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Tatiana Inglez-Mazzarella
Histórias recobridoras Quando o vivido não se transforma em experiência
Este livro se dedica ao estudo de histórias repetitivas e obliteran-
Há mais de 20 anos, acompanho os bastidores do trabalho de Tatiana Inglez-Mazzarella de perto. Vi sua dissertação de mestrado virar o belíssimo livro Fazer-se herdeiro: a transmissão psíquica entre gerações. Vi também suas inquietações clínicas seguirem
tes – as histórias recobridoras –, que, por sua fixidez, impedem a
adiante e materializarem-se neste
passagem do vivido ao experienciado e dificultam a apropriação da
precioso livro. Durante anos,
herança. Por meio de um trabalho realizado a partir da obra literária Austerlitz, de W. G. Sebald, e de uma construção clínica com base em
testemunhei com admiração sua
atendimento da autora, buscou-se uma aproximação com o referido
capacidade de manter vivo o
fenômeno, relacionando-o à discussão metapsicológica e às áreas afins. Nesta obra discute-se, também, a relevância do conceito de história recobridora para o trabalho do analista e para a clínica psicanalítica, além de questões acerca das histórias recobridoras coletivas. Por fim, o livro propõe uma articulação da temática com a transmissão psíquica geracional.
Histórias recobridoras
Y
É psicanalista, membro do Departamento de Psicanálise do Instituto Sedes Sapientiae, professora do curso Psicopatologia Psicanalítica e Clínica Contemporânea desse instituto e supervisora do Programa Com Tato, do Instituto Fazendo História; é doutora em Psicologia Clínica pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), autora do livro Fazer-se herdeiro: a transmissão psíquica entre gerações (Escuta, 2ª edição, 2020) e coorganizadora do livro Reflexões clínicas no contexto do acolhimento (Zagodoni, 2020).
Inglez-Mazzarella
Tatiana Inglez-Mazzarella
PSICANÁLISE
Capa_Inglez_Historias recobridoras_P3.pdf 1 20/05/2021 16:18:05
pensamento psicanalítico no melhor estilo freudiano: deixando que a clínica interpele a teoria. Aqui, aliando rigor teórico e inventividade, faz uma extraordinária e inovadora contribuição à psicanálise, criando o conceito de histórias recobridoras –
série
PSICANÁLISE CONTEMPORÂNEA Coord. Flávio Ferraz PSICANÁLISE
fundamental para pensar os impasses da clínica diante de vivências que não podem tornar-se experiência. Que bom que sua obra pode agora atingir mais leitores.
Daniele John