O Lugar do Gênero na Psicanálise

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Felippe Figueiredo Lattanzio

O lugar do gênero na psicanálise Metapsicologia, identidade, novas formas de subjetivação

Como entender, a partir da psicanálise, a hegemonia e a permanência da lógica binária e hierárquica inerente ao nosso sistema de sexo-gênero se reconhecemos que esta não se funda em uma ordem natural? Teria essa “lógica fálica” uma função defensiva? Qual o custo de mantê-la? Que relações existem entre a rigidez do binarismo de gênero e alguns destinos e sofrimentos típicos das identidades masculinas e femininas, ou até mesmo a misoginia e a transfobia? Lattanzio apresenta uma série de hipóteses – rigorosamente sustentadas – que tentam responder a essas e outras questões igualmente relevantes. Este livro é referência essencial para repensar fenômenos clínicos e novas formas de subjetivação, questionando a normatividade da psicanálise clássica, em diálogo enriquecedor com a filosofia, a antropologia, a arte e a teoria feminista.

– Deborah Golergant

série

PSICANÁLISE CONTEMPORÂNEA Coord. Flávio Ferraz PSICANÁLISE

O lugar do gênero na psicanálise

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Psicólogo e psicanalista, é doutor em Psicologia pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), com estágio doutoral no Conservatoire National des Arts et Métiers (CNAM), em Paris, membro fundador do Instituto Travessias – Percursos em Psicanálise e coordenador geral do Instituto Albam, em Belo Horizonte. É autor do capítulo “Logique phallique, narcissisme et liaison: une approche continuiste de la psychopathologie psychanalytique à la lumière de la théorie de la séduction généralisée”, da coletânea Narcissisme et “sexual” dans l’œuvre de Jean Laplanche (PUF, 2020), entre outras publicações.

Lattanzio

Felippe Figueiredo Lattanzio

PSICANÁLISE

Capa_Latanzzio_lugar do genero_P2-2.pdf 1 05/02/2021 09:24:32

A questão da sexualidade permeia a psicanálise do nascedouro às polêmicas atuais. Como Freud já definia, é sua peça fundamental. Entretanto, desde o início, um certo engessamento da teoria se deu em torno do falocentrismo e do primado do masculino. Mesmo grandes autores, que renovaram profundamente a teoria, deixaram intacto esse ponto, quando não o aprofundaram com todas as suas limitações. Assim, chama a atenção que o autor deste livro, sendo um jovem analista, pesquisador e professor, tenha tido a coragem de tocar criticamente nesse verdadeiro dogma. Nessa ousada trajetória, inspirou-se, entre outras fontes, nos gênios de Laplanche e Stoller, teóricos que puseram a mão nesse vespeiro e legaram verdadeiras inovações para a teoria psicanalítica da sexualidade.

Flávio Ferraz


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