação de transformadores
Poste particular Rede de baixa tensão (220/127 V)
Ramal de ligação
Fio ou cabo para aterramento neutro de transformadores
Haste de aterramento Copperweld para aterramento de linhas de distribuição
Haste de aterramento Copperweld com pig-tail para aterramento de entrada de consumidores
Fonte: CPFL
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PADRÃO DE ENTRADA
*
É a instalação que compreende os seguintes componentes: ramal de entrada, poste particular ou pontalete, caixas, quadro de medição, proteção, aterramento e ferragens, de responsabilidade do cliente, que deve ser feita atendendo às especificações da norma técnica da concessionária para o tipo de fornecimento. A norma técnica referente à instalação do padrão de entrada e outras informações a esse respeito deverão ser obtidas na agência local da concessionária fornecedora de energia elétrica. Para evitar problemas no fornecimento de energia elétrica, o padrão de entrada deve ser dimensionado pelo engenheiro eletricista e executado por eletricistas capacitados. Todo poste deve vir com um traço demarcatório que indica até que ponto o poste deve ser enterrado. Esse traço, que fica a 1,35 m da base do poste, precisa ficar ao nível do solo para garantir a estabilidade e as alturas corretas. Uma vez pronto o padrão de entrada, compete à concessionária fornecedora de energia fazer a sua inspeção. Estando tudo dentro dos parâmetros da norma, a concessionária instala e liga o medidor e o ramal de serviço. Dessa forma, a energia elétrica entregue pela concessionária estará disponível para ser utilizada na edificação. Pelo circuito de distribuição, essa energia é levada do medidor até o quadro de distribuição, também conhecido como quadro de luz. Devem ser utilizados, para proteção geral da entrada consumidora, disjuntores termomagnéticos unipolares, para atendimento monofásico; bipolares, para atendimento bifásico; e tripolares, para atendimento trifásico.
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_ *(Norma Técnica: “Fornecimento em Tensão Secundária de Distribuição”. CPFL, 30/11/2009.)
A proteção geral deve ser localizada depois da medição e executada pelo cliente de acordo com o que estabelece a norma da concessionária local. Toda unidade consumidora deve ser equipada com um dispositivo de proteção que permita interromper o fornecimento e assegure a adequada proteção. De acordo com a CPFL, além da proteção geral instalada depois da medição, o cliente tem de possuir em sua área privativa um ou mais quadros para instalação
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As caixas de medição e proteção poderão ser feitas em chapa de aço pintada eletrostaticamente ou zincada, aço inoxidável, alumínio, policarbonato, resina poliéster reforçada com fibra de vidro, ferro fundido ou outro material não corrosível. Em regiões litorâneas, caso as caixas sejam fabricadas em chapa de aço, elas deverão ser zincadas.
Padrão de Entrada
de proteção para circuitos parciais, conforme prescrição da NBR 5410. Devem ser previstos dispositivos de proteção contra quedas de tensão ou falta de fase em equipamentos que, pelas suas características, possam ser danificados por essas ocorrências.
O bom fornecimento de energia também depende muito da conservação do padrão de entrada; por isso, é muito importante uma manutenção periódica. Deve-se pintá-lo, para evitar ferrugens; vedá-lo, pois a água das chuvas pode danificar a chave geral e o medidor de energia, provocando um curto-circuito; manter os conduítes em bom estado, sem estarem partidos ou mal emendados; manter o vidro do visor em ordem, sem quebras; não deixar insetos se instalarem na caixa do medidor etc. Os esquemas a seguir caracterizam a entrada de energia elétrica dentro de uma unidade consumidora.
Figura 3.1 Entrada de energia elétrica.
TERRENO Q.D.
Caixa de medição
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Ponto de entrega Calçada
Ponto de captação
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Rede elétrica
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Figura 3.2 Componentes da entrada de serviço. Trecho AB BC CD DE B
A
– Ramal de ligação até 30 m – Ramal de entrada embutido – Circuito alimentador embutido – Circuito alimentador aéreo – Ponto de entrega
Condutor do circuito alimentador aéreo isolado
Ponto de entrega B
Rede secundária de distribuição
E
Condutor do ramal de entrada
Condutor do ramal de ligação
Eletroduto do ramal de entrada
D
Medição e proteção
C
Poste particular
Cavidade para inspeção do aterramento
A — Com medição em poste particular
A
Trecho AB — Ramal de ligação até 30 m BC — Ramal de entrada embutido B — Ponto de entrega
Ponto de entrega Rede secundária de distribuição
Condutor do ramal de ligação
B
Condutor do ramal de entrada Eletroduto do ramal de entrada
Medição e proteção C
B — Com medição em muro
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Circuito alimentador embutido Cavidade para inspeção do aterramento
Fonte: CPFL
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EQUIPAMENTOS DE UTILIZAÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA Os equipamentos de utilização de energia elétrica, como ventilador, chuveiro elétrico, lâmpada etc., transformam a energia elétrica que os alimentam numa outra forma de energia (mecânica, térmica, luminosa etc.). Os equipamentos de utilização podem ser classificados como equipamentos de iluminação, equipamentos industriais e equipamentos não industriais*. Os equipamentos de iluminação, por exemplo, estão presentes em todos os tipos de instalações (residencial, comercial e industrial). São constituídos pelas fontes de luz propriamente ditas (lâmpadas) e pelos acessórios respectivos (luminárias, reatores etc.). Os equipamentos industriais são utilizados nas áreas de produção das indústrias como os equipamentos de força motriz (compressores, bombas, ventiladores, guindastes, elevadores etc.). Os equipamentos não industriais são utilizados em instalações residenciais, comerciais etc. Podem ser classificados em: aparelhos eletrodomésticos e de escritórios; equipamentos de ventilação e ar-condicionado (aquecedores centrais e de ambiente, sistemas de ventilação e ar-condicionado centrais etc.); equipamentos hidráulicos e sanitários (bombas-d’água, aquecedores de água por acumulação, bombas de esgoto etc.); equipamentos de transporte vertical (elevadores, monta-cargas e escadas rolantes); equipamentos de cozinhas industriais e comerciais; equipamentos especiais (usados em laboratórios, hospitais, centros de processamento de dados etc.).
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_ *(COTRIM, Ademaro A.M.B. Instalações Elétricas. 3.ª ed. São Paulo: Makrom Books, 1992.)
Todos os equipamentos de utilização são caracterizados por valores nominais, geralmente garantidos pelos fabricantes como potência nominal dada em watts (W), kilowatts (kW) ou CV, tensão nominal dada em volts (V) e corrente nominal dada em ampères (A).
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Energia elétrica
Equipamentos de utilização
Energia não elétrica
INSTALAÇÃO DE EQUIPAMENTOS Todos os equipamentos que utilizam energia elétrica devem ser instalados de modo a serem utilizados com segurança dentro da edificação. Conhecer o diâmetro (bitola) dos fios elétricos que são utilizados numa edificação e as condições dessa fiação, quanto a emendas e isolação, é muito importante, para evitar defeitos e danos às instalações e aos aparelhos elétricos.
Equipamentos de Utilização de Energia Elétrica
Figura 4.1 Equipamentos de utilização de energia elétrica.
Particularmente, em reformas ou adaptações de ambientes, o arquiteto deve tomar alguns cuidados para evitar problemas com a instalação de novos aparelhos e equipamentos elétricos. Por exemplo, se, ao ser ligado, um aparelho eletrodoméstico provocar choque, o problema pode ser falta de aterramento (fio terra) ou a instalação estar com curto-circuito. Para evitar que isso aconteça às instalações elétricas, estas devem ser vistoriadas periodicamente. Dessa forma, serão detectadas falhas na instalação. Uma instalação é insuficiente ou inadequada quando os disjuntores desarmam constantemente; as tomadas e os condutores aquecem; uma tomada que sirva para vários aparelhos; a ligação de um aparelho obriga o desligamento de outro; a utilização da extensão é necessária; a ligação de um aparelho provoca queda de tensão etc. Nesses casos, o arquiteto também deve providenciar uma nova instalação elétrica, evitando maiores problemas para o futuro. Para prevenir acidentes comuns, e até mais sérios, causados por problemas com a eletricidade, apresentam-se a seguir algumas dicas simples com relação à utilização dos aparelhos, mas que, se observadas com atenção, com certeza, evitarão alguns aborrecimentos: • Antes de ligar qualquer aparelho eletrodoméstico, leia com atenção as instruções sobre seu uso; • Nunca desligue um aparelho elétrico da tomada puxando o condutor (fio), pois, dessa maneira, poderá parti-lo e ocasionar um curto-circuito;
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*
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Tensão e Corrente Elétrica
TENSÃO E CORRENTE ELÉTRICA Nos fios de uma instalação elétrica, existem partículas invisíveis chamadas “elétrons livres” que estão em constante movimento, de forma desordenada. Para que esses elétrons passem a se movimentar de forma ordenada nos fios, é necessário ter uma força que os empurre. A essa força é dado o nome de “tensão elétrica”(U). Esse movimento ordenado dos elétrons livres nos fios, provocado pela ação da tensão, forma uma corrente de elétrons. Essa corrente de elétrons livres é chamada de “corrente elétrica”. Pode-se dizer então que “tensão” é a força que impulsiona os elétrons livres nos fios. Sua unidade de medida (que mede a tensão de uma ligação elétrica) é o volt (V). A maioria das cidades brasileiras usa a tensão fase-neutro, 127 V, e fase-fase, 220 V. Por outro lado, pode-se dizer que “corrente elétrica” é o movimento ordenado dos elétrons livres nos fios. Sua unidade de medida, que determina a quantidade de corrente elétrica que passa em um circuito, é o ampère (A). A voltagem (V) multiplicada pela amperagem (A) é igual à potência (W). É importante lembrar-se dessa fórmula na ligação dos aparelhos para não sobrecarregar as tomadas e não provocar um curto-circuito em uma instalação mal dimensionada.
AS VARIAÇÕES DE TENSÕES E OS APARELHOS BIVOLT As variações de tensão são comuns nas redes brasileiras. Para os aparelhos bivolt que trabalham com tensões de 90 a 240 volts, as variações de tensão não trazem prejuízo. Mas os que operam com apenas uma tensão podem sofrer avarias. É importante observar os aparelhos importados que não sejam bivolt. Os japoneses, por exemplo, operam com 100 V, o que os torna incompatíveis com o sistema brasileiro, que quase sempre adota 127 V. Não são raros os casos de aparelhos japoneses queimados à primeira conexão na tomada por causa da inobservância dessa particularidade.
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_ *(Instalações Elétricas Residenciais. Prysmian.)
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POTÊNCIA ELÉTRICA
*
Como foi visto, a tensão elétrica faz movimentar os elétrons de forma ordenada, dando origem à corrente elétrica. A corrente elétrica, por exemplo, faz uma lâmpada acender e se aquecer com certa intensidade. Essa intensidade de luz e calor percebida nada mais é do que a potência elétrica que foi transformada em potência luminosa (luz) e potência térmica (calor). Então, pode-se defi nir potência elétrica como a capacidade dos aparelhos de solicitar uma quantidade de energia elétrica em maior ou menor tempo e transformá-la em outro tipo de energia. Portanto, para haver potência elétrica (W), é necessário haver tensão e corrente elétrica. A tensão e a potência elétrica variam entre si de maneira direta. Para entender essa relação, basta observar uma lâmpada. Se diminuir a tensão elétrica (U), a lâmpada brilha e esquenta menos. Se aumentar a tensão elétrica, a lâmpada brilha e esquenta mais. Da mesma forma, a corrente e a potência elétrica variam entre si de maneira direta. Se diminuir a corrente elétrica, a lâmpada brilha e esquenta menos. Se aumentar a corrente, a lâmpada brilha e esquenta mais. Então, conclui-se que a potência é diretamente proporcional à tensão e corrente elétrica. Sendo assim, pode-se dizer que potência elétrica (P) é o resultado do produto da ação da tensão (U) e da corrente (i): P=U×I A unidade de medida da potência elétrica é o volt-ampère (VA). A essa potência dá-se o nome potência aparente, que é composta por duas parcelas: potência ativa e potência reativa.
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_ *(Instalações Elétricas Residenciais. Prysmian.)
A potência ativa é a parcela efetivamente transformada em: potência luminosa (lâmpada), potência mecânica (ventilador, liquidificador etc.) e potência térmica (chuveiro, torradeira etc.). A unidade de medida da potência ativa é o watt (W). A potência
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Geralmente, todo aparelho eletrodoméstico traz o valor da sua potência impresso em watts (W) ou quilowatts (kW). Quanto maior a potência elétrica de um aparelho, maior será sua eficiência. Contudo, maior será o consumo de energia elétrica. Por exemplo, um secador de cabelos de 1.000 watts é mais eficiente que outro de 600 watts, quando ligados por um mesmo tempo. O primeiro, porém, consome mais energia elétrica do que o segundo para produzir mais calor e movimento do ar. Uma lâmpada de 100 watts ilumina mais do que outra de 60 watts, mas consome mais energia elétrica para produzir energia luminosa (luz).
Potência Elétrica
reativa é a parcela transformada em campo magnético, necessária ao funcionamento de: motores, transformadores e reatores. A unidade de medida da potência reativa é o volt-ampère reativo (Var).
FATOR DE POTÊNCIA Como visto no item anterior, a potência ativa é uma parcela da potência aparente. Então, pode-se dizer que ela representa apenas uma porcentagem da potência aparente que é transformada em potência luminosa, mecânica ou térmica. A essa porcentagem que efetivamente é transformada em outro tipo de energia dá-se o nome de fator de potência. Nos projetos de instalações elétricas prediais, os cálculos efetuados são baseados apenas na potência aparente e potência ativa. Por essa razão, é importante conhecer a relação entre elas para que se entenda o que é fator de potência. Para saber o quanto da potência aparente foi transformado em potência ativa, aplicam-se os seguintes valores de fator de potência: • 1 – para iluminação; • 0,8 – para tomadas de uso geral.
Exemplos de aplicação: Potência de iluminação (aparente) = 600 VA; Fator de potência a ser aplicado = 1; Potência ativa de iluminação (W) = 1 3 600 VA = 600 W; Potência de tomadas de uso geral = 6.200 VA; Fator de potência a ser aplicado = 0,8; Potência ativa de tomadas de uso geral = 0,8 3 6.200 VA = 4.960 W. Quando o fator de potência é igual a 1, significa que toda potência aparente é transformada em potência ativa. Isso acontece nos equipamentos que só possuem resistência, como: chuveiro elétrico, torneira elétrica, ferro elétrico, lâmpadas incandescentes, fogão elétrico etc.
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AS INSTALAÇÕES ELÉTRICAS
O Quadro de Medição de Energia no Projeto Arquitetônico
PARTE II
E SUAS INTERFACES COM O PROJETO ARQUITETÔNICO
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Antes de iniciar o projeto, o arquiteto deve efetuar um estudo do terreno e a posteação da rua para defi nir a melhor localização do conjunto: hidrômetro, medidor de energia elétrica, caixa de correspondência, campainha com interfone e câmera de TV. Os equipamentos de medição de água e energia elétrica serão instalados pelas concessionárias, em local previamente preparado, dentro da propriedade particular, preferencialmente no limite do terreno com a via pública, em parede externa da própria edificação, em muros divisórios, e servirão para medir o consumo de água e energia elétrica da edificação.
O Quadro de Medição de Energia no Projeto Arquitetônico
O QUADRO DE MEDIÇÃO DE ENERGIA NO PROJETO ARQUITETÔNICO
A caixa que abriga o equipamento de medição de energia elétrica possui uma padronização quanto a tamanho e cor, contudo nada impede que seja enriquecida e principalmente bem localizada. A solução ideal é embuti-la numa parede, ao lado do poste. Com a caixa de medição embutida na alvenaria, deve-se pensar em uma porta para protegê-la das intempéries (sol, chuva etc.) e integrá-la de forma harmoniosa à arquitetura*. A entrada de energia e água deve sempre compor com a ideia usada para o poste de modo que se consiga uma coerência de padrões. Assim, se o poste foi embutido numa estrutura de alvenaria, o mesmo deve acontecer com a caixa de medição, o que facilita a medição do hidrômetro e do relógio de medição. A caixa de medição de energia deve ser instalada de maneira que sua face superior fique a uma altura compreendida entre 1,4 m e 1,6 m em relação ao piso acabado. Para o padrão poste com caixa incorporada, essa altura deve ser de 1,7 m. Até para facilitar a medição do hidrômetro e do relógio de medição, as três peças (entrada de energia, água e poste) devem formar um só elemento no projeto arquitetônico.
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_ *(CAPOZZI, Simone. Tire partido de elementos úteis, mas pouco estéticos. Arquitetura & Construção, São Paulo, Abril, p. 102-103, jul. 89.)
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Instalações Elétricas e o Projeto de Arquitetura
Figura 19.1 Localização da caixa de medição.
Quadro de medição Edificação Muro
Difícil acesso para leitura
Quadro de medição (visor virado para o passeio público)
Calçada
Edificação Muro
Fácil acesso para leitura
Calçada
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Antes de se introduzirem os aparelhos eletrodomésticos em nossas casas, a instalação elétrica se resumia a um simples passar de fios e conduítes. O surgimento de aparelhos cada vez mais sofisticados fez com que a importância de uma instalação crescesse na mesma proporção.
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Os Equipamentos e suas Interfaces com a Arquitetura
OS EQUIPAMENTOS E SUAS INTERFACES COM A ARQUITETURA
Ao contrário das instalações dos aparelhos sanitários, porém, a instalação de equipamentos de utilização de energia elétrica não interfere tanto no projeto arquitetônico do ponto de vista estético ou funcional. Obviamente que um projeto elétrico mal concebido e mal dimensionado comprometerá a qualidade da edificação, além de possibilitar a ocorrência de sinistros. Como quase tudo numa obra, a chance de evitar esses problemas é antes da construção, no momento em que os projetos arquitetônicos e estruturais estão sendo defi nidos. Tudo deve estar perfeitamente interligado. A disposição dos ambientes, a área construída, o pé-direito, todos esses elementos têm influência direta sobre o tipo de instalação a ser feita e do material a ser utilizado. Os principais aparelhos eletrodomésticos utilizados nas instalações residenciais são, por exemplo: geladeiras, chuveiros, aquecedores de água instantâneos, ferro elétrico, aspiradores de pó, máquinas de lavar pratos e roupas, circuladores de ar e aquecedores de ambiente (portáteis). Esses aparelhos facilitam muito nossas vidas e trazem muito conforto, mas alguns consomem bastante energia. A maioria deles possui resistência, que é um componente elétrico que produz calor, a partir de um considerável consumo de energia elétrica para o seu funcionamento. Como exemplos de aparelhos que consomem uma quantidade considerável de energia elétrica, podemos citar: aquecedor central elétrico de água, torneira elétrica, secadora de roupas, condicionador de ar e chuveiro elétrico.
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Instalações Elétricas e o Projeto de Arquitetura
Na hora de comprar um aparelho é importante verificar se o equipamento tem o selo INMETRO-Procel. O Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (INMETRO) é uma autarquia federal brasileira, vinculada ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. O selo Procel de Economia de Energia ou simplesmente selo Procel, tem por objetivo orientar o consumidor no ato da compra, indicando os produtos que apresentam os melhores níveis de eficiência energética dentro de cada categoria, proporcionando assim economia na sua conta de energia elétrica. Também estimula a fabricação e a comercialização de produtos mais eficientes, contribuindo para o desenvolvimento tecnológico e a preservação do meio ambiente. Para saber o valor do consumo dos equipamentos dentro de uma casa, basta consultar a placa atrás de cada equipamento ou o manual do fabricante, multiplicando a potência pelas horas de uso durante o mês.
Figura 20.1 Selo INMETRO-Procel.
Fonte: Procel
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Largura
Dimensões Profund.
Altura
Para hotéis
51,3
47,6
61,8
Para escritórios
57,5
51,6
66,7
Prosdócimo
62,8
54,3
90,5
Prosdócimo
62,8
54,3
96,4
Equipamento
Marca
Observações
Minigeladeira
Consul Consul
Brastemp
Fogão de 4 bocas
Freezer vertical
63,0
54,5
89,5
Brastemp
Quality II
51,0
43,0
87,0
Brastemp
De Ville
56,0
61,0
85,0
Semer
Aquarius
49,0
58,0
84,0
Continental
2001 – Plaza
51,0
54,0
83,0
Continental
2001 – Grand Prix
56,0
61,0
86,0
Dako
Comodore
52,0
60,0
86,0
Semer
Magnum
56,0
61,0
85,0
Esmaltec
Ipanema
52,6
60,0
83,8
61,0
68,2
1,40
61,0
65,2
1,67
62,0
65,0
1,46
Brastemp Brastemp
Frost Free
Consul Metalfrio
63,0
65,2
1,62
54,3
62,8
1,80
Consul
78,0
77,5
91,0
Metalfrio
62,6
1,33
93,7
Prosdócimo Freezer horizontal
Prosdócimo
Cassic Luxo
1,05
68,0
80,0
Esmaltec
65,6
77,5
91,0
Consul
1,37
77,5
91,0
60,0
60,0
15,0
80,0
60,0
15,0
60,0
60,0
15,0
80,0
60,0
15,0
60,0
60,0
15,0
Sugar
Dupla Ação
Sistema de exaustão com dutos Sistema de exaustão sem dutos
Coifas Suxxar
Sistema de exaustão com dutos de embutir
80,0
60,0
15,0
49–96
29–52
15–47
Fabrinox
Tronco piramidal
Sob medida
Martan
Exaustão com dutos
Sob medida
Aletron
Exaustão sem dutos
60,0
61,0
20,0
Exaustão sem dutos
80,0
61,0
20,0
80,0
60,0
15,0
96,0
60,0
15,0
Anemo-Ar
Exaustão com dutos
Fonte: TESCH, Nilson. Elementos e normas para desenhos e projetos de arquitetura. Rio de Janeiro: Tecnoprint, 1979.
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Os Equipamentos e suas Interfaces com a Arquitetura
Figura 20.2a Relações e dimensões de equipamentos.
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Durante o planejamento da obra, particularmente na etapa de elaboração dos projetos, é preciso prever a instalação de diversos pontos de elétrica, de hidráulica e de gás em vários ambientes.
Pontos de Elétrica em Instalações Residenciais
PONTOS DE ELÉTRICA EM INSTALAÇÕES RESIDENCIAIS
Quem defi ne a quantidade, a tipologia e a distribuição desses pontos ao longo da área disponível são o arquiteto e/ou o projetista de instalações (elétrica ou hidráulica) que, para a realização desse dimensionamento, toma como base a metragem da área a ser trabalhada, as particularidades arquitetônicas do local e algumas diretrizes defi nidas por órgão municipais, concessionárias, Corpo de Bombeiros e normas técnicas brasileiras.* As principais condicionantes para a previsão desses pontos são a taxa de ocupação estimada e o uso da edificação. Os pontos de elétrica não podem ser escassos, muito menos em excesso (ver “Quantidade mínima de tomadas”). A falta de pontos pode significar áreas desabastecidas, desconforto para o usuário fi nal etc. Já a quantidade exagerada de pontos nas ‘‘áreas comuns propiciará ao empreendimento maior consumo de energia e pode configurar baixa eficiência energética, Por outro lado, é importante ressaltar que um dos grandes desafios impostos aos projetistas, nos dias atuais, é justamente equilibrar as necessidades dos empreendimentos e dos usuários, cada vez mais amplas, com questões de sustentabilidade. As normas da ABNT podem servir como uma orientação na hora de se defi nir a estratégia de distribuição dos pontos de consumo, ainda que essas normas nem sempre deem conta de atender a todas as situações e possibilidades que podem existir em projetos. Quanto a iluminação, a NBR 54143 – Iluminância de interiores, determina a iluminância mínima necessária para cada área comum de diferentes tipos de edifícios. Em relação aos pontos de luz de emergência, eles precisam atender de forma eficiente e racional aos principais locais da edificação. É recomendável muita atenção às normas das concessionárias e do Corpo de Bombeiros local, que podem exigir a implementação de um sistema de alimentação ininterrupta (USP), com baterias ou no-breaks, para alimentar as luzes de emergência.
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_ *(NAKAMURA, Juliana. Água em áreas comuns. Téchne, São Paulo: Pini, p. 54-56, mar. 2011.)
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Instalações Elétricas e o Projeto de Arquitetura
A compatibilização dos projetos e uma boa comunicação entre arquiteto, projetista de instalações elétricas e empreendedor são fundamentais para minimizar erros no dimensionamento e distribuição dos pontos de elétrica. A falta de coordenação e entendimento entre os profissionais envolvidos na elaboração dos projetos pode gerar erros na distribuição dos pontos, podendo causar a escassez em determinados lugares ou uma quantidade excessiva em outras áreas do edifício A seguir apresentam-se algumas sugestões para a instalação dos pontos de elétrica em projetos residenciais.
SALA As tomadas e interruptores só costumam ser foco de atenção no momento em que se constata sua ausência em determinado ponto da residência. Por essa razão, alguns arquitetos e decoradores que trabalham com designers de interiores orientam sobre a importância de se observar a quantidade e a posição desses terminais em cada ambiente, antes de decorar. Para as salas, deve-ser observar a localização dos pontos de acordo com o leiaute do local, e também os interruptores three-ways, que devem ser instalados na entrada do estar, e na porta que acesse a área íntima da casa. Deve-se observar também se os dispositivos (tomadas e interruptores) estão em altura adequada e, além da quantidade mínima necessária, é recomendável instalar tomadas a mais para uso esporádico, como carregar celular, ligar uma enceradeira, ligar o aspirador de pó etc. Além da quantidade suficiente de tomadas e interruptores outra questão importante é a harmonia entre esses dispositivos e a decoração. Hoje, a parte estética, funcional e decorativa do segmento de interruptores e tomadas, em nosso país, é muito diversificada. As empresas que se sobressaem buscam design arrojado, novas cores e formas, tornando mais amplo esse item na decoração. A seguir apresentam-se algumas sugestões de pontos para a instalação desses dispositivos em salas de estar e jantar: • Interruptores em paralelo – em escadas e salas grandes, dois interruptores para mesma lâmpada, em cantos opostos;
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• Pontos de luz – as demais lâmpadas dependem de um projeto de iluminação, mas a mesa de jantar precisa estar sob um ponto.
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Instalações Elétricas e o Projeto de Arquitetura
INSTALAÇÕES DE ANTENAS E SUAS INTERFACES COM AS REDES ELÉTRICAS
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A instalação de antenas, aparentemente, é uma tarefa bastante simples, mas que exige alguns cuidados. Pode ser uma atividade de risco quando efetuada próximo a redes elétricas, já que os suportes dessas antenas em geral são metálicos e condutores de eletricidade. Dessa forma, a instalação de antenas deve ser feita por um profi ssional qualificado e obedecer aos seguintes requisitos: •
Ser bem fi xada para evitar a sua queda sobre as redes elétricas;
•
Não ser instalada próximo a para-raio e nem interligar o seu cabo aos condutores elétricos desses equipamentos de proteção;
•
Jamais arremessar o cabo utilizado para ligação de antenas sobre a rede elétrica, mesmo que ele seja encapado. A capacidade de isolamento do cabo não é suficiente para evitar a passagem da eletricidade existente nas redes elétricas;
•
Não utilizar marquises de edifícios para a instalação de antenas, pois, geralmente, ficam próximas das redes elétricas;
•
Se a antena cair sobre a rede elétrica, não tentar resgatá-la. Ligar imediatamente para a concessionária de energia local.
Existem no mercado muitos tipos de antenas que são utilizadas para várias fi nalidades, por exemplo, receber e transmitir sinais de televisão. As antenas parabólicas canalizam o sinal em forma de cone, sendo indicadas para aplicações de longa distância. A antena semiparabólica, uma variação da parabólica, emite o sinal de forma elíptica. Os modelos grid (grelha) são menos suscetíveis à ação dos ventos em razão de eles passarem através da estrutura em forma de gaiola; seu sinal pode chegar de 40 a 50 km em condições eletricamente visuais.
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As antenas setoriais têm formato amplo e plano. Normalmente, são montadas em paredes, podendo ser interna ou externa. São
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Instalações de Antenas e suas Interfaces com as Redes Elétricas
mais recomendadas para links entre prédios com distâncias de até 8 km. Algumas podem operar até 3 km, dependendo do ganho específico no projeto. As antenas do tipo Yagi são rígidas e usadas externamente em ambientes de condições hostis. Foram projetadas para resistir à formação de gelo, chuva pesada, neve e ventos fortes. Os sinais podem chegar a 30 km, em condições eletricamente visuais. Nas edificações existem dois tipos de antenas para aplicações wireless: omnidirecional e direcional. Na escolha do modelo de antena mais adequado para a sua aplicação wireless, alguns cuidados devem ser considerados, pois o sucesso do projeto depende fundamentalmente do sistema irradiante (distância, largura da onda, ganho)*. Nas instalações prediais, existem basicamente três tipos de cabos para descida de antena de televisão. Os utilizados internamente, para a ligação do aparelho à antena externa, possuem condutor de cobre nu, flexível, de têmpera mole e isolação de polietileno. Já os utilizados para a ligação externa, que vai até a antena externa, têm capa protetora, também em polietileno, para resistir às intempéries**. Outro tipo de cabo para a ligação do aparelho com a antena é o coaxial. Ele é formado por um fio de cobre isolado com polietileno, com mais uma blindagem, em malhas de fios de cobre, e conta ainda com uma capa externa de PVC. Pelo seu isolamento, garante imagens mais nítidas, sem a formação de “fantasmas” na imagem.
_ *(Fonte: http://antenas. com.via6.com.) **(ROCHA NETO, Silvério. Fios e cabos residenciais. Arquitetura & Construção, São Paulo, Abril, p. 116-117, ago. 1989.)
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Instalações Elétricas e o Projeto de Arquitetura
Figura 22.1 Instalação de antena coletiva de rádio e televisão.
– – – – – – –
Base para montagem das antenas de 1” de diâmetro, galvanizado Antena de rádio Antena de TV Tubo galvanizado para entrada dos cabos (2” de diâmetro) Quadro de madeira com disjuntor monofásico e duas tomadas Caixa de 4” x 4” ou 5” x 5” Armário de aço com os amplificadores ou caixa de madeira com porta e fechadura de 90 x 60 x 30 cm – Prumada (eletroduto de 3/4”) – Caixa de 4” x 2”ou 4” x 4” com 4 orelhas, com as tomadas de TV e rádio Obs.: Todos os para-raios ficarão, no mínimo, a 1,5 m acima dos mastros. Todas as partes metálicas deverão estar aterradas.
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Fonte: CPFL
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A instalação de para-raios, tecnicamente chamados de SPDA (Sistemas de Proteção contra Descargas Atmosféricas) tem por fi nalidade evitar a incidência direta dos raios (descargas elétricas de milhões de volts que nascem entre as nuvens e descem até o solo) sobre os prédios, ou melhor, oferecer condições técnicas adequadas para que os raios, se caírem sobre a edificação, sejam escoados para o solo sem causar quaisquer danos nem à construção, nem aos moradores em seu interior. Por isso, é de suma importância que esses equipamentos estejam sempre em perfeitas condições de funcionamento.
Instalações de Para-raios e suas Interfaces com a Arquitetura
INSTALAÇÕES DE PARA-RAIOS E SUAS INTERFACES COM A ARQUITETURA
Não se encontrou ainda um sistema totalmente seguro contra raios, entretanto é possível minimizar seus efeitos devastadores. Não existe um sistema com 100% de eficiência na proteção contra descargas atmosféricas, pois se trata de um fenômeno que ainda não é conhecido perfeitamente pelos pesquisadores. O nível de proteção desejável para uma edificação é defi nido pela NBR 5419 (Proteção de Estruturas contra Descargas Elétricas Atmosféricas), que traz tabelas que classificam a edificação de acordo com o tipo de ocupação, de construção, seu conteúdo, sua localização e a topografia da região. Conforme a classificação da estrutura, a norma indicará a necessidade de haver ou não SPDA, além do nível de proteção e respectiva eficiência. Os principais componentes de um SPDA são: elementos da captação (responsável pela recepção das descargas atmosféricas); elementos de descida (responsáveis por conduzir as correntes da descarga até o aterramento; para edificações com mais de 20 m de altura, também atuam como elementos de captação lateral); elementos de aterramento (responsáveis por dissipar as correntes no solo); equipotencialização (reduz os riscos de centelhamentos perigosos, preservando equipamentos, instalações e pessoas. Pode ser feita de forma direta ou indireta, via DPS – Dispositivos de Proteção contra Surtos. Existem três métodos para cálculo de SPDAs. O sistema de proteção mais adotado, por ser mais simples de conceber, é o do
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_ *(LOTURCO, Bruno. Descargas sob controle. Téchne. São Paulo, Pini, p. 54-58, mai. 2008. ALVES, Borges Virgilio Normando. Sistema externo de proteção contra descargas atmosféricas. Téchne. São Paulo, Pini, p. 61-64, fev. 2009.)
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tipo Franklin, que recebe esse nome em homenagem a Benjamin Franklin. O cálculo considera que cada mastro vertical, que recebe as descargas, protege o volume de um cone com vértice na ponta do captor. A angulação depende do nível de proteção desejado e da altura do mastro. Conforme aumenta a altura, diminui o ângulo e a superfície de proteção. Outro método é a “gaiola de Faraday”, em referência ao físico inglês Michael Faraday. Nesse método, a função de recepção de descargas é exercida por malhas condutoras instaladas na cobertura. São colocadas pequenas hastes coletoras, espalhadas pelas extremidades da edificação, interligadas por cabos de cobre ou fita de alumínio. Quando um raio atinge a edificação, esse sistema se encarrega de distribuir a carga pelos diferentes ramais, que vão até o solo e mantêm a construção eletricamente neutra. O método mais moderno de concepção e cálculo é o eletrogeométrico, ou método da esfera rolante. Esse método foi desenvolvido para proteção de linhas de transmissão e considera que, como a eletricidade vem aos saltos da nuvem para o solo, a proteção tem de ser feita com base no comprimento desse salto. Como o salto pode ser em qualquer direção, a área passível de descarga direta é esférica e definida a partir da proteção exigida, em norma, de acordo com o tipo de edificação. A diferença entre os métodos apresentados, em relação à eficiência, é desprezível. Deve-se procurar sempre uma empresa especializada para dimensionar adequadamente a sua proteção e indicar a melhor solução técnica e econômica. Quando se instala um SPDA externo, como no caso das edificações prontas, o projetista deve ficar atento aos detalhes arquitetônicos para escolher os melhores locais afim de posicionar os condutores de descida e anéis de cintamento horizontal. A questão estética também é importante e deve ser considerada. O arquiteto pode tomar decisões de menor impacto sobre as fachadas do edifício.
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É importante ressaltar que os para-raios protegem apenas a edificação. Eles não preservam eletrodomésticos nem computadores. Portanto, se a sobrecarga vier pela rede elétrica, pelo fio do telefone ou até mesmo pelo cabo da TV por assinatura, é possível ocorrer uma danificação nesses aparelhos. Para proteger os equipamentos foi criado o “supressor de surto de tensão”. Esse dispositivo desvia as sobrecargas, funcionando como uma espécie de para-raio interno. Não ocupa espaço e pode ser instalado no disjuntor, terminando em uma pequena caixa colocada junto ao equipamento. Mesmo que seja instalado um para cada aparelho, é importante ter um supressor de surto de tensão mais potente instalado no quadro de entrada da edificação e outro na entrada do telefone.
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Figura 23.1 Instalação genérica de SPDA externo em prédio.
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ADEQUAÇÃO DAS INSTALAÇÕES PARA PORTADORES DE NECESSIDADES ESPECIAIS A sociedade em geral, hoje, está mais concientizada da necessidade de proporcionar uma vida digna, confortável e independente aos portadores de necessidades especiais. Assim, o arquiteto não pode ignorar essa realidade e deve prever, em seu projeto, as providências a serem tomadas para garantir o conforto e a segurança a essas pessoas. A NBR 9050 fi xa as condições exigíveis, bem como os padrões e as medidas que visam a propiciar, às pessoas portadoras de necessidades especiais, melhores e mais adequadas condições de acesso aos edifícios de uso público e às vias urbanas. Para a elaboração de qualquer projeto com compartimentos adaptados ao uso do portador de necessidades especiais, em virtude da complexidade e do detalhamento do assunto, é recomendável a observação global das leis e normas existentes. Esse assunto é de fundamental importância, não apenas no aspecto arquitetônico da edificação, mas também nos projetos hidráulico e elétrico, pois exige adaptações significativas, principalmente no caso de reformas. Os interruptores e tomadas devem situar-se a uma altura do piso que permita sua utilização pelas pessoas deficientes, conforme mostra a Figura 24.1. Os aparelhos telefônicos devem ter sua parte superior a 1,20 m do piso. Para maior segurança e comodidade, deve-se instalar sensor de presença para acionamento da iluminação (ver Fig. 24.1).
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Sensor de presença
Cordas de comando
Termostato
Interruptor
Máximo 1,2 m
Controle da janela
0,30 m
Tomada
Adequação das Instalações para Portadores de Necessidades Especiais
Figura 24.1 Alturas ideais para interruptores, tomadas e comandos em sanitários adaptados às condições de acessibilidade.
Figura 24.2 Sensor de presença.
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Instalações Elétricas e o projeto de arquitetura 5ª - Edição Roberto de Carvalho Junior
Lançamento 2014 ISBN: 9788521208150 Páginas: 264
Formato: 20,5 x 25,5 cm