Design: como prática de projeto

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Design: como prática de projeto

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Gui Bonsiepe

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Este livro contém os principais pensamentos, propostas e projetos desenvolvidos por Gui Bonsiepe, desenvolvidos durante a sua peregrinação por diversos países latino-americanos ao longo dos últimos 40 anos. Ele é uma das maiores referências mundiais sobre o Design dos países Periféricos, refletindo sobre as dificuldades impostas pelos países do Centro para que se desenvolva um Design autônomo nos países dependentes. Tem se manifestado contra certos modismos do design epidérmico, onde as soluções privilegiam a estética, atendendo apenas aos apelos de mercado, sem trazer contribuições efetivas para a melhoria intrínseca do produto.Tem criticado também o ensino do Design, dominado pelo academicismo exagerado, onde os alunos aprendem a “discursar” sobre o objeto, sem adquirir habilidades práticas para materializá-lo. Coerente com essa postura, o autor apresenta diversos casos de desenvolvimento de produtos, onde ilustra a aplicação das técnicas e metodologias de projeto. Com isso, os profissionais e estudantes de design poderão contribuir mais efetivamente para o desenvolvimento industrial, econômico e social dos países latino-americanos. De acordo com essa postura documenta projetos de design industrial de baixa e alta complexidade, como brinquedos e sistemas de móveis até maquinaria agrícola, entre eles alguns cases desenvolvidos na primeira fase (1983-1987) do LBDI – SC (Laboratório Brasileiro de Desenho Industrial, Santa Catarina). Inclui também a descrição do design emblemático da sala de gestão cibernética do Projeto SYNCO ou CYBERSYN (Santiago, Chile, 1972-1973).

Design::: como prática de projeto Gui Bonsiepe

Gui Bonsiepe estudou design na hfg ulm (Hochschule für Gestaltung, Ulm) (1955-1959), onde atuou também como professor titular do Departamento de Design Industrial e Comunicação Visual, até o seu fechamento, em 1968. Após isso, mudouse para América Latina. No Chile, participou de um programa de assessoramento às pequenas e médias empresas em questões de design industrial (1968 -1970) e criou a área de Desenvolvimento de Produtos no Comitê de Investigações Tecnológicas (1971-1973). Na Argentina, criou a área de Desenvolvimento de Produtos, no Instituto Nacional de Tecnologia Industrial (1974 -1976). No Brasil, criou e coordenou o Laboratório Brasileiro de Desenho Industrial – LBDI, em Florianópolis (1984 -1987). Trabalhou em escritórios de projeto e foi docente em diversas universidades latino-americanas, europeias, norte-americanas e asiáticas, como a Escola Superior de Desenho Industrial – ESDI (Rio de Janeiro), Universidade de Ciências Aplicadas (Köln) e Universidade das Artes (Zurich). Ocupou a vice-presidência do International Council of Societies of Industrial Design – ICSID (1973-1975). Publicou diversas obras sobre design industrial e comunicação visual, destacando-se: Teoria e pratica del disegno industriale (Milão, 1975), A ‹Tecnologia› da Tecnologia (São Paulo, 1985), Interface – Design neu begreifen (Mannheim, 1995), Design: do Material ao Digital (Florianópolis, 1997), Historia del Diseño en América Latina y El Caribe (cocoordinador, São Paulo, 2008), Design, Cultura e Sociedade (São Paulo, 2011).

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Design como prática de projeto Gui Bonsiepe Ano de Publicação: 2012 ISBN: 9788521206767 Formato: 20,5x25,5 cm Páginas: 216


Design: como prática de projeto

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Gui Bonsiepe

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Este livro contém os principais pensamentos, propostas e projetos desenvolvidos por Gui Bonsiepe, desenvolvidos durante a sua peregrinação por diversos países latino-americanos ao longo dos últimos 40 anos. Ele é uma das maiores referências mundiais sobre o Design dos países Periféricos, refletindo sobre as dificuldades impostas pelos países do Centro para que se desenvolva um Design autônomo nos países dependentes. Tem se manifestado contra certos modismos do design epidérmico, onde as soluções privilegiam a estética, atendendo apenas aos apelos de mercado, sem trazer contribuições efetivas para a melhoria intrínseca do produto.Tem criticado também o ensino do Design, dominado pelo academicismo exagerado, onde os alunos aprendem a “discursar” sobre o objeto, sem adquirir habilidades práticas para materializá-lo. Coerente com essa postura, o autor apresenta diversos casos de desenvolvimento de produtos, onde ilustra a aplicação das técnicas e metodologias de projeto. Com isso, os profissionais e estudantes de design poderão contribuir mais efetivamente para o desenvolvimento industrial, econômico e social dos países latino-americanos. De acordo com essa postura documenta projetos de design industrial de baixa e alta complexidade, como brinquedos e sistemas de móveis até maquinaria agrícola, entre eles alguns cases desenvolvidos na primeira fase (1983-1987) do LBDI – SC (Laboratório Brasileiro de Desenho Industrial, Santa Catarina). Inclui também a descrição do design emblemático da sala de gestão cibernética do Projeto SYNCO ou CYBERSYN (Santiago, Chile, 1972-1973).

Design::: como prática de projeto Gui Bonsiepe

Gui Bonsiepe estudou design na hfg ulm (Hochschule für Gestaltung, Ulm) (1955-1959), onde atuou também como professor titular do Departamento de Design Industrial e Comunicação Visual, até o seu fechamento, em 1968. Após isso, mudouse para América Latina. No Chile, participou de um programa de assessoramento às pequenas e médias empresas em questões de design industrial (1968 -1970) e criou a área de Desenvolvimento de Produtos no Comitê de Investigações Tecnológicas (1971-1973). Na Argentina, criou a área de Desenvolvimento de Produtos, no Instituto Nacional de Tecnologia Industrial (1974 -1976). No Brasil, criou e coordenou o Laboratório Brasileiro de Desenho Industrial – LBDI, em Florianópolis (1984 -1987). Trabalhou em escritórios de projeto e foi docente em diversas universidades latino-americanas, europeias, norte-americanas e asiáticas, como a Escola Superior de Desenho Industrial – ESDI (Rio de Janeiro), Universidade de Ciências Aplicadas (Köln) e Universidade das Artes (Zurich). Ocupou a vice-presidência do International Council of Societies of Industrial Design – ICSID (1973-1975). Publicou diversas obras sobre design industrial e comunicação visual, destacando-se: Teoria e pratica del disegno industriale (Milão, 1975), A ‹Tecnologia› da Tecnologia (São Paulo, 1985), Interface – Design neu begreifen (Mannheim, 1995), Design: do Material ao Digital (Florianópolis, 1997), Historia del Diseño en América Latina y El Caribe (cocoordinador, São Paulo, 2008), Design, Cultura e Sociedade (São Paulo, 2011).

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Conteúdo

Apresentação Freddy van Camp Apresentação do livro A Tecnologia da Tecnologia Darcy Ribeiro Prefácio do autor

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Ensaios

Design e crise Entre resignação e esperança Assimetria tecnológica – um dilema da Periferia Fissuras no industrialismo Design industrial para a pequena e média empresa Fragmentos do design industrial na América Latina Materialidade do ensino do design – antagonismos na Bauhaus Da forma à produção da forma Ensino de conhecimento versus ensino de know-how Metodologia clássica e metodologia alternativa Habitat e objeto – afinidade e diferença

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Entrevistas

Projeto político e projeto tecnológico A necessidade de novas respostas

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Introdução Sistema de móveis para administração pública Caixa metálica para transporte na indústria metalúrgica Instrumento para colher amostras de sangue de diabéticos Carcaça de um compressor experimental para geladeiras Equipamento odontológico Debulhadora de pequeno porte Balancim Chanfradeira Máquina de lapidação Brinquedos de madeira Corta-palha Cortadora de erva-mate Caneta Fachada de um aparelho de ar condicionado Medida para leite em pó Opsroom – Interface de uma sala de gestão cibernética

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Notas de referência Participantes nas diferentes equipes de projeto Imagens

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Projetos

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Apresentação

Apresentação do livro A Tecnologia da Tecnologia 1983

Recomendo vivamente a leitura deste livro admirável de Gui Bonsiepe. Nele se casam a agudez do analista e sua imaginação criadora com o mais alto senso de responsabilidade social. Lendo Bonsiepe, mergulhei outra vez nas minhas vivências indígenas. Aparentemente da forma mais disparatada. Mas, na verdade, buscando e desencontrando nexos entre os fazimentos dos índios e os nossos que, ao menos para mim, são visíveis e comoventes. Vivi muitos anos com os índios, sabe-se. Eu mesmo me pergunto, por quê? Seria mera curiosidade científica o que me movia a voltar sempre às aldeias para observar, incansavelmente, o seu modo de ser e de viver, e para dele participar, nos limites da função de antropólogo? Supus que fosse assim até suspeitar de motivações mais lúdicas do que cognitivas. Acho hoje que gostava mesmo era de estar ali vendo, encantado, os índios serem tal qual são (ou eram). Esse encantamento tinha raiz na simpatia que eles, com seu modo peculiar de ser e de fazer, suscitavam em mim. Meditando, agora, sobre esse meu sentimento, tantos anos depois, descubro nele dois componentes principais. Vejo que me encantava nos índios sua dignidade, inalcançável para nós, de gente que não passou pela moda da estratificação social. Não tendo sido nem sabido, jamais, de senhores e escravos, nem de patrões e empregados ou de elites e massas, cada índio desabrocha como um ser humano em toda sua inteireza e individualidade, para olhar o outro e para ser visto por todos como um ser único e irrepetível. Um ser humano respeitável em si, tão só por ser gente de seu povo. Creio mesmo que lutamos pelo socialismo é por nostalgia daquele ‹paraíso perdido›, de homens vivendo uma vida igualitária, sem qualquer necessidade ou possibilidade de explorarem ou de serem explorados. A outra vertente daquele encantamento vinha de meu assombro diante do exercício da vontade de beleza que eu via expressar-se ali, de mil modos. Nós

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Ensaios:

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Design e crise

Embora o design se encontre na intersecção entre a cultura da vida cotidiana, da tecnologia e da economia, constituindo o que na Alemanha é chamado de ‹Lebenswelt› – um termo denso e difícil de traduzir – podemos transcrevê-lo como ‹o mundo da vida cotidiana› – não atraiu, salvo exceções louváveis, a atenção do pensamento filosófico. Provavelmente em virtude dessa indiferença, o discurso do design não alcançou o mesmo grau de desenvolvimento e maturidade existente em outras áreas, como, por exemplo, a teoria do cinema, a literatura e as ciências. No momento, o estado cognitivo do design está coberto por um véu de dúvidas, desenrola-se no domínio visual, intrinsecamente relacionado com a experiência estética e menos com o domínio discursivo. Ao contrário de outras disciplinas universitárias, o design não se orienta, prioritariamente, para a geração de novos conhecimentos científicos, mas visa às práticas da vida cotidiana. O design enfoca o caráter operacional dos artefatos materiais e semióticos, interpretando a sua função e a funcionalidade não em termos de eficiência física, como acontece nas engenharias, mas em termos de comportamento incorporado em uma dinâmica cultural e social. Apesar da abordagem diferente entre a ciência e o design, já que o design é caracterizado por olhar para o mundo da perspectiva projetual, e a ciência o encara pela perspectiva do reconhecimento, pode-se e deve-se gerar conhecimentos e realizar pesquisas na área de design. Avanços nesse sentido são alentadores, desde que permitam a aplicação de critérios de excelência e competência próprios, não derivados de outras tradições, evitando assim os perigos do ritualismo científico. Na atual fase histórica, que se caracteriza por uma intensa inovação científica, tecnológica e industrial, torna-se cada vez mais evidente a necessidade de gerar conhecimentos a partir da perspectiva do projetar, sobretudo tratando-se de problemas complexos que excedem o know-how de uma disciplina particular. Tomemos o caso muito divulgado do

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Da forma à produção da forma

Por motivos óbvios, as discussões sobre o ensino do design industrial concentram-se na fase de formação universitária dos futuros especialistas na área de projeto. Sem negar a importância dessa fase, é recomendável considerar dois outros períodos, não menos importantes para a formação integral de um especialista projetual: ·· A fase de formação básica e secundária ·· A fase de formação pós-universitária. Os programas dos ensinos básico e secundário não fornecem especificamente treinamento de sensibilização para fenômenos tecnológico-estéticos em geral, e treino da capacidade projetual em particular. Por isso, um dos resultados negativos do ensino pré-universitário se manifesta na deficiência da percepção estética. Portanto, a universidade recebe alunos com uma baixa sensibilidade aos fenômenos estéticos, e praticamente sem nenhuma experiência projetual. Os programas dos ensinos básico e secundário são recheados de matérias humanísticas, línguas, matemática e algumas disciplinas científicas, mas apresentam apenas uma formação artística rudimentar. Visando a uma formação integral na área de projeto, deve-se pensar em uma reformulação desses conteúdos. Para isso, pode ser interessante examinar o curso básico, esse engenhoso invento dos anos 1920. Um dos poucos programas de ensino que incluiu a dimensão projetual na educação integral foi aplicado na escola Waldorf, segundo princípios pedagógicos de Rudolf Steiner. Atualmente existem, na América Latina, 82 escolas com esse programa; no Brasil, 33.1 O ensino nessas escolas procura equilibrar a formação da inteligência verbal-discursiva com a formação da inteligência

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<http://www.freunde-waldorf.de/die-freunde/publikationen/rundbrief/inhalte/2008-f/entwicklung-tabellen.html> (Último acesso: 04.02.2012.)

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Introdução

Nesta seção, reuni projetos desenvolvidos em diferentes contextos (Chile, Argentina e Brasil) paralelamente à elaboração dos textos deste livro. Eles complementam, com intenções práticas, os outros capítulos. Não se trata simplesmente de mostrar anteprojetos e projetos implementados, em e para si, mais sim revelar a estrutura do processo projetual que ainda continua a ser uma caixa preta. Para colocar os projetos brasileiros no contexto histórico e institucional, considero útil uma explicação resumida sobre o Laboratório Associado de Desenvolvimento de Produto / Desenho Industrial – SC, posteriormente denominado Laboratório Brasileiro de Desenho Industrial – LBDI (naquela época, o termo ‹design› não se havia ainda institucionalizado no Brasil). Aqui, não se pretende apresentar uma história circunstanciada dessa instituição, mas apenas explicar o seu objetivo e a motivação que levou à sua criação. Por iniciativa do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico – CNPq, criou-se, em 1983, uma pequena unidade com a finalidade

BONSIEPE, Gui, WALKER, Rodrigo. Um experimento em projeto de produto / Desenho Industrial. Brasília: CNPq, Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico, 1983. Descrição dos anteprojetos: ·· Máquina de lapidação ·· Máquina fritadeira ·· Transdutor para um scanner de ultrasom ·· Equipamento modular de som ·· Bobinadora ·· Sistema de rodízios para equipamentos hospitalares ·· Debulhadora de pequeno porte.

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| 1 | Vista exterior do LBDI. | 2 | Sala de projeto para cursos.

de aperfeiçoar a competência projetual dos recursos humanos em design industrial e prestar serviços de assessoria em design para pequenas e médias empresas. Considerou-se, na época, que os cursos universitários de design industrial existentes no País demorariam muito tempo para dar respostas concretas para as necessidades da indústria. Isso se devia tanto à abordagem excessivamente teórica e livresca como à ocasional falta de experiência projetual dos próprios professores de projeto atuantes nesses cursos. Para mudar esse cenário, o CNPq decidiu investir em um experimento piloto com a implantação do LBDI em Florianópolis, Santa Catarina. Decisivo para esse projeto foi o apoio do presidente do CNPq, Lynaldo Cavalvanti de Albuquerque. A sugestão lhe fora apresentada por Itiro Iida, que elaborou um plano ágil, evitando o perigo inerente a um projeto de uma instituição pública: o burocratismo. Inicialmente, o programa visava à criação de três laboratórios em regiões fora do triângulo São Paulo / Rio de Janeiro / Belo Horizonte, regiões onde o design industrial já era razoavelmente divulgado no setor produtivo.

BONSIEPE, Gui, KELLNER, Petra, POESSNECKER, Holger. Metodologia experimental – Desenho industrial. Brasília: CNPq, Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico, 1984. Conteúdo do curso: ·· Técnicas 2D de representação ·· Metodologia projetual ·· Técnicas 3D de representação ·· Anteprojeto de uma carcaça para microcomputador ·· Anteprojeto de carcaças para um gerador de funções com varredura ·· Anteprojeto de uma carrinho de distribuição de refeições em hospitais.

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1 Sistema de móveis para administração pública

Projeto: Laboratório Associado de Desenvolvimento de Produto / Desenho Industrial – SC

[ 1984 – 1985 ]

| 1 | Mesa com arquivo.

| 2 | Mesa grande.

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2 Caixa metálica para transporte na indústria metalúrgica

Projeto: Laboratório Associado de Desenvolvimento de Produto / Desenho Industrial – SC

[ 1986 ]

| 1 | Caixa variante com empilhamento cônico.

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3 Instrumento para colher amostras de sangue de diabéticos

Projeto: Laboratório Associado de Desenvolvimento de Produto / Desenho Industrial – SC

[ 1986 ]

| 1 | A tecla vermelha serve para ‹disparar› a agulha contra o dedo.

| 2 | Vista do lado inferior com ranhuras.

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5 Equipamento odontológico

Projeto: Laboratório Associado de Desenvolvimento de Produto / Desenho Industrial – SC

[ 1986 ]

| 1 | Cadeira odontológica com assento de fibra de vidro estofado.

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8 Chanfradeira

Projeto: Laboratório Associado de Desenvolvimento de Produto / Desenho Industrial – SC. Curso de aperfeiçoamento

[ 1986 ]

| 1 | Redesign com abas laterais para apoio dos materiais, superfície de trabalho ergonomicamente adequada.

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10 Brinquedos de madeira

Conjunto de animais

| 1 | Brinquedos de madeira com processo simples de produção.

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Projeto: Grupo de Diseño Industrial, Servicio de Cooperación Técnica, SERCOTEC, Santiago de Chile

[ 1969 ]

Neste projeto de brinquedos, um fator determinante para o design era o método de produção simples com fresa, cujo diâmetro é aproximadamente igual à espessura do material a cortar. Os raios mínimos para as partes côncavas são de 15 mm. Os contornos das figuras se fresam em uma prancha de 30 35 mm espessura; eles foram traçados utilizando uma retícula quadrada de 5 mm. Os raios mínimos para as partes convexas são de 5 mm. O conjunto consiste de: leão, cavalo, camelo, tigre, foca, touro, vaca, lhama, elefante, tartaruga e girafa. O acabamento é de cera polida.

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11 Corta-palha

Projeto: Grupo de Diseño Industrial, Instituto de Investigaciones Tecnológicas, INTEC, Santiago de Chile

[ 1973 ]

| 1 | | 1 | Corta-palha alta. | 2 | Corta-palha baixa com duas larguras.

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13 Caneta

Grupo de Desenvolvimento E6, hfg ulm

[ 1967 ]

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Nesse projeto são utilizadas matrizes para esboçar as diferentes alternativas dos componentes da caneta. Para aplicar esse método é necessário dividir o produto em componentes essenciais, vale dizer, estabelecer sua estrutura e registrar esquematicamente as possíveis soluções dos subproblemas.

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| 2 | Componentes. | 3 | Detalhe do clipe.

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14 Fachada de um aparelho de ar condicionado

| 1 | Vista da maqueta.

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Projeto: MM/ B Diseño (Méndez Mosquera/ Bonsiepe/Kumcher), Buenos Aires

[ 1980 ]

Esse anteprojeto mostra as restrições às quais o trabalho do designer industrial está submetido, pois o redesign com melhoramentos parciais não 
supera o caráter questionável do produto. Um condicionador de ar é uma 
prótese para as deficiências do projeto arquitetônico, ao passo que um conforto 
térmico microclimático pode ser obtido, até certo ponto, por meio de soluções arquitetônicas 
próprias, sem recorrer ao uso de um artefato que consuma energia elétrica e 
produza ruído. A dimensão semântica adquire maior relevo nesse tipo de problema. A análise do produto existente mostrou uma série de detalhes resolvidos insatisfatoriamente (falta de rigidez estrutural da moldura plástica; precária 
fixação da tampa de madeira aglomerada à moldura plástica, mediante 
dobradiças; alta complexidade estrutural das zonas de saída do ar), que 
provocavam frequentes reclamações dos usuários. O fluxo do ar frio era
regulado por um complexo

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Bibliografia

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