1 2 3 4 5 6
Instalações prediais de água fria Instalações prediais de água quente Instalações prediais de segurança contra incêndio Instalações prediais de esgotos sanitários Instalações prediais de águas pluviais Simbologias utilizadas em projetos
PARTE II: INTERFACES DAS INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS E SANITÁRIAS COM O PROJETO ARQUITETÔNICO 7 8 9 10 11
15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26
13a edição
ROBERTO DE CARVALHO JÚNIOR
Durante mais de trinta anos atuando como projetista de instalações, o engenheiro Roberto de Carvalho Júnior constatou vários problemas de compatibilização entre o projeto arquitetônico e o de instalações prediais hidrossanitárias. Como professor de disciplinas de instalações prediais em faculdades de Engenharia Civil e Arquitetura e Urbanismo, o autor observou a carência e a importância de uma bibliografia que atendesse às necessidades de aprendizado e consulta sobre as interfaces físicas e funcionais do projeto arquitetônico com as instalações prediais hidráulicas e sanitárias. Na parte 1 deste livro, são apresentados os principais conceitos de instalações prediais de água fria e água quente, segurança contra incêndios, esgoto e águas pluviais com enfoque no projeto arquitetônico. Na parte 2, são abordados as principais interfaces com a arquitetura e os novos conceitos e tecnologias das instalações prediais hidrossanitárias. O livro foi desenvolvido com a finalidade de apresentar a arquitetos, engenheiros civis, projetistas e alunos dos cursos de Arquitetura e Urbanismo e Engenharia Civil uma visão conceitual mais didática, prática e simplificada dos vários subsistemas das instalações hidráulicas prediais, bem como mostrar a necessidade de integração dessas instalações com os demais subsistemas construtivos envolvidos na construção de um edifício.
E O PROJETO DE ARQUITETURA
13 14
E O PROJETO DE ARQUITETURA
INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS
12
Aparelhos sanitários Instalações em banheiros Instalações em cozinhas Instalações em áreas de serviço Áreas ergonômicas (utilização dos aparelhos) Adequação das instalações (para portadores de necessidades especiais) Novos conceitos e tecnologias Prumadas hidráulicas e elementos estruturais Novos conceitos de banheiros Compartimentos rebatidos Instalações hidráulicas em sistema drywall Instalações hidráulicas em alvenaria estrutural Instalações hidráulicas em sistema steel frame Instalações hidráulicas em sistema wood frame Instalações hidráulicas em sistema concreto + PVC Piso radiante Efeitos ornamentais em água Piscina no projeto arquitetônico Norma de Desempenho NBR 15575 – Parte 6: Instalações Hidrossanitárias Referências
INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS
CARVALHO JÚNIOR
PARTE I: INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS PREDIAIS
INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS
E O PROJETO DE ARQUITETURA
De acordo com a NBR 5626:2020, incluindo a NBR 15575 - Parte 6
www.blucher.com.br
13a edição
ROBERTO DE CARVALHO JÚNIOR É engenheiro civil, licenciado em Matemática com habilitação em Física e Desenho Geométrico. Pós-graduado em Didática do Ensino Superior e mestre em Arquitetura e Urbanismo. Projetista de instalações prediais desde 1982, já elaborou inúmeros projetos de edificações de médio e grande porte, executados em várias cidades do Brasil.Desde 1994, atua na área acadêmica em faculdades de Arquitetura e Urbanismo e de Engenharia Civil como professor de disciplinas de instalações prediais e infraestrutura urbana. É palestrante e autor dos livros Instalações elétricas e o projeto de arquitetura, Patologia dos sistemas prediais hidráulico-sanitários, Instalações prediais hidráulico-sanitárias e Interfaces prediais, publicados pela editora Blucher.
Conteúdo
PROF. ENG. ROBERTO DE CARVALHO JÚNIOR
INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS E O PROJETO DE ARQUITETURA 13.ª edição
3
CARVALHO JR Instalacoes hidraulicas.indb 3
07/08/2021 10:08:59
Instalações hidráulicas e o projeto de arquitetura © 2021 Roberto de Carvalho Júnior 13.ª edição Editora Edgard Blücher Ltda.
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) Angélica Ilacqua CRB-8/7057
Rua Pedroso Alvarenga, 1245, 4º andar 04531-934 – São Paulo – SP – Brasil Tel.: 55 11 3078-5366 contato@blucher.com.br www.blucher.com.br
Carvalho Júnior, Roberto de Instalações hidráulicas e o projeto de arquitetura / Roberto de Carvalho Júnior. – 13. ed. – São Paulo : Blucher, 2021. 400 p. : il. Bibliografia
Segundo o Novo Acordo Ortográfico, conforme 5. ed.
ISBN 978-65-5506-172-7 (impresso)
do Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa,
ISBN 978-65-5506-167-3 (e-book)
Academia Brasileira de Letras, março de 2009.
1. Instalações hidráulicas e sanitárias – Projetos e construção. I. Título. É proibida a reprodução total ou parcial por quaisquer meios sem autorização escrita da editora. Todos os direitos reservados pela Editora Edgard Blücher Ltda.
19-2455
CDD 696.1 Índices para catálogo sistemático:
1. Arquitetura – projetos hidráulicos 2. Instalações hidráulicas e sanitárias
CARVALHO JR Instalacoes hidraulicas.indb 4
07/08/2021 10:08:59
CONTEÚDO
PARTE I INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS PREDIAIS INSTALAÇÕES PREDIAIS DE ÁGUA FRIA........................ Considerações gerais........................................................... Entrada e fornecimento de água fria.................................. Compartimento que abriga o cavalete......................... Medição de água individualizada................................. Instalação de poços artesianos........................................... Poços pouco profundos................................................. Poços profundos............................................................ Sistemas de abastecimento................................................. Sistema direto................................................................ Sistema indireto............................................................ Sistema misto................................................................ Reservatórios....................................................................... Generalidades................................................................ Os reservatórios no projeto arquitetônico................... Sistema elevatório do projeto arquitetônico................ Reservação de água fria................................................ Capacidade dos reservatórios....................................... Tipos de reservatório.................................................... Altura do reservatório................................................... Localização do reservatório.......................................... Influência dos reservatórios na qualidade da água..... Rede predial de distribuição............................................... Barrilete......................................................................... Colunas, ramais e sub-ramais....................................... Materiais utilizados.............................................................. Dispositivos controladores de fluxo.................................... Instalação de registros.................................................. Desenhos das instalações.................................................... Detalhes isométricos..................................................... 1
CARVALHO JR Instalacoes hidraulicas.indb 15
24 24 25 26 29 33 33 33 35 35 36 38 39 39 40 42 43 46 47 52 52 54 55 55 57 58 59 62 65 66
CONTEÚDOCONTEÚDOCONT EÚDOCONTEÚDOCONTEÚDO CONTEÚDOCONTEÚDOCONT EÚDOCONTEÚDOCONTEÚDO CONTEÚDOCONTEÚDOCONT EÚDOCONTEÚDOCONTEÚDO CONTEÚDOCONTEÚDOCONT EÚDOCONTEÚDOCONTEÚDO CONTEÚDOCONTEÚDOCONT EÚDOCONTEÚDOCONTEÚDO CONTEÚDOCONTEÚDOCONT EÚDOCONTEÚDOCONTEÚDO CONTEÚDOCONTEÚDOCONT EÚDOCONTEÚDOCONTEÚDO CONTEÚDOCONTEÚDOCONT EÚDOCONTEÚDOCONTEÚDO CONTEÚDOCONTEÚDOCONT EÚDOCONTEÚDOCONTEÚDO CONTEÚDOCONTEÚDOCONT EÚDOCONTEÚDOCONTEÚDO CONTEÚDOCONTEÚDOCONT EÚDOCONTEÚDOCONTEÚDO CONTEÚDOCONTEÚDOCONT EÚDOCONTEÚDOCONTEÚDO CONTEÚDOCONTEÚDOCONT EÚDOCONTEÚDOCONTEÚDO CONTEÚDOCONTEÚDOCONT EÚDOCONTEÚDOCONTEÚDO CONTEÚDOCONTEÚDOCONT EÚDOCONTEÚDOCONTEÚDO CONTEÚDOCONTEÚDOCONT EÚDOCONTEÚDOCONTEÚDO CONTEÚDOCONTEÚDOCONT EÚDOCONTEÚDOCONTEÚDO CONTEÚDOCONTEÚDOCONT EÚDOCONTEÚDOCONTEÚDO CONTEÚDOCONTEÚDOCONT EÚDOCONTEÚDOCONTEÚDO CONTEÚDOCONTEÚDOCONT EÚDOCONTEÚDOCONTEÚDO CONTEÚDOCONTEÚDOCONT EÚDOCONTEÚDOCONTEÚDO CONTEÚDOCONTEÚDOCONT EÚDOCONTEÚDOCONTEÚDO CONTEÚDOCONTEÚDOCONT EÚDOCONTEÚDOCONTEÚDO CONTEÚDOCONTEÚDOCONT EÚDOCONTEÚDOCONTEÚDO CONTEÚDOCONTEÚDOCONT EÚDOCONTEÚDOCONTEÚDO CONTEÚDOCONTEÚDOCONT EÚDOCONTEÚDOCONTEÚDO
15
07/08/2021 10:09:01
Instalações hidráulicas e o projeto de arquitetura
Altura dos pontos.......................................................... Programas computadorizados...................................... Dimensionamento das tubulações de água fria................. Estimativa das vazões................................................... Método do consumo máximo provável......................... Pressões mínimas e máximas............................................. Pressão estática............................................................. Pressão dinâmica.......................................................... Pressão de serviço......................................................... Dispositivos controladores de pressão......................... Pressurizador................................................................. Válvulas redutoras de pressão...................................... Redutores de pressão.................................................... Limites de velocidade.......................................................... Ruídos e vibrações em instalações prediais....................... Acústica em instalações...................................................... Golpe de aríete..................................................................... Perda de carga nas canalizações........................................ Cálculo das perdas de cargas........................................ Cálculo da pressão dinâmica............................................... 2
16
CARVALHO JR Instalacoes hidraulicas.indb 16
INSTALAÇÕES PREDIAIS DE ÁGUA QUENTE................ Considerações gerais........................................................... Estimativa de consumo....................................................... Sistemas de aquecimento.................................................... Sistema de aquecimento individual............................. Sistema de aquecimento central privado..................... Sistema de aquecimento central coletivo..................... Tipos de aquecedor.............................................................. Aquecedores elétricos................................................... Aquecedores elétricos de passagem............................. Aquecedores por acumulação....................................... Aquecedores a gás......................................................... Aquecedores de passagem a gás................................... Aquecedores de acumulação........................................ Aberturas para ventilação............................................ Aquecimento solar......................................................... Instalação esquemática de aquecimento solar............ Dimensionamento de aquecedores..................................... Aquecedores de passagem a gás................................... Aquecedores de acumulação........................................ Aquecedor solar............................................................. Rede de distribuição............................................................ Materiais utilizados.............................................................. Dimensionamento das tubulações de água quente........... Pressões mínimas e máximas......................................
66 67 72 72 73 78 78 79 80 81 81 82 84 84 84 85 86 88 89 91 97 97 97 98 98 99 99 99 99 99 100 101 101 102 103 104 105 109 109 110 110 112 115 116 117
07/08/2021 10:09:01
INSTALAÇÕES PREDIAIS DE SEGURANÇA CONTRA INCÊNDIO........................................................................... Considerações gerais........................................................... Características da edificação e área de risco..................... Projeto técnico (PT)............................................................ Projeto técnico simplificado (PTS).................................... Certificado de Licença do Corpo de Bombeiros (CLCB)........................................................................... Projeto técnico de ocupação e instalação temporária (PTIOT)................................................................................ Projeto técnico de ocupação temporária em edificação permanente (PTOTEP).............................. Classificação dos incêndios................................................. Medidas de segurança contra incêndio.............................. Medidas ativas de proteção........................................... Medidas passivas de proteção.......................................
117 117 118 118
Conteúdo
Velocidade máxima da água......................................... Perdas de carga............................................................. Comparação do custo de funcionamento de um sistema de água quente a eletricidade e a gás................................. Sistemas integrados de aquecimento................................. 3
INSTALAÇÕES PREDIAIS DE ESGOTOS SANITÁRIOS.. Considerações gerais........................................................... Sistemas de coleta e escoamento dos esgotos sanitários.... Sistemas individuais...................................................... Sistemas coletivos.......................................................... Sistema predial de esgoto.................................................... Ramal de descarga........................................................ Desconector (sifão)........................................................ Caixa sifonada................................................................ Ralos............................................................................... Ralo de saída articulada................................................ Ralo antiespuma............................................................ Ralo anti-infiltração....................................................... Ralo linear...................................................................... Ramal de esgoto............................................................. Ramal com efluente de gordura.................................... Tubo de queda (gordura).............................................. Subsistema de ventilação.............................................. Tubo ventilador e coluna de ventilação....................... Ramal de ventilação...................................................... Subcoletor...................................................................... Caixas de inspeção e gordura....................................... 4
CARVALHO JR Instalacoes hidraulicas.indb 17
121 121 125 125 126 127 128 129 129 130 131 148 161 161 162 162 163 163 165 165 165 167 168 168 169 169 171 171 171 172 173 174 176 177
17
07/08/2021 10:09:01
Instalações hidráulicas e o projeto de arquitetura
18
CARVALHO JR Instalacoes hidraulicas.indb 18
Caixa de inspeção.......................................................... Caixa de gordura........................................................... Caixa múltipla................................................................ Características técnicas................................................ Coletor predial..................................................................... Válvula de retenção....................................................... Materiais utilizados.............................................................. Traçado das instalações...................................................... Dimensionamento das tubulações...................................... Instalações de esgoto em pavimentos sobrepostos........... Residências assobradadas............................................. Edifícios de múltiplos pavimentos................................ Níveis do terreno e redes de esgoto.................................... Reúso de águas cinzas.........................................................
177 178 180 181 182 182 183 183 185 189 190 191 193 195
INSTALAÇÕES PREDIAIS DE ÁGUAS PLUVIAIS............. Considerações gerais........................................................... Partes constituintes da arquitetura................................... Cobertura....................................................................... Águas da cobertura....................................................... Água furtada.................................................................. Cumeeira........................................................................ Beiral.............................................................................. Platibanda...................................................................... Vazão de projeto................................................................... Calhas e rufos no projeto arquitetônico............................. Dimensionamento de calhas............................................... Calhas semicirculares................................................... Calhas de seção retangular.......................................... Condutores verticais no projeto arquitetônico.................. Dimensionamento de condutores verticais.................. Condutores horizontais no projeto arquitetônico.............. Dimensionamento de condutores horizontais............. Materiais utilizados.............................................................. Caixa coletora de águas pluviais......................................... Águas pluviais e o projeto arquitetônico............................ Níveis do terreno e condutores horizontais................. Posicionamento de calha em telhados......................... Condutores verticais embutidos e aparentes............... Vazões concentradas sobre telhados............................ Coberturas horizontais de laje...................................... Sistema sifônico de drenagem pluvial.......................... Utilização de água da chuva em edificações................ Dimensionamento do reservatório de água pluvial..... Sistema de aproveitamento de água pluvial integrado ao sistema de infiltração.............................. Instalação de cisternas.................................................
199 199 201 201 201 202 202 203 203 204 210 212 212 213 214 215 218 219 222 222 224 224 226 227 228 229 230 231 232
5
235 236
07/08/2021 10:09:01
SIMBOLOGIAS UTILIZADAS EM PROJETOS................. Água fria............................................................................... Água quente......................................................................... Segurança contra incêndio.................................................. Esgoto................................................................................... Águas pluviais......................................................................
239 239 240 240 240 241
Conteúdo
6
PARTE II INTERFACES DAS INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS E SANITÁRIAS COM O PROJETO ARQUITETÔNICO APARELHOS SANITÁRIOS................................................ Número mínimo de aparelhos............................................. Instalação de aparelhos sanitários..................................... Aparelhos passíveis de provocar retrossifonagem.............
244 244 247 248
INSTALAÇÕES EM BANHEIROS...................................... Lavatório............................................................................... Bacia sanitária..................................................................... Bidê e ducha manual........................................................... Chuveiro e ducha................................................................. Chuveiro......................................................................... Ducha............................................................................. Pressão de água no chuveiro........................................ Banheiras............................................................................. Mictório.................................................................................
251 252 254 257 257 259 259 263 264 266
9
INSTALAÇÕES EM COZINHAS........................................ Pia . ....................................................................................... Máquina de lavar louça........................................................ Filtro.....................................................................................
268 269 270 271
10 INSTALAÇÕES EM ÁREAS DE SERVIÇO......................... Tanque.................................................................................. Máquina de lavar roupa....................................................... Torneiras de lavagem...........................................................
273 274 275 277
11 ÁREAS ERGONÔMICAS (utilização dos aparelhos)...... Lavatório............................................................................... Bacia sanitária..................................................................... Bidê....................................................................................... Ducha ou chuveiro (box)..................................................... Pia de cozinha...................................................................... Tanque e máquina de lavar roupa......................................
278 278 280 281 283 284 285
7
8
19
CARVALHO JR Instalacoes hidraulicas.indb 19
07/08/2021 10:09:01
Instalações hidráulicas e o projeto de arquitetura
12 ADEQUAÇÃO DAS INSTALAÇÕES (para portadores de necessidades especiais)................................................ Sanitários.............................................................................. Instalação de aparelhos....................................................... Bacia sanitária............................................................... Boxes para chuveiro ou ducha...................................... Lavatório........................................................................ Instalação de acessórios...................................................... 13 NOVOS CONCEITOS E TECNOLOGIAS........................ Sistema PEX – Tubos flexíveis de polietileno reticulado.... Sistema convencional.................................................... Sistema Manifold........................................................... Novos designs de metais e o uso racional da água........... Metais sanitários economizadores................................ Metais monocomando.................................................... Novos designs de bacias e otimização dos sistemas de descarga........................................................................... Dispositivos antivandalismo................................................
286 287 288 289 295 296 298 302 303 304 305 306 307 310 311 313
14 PRUMADAS HIDRÁULICAS E ELEMENTOS ESTRUTURAIS..................................................................... Instalações embutidas e aparentes..................................... Áreas destinadas aos dutos de passagem e inspeção........ Sistemas de shafts visitáveis...............................................
315 316 318 319
15 NOVOS CONCEITOS DE BANHEIROS........................... Banheiros racionais............................................................. Kits hidráulico-sanitários.................................................... Paredes hidráulicas pré-montadas..................................... Banheiros prontos e sanitário ecológico............................ Piso Box................................................................................
321 321 322 324 325 326
16 COMPARTIMENTOS REBATIDOS................................... 329 17 INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS EM SISTEMA DRYWALL............................................................................. 334 18 INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS EM ALVENARIA ESTRUTURAL...................................................................... 337 19 INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS EM SISTEMA STEEL FRAME....................................................................... 343
20
CARVALHO JR Instalacoes hidraulicas.indb 20
07/08/2021 10:09:01
Conteúdo
20 INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS EM SISTEMA WOOD FRAME................................................................... 346 21 INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS EM SISTEMA CONCRETO + PVC............................................................. 349 22 PISO RADIANTE................................................................. 351 23 EFEITOS ORNAMENTAIS EM ÁGUA................................ 353 24 PISCINA NO PROJETO ARQUITETÔNICO.................... 356 Casa de máquinas e instalações hidráulicas...................... 358 Aquecedores de piscina....................................................... 360 25 NORMA DE DESEMPENHO NBR 15575 – PARTE 6: INSTALAÇÕES HIDROSSANITÁRIAS.............................. A norma de desempenho..................................................... Avaliação de desempenho................................................... Incumbências dos intervenientes....................................... Vida útil de projeto.............................................................. O processo de projeto de sistemas hidrossanitários......... Norma de desempenho em instalações hidrossanitárias.... Segurança estrutural........................................................... Requisito – Resistência mecânica dos sistemas hidrossanitários e das instalações............................... Requisito – Solicitações dinâmicas dos sistemas hidrossanitários............................................................. Segurança contra incêndio.................................................. Requisito – Evitar propagação de chamas entre pavimento....................................................................... Segurança no uso e operação.............................................. Requisito – Risco de choques elétricos e queimaduras em sistemas de equipamentos de aquecimento e em eletrodomésticos ou eletroeletrônicos.......................... Requisito – Risco de explosão, queimaduras ou intoxicação por gás........................................................ Requisito – Temperatura de utilização da água.......... Durabilidade e manutenibilidade....................................... Requisito – Vida útil de projeto das instalações hidrossanitárias............................................................. Requisito – Manutenibilidade das instalações hidráulicas, de esgoto e de águas pluviais................... Saúde, higiene e qualidade do ar........................................ Requisito – Contaminação biológica da água na instalação de água potável............................................ Requisito – Contaminação da água potável do
363 363 365 366 366 369 372 372 372 376 376 376 378
378 379 379 380 380 383 384 384
21
CARVALHO JR Instalacoes hidraulicas.indb 21
07/08/2021 10:09:01
Instalações hidráulicas e o projeto de arquitetura
sistema predial............................................................... Requisito – Contaminação por refluxo de água........... Requisito – Ausência de odores provenientes da instalação de esgoto...................................................... Funcionalidade e acessibilidade......................................... Requisito – Funcionamento das instalações de água................................................................................ Requisito – Funcionamento das instalações de esgoto.................................................................................... Requisito – Funcionamento das instalações de águas pluviais................................................................ Adequação ambiental.......................................................... Requisito – Contaminação do solo e do lençol freático...........................................................................
385 385 387 388 388 388 390 390 390
26 REFERÊNCIAS...................................................................... 391 Catálogos.............................................................................. 396 Normas técnicas................................................................... 397
22
CARVALHO JR Instalacoes hidraulicas.indb 22
07/08/2021 10:09:02
INSTALAÇÕES PREDIAIS DE ÁGUA FRIA
1
CONSIDERAÇÕES GERAIS Uma instalação predial de água fria (temperatura ambiente) constitui-se no conjunto de tubulações, equipamentos, reservatórios e dispositivos, destinados ao abastecimento dos aparelhos e pontos de utilização de água da edificação, em quantidade suficiente, mantendo a qualidade da água fornecida pelo sistema de abastecimento. O sistema de água fria deve ser separado fisicamente de qualquer outras instalações que conduzam água potável, como, por exemplo, as instalações de água para reúso ou de qualidade insatisfatória, desconhecida ou questionável. Os componentes da instalação não podem transmitir substâncias tóxicas à água ou contaminá-la por meio de metais pesados. A norma que especifica requisitos para projeto, execução, operação e manutenção de sistemas prediais de água fria e água quente é a NBR 5626:2020 - Sistemas prediais de água fria e água quente - Projeto, execução, operação e manutenção, da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT, 2020). De acordo com a norma, as instalações prediais de água fria devem ser projetadas de modo que, durante a vida útil do edifício que as contém, atendam aos seguintes requisitos:
24
CARVALHO JR Instalacoes hidraulicas.indb 24
•
preservar a potabilidade da água.
•
garantir o fornecimento de água de forma contínua, em quantidade adequada e com pressões e velocidades compatíveis com o perfeito funcionamento dos aparelhos sanitários, peças de utilização e demais componentes e em temperaturas adequadas ao uso.
•
promover economia de água e energia.
•
considerar acesso para verificação e manutenção.
•
prever setorização adequada do sistema de distribuição.
•
minimizar a ocorrência de patologias.
07/08/2021 10:01:43
considerar a manutenibilidade.
•
proporcionar o equilíbrio de pressões da água fria e da água quente a montante de misturadores convencionais, quando empregados.
•
evitar níveis de ruído inadequados à ocupação dos ambientes.
•
proporcionar conforto aos usuários, prevendo peças de utilização adequadamente localizadas, de fácil operação, com vazões satisfatórias e atendendo às demais exigências do usuário.
Instalações prediais de água fria
•
Figura 1.1 Instalação predial de água fria.
1 – Reservatório 2 – Ladrão 3 – Limpeza 4 – Registro 5 – Saída na calçada 6 – Distribuição 7 – Rua 8 – Guia 9 – Registro na calçada 10 – Abrigo do cavalete 11 – Cavalete 12 – Registro 13 – Hidrômetro 14 – Alimentação predial
4 2 5
1
4 3 6 6
8 7 12 10 13 9 14 11
Ramal predial
ENTRADA E FORNECIMENTO DE ÁGUA FRIA Uma instalação predial de água fria pode ser alimentada de duas formas: pela rede pública de abastecimento ou por um sistema privado, quando a primeira não estiver disponível. Quando a instalação for alimentada pela rede pública, a entrada de água no prédio será feita por meio do ramal predial, executado pela concessionária pública responsável pelo abaste-
CARVALHO JR Instalacoes hidraulicas.indb 25
25
07/08/2021 10:01:44
INSTALAÇÕES PREDIAIS DE ÁGUA QUENTE
2
CONSIDERAÇÕES GERAIS A norma que fixa os requisitos para projeto, execução, operação e manutenção de sistemas prediais de água fria e água quente é a NBR 5626:2020, Sistemas prediais de água fria e água quente Projeto, execução, operação e manutenção (ABNT, 2020). . O sistema e água quente é formado pelos seguintes componentes: tubulação de água fria para alimentação do sistema de água quente; aquecedores, que podem ser de passagem (ou instantâneos) ou de acumulação; dispositivos de segurança; tubulação de distribuição de água quente; peças de utilização (chuveiro, ducha, torneiras de pia, lavatório, tanque). Existem no mercado diversos equipamentos para aquecimento, reservação e distribuição de água quente. Portanto, são várias as opções de aquecimento. Os principais usos de água quente nas instalações prediais e as temperaturas convenientes, nos pontos de utilização, são:
Uso pessoal em banhos ou higiene
35 ºC a 50 ºC
Em cozinhas
60 ºC a 70 ºC
Em lavanderias
75 ºC a 85 ºC
Em finalidades médicas
100 ºC
ESTIMATIVA DE CONSUMO As peculiaridades de cada instalação, as condições climáticas e as características de utilização do sistema são parâmetros a ser considerados no estabelecimento do consumo de água quente. Na Tabela 2.1, apresenta-se uma estimativa de consumo.
97
CARVALHO JR Instalacoes hidraulicas.indb 97
07/08/2021 10:02:08
Instalações hidráulicas e o projeto de arquitetura
Porém essa tabela não serve para o dimensionamento da rede de distribuição de água quente, pois não leva em consideração o aspecto de uso simultâneo dos aparelhos. Para o dimensionamento dos trechos da rede de distribuição adota-se o método dos pesos relativos (ver “Dimensionamento das tubulações de água quente”). Tabela 2.1 Estimativa de consumo de água quente Prédio
Consumo litros/dia
Alojamento provisório de obra
24 por pessoa
Casa popular ou rural
36 por pessoa
Residências
40 por pessoa 45 por pessoa 50 por pessoa
Aquecedor a gás Aquecedor elétrico Aquecedor solar
Apartamento
60 por pessoa
Quartel
45 por pessoa
Escola (internato)
45 por pessoa
Hotel (sem incluir cozinha e lavanderia)
36 por hóspede
Hospital
125 por leito
Restaurantes e similares
12 por refeição
Lavanderia
15 por kg de roupa seca
Fonte: CREDER, Hélio. Instalações hidráulicas e sanitárias. 5. ed. Rio de Janeiro: Livros Técnicos e Científicos, 1991.
SISTEMAS DE AQUECIMENTO O abastecimento de uma edificação pode ser efetuado de três formas distintas: aquecimento individual (local), aquecimento central privado e aquecimento central coletivo. O projetista deve estudar a viabilidade do emprego de cada uma dessas alternativas, para determinar a melhor solução.
SISTEMA DE AQUECIMENTO INDIVIDUAL O aquecimento é individual quando alimenta uma única peça de utilização, como, por exemplo, um chuveiro ou uma torneira elétrica. Também pode ser local, quando pequenos aquecedores elétricos ou a gás alimentam um único compartimento sanitário.
98
CARVALHO JR Instalacoes hidraulicas.indb 98
07/08/2021 10:02:08
INSTALAÇÕES PREDIAIS DE SEGURANÇA CONTRA INCÊNDIO
3
CONSIDERAÇÕES GERAIS A instalação predial de segurança contra incêndio é um assunto bastante complexo, que depende de uma classificação rigorosa quanto aos riscos de incêndio. De acordo com o projeto de revisão da ABNT NBR 15575-1 – Edificações Habitacionais – Desempenho – Parte 1, de 19 de fevereiro de 2013, as exigências relativas à segurança contra incêndio são pautadas em: •
proteger a vida dos ocupantes das edificações e áreas de risco, em caso de incêndio;
•
dificultar a propagação do incêndio, reduzindo danos ao meio ambiente e ao patrimônio;
•
proporcionar meios de controle e extinção do incêndio;
•
dar condições de acesso para as operações do Corpo de Bombeiros.
Os objetivos principais de garantir a resistência ao fogo dos elementos estruturais são: •
possibilitar a saída dos ocupantes da edificação em condição de segurança;
•
garantir condições razoáveis para o emprego de socorro público, permitindo-se o acesso operacional de viaturas, equipamentos e seus recursos humanos, com tempo hábil para exercer as atividades de salvamento (pessoas retidas) e combate a incêndios (rescaldo e extinção);
•
evitar ou minimizar danos à própria edificação, às outras adjacentes, à infraestrutura pública e ao meio ambiente.
Neste capítulo, será feita uma abordagem sumária do assunto, particularmente com enfoque no projeto arquitetônico, para que o arquiteto tenha um mínimo de informações sobre a matéria e adquira consciência do risco que representa a negligência com relação à segurança contra incêndio.
CARVALHO JR Instalacoes hidraulicas.indb 121
07/08/2021 10:02:15
Instalações hidráulicas e o projeto de arquitetura
Como orientação básica, foi utilizado o Decreto Estadual n. 63.911, de 10 de dezembro de 2018, publicado pelo governo de São Paulo, que dispõe sobre as medidas de segurança contra incêndio nas edificações e áreas de risco, atendendo ao previsto no artigo 144, parágrafo 5º da Constituição Federal, ao artigo 142 da Constituição Estadual, ao disposto na Lei Estadual n. 616, de 17 de dezembro de 1974, na Lei Estadual n. 684, de 30 de setembro de 1975 e no Decreto Estadual n. 55.660, de 30 de março de 2010. Tendo em vista o fato de que cada estado da federação possui uma legislação de segurança contra incêndio e pânico distinta, tornou-se didático transcrever integralmente alguns trechos das Instruções Técnicas do Decreto Estadual n. 63.911/2018 do Corpo de Bombeiros da Polícia Militar do Estado de São Paulo (CBPMESP). De qualquer maneira, além de atender às Instruções Técnicas do Decreto Estadual n. 63.911/2018 e, em alguns casos, às normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), o projeto de segurança contra incêndio das edificações e áreas de risco deverá ser apresentado ao Corpo de Bombeiros para a devida análise. Por essas razões, o projeto técnico deve ser elaborado por um profissional qualificado, com conhecimento de todas as exigências e normas vigentes. O Decreto Estadual n. 63.911/2018 é composto por 45 Instruções Técnicas que dão parâmetros para o desenvolvimento de projetos técnicos. São elas:
122
CARVALHO JR Instalacoes hidraulicas.indb 122
•
Instrução Técnica 01 – Procedimentos administrativos;
•
Instrução Técnica 02 – Conceitos básicos de segurança contra incêndio;
•
Instrução Técnica 03 – Terminologia de segurança contra incêndio;
•
Instrução Técnica 04 – Símbolos gráficos para projeto de segurança contra incêndio;
•
Instrução Técnica 05 – Segurança contra incêndio – Urbanística;
•
Instrução Técnica 06 – Acesso de viaturas na edificação e áreas de risco;
•
Instrução Técnica 07 – Separação entre edificações (isolamento de risco);
•
Instrução Técnica 08 – Segurança estrutural contra incêndio;
•
Instrução Técnica 09 – Compartimentação horizontal e compartimentação vertical;
07/08/2021 10:02:15
INSTALAÇÕES PREDIAIS DE ESGOTOS SANITÁRIOS
4
CONSIDERAÇÕES GERAIS As instalações prediais de esgotos sanitários destinam-se a coletar, conduzir e afastar da edificação todos os despejos provenientes do uso adequado dos aparelhos sanitários, dando-lhes um rumo apropriado, normalmente indicado pelo poder público competente. O destino final dos esgotos sanitários pode ser a rede pública coletora de esgotos ou um sistema particular de recebimento e pré-tratamento em regiões (locais) que não dispõem de sistema de coleta e transporte de esgotos. As condições técnicas para projeto e execução das instalações prediais de esgotos sanitários, em atendimento às exigências mínimas quanto a higiene, segurança, economia e conforto dos usuários, são fixadas pela NBR 8160:1999, Sistemas prediais de esgoto sanitário (ABNT,1999). De acordo com a norma, o sistema de esgoto sanitário deve ser projetado de modo a: •
•
• • • • •
Evitar a contaminação da água, de forma a garantir sua qualidade de consumo, tanto no interior dos sistemas de suprimento e de equipamentos sanitários, como nos ambientes receptores. Permitir o rápido escoamento da água utilizada e dos despejos introduzidos, evitando a ocorrência de vazamentos e a formação de depósitos no interior das tubulações. Impedir que os gases provenientes do interior do sistema predial de esgoto sanitário atinjam áreas de utilização. Impossibilitar o acesso de corpos estranhos ao interior do sistema. Permitir que seus componentes sejam facilmente inspecionáveis. Impossibilitar o acesso de esgoto ao subsistema de ventilação. Permitir a fixação dos aparelhos sanitários somente por dispositivos que facilitem sua remoção para eventuais manutenções.
CARVALHO JR Instalacoes hidraulicas.indb 161
161
07/08/2021 10:02:26
Instalações hidráulicas e o projeto de arquitetura
SISTEMAS DE COLETA E ESCOAMENTO DOS ESGOTOS SANITÁRIOS SISTEMAS INDIVIDUAIS Nos sistemas individuais de esgoto, cada prédio possui seu próprio sistema de coleta, escoamento e tratamento, como, por exemplo, o conjunto de fossa séptica e sumidouro. Todo sistema particular de tratamento, quando não houver rede pública de coleta de esgoto sanitário, deverá ser concebido de acordo com a normalização brasileira pertinente. O dimensionamento da fossa e do sumidouro deverá ser feito por um engenheiro, em função do número de moradores e o padrão da construção, uma vez que os resíduos gerados são proporcionais ao volume de água consumido. A fossa séptica pode ser construída com alvenaria ou ser pré-fabricada. Nos dois casos, ela deve atender às normas: •
NBR 7229:1993 – Projeto, construção e operação de tanques sépticos;
•
NBR 13969:1997 – Tanques sépticos - Unidades de tratamento complementar e disposição final dos efluentes líquidos - Projeto, construção e operação.
Figura 4.1 Sistema individual.
Edificação
Águas servidas Sumidouro CI
CI
CI
Fossa séptica
CI
Águas servidas Sumidouro
162
CARVALHO JR Instalacoes hidraulicas.indb 162
07/08/2021 10:02:26
INSTALAÇÕES PREDIAIS DE ÁGUAS PLUVIAIS
5
CONSIDERAÇÕES GERAIS As águas pluviais são aquelas que se originam a partir das chuvas. A captação dessas águas tem por finalidade permitir um melhor escoamento, evitando alagamentos, erosão do solo e proteger as edificações da umidade excessiva, garantindo conforto às pessoas. O sistema de águas pluviais e drenagem é constituído pelo conjunto de calhas, condutores, grelhas, caixas de areia e de passagem e demais dispositivos responsáveis por captar águas da chuva e de lavagem de piso e conduzir a um destino adequado. O sistema também pode servir para coleta e armazenamento da água da chuva para ser mais tarde reaproveitada para lavagem de pisos, carros, irrigação de jardins, ou ainda dentro de casa na descarga das bacias sanitárias. A instalação de águas pluviais se destina exclusivamente ao recolhimento e condução das águas das chuvas, não se admitindo quaisquer interligações com outras instalações prediais. Portanto, as águas pluviais não podem ser lançadas em redes de esgoto. A norma que rege essas instalações é a NBR 10844:1989, Instalações prediais de águas pluviais (ABNT, 1989), que fixa as exigências e os critérios necessários aos projetos de instalação de drenagem de águas pluviais, visando garantir níveis aceitáveis de funcionalidade, segurança, higiene, conforto, durabilidade e economia. De acordo com a norma, as instalações de drenagem de águas pluviais devem ser projetadas de modo a obedecer às seguintes exigências: •
Recolher e conduzir a vazão de projeto até locais permitidos pelos dispositivos legais.
•
Ser estanques.
•
Permitir a limpeza e desobstrução de qualquer ponto no interior da instalação.
CARVALHO JR Instalacoes hidraulicas.indb 199
199
07/08/2021 10:02:41
Instalações hidráulicas e o projeto de arquitetura
•
Absorver os esforços provocados pelas variações térmicas a que estão submetidas.
•
Quando passivas de choques mecânicos, ser constituídas de materiais resistentes a eles.
•
Nos componentes expostos, utilizar materiais resistentes às intempéries.
•
Nos componentes em contato com outros materiais de construção, utilizar materiais compatíveis.
•
Não provocar ruídos excessivos.
•
Resistir às pressões a que podem estar sujeitas.
•
Ser fixadas de maneira a assegurar resistência e durabilidade.
Figura 5.1 Sistema de águas pluviais. Chuva
Calha beiral
Deságua na guia
Chuva
Calha platibanda
Condutor vertical
Condutor horizontal
200
CARVALHO JR Instalacoes hidraulicas.indb 200
07/08/2021 10:02:41
SIMBOLOGIAS UTILIZADAS EM PROJETOS
6
O arquiteto deve ter sempre em mente os símbolos mais usados, de modo que possa ler (interpretar) os projetos de instalação hidráulica. Existe grande diversidade de representações. Cada projetista pode elaborar sua simbologia. De qualquer maneira, a legenda completa deve compreender todos os símbolos e abreviaturas utilizados no projeto e ser colocada em todas as pranchas, para uma perfeita interpretação dos desenhos. A seguir, são apresentadas algumas simbologias para projetos de instalações hidráulicas e sanitárias.
ÁGUA FRIA Tubulações
Válvulas e registros Água fria
VD
VCR
A. F. aliment. predial
Válvula de descarga com registro Válvula de retenção
Prumadas AF
Válvula de descarga
Água fria
Registro de gaveta bruto
AFV
Água fria para válvula de descarga
Registro de gaveta com acabamento cromado
REC ø
Recalque
Registro de pressão
Tubo que desce v
v
Tubo que sobe
239
CARVALHO JR Instalacoes hidraulicas.indb 239
07/08/2021 10:03:02
Tubulações
Registros Água fria
Registro de gaveta bruto
Água quente
Registro de gaveta com acabamento cromado
Prumadas
Registro de pressão
AF
Coluna de água fria
AQ
Coluna de água quente Tubo que desce
v
v
Instalações hidráulicas e o projeto de arquitetura
ÁGUA QUENTE
Tubo que sobe
SEGURANÇA CONTRA INCÊNDIO A Instrução Técnica 04/2019 estabelece os símbolos gráficos a serem utilizados nos projetos de segurança contra incêndio das edificações e áreas de risco, atendendo ao previsto no Decreto Estadual n. 56.819/11. O objetivo desta Instrução Técnica (IT) é padronizar os símbolos gráficos a serem utilizados nos projetos de segurança contra incêndio das edificações e áreas de risco, atendendo ao previsto no Regulamento de segurança contra incêndio das edificações e áreas de risco do Estado de São Paulo. Esta Instrução Técnica (IT) aplica-se a todos os projetos de segurança contra incêndio, por ocasião da regularização perante ao Corpo de Bombeiros. Adota-se a NBR14100:1998, Proteção contra incêndio – Símbolos gráficos (ABNT, 1998), para projeto, com as inclusões e adequações de exigências constantes nesta IT. .
240
CARVALHO JR Instalacoes hidraulicas.indb 240
07/08/2021 10:03:02
7
APARELHOS SANITÁRIOS
O aparelho sanitário é um componente da instalação destinado ao uso da água ou ao recebimento de dejetos líquidos e sólidos (na maioria das vezes, pertencentes à instalação de esgoto sanitário). Incluem-se nessa definição aparelhos como lavatórios, bacias, bidês, banheiras de hidromassagem, pias, tanques, máquinas de lavar roupa e de lavar pratos etc. Recomenda-se que as peças de utilização possuam vazões que permitam tornar o mais eficiente possível o uso da água nelas utilizadas, o que implica a redução do consumo de água a valores mínimos necessários e suficientes para o bom funcionamento dessas peças e para o atendimento dos requisitos do usuário. A definição e a localização desses aparelhos deverão, obrigatoriamente, constar do projeto arquitetônico. Para tanto, é necessário o conhecimento de alguns aspectos técnicos dos diversos aparelhos existentes no mercado, como condição básica para uma perfeita integração e compatibilização da arquitetura com os projetos de estrutura e instalações do edifício. A estética e o custo também devem ser analisados pelo projetista, antes da escolha e especificação do produto. As normas brasileiras fixam as exigências para fabricação dos aparelhos sanitários, que devem satisfazer às condições de conforto, higiene, facilidade de limpeza e desobstrução, durabilidade etc.
NÚMERO MÍNIMO DE APARELHOS * MACINTYRE, Joseph Archibald. Manual de instalações hidráulicas e sanitárias, cit.; CREDER, Hélio. Instalações hidráulicas e sanitárias, cit.
CARVALHO JR Instalacoes hidraulicas.indb 244
Em qualquer tipo de edifício, o arquiteto deve prever, no projeto, quantidades adequadas de aparelhos sanitários. Para isso, deve consultar o Código de Obras da municipalidade, para saber das exigências locais. Caso não consiga as informações necessárias, poderá consultar a Tabela 7.1, que serve de orientação aos projetistas. Essa tabela, publicada no Uniform Plumbing Code, de 1955, do
07/08/2021 10:03:04
Aparelhos sanitários
United States Department of Commerce, apresenta as instalações sanitárias mínimas em função do tipo de edifício ou ocupação.* O conhecimento das normas pertinentes, assim como de alguns códigos estaduais que regulamentam a questão, é também de extrema importância. Muitos órgãos e entidades governamentais possuem suas próprias regulamentações, critérios e itens, que devem ser analisados e considerados para calcular a quantidade mínima de aparelhos no projeto de alguns tipos especiais de edificação, como escolas, hospitais, bancos, edifícios públicos etc. Tabela 7.1 Instalações mínimas* Tipo de edifício ou de ocupação
Bacias sanitárias
Mictórios
Lavatórios
Residência ou apartamento***
1 para cada residência ou apartamento + 1 para serviço
Escolas primárias
Meninos: 1 para cada 100; meninas: 1 para cada 35
1 para cada 30 meninos
1 para cada 60 pessoas
Escolas secundárias
Meninos: 1 para cada 100; meninas: 1 para cada 45
1 para cada 30 meninos
1 para cada 100 pessoas
Edifícios públicos ou de escritórios
Número de pessoas 1-15 16-35 36-55 56-80 81-110 111-150
Havendo mictórios, Número Número instalar 1 WC menos de de aparelhos para cada um, desde pessoas 1 que o número de WC não seja reduzido 1-15 2 a menos de 2/3 do 16-35 3 36-60 especificado 4 61-90 5 6 91-125,
Acima de 150, adicionar 1 aparelho para cada 40 pessoas * ** ***
1 para cada residência
Número de aparelhos
Banheiras ou chuveiros
Bebedouros **
1 para cada residência ou apartamento + 1 chuveiro para serviço 1 para cada 75 pessoas 1 para cada 20 alunos (havendo educação física) 1 para cada 75 pessoas
1 2 3 4 5
Acima de 125, adicionar 1 aparelho para cada 45 pessoas
Do Uniform Plumbing Code – 1955. Bebedouros não devem ser instalados em compartimentos sanitários. Um tanque para cada residência ou dois para cada dez apartamentos. Um pia de cozinha para cada residência ou apartamento.
(continua)
245
CARVALHO JR Instalacoes hidraulicas.indb 245
07/08/2021 10:03:04
8
Instalações em banheiros
INSTALAÇÕES EM BANHEIROS
O planejamento das instalações de um banheiro é de fundamental importância para obter resultados satisfatórios quanto a seu uso e funcionamento. Portanto, ao projetá-lo, deve-se levar em consideração a tipologia de suas utilizações (residencial, comercial, industrial etc.), não esquecendo que se está criando ou reorganizando um espaço de utilização específica, cujas dimensões devem oferecer um conforto adequado quanto à distribuição das peças. Para atender aos parâmetros de conforto e funcionalidade, antes da elaboração do projeto, é extremamente importante pesquisar alguns detalhes técnico-construtivos nos catálogos dos fabricantes de aparelhos e dispositivos hidrossanitários, bem como em algumas revistas específicas.* Para uma boa distribuição interna das peças, as boas normas de higiene determinam que se coloque, sequencialmente, a partir do vão de acesso: lavatório, vaso sanitário, bidê (ducha higiênica), chuveiro e banheira. Com relação à definição e instalação dos aparelhos de utilização de água, o projetista deve tomar alguns cuidados: •
Evitar, sempre que possível, a escolha de aparelhos com possibilidade de sofrer o fenômeno da retrossifonagem, que consiste na contaminação da rede de água por pressão negativa. O caso do bidê, por exemplo, deve ser analisado com mais atenção.
•
Evitar o posicionamento de chuveiros sobre banheiras, pois, pelo fato de estas se tornarem escorregadias com o uso de sabonetes e xampus, poderá ocasionar acidentes ao usuário.
•
Estudar o posicionamento das caixas sifonadas e ralos secos, levando em consideração aspectos estéticos e funcionais, já que o piso deverá apresentar declividade favorável ao escoamento das águas.
•
Evitar o posicionamento do ralo no centro geométrico do box, caso este tenha dimensões reduzidas, para que o usuário não pise nele, pois, além da possibilidade de danificar o ralo, poderá ocorrer o acúmulo e o transbordamento de água;
CARVALHO JR Instalacoes hidraulicas.indb 251
* NETTO, Fran; MORAIS, Marcio. Banheiros. Arquitetura & Construção, São Paulo, p. 92-98, abr./ago. 1990.
251
07/08/2021 10:03:06
Instalações hidráulicas e o projeto de arquitetura
nesse caso, o ralo deve ser colocado, preferencialmente, em um canto próximo da parede oposta à porta do box. •
Evitar a colocação de torneiras de lavagem dentro do box, para evitar a ocorrência de acidentes com o usuário.
•
Observar as interfaces da abertura da porta com as áreas ergonômicas dos aparelhos sanitários.
•
Manter alguns cuidados na utilização de aparelhos elétricos que utilizem água (consultar sempre as normas pertinentes).
•
Em pavimentos sobrepostos, observar cuidadosamente o pé-direito do banheiro, tendo em vista as instalações de esgoto do andar superior; a não consideração dessas instalações acarretará a diminuição do pé-direito, comprometendo, principalmente, o conforto na utilização do chuveiro – se ele for elétrico, poderá haver o risco de choque para o usuário, caso toque na fiação.
•
Prever aberturas para ventilação natural através de janelas, orifícios e portas.
Além desses cuidados, o projetista da arquitetura deve prever, em banheiros, a localização de alguns acessórios, como saboneteira, porta-toalhas, porta-xampus, cabideiros, papeleira etc.
LAVATÓRIO Os lavatórios podem ser de bancada, de parede ou de coluna, existentes no mercado em grande variedade de modelos e dimensões. No projeto, o profissional deve especificar o tipo mais indicado, analisando o uso, a função, a estética e o conforto, além do custo final. Se especificar uma cuba de embutir ou de sobrepor, por exemplo, haverá necessidade de uma bancada de granito ou similar, além de sifões e engates com melhor acabamento, se forem ficar aparentes. Por outro lado, os lavatórios de coluna têm custo final mais baixo, por esconderem o sifão e os engates, mas eliminam a possibilidade de utilização de armários sob a bancada. Quanto ao uso, os lavatórios poderão ser do tipo individual ou coletivo. Nesse caso, é importante indicar torneiras que controlem o racionamento de água, além de deixar uma distância mínima de 60 cm do eixo de uma cuba a outra, quando em uma mesma bancada. A alimentação de água poderá ser feita só com água fria ou com fria e quente (por meio de aparelho misturador). O ponto de água fria deve ser localizado a 10 cm do eixo de simetria da peça; quando fria e quente, 20 cm. A altura de ambos os pontos é de 60 cm do piso acabado.
252
CARVALHO JR Instalacoes hidraulicas.indb 252
O esgotamento do aparelho é realizado a partir da válvula que fica acoplada a um sifão (plástico ou metálico), e deste para uma caixa sifonada. A altura do ponto de saída de esgoto é de 50 cm do piso acabado.
07/08/2021 10:03:06
Instalações hidráulicas e o projeto de arquitetura
9
INSTALAÇÕES EM COZINHAS
Para planejar as instalações de uma cozinha, primeiro o arquiteto deve definir quais equipamentos serão nela utilizados, pois o projeto hidráulico depende da localização não só da pia, como também da máquina de lavar louças, do filtro e de geladeiras que fazem gelo. A presença de ralos em cozinhas só se justifica pela necessidade de lavagem constante, como, por exemplo, em cozinhas industriais. Os ralos, comumente sifonados, poderão perder seu fecho hídrico e permitir a entrada de insetos e odores desagradáveis no ambiente. Figura 9.1 Altura dos pontos de água (cozinha).
2,10 m
Filtro
0,60 m
1,10 m
Torneira
Pia de cozinha e filtro
Máquina de lavar louça
268
CARVALHO JR Instalacoes hidraulicas.indb 268
07/08/2021 10:03:13
Instalações em cozinhas
PIA A pia de cozinha divide-se em duas partes: o tampo e a cuba. Elas poderão ter uma ou duas cubas, de formato quadrado ou retangular. O material da cuba normalmente utilizado nas instalações prediais é o aço inoxidável. O tampo pode ser de pedra natural, granito industrializado (feito de granito moído e resina acrílica), fibra, alumínio, aço inoxidável etc. Antes de comprar uma pia, é importante verificar as medidas do tampo e a profundidade da cuba, para saber se ela se encaixa no projeto. Se a opção for uma pia com duas cubas, deve-se também optar por torneiras com bica móvel, que se movimenta para os lados. Durabilidade e facilidade de manutenção também são pontos importantes a ser analisados.* O abastecimento de água poderá ser com água fria apenas ou com fria e quente, por meio de um dispositivo misturador. Os pontos de água devem estar entre 1,10 m e 1,15 m de altura do piso acabado. Quando a alimentação for de água fria e quente, os pontos deverão apresentar simetria em relação ao eixo da cuba, com um espaçamento de 20 cm. Para a água não espirrar, o jato da torneira deve cair exatamente sobre o ralo da cuba. A altura do ponto de saída de esgoto é de 55 cm do piso acabado. O esgotamento é realizado a partir da válvula de fundo acoplada a um sifão, e deste para uma caixa de gordura, nos edifícios térreos, ou tubo de gordura, nos edifícios com mais de um pavimento. Na utilização de aparelhos trituradores em pias de cozinha, deve-se atentar para sua adequação ao sistema, segundo recomendações do fabricante.
* MEDEIROS, Edson; MEDEIROS, Heloisa. Planeje a compra das pias e torneiras da cozinha. Arquitetura & Construção, São Paulo, Abril, p. 98-103, dez. 1999.
Figura 9.2 Ligação da tubulação de esgoto (pia de cozinha) à caixa de gordura.
Pia Área externa Sifão
0,40
0,30
Tampa removível
DN 50
Saída (DN100)
269
CARVALHO JR Instalacoes hidraulicas.indb 269
07/08/2021 10:03:14
10
Instalações em áreas de serviço
INSTALAÇÕES EM ÁREAS DE SERVIÇO O planejamento das instalações de uma área de serviço obedece basicamente aos mesmos critérios da cozinha. O arquiteto deve definir quais equipamentos de utilização de água serão colocados. Os mais comuns são o tanque e a máquina de lavar roupa. Opcionalmente, pode ser colocada uma torneira de lavagem. Os diferentes modelos desses equipamentos existentes no mercado devem ser criteriosamente observados, tendo em vista que o espaço físico reservado para a área de serviço sempre é muito pequeno. Além do tanque, deve ser previsto um local adequado para a instalação da máquina de lavar roupa. Embora possuam instalações diferentes, normalmente esses equipamentos ficam próximos um do outro e na mesma parede hidráulica. Isso se deve a alguns aspectos funcionais, como, por exemplo, a utilização simultânea dos dois aparelhos na hora de lavar roupa. Com relação às caixas sifonadas e aos ralos secos, ao contrário da cozinha, a área de serviço é um ambiente que se lava
Máquina de lavar roupa
CARVALHO JR Instalacoes hidraulicas.indb 273
0,60 m
0,90 m
1,15 m
Figura 10.1 Altura dos pontos de água (área de serviço).
Tanque anque
Torneira de piso
273
07/08/2021 10:03:15
Instalações hidráulicas e o projeto de arquitetura
11
ÁREAS ERGONÔMICAS Utilização dos aparelhos
A NBR 15575-1:2013 - Norma de desempenho, em seu anexo F, apresenta uma sugestão das possíveis formas de organização dos cômodos e dimensões compatíveis com as necessidades dos usuários. Esta parte da norma também indica as dimensões mínimas de mobiliário e circulação de áreas molhadas. Para estabelecer as dimensões de um banheiro, por exemplo, é importante levar em consideração as áreas ergonômicas das peças de utilização. Entende-se por área ergonômica a área mínima necessária para instalação e uso do aparelho sanitário. A comodidade na hora de utilizar um aparelho é uma questão objetiva de planejamento. A funcionalidade e o conforto no uso de cada uma das peças de utilização instaladas exige que se respeite um espaço mínimo, como se verá a seguir.*
LAVATÓRIO Os lavatórios, medindo 45 cm a 70 cm de largura 3 40 cm a 55 cm de profundidade, para sua perfeita utilização, exigem um espaço dinâmico retangular, com seu maior lado paralelo à parede e o menor perpendicular a ela. As dimensões mínimas desse quadrado (tamanho da peça mais espaço dinâmico) serão de 90 cm 3 90 cm (mínimo) e 90 cm 3 111 cm (máximo), para os modelos de parede e de coluna. A instalação de um lavatório de embutir ou de sobrepor, com bancada, será a soma da área de dois retângulos: o da bancada e o do espaço dinâmico.
278
* NETTO, Fran; MORAIS, Marcio. Banheiros, cit.
CARVALHO JR Instalacoes hidraulicas.indb 278
Para o lavatório de coluna ou de fixação na parede, deverá ser observada a distância necessária à abertura dos braços para a lavagem das mãos, o que se dá, confortavelmente, a partir de 20 cm de suas bordas laterais e espaço frontal de 55 cm a 60 cm.
07/08/2021 10:03:17
Figura 11.2 Área ergonômica do lavatório de bancada.
60 (mín.)
90
55 a 60
Figura 11.1 Área ergonômica do lavatório de coluna.
Áreas ergonômicas
A bancada (lavatório de embutir ou de sobrepor) deverá ter, no mínimo, 55 cm de profundidade 3 80 cm de largura; a altura, para nossos padrões ergonométricos, será de 85 cm a 90 cm.
Área ergonômica 90 (mín.) 111 (máx.)
Área ergonômica 90 (mín.)
Figura 11.4 Área ergonômica de lavatório de bancada com duas cubas.
Figura 11.3 Altura do lavatório.
85 - 90
7
90 (mín)
83 - 93
Arandela
55 - 60 (mín.)
CARVALHO JR Instalacoes hidraulicas.indb 279
60 (mín.)
279
07/08/2021 10:03:19
Instalações hidráulicas e o projeto de arquitetura
12
ADEQUAÇÃO DAS INSTALAÇÕES Para portadores de necessidades especiais
A sociedade em geral, hoje, está mais conscientizada da necessidade de proporcionar uma vida digna, confortável e independente aos portadores de necessidades especiais. Assim, o arquiteto não pode ignorar essa realidade e deve prever, em seu projeto, as providências a serem tomadas para garantir o conforto e a segurança a essas pessoas. A NBR 9050:2020 - Acessibilidade a edificações, mobiliário, espaços e equipamentos urbanos, estabelece critérios e parâmetros técnicos a serem observados quanto ao projeto, construção, instalação e adaptação do meio urbano e rural, e de edificações às condições de acessibilidade. Quem assina o projeto arquitetônico é considerado o responsável por cumprir o que regulamenta a norma. Embora ela seja de extrema importância, pode ser que algumas obras acabem não cumprindo suas regulações, seja por desconhecimento da norma, ou ainda por descaso com esse público. Para a elaboração de qualquer projeto com compartimentos adaptados para o uso do portador de necessidades especiais, em virtude da complexidade e do detalhamento do assunto, é recomendável a observação global das leis e normas existentes. Esse assunto é de fundamental importância, não apenas no aspecto arquitetônico da edificação, mas também no projeto hidrossanitário, pois exige adaptações significativas, principalmente no caso de reformas. Em se tratando de sanitários, deve-se ter como base a medida padrão de uma cadeira de rodas. Considera-se o módulo de referência a projeção de 80 cm 3 1,20 m no piso, ocupada por uma pessoa que utiliza cadeira de rodas, sendo que o espaço necessário para a rotação de 360° é de, no mínimo, 1,50 m.
286
CARVALHO JR Instalacoes hidraulicas.indb 286
07/08/2021 10:03:22
13
NOVOS CONCEITOS * E TECNOLOGIAS A qualidade de um sistema predial de instalações implica a otimização de três variáveis multifuncionais: desempenho técnico do sistema, custos envolvidos e prazos de execução adequados.** Os avanços conceituais e tecnológicos que vêm ocorrendo na área das instalações hidráulicas prediais visam, sobretudo, à qualidade total nas várias etapas que envolvem a implantação desses sistemas.
* A pesquisa sobre novos conceitos e tecnologias em instalações prediais hidráulicas e sanitárias foi realizada, particular e principalmente, nas revistas Téchne (Revista Tecnológica da Construção), editadas pela Editora Pini, com colaboração técnica do Instituto de Pesquisas Tecnológicas do Estado de São Paulo (IPT); Arquitetura & Construção, Editora Abril; catálogos técnicos de diversos fabricantes de tubos, louças, metais, aquecedores, dispositivos e equipamentos de instalações hidráulicas prediais. Portanto, algumas citações, desenhos e fragmentos de parágrafos importantes, colecionados durante a pesquisa bibliográfica nessas revistas, bem como em navegações pela internet nos sites dos fabricantes, foram selecionados e parcialmente transcritos.
Diminuir custos, melhorar a produtividade e incrementar a qualidade são metas que algumas construtoras começam a adotar em suas obras, substituindo os sistemas convencionais por sistemas alternativos, utilizando novos componentes e materiais. Shafts visitáveis, sistemas de tubulação flexível, o chamado PEX, kits hidráulico-sanitários, novos designs de aparelhos e equipamentos etc. são apenas exemplos dessas inovações. Dessa maneira, a adequação dos avanços observada nesse segmento está diretamente relacionada ao nível de atendimento das reais necessidades dos usuários. Cabe ao arquiteto planejar e prever essas necessidades. A instalação e operacionalização desses novos equipamentos, bem como a implementação desses novos conceitos, exigem do arquiteto a adoção de sistemas construtivos e a previsão de espaços adequados na concepção do projeto de arquitetura. As revistas Téchne e Arquitetura & Construção são boas fontes para a pesquisa sobre novos conceitos e tecnologias em sistemas de instalação hidráulica predial (ver Referências).
** GONÇALVES, Orestes M. Avanços conceituais e tecnológicos, cit.
302
CARVALHO JR Instalacoes hidraulicas.indb 302
07/08/2021 10:03:29
PRUMADAS HIDRÁULICAS E ELEMENTOS ESTRUTURAIS
14
As tubulações não devem ser embutidas ou solidarizadas longitudinalmente às paredes, pisos e demais elementos estruturais do edifício, de forma a não serem prejudicadas pela movimentação destes e a garantir sua manutenção. É muito comum, nos projetos, o posicionamento de vigas sob o perímetro da alvenaria em pavimentos sobrepostos. Quando se trata de banheiros, cozinhas e áreas de serviço, esse posicionamento obstrui a passagem das prumadas. Muitas soluções improvisadas são adotadas para resolver esses problemas e acabam comprometendo a estética e a funcionalidade desses compartimentos, como é o caso das “bonecas” (requadros em alvenaria), utilizados para esconder os tubos verticais. Deve-se evitar sempre a passagem de tubulações em elementos estruturais, principalmente no sentido de sua espessura. Caso seja necessária a transposição desses elementos, o engenheiro calculista deverá ser consultado, pois a estrutura está submetida a esforços, que podem danificar as tubulações. Sob quaisquer condições, é totalmente desaconselhável o embutimento de tubulações em pilares ou passagem em vigas de concreto. Para evitar a passagem das prumadas em elementos estruturais, o arquiteto, o calculista e o engenheiro hidráulico, na etapa de elaboração dos projetos, devem prever uma “parede hidráulica” livre de vigamento, em cada compartimento sanitário. Outra solução para a descida livre das prumadas seria a previsão de dutos verticais ou shafts (ver “Sistemas de shafts visitáveis”). Nesse caso, as tubulações recobertas, instaladas em dutos, devem ser fixadas ou posicionadas por meio de anéis, braçadeiras ou outras peças que permitam a necessária movimentação e facilitem a manutenção.
315
CARVALHO JR Instalacoes hidraulicas.indb 315
07/08/2021 10:03:32
NOVOS CONCEITOS DE BANHEIROS
15
BANHEIROS RACIONAIS* Os espaços físicos dos banheiros diminuem cada vez mais, e os usuários experimentam a sensação do aperto. Isso tem desafiado, constantemente, a criatividade de designers e arquitetos. Ainda na fase de elaboração do projeto arquitetônico, também deve levar-se em consideração a facilidade de manutenção das instalações. A adoção de shafts possibilitará a manutenção das instalações, sem necessidade de quebrar paredes, tetos ou pisos. Quando se fala em banheiros racionais, porém, não se deve pensar somente no espaço físico. O conceito de banheiro racional também aborda questões como conforto, segurança e, principalmente, consumo de água. Quanto ao conforto e à segurança, várias empresas vêm desenvolvendo o design de peças de utilização de água, como, por exemplo, as louças sanitárias com dimensões adequadas, para atender às tendências do mercado. A Deca, por exemplo, apresenta um lavatório com coluna suspensa, que permite que a altura da instalação seja definida pelo usuário, e proporciona maior conforto. De acordo com o fabricante, o lavatório com coluna suspensa pode ser posicionado na altura conveniente para crianças ou adultos, respeitando a altura e a necessidade de cada um. Com relação às cubas, destacam-se as de semiencaixe, que permitem a instalação em tampos a partir de 30 cm de largura, o que facilita a abertura de portas e a ocupação interna do banheiro, e as de sobrepor, que podem ser colocadas em cima de bancadas. Esse tipo de cuba, muito comum em reformas, em razão de sua facilidade de instalação, é fabricada em diversos modelos. Outra novidade do mercado é a bacia de saída horizontal. É o tipo de bacia muito utilizado em banheiros racionais, pois a tubulação de esgoto não precisa correr sob a laje. É instalada no interior de paredes drywall, acima do nível do piso. Além da escolha da bacia, a instalação de caixas de descarga no
CARVALHO JR Instalacoes hidraulicas.indb 321
*
Ibid.
321
07/08/2021 10:03:34
COMPARTIMENTOS REBATIDOS
16
Às vezes, com a intenção de otimizar o projeto e racionalizar as instalações, o arquiteto costuma projetar compartimentos com instalação hidráulica (banheiros, cozinhas e áreas de serviço) de forma rebatida, utilizando a mesma parede hidráulica. Para isso, são necessários alguns conhecimentos sobre as características técnicas de alguns equipamentos, dispositivos e materiais utilizados nas instalações. Para rebater esses compartimentos, em uma mesma parede hidráulica, primeiro, deve ser levada em consideração a passagem dos tubos, principalmente do tubo de queda de esgoto, quando se trata de residências assobradadas ou prédios com mais de dois pavimentos. O diâmetro desses tubos é, normalmente, 100 mm; portanto, essa parede deverá ter uma largura suficiente para comportar as tubulações embutidas. Outro aspecto importante a ser analisado são as dimensões da válvula de descarga adotada. O modelo tradicional, mais robusto, exige parede de um tijolo; para as versões mais compactas, basta parede de meio tijolo. As válvulas têm, aproximadamente, 10 cm de profundidade; por essa razão, duas bacias sanitárias não poderão ser rebatidas no mesmo eixo, quando a largura da parede for inferior a 20 cm. Para a passagem das tubulações verticais em paredes sobre vigas, podem ser adotadas soluções com shafts, ou seja, dutos verticais especialmente projetados para abrigar as prumadas hidráulicas. A utilização dos shafts é muita vantajosa em edifícios com vários pavimentos, pois permite a inspeção das tubulações, sem quebras ou demolições e imediata identificação caso ocorra algum problema.
329
CARVALHO JR Instalacoes hidraulicas.indb 329
07/08/2021 10:03:37
17
INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS * EM SISTEMA DRYWALL Encontra-se à disposição, no mercado brasileiro, sistemas construtivos de placas de gesso acartonado, fixadas sobre estrutura metálica, para construção de paredes, forros e divisórias. Esses sistemas são leves, de fácil instalação, resistentes ao fogo e com características de isolamento térmico e acústico. Além de sua utilização como forro, também substituem a alvenaria na separação de ambientes. Essa nova tecnologia, denominada “sistema drywall”, apresenta algumas vantagens em relação às paredes convencionais de alvenaria: baixo peso; ganho de área útil, devido à menor espessura; montagem rápida e sem entulho; superfície de parede mais lisa e precisa. Além disso, permite a montagem de instalações elétricas e hidráulicas em seu interior durante a montagem. Nesse caso, evitam-se os cortes de parede para passagem de tubulações, com remoção de entulhos, e o enfraquecimento das paredes gerado pelos embutidos. Além dessas vantagens, adaptam-se a qualquer estrutura, como aço, concreto e madeira. Locais expostos à ação da água – como banheiros, cozinhas e áreas de serviço – requerem, porém, uma chapa especial (são empregadas chapas verdes, com baixa absorção de água), assim como impermeabilização e proteção superficial. As regiões de boxes, pias, lavatórios e tanques devem receber proteções impermeáveis, utilizando-se azulejos, pinturas especiais etc.
* KISS, Paulo. Pensando leve; Choque sistêmico. Téchne, São Paulo, Pini, p. 24-31 e p. 32-33, jan./fev. 2000; Placo do Brasil.
334
CARVALHO JR Instalacoes hidraulicas.indb 334
Embora o drywall favoreça a instalação de sistemas hidráulicos flexíveis do tipo PEX, o sistema não apresenta limitações quanto à passagem de instalações rígidas – a água fria e a quente podem ser distribuídas tanto por tubulações flexíveis, do tipo PEX, como por tubulações rígidas. O sistema dry wall torna a manutenção das instalações hidráulicas muito simples e prática. Em geral, prevê a utilização de shafts. O conceito que se tem mostrado mais adequado para as instalações hidráulicas em projetos que empregam o gesso acartonado é o de shafts horizontais.
07/08/2021 10:03:40
INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS * EM ALVENARIA ESTRUTURAL
18
A alvenaria estrutural é um sistema construtivo racionalizado, no qual os elementos que desempenham a função estrutural são de alvenaria, ou seja, os próprios blocos de concreto. No sistema construtivo convencional, as paredes apenas fecham os vãos entre pilares e vigas, encarregados de receber o peso da obra. No sistema de alvenaria estrutural, pilares e vigas são desnecessários, pois as paredes – chamadas portantes – distribuem a carga uniformemente ao longo da fundação. Nesse sistema, não são permitidas passagens de fluídos em paredes de alvenaria estrutural, exceto quando a instalação e manutenção não exigirem cortes. As instalações deverão permitir fácil acesso para eventual execução de reparos e não deverão interferir nas condições de estabilidade da construção. As alternativas para o encaminhamento das tubulações em alvenaria estrutural, são as seguintes: •
Horizontal: pelas paredes hidráulicas (vedação); encaminhamento pelo forro, ou junto ao teto ou parede, encobertas por sanca de gesso;
•
Vertical: furos verticais dos blocos das paredes hidráulicas (vedação); tubulações externas protegidas por carenagens; tubulações em shafts.
Uma alternativa para a execução das paredes hidráulicas é a utilização de um bloco especial chamado “bloco hidráulico” que é fabricado com ranhuras verticais especialmente para facilitar o rasgo da parede onde serão embutidas as tubulações que podem ser de até 75 mm de diâmetro. O bloco hidráulico permite também a passagem de tubos na horizontal com diâmetro máximo de 50 mm em uma cavidade deixada especialmente para isso na sua fabricação. Normalmente as tubulações que ficarem embutidas na parede hidráulica são as de alimentação aos pontos de consumo
CARVALHO JR Instalacoes hidraulicas.indb 337
* VIOLANI, M. A. F. As instalações prediais no processo construtivo de alvenaria estrutural. Semina: Ci. Exatas/ Tecnol., Londrina, v. 13, n. 4, p. 242-255, dez. 1992. Selecta Solução em Blocos, Grupo Estrutural.
337
07/08/2021 10:03:42
INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS * EM SISTEMA STEEL FRAME
19
O steel frame é um sistema construtivo estruturado em perfis de aço galvanizado formado a frio, projetados para suportar as cargas da edificação e trabalhar em conjunto com outros subsistemas indus trializados, de forma a garantir os requisitos de funcionamento da edificação. É uma proposta de construção que alia rapidez, qualidade construtiva e habitacional, além de apresentar características mercadológicas e de negócios diferenciadas das construções tra dicionais. Embora o sistema seja mais utilizado em construções de alto padrão, com a consolidação da tecnologia no mercado, já estão sendo desenvolvidos alguns modelos de casas para o ramo popular. As instalações hidráulicas para edificações com sistemas cons trutivos steel frame são as mesmas utilizadas em edifícios conven cionais, e apresentam o mesmo desempenho, não variando em razão do sistema construtivo. Dessa maneira, nas tubulações de água fria ou quente nos sistemas, podem-se utilizar todos os materiais que são empregados nas construções comuns, tais como o PVC, o PEX, o PPR, o CPVC e o cobre. As medidas ou alturas devem ser sempre extraídas do projeto e jamais pensadas ou decididas em obra. Com sua concepção racionalizada, o sistema permite a execu ção das instalações com o mínimo de transtorno, pouco desperdício e grande facilidade de controle e inspeção dos serviços concluídos. No sistema steel frame todas as paredes e lajes funcionam como shafts visitáveis, facilitando a execução e a manutenção das instalações. A passagem de tubulação de água fria ou quente pelas vigas de piso é feita através de furos. A NBR 15253:2014 - Perfis de aço formados a frio, com revestimento metálico, para painéis estru turais reticulados em edificações — Requisitos gerais normaliza os furos para passagem de instalações, prevendo que aberturas sem reforços podem ser executadas nos perfis de steel frame, desde que devidamente consideradas no dimensionamento estrutural. Para as tubulações sanitárias, que normalmente possuem diâ
CARVALHO JR Instalacoes hidraulicas.indb 343
* TERNI, Antonio Wanderley; SANTIAGO, Alexandre Kokke; PIANHERI, José. Casa de steel frame – instalações. Téchne, São Paulo, Pini, n. 141, p. 61-64, dez. 2008.
343
07/08/2021 10:03:44
INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS EM SISTEMA CONCRETO + PVC
21
O sistema construtivo Concreto + PVC* é um sistema racional, versátil e “moderno”. Foi desenvolvido no Canadá, e agora já está disponível no Brasil. A Braskem é a empresa que fornece as resinas de PVC, matéria-prima básica para a fabricação desses perfis, para as duas empresas detentoras da tecnologia do sistema no país, a Plásticos Vipal e a Royal Technologies. O sistema construtivo Concreto + PVC é composto por perfis leves e modulares que são preenchidos com concreto e aço. Após a montagem dos perfis de parede vazados, são inseridos os reforços de aço e as instalações hidráulicas e elétricas. A instalação pode ser distribuída pela base da parede e por cômodos, entrando sempre por um ponto no topo da parede. Por fim, executa-se a concretagem dos perfis-fôrmas. As tubulações hidráulicas verticais são introduzidas nos módulos especiais pelas extremidades superiores após o posicionamento e travamento dos painéis na sua posição definitiva. No caso da existência de tubulação horizontal, esta deverá ser montada nos painéis fora da posição definitiva. Esse sistema apresenta algumas vantagens como: facilidade de montagem, elevada resistência e produtividade, durabilidade, baixa manutenção, facilidade de transporte, construção rápida e limpa, baixo índice de geração de resíduos na obra, e imunidade a fungos e bactérias (adequado para a área de saúde). Embora exista a possibilidade de reciclar esses perfis no futuro, quando se tornarem entulhos da construção civil, a desvantagem é que as resinas termoplásticas são produtos petroquímicos, provenientes do petróleo, matéria-prima não renovável. Por essa razão, algumas empresas preferem investir em técnicas e sistemas construtivos que não utilizem matérias-primas não renováveis. * FARIA, Renato. Industrialização econômica. Téchne, São Paulo, Pini, n. 136, p. 42-45, jul. 2009.
CARVALHO JR Instalacoes hidraulicas.indb 349
349
07/08/2021 10:03:46
22
PISO RADIANTE
É um sistema de aquecimento moderno e confortável. Nos países mais desenvolvidos, é utilizado em cerca de 50% das residências novas. O piso radiante, fabricado pela Astra, baseia-se em um circuito de tubos de polietileno reticulado (o PEX é o material mais indicado, na atualidade, para projetos de piso radiante, em razão de sua facilidade de instalação e alta durabilidade), embutidos no piso da residência, e de um sistema de regulagem térmica que permite controlar, em qualquer momento, a temperatura do ambiente, por meio da circulação de água quente.* No piso radiante, utiliza-se a superfície da residência como elemento radiador de calor, eliminando os radiadores e aparelhos de ar-condicionado. Isso permite manter a temperatura do piso perfeitamente distribuída por todo o ambiente, obtendo, assim, grande conforto. Os circuitos de tubos PEX agem como elemento fundamental do sistema de aquecimento por piso radiante. Esses tubos, fabricados em polímeros de alta tecnologia denominado “polietileno reticulado”, ficam embutidos no piso da residência e suportam, com total garantia, a circulação de água quente, sem sofrer corrosão ou desgaste ao longo dos anos. O sistema de distribuição Manifold (ver “Sistema PEX – Tubos flexíveis de polietino reticulado”) tem a função de distribuir a água recebida do grupo de regulagem térmica para cada circuito e ajustar a temperatura de cada ambiente de forma independente. Antes da elaboração do projeto do piso radiante, é importante a realização de um estudo detalhado, que leve em conta todas as características relevantes da residência a ser aquecida, como projeto arquitetônico, localização geográfica, janelas, portas, níveis de isolamento da edificação etc. * Astra.
CARVALHO JR Instalacoes hidraulicas.indb 351
351
07/08/2021 10:03:47
23
EFEITOS ORNAMENTAIS EM ÁGUA
Os efeitos ornamentais com água mais comuns nos projetos de arquitetura são as fontes e as cascatas, que, além do aspecto arquitetônico, proporcionam o aumento da umidade do ar na edificação.* As fontes, geralmente em jardins, também podem ser instaladas em apartamentos, dependendo dos modelos e suas dimensões. Qualquer modelo deve ter ralo para limpeza, na bacia ou no tanque, e dreno, para evitar inundações. Alguns modelos de maiores dimensões pedem ligação hidráulica específica e motores mais potentes. Nesses casos, a orientação profissional é muito importante. Assim como as fontes, as cascatas ornamentais podem ser utilizadas em ambientes internos e externos. Elas podem ser instaladas em diversos estilos e materiais. Podem ter aspectos naturais ou ser estilizadas nas mais diversas dimensões, podendo ser construídas com pedras naturais, vidro, aço, concreto, cerâmica etc. A Sodramar apresenta quatro modelos de cascata com designs inovadores. As cascatas Sodramar são desenvolvidas em aço inoxidável e materiais não ferrosos que conferem ao produto resistência e durabilidade (ver Figura 23.4). Dependendo do efeito desejado, as lâminas de água podem escorrer por superfícies lisas ou texturizadas, ou, ainda, projetar-se em queda livre, soltas no ar. A queda d’água das cascatas pode aumentar ou diminuir, de acordo com a potência da bomba e a pressão do sistema no momento de seu funcionamento. Independente, do modelo escolhido, as cascatas devem ser instaladas na tubulação de retorno da piscina, após a bomba e o filtro, conforme esquema apresentado na Figura 23.5. * HIRSCH, Daniela; BARACUHY, L. Joana. Fontes de inspiração. Arquitetura & Construção, São Paulo, Abril, p. 100-103, maio 2001.
CARVALHO JR Instalacoes hidraulicas.indb 353
353
07/08/2021 10:03:47
24
PISCINA NO PROJETO * ARQUITETÔNICO
Atualmente, é grande o número de piscinas em projetos de residências e condomínios. Por essa razão, as piscinas se tornam uma das interfaces mais importantes da arquitetura com as instalações hidrossanitárias. A norma da ABNT que estabelece os requisitos e parâmetros para projeto, construção, instalação e segurança no uso e operação aplicáveis a todos os tipos de piscinas é a NBR 10339:2018 - Piscina — Projeto, execução e manutenção. A instalação completa de uma piscina residencial compreende: o tanque, a área circundante ao tanque, os vestiários, os banheiros, o sistema de recirculação e tratamento, a casa de máquinas, os equipamentos de borda e os equipamentos de manutenção. Antes do projeto e da execução da piscina, é necessário estudar a área onde será instalada. O ideal é uma área exposta aos raios solares (geralmente a face norte é a que recebe mais luminosidade) e que disponha de facilidades para os projetos de instalação hidráulica e elétrica. O terreno e o lençol freático devem ser devidamente analisados pelo arquiteto, antes de iniciar a obra. O terreno nem sempre é um fator decisivo, mas o tempo de execução, o formato e o tamanho desejados.
* MELO, Vanderley de Oliveira; AZEVEDO NETTO, José M. Instalações prediais hidráulico-sanitárias, cit.; DACACH, Nelson Gandur. Saneamento básico. Rio de Janeiro: Livros Técnicos e Científicos, 1979. CARVALHO, Renata. Vai entrar água. Téchne, São Paulo, Pini, n. 59, p. 32-38, fev. 2002. Projeto de piscinas, Jacuzzi.
Existem várias maneiras de executar ou instalar uma piscina. Podemos destacar as piscinas construídas in loco (de concreto armado ou alvenaria estrutural) e as pré-fabricadas (de fibra de vidro e vinil). As piscinas moldadas in loco, independentemente da forma de execução, devem ser revestidas com material liso, de fácil limpeza e resistente aos produtos químicos aplicados à água, sendo de uso generalizado o azulejo e as pastilhas de vidro ou porcelana. Os revestimentos das piscina devem aliar estética à facilidade de instalação e manutenção. A grande desvantagem desses revestimentos é apresentar
356
CARVALHO JR Instalacoes hidraulicas.indb 356
07/08/2021 10:03:48
NORMA DE DESEMPENHO NBR 15575 – PARTE 6: INSTALAÇÕES HIDROSSANITÁRIAS
25 Marcelo Fabiano Costella Gabriela Schneider de Sousa Bottega
Este capítulo tem por objetivo apresentar os aspectos gerais da norma de desempenho, as etapas do processo de projeto hidrossanitário e, em seguida, discutir os itens da Parte 6 da norma de desempenho, tendo em vista a atuação do projetista de instalações hidrossanitárias, para cada um dos requisitos do usuário.1
A NORMA DE DESEMPENHO O conjunto de normas denominado NBR 15575:2013 foi desenvolvido com a finalidade de estabelecer um padrão de desempenho mínimo nas edificações habitacionais, visando à qualidade e à inovação tecnológica na construção. Assim, o desempenho está relacionado às exigências dos usuários de edifícios habitacionais e seus sistemas quanto ao seu comportamento em uso, sendo uma consequência da forma como são construídos. Este capítulo é baseado na NBR 15575:2013: Edificações Habitacionais – Desempenho, a qual será denominada Norma de Desempenho ao longo do texto. Essa norma está em vigor desde o ano de 2013 e é dividida em seis partes: •
Parte 1: Requisitos gerais;
•
Parte 2: Requisitos para os sistemas estruturais;
•
Parte 3: Requisitos para os sistemas de pisos;
•
Parte 4: Requisitos para os sistemas de vedações verticais internas e externas;
•
Parte 5: Requisitos para os sistemas de cobertura;
•
Parte 6: Requisitos para os sistemas hidrossanitários.
1
Este anexo foi escrito com base na Parte 6 da NBR 15575:2013, que foi escrita com base na NBR 5626:1998. Como a NBR 15575 ainda não foi atualizada, as informações aqui contidas não contemplam as recentes alterações incluídas na NBR 5626:2020.
CARVALHO JR Instalacoes hidraulicas.indb 363
363
07/08/2021 10:03:52
1 2 3 4 5 6
Instalações prediais de água fria Instalações prediais de água quente Instalações prediais de segurança contra incêndio Instalações prediais de esgotos sanitários Instalações prediais de águas pluviais Simbologias utilizadas em projetos
PARTE II: INTERFACES DAS INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS E SANITÁRIAS COM O PROJETO ARQUITETÔNICO 7 8 9 10 11
15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26
13a edição
ROBERTO DE CARVALHO JÚNIOR
Durante mais de trinta anos atuando como projetista de instalações, o engenheiro Roberto de Carvalho Júnior constatou vários problemas de compatibilização entre o projeto arquitetônico e o de instalações prediais hidrossanitárias. Como professor de disciplinas de instalações prediais em faculdades de Engenharia Civil e Arquitetura e Urbanismo, o autor observou a carência e a importância de uma bibliografia que atendesse às necessidades de aprendizado e consulta sobre as interfaces físicas e funcionais do projeto arquitetônico com as instalações prediais hidráulicas e sanitárias. Na parte 1 deste livro, são apresentados os principais conceitos de instalações prediais de água fria e água quente, segurança contra incêndios, esgoto e águas pluviais com enfoque no projeto arquitetônico. Na parte 2, são abordados as principais interfaces com a arquitetura e os novos conceitos e tecnologias das instalações prediais hidrossanitárias. O livro foi desenvolvido com a finalidade de apresentar a arquitetos, engenheiros civis, projetistas e alunos dos cursos de Arquitetura e Urbanismo e Engenharia Civil uma visão conceitual mais didática, prática e simplificada dos vários subsistemas das instalações hidráulicas prediais, bem como mostrar a necessidade de integração dessas instalações com os demais subsistemas construtivos envolvidos na construção de um edifício.
E O PROJETO DE ARQUITETURA
13 14
E O PROJETO DE ARQUITETURA
INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS
12
Aparelhos sanitários Instalações em banheiros Instalações em cozinhas Instalações em áreas de serviço Áreas ergonômicas (utilização dos aparelhos) Adequação das instalações (para portadores de necessidades especiais) Novos conceitos e tecnologias Prumadas hidráulicas e elementos estruturais Novos conceitos de banheiros Compartimentos rebatidos Instalações hidráulicas em sistema drywall Instalações hidráulicas em alvenaria estrutural Instalações hidráulicas em sistema steel frame Instalações hidráulicas em sistema wood frame Instalações hidráulicas em sistema concreto + PVC Piso radiante Efeitos ornamentais em água Piscina no projeto arquitetônico Norma de Desempenho NBR 15575 – Parte 6: Instalações Hidrossanitárias Referências
INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS
CARVALHO JÚNIOR
PARTE I: INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS PREDIAIS
INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS
E O PROJETO DE ARQUITETURA
De acordo com a NBR 5626:2020, incluindo a NBR 15575 - Parte 6
www.blucher.com.br
13a edição
ROBERTO DE CARVALHO JÚNIOR É engenheiro civil, licenciado em Matemática com habilitação em Física e Desenho Geométrico. Pós-graduado em Didática do Ensino Superior e mestre em Arquitetura e Urbanismo. Projetista de instalações prediais desde 1982, já elaborou inúmeros projetos de edificações de médio e grande porte, executados em várias cidades do Brasil.Desde 1994, atua na área acadêmica em faculdades de Arquitetura e Urbanismo e de Engenharia Civil como professor de disciplinas de instalações prediais e infraestrutura urbana. É palestrante e autor dos livros Instalações elétricas e o projeto de arquitetura, Patologia dos sistemas prediais hidráulico-sanitários, Instalações prediais hidráulico-sanitárias e Interfaces prediais, publicados pela editora Blucher.