Interfaces Prediais - 2ª edição

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ou modelagem de informação da Atualmente, a tecnologia BIM ( construção) vem sendo cada vez mais utilizada por escritórios de arquitetura e engenharia, tanto no Brasil quanto no exterior. Trata-se de um conceito que envolve o gerenciamento de informações dentro de um edifício desde sua fase inicial de projeto, para o qual é criado um modelo digital que abrange todo o ciclo de vida da edificação. O estudo das instalações prediais e suas interfaces com o projeto arquitetônico é condição básica para que arquitetos e engenheiros utilizem essa nova tecnologia, que surge no mercado para o total gerenciamento de edificações. Assim, este livro foi desenvolvido com a finalidade de apresentar a arquitetos, engenheiros civis e alunos dos cursos de Arquitetura e Urbanismo e de Engenharia Civil uma visão conceitual simples e didática dos vários subsistemas das instalações prediais e suas principais interfaces com o projeto de arquitetura, bem como mostrar a necessidade de integração das instalações com os demais subsistemas construtivos envolvidos na construção de um edifício. Nesta nova edição, o autor incluiu um pequeno resumo do conjunto de normas denominado NBR 15575, Edificações Habitacionais – Desempenho, que foi desenvolvido com a finalidade de estabelecer um padrão de desempenho mínimo nas edificações habitacionais, visando à qualidade e à inovação tecnológica na construção.

HIDRÁULICA, GÁS, SEGURANÇA CONTRA INCÊNDIO, ELÉTRICA, TELEFONIA E NBR 15575

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É autor de artigos e publicações em diversos jornais e revistas do país voltados à construção civil, atua como consultor independente e ministra cursos e palestras sobre assuntos relacionados à sua área de atuação. É também autor dos livros Instalações hidráulicas e o projeto de arquitetura, Instalações elétricas e o projeto de arquitetura, Patologias em sistemas prediais hidráulico-sanitários e Instalações prediais hidráulico-sanitárias, publicados pela editora Blucher.

Durante trinta anos atuando como projetista de instalações, o engenheiro Roberto de Carvalho Júnior constatou vários problemas de compatibilização entre o projeto arquitetônico e os projetos de instalações prediais hidráulico-sanitárias, de gás, de segurança contra incêndio, de elétrica e de telefonia. Como professor de disciplinas de instalações prediais em faculdades de Arquitetura e Urbanismo e de Engenharia Civil, observou a carência e a importância de uma bibliografia que atendesse às necessidades de aprendizado e consulta sobre as principais interfaces físicas e funcionais do projeto arquitetônico com instalações prediais.

INTERFACES PREDIAIS

É engenheiro civil, licenciado em Matemática com habilitação em Física e Desenho Geométrico. Pós-graduado em Didática do Ensino Superior e mestre em Arquitetura e Urbanismo. Projetista de instalações prediais desde 1982, já elaborou inúmeros projetos de edificações de médio porte e de grande porte, executados em várias cidades do Brasil. Desde 1994, atua na área acadêmica em faculdades de Arquitetura e Urbanismo e de Engenharia Civil como professor da disciplina Instalações Prediais.

CARVALHO JÚNIOR

ROBERTO DE CARVALHO JÚNIOR

ESTE LIVRO FOI DESENVOLVIDO COM A FINALIDADE DE APRESENTAR UMA VISÃO CONCEITUAL SIMPLES E DIDÁTICA DOS VÁRIOS SUBSISTEMAS DAS INSTALAÇÕES PREDIAIS E SUAS PRINCIPAIS INTERFACES COM O PROJETO DE ARQUITETURA.

ROBERTO DE CARVALHO JÚNIOR CAPÍTULO 1

INTERFACES PREDIAIS

Interfaces das instalações hidráulicas e sanitárias

CAPÍTULO 2 Interfaces das instalações de gás

CAPÍTULO 3 Interfaces das instalações de segurança contra incêndios

HIDRÁULICA

CAPÍTULO 4 Interfaces das instalações elétricas

GÁS

CAPÍTULO 5 Interfaces das instalações de telefonia

SEGURANÇA CONTRA INCÊNDIO

CAPÍTULO 6 Adequações das instalações para pessoas com necessidades especiais

ELÉTRICA

CAPÍTULO 7 Interfaces com a norma de desempenho (NBR 15575)

TELEFONIA NBR 15575 - NORMA DE DESEMPENHO 2a edição

REFERÊNCIAS


Conteúdo

PROF. ENG. ROBERTO DE CARVALHO JÚNIOR

INTERFACES PREDIAIS HIDRÁULICA, GÁS, SEGURANÇA CONTRA INCÊNDIO, ELÉTRICA, TELEFONIA E NBR 15575: EDIFICAÇÕES HABITACIONAIS – DESEMPENHO 2ª edição

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Interfaces prediais: hidráulica, gás, segurança contra incêndio, elétrica, telefonia e NBR 15575: Edificações Habitacionais – Desempenho © 2019 Roberto de Carvalho Júnior 1ª edição – 2017 2ª edição – 2019 Editora Edgard Blücher Ltda.

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) Angélica Ilacqua CRB-8/7057

Rua Pedroso Alvarenga, 1245, 4º andar 04531-934 – São Paulo – SP – Brasil Tel.: 55 11 3078-5366 contato@blucher.com.br www.blucher.com.br

Carvalho Júnior, Roberto de Interfaces prediais : hidráulica, gás, segurança contra incêndio, elétrica, telefonia e NBR 15575: Edificações Habitacionais – Desempenho / Roberto de Carvalho Júnior. – 2. ed. – São Paulo : Blucher, 2019. 294 p. : il. Bibliografia

Segundo o Novo Acordo Ortográfico, conforme 5. ed. do Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa, Academia Brasileira de Letras, março de 2009.

É proibida a reprodução total ou parcial por quaisquer meios sem autorização escrita da editora. Todos os direitos reservados pela Editora Edgard Blücher Ltda.

ISBN 978-85-212-1845-6 (impresso) ISBN 978-85-212-1846-3 (e-book) 1. Edifícios, estruturas etc. – Projeto arquitetônico 2. Instalações hidráulicas e sanitárias 3. Instalações elétricas 4. Sistemas telefônicos 5. Prevenção de incêndios I. Título. 19-1175

CDD 690 Índice para catálogo sistemático:

1. Edifícios, estruturas etc. – Projeto arquitetônico

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CONTEÚDO

CAPÍTULO 1 INTERFACES DAS INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS E SANITÁRIAS ..............................................................................

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1.1 Considerações gerais .................................................

17

1.2 Interfaces do ramal predial com o projeto arquitetônico ..............................................................

18

1.2.1 Medição de água individualizada ...................

22

1.3 Sistemas de abastecimento e suas interfaces com a arquitetura...............................................................

25

1.3.1 Sistema de distribuição direto .......................

25

1.3.2 Sistema de distribuição indireto ....................

26

1.3.3 Sistema de distribuição misto ........................

28

1.4 Instalação de aparelhos sanitários no projeto arquitetônico ..............................................................

29

1.4.1 Instalações em banheiros ...............................

32

1.4.2 Instalações em cozinhas .................................

41

1.4.3 Instalações em áreas de serviço.....................

43

1.5 Os reservatórios no projeto arquitetônico ................

45

1.5.1 Reservatório superior .....................................

47

1.5.2 Reservatório inferior .......................................

48

1.5.3 Sistema elevatório (casa de bombas) ............

49

1.5.4 Reserva de água fria .......................................

51

1.5.5 Tipos de reservatório ......................................

54

1.5.6 Altura do reservatório ....................................

56

1.5.7 Influência dos reservatórios na qualidade da água.............................................................

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1.6 Interfaces das pressões mínimas e máximas com o projeto arquitetônico............................................... 59 1.6.1 Pressão estática............................................... 59 1.6.2 Pressão dinâmica............................................. 60 1.6.3 Pressão de serviço........................................... 61 1.6.4 Dispositivos controladores de pressão e suas interfaces com as edificações.......................... 62 1.7 Ruídos e vibrações em instalações prediais.............. 65 1.8 Sistemas de aquecimento de água e suas interfaces com a arquitetura........................................................ 69 1.8.1 Aquecedores elétricos...................................... 69 1.8.2 Aquecedores a gás............................................ 70 1.8.3 Aquecedores solares........................................ 72 1.9 Interfaces com o projeto estrutural........................... 75 1.9.1 Instalações embutidas e aparentes................. 75 1.9.2 Prumadas hidráulicas...................................... 76 1.9.3 Travessia de vigas............................................ 79 1.9.4 Áreas destinadas aos dutos de passagem e inspeção (shafts).......................................... 80 1.9.5 Compartimentos rebatidos (parede hidráulica).......................................... 83 1.10 Ligação da rede de esgoto ao sistema público.......... 88 1.11 Sistema de reutilização de águas cinzas em projetos residenciais................................................... 89 1.12 Sistema de águas pluviais e suas interfaces com a arquitetura................................................................ 93 1.12.1 Calhas e rufos nas edificações........................ 95 1.12.2 Condutores verticais no projeto arquitetônico.................................................... 98 1.12.3 Vazão concentrada em telhados...................... 100 1.12.4 Interface dos condutores horizontais com os níveis do terreno.......................................... 101 1.12.5 Utilização de água da chuva em edificações.... 103

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INTERFACES DAS INSTALAÇÕES DE GÁS............................. 105 2.1 Considerações gerais.................................................. 105

Conteúdo

CAPÍTULO 2

2.1.1 Gás LP............................................................... 105 2.1.2 Gás Natural....................................................... 105 2.2 Normas específicas para instalações de gás............. 106 2.3 Fornecimento do Gás LP............................................ 107 2.4 Tipos de instalações................................................... 108 2.4.1 Instalações residenciais................................... 108 2.4.2 Instalação em condomínios............................. 111 2.5 Central de Gás LP....................................................... 115 2.6 Fornecimento do Gás Natural.................................... 117 2.7 Requisitos gerais para elaboração de projetos e execução de instalação a gás..................................... 118

CAPÍTULO 3 INTERFACES DAS INSTALAÇÕES DE SEGURANÇA CONTRA INCÊNDIOS.............................................................. 119 3.1 Considerações gerais.................................................. 119 3.2 Características da edificação e área de risco............ 122 3.3 Projeto Técnico (PT).................................................. 123 3.4 Projeto Técnico Simplificado (PTS).......................... 124 3.4.1 Certificado de Licença do Corpo de Bombeiros (CLCB)........................................... 125 3.5 Projeto Técnico de Ocupação e Instalação Temporária (PTIOT).................................................. 126 3.6 Projeto Técnico de Ocupação Temporária em Edificação Permanente (PTOTEP)........................... 126 3.7 Classificação dos incêndios........................................ 127 3.8 Medidas de segurança contra incêndio..................... 128 3.8.1 Medidas ativas de proteção............................. 128 3.8.2 Medidas passivas de proteção......................... 146

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CAPÍTULO 4 INTERFACES DAS INSTALAÇÕES ELÉTRICAS....................... 161 4.1 Considerações gerais.................................................. 161 4.2 Padrão de entrada....................................................... 162 4.3 Localização do quadro de medição de energia......... 164 4.4 Localização do quadro de distribuição de energia... 166 4.5 Prumadas elétricas e caixas de passagem................ 173 4.6 Previsão de pontos de elétrica em instalações residenciais.................................................................. 176 4.6.1 Sala.................................................................... 177 4.6.2 Escritório.......................................................... 177 4.6.3 Dormitório........................................................ 178 4.6.4 Terraço............................................................. 178 4.6.5 Banheiros.......................................................... 178 4.6.6 Cozinha............................................................. 180 4.6.7 Área de serviço................................................ 184 4.6.8 Pontos externos............................................... 184 4.7 Previsão de tomadas de corrente.............................. 184 4.7.1 Tomadas de uso geral...................................... 185 4.7.2 Tomadas de uso específico.............................. 185 4.8 Quantidade mínima de tomadas................................ 185 4.8.1 Tomadas de uso geral...................................... 186 4.8.2 Tomadas de uso específico.............................. 188 4.9 Luminotécnica............................................................ 190 4.9.1 Aparelhos de iluminação................................. 191 4.9.2 Tipos de luminárias segundo o modo de aplicação da luz................................................ 192 4.9.3 Tipos de lâmpadas........................................... 193 4.9.4 Interfaces da iluminação com o projeto arquitetônico.................................................... 200 4.9.5 Cálculo de iluminação..................................... 204

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4.10.1 Dispositivos de proteção.................................. 207

Conteúdo

4.10 Componentes da instalação elétrica no projeto arquitetônico............................................................... 206 4.10.2 Eletrodutos....................................................... 211 4.10.3 Caixas............................................................... 216 4.10.4 Condutores de eletricidade.............................. 219 4.10.5 Dispositivos de manobra.................................. 224

CAPÍTULO 5 INTERFACES DAS INSTALAÇÕES DE TELEFONIA................. 227 5.1 Considerações gerais.................................................. 227 5.2 Entrada telefônica....................................................... 228 5.2.1 Poste particular para entrada telefônica........ 230 5.2.2 Caixa externa para entrada telefônica........... 232 5.2.3 Ramal de entrada telefônica............................ 233 5.3 Prumada telefônica..................................................... 235 5.4 Caixas de distribuição................................................ 237 5.5 Caixas de saída............................................................ 241 5.6 Tomadas de telefonia.................................................. 243 5.7 Critério para previsão de pontos telefônicos............ 243 5.8 Critério para previsão de caixas de saída................. 244 5.8.1 Residências ou apartamentos.......................... 244 5.8.2 Lojas.................................................................. 244 5.8.3 Escritórios........................................................ 245

CAPÍTULO 6 ADEQUAÇÕES DAS INSTALAÇÕES PARA PESSOAS COM NECESSIDADES ESPECIAIS........................................... 247 6.1 Considerações gerais.................................................. 247 6.2 Sanitários..................................................................... 248 6.2.1 Instalação de aparelhos................................... 250 6.2.2 Instalação de acessórios.................................. 258

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CAPÍTULO 7 INTERFACES COM A NORMA DE DESEMPENHO (NBR 15575)............................................................................... 261 7.1 A norma de desempenho............................................ 261 7.2 Incumbências dos intervenientes.............................. 263 7.3 Avaliação de desempenho.......................................... 264 7.4 Vida útil de projeto...................................................... 265 7.5 Norma de desempenho em instalações hidrossanitárias.......................................................... 267 7.5.1 Segurança estrutural....................................... 268 7.5.2 Estanqueidade.................................................. 270 7.5.3 Desempenho acústico...................................... 271 7.5.4 Durabilidade e manutenibilidade................... 272 7.5.5 Saúde, higiene e qualidade do ar.................... 274 7.5.6 Funcionalidade e acessibilidade..................... 276 7.5.7 Conforto tátil e antropodinâmico................... 276 7.5.8 Adequação ambiental...................................... 277 7.6 Norma de desempenho em instalações de gás.......... 277 7.7 Norma de desempenho em instalações de segurança contra incêndio......................................... 280 7.8 Norma de desempenho em instalações elétricas...... 283 7.8.1 Segurança no uso e operação.......................... 284 7.9 Norma de desempenho em instalações de telefonia.... 284

REFERÊNCIAS............................................................................ 285

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INTERFACES DAS INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS E SANITÁRIAS

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1.1 CONSIDERAÇÕES GERAIS Um projeto arquitetônico elaborado com os equipamentos adequadamente localizados, tendo em vista suas características funcionais, compatibilizado com os projetos de estrutura, instalações e outros pertinentes, é condição básica para a perfeita integração entre os vários subsistemas construtivos. O projeto hidráulico harmoniosamente integrado aos demais projetos do edifício permitirá fácil operação e manutenção das instalações. Essa compatibilização entre os vários subsistemas envolvidos na construção do edifício resultará em um correto andamento de obra, evitando improvisações. As instalações prediais hidráulico-sanitárias têm como finalidade fazer a distribuição de água em quantidade suficiente e sob pressão adequada a todas as peças de utilização e aparelhos sanitários da edificação, promover a coleta e o afastamento adequados das águas pluviais e das águas servidas e impedir o retorno de águas poluídas nas canalizações de alimentação dos aparelhos, bem como a entrada de gases de esgotos, roedores ou insetos nos edifícios, criando, dessa maneira, condições favoráveis ao conforto e à segurança dos usuários. O projeto hidráulico é indispensável ao bem construir, pois evita inúmeros erros na montagem das instalações. Quando o assunto é hidráulica, além de um bom projeto, é necessário o emprego de materiais de qualidade comprovada, pois os reparos no sistema de canalizações sempre apresentam custos elevados. Para se ter uma ideia da negligência com relação ao projeto e à execução das instalações hidráulico-sanitárias, estima-se que a maior incidência de patologias dos edifícios é decorrente de problemas relacionados às instalações hidráulicas prediais, e a maior parte dessas falhas tem origem no projeto.

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A quantidade e a complexidade dos equipamentos utilizados em instalações prediais vêm crescendo muito nos últimos anos. Nas instalações de água e esgoto, por exemplo, é possível listar uma série de itens que até pouco tempo não faziam parte do escopo básico dos edifícios residenciais, como estações de tratamento, sistemas de medição individualizada de água, aparelhos de aquecimento solar, equipamentos de reúso de águas pluviais, entre outros. O grande desafio para os projetistas de instalações é organizar tudo isso em um espaço físico restrito e cada vez mais limitado pelo projeto arquitetônico (NAKAMURA, 2010). Essa compatibilização entre os projetos é fundamental para racionalizar a instalação e garantir a facilidade de manutenção dela. O problema é que nem sempre isso ocorre, e o resultado dessa incompatibilidade pode se manifestar de diversas formas.

1.2 INTERFACES DO RAMAL PREDIAL COM O PROJETO ARQUITETÔNICO Uma instalação predial de água fria pode ser alimentada de duas maneiras: pela rede pública de abastecimento ou por um sistema privado, quando a primeira não estiver disponível. Quando a instalação for alimentada pela rede pública, a entrada de água no prédio será feita por meio do ramal predial, executado pela concessionária pública responsável pelo abastecimento, que interliga a rede pública de distribuição de água à instalação predial. Antes de solicitar o fornecimento de água, porém, o projetista deve fazer uma consulta prévia à concessionária, visando obter informações sobre as características da oferta de água no local de execução da obra. É importante obter informações a respeito de eventuais limitações de vazão, do regime de variação de pressões, das características da água, da constância de abastecimento e outras informações que o projetista julgar relevantes. De maneira geral, todo sistema público que fornece água exige a colocação de um medidor de consumo, chamado hidrômetro. Esse dispositivo é instalado em um compartimento de alvenaria ou concreto, junto com um registro de gaveta, e a canalização ali existente é chamada de cavalete. A canalização que liga o cavalete ao reservatório interno (alimentador predial), geralmente, é da mesma bitola (diâmetro) do ramal predial (que interliga a rede pública à instalação predial).

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INTERFACES DAS INSTALAÇÕES DE GÁS

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2.1 CONSIDERAÇÕES GERAIS O refi no do petróleo resulta em uma sequência de produtos derivados: óleos combustíveis, gasolina, querosene, diesel, nafta e, fi nalmente, o Gás LP (derivado mais leve e puro).

2.1.1 GÁS LP O gás liquefeito de petróleo, designado pela sigla Gás LP, composto basicamente de uma mistura de propano e butano e hidrocarbonetos obtidos pela destilação do petróleo, tem certa predominância na utilização nas instalações prediais. O Gás LP tem alto poder calorífico (11.500 kcal/kg) e é encontrado nos mais diversos setores de produção e serviços, como: padarias, indústrias automotivas, hotéis, fazendas e também o setor residencial. O Gás LP é inodoro para sua percepção. Nele dilui-se uma substância chamada etil-mercapta que, em caso de eventuais vazamentos, proporciona um odor desagradável característico. O Gás LP é armazenado em reservatório cheio, se encontra parte em estado líquido e parte em estado gasoso.

2.1.2 GÁS NATURAL O Gás Natural é composto basicamente de metano e etano. É uma mistura de hidrocarbonetos leves que à temperatura ambiente e pressão atmosférica permanece no estado gasoso. É encontrado em depósitos subterrâneos na natureza (associado ou não ao petróleo), limitado ao alcance dos gasodutos e seu poder calorífico é de 9.400 kcal/m³. No Brasil, é a Petrobras Distribuidora que detém a concessão para exploração em bacias. O fornecimento de Gás Natural canalizado para o grande público é de responsabilidade das distribuidoras, e cada estado tem sua empresa privada que

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administra a concessão. Com o aumento de gasodutos nas vias públicas das cidades, o Gás Natural vem sendo utilizado em grande escala, principalmente na substituição do Gás LP fornecido nas instalações prediais.

2.2 NORMAS ESPECÍFICAS PARA INSTALAÇÕES DE GÁS As instalações de gás canalizado, seja de Gás Natural ou Gás LP, deve seguir padrões estabelecidos pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT). As empresas fornecedoras (distribuidoras) do gás são responsáveis pela execução dos projetos, as instalações e o controle da manutenção das centrais e tubulações. O atendimento das normas é requisito para complementar os documentos solicitados na obtenção do Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiro (AVCB), que é obtido após vistoria técnica que atesta o perfeito funcionamento e documentos exigidos para liberação. A seguir estão listadas Normas Brasileiras (NBR, emitidas pela ABNT), Normas Regulamentadoras (NR, emitidas pelo Ministério do Trabalho) e Instruções Técnicas (IT, emitidas pelo Corpo de Bombeiros) pertinentes às instalações: •

ABNT NBR 13523 Central de gás liquefeito de petróleo (GLP).

ABNT NBR 15526 Rede de distribuição interna para gases combustíveis em instalações residências e comerciais – Projeto e execução.

ABNT NBR 15358 Rede de distribuição interna para gases combustíveis em instalações industriais – Projeto e execução.

ABNT NBR 14024 Central de gás liquefeito de petróleo (GLP). Sistema de abastecimento a granel – Procedimentos operacionais.

NR 13 Caldeiras e vasos de pressão.

NR 20 Segurança e saúde no trabalho com inflamáveis e combustíveis.

ABNT NBR 15489 Solda e fluxos para união de tubos e conexões de cobre e ligas de cobre – Especificação.

ABNT NBR 15277 Conexões com terminais de compressão para uso com tubos de cobre – Requisitos.

ABNT NBR 15345 Instalação predial de tubos e conexões de cobre e ligas de cobre – Procedimento.

ABNT NBR 15590 Regulador de pressão para gases combustíveis.

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INTERFACES DAS INSTALAÇÕES DE SEGURANÇA CONTRA INCÊNDIOS

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3.1 CONSIDERAÇÕES GERAIS A instalação predial de segurança contra incêndio é um assunto bastante complexo, que depende de uma classificação rigorosa quanto aos riscos de incêndio. De acordo com o projeto de revisão da ABNT NBR 15575-1 – Edificações Habitacionais – Desempenho – Parte 1, de 19 de fevereiro de 2013, as exigências relativas à segurança contra incêndio são pautadas em: •

proteger a vida dos ocupantes das edificações e áreas de risco, em caso de incêndio;

dificultar a propagação do incêndio, reduzindo danos ao meio ambiente e ao patrimônio;

proporcionar meios de controle e extinção do incêndio;

dar condições de acesso para as operações do Corpo de Bombeiros.

Os objetivos principais de garantir a resistência ao fogo dos elementos estruturais são: •

possibilitar a saída dos ocupantes da edificação em condição de segurança;

garantir condições razoáveis para o emprego de socorro público, permitindo-se o acesso operacional de viaturas, equipamentos e seus recursos humanos, com tempo hábil para exercer as atividades de salvamento (pessoas retidas) e combate a incêndios (rescaldo e extinção);

evitar ou minimizar danos à própria edificação, às outras adjacentes, à infraestrutura pública e ao meio ambiente.

Neste capítulo, será feita uma abordagem sumária do assunto, particularmente com enfoque no projeto arquitetônico, para que o arquiteto tenha um mínimo de informações sobre a matéria e adquira consciência do risco que representa a negligência com relação à segurança contra incêndio.

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Como orientação básica, foi utilizado o Decreto Estadual n. 63.911, de 10 de dezembro de 2018, publicado pelo governo de São Paulo, que dispõe sobre as medidas de segurança contra incêndio nas edificações e áreas de risco, atendendo ao previsto no artigo 144, parágrafo 5º da Constituição Federal, ao artigo 142 da Constituição Estadual, ao disposto na Lei Estadual n. 616, de 17 de dezembro de 1974, na Lei Estadual n. 684, de 30 de setembro de 1975 e no Decreto Estadual n. 55.660, de 30 de março de 2010. Tendo em vista o fato de que cada estado da federação possui uma legislação de segurança contra incêndio e pânico distinta, tornou-se didático transcrever integralmente alguns trechos das Instruções Técnicas do Decreto Estadual n. 63.911/2018 do Corpo de Bombeiros da Polícia Militar do Estado de São Paulo (CBPMESP). De qualquer maneira, além de atender às Instruções Técnicas do Decreto Estadual n. 63.911/2018 e, em alguns casos, às normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), o projeto de segurança contra incêndio das edificações e áreas de risco deverá ser apresentado ao Corpo de Bombeiros para a devida análise. Por essas razões, o projeto técnico deve ser elaborado por um profissional qualificado, com conhecimento de todas as exigências e normas vigentes. O Decreto Estadual n. 63.911/2018 é composto por 45 Instruções Técnicas que dão parâmetros para o desenvolvimento de projetos técnicos. São elas:

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Instrução Técnica 01 – Procedimentos administrativos;

Instrução Técnica 02 – Conceitos básicos de segurança contra incêndio;

Instrução Técnica 03 – Terminologia de segurança contra incêndio;

Instrução Técnica 04 – Símbolos gráficos para projeto de segurança contra incêndio;

Instrução Técnica 05 – Segurança contra incêndio – Urbanística;

Instrução Técnica 06 – Acesso de viaturas na edificação e áreas de risco;

Instrução Técnica 07 – Separação entre edificações (isolamento de risco);

Instrução Técnica 08 – Segurança estrutural contra incêndio;

Instrução Técnica 09 – Compartimentação horizontal e compartimentação vertical;

Instrução Técnica 10 – Controle de materiais de acabamento e de revestimento;

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INTERFACES DAS INSTALAÇÕES ELÉTRICAS

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4.1 CONSIDERAÇÕES GERAIS O projeto de instalações elétricas prediais é uma representação gráfica e escrita do que se pretende instalar na edificação, com todos os seus detalhes e a localização dos pontos de utilização (luz, tomadas, interruptores, comandos, passagem e trajeto dos condutores, dispositivos de manobras etc.). Quando bem elaborado e corretamente dimensionado, com materiais de qualidade comprovada e também integrado de uma maneira racional, harmônica e tecnicamente correta com os projetos técnicos complementares, o projeto de instalações elétricas gera significativa economia na aquisição de materiais e na execução das instalações, além de evitar o super ou subdimensionamento de circuitos, disjuntores desarmados, falta de segurança nas instalações (incêndios, perda de equipamentos, choques elétricos) e dificuldade para a execução das instalações desconformes com as normas vigentes. O tempo despendido na compatibilização entre o projeto arquitetônico e o de instalações elétricas será recuperado quando na execução de ambos, evitando desperdício de energia e o mau funcionamento dos aparelhos e equipamentos e permitindo fácil operação e manutenção de toda a instalação. Para facilitar a manutenção, o ideal é que o arquiteto proponha soluções a partir do projeto. Por esse motivo, é importante o acompanhamento dos projetistas de instalações já na fase de criação arquitetônica. Para a elaboração dos projetos, deve ser consultada a concessionária de energia elétrica, que fi xa os requisitos mínimos indispensáveis para a ligação das unidades consumidoras.

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Interfaces prediais

Além das normas da concessionária e das normas específicas aplicáveis, também devem ser consultadas as normas técnicas da ABNT, principalmente a NBR 5410 (Instalações elétricas de baixa tensão: procedimentos), que contém prescrições relativas ao projeto, à execução, à verificação final da obra e à manutenção das instalações elétricas.

Figura 4.1  Esquema de instalação elétrica.

Rede da concessionária em baixa tensão

s ito is rcu in a i C rm te

Ramal de ligação Quadro de distribuição

Medidor

Circuito de alimentação principal Aterramento

4.2 PADRÃO DE ENTRADA

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Padrão de entrada é a instalação que compreende ramal de entrada, poste particular ou pontalete, caixas, quadro de medição, proteção, aterramento e ferragens, de responsabilidade do cliente, que deve ser feita atendendo às especificações da norma técnica da concessionária para o tipo de fornecimento. A norma técnica referente à instalação do padrão de entrada e outras informações a esse respeito deverão ser obtidas na agência local da concessionária fornecedora de energia elétrica.

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INTERFACES DAS INSTALAÇÕES DE TELEFONIA

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5.1 CONSIDERAÇÕES GERAIS Este capítulo tem como objetivo estabelecer alguns parâmetros que devem ser observados na compatibilização do projeto arquitetônico com o projeto de telefonia. Com a proliferação dos ramais, das extensões, das ligações para computadores, internet e dos pontos de TV a cabo, a telefonia ganhou destaque nas obras, tornando-se um item indispensável em qualquer projeto. Todos os projetos de tubulações telefônicas, referentes a edificações com três ou mais pavimentos e/ou seis ou mais pontos telefônicos, deverão ser submetidos à aprovação da concessionária. Em tais casos, nenhuma tubulação telefônica deverá ser executada sem que seu projeto tenha sido aprovado. É importante ressaltar, porém, que a entrada e as tubulações de telefonia devem ser exclusivas, ou seja, independentes de outras instalações. Além disso, os fios telefônicos devem ser sempre tubulados e embutidos. As tubulações telefônicas devem ser destinadas exclusivamente ao uso da concessionária que, a seu critério, nelas poderá instalar os serviços de telecomunicações conectados à rede pública, como telefonia, telex, centrais privadas de comutação telefônica de propriedade da concessionária, música ambiente, transmissão de dados ou outros serviços correlatos. Os materiais a serem utilizados na instalação devem ser rigorosamente adequados às fi nalidades a que se destinam e devem satisfazer as normas aplicáveis da ABNT. Devem ser adquiridos em lojas especializadas, e a execução dos serviços, feita, preferencialmente, por profissionais habilitados. Todas as modificações que o construtor precisar introduzir em um projeto de tubulação deverão ser analisadas e aprovadas previamente pela concessionária.

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Interfaces prediais

5.2 ENTRADA TELEFÔNICA Geralmente, a entrada telefônica segue praticamente o mesmo critério de entrada de energia elétrica. Deve ser preservada uma distância mínima de 20 cm entre o eletroduto de telefonia, os da eletricidade e os destinados a outros usos, como os computadores, antena de TV, interfone e energia elétrica, para evitar interferências. Para a entrada telefônica de uma casa, é utilizado o mesmo poste particular previsto para a entrada de energia elétrica, seguindo praticamente o mesmo critério. Esse poste será de concreto armado, conforme norma da concessionária de energia local, com eletroduto de entrada de 19 mm de diâmetro. No poste particular, a tubulação de entrada deve ser amarrada e possuir curva de 180° na ponta (tipo “bengala”). A tubulação telefônica de entrada deve ser compatível com o número de pontos necessários na obra, conforme tabela na Norma Telebras 224-311501/02, de PVC rígido, ferro esmaltado ou galvanizado, não sendo permitido o uso de tubo flexível (corrugado). A fixação do eletroduto no poste deve ser feita com fita de aço inox, braçadeira ou arame galvanizado. Não é permitido o uso de tubo flexível (corrugado). As tubulações telefônicas devem ser embutidas em paredes (preferencialmente) ou pisos, e as curvas utilizadas nas instalações devem ser de 90°, do tipo longa. Por ocasião da construção ou reforma, deve-se deixar o conduíte embutido com arame-guia galvanizado de BWG 10 (3,4 mm) para, posteriormente, puxar o fio telefônico. O eletroduto na parede externa (sentido horizontal) deve ter sempre uma declividade em direção à caixa de passagem, para que a água condensada dentro do duto escoe e não fique em contato com o fio telefônico. A entrada direta pela fachada só é permitida em edificações sem recuo. Para casas com recuo, é necessário o poste particular de acesso. Em qualquer situação, deve ser instalado, na fachada, um suporte com abrigo e bloco XT2P, roldana para fio FE e parafuso de fixação para conexão do fio telefônico FE. O suporte deve ficar aproximadamente 20 cm distante da caixa de entrada, “bengala” ou tubo de proteção, conforme o caso.

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ADEQUAÇÕES DAS INSTALAÇÕES PARA PESSOAS COM NECESSIDADES ESPECIAIS

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6.1 CONSIDERAÇÕES GERAIS A sociedade em geral, hoje, está mais conscientizada da necessidade de proporcionar uma vida digna, confortável e independente às pessoas com necessidades especiais. Assim, o arquiteto não pode ignorar essa realidade e deve prever, em seu projeto, as providências a serem tomadas para garantir o conforto e a segurança a essas pessoas. A NBR 9050 fi xa as condições exigíveis, bem como os padrões e as medidas que visam a propiciar, às pessoas com necessidades especiais, melhores e mais adequadas condições de acesso aos edifícios de uso público e às vias públicas urbanas. Para a elaboração de qualquer projeto com compartimentos adaptados para o uso da pessoa com necessidades especiais, em virtude da complexidade e do detalhamento do assunto, é recomendável a observação global das leis e normas existentes. Esse assunto é de fundamental importância, não apenas no aspecto arquitetônico da edificação, mas também no projeto hidráulico, pois exige adaptações significativas, principalmente no caso de reformas. Em se tratando de sanitários, deve-se ter como base a medida-padrão de uma cadeira de rodas. Considera-se o módulo de referência a projeção de 0,80 m × 1,20 m no piso, ocupada por uma pessoa que utiliza cadeira de rodas, sendo que o espaço necessário para a rotação de 360° é de, no mínimo, 1,50 m. Com relação ao projeto de instalações elétricas, os interruptores e tomadas devem situar-se a uma altura do piso que permita sua utilização pelas pessoas com deficiência, conforme mostra a Figura 6.16.

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Interfaces prediais

Os aparelhos telefônicos devem ter sua parte superior a 1,20 m do piso. Para maior segurança e comodidade, deve-se instalar sensor de presença para acionamento da iluminação.

Figura 6.1  Dimensões referenciais para cadeira de rodas manuais ou motorizadas. 0,300,40

0,49-0,53

1,5 cm Largura da roda 0,60-0,70

0,33

A) Vista frontal aberta

B) Vista frontal fechada

0,420,45

~0,25

0,07

0,71-0,725

0,925

0,40-0,46

0,95-1,15 C) Vista lateral

Figura 6.2  Dimensões do módulo de referência (M.R.).

0,80

1,20

6.2 SANITÁRIOS É importante destacar que, normalmente, só se pensa na pessoa com necessidades especiais quando se projetam ambientes públicos ou específicos. Cada dia mais, principalmente no que tange aos ambientes de sanitários, os espaços físicos estão abaixo do confortável – as dimensões mínimas e ergonômicas dos aparelhos que foram mostradas neste trabalho tornam praticamente impossível sua utilização por pessoas com necessidades especiais.

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Os sanitários acessíveis devem obedecer aos parâmetros da NBR 9050 no que diz respeito à instalação de aparelhos sanitários,

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INTERFACES COM A NORMA DE DESEMPENHO (NBR 15575)

7 Marcelo Fabiano Costella Gabriela Schneider de Sousa Bottega

7.1 A NORMA DE DESEMPENHO O conjunto de normas denominado NBR 15575 foi desenvolvido com a fi nalidade de estabelecer um padrão de desempenho mínimo nas edificações habitacionais, visando à qualidade e à inovação tecnológica na construção. Assim, o desempenho está relacionado às exigências dos usuários de edifícios habitacionais e seus sistemas quanto ao seu comportamento em uso, sendo uma consequência da forma como são construídos. Este capítulo é baseado na ABNT NBR 15575: Edificações Habitacionais – Desempenho, a qual será denominada como Norma de Desempenho ao longo do texto. Esta norma está em vigor desde o ano de 2013 e é dividida em seis partes: •

Parte 1: Requisitos gerais;

Parte 2: Requisitos para os sistemas estruturais;

Parte 3: Requisitos para os sistemas de pisos;

Parte 4: Requisitos para os sistemas de vedações verticais internas e externas;

Parte 5: Requisitos para os sistemas de cobertura;

Parte 6: Requisitos para os sistemas hidrossanitários.

A NBR 15575 representa um avanço para a construção no Brasil, sendo que a partir do conceito de comportamento em uso, inicia-se um pensamento em relação ao desempenho desde a concepção do projeto (LORENZI, 2013).

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Interfaces prediais

No caso deste livro, que apresenta as interfaces prediais dos projetos de hidráulica, gás, segurança contra incêndio, elétrica e telefonia, o principal interesse está relacionado com a Parte 6, a qual, oficialmente, é designada: ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 15575-6: Edificações habitacionais – Desempenho – Parte 6: Requisitos para os sistemas hidrossanitários. Rio de Janeiro, 2013. Entretanto, o livro também possui relação com as demais partes da norma, nas quais as exigências do usuário são derivadas da ISO 6241 e utilizadas como parâmetros para o estabelecimento dos requisitos e critérios. Os requisitos do usuário estão presentes em cada uma das partes da norma, sendo doze no total: 1. segurança estrutural; 2. segurança contra o fogo; 3. segurança no uso e na operação; 4. estanqueidade; 5. desempenho térmico; 6. desempenho acústico; 7. desempenho lumínico; 8. saúde, higiene e qualidade do ar; 9. funcionalidade e acessibilidade; 10. conforto tátil e antropodinâmico; 11. durabilidade e manutenibilidade; 12. impacto ambiental. Para cada requisito, a NBR 15575 estabelece um nível de desempenho: mínimo (M), intermediário (I) e superior (S). Enquanto o nível mínimo de desempenho é obrigatório, os demais consideram a possibilidade de melhoria da qualidade da edificação, por isso, quando da utilização dos níveis intermediário e superior de desempenho, esses devem ser informados e destacados em projeto. Todavia, são poucos os requisitos que possuem indicação de níveis de desempenho intermediário e superior, somente os indicados em itens específicos, os quais, por exemplo, na Parte 6, se referem somente ao desempenho acústico relacionado aos ruídos gerados na operação de equipamentos hidrossanitários prediais, o qual não é requisito obrigatório na versão da norma do ano de 2013.

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ou modelagem de informação da Atualmente, a tecnologia BIM ( construção) vem sendo cada vez mais utilizada por escritórios de arquitetura e engenharia, tanto no Brasil quanto no exterior. Trata-se de um conceito que envolve o gerenciamento de informações dentro de um edifício desde sua fase inicial de projeto, para o qual é criado um modelo digital que abrange todo o ciclo de vida da edificação. O estudo das instalações prediais e suas interfaces com o projeto arquitetônico é condição básica para que arquitetos e engenheiros utilizem essa nova tecnologia, que surge no mercado para o total gerenciamento de edificações. Assim, este livro foi desenvolvido com a finalidade de apresentar a arquitetos, engenheiros civis e alunos dos cursos de Arquitetura e Urbanismo e de Engenharia Civil uma visão conceitual simples e didática dos vários subsistemas das instalações prediais e suas principais interfaces com o projeto de arquitetura, bem como mostrar a necessidade de integração das instalações com os demais subsistemas construtivos envolvidos na construção de um edifício. Nesta nova edição, o autor incluiu um pequeno resumo do conjunto de normas denominado NBR 15575, Edificações Habitacionais – Desempenho, que foi desenvolvido com a finalidade de estabelecer um padrão de desempenho mínimo nas edificações habitacionais, visando à qualidade e à inovação tecnológica na construção.

HIDRÁULICA, GÁS, SEGURANÇA CONTRA INCÊNDIO, ELÉTRICA, TELEFONIA E NBR 15575

Y

É autor de artigos e publicações em diversos jornais e revistas do país voltados à construção civil, atua como consultor independente e ministra cursos e palestras sobre assuntos relacionados à sua área de atuação. É também autor dos livros Instalações hidráulicas e o projeto de arquitetura, Instalações elétricas e o projeto de arquitetura, Patologias em sistemas prediais hidráulico-sanitários e Instalações prediais hidráulico-sanitárias, publicados pela editora Blucher.

Durante trinta anos atuando como projetista de instalações, o engenheiro Roberto de Carvalho Júnior constatou vários problemas de compatibilização entre o projeto arquitetônico e os projetos de instalações prediais hidráulico-sanitárias, de gás, de segurança contra incêndio, de elétrica e de telefonia. Como professor de disciplinas de instalações prediais em faculdades de Arquitetura e Urbanismo e de Engenharia Civil, observou a carência e a importância de uma bibliografia que atendesse às necessidades de aprendizado e consulta sobre as principais interfaces físicas e funcionais do projeto arquitetônico com instalações prediais.

INTERFACES PREDIAIS

É engenheiro civil, licenciado em Matemática com habilitação em Física e Desenho Geométrico. Pós-graduado em Didática do Ensino Superior e mestre em Arquitetura e Urbanismo. Projetista de instalações prediais desde 1982, já elaborou inúmeros projetos de edificações de médio porte e de grande porte, executados em várias cidades do Brasil. Desde 1994, atua na área acadêmica em faculdades de Arquitetura e Urbanismo e de Engenharia Civil como professor da disciplina Instalações Prediais.

CARVALHO JÚNIOR

ROBERTO DE CARVALHO JÚNIOR

ESTE LIVRO FOI DESENVOLVIDO COM A FINALIDADE DE APRESENTAR UMA VISÃO CONCEITUAL SIMPLES E DIDÁTICA DOS VÁRIOS SUBSISTEMAS DAS INSTALAÇÕES PREDIAIS E SUAS PRINCIPAIS INTERFACES COM O PROJETO DE ARQUITETURA.

ROBERTO DE CARVALHO JÚNIOR CAPÍTULO 1

INTERFACES PREDIAIS

Interfaces das instalações hidráulicas e sanitárias

CAPÍTULO 2 Interfaces das instalações de gás

CAPÍTULO 3 Interfaces das instalações de segurança contra incêndios

HIDRÁULICA

CAPÍTULO 4 Interfaces das instalações elétricas

GÁS

CAPÍTULO 5 Interfaces das instalações de telefonia

SEGURANÇA CONTRA INCÊNDIO

CAPÍTULO 6 Adequações das instalações para pessoas com necessidades especiais

ELÉTRICA

CAPÍTULO 7 Interfaces com a norma de desempenho (NBR 15575)

TELEFONIA NBR 15575 - NORMA DE DESEMPENHO 2a edição

REFERÊNCIAS


Clique aqui e:

VEJA NA LOJA

Interfaces Prediais Roberto de Carvalho Júnior ISBN: 9788521218456 Páginas: 294 Formato: 21 x 28 cm Ano de Publicação: 2019 Peso: 0.645 kg


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