Coletiva TENDÊNCIAS #10 | 2014

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#10 • dezembro DE 2014

COMUNICAÇÃO




15 a n o s d e h i s t ó r i a

Portal é pioneiro no registro de informações sobre o mercado da comunicação

4

Coletiva.net registrou mais um marco histórico em 2014, ao completar 15 anos de fundação. Ao longo desta dé-

ria para os profissionais gaúchos. O acompanha-

cada e meia, consolidou-se como o maior portal

da comunicação, propaganda, marketing e busi-

da comunicação gaúcha, com mais de 550 mil pa-

ness, como novas campanhas publicitárias ou a

geviews/mês, um número significativo para o mun-

movimentação de profissionais do setor, atraiu des-

do web em se tratando de uma publicação regional

de sempre grande interesse, pela capacidade de

segmentada. Coletiva.net é pioneiro no gênero en-

disponibilizar conteúdo e notícias em primeira mão.

tre os veículos de comunicação do Rio Grande do

Nestes 15 anos, Coletiva.net teve o privilégio

Sul e orgulha-se de ter contribuído para abrir ca-

de acompanhar e, mais do que isso, de reportar

minhos em webjornalismo, ajudando a formar pro-

os principais fatos ligados à área da Comunicação

fissionais especializados para atuar nesta área.

Social no Rio Grande do Sul. Os primeiros reco-

levou o portal a se transformar em leitura obrigatómento constante de tudo o que acontece nas áreas

O início da trajetória está em abril de 1999,

nhecimentos ao trabalho vieram com o Top de Mar-

quando circulou a primeira edição semanal do Guia

keting da ADVB e o Prêmio ARI de Jornalismo, em

da Imprensa e da Propaganda, publicação criada

2003. A ADVB premiou o case ‘A comunicação da

pela Coletiva Editora e enviada por fax para cerca

comunicação’, que relatava o surgimento e a evo-

de 200 profissionais. Entrando em um vácuo edi-

lução de Coletiva.net, enquanto a Associação Rio-

torial do mercado, a publicação começou a rece-

grandense de Imprensa destacou o veículo pela

ber uma demanda maior do que a esperada, in-

contribuição ao crescimento da imprensa gaúcha.

viabilizando a operação via fax, o que motivou seus

Do fax ao mundo online, com layout engessa-

editores a migrar para a Internet, pouco mais de

do, sem fotos e notícias publicadas a partir do tur-

um ano depois, quando recebeu a denominação

no da tarde, assim foi o princípio do portal em suas

de Coletiva.net.

primeiras versões. Hoje, o primeiro veículo voltado

Graças ao dinamismo proporcionado pela atua-

ao mercado gaúcho da Comunicação está pre-

lização diária, Coletiva.net ampliou o seu espaço no

sente nas redes sociais e nos dispositivos móveis,

mercado e mudou alguns paradigmas, transforman-

e segue com o diferencial que o caracteriza: re-

do os profissionais de comunicação em fontes de

gistrar toda a movimentação que acontece nas

informação. O resultado pode ser medido na ime-

áreas de Jornalismo, Publicidade, Marketing, Re-

diata repercussão das notícias publicadas, o que

lações Públicas e Academia.

DEZembro’14


15anosdehistória O que mudou? De 1999 até hoje, veículos foram lançados, come-

mios, como o Top de Marketing, o Colunistas e o

moraram décadas, inovaram projetos e programa-

Prêmio ARI de Jornalismo, proporcionou também

ções e até fecharam – em alguns casos, para co-

pioneirismos, como a cobertura em tempo real de

moção de muitos de seus leitores, tornados órfãos.

eventos da Comunicação. Festival Mundial de Pu-

Nos últimos 15 anos, agências de propaganda fi-

blicidade de Gramado, Congresso Nacional dos

zeram história, cresceram, expandiram, contrata-

Jornalistas, Fórum Mundial de Comunicação So-

ram, demitiram, fecharam as portas, ressurgiram.

cial estão entre eles.

A Academia também mudou. Novos cursos foram

A memória diária destes 15 anos registrados

criados, outras opções de instituições de ensino,

pelo portal permite que os profissionais e estudan-

modelos diferentes dos tradicionais. E assim tam-

tes da área tenham, para sempre, um acervo dos

bém surgiram outras áreas que se profissionaliza-

principais acontecimentos que movimentaram a

ram, como o endomarketing, ou que se especia-

área de Comunicação. Entre informações exclusi-

lizaram, como a assessoria de imprensa, o social

vas, inclusive nacionais, Coletiva.net publicou mais

media, o webjornalismo, entre outros.

de 51.500 notícias. A elas se somam, neste perío-

Coletiva.net acompanhou de perto todas estas

do, cerca de 620 perfis de profissionais e mais de

pequenas revoluções. Tem sido um período rico,

3.200 artigos, entre tantos outros registros publi-

no qual a tecnologia tomou proporções que nos

cados. Estes são diferenciais que tornam Coletiva.

primórdios do portal ninguém poderia vislumbrar

net referência de credibilidade e confiança no Rio

a que ponto chegaria. As inovações da Internet

Grande do Sul.

ditaram – e seguem ditando – tendências, com-

Desde 2009, quando o portal completou seus

portamentos, relacionamentos entre marcas e con-

primeiros 10 anos, edita-se esta revista Coletiva

sumidores, posicionamentos.

Tendências, que tem, entre seus desafios, o de tentar responder a questões que inquietam nos-

Aconteceu, está em Coletiva.net

sos profissionais: O que nos reservam os próximos

Hoje, com mais de 16 mil assinantes, Coletiva.net

anos? Quais novos registros históricos surgirão?

conta com a fidelidade de seu público, que cos-

Para onde vai, enfim, a Comunicação? Não faltam

tuma dizer: “Se aconteceu, procura no Coletiva.

questionamentos; Coletiva Tendências procura dar

net para saber mais”. A trajetória que rendeu prê-

algumas respostas nas próximas páginas.

5


15 anos de hist ó ria

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DEZembro’14


Mudanças visam proporcionar melhor experiência de navegação aos leitores

Maisacessível, atrativoesocial No ano em que comemora 15 anos, Coletiva.net passa por um processo de modernização, que busca proporcionar melhor experiência de navegação aos leitores. Em um trabalho con-

novos recursos de interação, integrados às redes

duzido pela DZ Estúdio, o portal ganhou visual

contrada na seção Agenda, onde o usuário tem a

mais atrativo – com um mosaico de imagens na

possibilidade de acrescentar os eventos de seu

home, o qual valoriza as notícias de destaque no

interesse a aplicativos de gerenciamento de agen-

dia –, acrescentou novos recursos e aperfeiçoou

da, como o Google Calendar.

sociais. O leitor pode compartilhar o conteúdo do portal com mais facilidade e agilidade, por meio de ferramentas conectadas ao Facebook, Twitter, Google+ e Pinterest. Outra novidade pode ser en-

antigos. Seguindo a proposta da nova marca, lan-

A lógica de busca foi otimizada, a fim de sim-

çada em agosto deste ano, o portal teve seu layout

plificar e agilizar a tarefa aos usuários. Ao procurar

reformulado e agora está ainda mais acessível.

por um termo específico, o leitor encontra, em or-

Criado a partir do sistema Wordpress e alinha-

dem cronológica, todo o conteúdo relacionado ao

do às tendências atuais, o design é inteiramente

assunto publicado no portal, independentemente

responsivo, o que significa que se adapta ao for-

da seção em que a notícia, o artigo ou a coluna

mato de tela escolhido pelo usuário, seja compu-

está localizado. Coletiva.net mantém as seções já

tador ou dispositivos móveis. O layout tem no mo-

conhecidas pelo público – Agenda, Aniversários,

bile – segmento responsável por 18% dos acessos

Artigos, Colunas, Especiais, Notícias, Onde Estão,

em Coletiva.net – uma de suas apostas. “O novo

Panorama, Perfil – e apresenta um novo espaço

site tem um cuidado especial com acessibilidade,

destinado ao anúncio de vagas de emprego. O

que vai dar ao usuário outro tipo de experiência

portal ainda disponibiliza as edições da revista Co-

de navegação”, explica o sócio e diretor de Aten-

letiva Tendências, que podem ser folheadas em

dimento e Operações da DZ Estúdio, Davi Neves.

versão digital. Os espaços comerciais também fo-

Além do seu tradicional espaço de comentá-

ram remodelados, oferecendo mais possibilidades

rios para assinantes, Coletiva.net agora ganhou

aos anunciantes.

7


15 anos de hist ó ria

Quemsãoosleitores? Os 15 anos de Coletiva.net também estão marcados pelos números. Mesmo que o tempo de trajetória permita ao portal conhecer como ninguém os seus usuários, a iniciativa de identificá-los de forma específica e detalhada é mais uma ação especial para marcar o aniversário. Para documentar a pergunta “Quem são nossos leitores?”, o portal realizou uma pesquisa qualitativa e online, a qual foi respondida por 368 pessoas, baseada em questionamentos acerca do perfil da sua audiência. Com toda a história escrita por Coletiva.net, algumas respostas podem não surpreender os leitores, pois o mercado sempre sinalizou algumas delas. Outras informações, porém, registraram números, no mínimo, interessantes, que tornam a história do portal ainda mais sólida. Considerado por muitos como um espaço democrático, um dos aspectos a serem destacados é quanto ao gênero, próximo do equilíbrio: 55% do público é masculino e 45% é formado por mulheres. Entre as respostas, também é possível salientar que a maioria dos internautas que acompanha o noticiário sobre o mercado gaúcho da Comunicação é jornalista – eles representam 54% da audiência. Após, aparecem publicitários, com 28% de participação, Marketing e Outros, empatados com 24%, e relações-públicas, com 11%. Coletiva.net tem em seu conjunto de informações disponíveis diversas seções, as quais não se limitam às notícias. Muitas vezes, os leitores se tornam parte dessa construção, quando oferecem informações privilegiadas e ajudam a compor toda sua estrutura online. Além do noticiário, as áreas mais acessadas são Perfil da Semana (48%), Onde Estão e Artigos (43%), Colunas (32%), Agenda (28%), Aniversários (17%) e Panorama (13%). Fidelidade é uma palavra que combina com Coletiva.net, especialmente ao analisar duas questões deste levantamento. A primeira faz referência ao tempo em que os leitores acessam o portal: 65% da audiência conhece o veículo há mais de sete anos – metade da sua existência. A segunda registra a quantidade de vezes que o público o acessa, sendo 48% leitores diários, e muitos deles, mais de uma vez ao dia. Confira a pesquisa completa na página ao lado.

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DEZembro’14


Área de atuação

54%

Atividade que exerce

28%

24%

11%

24%

assessoria de comunicação

37% 4% 5% 7%

Áudio Jornalismo

publicidade

marketing relações públicas

outros

design

sexo

55%

endomarketing

eventos

45%

foto/cine

feminino

masculino imprensa

25% internet

escolaridade

3%

marketing

ensino médio

14%

22% 21%

superior incompleto

32% 2%

17%

propaganda

promocional

40% 8%

10% 6%

superior completo

pós-graduação

outros

vídeo

6% 6%

24%

mestrado

doutorado

38%

idade

1% - de 18 anos

37% 16%

8% 18 a 25 anos

26 a 40 anos

41 a 60 anos

+ de 60 anos

9


15 anos de hist ó ria

quando conheceu o portal coletiva.net?

32%

33%

entre 7 e 10 anos

+ de 11 anos

21% 10%

4% - de 1 ano

entre 1 e 3 anos

entre 4 e 6 anos

você é assinante do portal?

com que frequência você lê notícias no portal? 1 vez por mês de forma eventual

33% não

+ de 1 vez por dia

67%

4%

2%

8%

38%

de 1 a 2 vezes por semana

sim

qual é a área de notícias que lhe chama mais a atenção?

15%

48% todos os dias

fotografia/vídeo

37%

17%

internet

48% 47%

81%

jornalismo/imprensa

marketing

publicidade/propaganda

qual nota você atribui ao portal?

relações públicas

31%

Além de notícias, qual é a editoria de coletiva.net que você mais acessa?

28%

17%

25% 20%

agenda

aniversários

43%

32% 43%

16%

artigos

colunas

13% 10

panorama

onde estão

48%

DEZembro’14

perfil da semana

1% 1% 1% 3

4

5

6% 6

7

8

9

10



15 anos de hist ó ria

Comapalavra,o

leitor Por Márcia Christofoli

Durante a produção desta revista, Coletiva.net reuniu quatro grupos* de leitores para que relatassem histórias, experiências e sentimentos com relação ao portal. Participei apenas como ouvinte, para não deixar minha relação emocional interferir no processo dos chamados grupos focais. Tenho que confessar que foi difícil, em virtude da minha intensa passagem pela redação do portal. O primeiro veículo online voltado ao mercado da Comunicação gaúcha promoveu Rodadas de Debates e ouviu mais de 20 pessoas, entre os meses de julho e agosto, a fim de documentar opiniões. Essas rodadas tiveram como principal objetivo conhecer os leitores e garantir que o portal permaneça no caminho certo. A confiança da audiência, a visão que ela tem sobre a seriedade do trabalho de Coletiva.net não me surpreenderam, mas entender de que forma esses consumidores da informação se comportam e os motivos que os levam a manter-se fiel ao portal foi, sim, impressionante. Mais uma confissão: por muitas vezes, até me comovi com tamanho respeito.

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DEZembro’14

* No primeiro grupo, estiveram representadas as entidades Associação Brasileira das Agências de Propaganda (Abap-RS), Associação Brasileira de Agências de Comunicação (Abracom), Associação dos Dirigentes de Marketing e Vendas do Brasil (ADVB/RS), Associação Riograndense de Imprensa (ARI), Associação Riograndense de Propaganda (ARP), Conselho Regional de Profissionais de Relações Públicas (Conrerp), ESPMSul, Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Rio Grande do Sul (SindJors) e Sindicato dos Radialistas. No grupo de leitores, os profissionais representaram algumas das diversas áreas da Comunicação, como Assessoria de Imprensa, Administração, Publicidade, Eventos, Radiojornalismo, Universitário, Comunicação Visual, Design, Marketing, Comunicação Pública e Marketing Digital.



15 a n o s d e h i s t ó r i a

Quais as primeiras palavras que vêm à cabeça quando se fala em Coletiva.net?

Como foi?

Confiança à prova

Cenário detalhado, é necessário explicar como foi

Dentre muitos aspectos abordados durante as Ro-

o processo: os participantes foram divididos em

dadas de Debates, percebi, com muita clareza e até

duas áreas. Uma delas, formada por dirigentes de

facilidade, que um dos pontos muito salientados foi

entidades da comunicação gaúcha, que, com fre-

a confiança dos leitores em Coletiva.net. Mesmo que

quência, colaboram com Coletiva.net como fontes

não tenha sido questionada diretamente a satisfação

representantes de determinadas categorias, o que

do internauta, pois esta está sempre ligada à fideli-

faz deles diretamente interessados no que é publi-

dade de leitura, os participantes tiveram espaço pa-

cado. E a outra área foi composta por leitores isen-

ra expor seu nível de confiabilidade no portal. E as

tos, os quais são usuários do portal e o utilizam

respostas confirmaram o que eu já imaginava.

como meio de informação.

Para uma maioria, o alto nível de credibilidade de

As trocas de ideias foram intensas e, por vezes,

Coletiva.net – aspecto destacado como 100% – es-

longas e acaloradas. Tanto é verdade que algumas

tá diretamente ligado à sua tradição de 15 anos em

dessas discussões acerca das diferentes relações

atividade e ao seu pioneirismo e ousadia em um tem-

com Coletiva.net tiveram que ser interrompidas, pois

po em que pouco se acreditava na internet. Afinal, o

o tempo era limitado. Se deixassem, os grupos se

veículo começou sendo enviado por fax, pois, na

estenderiam por horas a fio. Particularmente, ado-

época, não poderia se imaginar o boom da web tão

raria, mas precisava cumprir um cronograma.

cedo. Essa sempre foi a minha hipótese: o portal está devidamente solidificado no dia a dia das pessoas devido ao seu tempo de atividade e ao seu pio-

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DEZembro’14



15 anos de hist ó ria

neirismo. Quando poucos pensavam em Jornalismo Online, Coletiva.net foi lá e fez, e bem feito.

Uma palavra bastante citada foi pluralidade, isso quando se fala do espaço que é aberto aos diferentes

Expressões como “fonte de informação”, “canal

temas e fontes da Comunicação. Ainda nessa linha,

oficial”, “pluralidade do portal” e “propagador de ta-

percebi em poucas horas que a visibilidade que mui-

lentos” foram muito utilizadas para definir como os

tos profissionais têm a partir do portal ratifica sua linha

leitores enxergam o portal e como se relacionam com

editorial de não fazer escolhas por preferências e, sim,

ele. De forma unânime, Coletiva.net é dado como

apresentar “quem é quem no mercado gaúcho”.

uma referência do mercado da Comunicação gaúcha e pode contar com a total confiança de seus inter-

Leitura obrigatória

nautas. Exemplo disso é que alguns afirmaram que

Seja pelo motivo que for, Coletiva.net é considerado

“o que vai para o ar no portal não é questionado”, o

por muitos como leitura obrigatória para os profis-

que, para muitos, significa que Coletiva.net ocupa um

sionais do setor. Alguns definiram como “natural” a

lugar exclusivo na rotina de seus seguidores.

forma como conheceram o portal. Eles foram tranquilos, mas enfáticos, ao afirmar que não há como

Um espaço democrático

trabalhar com Comunicação e não conhecer o veí-

Se teve uma frase que me chamou a atenção, es-

culo. E essas afirmações não se referiram apenas às

ta foi: “Quando se houve algum boato no mercado,

notícias –ícone mais acessado pelo público. Entre

deve-se correr para conferir o Coletiva.net, pois lá

outras seções, a afirmação se estendia, em especial,

se terá a certeza do ocorrido”. A grosso modo, eu

ao Perfil da Semana e ao Onde Estão.

traduziria como “a fofoca não tem vez”, e olha que

Alguns dos participantes tiveram o primeiro con-

a frase foi repetida em todas as ocasiões das Ro-

tato ainda quando a forma de divulgação das notí-

dadas de Debates. Mais do que isso, foi salientado

cias era feita via fax e apenas acompanharam sua

que o portal não se envolve em sensacionalismo,

evolução, outros através do mercado, por indica-

nem notícia que não estiver confirmada pelas fon-

ção, clipping de clientes, incentivo do empregador

tes corretas e oficiais. Isso, para muitos dos parti-

– tenha sido veículo ou não. O fato é que muitos

cipantes, mostra que qualquer assunto, por mais

disseram ter ficado “encantados” quando conhe-

polêmico que seja, pode ser acompanhado de for-

ceram um veículo online que reunia informações de

ma isenta.

tantas áreas diferentes em um mesmo lugar. E, nes-

Também foi bastante apontada a gama de assuntos abordados por Coletiva.net, considerando as

16

se momento, o orgulho de ter feito parte do portal voltou a aparecer.

diversas áreas da Comunicação nos dias de hoje,

Uma coisa é certa: nem todos souberam expli-

que não se restringe a Jornalismo, Publicidade e

car o que os leva a ler Coletiva.net diariamente, mas

Marketing. Tive que concordar, mesmo que interna-

algumas justificativas foram repetidas por participan-

mente – já que estava “proibida” de manifestar qual-

tes diferentes: “Quero saber como o mercado se

quer opinião ou reação –, pois há uma ramificação

movimenta”; “É referência para quem quer entender

cada vez maior nessas áreas. Por conta disso, o

o mercado da Comunicação”; “Os leitores se sentem

portal foi apontado como espaço democrático, por

íntimos do portal”; “Se a ideia é colocar o mercado

dar luz ao mercado e aos seus profissionais, seja

na roda, quero saber o que se passa”. Para resumir,

qual for o setor de atuação.

então: este é o Coletiva.net.

DEZembro’14



Pr

p r o pa g a n d a

O consumidor do sĂŠculo 21, conectado, exerce um constante ato de consumir. Neste cenĂĄrio, a tecnologia assume um papel de destaque e exige que a Propaganda saiba dosar com criatividade e bom humor os desafios que a cultura digital oferece em ferramentas como o mobile.

18

DEZembro’14


Humorviral Alguns filmes nem estrearam nos cinemas ainda e os internautas já estão comentando nas redes sociais. O

humor e os ‘memes’ ten-

Iphone 6 Plus mal foi lançado e os internautas já

vez mais espaço dentro

começaram a compará-lo a grandes edifícios, de-

do setor empresarial.

vido ao seu tamanho. Esses são apenas dois exem-

Para a Publicidade e Pro-

plos dos famosos ‘memes’ que, aos poucos, co-

paganda, essa é uma

meçam a tomar conta do cyber mundo e prometem

projeção com diversas

viralizar na internet.

faces. É o que entende o sócio da agência W3Haus,

dem a se tornar mais sólidos e ganhar cada

Alessandro Cauduro

“Desde o surgimento da web 2.0, a chamada

Alessandro Cauduro: “As marcas cada vez mais

internet colaborativa, o consumidor tem um poder

têm feito peças de oportunidade. Tudo é monito-

de conteúdo nunca antes visto e, com isso, ele pas-

rado em tempo real e, quando lançam um novo

sa a interagir – e exigir essa interação – com as

‘meme’, elas tentam se apropriar e sair na frente

marcas também. Assim, não é apenas o bom hu-

das outras, para se mostrarem antenadas e surfar

mor, mas a interação como um todo que é uma

nessa onda de popularidade”, ressalta ele.

tendência”, explica o publicitário Gabriel Rymsza.

Para Rymsza, as marcas perceberam que o con-

Para o diretor de Criação e Operação da Moove

sumidor conectado está em constante consumo e

Comunicação Transmídia, Alexandre Assumpção,

produção de conteúdo e antenado em tudo o que

diversas áreas – Jornalismo, Publicidade e Marke-

acontece, daí por que o planejamento publicitário

ting – estão buscando novas formas de se comu-

em longo prazo é assunto de extrema importância

nicar com esse consumidor em formação, superli-

dentro das corporações. “As pessoas estão muito

gado em internet, que conversa por aplicativos e

seletivas, sendo assim, as marcas têm encontrado

passa horas no Facebook. “Essa sempre foi uma

oportunidades para se aproximar desses consumi-

busca por erros e acertos e, com o surgimento da

dores por meio dos ‘memes’, tanto em caráter de

comunicação 360°, onde ‘atira-se para todos os

alcance, pois falam do mesmo assunto que todos

lados’, isso vai crescer”, diz ele.

estão falando, como em relevância e identificação, pois estreitam laços com esse público”, esclarece.

Uso dos ‘memes’ na propaganda

Com os avanços tecnológicos e a facilidade de

Com a evolução rápida e constante da

as pessoas chegarem a eles, surge, então, a cul-

comunicação, em especial no

tura digital. A partir disso, o crescimento do uso do

meio digital, o uso

bom humor na propaganda passará a ser maior. “A

do bom

propaganda sempre se utilizou dos elementos da

19


Pr cultura, principalmente

portante porque não há tempo a ser gasto em um

da pop. O uso dos ‘me-

acabamento bem feito, já que a mensagem é rápida

mes’ serve para mostrar

e não duradoura, e não precisa ser”, completa.

que as marcas estão

Rodrigo Pinto

sintonizadas com os

Outra mudança apontada como tendência é a humanização da comunicação. Para Cauduro, a co-

consumidores”, explica o diretor de Criação e vice-­

municação mais próxima e real do consumidor faz

presidente da agência Paim, Rodrigo Pinto, que

parte do plano de aproximação entre marcas e pes-

participou do projeto das campanhas publicitárias

soas. Contudo, alerta Rodrigo Pinto, é preciso ter

bem-­humoradas da cerveja Polar.

cuidado para não exagerar no uso dos ‘memes’, pois “o bom uso do humor pode gerar um recall maior

Os resultados

para a peça publicitária, e é preciso ficar atento, por-

Gabriel Rymsza acredita que, devido aos impactos

que a internet repele coisas mal feitas ou forçadas”.

aos quais estão expostos todos os dias, os consu-

Os ‘memes’ e o aumento da utilização das mais

midores já não respondem aos estímulos tradicio-

diversas formas de humor na propaganda, de modo

nais de comunicação. Por isso, as empresas pre-

a criar clientes e consumidores em sintonia com as

cisam se reinventar na maneira de fazer propagan-

empresas, referem-se a um fenômeno cultural cha-

da. Os ‘memes’ são uma das formas de conquistar

mado de cultura participativa: “Com o caráter inte-

esse novo consumidor. Em virtude desse cresci-

rativo da internet, os usuários passarão a se ver ca-

mento acelerado, circula na internet que os ‘me-

da vez mais no papel de produtores e disseminado-

mes’ agora têm data comemorativa. O chamado

res da informação, estimulando uma criatividade al-

‘Memeday’ é celebrado em 13 de maio.

ternativa. Um ‘meme’ especí-

Esse é apenas um dos resultados que o humor viral tem gerado na publicidade. “Na propaganda,

mas essa transformação

a tendência mais importante é o não acabamento,

cultural e comporta-

o não refinamento visual, a mensagem não

mental, não. Isso per-

tão publicitária, uma comunicação mais

manecerá e ainda pas-

precisa, direta e sem firulas”, comenta Assumpção. “Comunicar, passar a mensagem é mais im-

Re

fico pode ser modismo,

r e t r o s p e c t i va

sará por mutações nos próximos anos”, conclui Gabriel Rymsza.

Gabriel Rymsza

Nesta e nas páginas seguintes, vamos relembrar os principais fatos registrados por Coletiva.net

16/4/1999

Guia para a Comunicação Circula a primeira edição semanal do Guia da Imprensa e da Propaganda. O informativo, que reúne notícias sobre a área de Comunicação do Rio Grande do Sul, é enviado por fax para um mailing do mercado. A primeira nota registra uma crise na propaganda gaúcha, causada por uma retração na economia. Um ano e sete meses depois, o Guia se insere no ambiente online e passa a se chamar Coletiva.net.

20

DEZembro’14



Pr

Viralizou As redes sociais ditam o ritmo do momento e

tag ou um blog alcança

quem não está nesse caminho acaba ficando pa-

muita popularidade en-

ra trás. “Meu filho, que é adolescente, me chama

tre os usuários de forma

a atenção se faço uma ligação da maneira ‘co-

engraçada ou irônica.

mum’. Ele prefere falar pelo whatsapp. E-mail? Para ele, é coisa do passado. Foto no papel? Museu,

mais recentes dessa

coisa de bisavó”, conta Alexandre Assumpção.

‘viralização’ dos ‘me-

Não é o único a pensar assim. Os adolescen-

mes’ na Publicidade é o vídeo do “Taca-le pau, Marco Véio”, de Leandro Beninca, 9 anos. O vídeo,

nectados de alguma forma ao mundo virtual. Sem-

inicialmente despretensioso, fez tanto sucesso na

pre ligados, não deixam passar nada e, na primei-

web que o menino foi contratado pela agência

ra oportunidade, estão tirando bom proveito do

Neogama, de Belo Horizonte, para narrar o co-

humor. “Acredito que os ‘memes’ vieram para ficar,

mercial do Grande Prêmio do Brasil de Fórmula 1.

na internet”, argumenta Cauduro.

Como a Propaganda é uma via de mão dupla, quando um comercial dita as brincadeiras e elas

Meme é um termo grego que significa imitação.

passam a ser utilizadas na web, também tem dado

Na internet, o seu significado refere-se a um fenô-

certo. Um exemplo disso são as campanhas dos

meno, apontado como forte tendência para os pró-

Postos Ipiranga. Bem-humoradas, as propagan-

ximos anos. Nele, uma pessoa, um vídeo, uma ima-

das viraram diversos ‘memes’ na web. Não sabe

gem, uma frase, uma ideia, uma música, uma hash-

do que se trata? “Pergunta lá no Posto Ipiranga”.

fevereiro/2000

Duetto em sociedade A Duetto, agência de eventos e marketing, agora é comandada pela sociedade entre a fundadora da empresa, Rosângela Rimoli, e seu irmão Roberto Rimoli.

22

Alexandre Assumpção

tes e jovens, em geral, estão constantemente co-

pois fazem parte da cultura da ‘zoeira’ que existe

Re

Um dos exemplos

DEZembro’14

17/4/2000

O jornal popular A Rede Pampa de Comunicação tem o projeto de lançar um jornal impresso popular e a novidade é publicada por Coletiva.net como um furo. A notícia cai como uma bomba no Grupo RBS, que também tem a mesma intenção, corre contra o tempo e consegue se antecipar. Surge o Diário Gaúcho, impresso voltado às classes C, D e E, com o objetivo de transmitir informação e serviço e interagir com o público.



Pr

Re

24

26/6/2000

25/8/2000

Portal de notícias

Pioneira do Endomarketing

O Grupo RBS lança seu primeiro veículo de comunicação online, o ClicRBS. O portal de notícias surge no mercado como a grande inovação do momento e com a expectativa de atingir no mês a audiência de três milhões de page views.

A primeira agência especializada em marketing interno surge no Rio Grande do Sul. A HappyHouse (mais tarde, com o Brasil integrado ao nome) inicia suas atividades com operações de Atendimento, Planejamento e Produção para público interno. No comando da agência, está Analisa de Medeiros Brum.

DEZembro’14

março/2000

Zaffari e agência Matriz A agência Matriz comemora a consolidação do conceito “Economizar é comprar bem”, criado para o supermercado Zaffari. A ideia tem a assinatura do publicitário e escritor Luiz Coronel.


mobile? Alguémfalouem

Os números revelam com precisão o furacão chamado smartphones. Foram quase dois milhões de aparelhos

vendidos no Brasil, apenas em 2013, contra 10 milhões de unidades do Iphone 6 e Iphone 6 Plus nos Estados Unidos. E isso ocorreu apenas durante o primeiro final de semana de lançamento dos aparelhos. Se considerar o valor médio de cada aparelho, que gira em torno dos R$ 790, os números brasileiros representam cerca de R$ 1,3 bilhão, conforme o Ibope E-commerce. O instituto ainda revelou que o volume de vendas desses aparelhos superou em 48% a venda online de celulares convencionais. Os tablets não ficam atrás, pelo contrário, ultrapassam mais de 8 milhões de unidades vendidas no ano passado. Agora, se esses dados forem comparados com as informações dos Estados Unidos, onde essa explosão já aconteceu, mais da metade do tempo que as pessoas passam online é em dispositivos móveis. O que vitamina esse crescimento são os aplicativos, ou simplesmente apps. “Para se ter uma ideia, o número de minutos gastos em apps cresceu 50% nos últimos 12 meses, enquanto nos sites mobiles cresce pouco mais de 15%, e no desktop, permaneceu estável”, revela o diretor de Planejamento Criativo da DZ Estúdio, Zé Pedro Paz.

abril/2000

Agência da Década Martins + Andrade é reconhecida com o título de Agência da Década. A distinção é dada com o aval das principais entidades de Comunicação do Brasil, como a Associação Paulista de Propaganda, a Associação Brasileira de Anunciantes e Colunistas Publicitários.

15/5/2001

Associação de independentes A Associação dos Produtores Independentes de Comunicação do Rio Grande do Sul (INTV) deu o primeiro passo para sua consolidação. A entidade, agora reconhecida legalmente, é presidida por Gilberto Simões Pires e reúne um grupo de empreendedores que possuem programas de TV independentes.

21/9/2001

Festival de Marketing O 1º Festival de Marketing ADVB ganha dois prêmios para distinguir executivos e empresas de marketing. O Prêmio Antônio Mafuz, para a Personalidade de Marketing, escolhido pelos sócios da instituição, e o Prêmio Ruben Berta, para empresas que se destacaram em áreas como promoção e merchandising, eventos, design e pesquisa de mercado.

25


Pr Enquanto esses da-

cativos, explica Paz, de forma bem objetiva.

dos não aumentam no

A grande questão está em torná-lo atrativo a

Brasil a ponto de se

cada usuário, considerando a quantidade de apliMarcos Schestak

cativos que surgem a cada instante. Uma das saí-

Unidos, é necessário investir no desenvolvimento

das, na opinião de Rasta, está no investimento em

dos aplicativos realmente relevantes, em meio a

geração de conteúdo, em mídia online e ações de

tantos que surgem a cada dia. “Isso deve ocorrer

SEO. E completa com um ponto bem importante:

assim como os websites, há mais de 10 anos”, re-

“É fundamental entregar funcionalidades únicas ou

corda o fundador e diretor-executivo da Base, Mar-

simplificar aquelas que os outros apps oferecem

cos ‘Rasta’ Schestak.

de forma complexa”.

aproximar dos Estados

Além disso, é preciso passar por três processos

Zé Paz concorda com a ideia e vai além, ao

fundamentais: usabilidade, design e equipe. Neste

defender que o aplicativo precisa oferecer algo in-

caso, seja para acessar no smart (phone) ou no ta-

teressante para o usuário, sendo uma ferramenta

blet. O trio de exigências complementa uma deman-

útil e com conteúdo exclusivo. Para ele, “deve ser

da dos próprios consumidores. Um software é de-

uma nova forma de conexão com seus contatos,

senvolvido para resolver um problema ou oportuni-

ou mesmo um joguinho fácil para passar o tempo”.

zar uma experiência diferenciada dentro de uma di-

E resume: “O usuário necessita de um bom moti-

ficuldade mapeada na vida de qualquer pessoa, co-

vo para fazer o download”.

mo compara Rasta. O diretor da dEx Digital, Ricardo

Em meio a tantas estratégias para atrair os usuá-

Dexheimer, compartilha dessa opinião: “Geralmen-

rios mobile, as redes sociais têm seu papel funda-

te, apps surgem a partir da identificação de uma

mental no boom dos aplicativos. “As redes sociais

oportunidade baseada em uma necessidade”.

impulsionam naturalmente os apps, seja a partir de compartilhamento de conteúdo gerado pelo próprio

Re

E para que servem mesmo?

aplicativo, seja pelos comentários dos usuários”,

Plataformas sociais, utilitários e entretenimento fun-

analisa Rasta.

cionam muito bem em aplicativos. Já notícias, por

Não é à toa que, em 2013, foram vendidos 68

exemplo, são mais acessadas em site, seja no desk-

smartphones por minuto, de acordo com dados da

top, no smartphone ou no tablet. Nesses casos, mui-

IDC Brasil, líder em inteligência de mercado, serviços

tas vezes vale mais a pena ter um site mobile bem

de consultoria e conferências com as indústrias de

projetado para receber o tráfego gerado pelos apli-

Tecnologia da Informação e Telecomunicações. Ao

julho/2001

Insider e Total A empresa de comunicação empresarial Insider passa a responder pela assessoria de imprensa do Shopping Total.

26

DEZembro’14

2/7/2001

Jornal em cores O projeto da Rede Pampa de Comunicação de lançar um veículo impresso popular é furo em Coletiva.net pouco mais de um ano antes. Nessa data, surge o jornal O Sul, com inovações como o uso de cores em todas as suas páginas. Os 100 mil exemplares se esgotam já nas primeiras horas da manhã.

19/6/2002

Diário em Santa Maria Através de votação popular, é decidido o nome do novo jornal impresso do Grupo RBS, o Diário de Santa Maria, que começa a circular na cidade da região central do Estado.

7/8/2002

Prêmio para Enfato A Enfato Multicomunicação é reconhecida pelo Prêmio Aberje, da Associação Brasileira de Comunicação Empresarial. A distinção agraciou a empresa como Agência Destaque em Assessoria de Imprensa da Região Sul.


mesmo tempo em que essas novas tecnologias tra-

tas complementares. O e-mail se propõe a formali-

zem muitas facilidades para as pessoas, elas tam-

zações, e as mensagens ao imediatismo”, compara.

bém colocam novos desafios para o mercado. “O

Há outras razões que justificam esta permanência,

mobile vive um momento importante, embora seu

e um bom exemplo disso é o uso do e-mail marke-

crescimento seja maior do que o investimento por

ting, o qual também segue muito forte, sendo a prin-

parte das empresas”, sinaliza Paz, da DZ Estúdio.

cipal fonte de receita do e-commerce, já que evoluiu

Para Rasta, o mobile é, sem dúvida, a bola da

muito na possibilidade de segmentação e na inteli-

vez. Afinal, os dados comprovam isso: a expectativa

gência de envio. Para sustentar o debate, Dexheimer

para 2015 é comercializar mais de 100 smartphones

argumenta que os e-mails são os conteúdos mais

por minuto, considerando que os aplicativos são bai-

acessados, lado a lado com as redes sociais. Por

xados em dispositivos móveis.

conta disso, a tendência é que eles permaneçam

Mas ante a pergunta “E os desktops e note-

na lista de ferramentas de comunicação.

books, que fim terão?”, a resposta é simples: lugar

E, de novo lembrando as redes so-

algum. Rasta e Paz são unânimes ao entender que

ciais, Paz encerra a discussão: “Uma pro-

tanto um quanto outro ainda são importantes para

va de que ainda tem valor é que as pró-

se trabalhar. “Temos muitas opções de aplicativos,

prias redes utilizam muito a ferramenta

mas, com a informação nas nuvens, todos convi-

na sua comunicação”. Então, a alternati-

vem entre si”, salienta o publicitário Paz. “São com-

va é conferir a caixa de entrada, que, pro-

plementares”, sintetiza Rasta.

vavelmente, terá um e-mail do Facebook

Dexheimer vai na contramão, alegando que a

ou do Twitter contando as novidades.

praticidade, a interface fácil e a rápida inicialização

A tendência disso tudo? Dex arrisca: “Em cinco

são fatores que contribuem para que a venda de ta-

anos, já teremos novos dispositivos incorporados

blets cresça, enquanto as de desktop e notebooks

ao nosso cotidiano e ao corpo: os chamados wea-

caem. “Com a banda larga cada vez mais disponível,

rables”. Conforme ele, as pessoas estarão conec-

veloz e aparelhos mais sofisticados e acessíveis, é

tadas e irão interagir a partir de dispositivos de ves-

um caminho sem volta”, defende o publicitário, que

tir, como óculos (ex.: Google Glass, Baidu Glass) e

atua no setor digital há 17 anos.

relógios (ex.: Apple Watch). “Creio, também, que

Assim como o e-mail que, ao contrário do que

as SmartTVs se tornarão um padrão, oferecendo

alguns apregoam, continua firme e forte, Rasta é en-

um espaço para o crescimento expressivo do de-

fático e dá a mesma opinião anterior: “São ferramen-

senvolvimento de apps específicos.”

12/8/2002

19/11/2002

Editores e jornalistas de opinião

Bairro ganha jornal

Na luta por assegurar ampla liberdade de imprensa, jornalistas gaúchos se reúnem e oficializam a criação do Clube de Editores e Jornalistas de Opinião. A ideia também é trabalhar em campanhas de caráter social.

A edição de lançamento do Jornal Mais Petrópolis circula entre os 35 mil moradores do Bairro Petrópolis, em Porto Alegre, com uma tiragem de 10 mil exemplares, distribuídos gratuitamente, a domicílio.

jose pedro paz

janeiro/2003

Dez ou Fischer América? Em 1998, os sócios da Dez negociaram o controle com o Grupo Total, de São Paulo. A agência mudou sua marca para Fischer América Sul e incorporou clientes como Telefônica e Ponto Frio. Em 2003, com as mudanças no cenário econômico, encerrou-se a parceria, e a Dez recomprou suas cotas, reassumindo a denominação original.

27


Pr REDES SOCIAIS

Re

28

20/3/2003

18/11/2003

Estúdio Panorâmico

Coletiva.net é Top

O Grupo Sinos inaugura estúdio panorâmico aberto da Rádio ABC 900. A estrutura das novas instalações da emissora AM, que é acoplada ao prédio principal do grupo, é toda de vidro, possibilitando uma boa visão do ambiente para o público externo.

O portal Coletiva.net, pioneiro na divulgação de notícias sobre o mercado da Comunicação gaúcha, é vencedor do Top de Marketing da ADVB, na categoria Novos Empreendimentos. É a primeira vez que um veículo online se destaca na premiação.

DEZembro’14


Curtir,comentar ecompartilhar Não se pode negar: a internet é a maior – e arrisca-se dizer, melhor – ferramenta de comunicação. Afinal, ela tem infinitas possibilidades de relacionamentos. Lá atrás, o telefone já permitia isso com muitas pessoas, porém com uma de cada vez. Hoje, as redes sociais abrem um leque gigantesco e mais: simultâneo. Deixando o Orkut no passado, Facebook, Twitter e Instagram são os sites mais badalados de comunicação interpessoal. E ao mesmo tempo. Curtir, comentar e compartilhar são as ações da hora. E, por que não dizer, do futuro? Afinal, não é à toa que a internet tem mais de 77 milhões de usuários somente no Brasil, conforme dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Até o fechamento desta edição, este número já estará desatualizado, fazendo com que mais de 47% da população esteja conectada em alguma página www.

18/11/2003

21/11/2003

9/12/2003

Cachoeirinha tem diário

Fim do Correio do Sul

Mais para Coletiva.net

Estreia do Diário de Cachoeirinha, do Grupo Correio de Gravataí. Com circulação de terça-feira a sábado, 16 páginas e estrutura independente do Correio de Gravataí, o impresso gera aproximadamente 30 empregos diretos, envolvendo 12 profissionais na redação.

Terceiro jornal diário mais antigo do Estado – na época, 89 anos de existência –, o Correio do Sul, de Bagé, encerra sua circulação alegando “inviabilidade financeira”. Teria hoje 100 anos.

O portal Coletiva.net foi escolhido pela comissão julgadora do Prêmio ARI de Jornalismo como o melhor case para receber o Prêmio Antonio Gonzalez de Contribuição Especial à Comunicação Social.

29


Pr O cenário comprova

analisar a necessidade da própria sociedade. É ela

as palavras do diretor-­

quem determina este caminho”, diz ele.

presidente da WBI Brasil, Paulo Kendzerski,

Os números não mentem

ao afirmar que os usuá-

O crescimento do consumidor na internet é impres-

rios comuns gostam de

sionante e revela onde ele está: o IBGE registra que

acompanhar diariamen-

o número de internautas no Brasil cresceu quase

te o que acontece com

Paulo Kendzerski

seus amigos, colegas,

to maior de acessos nesse período foram os bra-

famílias e, até mesmo, com as empresas em rela-

sileiros acima de 50 anos.

ção a cujos produtos alimentam alguma espécie

Nesse universo virtual, em que o Facebook, a

de apreço. “Desta forma, as pessoas se sentem

principal rede social do mundo, abocanha quase 2

conectadas com o mundo”, resume Kendzerski.

bilhões de usuários ativos, como o universo corpo-

O professor e pesquisador da PUCRS Eduar-

rativo se relaciona com esse “cidadão editor”, men-

do Campos Pellanda acredita que as pessoas es-

cionado por Pellanda? Para Kendzerski, as empre-

tão cada vez mais se comunicando de forma vi-

sas precisam explorar melhor as imagens de pro-

sual. E complementa com uma informação con-

dutos e dos momentos que ela pode se aproximar

siderável: “As pessoas estão

com seus consumidores. E dá a dica: “Uma loja

aprendendo a serem edi-

física pode utilizar fotos do seu ambiente, como vi-

tores. Se antes faláva-

trine, provador e áreas internas para criar elos de

mos do ‘cidadão jor-

relacionamento para quem gosta de acompanhar

nalista’, de certa forma

de perto o que acontece na empresa”. A receita parece simples, até porque, desta for-

podemos falar sobre o ‘cidadão editor’ agora”,

ma, as marcas têm a oportunidade de se mostra-

compara o pós-doutor

rem inovadoras, mantendo uma interação com seu Eduardo Pellanda

público-alvo. Mesmo que, na opinião de Pellanda,

Prever o futuro das redes sociais, ou qual a que

“ainda teremos muita inovação neste quesito”. Ken-

terá mais impacto, é um exercício bem difícil, na

dzerski concorda nesse ponto. Para ele, o Face-

opinião do diretor de Criação e Integração da Pen-

book possui uma vantagem em relação às outras

so Ideias, José Henrique Westphalen. “É preciso

redes sociais que nascem e morrem nos últimos

em Comunicação.

Re

30

150% nos últimos seis anos, sendo que o aumen-

23/3/2004

17/4/2004

Novo presidente do JC

Surge a Revista Voto

Com o falecimento de Zaida Jarros, o empresário Mércio Tumulero assume oficialmente a presidência do Jornal do Comércio. Os filhos e as netas da ex-presidente do veículo assumem cadeiras no Conselho de Administração.

Criada pela cientista política Karim Miskulim, é lançada em Porto Alegre a Revista Voto. Considerada a única publicação focada em política e negócios do Sul do Brasil, completa 10 anos em 2014.

DEZembro’14



Pr

rida irá procurar redes sociais de amantes do esporte; quem procura networking se concentra mais no Linkedin, e assim por diante. anos, que é a inovação constante dos seus recur-

José Henrique Westphalen compartilha do mes-

sos e novos serviços disponíveis no mercado. Mas

mo posicionamento. “As pessoas se relacionam de

deixa uma dúvida de preocupação no ar: “É inegá-

acordo com suas preferências e seus gostos. Por

vel que tudo o que utilizamos hoje será totalmente

isso, a comunicação também se fragmenta”, de-

velho em poucos anos”. Em contrapartida, West-

fende. E mais: ele afirma que não há mais uma so-

phalen acredita que não existirá outro fenômeno

ciedade de massa; para Westphalen, há um mo-

como o Facebook, entendido como uma plataforma

delo dividido em tribos. “Toda a ferramenta que

de mídia em que as pessoas se relacionam.

surge é para atender a uma necessidade.”

Este é um ponto bem importante destacado por

Neste caminho, as brasileiras Via Marte e Lojas

Kendzerski: “É preciso que as empresas entendam

Renner foram as marcas de moda com maior enga-

o processo e passem a produzir conteúdo inédito,

jamento no Facebook no mundo em agosto de 2014,

melhorando suas ações de comunicação no am-

de acordo com o ranking mensal divulgado pela

biente virtual”. Aliado a isso, as redes são preferen-

Stylophane. É uma bela comprovação da participa-

cialmente pessoais, completa Pellanda. Esta, por-

ção do mundo corporativo nas redes sociais. Afinal,

tanto, é uma tendência, à medida que as pessoas

é lá que o ‘cidadão editor’ está, independentemen-

se ambientam no mundo digital. Os especialistas

te de seu perfil. Mas, atenção para uma exigência

convergem no sentido de que as redes sociais mais

crescente, que é a de olhar as transformações so-

específicas são uma tendência: quem gosta de cor-

ciais para avaliar o que será tendência – ou não.

Re

26/4/2004

Agência Pauta Social Primeiro veículo online a disponibilizar notícias referentes à Responsabilidade Social e ao Terceiro Setor. Este é o Pauta Social, que tem foco em todo o País. A iniciativa do lançamento é da Coletiva Editora, também responsável pelo portal Coletiva.net.

32

DEZembro’14

19/5/2004

Coletiva é Colunistas Promovido pela Associação Brasileira dos Colunistas de Marketing e Propaganda (Abracomp), o Prêmio Colunistas consagra o portal Coletiva.net como o melhor nos quesitos Jornalismo, Propaganda e Marketing.



Pr

Re

19/5/2004

Pauta em Montevidéu A Pauta Assessoria abre operação no Uruguai. Trata-se do escritório Pauta Comunicación, com sede em Montevidéu, sob a coordenação da jornalista Daniela Cardarello.

34

DEZembro’14

24/2/2005

15/6/2005

DZ Estúdio

Comunicação no IPA

Surge em Porto Alegre a DZ Estúdio, que tem entre seus fundadores os profissionais Dani Neves e José Pedro Paz. O Shopping Total está entre seus primeiros clientes.

O Centro Universitário Metodista do IPA lança as faculdades de Jornalismo e Publicidade, com ênfase nas áreas de expansão no mercado de trabalho, como gestão empresarial. Os currículos foram elaborados a partir de uma pesquisa de mercado e estão entre os mais modernos do País.


Umbando dedados O relacionamento entre cliente e fornecedor passou por diversas evoluções ao longo dos últimos anos, com diferenças notáveis na interação entre as duas partes e, especialmente, na interferência que o consumidor assume frente às marcas. E a web tem um papel fundamental nessa relação. O ambiente online oferece valiosos dados e rastros sobre todas as movimentações que os usuários fazem, permitindo detectar quem são, o que procuram, com quem interagem, o que compram, qual o conteúdo das interações. Organizações como bancos, operadoras de telefonia, companhias aéreas, lojas virtuais, todas elas convivem diariamente com volumes altíssimos de informações. Reconhecê-las, filtrá-las e saber onde usar os tais petabytes (equivalente a um quatrilhão de bytes), gerados diariamente, não é tarefa muito fácil. E é aí que entra o Big Data, cujos desdobramentos ainda exigem melhor compreensão, especialmente quando se trata de seu uso na Comunicação.

19/8/2005

19/4/2006

3/8/2006

Ulbra lança TV

Buscas comerciais

Lançamento da Nextime

A Universidade Luterana do Brasil lança oficialmente sua emissora de TV, após um semestre experimental. O veículo conta com mais de 50 funcionários e tem como desafio exibir 16 horas de programação jovem e cultural.

A nova aposta digital do Grupo RBS é o Hagah. O portal oferece soluções e oportunidades de negócios em cinco segmentos: imóveis, veículos, roteiros, locais e serviços. Seu objetivo é facilitar e acelerar as transações comerciais em curto prazo e com maior segurança.

Com foco na chamada segunda juventude, é lançada pela Editora Centaurus a Revista Nextime. Dirigida a mulheres e homens com mais de 50 anos, a publicação é mensal, e os principais temas são animais de estimação, clubes, beleza, culinária, arquitetura, decoração e turismo.

35


Pr Profissionais da área estão se aprofundando no

dos de consumo; de outro, uma ferramenta que

assunto para que, em conjunto com outras áreas

permite ter acesso a estes, na medida em que há

(estatística, por exemplo), consigam traçar estraté-

engajamento, hábitos e tendências de consumo.

gias cada vez mais personalizadas. Aliás, é bom

Assim, em paralelo à disseminação das redes

lembrar que, sem mensuração desses inúmeros ras-

sociais e ao aumento no poder irrestrito do novo

tros, o clichê é dizer que se tem “um bando de da-

consumidor, que assume o papel de protagonista

dos, e não um banco de dados”. O principal desafio

das diferentes etapas do processo de comunicação,

do Big Data é saber utilizar e decidir o que fazer com

surge o Social Big Data. E não poderia ser diferente,

a enorme quantidade de informações que ele reúne.

conforme o CEO e founder da FlagCX, de São Pau-

Para o sócio-diretor da Intermídia Brasil, Felipe

lo, Roberto Martini, pois o Big Data influencia em

Pereira, o mais importante é que as necessidades

tudo. Para ele, esse conceito sempre irá interferir

sejam identificadas, através dessa análise, pois “de

mais, nunca menos. O que não seria ruim, pois co-

nada nos serve uma quantidade enorme de infor-

nhecer muito bem o consumidor aumenta as chan-

mações se não há ações e decisões sendo toma-

ces de acerto na estratégia de atingi-lo. “Quanto

das de forma embasada”. Na mesma linha,

mais informações tivermos da pessoa do outro lado,

o especialista em estratégia digital e bran-

maior será o nível de performance. Essa combina-

ding Ricardo Cappra complementa:

ção de Big Data e Social Media só tende a aumen-

“Dentro do Big Data, está se colocan-

tar, e não tem mais volta. Nunca conheceremos me-

do uma série de conceitos tão impor-

nos do nosso público, sempre mais”, prevê Martini.

tantes quanto ele. Os dados organi-

Pereira também acredita nos princípios do Social

zados e analisados podem virar in-

Big Data tendo papel relevante nos próximos anos,

sights, prever ameaças e identificar

destacando, inclusive, que já há no mercado soft-

oportunidades de negócio”.

wares e serviços de análise de dados que viabilizam

Felipe Pereira

esse tratamento de informações para micro e pe-

Re

Mistura inevitável

quenas empresas, o que permite maior democrati-

Há quem diga que o próximo passo envolvendo

zação no uso da técnica. “Acredito muito nessa con-

Big Data é a sua união com o chamado Social Me-

fluência, e não há como falarmos em Big Data sem

dia, considerado um novo olhar do mercado sobre

falar das mídias sociais, pois nelas encontramos o

o comportamento do consumidor. Então, de um

termômetro para muitos assuntos, desde sociais até

lado, está um interminável poder de acumular da-

políticos e religiosos”, salienta o empresário.

19/1/2007

A Freeway ganha revista Criada pela Di Primio Comunicação Corporativa, começa a circular a Revista Freeway. Com quatro edições ao ano, de acordo com as estações, a publicação é distribuída em praças de pedágio.

36

DEZembro’14

21/2/2007

3/3/2007

Record no RS O Grupo Record chega ao Estado com a compra da Rádio Guaíba AM e FM e da TV Guaíba. A venda das ações da Empresa Jornalística Caldas Júnior, até então de Renato Ribeiro, é noticiada em primeira mão em todo o Brasil por Coletiva.net. No mês seguinte, o grupo também oficializa a compra do Correio do Povo. O presidente é Jerônimo Alves Ferreira.

12/3/2007

Record e Pampa não mais A Rede Pampa de Comunicação deixa de retransmitir o sinal da Rede Record para Porto Alegre. O contrato, que se refere ao interior do Estado, segue em vigor com as geradoras em Carazinho, Pelotas e Santa Maria e mais 82 retransmissoras.



Pr A era do personalizado

ficar as informações re-

Uma coisa é certa: a união dos dois conceitos re-

levantes e utilizá-las pa-

sulta em uma compreensão completa do consumi-

ra surpreender os clien-

dor, pois possibilita uma análise mais detalhada do

tes e consumidores da

seu perfil individual e social. Para Cappra, cruzar

forma mais próxima e

as necessidades das pessoas com as forças das

individual possível”.

empresas, e entregar isso tudo de forma clara pa-

Cappra considera que, nessa linha de personaliza-

ra que os executivos tomem decisão, é fundamen-

ção, é possível aprimorar ainda mais, se levar em

tal. “O Big Data poderá aumentar a velocidade e

conta que o próximo passo é identificar o valor de

precisão no momento da tomada de decisão”, acre-

cada comunicação para cada usuário, com fórmu-

dita ele. O especialista e palestrante também de-

las inteligentes. Depois, a ação que resta é automa-

fende que conectar dados sociais com informações

tizar esse processo, o qual acelera o encontro da

de negócios pode ser precioso: “Afinal, esse é o

mensagem relevante para o público interessado, com

conceito do Marketing desde sempre, e o Big Data

o auxílio de algoritmos. “Sempre com o cuidado de

apenas aumentará a velocidade e as possibilidades

não gerar interrupção ou invasão na privacidade das

no momento de fazer essas análises”.

pessoas”, alerta.

Ricardo Cappra

Martini aposta no que chama de ‘era da custo-

Re

38

mização e da personalização’. De acordo com o cria-

Homem X Máquina

tivo, desenhar uma mensagem específica para cada

Big Data, Nuvem e Redes Sociais devem ser as três

pessoa que vai recebê-la é o caminho a ser trilhado.

grandes áreas que protagonizarão os próximos anos

“Hoje, temos muitas mensagens numa mesma es-

da tecnologia, na opinião de Pereira. De acordo com

tratégia de comunicação, logo, isso chegará ao pú-

a sua visão, os próximos passos concentram-se na

blico de maneira individual. Essa será a evolução da

união dessas áreas e na aplicabilidade delas pelas

comunicação no seu mais alto nível”, projeta.

empresas, não restringindo apenas às grandes com-

Pereira também gosta da proximidade cada vez

panhias. “A correta aplicação e junção permite que

maior com o consumidor, pois a captação de infor-

as informações sejam classificadas por relevância,

mações das mídias sociais, principalmente nas épo-

acessadas com grande velocidade, de qualquer

cas de grandes eventos ou acontecimentos sociais,

computador conectado à internet, e que as deci-

é um prato cheio para os profissionais de marketing.

sões sejam tomadas com mais precisão e indivi-

Conforme o empresário, “estamos na era de identi-

dualidade em relação ao público-alvo”, argumenta.

agosto/2007

10/9/2007

É lançada a AMA

Surge a Key Jump

Da parceria entre os publicitários Zeca Honorato e Felipe Goettems, surge a AMA. A nova agência de publicidade do mercado gaúcho trabalha com gestão total de marcas, que inclui arquitetura comercial, branding, geração de conteúdo e comunicação.

Nasce a Key Jump, de Arthur Bender, para atender a clientes nos setores da indústria, de serviços, varejo e bancário. A ideia é ser voltada para estratégia de negócios e marcas. Hoje, a agência atende nacionalmente a clientes no RS, SP, ES, CE e PE e tem a conta da marca suíça de cafés Mocoffee, presente na Suíça, na Austrália e na Coreia do Sul.

DEZembro’14

maio/2008

Foco em documentários Com o objetivo de produzir para o Brasil e para o exterior, surge em Porto Alegre a Zapata Filmes. A produtora audiovisual, criada pelo diretor e roteirista Juan Zapata, tem como foco a produção de documentários.


E se engana quem pensa que isso ainda está

personalizadas e com resultados ainda melhores pa-

longe de acontecer. É o que entende Martini, ao ex-

ra todos os envolvidos nos processos de comuni-

plicar que estão ganhando espaço algumas ferra-

cação. O cuidado deve ficar por conta desse cruza-

mentas que já conseguem questionar o planejamen-

mento de informações, vindas de diferentes redes,

to de comunicação. “Isso pode inverter os papéis

para um uso completo de uma base de dados, mas

humano X máquina. Por outro lado, diminui, cada

sob uma política de privacidade.

vez mais, a margem de erro no processo”, avalia.

Para os próximos anos, Martini aposta no que

Ele também salienta que a tecnologia precisa estar

chama de Criatividade Generativa, que é quando a

a favor da comunicação, pois, dessa forma, mais

máquina também passa a interferir no pro-

estratégica será a entrega ao cliente, mais resulta-

cesso de criação de mensagens, para

dos positivos ele terá e mais satisfeito ficará o usuá-

que o target as receba da melhor for-

rio final, que receberá algo cada vez mais persona-

ma e mais customizada possível. “O

lizado. “Todos saem ganhando, quem comunica e

futuro é deixar que as máquinas tra-

quem recebe a mensagem”, resume Martini.

balhem por nós, enquanto o ser hu-

A partir dessas análises, o cenário pode ser con-

mano vai para a praia, aproveitar a

siderado animador, pois a socialização desses da-

vida. E não há nada de errado nisso”,

dos tende a render ações mais diretas, ousadas,

constata, de forma bem-humorada.

Roberto Martini

39


Pr

Big Data daqui para frente 2018. Esse é o ano que o Big Data deve atingir

Outro estudo, realizado pela empresa global de

uma movimentação financeira de cerca de US$ 41,5

consultoria em negócios Bain & Company, aponta

bilhões, conforme pesquisa feita pela International

que atuar nessa área tem sido um ótimo investi-

Data Corporation (IDC). De acordo com o estudo,

mento para as organizações que querem conquis-

se essas cifras forem confirmadas, elas represen-

tar competitividade no mercado. Segundo a pes-

tarão uma taxa de crescimento anual em torno de

quisa, feita com 409 grandes empresas mundiais,

26,4% daqui para frente.

os que trabalham com essa análise de dados des-

O mesmo levantamento registra que esse aumento na importância do Big Data corresponde a

Re

40

de muito cedo estão superando seus concorrentes e grandes margens de mercado.

uma expansão seis vezes maior que o mercado de

A pesquisa também registra que as organiza-

Tecnologia da Informação (TI) como um todo. Além

ções que investem nessa área têm duas vezes mais

disso, também é possível prever que as Américas

chances de estar entre os 25% de empresas com

continuarão a liderar o crescimento e investimen-

melhores resultados, o que as torna capazes de

tos no mercado, que também experimentará uma

tomar decisões até cinco vezes mais rápidas do

participação maior de outros centros mundiais.

que seus concorrentes. O estudo conclui que a pos-

O IDC registrou ainda que Europa, Oriente Mé-

sibilidade de executar as tarefas conforme o que é

dio, África e a região da Ásia-Pacífico (exceto Japão)

determinado no planejamento é três vezes maior

foram responsáveis por 45% dos segmentos de soft-

do que os demais. E o resultado disso só pode ser,

ware, infraestrutura e serviços de Big Data em 2014.

de acordo com o estudo da B&C, a probabilidade

Para o analista de Business Analytics e Big Data da

dobrada de uso de dados com mais frequência em

empresa, Dan Vesset, significa que “a maturidade

sua estrutura, detalhe que auxilia diretamente no

está chegando ao mercado de Big Data”.

momento de tomar decisões.

maio/2008

2/6/2008

Repercussão internacional

MM Conteúdo

A Neiva Mello Assessoria em Comunicação é responsável pelas ações junto à imprensa no lançamento da Fundação Iberê Camargo. O trabalho tem repercussão nacional e internacional e atrai jornalistas das áreas de arquitetura e cultura de todos os continentes.

Com direcionamento para eventos, assessoria de imprensa e ações de comunicação, começa a atuar a empresa da jornalista Mauren Motta. A MM Conteúdo é resultado de uma parceria entre a comunicadora, que ficou conhecida por sua atuação no programa Patrola, da RBS TV, com a jornalista Martha Postiglione e a publicitária Fernanda de Jesus.

DEZembro’14



Ar

artigo

O mundo mudou radicalmente nestes últimos tem-

No caminho oposto, a Kodak achou que seu negó-

pos e vai continuar mudando cada vez mais e mais

cio fosse o filme e não a imagem. A indústria da

rápido. Não é só a chegada da internet. A mudança

música tinha certeza que o caminho era o CD, e

não é apenas o iPhone, que vem com relógio ago-

não as bandas e seus fãs, e por isso resolveu bri-

ra. Estamos vivendo a Revolução Digital.

gar de todas as formas contra a pirataria da internet, ao invés de criar o seu Spotify ou RDIO. A Block-

Hoje temos mais tecnologia, mais informação e mais

buster acreditava tão cegamente no negócio dos

conexão com o mundo. Não existe enciclopédia fí-

DVDs e Blue Rays, que não virou o Netflix.

sica nas casas. Pedimos táxi falando direto com o

42

motorista. Sabemos o melhor caminho porque ou-

O mundo está mudando e não temos nenhum tipo

tras pessoas estão usando o Waze. E o Instagram

de controle sobre isso. A forma de construir mar-

foi vendido por um bilhão de dólares com apenas

ca também. Junto com isso, será que o papel das

sete funcionários, antes de saber exatamente co-

agências deveria continuar sendo o mesmo? Acho

mo ganharia dinheiro com aquilo.

mesmo que não.

DEZembro’14


Márcio Callage

Presidente da agência DM9Sul

Está cada vez mais complexo vender para as pes-

Quem manda hoje é o conteúdo. Precisamos co-

soas aquilo que elas não querem. O mundo está

municar verdades de maneira sedutora. A comuni-

cheio de opções. Em compensação, lance algo,

cação hoje não é on ou off, é líquida, e precisa ser

seja produto ou serviço, que realmente faça a di-

capaz de preencher todos os pontos de contato

ferença na vida de alguém, que, além de comprar,

com uma mensagem relevante. Temos que ajudar

ele mesmo se tornará uma mídia e um advogado

a construir o briefing do que vamos criar. Não bas-

a seu favor.

ta mais uma embalagem bonita para o consumidor se engajar na causa da marca. Por isso, o papel

Nosso papel está cada vez mais centrado em co-

das agências que querem continuar vivas e saudá-

nhecer o desejo das pessoas. As agências deve-

veis no mundo contemporâneo precisa ir muito além

riam estar cada vez mais conectadas ao início do

da mídia. Ou será a próxima Kodak. Não controla-

planejamento estratégico dos seus clientes para

mos o vento, mas temos totais condições de con-

ajudar a construir, não só a campanha, mas tam-

trolar a vela e andar na direção deste mundo em

bém a história da marca, produto ou serviço que

transformação, fazendo toda a diferença da vida

vai ser lançado. Porque se ele não nasce com dife-

das marcas para as quais trabalhamos.

renciais racionais, emocionais e sociais, o poder da comunicação e das campanhas diminui. Não basta o amplificador ser potente (a mídia) e muita gente ouvir, para conseguir fãs. A música precisa ser boa.

43


Jo

jorna l ismo

Com a quantidade de informações disponíveis, a velocidade com que elas chegam e a facilidade de propagação, o Jornalismo enfrenta o desafio de se reinventar. A questão é saber identificar o que precisa ser revisto e o que merece ganhar espaço. O certo é que o futuro aponta para uma óbvia realidade: nada será como antes.

44

DEZembro’14


Informação

criativa A internet é o meio de comunicação que mais cresce no Brasil, tendo um aumento de 143,8% em 2013 – comparado a 2012 –, de acordo com o levantamento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). É também a que capta a maior parte da atenção dos leitores e consumidores. A Pesquisa Brasileira de Mídia 2014 – Hábitos de Consumo de Mídia pela População Brasileira revela que o internauta brasileiro já passa mais tempo conectado na rede de computadores do que na frente da televisão, em uma contagem média diária de 3h39min para o uso da internet. O mesmo estudo afirma a tendência de morte acelerada dos jornais impressos, cuja leitura foi considerada um hábito por apenas 6% do público. A televisão ainda é o meio mais consumido, mas vem perdendo espaço na audiência dos brasileiros. Aos sábados e domingos, por exemplo, a permanência do usuário na web aumenta quatro minutos por dia. Essa duração é dez minutos maior do que o tempo gasto pelos brasileiros em frente à TV, cuja audiência atinge 97% da amostragem, sendo a maioria (65%) diariamente. O repórter da TV Globo São Paulo Andrei Kampff cita o que considera um ponto importante para o Jornalismo com relevância. “Saber com quem estamos falando é uma regra importante para uma conduta social”, diz. “Saber para quem escrevemos ou falamos (por rádio, internet ou TV) é um pré-requisito indispensável no ofício jornalístico desde sempre e cada vez mais.”

45


Jo Para a jornalista e di-

po de mudanças, de acesso cada vez mais rápi-

retora de Marketing da

do à informação. Por isso, nós, da imprensa, pre-

STV Seguranças, Es-

Estefânia Taschetto Martins

te f â ni a Ta s c h e t to

Martins, o assunto é delicado, pois “jornalistas

cisaremos ser cada vez mais criativos e antenados para comunicarmos de forma clara, atrativa e ágil”, defende Ferraro.

passam anos estudando e, mesmo assim, ainda não se tem – e nem terá – uma fórmula mágica

Para quem falar

para atrair a atenção do receptor”. Ela acredita

O primeiro passo para se preparar para transmitir

que o jornalista precisará buscar sempre uma

um conteúdo que tenha relevância na vida do re-

maior aproximação com a sociedade, “pois so-

ceptor é compreender o que ele busca. O que pre-

mente assim poderemos entender as necessida-

cisa saber? Quais informações irão realmente fazer

des reais, a fim de passarmos informações (e,

diferença no seu dia a dia? Isso só será possível

quem sabe, soluções) que efetivamente possam

dedicando algum tempo a estudar esse público. É o que defende a mestre em Comunicação So-

mudar a vida das pessoas”. Para muitos, tudo passou a ser mais raso, me-

cial pela PUCRS e professora de Jornalismo e Pu-

nos aprofundado, inclusive a recepção do que é

blicidade e Propaganda do IPA, Letícia Carlan: “Após

noticiado. Ao mesmo tempo, o que se verifica é

entender o que o meu receptor quer, eu consegui-

que agora há maior praticidade. Conforme o edi-

rei oferecer a ele algo relevante. Importante desta-

tor-chefe do Balanço Geral, programa da Record

car que, para isso, é preciso repensar o formato da

RS, José Henrique Ferraro, ninguém mais espe-

comunicação. Se o meu público é feminino, mas-

ra para ler jornal, ouvir rádio ou ver telejornal pa-

culino, pertence a que classe social, etc”. De acor-

ra saber algo sobre o dia a dia. Essas informações

do com a ideia da professora, é possível acreditar

estão na internet e nos apli-

que, mesmo com a grande quantidade de informa-

cativos para celulares.

ções que as pessoas recebem todo dia, há como selecionar o que é de importante ao receptor.

“S e guimo s

“Quando atingirmos o público com êxito, fa-

em tem-

remos com que o assunto tratado torne-se mais importante. Isso acontecerá sempre que conseguirmos saber o que nosso leitor, ouvinte, telespectador ou internauta procura. É um círculo vi-

Re

José Henrique Ferraro

cioso”, concorda Ferraro.

retrospecti va 24/6/2008

46

DEZembro’14

5/9/2008

Superação no Jornalismo

Nova agência

Portador de paralisia cerebral desde o nascimento, o estudante de Jornalismo do IPA Eduardo Purper mostra superação para todo o Brasil. O aluno apresenta seu trabalho de conclusão de curso de forma inédita: todo gravado em áudio. Recebe a nota máxima e ganha repercussão nacional.

Para atender exclusivamente à conta das lojas Quero-­ Quero, surge a agência Selling, sob o comando de Arthur Bender (também à frente da Key Jump). Após seis anos de existência, tem no portfólio 11 clientes, entre regionais e nacionais.


Inovar sem esquecer premissas

de a ser dada de uma maneira mais

Segundo Kampff, será preciso usar todos os ele-

rápida, usando imagens e demais

mentos que atraiam esse receptor para a história

recursos para informar o grande pú-

a ser contada. “Nossa história precisará ser mais

blico. “Eu acredito que, com isso,

interessante do que as outras que chegarão até

o Jornalismo crescerá ainda mais em

ele. Como? Com os recursos que a modernidade

importância. O Jornalismo em es-

nos traz, mas sem esquecer-se da essência da

sência, aquele da informação com

profissão: conteúdo, apuração, responsabilidade,

profundidade, com conteúdo. E o investigativo con-

fontes. O Jornalismo não mudará na natureza, ele

tinuará sendo uma das ferramentas fundamentais

só se moldará ao tempo que se vive. E isso é ine-

de denúncia e esclarecimento de questões de in-

vitável”, prevê o profissional.

teresse coletivo. Afinal, esse Jornalismo das fontes,

Andrei Kampff

Na mesma linha, Letícia argumenta que é ne-

da informação privilegiada, da apuração e da di-

cessário pensar em novas formas de trazer um olhar

vulgação responsável e corajosa, vem tendo papel

diferente para uma mesma pauta, a qual já foi abor-

fundamental em momentos importantes da histó-

dada várias vezes. Em se tratando de internet, ela

ria brasileira e mundial”, acredita o profissional.

sugere poder aproveitar as diversas ferramentas

Estefânia diz que gostaria de ter uma visão po-

que estão disponíveis para contar as histórias, co-

sitiva sobre o excesso de informação, mas ressal-

mo Cover itlive (serve para transmissão de evento,

ta que, com o avanço da tecnologia e o surgimen-

minuto a minuto) e Storify (ferramenta que permite

to de diversos jornalistas das redes sociais, isso

construir uma história a partir de posts comparti-

não tende a reduzir. “O que vai tornar ainda mais

lhados nas redes sociais). Ser criativo, usar vídeos,

difícil o controle aos excessos. Torço para que os

fotos, fotos 360º, geolocalização, infográficos – tu-

jornalistas se estruturem cada vez mais, para que,

do pode tornar a pauta mais atrativa. “Se puder dar

com agilidade, se consiga confirmar, ou não, aqui-

uma dica, digo: vá onde o seu consumidor está.

lo que as pessoas divulgam”, encerra Estefânia.

Eles, as informações e a tecnologia estão aí para

Em outro ponto, Letícia diz que a tendência é

quem souber conectá-los da melhor forma”, afirma.

de que os usuários queiram cada vez mais consumir conteúdos oferecidos de uma maneira diferen-

Daqui para frente

te. “Acredito que será pela criatividade que deter-

No mesmo embasamento, Kampff diz que as pes-

minados veículos ganharão mais destaque do que

soas estão tendo cada vez mais acesso às mais

outros, estimulando o seu leitor com esses con-

variadas tecnologias e, por isso, a informação ten-

teúdos inovadores. Pense fora da caixa!”, sugere.

12/9/2008

Dez mil assinantes Coletiva.net registra a adesão do assinante de número 10 mil. Uma marca importante, segundo os editores, por três fatores significativos: a adesão é espontânea, a revista digital é especializada em comunicação e é direcionada exclusivamente ao mercado do Rio Grande do Sul.

5/10/2008

outubro/2008

Estúdio Cristal reformado

Nova produtora

O novo Estúdio Cristal Breno Caldas, da Rádio Guaíba, faz sua pré-estreia no primeiro turno das eleições municipais. A reforma compreende mudanças significativas em sua infraestrutura e em aspectos tecnológicos.

Criada pelo publicitário Zé Pedro Goulart, é lançada a mais nova produtora de Porto Alegre, a Mínima Filmes.

47


Jo

Re

48

DEZembro’14


Ofuturodo jornalismoimpresso Há uma pergunta que não quer calar e vem sendo repetida há pelo menos uma década: para onde vão os jornais impressos? Empresários, profissionais da mí-

na Europa, lembra a diretora de Redação de Zero

dia, estudantes de comunicação e, até mesmo, con-

acredito que a circulação dos jornais impressos não

sumidores colocam o assunto no centro de conver-

cairá drasticamente.” Para ela, a tendência é que

sas cotidianas, especulando até onde a internet e a

pessoas das classes mais baixas passem a con-

tecnologia ameaçariam este meio de comunicação.

sumir muito mais informação através de veículos

O secretário de Redação do Jornal do Comér-

como o Diário Gaúcho, que traz todo tipo de notí-

cio, Guilherme Kolling, se alinha entre os que de-

cias e destaca assuntos como viagens, gastrono-

fendem que o impresso irá se manter e, inclusive,

mia, educação de forma simples e direta.

Hora, Marta Gleich, acrescentando ainda que a classe C irá consumir, cada vez mais, jornais populares. “O crescimento do mobile vai continuar, entretanto,

se fortalecer no Brasil. “O avanço da internet e da verdade, eles são complementares. Quem lê o im-

Aliados e não inimigos

presso, lê também o digital e vice-versa”, comenta

A melhor maneira de

ele. O diretor de Redação do Correio do Povo, Tel-

manter informação de

mo Flor, concorda e complementa: “O quanto cada

qualidade tanto no im-

consumidor usa varia de acordo com o seu perfil.

presso quanto no digi-

No entanto, eles transitam nas duas plataformas”.

tal é ver o papel e a in-

leitura online não tira o público do impresso. Na

A queda de circulação dos impressos não é tão expressiva no Brasil quanto nos Estados Unidos e

novembro/2008

50 edições do Prêmio ARI Em comemoração aos 50 anos do Prêmio ARI de Jornalismo, promovido pela Associação Riograndense de Imprensa, é criado o ‘Prêmio Cinquentenário’, que dá R$ 5 mil para o trabalho escolhido como destaque jornalístico do ano.

ternet como aliados e, não, como inimigos,

Telmo Flor

4/11/2008

TV digital em POA O sistema de TV de transmissão em padrão digital chega a Porto Alegre. Assinado pelo então ministro das Comunicações, Hélio Costa, o documento autoriza as seis emissoras da capital gaúcha a transmitir com a novidade. A RBS TV é a pioneira na utilização do sinal, estreando no Jornal do Almoço do dia seguinte ao da autorização.

49


ressalta Telmo Flor, para quem o futuro pertence aos dois. “Não vejo como falar em impresso sem tocar no digital. A plataforma do papel é muito importante, mas um depende do outro, principalmente em se tratando de grandes veículos.” Marta, por sua vez, acredita que, nos próximos

editor-executivo do jornal Metro Porto Alegre

presso e web, mesmo que o consumidor mude de

“Acredito no futuro dos jornais, desde que eles se reinventem. Vivemos em um período de profundas mudanças no jornalismo impresso, especialmente em decorrência da disseminação do acesso à internet entre a população. Isso está nos obrigando a repensar nossa forma de atuação, principalmente diante do público jovem. Esse é o ponto-chave: atrair leitores jovens. Os jornais, cujas edições relatam apenas o que aconteceu ‘ontem’, estão destinados a desaparecer. O jornal do futuro, no qual eu acredito, precisa apostar no aprofundamento e na interpretação dos fatos, focando em antecipar o que será notícia no dia a dia dos seus consumidores.”

hábitos com rapidez. Neste contexto, a circulação do papel continuará sendo importante, assim como o consumo de notícias também pelo mobile. “A tecnologia não anula o que vem sendo feito. Através dessa mesma tecnologia é que os jornais impressos passaram a ter cores, que a diagramação se tornou mais ágil e fácil e eles podem chegar até as pessoas mais agilmente”, completa a diretora de Zero Hora.

Paulo Sérgio Pinto

vice-presidente da Rede Pampa

Re

“Posso afirmar que a mesma discussão aconteceu com o rádio, quando surgiu a TV. O meio se fortaleceu e, hoje, predomina a sua audiência até na Voz do Brasil. O impresso se fortalece no caminho da web, fica com mais força. Toda a bagagem vem de notícias de rádio e TV, no Google ou no YouTube. Isso é sinal da interação dos veículos. Um abastece o outro na geração de conteúdo. Os jornais nunca tiveram tanta leitura como agora. Não é a web ou qualquer outra ferramenta que vai acabar com o The New York Times, por exemplo. O veículo é muito maior do que qualquer prejuízo que possa ter. Em 1984, eram apenas dois diários em Porto Alegre e, hoje, temos seis. O próprio crescimento do jornal NH é um exemplo disso. Todos os jornais cresceram, tanto tecnologicamente como em leitura. É uma força crescente. É um avanço onde um acompanha o avanço tecnológico do outro.”

1/1/2009

Jornalismo e a nova ortografia A nova ortografia brasileira já atinge os veículos de comunicação, mesmo que o prazo para a obrigatoriedade do uso seja até 31 de dezembro de 2012. A imprensa brasileira se adequa imediatamente ao novo acordo e se compromete com uma ampla divulgação das regras.

50

Maicon Bock

anos, existirá um equilíbrio entre o consumo de im-

DEZembro’14

16/3/2009

Marprom colorada A Marprom Marketing de Relacionamento responde pelas comemorações do centenário do Sport Club Internacional. O primeiro evento do calendário do Colorado é o Jantar do Centenário, que envolve cerca de 100 empresas fornecedoras e um staff com mais de mil pessoas.


Kolling entende que se a informação tiver qualidade, tem leitura. “Se o jornal é bom e tem credibilidade junto ao púPedro Maciel

editor-chefe do Jornal do Comércio

“Acredito que o jornalismo impresso tem características capazes de garantir sua sobrevida por um bom tempo. A principal delas é o fato de ser um meio físico, capaz de se tornar perene, tanto por sua fácil portabilidade e consulta, quanto pela capacidade que ele – e só ele – tem de permitir o aprofundamento de notícias e de possibilitar a realização de análises mais complexas. Outro fator é que goza de maior credibilidade – para confirmar esta tese, basta olhar nos sites que se dizem informativos. A maior parte deles retransmite notícias e reportagens feitas por veículos impressos. É o velho e bom Control C/Control V. No longo prazo, o maior perigo é o que se poderia chamar de fator sustentabilidade. Atualmente, o papel é feito de árvores cultivadas para serem transformadas em celulose, mas até quando essa situação será socialmente aceita? Com os vários problemas climáticos e de necessidade de produção de alimentos em quantidades cada vez maiores, certamente vai chegar o dia em que essa opção será posta. Aí, é claro, acredito que o papel se tornará um insumo extremamente caro, destinado a fins muito específicos e em quantidades menores do que o consumo dos jornais exige.”

29/4/2009

Revista Voto nacional Ao completar cinco anos de circulação, a Revista Voto é lançada em âmbito nacional. A novidade acontece em evento na biblioteca do Senado, em Brasília. A publicação passa a ser distribuída em seis capitais brasileiras: Brasília, Belo Horizonte, Curitiba, Porto Alegre, Rio de Janeiro e São Paulo.

blico, isso mantém a sustentabilidade financeira, pois as pessoas continuarão comprando e

Guilherme Kolling

lendo”, afirma. E Telmo completa: “Os mais baratos e os gratuitos irão sofrer alguma concorrência com o digital, porém há muita gente disposta a pagar pela notícia e que continuará sendo fiel ao impresso”.

Não é o fim, é hora de inovar Convictos de que navegam no meio adequado, os jornalistas defendem que o jornal impresso ainda terá uma boa influência nas próximas três, quatro, cinco décadas. “É difícil prever, mas acredito que o jornal em papel continuará por muito tempo ainda”, diz Kolling. “Sempre haverá um número de pessoas que terão informação relevante no papel. Existem consumidores que acessam o jornal no celular porque não têm tempo, mas não abrem mão do impresso na hora do café da manhã, porque café combina com papel, por exemplo”, acrescenta Marta. A certeza de todos está na evidência de que é preciso inovar para manter os leitores e tornar a informação cada vez mais atraente para um público cada vez mais exigente. Para Telmo, acompanhar

maio/2009

Criação da Dex Tendo como norte a interdisciplinaridade, Ricardo Dex­­hei­­­mer cria a Dex Comunicação, empresa direcionada para soluções na área digital.

maio/2009

Conta nacional Com a missão de diferenciar a BASF Agro de seus concorrentes, a e21 conquista a conta nacional da empresa do ramo agropecuário. A agência atua com um planejamento de comunicação integrado e uma multiplataforma.

51


Jo as tendências de comunicação é papel do profissional da redação enquanto produtor de notícias. “A agilidade depende do jornalista. A web é demandada 24 horas por dia, e o impresso a cada 24 horas”, compara o diretor de Redação do Correio do Povo. Para Kolling, os jornais impressos precisam adequar seu formato de acordo com a expectativa do público sem perder a qualidade da informação. E criar maneiras de atrair a atenção dos leitores para o bom e velho papel. Marta Gleich sustenta que é preciso enxergar as mudanças como novos horizontes: “Uma coisa é certa: nunca se consumiu tanta informação. E essa é uma oportunidade para acompanhar o movimento do público, oferecendo o que ele precisa e não ir contra ele”. Marta Gleich

Luciamen Winck

coordenadora de produção do Correio do Povo

Re

“O jornal impresso seguirá por muito tempo sendo uma das Nilson Vargas editor-chefe de Zero Hora plataformas mais relevantes de difusão de conteúdo jornalístico. Neste cenário de avanço dos suportes digitais, o desafio é se reposicionar, enxergar-se não exatamente como um veículo de massa que disputa espaço no factual. Sem abrir mão da exclusividade de informações de maior impacto, o jornal deve, cada vez mais, selecionar, hierarquizar, interpretar, antecipar-se, sinalizar tendências, fazer mergulhos profundos em temas específicos e abrir espaços de diálogo e interatividade com seu público – usando os meios digitais. Numericamente, o público do papel tende a cair, mas será sempre um público de alta relevância socioeconômica e com elevado potencial formador de opinião. A força do jornal impresso é tão grande que ele pode levar sua chancela às plataformas digitais, consolidando sites, aplicativos e outros formatos de comunicação.”

“Não percebo o fim do impresso. Enfrentamos uma série de desafios, trabalhando para a web e aprofundando no dia seguinte para o impresso. Ele não tende a desaparecer, mas se reposicionar, assim continuará atingindo seus públicos. Quem mora no interior do Brasil, muitas vezes não tem acesso à internet – isso em função do sinal –, e isso não deverá mudar nos próximos cinco anos. É só pegar a estrada que se percebe o sinal precário, que falha a toda hora. Precisamos buscar casos mais aprofundados. Encontrar um grande assunto e apostar nele. Cada vez mais o jornalista é multimídia: está cobrindo um evento, tuitando, fotografando e redigindo matéria para o dia seguinte. Nos adaptamos à nova era. É uma questão de reposicionamento. O público está cada vez mais segmentado, acessa o assunto que interessa e vai embora. Precisamos nos modelar às novas tendências.”

8/5/2009

Homenagem em placa Com uma placa em que registra a “contribuição ao mercado da comunicação no Rio Grande do Sul”, o Grupo RBS homenageia Coletiva.net pela passagem de seu 10º aniversário. O troféu é concedido anualmente pelo grupo às empresas que comemoram importantes ciclos.

52

DEZembro’14



Jo

Re

54

DEZembro’14


Digitalou tradicional? Com o avanço tecnológico, muitos leitores trocaram os livros tradicionais pelos e-books, os livros eletrônicos. Muitos títulos ainda não estão disponíveis na internet, mas os adeptos dessa modalidade de leitura garantem que é bem mais prático do que manter e cuidar de uma biblioteca inteira. Já aqueles que mantêm o hábito da leitura nos livros convencionais, que gostam de folhear, asseguram que o velho livro de papel é insubstituível.

Voto nos tradicionais O jornalista Bruno Moura diz que a sua preferência é por livros tradicionais. “Prefiro ter os livros em formato físico porque posso cuidar e colecioná-los. Há também a questão da aura em torno deles, o cheiro do papel novo e até mesmo marquinhas que ficam nas páginas. Cada uma tem uma história.” Bruno salienta também que gosta de ter ideia de que tem uma biblioteca em casa.

15/6/2009

Implosão ao vivo A primeira implosão digital de um site é realizada por Coletiva.net como forma de indicar aos internautas que o portal tem uma nova apresentação, com mais conteúdos e atrações. “Dinamites” são instaladas na estrutura da página, à semelhança do que ocorre nas implosões de prédios. O internauta aciona o relógio na hora marcada e acompanha ao vivo a implosão do antigo e a instalação do novo portal.

55


Jo Seguindo este caminho, a professora de Português e Espanhol Aline Moraes Alberto também diz que a sua preferência é por livros físicos. “Eles têm um prazer único, mas não dá para negar que os livros digitais têm ganhado espaço na minha vida pela facilidade em encontrar obras”, confessa.

Voto nos digitais Nas bibliotecas particulares, o notebook é colocado de lado, pois ajuda apenas na hora de catalogar os livros, mas a forma de ler está mudando. Como em todos os setores, o avanço tecnológico chegou também à Literatura. Além do preço, a praticidade é um fator que atrai cada vez mais leitores. Como é o caso do repórter da rádio Gaúcha Eduardo Cardozo, que acredita no crescimento do acesso às redes de dados, criando condições para que os downloads possam ser feitos diretamente nos aparelhos eletrônicos. Cardozo prefere os e-books pela sua praticidade, mas confessa que tem alguns exemplares convencionais entre seus títulos preferidos. “Já é tendência, mas natural. O caminho dos livros, como todo o resto, é a informatização. A maioria dos meus amigos já tem leitores de e-book e os que não têm leem no computador mesmo. Acho que o acesso livre ao conteúdo, disponível na web, favorece a disseminação”, explica.

Re

56

18/6/2009

31/9/2009

Parque da RBS

Sob intervenção judicial

O Grupo RBS constrói seu novo parque gráfico em um terreno próximo ao Aeroporto Internacional Salgado Filho, com um investimento em torno de US$ 20 milhões. Com o recurso, há a aquisição da nova rotativa suíça Wifag – que será a primeira em uso no Brasil – e uma encartadeira, a qual possibilita a inclusão automática dos cadernos.

Condenado em ação de dano moral à Julieta Rigotto, mãe do ex-governador Germano Rigotto, o Jornal JÁ é submetido a intervenção judicial. O impresso, que circula por bairros do centro de Porto Alegre há quase 30 anos, foi obrigado a pagar mais de R$ 50 mil de indenização por reportagem publicada em 2001 sobre a morte de Lindomar Rigotto, irmão do político, em uma casa noturna de Capão da Canoa. Desde então, o JÁ enfrenta dificuldade em sua receita.

DEZembro’14


Se, por um lado, eles são práticos, por outro,

com a novidade tecnológica: faturou R$ 9,2 milhões

podem ter um custo mais elevado, como lembra

no ano passado e foi seguido pelas editoras de livros

Aline. “Uma vez que é preciso um tablet, um smart-

científicos, técnicos e profissionais, com R$ 2,6 mi-

phone, um computador ou um aparelho especial

lhões; didáticos, com R$ 601 mil; e religiosos, com

para livros, para realizar a leitura, torna-se caro e

R$ 287 mil.

envolve outras questões. Quem precisa ler ou tem

O desenvolvimento do mercado de livro impres-

o costume de ler pouco, recentemente tem aderido

so pode parecer estar crescendo, mas é preciso

aos e-books. E isso é indicativo de uma tendência

ter cuidado. As editoras registraram faturamento

crescente.” Para Bruno, é mais que uma tendência,

de R$ 5,3 bilhões em 2013, um crescimento de

os e-books são uma realidade. “Estamos chegan-

7,52% em comparação ao ano anterior. No entan-

do em um momento onde tudo que é registrado

to, descontada a inflação do período, de 5,91%, o

em papel passa a ser registrado digitalmente. Os

crescimento real é de apenas 1,52%. Isso, consi-

e-books são o futuro, mas, ainda assim, duvido que

derando as vendas para o mercado e para o Go-

os convencionais sejam extintos tão cedo.”

verno. Quando descontado o mercado governamental, que no ano passado representou R$ 1,4

Em números

bi, o crescimento real foi nulo.

De acordo com dados da pesquisa Produção e Ven-

Os e-books estão ganhando espaço na vida

da do Setor Editorial, feita pela Fundação Instituto de

dos leitores mais modernos, é verdade, mas a mu-

Pesquisas Econômicas (Fipe), por encomenda da Câ-

dança de hábito ainda tem um longo caminho a tri-

mara Brasileira do Livro e do Sindicato Nacional de

lhar. Um bom exemplo disso é o primeiro livro da

Editores, o faturamento do mercado editorial brasilei-

trilogia Getulio, de Lira Neto (Companhia das Le-

ro com os e-books saltou de R$ 3,8 milhões em 2012

tras): enquanto o impresso vendeu mais de 100 mil

para R$ 12,7 milhões em 2013, ano-base do levan-

exemplares, a versão em e-book ficou 97,8% abai-

tamento. Outra informação relevante é que foram pro-

xo, com apenas 2.200 cópias comercializadas, con-

duzidos 30.683 títulos digitais em 2013, sendo 26.054

forme dados da editora.

e-books e 4.629 aplicativos. Apenas um ano antes,

O fato certifica que os livros físicos sempre tive-

esses números foram, respectivamente, 7.470 e 194.

ram espaço especial na rotina dos amantes de boas

Em unidades vendidas, o salto também foi sig-

histórias e ainda levará um tempo para que sejam

nificativo, sendo de 235.315 para 889.146. O seg-

dispensados ou trocados definitivamente pela tec-

mento de obras gerais foi o que mais se beneficiou

nologia – se é que isso um dia acontecerá de fato.

19/11/2009

Prêmio nacional No ano em que comemora seu décimo aniversário, a Enfato Multicomunicação é reconhecida com uma distinção nacional. Tratase do MPE Brasil – Prêmio de Competitividade para Micro e Pequenas Empresas. A Enfato desbancou mais de nove mil concorrentes do Rio Grande do Sul.

janeiro/2010

Relação retomada Após quatro anos na agência Escala, a conta da Lojas Renner voltou a ser atendida pela Paim Comunicação. Quando da perda, a relação entre marca e agência durava 14 anos.

13/1/2010

Registro para todos O Ministério do Trabalho e Emprego, mesmo sem critérios definidos, emite registro para jornalistas sem graduação específica na área. A decisão foi tomada em função do acórdão do Supremo Tribunal Federal (STF), que, em junho de 2009, dispensou a obrigatoriedade de diploma para o exercício da profissão.

57


Jo

58

DEZembro’14


Falta tempo para a leitura é a frase mais repetida como justificativa causada por uma rotina sempre exigente. E é nesse contexto que entram as imagens que, muitas vezes, conseguem transmitir ideias e sentimentos de forma ainda mais consistente e realista. O mesmo critério pode ser replicado no telejornalismo, que vive de imagens e tem nesse “detalhe” a vantagem de atrair a atenção do telespectador, especialmente quando se trata de um público que pratica a máxima “ver para crer”. Para a professora de Jornalismo Digital da Unisinos e mestre em Comunicação e Informação pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs), Marlise Brenol, não se tem consenso sobre as pessoas lerem mais ou menos na web e nos meios digitais, mas existem indicadores que apontam para a primeira opção. Há um campo que estuda a experiência do usuário por meio de métricas, as quais mostram que o tempo de conexão dos usuários cresce, que é o GAbalytics e chartbeat (softwares de análise de audiência digital).

Marlise Brenol

Marlise destaca que Jacok Nielsen é um dos grandes teóricos da leitura web. Nos anos 1990 e início dos 2000, ele acreditava que as pessoas não liam mais do que o tempo da primeira rolagem, mas hoje se sabe que o comportamento do usuário tem muitas variáveis. A leitura deixa de ser linear (começo/meio/fim) como definida pelo autor e passa a ser não linear, construída pelo leitor. E o percentual de estatística de tempo de permanência em páginas de sites de notícia especificamente varia conforme a época, a audiência e o perfil de público.

Re

24/3/2010

30/4/2010

Três em um

Convite engana Sant’Ana

Além da propaganda, a Dez incorpora outros dois braços de atuação: a Digital Zoo, voltada ao universo online, e a Zed Trade, para o trade marketing. A novidade é anunciada na data em que a agência comemora 17 anos. A ideia das três operações é que trabalhem totalmente integradas, mas com estruturas e profissionais especializados em cada área.

Um suposto convite de Zeca Pagodinho ao colunista Paulo Sant’Ana para que ele gravasse uma faixa do seu novo CD é festejado na redação de Zero Hora, e o jornalista dedica seu espaço diário no impresso para o assunto, com o título “Não caibo em mim de emoção”. Mas tudo era apenas um trote, aplicado por Duda Garbi, do Kzuka, em seu quadro ‘Cabelo no Spaghetti’, do programa Pretinho Básico, da Rádio Atlântida.

59


Jo Graziela Sauer Bran-

próprio acontecimento e, além disso, podem ser

co, editora das revistas

produzidas por quase todos”, analisa.

Expansão RS e Expansão Noivas, entende que essa tendência de au-

Renata também é convicta ao afirmar que esse Graziela Sauer Branco

boom na produção de imagens veio com a dobradinha internet/fotografia digital, tecnologias que há

mentar o uso de imagens irá crescer, como já tem

vinte anos eram extremamente caras e de acesso

sido percebida nas mudanças gráficas dos veícu-

muito limitado. A democratização de acessos fez

los de comunicação no Brasil. O mesmo afirma o

crescer a produção e o consumo dessas imagens,

professor de Comunicação e pesquisador de mes-

e, para quem atua em comunicação, fica quase im-

trado em Design César Steffen: “A relação

pensável não trabalhar com elas. “Nesse sentido,

do Homem com a imagem é natural.

até poderíamos entender a presença massiva como

Não por acaso as primeiras manifes-

César Steffen

uma exigência do leitor.

tações que se conhecem são pinturas

Não faz sentido termos

representando animais em paredes

informação pura sem

de cavernas. A imagem contém em

informação visual, uma

si uma universalidade ou uma inten-

vez que quase tudo que

ção de universalidade, que gera a

acontece é fotografado

atenção”, explica.

ou gravado por alguém”, salienta a professora.

Renata Stoduto

Realidade das imagens

Re

Atualmente, de posse de um celular com câmera

Imagem nas timelines

e acesso à internet, qualquer um pode produzir e

É inevitável. A imagem atrai, contagia, encanta ou

publicar fotos nas mais diversas mídias. Como diz

choca. Até um post em uma rede social com ape-

a jornalista, fotógrafa e professora de Fotografia da

nas uma frase recebe bem menos comentários e

ESPM-Sul, Renata Stoduto, “ao que tudo indica, a

curtidas do que uma foto seguida de informações.

tendência desse predomínio das imagens é cres-

Com o acesso da grande massa às novas tecno-

cer cada vez mais. Se pensarmos na realidade de-

logias e aos telefones inteligentes, a captação da

las nos últimos 10 anos, veremos que, atualmente,

imagem passou a ser coletiva, a estar ao alcance

nossas vidas são permeadas por imagens. Elas,

do dedo. Essa nova realidade a torna presente em

muitas vezes, parecem mais importantes do que o

quase todas as discussões.

30/4/2010

Adeus, Correspondente No dia em que a Rádio Guaíba completa 53 anos, sai do ar seu programa mais antigo, o Correspondente Guaíba, que era veiculado desde a fundação da emissora. A síntese noticiosa tem locução, desde 1964, de Milton Ferretti Jung.

60

DEZembro’14

junho/2010

22/10/2010

De casa nova

Raridades jornalísticas

Após 15 anos de atuação, a Duetto adquire sua sede própria. A empresa de promoção de eventos está localizada na Rua Lucas de Oliveira, 199, em Porto Alegre.

O Museu de Comunicação Social Hipólito José da Costa realiza o lançamento do Inventário resumido do acervo de jornais raros, que divulga a composição e a importância destas publicações, as quais se encontram na instituição – são 700 jornais, editados entre 1827 e 1924.



Jo Na opinião da mes-

credibilidade. Esses elementos, aliados à tão ce-

tre em Comunicação

lebrada imagem e ao talento da escrita, construirão

Social pela PUCRS e pro-

as grandes histórias a serem contadas.

fessora de Jornalismo e Publicidade e Propa-

Letícia Carlan

Para o professor Steffen, não se trata de uma exigência no sentido estrito da palavra, mas, sim,

ganda do IPA, Letícia Carlan, o uso de imagens só

de uma forma de obter mais atenção do consumi-

tende a crescer, e, ao criar conteúdos, as pessoas

dor e, logicamente, angariar maiores resultados

poderão explorá-las de diversas formas. “Acredito

com o conteúdo publicado. “Na medida em que

que, sim, esse é um caminho sem volta. Mais do

uma imagem amplia as chances de sucesso, na-

que crescer, vai se aperfeiçoar. E não falo apenas

turalmente será o elemento mais utilizado, mas não

em fotografias, mas em vídeos também”, assegu-

se trata de uma obrigação, pois em nenhum mo-

ra. A melhor forma de explorar essa área será com

mento se excluem outras linguagens.” Ainda sobre

a criação de conteúdos que sejam atrativos para

o que está por vir, Steffen sustenta que as pesqui-

os públicos aos quais as publicações se destinam.

sas têm indicado não somente a importância e re-

Ainda nessa linha, o professor e coordenador

levância das imagens como conteúdo, mas tam-

de Projetos do curso de Design da ESPM-Sul, Ro-

bém detectado formatos que geram mais atenção

gério Abreu, diz que esta exigência vem das novas

e circulação em redes sociais.

gerações, as quais estão cada vez mais imediatistas e imagéticas. “É perfeitamente compreensível a intensificação no uso de imagem para dar suporte aos textos e, em muitos casos, como na literatura infantil, tais imagens substituem os textos completamente”, compara.

Presente e futuro O importante a partir de agora é discutir o que fazer com todas essas constatações. A imagem é um elemento quase indispensável para se contar uma história, mas não é mais “o” elemento. A informação ainda exige apuração, fontes, conteúdo,

Re

62

10/11/2010

17/11/2010

10/2/2011

Expansão para SC

Responsabilidade Social

Sem QG Sul

A conquista da conta do Grupo Almeida Júnior leva a Competence a abrir uma operação em Santa Catarina. O escritório em Joinville atende aos cinco empreendimentos imobiliários do cliente, além da rede de móveis Rudnik.

O Grupo Editorial Sinos recebe o Troféu Destaque RS, uma iniciativa da Assembleia Legislativa do Estado. A empresa é reconhecida pelo projeto ‘O Rio dos Sinos é Nosso’, no tema norteador ‘Projetos de Sustentabilidade’, que envolve 32 municípios da Bacia Hidrográfica do Sinos.

Após oito anos, a QG Sul, filial da QG Propaganda em Porto Alegre, fecha as portas. Alguns dos clientes seguem sendo atendidos pelo publicitário João Paulo Jopa Dias, na Jopa Comunicação, a qual absorve parte dos funcionários que atuam no atendimento aos clientes Ipiranga, Isabela, Josapar, Rossi Ideal e Sinoscar.

DEZembro’14



Ar

artigo

O discurso corrente atribui à internet a crise que

Provavelmente não seria difícil aos grandes grupos

está obrigando a “indústria da comunicação” a re-

que controlam a comunicação no País apropriar-se

inventar-se. Não é só isso.

dessa tecnologia e manter sua hegemonia, quem sabe, reforçada.

A internet e as redes sociais são um fenômeno tecnológico de alcance universal, que revoluciona as

Mas o problema não é só o avanço da internet e

formas de comunicação social em todos os qua-

das redes sociais. Tem essa crise antiga que já é

drantes.

“estrutural”, digamos assim.

Seus efeitos não serão, necessariamente, simétri-

Nos anos 1970, quando surgiu a “imprensa alter-

cos. Vai depender das circunstâncias em cada re-

nativa”, essa crise já estava instalada.

gião, cada país. A importância que adquiriram aqueles pequenos

64

No Brasil, por exemplo, à revolução da internet e

jornais feitos precariamente deixou exposta a in-

das redes sociais se soma uma crise antiga dos

capacidade dos grandes grupos, naquele momen-

meios de comunicação tradicionais.

to acomodados à sombra do governo militar.

DEZembro’14


Elmar Bones da Costa

Jornalista, editor do Jornal JÁ

Submissos à censura e beneficiados por isso, eles

Como em 1970, eles não mais atendem à demanda

simplesmente não atendiam mais à demanda por

por informações no Brasil democrático de 2014. E

informações que a democratização trazia.

no vácuo que deixam, vai proliferando uma nova mídia, independente, pulverizada, incontrolável.

Então, foram surgindo aqueles pasquins tratando de assuntos que os jornalões não ousavam tocar,

A grande diferença é que não há um governo ami-

falando de um jeito que eles não ousavam falar.

go para socorrê-los. E há agravantes: seu “modelo de negócio” está esgotado e seu modo de pro-

Mas a ditadura se encarregou de eliminar aqueles

dução, superado.

jornais abusados que estavam deixando a imprensa com a bunda de fora.

Nestas circunstâncias, se insere o fenômeno da internet e das redes sociais.

Com o fôlego que a ditadura lhes deu, os mesmos poucos grupos chegam hegemônicos aos dias atuais,

Será uma boia de salvação? Ou a pedra que vai le-

em circunstâncias que se assemelham.

var ao fundo?

65


CC

C O M U N I C A Ç Ã O C O R P O R AT I V A

Empresas dão cada vez mais atenção aos fundamentos da comunicação corporativa, um segmento que contribui para fortalecer a reputação organizacional. A área avança como influente para a tomada de decisões na gestão do negócio e capaz de assegurar um relacionamento mais estreito e permanente com o consumidor.

66

DEZembro’14


Emfranca expansão Estratégia, planejamento e investimento são palavras-chave da comunicação corporativa. Afinal, este é um setor dire-

RBS, Anik Suzuki, pensa de forma semelhante. Pa-

tamente ligado à presidência e à diretoria das orga-

to e na tomada de decisões.

ra ela, a comunicação corporativa é um setor que influencia diretamente na produção, no investimen-

nizações – ou de mais setores estratégicos e de to-

Na sua permanente evolução, a Comunicação

mada de decisões. E, cada vez mais, vem ganhando

Corporativa tem muito mais a oferecer do que se

espaço no planejamento dos empresários brasileiros.

apresenta hoje, entende o presidente-executivo da

Prova disso são os dados da Grupo Consulto-

Associação Brasileira das Agências de Comunica-

res, empresa espanhola considerada uma das prin-

ção (Abracom Nacional), Carlos Henrique Carvalho.

cipais consultorias de marketing da Europa e pio-

“A grande tendência é pensar estratégias de comu-

neira na realização de estudos de qualidade no mer-

nicação de forma multidisciplinar, com abordagens

cado publicitário. Pesquisa realizada com mais de

que se utilizam de diversas ferramentas e serviços

150 gestores de grandes empresas em todo o Bra-

para promover o relacionamento de uma organiza-

sil mostra que cerca de 50% delas têm intenção de

ção com seus diversos públicos”, prevê Carvalho.

destinar mais verbas para a comunicação corpo-

Anik também acredita nessa multiplicidade e de-

rativa daqui para frente.

fende que misturar profissionais de diferentes per-

O diretor de Assuntos Institucionais, Comunica-

fis de trabalho será um bom caminho.

ção e Responsabilidade Social da Gerdau, Renato Gasparetto, acredita que, ao longo dos últimos anos,

Mais ousadia

houve um sensível avanço estratégico da atividade

Aqui, um alerta é preciso ser feito: os processos

para o universo corporativo. “De uma atividade emi-

organizacionais de comunicação, a cada dia, acei-

nentemente tática, passou a ter o desafio de con-

tam menos atuações compartimentadas e exigirão,

quistar e manter a reputação organizacional, con-

cada vez mais, integração, expansão e ousadia.

siderando a multiplicidade de stakeholders e a di-

“Os executivos de comunicação e as agências des-

nâmica da interação entre eles”, avalia Gasparetto.

se segmento serão cada vez mais desafiados em

A diretora de Marketing e Comunicação do Grupo

seus saberes e especializações”, explica o diretor

67


CC da Mega Brasil e da Jornalistas Editora, Eduardo

dão, com a mensagem que ele deseja receber”. Pa-

Ribeiro. “Nesta direção, mais do que usar as téc-

ra ele, este é o desafio que vale tanto para empre-

nicas da comunicação, usar sua inteligência para

sas de consumo quanto para empresas business

entender e atender às necessidades das organiza-

to business, governo e organizações sociais.

ções será o ideal”, destaca o profissional.

Tudo isso deve ser feito sem deixar de lado o

Há um evidente avanço da presença da comu-

relacionamento, na opinião de Carvalho: investir em

nicação corporativa, aliada ao fato de estar presen-

comunicação corporativa será também apostar em

te na tomada de decisão na gestão dos negócios.

relacionamentos de longo prazo com consumido-

“Os profissionais e agências de comunicação, quan-

res, investidores, funcionários, comunidade, orga-

do bem preparados e alinhados com as melhores

nizações não governamentais, governo, agências

táticas do setor, serão capazes de estar ao lado dos

reguladoras e o público que, hoje, fala nas redes

gestores empresariais para apontar os problemas e

sociais, queiram as empresas ou não, detalha.

as soluções no zelo da marca, os produtos, os serviços e a reputação da empresa”, pondera Carvalho.

Fora da zona de conforto Com relação às redes sociais, citadas pelo execu-

Re

Comunicação aliada à gestão

tivo da Abracom, um grande avanço da comunica-

Afirmações como essas demonstram que há uma

ção corporativa será sair da zona de conforto dos

demanda e uma nova tendência: a dos profissionais

veículos de massa e mergulhar no universo digital.

e equipes multidisciplinares, com capacidade de

Para ele, “será preciso inserir estratégias de comu-

entender os complexos cenários e propor soluções

nicação para públicos específicos para não perder

que consigam fazer as organizações serem con-

mercado, podendo ter sua reputação abalada a

sentâneas com os movimentos em curso. As mar-

médio ou longo prazo”. Assim como para Anik, que

cas são desafiadas a todo o instante, pois o público

defende “diversos tipos de formação na área digital

se tornou protagonista dessa relação, na avaliação

como novas opções de carreira”.

de Anik. Ela destaca que tudo deve ser

Para complementar, Gasparetto acredita que,

feito em uma velocidade diferente de

independentemente do tamanho da empresa, indi-

antigamente, e quem compartilha

cadores em comunicação corporativa serão neces-

dessa opinião é Ribeiro, que

sários. “Apenas é uma questão de calibrar a com-

enfatiza a necessidade de

plexidade de cada empresa frente ao tamanho e

“chegar diretamente ao cida-

ao negócio da organização”, completa.

r e t r o s p e c t i va março/2011

68

DEZembro’14

5/3/2011

Jornalismo na ESPM

Primeira década

A ESPM abre curso de graduação em Jornalismo, voltado para o ‘novo Jornalismo’, em que o profissional atua em plataforma de multimídia e, muitas vezes, é um empreendedor de seu negócio. O curso surge com uma abordagem de mídia como negócio.

A Globalcomm comemora seus primeiros 10 anos de atuação na propaganda gaúcha e se orgulha de se manter em ritmo acelerado de crescimento. A agência é comandada por Romualdo Skowronsky, que preside ao lado dos filhos Alexandre e Daniel Skowronsky.


Bolo sem receita

micos, e chega à prática,

Ribeiro salienta que não há receita de bolo. Mais

na rotina do mercado.

do que nunca, será preciso integrar experiência e

“É preciso incentivar a

juventude, e pensar multidisciplinarmente. Só tem

universidade a trazer

um detalhe importante para ele, pois a tarefa não

profissionais de merca-

é tão simples: “As agências, sem um celeiro de

do para as salas de aula,

mão de obra qualificada e especializada, serão obri-

relatando experiências

gadas a improvisar e formar sua própria equipe em

e soluções quanto aos

voo”, alerta o profissional. Gasparetto fortalece es-

desafios práticos. E, também, estimular os profis-

sa opinião e aponta como sendo uma das carên-

sionais a continuarem se aperfeiçoando academi-

cias da atuação eficaz da comunicação corporati-

camente”, sugere Gasparetto.

Anik Suzuki

va. “A graduação e especialização profissional con-

Afinal de contas, é preciso fazer jus à estratégia,

tinuam sendo um gargalo para a formação de lide-

ao planejamento e, principalmente, ao investimen-

ranças futuras na área.” Já segundo Anik Suzuki,

to das ações de comunicação. Em especial, por se

a tendência é “caminharmos para equipes multi-

tratar de um terreno no qual as empresas investiam

disciplinares, com diferentes perfis tradicionais e

pouco e que se restringia, na maior parte dos ca-

inovadores formando equipes híbridas”.

sos, à assessoria de imprensa. Anik percebe uma

De acordo com os executivos, a fórmula, neste

tendência para os próximos três anos. “Vamos tra-

caso, é incentivar uma maior aproximação entre a

balhar por projetos e parcerias, dando mais agili-

universidade e o mercado. Desta forma, o conhe-

dade e engajamento com muito mais naturalidade”,

cimento transitará entre os dois pilares da formação

arrisca a diretora do Grupo RBS. Outro caminho é

profissional: passa pela teoria, nos bancos acadê-

dado por Carvalho, ao afirmar que os gestores privados estão descobrindo nas agências de comunicação corporativa serviços e pensamentos estratégicos mais amplos e diretamente ligados aos resultados do negócio. Neste quesito, o setor público está batendo a linha de chegada. Os investimentos, que eram praticamente zero, já ultrapassam, nesta década, a cifra de R$ 200 milhões, conforme dados da Abracom.

abril/2011

27/5/2011

Duas mil afiliadas

Expansão no digital

A Agência Radioweb atinge o número de 2 mil afiliadas, no mesmo ano em que completa 10 anos de existência. Sendo atualmente a maior agência de notícias para rádios do Brasil, foi fundada pelos jornalistas Paulo Gilvane Borges, Caroline Mello, Daniela Madeira e Juliana Turatti – que deixou a equipe e deu lugar a Geanoni Mousquer, diretor em Brasília.

O Grupo RBS passa a ter participação na rede de sites verticais Hi-Mídia. A aquisição faz parte da estratégia de expansão no mercado de comunicação digital, sendo um passo relevante na ampliação da presença do Grupo RBS em negócios de internet e mobile.

12/6/2011

Parceria de sucesso Atendendo à conta da TAP Portugal em todo o Brasil há 14 anos, a Insider é responsável pela divulgação internacional do lançamento do voo diário entre Porto Alegre e Lisboa.

69


CC

Re

70

15/8/2011

setembro/2011

Pegadinha no público

Grupo ABC em POA

A Ipanema FM amanhece ao som de músicas totalmente diferentes do seu estilo, com ritmos como brega, pagode, funk e sertanejo. Algumas horas depois, divulga nota explicando que a mudança na programação foi uma brincadeira. A ação teve por objetivos retomar a origem da emissora e o poder do rádio como veículo de comunicação.

O Grupo ABC, de São Paulo, presidido por Nizan Guanaes, chega a Porto Alegre através da instalação da agência DM9Sul, presidida por Márcio Callage, que foi oficializado no cargo em dezembro de 2011. No ano seguinte, o grupo amplia sua atuação gaúcha com o anúncio dos publicitários Fábio Bernardi e Lara Piccoli para presidirem a Morya na Capital, em janeiro de 2012. Mais recentemente, o ABC adquiriu 60% do controle acionário da Escala.

DEZembro’14


Crise,odesafio crescente Na reputação repousa um dos ativos mais preciosos de uma empresa. “Ela

centa Esber, não atuam na prévia identificação dos

molda o futuro”, defende com ênfase o jornalista e

riscos como deveriam e não sabem o que é ma-

professor de disciplinas ligadas em Gestão de Cri-

peamento de riscos. Forni, autor do livro Gestão de

ses Corporativas e Comunicação, João José Forni.

Crises e Comunicação, fala com autoridade sobre

Esta imagem, que se pretende sempre positiva, é

o assunto e concorda que as corporações não es-

o foco número 1 da comunicação corporativa, área

tão preparadas. “As empresas têm crise porque

que evoluiu consistentemente em função das novas

desdenham delas, e acreditam que com elas isso

tecnologias e é especialmente desafiada no am-

nunca acontecerá.”

biente das empresas que precisam conversar com seus públicos.

As organizações se mostram desatentas, acres-

Professor e jornalista e sócio da ComEfeito Comunicação Estratégica, Luiz Antônio Nikão Duarte

Estar sempre preparado para o imprevisto, que

aponta que o comunicador, do presente e do fu-

pode ser o embrião de uma crise de gestão ou ima-

turo, tem conhecimento de causa, mas falta-lhe

gem, é o que se espera dos executivos responsáveis

competência para “comunicar a comunicação”.

pela gestão da comunicação organizacional. O di-

“Muitas vezes, não tem respaldo para compartilhar

retor de Redação da Revista Amanhã, Eugênio Esber,

com os não comunicadores, em especial com os

é taxativo ao dizer que as empresas não aprenderam

detentores de decisão, que comunicar é tanto um

a lidar com crise, e somente aprenderão quando

direito quanto um dever, e que organizações de-

passarem por uma, o que poderá ser da pior manei-

vem exercê-los plenamente”, destaca Nikão. “Em

ra possível. “Quando o incêndio chegar ao 28º andar,

situações de crise”, acrescenta, “o dever de comu-

de um prédio de 30, ou algo assim”, compara.

nicar se impõe”.

10/10/2011

11/10/2011

26/10/2011

Sede própria

Prêmio para A.I.

Jornal Metro em POA

Com campanha espalhada por Porto Alegre, a Paim começa a atender em sede nova e própria. O espaço tem mais de 2.500 metros quadrados, distribuídos em quatro andares, e comporta nove salas de reunião e área para eventos.

A Martha Becker Comunicação Corporativa foi reconhecida pelo Prêmio Coletiva.net como a melhor do Rio Grande do Sul na categoria Serviços Especializados/ Assessoria de Imprensa.

O jornal que está presente em mais de 20 países, através do Grupo Metropolitan, agora chega a Porto Alegre. Coordenado pelo Grupo Bandeirantes de Comunicação, do Rio Grande do Sul, o Jornal Metro circula de forma gratuita em 31 pontos da capital gaúcha.

71


CC Visão estratégica

O certo é que, qual uma espada de Dâmocles,

Nesse novo mundo da

aquela pendurada no teto por um simples fio de

comunicação corpora-

cabelo, o executivo responsável pela área de co-

tiva, cresceu a importân-

municação está constantemente ameaçado pelo

cia das ações baseadas

fantasma de uma crise. Mas Esber alerta para um João José Forni

viés: as pessoas que comandam as empresas nor-

tratégico. Isto é, os planos de gerenciamento de

malmente se mostram imbuídas de uma confiança

crise devem estar fortemente alinhados com as

cega no sucesso e na normalidade das operações

questões estratégicas da empresa. “A comunica-

por não estarem amparadas na razão. “Tenho cer-

ção ser uma área decisiva para a obtenção das

teza que os executivos que lerem o que estou di-

metas e alcance de resultados na empresa é uma

zendo ou pensarão ‘Puxa, quantas situações de

tendência cada vez mais corrente”, avalia Forni, que

risco temos na nossa empresa’, ou, então ‘Boba-

leciona em universidades de Brasília, Juiz de Fora,

gem, não temos isso na nossa empresa’ – com

Belém e Florianópolis. “O que chamamos de com-

estes eu me preocuparia mais.” Por situações co-

posto de comunicação envolve ações em várias

mo essas é que Forni completa: “Se as empresas

áreas, que consolidam a imagem da organização.”

estivessem preparadas, não haveria tanta crise de

no ponto de vista es-

É desta forma que as ações de marketing e co-

Re

72

imagem crescendo”.

municação empresarial no planejamento estratégi-

O professor Nikão defende a ideia de que a co-

co pautarão as atividades operacionais. Isso irá au-

municação empresarial no Brasil é precária e, em

xiliar na construção, dia a dia, de uma reputação

geral, amadora – mesmo com algumas exceções

capaz de não ser abalada diante de uma crise, mas

que justificam a regra. “Desconhece-se, ou ignora-­

gerenciada. Esber defende que ela – a crise – de-

se, o papel de cada campo

verá ser enfrentada quando ainda nem existe. “As

da comunicação e, como

empresas que atuam com prevenção, o que con-

consequência, se tenta

seguirão de mais útil é estar preparadas para lidar

praticar um no lugar do

com ela, não para evitá-la”, enfatiza o jornalista, des-

outro”, explica o doutor

tacando algo que considera preocupante: “Em ge-

em Comunicação. “E

ral, as organizações não sabem o que o futuro lhes

confundir Jornalismo com

espera. Só algumas têm noção que ele lhe dará do-

Propaganda é o proble-

res de cabeça. Estas se preparam para lidar melhor”.

ma mais comum.”

30/11/2011

Nikão Duarte

janeiro/2012

Vitória dos jornalistas

A mais premiada

Após a derrubada da exigência de formação superior em Jornalismo para o exercício da profissão, em 17 de junho de 2009, a PEC do Diploma, que exige a retomada da obrigatoriedade, é aprovada no Senado. A proposta ainda aguarda votação na Câmara dos Deputados para que seja novamente transformada em lei.

A Revista Amanhã se destaca no ranking anual do site Jornalistas&Cia. A publicação de 27 anos é reconhecida como a mais premiada da Região Sul em toda a história da imprensa. Também conquista o segundo lugar na categoria de Revistas de Economia e Negócios e, no ranking geral, fica em sétima colocação entre todas revistas brasileiras em circulação, incluindo as semanais.

DEZembro’14


Espaço sem lei

Neste cenário, as re-

Uma pergunta que se faz com frequência aos es-

des sociais ocupam um

pecialistas em gestão de crise é por que as orga-

espaço crescente co-

nizações, apesar de todos os estudos sobre o te-

mo agente pulveriza-

ma, continuam errando e favorecendo danos à sua

dor das informações

imagem. A resposta parece simples, na avaliação

– verdadeiras ou não.

do especialista Forni: “É preciso fazer uma audito-

“Na internet, a confian-

ria de vulnerabilidade”, afirma, ressaltando que as

ça das empresas é o

organizações precisam monitorar constantemente

que diferencia a boa

o que pode gerar suas crises, e, desse modo, evi-

da ruim”, comenta o CEO da Agência Carti, Eduar-

tá-las, ou minimizar as causas geradas por elas aos

do Gasparetto. E Nikão aponta que “nas redes

seus stakeholders.

sociais, impera o emocional, o que potencializa

Eduardo Gasparetto

Esber salienta um aspecto que considera bas-

reações nem sempre próximas da realidade, po-

tante importante neste processo de gestão. Segun-

dendo prosperar o interesse particular”. Forni é

do ele, o grande erro é a ‘fulanização’ do diagnósti-

mais categórico: “O profissional do futuro conhe-

co, em que se justificam os erros como desatenção,

ce o mercado nacional e internacional e está liga-

incompetência, política do governo. As empresas

do nas últimas novidades que podem contribuir

buscam achar o culpado pelos fracassos. Mas é

para modernizar e aprimorar a comunicação da

possível minimizar esse caos, evitando que ultrapas-

sua empresa”.

se os muros da corporação. “As atividades de as-

Com uma pulverização crescente como disse-

sessoria não podem mais se limitar ao atendimento

minadoras de informações e influenciadoras de

da imprensa”, avalia Forni. “É preciso que os execu-

atitudes, as redes sociais ocuparam um espaço

tivos se proponham a aceitar uma mudança cultural

central no ambiente empresarial e se sustentam

e passem a criar estratégias para enfrentar o futuro”,

como o grande desafio das corporações para os

acrescenta Esber. Conforme ele, que também pres-

próximos anos. Estudiosos e profissionais conver-

ta treinamentos em grandes corporações nesta área,

gem no entendimento que será difícil saber como

isso acontece independentemente do porte da em-

irá evoluir este “território vasto e caótico que é a

presa, seja de capital aberto ou fechado, com ges-

internet”, como define Esber. “É terra sem lei, de

tão profissionalizada ou familiar, multinacional ou na-

ninguém”, decreta. “Ao menos até que se tenha

cional, cooperativa, com ou sem fins lucrativos.

uma regulamentação.”

28/1/2012

27/2/2012

março/2012

Capacità na Suíça

Outra Comunicação

É criada a 99

A Capacità vai para a Suíça organizar o Brazilian Soirée, ou Noite Brasileira. O jantar acontece no Fórum Econômico Mundial de Davos, naquele país. Quem coordena o projeto multicultural é a diretora da empresa, Eliana Azeredo.

A UniRitter estreia os cursos de Jornalismo e Publicidade e Propaganda com turmas de manhã e à noite, reunindo cerca de 200 estudantes de escolas, reingressos e transferências.

Com o objetivo de utilizar ideias para gerar relações de consumo e afetividade entre marcas e consumidores, é criada, pelo publicitário Fabiano Bonetti (ex-São Jorge), a 99 Comunicação e Marketing.

73


Ar

artigo

A comunicação empresarial vive, neste momento,

O comportamento corporativo, como conhecía-

uma série de desafios diante de stakeholders ca-

mos, não existe mais, principalmente depois da

da vez mais exigentes e de um mercado no qual a

entrada das gerações X e Y nas empresas. Isso

grandeza de uma marca e a sua reputação podem

determinou um novo público interno cético e exi-

fazer toda a diferença. Dentro desse contexto, acre-

gente que quer saber mais (a informação que re-

dito que um desses grandes desafios – talvez o

cebe nunca é suficiente), que não aceita grandes

maior – seja a comunicação com o público interno.

narrativas, que anseia por reconhecimento e que prefere o lúdico ao funcional.

A verdade é que tenho me perguntado se ainda podemos usar as expressões comunicação interna

Além disso, é um público “mega”informado, que

e público interno, pois neste mundo de redes so-

possui a emoção “à flor da pele” e que apresenta

ciais já não existem fronteiras entre o interno e o

grande capacidade de distração, o que gera uma

externo, especialmente no ambiente empresarial.

série de problemas para as empresas que, na sua totalidade, buscam maiores índices de produtivi-

Antes, era comum ouvirmos que o “boca a boca”

dade, melhores níveis de qualidade e melhoria do

era mais eficiente que qualquer processo de co-

atendimento ao público.

municação implantado e mantido por uma empresa. Hoje, o que temos ouvido é que o “mouse a

Isso significa que o processo da informação no

mouse” é imbatível no que se refere à dissemina-

ambiente corporativo, que antes podia ser com-

ção da informação.

parada a um boliche – a empresa atirava a bola e ficava esperando para ver em quem iria acertar –,

A verdade é que estamos diante de algo que é

hoje precisa ser como um fliperama: ágil, flexível

muito maior que a revolução digital. Estamos dian-

e interativa.

te de uma revolução humana.

74

DEZembro’14


Analisa de Medeiros Brum

Diretora-presidente da HappyHouse Brasil Agência de Endomarketing. Autora de sete livros sobre Comunicação Interna e Endomarketing

Mais do que isso, as pessoas não se motivam mais

As empresas precisam, portanto, investir cada vez

apenas com salário, benefícios e incentivos. Elas

mais em conteúdos capazes de engajar o público

querem trabalhar para empresas que representem

interno, pois o engajamento se tornou muito mais

grandes causas, querem encontrar significado na-

importante que a motivação. As empresas preci-

quilo que fazem. Esse novo perfil de público interno

sam, também, trabalhar suas lideranças para que

está fazendo com que as empresas precisem tra-

assumam o papel estratégico que possuem no

balhar as suas marcas como “empregadoras”. As

processo da informação, conscientizando-as de

empresas estão começando a se preocupar com o

que o público interno é formador de opinião por

employer branding, como é chamada a conexão da

excelência. Isso nos faz lembrar que não é a mar-

marca para o consumidor com a marca para o pú-

ca que está a serviço da empresa e, sim, a empre-

blico interno, cujo objetivo é contribuir com a atra-

sa que está a serviço da marca.

ção, o engajamento e a retenção de empregados. Portanto, não há outro caminho para a comunicaEsses são os três grandes objetivos da comuni-

ção empresarial que não seja estabelecer uma total

cação interna bem feita: atrair, engajar e reter, ou

coerência entre o interno e o externo, levando em

seja, estar presente em todos os momentos da

consideração que não existem mais fronteiras entre

vida do empregado, do momento em que ele de-

um e outro. Mais do que isso, é preciso lembrar que

cide trabalhar na empresa até o momento em que

esse é um caminho sem volta e que o futuro exigirá

se desliga dela. Afinal, estamos saindo de uma era

cada vez mais: transparência, que é a essência de

de vínculos estáveis para a era do “ficar”, na qual

todo o processo; qualidade, rapidez e flexibilidade,

a fidelidade a uma empresa/marca, seja por parte

porque os públicos interno e externo estão cada

do empregado ou do consumidor, parece ser algo

vez mais exigentes; e afeto, pois, ao mesmo tempo,

que faz parte de um passado distante.

vivemos a era da emoção e da espiritualidade.

75


Ac

ACADEMIA

Multitelas

Os jovens têm a tecnologia como aliada e são hábeis em executar diferentes ações de forma quase simultânea. Eles e seus professores têm pela frente o desafio de atuar de forma complementar, uns aprendendo com os outros. Nesta balança, a academia é o primeiro degrau que precisa de atenção e de habilidade para se adaptar.

76

DEZembro’14


Ocrescimentodas segundastelas Na era da tecnologia, por pouco os bebês já não nascem sabendo usar o computador. Há menos de cinco anos, quan-

ra, Bárbara Nickel, explica que o crescimento dos

do se perguntava para uma criança o que ela gos-

aumentar. “Pelo que observamos nos dados, e tam-

taria de ganhar de presente de aniversário, brinque-

bém pelo que assistimos no dia a dia, este compor-

do era a resposta óbvia.

tamento já está estabelecido e tende a se tornar

A editora-chefe da plataforma digital de Zero Housuários multitelas é uma realidade que só tende a

ainda mais forte.” Na verdade, o número e a variedade de dispositivos estão maiores a cada dia. Smartwatches, os relógios inteligentes e óculos, como os do Google, por exemplo, podem ainda não ter muita popularidade, mas há pouco tempo, lembra ela, A mes-

“smartphones também não eram tão disseminados”.

ma pergunta agora tem ou-

Os novos noticiadores

tras respostas,

A comunicação está em constante mudança. On-

que já não sur-

tem, somente jornalistas por formação tinham o ‘po-

preendem mais: ta-

der’ de noticiar os fatos, de ser formadores de opi-

blets, smartphones, com-

nião. Hoje, o diploma nem é mais exigência. Ama-

putadores e todo tipo de apa-

nhã? Com o avanço da tecnologia e as infinitas pos-

rato tecnológico. O mundo passou a

sibilidades que as multitelas oferecem, o receptor

ser mais exigente. E vai ficar ainda mais.

deixa de apenas consumir os fatos e passa a trans-

A partir dessa mudança, as empresas co-

miti-los, cada vez com mais frequência e mais forte.

meçaram a criar mais e mais produtos pa-

Para o vice-presidente de criação e planejamen-

ra suprir a necessidade das pessoas de es-

to da Agência LiveAd, de São Paulo, Mauro Silva, os

tarem sempre conectadas e atualizadas. Não

smartphones ocupam papel fundamental na socia-

satisfeitos, os consumidores de informação trou-

lização das pessoas, principalmente no quesito co-

xeram para o mundo da convergência de mídias o

municacional. “É através do celular que a pessoa se

chamado ‘fenômeno da segunda tela’. Nele, não

sente parte do grupo, conectada às suas redes e

basta estar conectado a apenas um meio de co-

participante dos momentos marcantes do mundo e

municação, mas, sim, a todos ao mesmo tempo.

das pessoas à sua volta. As segundas telas aumen-

77


Ac tam a experiência na troca e repasse de informações.”

da do usuário, que tem à sua disposição o tempo

Em tempos de convergência midiática, o cresci-

inteiro a informação de que precisa”, diz a jornalista.

mento dos ‘jornalistas cidadãos’ continuará sendo

A questão para o futuro, acrescenta, é o apego, que

pauta de muitas discussões no setor da comunica-

chega a ser emocional, a essa ‘vida online’.

ção. Entretanto, o mundo, principalmente o jornalís-

Bárbara acredita que essa gama de aparelhos à

tico, precisa se preparar, pois, com o avanço da tec-

disposição das pessoas e as possibilidades sem fim

nologia, cada vez mais cidadãos ‘comuns’ pas-

de usá-las podem causar ansiedade. “Quando, aos

sarão a ser transmissores de notícias. “Co-

poucos, as pessoas se acostumam a ter todas as

mo vivemos em uma mutação absurda

respostas de maneira instantânea, o desconforto

e constante, esse processo de comu-

acaba sendo grande se uma destas telinhas fica sem

nicação vai, cada vez mais, ser comple-

bateria, falta luz ou a internet não funciona”, afirma.

xo e, ao mesmo tempo, reunir mais pes-

Para a psicóloga especializada em comporta-

soas através da rede”, explica o jorna-

mento humano Maria Cristina Cavalcante, o uso in-

lista e professor dos cursos de Comu-

discriminado dos dispositivos eletrônicos pode, sim,

nicação Rodrigo Rodembusch.

levar o usuário à situação de dependência. Ela con-

Rodrigo Rodembusch

sidera que o contato com o mundo através das re-

Extensão do corpo

des começa a ser uma saída para os adolescentes,

Outro ponto importante no processo de crescimen-

que nesta fase são muito inseguros, e o uso exces-

to do público multitela é o vício nos aparelhos tecno-

sivo de múltiplas telas é um análogo às situações de

lógicos. Em geral, a maior parte dos usuários desse

compulsão – alimentar, por compras, jogos –, “no

fenômeno é formada por adolescentes e jovens, que

qual há uma voracidade no sentido de incorporar

apresentam um consumo muito grande da internet

algo para preencher a sensação de vazio psíquico”.

em todas as plataformas possíveis. Bárbara lembra

Maria Cristina diz que situações como estas, de

que cada vez mais surgem novos dispositivos que

dependência virtual, devem ser tratadas, para evitar

se adaptam aos diferentes momentos do

os sintomas de ansiedade, perda de controle e sen-

cotidiano do usuário. Os aparelhos che-

sação de impotência. Entretanto, ela explica que não

gam ao mercado com preços mais

há nada de errado no bom proveito do ‘mundo on-

altos, mas, aos poucos, vão se

line’, desde que na medida certa: “A tecnologia é

tornando mais acessíveis e se

como medicamento. A diferença entre o remédio e

popularizando. “Facilitam a vi-

Re

r e t r o s p e c t i va 22/3/2012

78

o veneno está na dose”, compara.

DEZembro’14

2/7/2012

Gre-Nal dá rádio

Duda no comando

A Rádio Grenal, da Rede Pampa, entra no ar em substituição à Rádio O Sul. O objetivo é ter 24 horas de programação, priorizando atrações com debates, informações e reportagens, além de transmissão de jogos da dupla. O lançamento oficial acontece em evento no Chalé da Praça XV, para 200 convidados especiais.

Após 21 anos como presidente do Grupo RBS, Nelson Sirotsky transmite o cargo ao sobrinho, Eduardo Sirotsky Melzer, o Duda, até então vice-presidente. A cerimônia é transmitida ao vivo para os mais de 6,4 mil colaboradores em 83 unidades de negócio. Nelson permanece na empresa como presidente do Conselho de Administração e do Comitê Editorial das Empresas RBS.



Ac

Comportamentos multitelas Uma pesquisa feita pela Microsoft para entender o comportamento das pessoas em relação às diferentes telas revelou que 82% delas utilizam mais de um dispositivo eletrônico para serem mais eficientes. Além disso, 65% dos entrevistados disseram que essa é a única maneira de conseguirem fazer tudo que precisam no dia a dia. Rodembusch afirma que o processo de comunicação tende a ser mais complexo: “Tudo será muito mais interativo, muito mais intenso e o mais importante: com respostas para o produto que está sendo consumido muito mais diretas”. O estudo apresentou quatro diferentes tipos de comportamentos que tendem a se estabelecer nos próximos anos.

Caçando conteúdo

Teia social

Comportamento multitarefas, porque as ativida-

Neste estilo comportamental, o usuário utiliza uma

des são simultâneas, mas não relacionadas. Por

tela para enviar ou ler opiniões e comentários de ou-

exemplo, acessar a previsão do tempo no smart-

tras pessoas sobre o conteúdo que está sendo con-

phone enquanto assiste a um programa de TV. A

sumido em outra plataforma. Por exemplo, enquanto

atenção desse usuário migra rapidamente de uma

assiste a um reality show na televisão, a pessoa man-

tela para outra; então, mensagens curtas e dire-

da uma mensagem para um amigo sobre um fato que

tas podem ser mais efetivas neste momento do

aconteceu no programa.

que convites para cliques.

Teia de investigação

Re

80

Quantum Nesta última tendência comportamental, projetada pe-

Neste, o conteúdo de uma das telas provoca curio-

lo estudo da Microsoft, o usuário troca de telas em

sidade a ponto de disparar a utilização de uma

função do seu contexto específico ou preferência. Por

nova tela para investigar o assunto principal. Por

exemplo, enquanto assiste à TV, a pessoa vê a chama-

exemplo, ao assistir a um vídeo no desktop ou

da de uma peça em cartaz e usa o smartphone para

no laptop, o usuário utiliza o smartphone para

conferir em qual teatro e horário há sessões, mas com-

descobrir onde o vídeo foi filmado ou o nome ou

pra o ingresso online mais tarde no tablet para esco-

sobrenome do ator principal. As marcas promo-

lher os assentos na tela maior. No Quantum, a mudan-

vem este tipo de comportamento ao incentivarem

ça de tela também pode ocorrer por uma ineficiência

os consumidores a acessarem seu conteúdo em

da tela anterior, e o risco é interromper o comporta-

diferentes plataformas e canais de comunicação.

mento sem finalizar a atividade e perder este usuário.

9/7/2012

9/10/2012

Espaço mais amplo

A vez do branding

A e21 passa a operar em nova sede. O espaço de 700 metros quadrados é planejado para promover a integração e a troca de ideias entre as equipes da agência, composta por cinco núcleos. A estrutura possui lounge, biblioteca, revistaria com poltronas, grandes mesas multiuso, vitrine experimental e miniestúdio fotográfico.

Presente nos três estados da Região Sul, a Competence apresenta ao mercado sua nova empresa, a Sunbrand. Braço do grupo na área de branding, a agência teve seu projeto desenvolvido ao longo dos três últimos anos e surge com o objetivo de construir a diferenciação de empresas nos seus mercados.

DEZembro’14



Ac

Re

82

19/10/2012

4/2/2013

27/3/2013

A Arena é da BH

Lance! no RS

Conta nacional

A BH Comunicação, das sócias Ana Cássia Hennrich e Catia Bandeira, passa a ser responsável pela assessoria institucional da Arena do Grêmio. O estádio será a primeira obra inaugurada no País pela OAS Arenas. Com oito anos de mercado, a BH responde pela festa de inauguração do novo estádio.

O jornal esportivo Lance! anuncia sua chegada ao Estado, por meio de uma parceria com o Grupo Sinos. O diretorexecutivo do impresso, Afonso Cunha, afirma que a entrada no Rio Grande do Sul é um sonho realizado. Pouco mais de um ano depois, o impresso deixa de circular com a justificativa de não alcançar o desempenho esperado.

Com 18 anos de mercado, a Fatto Comunicação, da jornalista Fátima Torri, é a nova assessoria de imprensa da Corporação Paquetá, formada pelas redes de varejo multimarcas Paquetá, Paquetá Esportes, Gaston e Esposende.

DEZembro’14


Comodigital naveia Enquanto os adultos estão se adaptando aos celulares touchscreen, os jovens já estão com o desejo voltado para o próximo smartphone a ser lança­ ­do e, especialmente, para as novidades que, certamente, trará. Nascidos en­

nem sempre eles concordam. Assim, talvez, a prin-

­­tre 1977 e 1997, estes jovens da Geração Y, ou,

dosar a pressa por aprendizado e estar sempre

co­­­mo eles mesmos se denominam, Geração Mille­

em busca de aperfeiçoamento. O doutor em Co-

­nium, crescem em uma época de grandes avanços

municação Dado Schneider prefere ressaltar que

tecnológicos e melhores condições financeiras.

os jovens precisam ter postura profissional, em-

cipal preparação que os jovens devem ter é exatamente esta ‘tolerância’ para lidar com uma organização estruturada pela Geração X”, alerta o diretor de Operações da ESPM-Sul, Max Lacher. O principal desafio para esses jovens é saber

Percepção global mais intensa, grande intimi-

bora sejam ensinados a fazer pose, se isso fosse

dade com a tecnologia e maior competência aca-

significado de atitude. “Ter atitude é muito dife-

dêmica são características que marcam esta ge-

rente do que simplesmente ter piercing ou tatua-

ração prestes a iniciar uma vida profissional ou

gem. Postura profissional significa cumprir horá-

mesmo recém-integrada ao mercado de trabalho.

rios, seguir regras, identificar hierarquia e respei-

“Parte da Geração Y já está trabalhando. Eles se

tar os clientes”, opina.

consideram aptos para ingressar no ambiente pro-

Desenvolver qualidades de caráter comporta-

fissional, embora irão se defrontar com empresas

mental também é item importante, como destaca

estruturadas dentro de um conceito com o qual

o professor Max. “Esta geração é absurdamente

28/3/2013

1/4/2013

29/5/2013

Fechou as portas

JWT em POA

Anuncia-se o Criarp

Após 27 anos de atuação no mercado publicitário gaúcho, a DCS fecha suas portas. O presidente Antônio D’Alessandro reuniu os funcionários para dar a notícia informando que a iniciativa é resultado de uma decisão dos acionistas. A agência foi uma das maiores e mais criativas do Estado.

Com o fechamento da DCS, a conta da Tramontina passa a ser atendida pela JWT. Com isso, a agência paulista finca sua bandeira no Rio Grande do Sul. Além de colaboradores gaúchos, a filial tem profissionais de São Paulo e ex-colaboradores da DCS.

Em substituição ao Salão da Propaganda, a Associação Riograndense de Propaganda (ARP) lança o Prêmio Criatividade, chamado de Criarp. A ideia de reconhecer as melhores peças do mercado publicitário gaúcho permanece, com 15 categorias, taxa de inscrição menor e aberto ao público.

83


Ac impaciente, e o mercado e as empresas nem sem-

ra nunca ficar para trás”.

pre terão a velocidade que eles esperam. Assim,

Ela acredita que sua ge-

saber lidar com as frustrações será um dos aspec-

ração está um passo à

tos mais importantes a ser trabalhado por este gru-

frente. “As plataformas

po daqui para frente.”

virtuais e tecnológicas

Max Lacher

A estudante de Jornalismo Bianca Molina, de

nos permitem voar”, diz, “ir além das fronteiras fí-

21 anos, diz estar consciente de que sua geração

sicas para buscarmos uma notícia, confirmarmos

tem muito a aprender com os profissionais que já

uma informação ou encontrarmos uma fonte”.

estão no mercado há bastante tempo. Para ela, que

Bianca espera tirar o máximo de proveito do es-

faz estágio na TV Record RS, ninguém desaprende

tágio, período que considera fundamental para se

o que faz: “Eu valorizo muito o trabalho de quem já

firmar no mercado de trabalho quando estiver com

está na estrada há tanto tempo e se empenha pa-

o diploma na mão. Ela está na corrente seguida por muitos colegas, já que uma forte tendência dos jovens desta geração é a de abrir seu próprio negó-

setor de Geração Y domina Marketing Digital A ciência de vender pela internet está em alta.

ciais, os jovens lideram o campo mais dinâmico do

A inovação constante, que torna o conhecimento

Marketing. Segundo a Associação Brasileira de

obsoleto em pouco tempo, a necessidade de tra-

Agências Digitais (Abradi), de quase 30 mil profis-

balhar em equipes informais e a busca por resulta-

sionais do setor, 30% têm entre 18 e 24 anos, e 56%

dos imediatos fazem do Marketing Digital uma área

entre 25 e 28 anos.

quase exclusiva da Geração Y.

Re

novos, mas também as empresas. As prestadoras

de SEO (Search Engine Optmization, em português,

de serviços digitais têm em média 5,8 anos de ida-

mecanismo de otimização de busca) e mídias so-

de, e 80% delas faturam até R$ 1,2 milhão por ano.

10/6/2013

Comunicação transmídia Com nove anos de atuação na propaganda gaúcha, a Pública Comunicação, fundada em 25 de novembro de 2004, se torna Moove Comunicação Transmídia, propondo-se a trabalhar marcas através de múltiplas plataformas.

84

Não somente os profissionais do segmento são

Nas agências de publicidade, em consultorias

DEZembro’14

junho/2013

11/7/2013

Leões no RS

“Presente” na porta

A propaganda gaúcha comemora a conquista de quatro Leões no Cannes Lions Festival, na França. A DM9Sul trouxe para o Estado três troféus de bronze, e a Paim um de prata. Em 2014, a DM9Sul ganhou seu quarto Leão de bronze. O case premiado foi ‘Quem é você no jogo’, para a Netshoes.

Em tempos de protestos, o Grupo RBS é alvo constante. Dessa vez, um grupo de manifestantes para em frente à sede, na Avenida Érico Veríssimo, defendendo a democratização da mídia no País. Ao final do ato, cerca de 40 pessoas deixam sacos de fezes na entrada do edifício.


cio. Max Lacher ressalta que

cação uma coisa muito mágica! Acredito, sim, que

eles possuem uma veia

o bom Jornalismo pode ser uma ferramenta impor-

empreendedora muito

tante para acabarmos com o mal e a sujeira espa-

maior do que a geração

lhados por esse mundo”, sonha Bianca.

anterior. Para a jorna-

Mais que isso, a Geração Y tem muitas expec-

lista Greta Paz, de 23

tativas em relação ao mercado de trabalho. Quer

anos, essa é uma alter-

inovação, diferencial. Na opinião de Greta, os jovens

nativa que já apresenta resultados. “Quando

Greta Paz

não querem mais formalidades: “No nosso escritório tem cesta de basquete, nas sextas-feiras à tar-

voltei de uma viagem de oito meses, recebi algu-

de não ‘trabalhamos’ para estudar o que está acon-

mas propostas legais de trabalho, mas não estava

tecendo no nosso meio e fazemos brainstorming

me sentindo motivada para aceitar nenhuma delas.

com cerveja”, conta a empresária.

Sempre vivi em um ambiente no qual o empreen-

Para Max, os jovens já possuem algumas habi-

dedorismo era assunto recorrente e vi que, naque-

lidades, como serem multitarefas e terem a tecno-

le momento, a minha vontade era empreender.” Foi

logia como aliada. O que eles precisam é aprender

aí que encontrou Miguel Luz, hoje seu sócio, com

a trabalhar com pessoas de outras gerações, um

quem começou a estruturar a MPQuatro.

complementando o outro. “Essa geração vem com expectativas, novas capacidades, informações, mas

O que se espera dos Milleniuns

com resultados que ainda precisam encontrar um

Estimulados por diversas atividades desde crianças,

equilíbrio, pois sempre há um choque de gerações”,

os integrantes da Geração Millenium não gostam de

ameniza Schneider.

ficar parados, pelo contrário, estão sempre em bus-

A tecnologia, aliada tanto da geração X quanto

ca de novas descobertas e desafios. A comunica-

da Y, é um dos meios que podem ser usados para

ção como um todo surge aí como uma área de alto

alcançar a harmonia e suprir os desejos dos mais

interesse desses jovens, por oferecer infinitas pos-

jovens e daqueles que já têm mais experiência.

sibilidades e ter sempre algo novo para apresentar.

“Hoje em dia, com tanta tecnologia, está difícil se-

“Eu sempre fui muito falante, despachada e an-

parar o que é e o que não é trabalho. Por isso, os

tenada. Desde pequena, ‘tagarelava’ sem parar,

jovens precisam acreditar no negócio no qual eles

fazendo mil perguntas para todo mundo da família

estão inseridos e precisam trabalhar com propó-

e, também, para desconhecidos. Acho a comuni-

sito”, aconselha Greta.

29/8/2013

20/9/2013

Pelo cliente

Tchau, Pop Rock

A BH Comunicação se envolve plenamente com as comemorações dos 40 anos da Escala. Um dos eventos que marca o aniversário é a palestra do designer e cientista do MIT (Massachusetts Institute of Technology), John Maeda. A BH respondeu pela divulgação do evento e pelo relacionamento com jornalistas.

Uma mensagem de saudação na frequência 107.1 do FM marca a chegada da paulista Rede Mix de Rádio ao Rio Grande do Sul. A emissora, voltada ao público jovem, substitui a Pop Rock, mantendo a equipe e o estilo musical. Nas mudanças, a nova programação estreia com o radialista Júlio Rafael (ex-Atlântida). O programa Cafezinho, principal atração, se mantém intacto.

85


Ac Mesclar a juventude com a experiência é uma

pendente das ferramen-

eterna aposta de todos os lados. Para Dado Sch-

tas virtuais. No entanto,

neider, que se destaca como palestrante sobre o

podemos ‘fazer chover’

assunto, isso é saudável e, talvez, a melhor forma

se soubermos manu-

de encontrar o equilíbrio. “O jovem precisa enten-

sear bem tudo que

der que o mais velho pode ter a solução para um

existe de mais moderno e útil. Não nos vejo mais

problema, assim como os mais experientes não

preparados ou mais inteligentes, apenas com mais

devem ter medo da nova geração”, explica ele. E

meios para chegar mais longe”.

Dado Schneider

Bianca pondera: “Somos uma geração muito de-

O que as empresas dos sonhos deverão ter, segundo os jovens

Re

86

Uma pesquisa realizada pela Universum, em-

No País, começar a carreira em uma empresa

presa sueca que atua na área de employer branding

que seja uma referência para a trajetória profis-

e pesquisa de talento, com 64,4 mil universitários

sional no futuro é o que mais pesa para os estu-

brasileiros revela que salário inicial alto não passa

dantes universitários. Treinamento, desenvolvi-

nem perto dos atributos mais valorizados pelos jo-

mento e oportunidades de crescimento também

vens nas empresas. Ou seja, quando se trata de

estão entre os principais atrativos.

carreira, os milleniuns no Brasil – tidos como ime-

Veja o peso destes três e outros sete atributos,

diatistas por muitos – pensam mais no longo prazo,

na opinião dos universitários entrevistados pela

diferentemente de jovens de outros países.

Universum:

1º Boa referência para o futuro de carreira 60,6%

6º Meritocracia 48,2%

2º Treinamento profissional e desenvolvimento 55,2%

7º Altos ganhos no futuro 47,7%

3º Caminho livre para ascensão profissional 53,7%

8º Estabilidade no emprego 47,4%

4º Ambiente de trabalho criativo e dinâmico 51%

9º Respeito pelos funcionários 46,4%

5º Apoio ao desenvolvimento profissional 50,6%

10º Oportunidades de liderança 38,6%

outubro/2013

novembro/2013

20/11/2013

Jornalista vale mais

Espaço amplo

Propaganda veloz

Para dar seguimento à tentativa de acertar o piso salarial dos profissionais, o Sindicato dos Jornalistas do Rio Grande do Sul promove uma mobilização chamada Twittaço. A entidade convoca a categoria para usar a hashtag #OTrabalhoDoJornalistaValeMais.

O sonho da sede própria foi realizado pela Fatto Comunicação. Após 15 anos de atividades em comunicação empresarial, a empresa se mudou para um espaço mais amplo, que proporciona um ambiente melhor de trabalho.

Focada na agilidade e descomplicação, a nova agência do mercado gaúcho é a Tempo Propaganda, comanda por Alex Germani e pela acionista Escala em uma absorção da São Jorge. Agência se propõe a apresentar soluções com rapidez e sem complicações, em até 72 horas.

DEZembro’14



Ac

Re

88

fevereiro/2014

12/3/2014

20/3/2014

Nova sede

Prêmio Aliança

Jornalismo ambiental

Com cerca de 100 colaboradores e motivada pelo crescimento alcançado, a agência Matriz promove sua mudança de sede. O espaço escolhido para abrigar a equipe é o empreendimento Rossi Business Park, no bairro planejado Central Parque.

Martins + Andrade conquista o Prêmio Aliança, da Associação Brasileira de Agências de Propaganda (Abap), com o apoio da Associação Brasileira de Anunciantes (ABA). Foi destacada por relações comerciais mais duradouras (com mais de 30 anos), por sua parceria de 33 anos com o GBOEX.

Voltada para profissionais da imprensa gaúcha e estudantes de Jornalismo de faculdades do Rio Grande do Sul, é lançada a primeira edição do Prêmio José Lutzenberger de Jornalismo Ambiental. A iniciativa é promovida pela união da Associação Riograndense de Imprensa (ARI), Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental (ABES-RS) e Braskem.

DEZembro’14


Profissões emergentes Faculdades de Direito, Medicina e Engenharia, antigos sonhos de consumo muito mais de pais do que de filhos, deixaram de pontuar o imaginário dos jovens estudantes. Dezenas

Alguns casos são derivações de nomenclatura, atualizações de atividades que sempre existiram. Outros evidenciam que a Comunicação, realmente, ganha novos rumos, como é o caso do consultor de business intelligence, por exemplo. As empresas

de profissões novas ou emergentes, turbinadas pe-

estão sentindo necessidade de ter alguém para en-

los avanços tecnológicos, acabam por criar seg-

contrar informações, analisar, mensurar, contextua-

mentações e novos espaços no mercado de traba-

lizar e traduzir, conforme entende o professor de

lho, em especial na área da Comunicação.

MBA da ESPM-Sul nas áreas de gestão empresa-

No último ano, o Instituto de Pesquisa Econô-

rial, marketing e gestão de pessoas, Paulo Rober-

mica Aplicada (Ipea) e a Federação Brasileira das

to Francisco. Segundo ele, com a ajuda deste es-

Associações Científicas e Acadêmicas de Comu-

pecialista, os executivos têm mais ferramentas pa-

nicação (Socicom) divulgaram o levantamento ‘Pa-

ra a tomada de decisões. “Essa é uma profissão

norama da Comunicação e das Telecomunicações

com uma demanda que vai crescer cada vez mais

no Brasil 2012/2013’. O estudo revela algumas pro-

na Comunicação”, prevê.

fissões consideradas emergentes e, por suas de-

Mestre em Comunicação e professor em diver-

nominações, não necessariamente novas, mas em

sas instituições paulistas, Marcos Hiller defende que

visível ascensão.

o surgimento de novas profissões se dá porque a

23/4/2014

13/5/2014

Consurso na TVE

Conta internacional

A lista de classificação final dos aprovados no concurso da TVE e da FM Cultura engloba 98 cargos nas emissoras públicas. Mil profissionais concorreram às 17 vagas oferecidas para jornalista.

Com 14 anos de mercado, a Martha Becker Comunicação Corporativa conquista primeira conta internacional. A empresa, que já é responsável pelo relacionamento com a imprensa nacional da Vipal, passa a cuidar também da divulgação internacional e do monitoramento da imagem da marca nas mídias sociais.

4/6/2014

Associação para RP É reaberta a Associação Brasileira de Relações Públicas do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina (ABRP RS/SC). Visa congregar os profissionais da região, debater medidas e difundir a atividade no mercado.

89


Ac Comunicação é nortea-

mercado para esses novos profissionais”, afirma.

da pelas ciências so-

Por outro lado, Harres alerta para o modelo de cria-

ciais. Por isso, áreas co-

tividade no qual o País está inserido. Conforme o

mo sociologia, antropo-

professor, embora essas profissões emergentes estejam ganhando cada vez mais espaço na indústria

logia e psicologia, por Marcos Hiller

criativa ao redor do mundo, no Brasil, o mercado

diretamente na evolução das profissões. “Creio que

da Comunicação ainda está, em sua maioria, esta-

nessas áreas estão caindo a ficha de que a lupa

belecido nos mesmos moldes da década de 1950.

dos pensadores das ciências sociais é a mais níti-

Paulo Roberto segue a mesma linha de pensa-

da para se aproximar e entender as lógicas da con-

mento, quando afirma que as transformações acon-

temporaneidade”, aposta.

tecem porque novas necessidades, seja do público

exemplo, influenciam

ou da marca, surgem a cada dia. “São tantas formas

O público manda

de se comunicar, e de forma segmentada, que todo

Uma das principais tendências repousa na mão do

aquele que quiser tem voz, especialmente no meio

consumidor – e no poder que ela pode exercer. O

digital. Por isso, é necessário atender ao que os pú-

velho jargão “o cliente sempre tem razão” pode ser

blicos pedem”, reflete o professor da ESPM-Sul.

aplicado neste cenário de mudanças na Comunicação, uma vez que o público nunca esteve tão

Quem ganha espaço

próximo das marcas e da informação. Para o pro-

De acordo com o levantamento do Ipea e da Soci-

fessor da Escola de Criação Perestroika Carlos Har-

com, analista de redes sociais é uma das profissões

res, o consumidor mudou, está mais crítico, mais

que deve ganhar visibilidade, mesmo não sendo

inteligente e muito mais exigente.

considerada uma nova atividade, pois surgiu com mais força há cerca de cinco anos. O fato é que

Mais do que isso, cabe aos comunicadores do

tem atraído a atenção de empresários e gestores

que chama de “nova or-

da Comunicação.

dem” propor novos pro-

Este é um bom exemplo, segundo Paulo Ro-

dutos, ideias, mídias e

berto, de uma área que tem sido vista como im-

insights. “Só assim te-

prescindível no setor empresarial. “Este profissional

remos mais espaço no

estará cada vez mais ligado à tomada de decisões, Carlos Harres

Re

90

12/6/2014

9/7/2014

17/7/2014

Outras sociedades

Mudança na presidência

Demissões RBS

A Pauta Conexão e Conteúdo muda seu quadro societário. Vera Carneiro, que está à frente da empresa há 23 anos, ganha a companhia dos jornalistas Bianca, sua filha, e Matheus Pannebecker. A jornalista Lelei Teixeira deixou a sociedade para se integrar à Gira Produção e Conteúdo, da produtora Kixi Dalzotto.

O nome de Reinaldo Gilli é anunciado como o novo presidente do Grupo Record RS, assumindo a chefia da TV Record, rádio Guaíba e jornal Correio do Povo. Desde que chegou ao RS, em 2007, passaram pela presidência do grupo Fabiano Freitas, Gustavo Paulus, Fábio Tucilho, Natal Furucho, Luiz Cláudio Costa e Jerônimo Alves Ferreira.

O Grupo RBS dispensa cerca de 130 profissionais, medida anunciada aos funcionários com 48 horas de antecedência. Foi o fato mais comentado no mês, e entidades sindicais reclamaram não ter sido previamente comunicadas, sendo acordado entre as partes que novos movimentos significativos serão realizados com reuniões prévias.

DEZembro’14


pois é no meio digital

nal merece uma reinvenção; caso contrário, respi-

que as pessoas estão

rará por aparelhos, se já não está nesta situação,

se relacionando com as

frisa Hiller. “A arena online em que estamos inseri-

marcas de forma muito

dos faz com que esses profissionais tenham uma

próxima, para o bem ou

perspectiva de atuação mais ampla e, sobretudo, Paulo Roberto Francisco

mais financeira. O mídia deve se tornar um

fessor. A velocidade dos acontecimentos é inegá-

profissional-­chave do processo, estar o tempo to-

vel e, por isso, a resposta deve vir no mesmo ritmo.

do com ‘o olho no peixe e o outro no gato’. Senão,

Harres aposta também em engenheiros, hackers,

está fadado ao insucesso.”

para o mal”, diz o pro-

makers e programadores em geral como os gran-

Neste cenário, os especialistas concordam que

des responsáveis pela próxima revolução da indús-

a tendência é que os perfis profissionais se distri-

tria criativa.

buam nas mais variadas atividades de Comunica-

Se há os que ganham espaço, tem que haver

ção. E mais: para eles, todos aqueles que pensa-

os que o perdem. E para o professor Hiller, uma

rem em suas profissões do ponto de vista da inte-

profissão que se enquadra no segundo grupo é o

ligência e do conhecimento seguirão tendo espaço,

de Mídia de agências tradicionais. Em virtude do

diferentemente dos que são mais braçais e se limi-

avanço das mídias na cena digital, esse profissio-

tam ao ferramental.

91


Ac

Profissões consideradas emergentes ‘Panorama da Comunicação e das Telecomunicações no Brasil 2012/2013’

Business Intelligence é um conjunto de processos realizados em uma atividade

Consultor BI

profissional de modo a torná-lo mais eficiente. A eficiência vem do fato de que as decisões partem de dados que são analisados. Ao invés de decidir por intuição ou pela percepção do que acontece, passa-se a decidir baseando-se em informações, em dados que são colhidos no próprio negócio e fora dele. A maioria dos dados é obtida por meio de ferramentas de automação comercial.

Trabalha principalmente

Analista de palavraschave

com links patrocinados pelo Google, Yahoo e por outros sistemas de busca. Escolhe as palavras-­chave mais

Design de games / Programador de jogos digitais

adequadas, compõe o

Re

digitais”, além de atuar na área específica de desenvolvimento de jogos, poderá também

animação, modelagem tridimensional em geral, programação de

e define estratégias. Este profissional é

computadores, enfim, um leque de opções em

normalmente encontrado em agência de

que o egresso aplicará os conhecimentos

marketing digital e campanhas.

construídos ao longo do curso.

5/8/2014

Mudanças na Global Fundada há 13 anos, a Globalcomm passa por mudanças, que incluem redefinição de valores, alterações na equipe, reforma de sede, mudança de marca e nome, que passa a ser, simplesmente, Global.

92

“Programador de jogos

atuar em áreas de:

texto dos anúncios, acompanha o desempenho dos anúncios

O profissional

DEZembro’14

13/8/2014

Fim do Terra O portal Terra demite toda a redação em Por to Alegre, composta por 15 jornalistas. São mantidos apenas um, por estar em licença médica, e dois, que atuam de forma integrada à redação de São Paulo, em cargos de editor de capa e chefe de reportagem.

11/9/2014

Próximos 25 anos A Marprom Comunicação e Marketing lança o projeto “Próximos 25 anos”. Com uma série de ações, reflete sobre seu futuro definindo o propósito de “quem quer ser e como chegará lá”.

13/9/2014

Redação parada A redação do Correio do Povo para por cinco minutos. Os colaboradores protestam por melhores condições de trabalho. Em frente ao prédio da rua Caldas Júnior, ganham o apoio do Sindicato dos Jornalistas.


Administra a publicação

Blogger profissional

de conteúdo e a manutenção de um blog. Pode trabalhar em blogs corporativos ou para si próprio, obtendo receita de

publicidade. Pesquisa e publica conteúdo com regularidade. Deve escrever bem, ter muita familiaridade com internet, suas peculiaridades e conhecer bem as ferramentas de publicação de conteúdo, como Blogger e Wordpress.

A educomunicação tem

Educomu nicadores

como meta construir a cidadania, a partir do pressuposto básico do exercício do direito de todos à expressão e à comunicação.

Profissional que protege o sistema contra invasões. Busca

ContraHacker

rastrear os invasores, ajustar a falha e garantir maior segurança para o sistema ou site.

É o que testa a jogabilidade, a navegação e a

Gamer

facilidade do game. O gamer, na maioria das vezes, se forma em cursos de computação e Design de Games. Nota dos

autores: durante a pesquisa, não foi encontrada nenhuma fonte com referências para essa profissão/ocupação.

93


Ac

SEO é a sigla para Search Engine

Especialista em SEO

Optmization, em português, mecanismo de otimização de busca.

Opera sistemas de

Engenheiro de plataforma

Pesquisa, analisa e

computadores e

realiza modificações em

microcomputadores,

sites, de modo a melhorar o

monitorando o desempenho dos

posicionamento deles. Com o aumento do

aplicativos, recursos de

valor do espaço publicitário na web, conseguir um

entrada e saída de dados,

bom posicionamento nos sites de busca orgânica

de armazenamento de dados,

tornou-se cada vez mais importante, e mais difícil

registros de erros, consumo da unidade

em razão da concorrência.

central de processamento (CPU), recursos de rede e disponibilidade dos aplicativos. Assegura o funcionamento do hardware e do software; garante a segurança das informações, por meio de cópias de segurança e armazenamento,

Profissional contratado

Hacker

para tentar entrar em sistemas e apontar

verificando acesso lógico de usuário e

possíveis falhas.

destruindo informações sigilosas descartadas. Atende a clientes e usuários, orientando-os na utilização de hardware e software, e inspeciona o ambiente físico para segurança de trabalho.

Observa a cobertura Profissional que

Gerente de redes sociais

monitora as diversas

e a compreender os mecanismos nem

existentes na rede mundial de

sempre evidentes de formação de opinião, os vícios e os valores que

dele é estar atento ao que

permeiam as estratégias das empresas

se fala sobre uma empresa ou

jornalísticas e os próprios procedimentos dos

marca em fóruns, sites de relacionamento

94

temas, ajuda a perceber

comunidades

computadores. O papel

Re

midiática de certos

Observador midiático

jornalistas envolvidos. As práticas de análise e

e blogs. Ele precisa atuar como uma ponte entre

crítica destes media watchers visam, entre outros

o cliente e as pessoas certas da empresa para a

objetivos, contribuir para o aperfeiçoamento dos

qual trabalha.

meios de comunicação.

r e t r o s p e c t i va i n m e m o r i a n

Veículos são obrigados a publicar más notícias também, e disso Coletiva.net não se livrou na última década e meia. O falecimento de colegas e profissionais está inevitavelmente entre elas. Aqui, o registro deles, com a homenagem póstuma de nossa equipe: DEZembro’14

• Zaira De Grandi 15/08/2014 • Emanuel Mattos 18/07/2014 • Rodimar de Oliveira 30/05/2014 • Adão Oliveira 15/04/2014 • Sandro Schreiner 27/03/2014 • Espiridão Curi 01/11/2013 • Laila Pinheiro 31/10/2013 • Canini 30/10/2013 • José Fontella 24/07/2013 • Wilson Müller 25/01/2013 • Aldo Fontella 24/12/2012 • Milton Galdino 11/12/2012 • Tatata Pimentel 24/10/2012 • Jorge Mendes 21/10/2012 • Antonio Carlos Ribeiro 19/09/2012 • Leka 06/08/2012 • Renato Zimmermann 08/04/2012 • Carlos Schneider 15/02/2012 • Sayão Lobato 13/12/2011 • Luiz Mendes 27/10/2011 • Walmor Bergesh 29/09/2011 • Antonio Carlos Porto 27/09/2011 • Iara Rech 12/09/2011 • Riomar Trindade 25/08/2011 • Salimen Júnior 30/07/2011 • Clóvis Duarte 19/07/2011 • Olyr Zavaschi 03/06/2011 • João Carlos Tiburski 17/04/2011 • Flávio Alcaraz Gomes 05/04/2011 • Sérgio Jockymann 16/02/2011 • Salomão Kirjner 25/09/2010



Ac

Desenvolve sistemas e aplicações,

Programador de internet

determinando interface gráfica, critérios ergonômicos de

É quem resolve

navegação, montagem

solicitações de

Ombudsman

da estrutura de banco de

clientes, atende a

dados e codificação de

demandas de parceiros comerciais, de órgãos reguladores e de defesa do consumidor

e ainda responde às cartas enviadas à diretoria e aos acionistas.

programas; projeta, implanta e realiza manutenção de sistemas e aplicações; seleciona recursos de trabalho, como metodologias de desenvolvimento de sistemas, linguagem de programação e ferramentas de desenvolvimento.

O webwriter escreve texto jornalístico e

Roteirista de software social

Profissional responsável pelo

realiza pesquisas para

Webwriter

embasar o conteúdo publicado. Além de

desenvolvimento e

saber escrever bem,

construção do roteiro

precisa estar familiarizado

de navegação em um

com a web, conhecer o perfil

software social.

do internauta e padrão de comunicação mais eficiente neste meio.

Profissional da indústria

Profissional responsável

de jogos eletrônicos

Research

responsável pela pesquisa para

pela elaboração de

contextualização dos

habilidades

game. Nota dos autores:

multidisciplinares, como

durante a pesquisa, não foi encontrada nenhuma fonte com

Re

funcionais de um website. Requer

cenários e roteiro do

referências para essa profissão/ocupação.

projetos estéticos e

Webdesigner

design e programação, assim como referências sobre usabilidade e acessibilidade.

r e t r o s p e c t i va i n m e m o r i a n • Luiz Paulo Daudt 02/08/2010 • Paulo Moura 17/07/2010 • Fernando Veronezi 27/05/2010 • Mário Mazeron 05/10/2009 • Renato Cardoso 04/09/2009 • Lauro Schimer 24/07/2009 • Fernando (Judeu) Westphalen 15/07/2009 • Hugo Amorim 10/07/2009 • Osmar Trindade 30/06/2009 • Raul Quevedo 28/06/2009 • José Onofre 19/05/2009 • Cândido Norberto 01/02/2009 • Luiz Pilla Vares 09/10/2008 • Luiz Osório 29/08/2008 • Tuio Becker 02/05/2008 • Betão Andreatta 05/11/2007 • Lupi Martins 09/10/2007 • Amir Domingues 08/10/2007 • Dedé Ferlauto 24/08/2007 • Mário Emílio de Menezes 23/08/2007 • Paulo Deniz 23/08/2007 • Jodoé Souza 25/07/2007 • Olívio Lamas 23/06/2007 • Braga Gastal 01/04/2007 • Lilian Bem David 14/11/2006 • Nelson Cardoso 07/08/2006 • Daniel Herz 30/05/2006 • Clóvis Ott 01/01/2006 • Sérgio Rosa 21/11/2005 • Joao Baptista Aveline 13/11/2005 • Flavio Fogaça 14/10/2005 • Bira Valdez 23/06/2005 • Ito Ferrari 21/03/2005 • José Bacchieri Duarte 09/02/2005 • Heitor Kramer 15/01/2005 • Evaldo Gonçalves 15/12/2004 • Adil Borges (Hilário Honório) 22/09/2004 • Júlio Rosenberg 19/04/2004 • Jorge Salin Allen 05/04/2004 • Jesus Iglesias 16/02/2004 • Ary de Carvalho 04/07/2003 • Homero Guerreiro 04/03/2002 • Ernani Behs 21/02/2002

96

DEZembro’14



Ac

Osprofissionais Christine Gerbauld, especialista em SEO Trabalho com o SEO desde 2008. Não é uma profissão que se aprende em faculdade nem cursinho online, tem que correr atrás de informação, estar sempre se atualizando e ter praticamente um sexto sentido (fora conhecimento técnico, claro). Acredito que exista ainda muito espaço para desenvolver esta atividade, ainda desconhecida pela grande maioria. É importantíssimo a sua empresa estar visível nas buscas do Google pelas palavras-­ chave da sua atividade para ser encontrada, ser reconhecida e adquirir autoridade na web. O SEO é um trabalho apaixonante.

Alexandre da Silva Leites, estudante de Engenharia da Computação no programa Ciências Sem Fronteiras Ser um desenvolvedor de software (ou programador, na linguagem simples) significa ter a capacidade de aplicar as tecnologias existentes – e criar novas, quando necessário – para atender às demandas do mercado. Por outro lado, ser um programador é também ter que lidar com sistemas altamente complexos e cruciais para uma empresa ou até mesmo para o mundo, onde uma simples falha pode levar a um problema crítico. Além disso, trabalhar com desenvolvimento de software requer a capacidade de absorver novos conhecimentos rapidamente, seja para aprender novas tecnologias ou entender o negócio do cliente para, então, conseguir desenvolver um software que abranja o que o cliente necessita.

Carlos Tiburski, contra-hacker Não há um bom ou mau hacker. O que existe é a definição de cracker, que usa seus conhecimentos sem ética e para conseguir ganhos pessoais. Um hacker famoso é o Marck Zuckerberg, que invadiu o sistema de segurança da faculdade apenas para mostrar as suas fragilidades. Ganhou uma breve notoriedade pelo feito, mas, com certeza, não foi isso que o alçou ao sucesso do Facebook. O hackeamento, no seu sentido mais puro, é muito bem-vindo: achar soluções mais inteligentes e eficientes para um determinado problema. Se hoje temos um crescimento dessa profissão contra-hacker, deve-se ao avanço tecnológico da sociedade e à virtualização dos seus diversos processos analógicos. O banco está na internet, a informação (TV, rádio e jornal) está na internet, serviços governamentais, desde o nível federal ao municipal, estão na internet, as empresas estão na internet. Assim, a profissão do contra-hacker tem crescido no mundo corporativo como movimento de defesa às diversas armadilhas virtuais criadas pelos crackers. Fato é que quem trabalha nessa área deve ter sempre a mente aberta e vontade de aprender para conseguir prestar um bom serviço.

98

DEZembro’14



Ar

artigo

Tratar do futuro do Ensino em Comunicação no Bra-

Mas por que isso agora? É notório que a Educação

sil é um grande desafio. Estudantes cada vez mais

no contexto global atual exige mudança. Para pen-

jovens, conectados (tecnologicamente) o tempo to-

sarmos o Ensino, precisamos pensar na Educação

do, ávidos por respostas rápidas e pela aplicação

e na aprendizagem significativa, que se refere à

do conhecimento, desafiam o “ser professor” dia

capacidade de o estudante mobilizar-se e engajar-­

após dia. Desta forma, o futuro do ensino em Co-

se no processo, reconhecendo (e valorizando) a

municação está no escopo de um desafio ainda

importância dos conteúdos e objetivos de apren-

maior: o processo de ensino e aprendizagem.

dizagem. Uma das formas de mobilizar estudantes e professores nesse sentido é trabalhar com Me-

A partir da experiência docente e do acompanha-

todologias Ativas de Aprendizagem. Essas meto-

mento de professores, estou cada vez mais con-

dologias reconhecem o estudante como protago-

victa de que, para falarmos do futuro do Ensino ou

nistas no processo de ensino-aprendizagem e já

da Educação Superior, temos que tratar da apren-

estão sendo aplicadas em diversas instituições den-

dizagem. Cabe ressaltar aqui que, para pensarmos

tro e fora do País. As salas de aula tornam-se am-

na aprendizagem, precisamos responder a duas

bientes de aprendizagem e ultrapassam os limites

perguntas: Nossa aula é uma experiência de apren-

dos “quadros negros”, slides ou lousas. Estudos

dizagem? Nossos estudantes estão efetivamente

de cases, simulações, negociações, projetos e re-

aprendendo?

solução de problemas passam a nortear o Plano de Aula dos professores. Desse modo, a aula é pla-

100

DEZembro’14


Profª Me Ana Cláudia Fleck

Professora e coordenadora da Academia de Professores da ESPM-SUL

nejada (redesenhada) para se tornar um momento

Vale lembrar que não bastam salas de aulas inova-

único, insubstituível. E, portanto, tanto estudantes

doras, estúdios e laboratórios, nem mesmo será

como professores precisam repensar (e recontra-

eficiente levarmos nossos estudantes para uma au-

tar) seus papéis.

la em uma Galeria de Arte. E também não significa que o professor não deva mais ministrar aulas ex-

Dessa forma, o estudante começa a ter um papel

positivas (muito antes pelo contrário!). As metodo-

ativo e participativo em relação à sua aprendiza-

logias ativas pressupõem um redesenho do Curso,

gem. O professor passa a atuar como mentor ou

da disciplina baseando-se em objetivos de apren-

coach, orientando e auxiliando o estudante, não é

dizagem e competências a serem alcançadas pelos

mais o único detentor do conhecimento, do saber,

estudantes para que possamos realmente respon-

e não é responsável apenas por transmitir concei-

der às duas questões propostas inicialmente: Nos-

tos ou esclarecer dúvidas. O conteúdo, por sua vez,

sa aula é uma experiência de aprendizagem? Nos-

deve ser significativo, mobilizando o estudante a

sos estudantes estão efetivamente aprendendo?

encontrar as suas respostas e alternativas e, quem sabe, sendo capaz de formular perguntas. A partir

Eis o grande desafio (futuro) do Ensino (Educação).

de então, o estudante em Comunicação será capaz de refletir, relacionar, abstrair, planejar, criar, ou seja, desenvolverá competências fundamentais para sua atuação profissional.

101


#10 • DEZEMBRO DE 2014

Distribuição gratuita Tiragem

20 mil exemplares

realização

Coletiva Editora www.coletiva.com.br redacao@coletiva.com.br Diretores

José Antonio Vieira da Cunha José Luiz Fuscaldo

edição

José Antonio Vieira da Cunha Márcia Christofoli Reportagem

FR Comunicação Anielle Pereira Fernanda Rosito Márcia Christofoli Shállon Teobaldo Colaboraram nesta edição

Analisa Brum Ana Fleck Ariane Xarão (Atendimento) Elmar Bones Jéssica Hübler Karen Vidaleti Márcio Callage revisão

Press Revisão

COMERCIALIZAÇÃO

Grupo de Diários (www.grupodediarios.com.br)

impressão

Noschang Artes Gráficas (www.graficanoschang.com.br)

Projeto e edição gráfica

Moove Comunicação Transmídia Evaldo Farias Tiburski (tiba)

Av. Carlos Gomes, 1155/503 | 90480-004 Porto Alegre – RS | Fone/Fax 51 3331 5278




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