Capa_Mezan_Sociedade_27mm corrigido.pdf 1 26/04/2017 16:09:21
Y
CM
MY
CY
CMY
K
Maria Lúcia Valladares *** Seu método, sempre que o assunto tratado o permita, o leva primeiro a contextualizar o tema historicamente, para só depois se aventurar a sugerir hipóteses de cunho psicanalítico. Gosto disso porque desse modo o livro deixa de ser obra de “especialista”. Caterina Koltai
PSICANÁLISE
PSICANÁLISE
M
Dois anos após a publicação do livro que lhe valeu o prêmio Jabuti, em 2015, Renato Mezan nos apresenta um novo “filho imaginário”. Fiel às suas raízes, mais uma vez ele coloca a psicanálise em interlocução com diversos campos de saber, articulando-a com temáticas da cultura e da sociedade. Claras e precisas, as narrativas são fruto do diálogo maduro que o autor entretém com essa dimensão da produção freudiana por muito tempo considerada menor.
Sociedade, cultura, psicanálise
C
Nascido no Rio de Janeiro, estudou Filosofia na Universidade de São Paulo, onde concluiu o mestrado e o doutorado. Foi bolsista na Universidade de Paris I, professor visitante e fellow no Branford College, bolsista de produtividade do CNPq e professor convidado na Universidade de Paris VII. Desde 1982, é psicanalista em São Paulo, professor titular da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) e membro do Departamento de Psicanálise do Instituto Sedes Sapientiae, no qual coordena a revista Percurso. Além de artigos em revistas científicas no Brasil, alguns traduzidos para francês, inglês e espanhol, escreveu diversos livros, entre eles Freud: a trama dos conceitos, Freud: a conquista do proibido e Freud: pensador da cultura.
Mezan
Renato Mezan
Renato Mezan
Sociedade, cultura, psicanálise
Na obra de Freud e de seus sucessores, figura uma quantidade expressiva de trabalhos dedicados à chamada “Psicanálise aplicada”. Aplicada a quê? A instituições, a fenômenos sociais, a crenças, comportamentos e atitudes, a obras artísticas – ou seja, a tudo o que possa expressar alguma dimensão do humano. Vários artigos aqui reunidos investigam temas desse tipo, a partir da convicção de que muitos processos psíquicos descobertos na clínica operam na vida coletiva. Outros abordam questões psicológicas stricto sensu, como o amor ou a inveja. Um terceiro grupo é dedicado à discussão de obras de analistas brasileiros. O conjunto, espero, contribuirá para comprovar o interesse da maneira analítica de pensar, e o equívoco dos que a veem como uma relíquia da Belle Époque, tão irrelevante para os dias de hoje quanto as anquinhas e os espartilhos usados por nossas bisavós.
Renato Mezan