#10 • dezembro DE 2014
COMUNICAÇÃO
15 a n o s d e h i s t ó r i a
Portal é pioneiro no registro de informações sobre o mercado da comunicação
4
Coletiva.net registrou mais um marco histórico em 2014, ao completar 15 anos de fundação. Ao longo desta dé-
ria para os profissionais gaúchos. O acompanha-
cada e meia, consolidou-se como o maior portal
da comunicação, propaganda, marketing e busi-
da comunicação gaúcha, com mais de 550 mil pa-
ness, como novas campanhas publicitárias ou a
geviews/mês, um número significativo para o mun-
movimentação de profissionais do setor, atraiu des-
do web em se tratando de uma publicação regional
de sempre grande interesse, pela capacidade de
segmentada. Coletiva.net é pioneiro no gênero en-
disponibilizar conteúdo e notícias em primeira mão.
tre os veículos de comunicação do Rio Grande do
Nestes 15 anos, Coletiva.net teve o privilégio
Sul e orgulha-se de ter contribuído para abrir ca-
de acompanhar e, mais do que isso, de reportar
minhos em webjornalismo, ajudando a formar pro-
os principais fatos ligados à área da Comunicação
fissionais especializados para atuar nesta área.
Social no Rio Grande do Sul. Os primeiros reco-
levou o portal a se transformar em leitura obrigatómento constante de tudo o que acontece nas áreas
O início da trajetória está em abril de 1999,
nhecimentos ao trabalho vieram com o Top de Mar-
quando circulou a primeira edição semanal do Guia
keting da ADVB e o Prêmio ARI de Jornalismo, em
da Imprensa e da Propaganda, publicação criada
2003. A ADVB premiou o case ‘A comunicação da
pela Coletiva Editora e enviada por fax para cerca
comunicação’, que relatava o surgimento e a evo-
de 200 profissionais. Entrando em um vácuo edi-
lução de Coletiva.net, enquanto a Associação Rio-
torial do mercado, a publicação começou a rece-
grandense de Imprensa destacou o veículo pela
ber uma demanda maior do que a esperada, in-
contribuição ao crescimento da imprensa gaúcha.
viabilizando a operação via fax, o que motivou seus
Do fax ao mundo online, com layout engessa-
editores a migrar para a Internet, pouco mais de
do, sem fotos e notícias publicadas a partir do tur-
um ano depois, quando recebeu a denominação
no da tarde, assim foi o princípio do portal em suas
de Coletiva.net.
primeiras versões. Hoje, o primeiro veículo voltado
Graças ao dinamismo proporcionado pela atua-
ao mercado gaúcho da Comunicação está pre-
lização diária, Coletiva.net ampliou o seu espaço no
sente nas redes sociais e nos dispositivos móveis,
mercado e mudou alguns paradigmas, transforman-
e segue com o diferencial que o caracteriza: re-
do os profissionais de comunicação em fontes de
gistrar toda a movimentação que acontece nas
informação. O resultado pode ser medido na ime-
áreas de Jornalismo, Publicidade, Marketing, Re-
diata repercussão das notícias publicadas, o que
lações Públicas e Academia.
DEZembro’14
15anosdehistória O que mudou? De 1999 até hoje, veículos foram lançados, come-
mios, como o Top de Marketing, o Colunistas e o
moraram décadas, inovaram projetos e programa-
Prêmio ARI de Jornalismo, proporcionou também
ções e até fecharam – em alguns casos, para co-
pioneirismos, como a cobertura em tempo real de
moção de muitos de seus leitores, tornados órfãos.
eventos da Comunicação. Festival Mundial de Pu-
Nos últimos 15 anos, agências de propaganda fi-
blicidade de Gramado, Congresso Nacional dos
zeram história, cresceram, expandiram, contrata-
Jornalistas, Fórum Mundial de Comunicação So-
ram, demitiram, fecharam as portas, ressurgiram.
cial estão entre eles.
A Academia também mudou. Novos cursos foram
A memória diária destes 15 anos registrados
criados, outras opções de instituições de ensino,
pelo portal permite que os profissionais e estudan-
modelos diferentes dos tradicionais. E assim tam-
tes da área tenham, para sempre, um acervo dos
bém surgiram outras áreas que se profissionaliza-
principais acontecimentos que movimentaram a
ram, como o endomarketing, ou que se especia-
área de Comunicação. Entre informações exclusi-
lizaram, como a assessoria de imprensa, o social
vas, inclusive nacionais, Coletiva.net publicou mais
media, o webjornalismo, entre outros.
de 51.500 notícias. A elas se somam, neste perío-
Coletiva.net acompanhou de perto todas estas
do, cerca de 620 perfis de profissionais e mais de
pequenas revoluções. Tem sido um período rico,
3.200 artigos, entre tantos outros registros publi-
no qual a tecnologia tomou proporções que nos
cados. Estes são diferenciais que tornam Coletiva.
primórdios do portal ninguém poderia vislumbrar
net referência de credibilidade e confiança no Rio
a que ponto chegaria. As inovações da Internet
Grande do Sul.
ditaram – e seguem ditando – tendências, com-
Desde 2009, quando o portal completou seus
portamentos, relacionamentos entre marcas e con-
primeiros 10 anos, edita-se esta revista Coletiva
sumidores, posicionamentos.
Tendências, que tem, entre seus desafios, o de tentar responder a questões que inquietam nos-
Aconteceu, está em Coletiva.net
sos profissionais: O que nos reservam os próximos
Hoje, com mais de 16 mil assinantes, Coletiva.net
anos? Quais novos registros históricos surgirão?
conta com a fidelidade de seu público, que cos-
Para onde vai, enfim, a Comunicação? Não faltam
tuma dizer: “Se aconteceu, procura no Coletiva.
questionamentos; Coletiva Tendências procura dar
net para saber mais”. A trajetória que rendeu prê-
algumas respostas nas próximas páginas.
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15 anos de hist ó ria
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DEZembro’14
Mudanças visam proporcionar melhor experiência de navegação aos leitores
Maisacessível, atrativoesocial No ano em que comemora 15 anos, Coletiva.net passa por um processo de modernização, que busca proporcionar melhor experiência de navegação aos leitores. Em um trabalho con-
novos recursos de interação, integrados às redes
duzido pela DZ Estúdio, o portal ganhou visual
contrada na seção Agenda, onde o usuário tem a
mais atrativo – com um mosaico de imagens na
possibilidade de acrescentar os eventos de seu
home, o qual valoriza as notícias de destaque no
interesse a aplicativos de gerenciamento de agen-
dia –, acrescentou novos recursos e aperfeiçoou
da, como o Google Calendar.
sociais. O leitor pode compartilhar o conteúdo do portal com mais facilidade e agilidade, por meio de ferramentas conectadas ao Facebook, Twitter, Google+ e Pinterest. Outra novidade pode ser en-
antigos. Seguindo a proposta da nova marca, lan-
A lógica de busca foi otimizada, a fim de sim-
çada em agosto deste ano, o portal teve seu layout
plificar e agilizar a tarefa aos usuários. Ao procurar
reformulado e agora está ainda mais acessível.
por um termo específico, o leitor encontra, em or-
Criado a partir do sistema Wordpress e alinha-
dem cronológica, todo o conteúdo relacionado ao
do às tendências atuais, o design é inteiramente
assunto publicado no portal, independentemente
responsivo, o que significa que se adapta ao for-
da seção em que a notícia, o artigo ou a coluna
mato de tela escolhido pelo usuário, seja compu-
está localizado. Coletiva.net mantém as seções já
tador ou dispositivos móveis. O layout tem no mo-
conhecidas pelo público – Agenda, Aniversários,
bile – segmento responsável por 18% dos acessos
Artigos, Colunas, Especiais, Notícias, Onde Estão,
em Coletiva.net – uma de suas apostas. “O novo
Panorama, Perfil – e apresenta um novo espaço
site tem um cuidado especial com acessibilidade,
destinado ao anúncio de vagas de emprego. O
que vai dar ao usuário outro tipo de experiência
portal ainda disponibiliza as edições da revista Co-
de navegação”, explica o sócio e diretor de Aten-
letiva Tendências, que podem ser folheadas em
dimento e Operações da DZ Estúdio, Davi Neves.
versão digital. Os espaços comerciais também fo-
Além do seu tradicional espaço de comentá-
ram remodelados, oferecendo mais possibilidades
rios para assinantes, Coletiva.net agora ganhou
aos anunciantes.
7
15 anos de hist ó ria
Quemsãoosleitores? Os 15 anos de Coletiva.net também estão marcados pelos números. Mesmo que o tempo de trajetória permita ao portal conhecer como ninguém os seus usuários, a iniciativa de identificá-los de forma específica e detalhada é mais uma ação especial para marcar o aniversário. Para documentar a pergunta “Quem são nossos leitores?”, o portal realizou uma pesquisa qualitativa e online, a qual foi respondida por 368 pessoas, baseada em questionamentos acerca do perfil da sua audiência. Com toda a história escrita por Coletiva.net, algumas respostas podem não surpreender os leitores, pois o mercado sempre sinalizou algumas delas. Outras informações, porém, registraram números, no mínimo, interessantes, que tornam a história do portal ainda mais sólida. Considerado por muitos como um espaço democrático, um dos aspectos a serem destacados é quanto ao gênero, próximo do equilíbrio: 55% do público é masculino e 45% é formado por mulheres. Entre as respostas, também é possível salientar que a maioria dos internautas que acompanha o noticiário sobre o mercado gaúcho da Comunicação é jornalista – eles representam 54% da audiência. Após, aparecem publicitários, com 28% de participação, Marketing e Outros, empatados com 24%, e relações-públicas, com 11%. Coletiva.net tem em seu conjunto de informações disponíveis diversas seções, as quais não se limitam às notícias. Muitas vezes, os leitores se tornam parte dessa construção, quando oferecem informações privilegiadas e ajudam a compor toda sua estrutura online. Além do noticiário, as áreas mais acessadas são Perfil da Semana (48%), Onde Estão e Artigos (43%), Colunas (32%), Agenda (28%), Aniversários (17%) e Panorama (13%). Fidelidade é uma palavra que combina com Coletiva.net, especialmente ao analisar duas questões deste levantamento. A primeira faz referência ao tempo em que os leitores acessam o portal: 65% da audiência conhece o veículo há mais de sete anos – metade da sua existência. A segunda registra a quantidade de vezes que o público o acessa, sendo 48% leitores diários, e muitos deles, mais de uma vez ao dia. Confira a pesquisa completa na página ao lado.
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DEZembro’14
Área de atuação
54%
Atividade que exerce
28%
24%
11%
24%
assessoria de comunicação
37% 4% 5% 7%
Áudio Jornalismo
publicidade
marketing relações públicas
outros
design
sexo
55%
endomarketing
eventos
45%
foto/cine
feminino
masculino imprensa
25% internet
escolaridade
3%
marketing
ensino médio
14%
22% 21%
superior incompleto
32% 2%
17%
propaganda
promocional
40% 8%
10% 6%
superior completo
pós-graduação
outros
vídeo
6% 6%
24%
mestrado
doutorado
38%
idade
1% - de 18 anos
37% 16%
8% 18 a 25 anos
26 a 40 anos
41 a 60 anos
+ de 60 anos
9
15 anos de hist ó ria
quando conheceu o portal coletiva.net?
32%
33%
entre 7 e 10 anos
+ de 11 anos
21% 10%
4% - de 1 ano
entre 1 e 3 anos
entre 4 e 6 anos
você é assinante do portal?
com que frequência você lê notícias no portal? 1 vez por mês de forma eventual
33% não
+ de 1 vez por dia
67%
4%
2%
8%
38%
de 1 a 2 vezes por semana
sim
qual é a área de notícias que lhe chama mais a atenção?
15%
48% todos os dias
fotografia/vídeo
37%
17%
internet
48% 47%
81%
jornalismo/imprensa
marketing
publicidade/propaganda
qual nota você atribui ao portal?
relações públicas
31%
Além de notícias, qual é a editoria de coletiva.net que você mais acessa?
28%
17%
25% 20%
agenda
aniversários
43%
32% 43%
16%
artigos
colunas
13% 10
panorama
onde estão
48%
DEZembro’14
perfil da semana
1% 1% 1% 3
4
5
6% 6
7
8
9
10
15 anos de hist ó ria
Comapalavra,o
leitor Por Márcia Christofoli
Durante a produção desta revista, Coletiva.net reuniu quatro grupos* de leitores para que relatassem histórias, experiências e sentimentos com relação ao portal. Participei apenas como ouvinte, para não deixar minha relação emocional interferir no processo dos chamados grupos focais. Tenho que confessar que foi difícil, em virtude da minha intensa passagem pela redação do portal. O primeiro veículo online voltado ao mercado da Comunicação gaúcha promoveu Rodadas de Debates e ouviu mais de 20 pessoas, entre os meses de julho e agosto, a fim de documentar opiniões. Essas rodadas tiveram como principal objetivo conhecer os leitores e garantir que o portal permaneça no caminho certo. A confiança da audiência, a visão que ela tem sobre a seriedade do trabalho de Coletiva.net não me surpreenderam, mas entender de que forma esses consumidores da informação se comportam e os motivos que os levam a manter-se fiel ao portal foi, sim, impressionante. Mais uma confissão: por muitas vezes, até me comovi com tamanho respeito.
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DEZembro’14
* No primeiro grupo, estiveram representadas as entidades Associação Brasileira das Agências de Propaganda (Abap-RS), Associação Brasileira de Agências de Comunicação (Abracom), Associação dos Dirigentes de Marketing e Vendas do Brasil (ADVB/RS), Associação Riograndense de Imprensa (ARI), Associação Riograndense de Propaganda (ARP), Conselho Regional de Profissionais de Relações Públicas (Conrerp), ESPMSul, Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Rio Grande do Sul (SindJors) e Sindicato dos Radialistas. No grupo de leitores, os profissionais representaram algumas das diversas áreas da Comunicação, como Assessoria de Imprensa, Administração, Publicidade, Eventos, Radiojornalismo, Universitário, Comunicação Visual, Design, Marketing, Comunicação Pública e Marketing Digital.
15 a n o s d e h i s t ó r i a
Quais as primeiras palavras que vêm à cabeça quando se fala em Coletiva.net?
Como foi?
Confiança à prova
Cenário detalhado, é necessário explicar como foi
Dentre muitos aspectos abordados durante as Ro-
o processo: os participantes foram divididos em
dadas de Debates, percebi, com muita clareza e até
duas áreas. Uma delas, formada por dirigentes de
facilidade, que um dos pontos muito salientados foi
entidades da comunicação gaúcha, que, com fre-
a confiança dos leitores em Coletiva.net. Mesmo que
quência, colaboram com Coletiva.net como fontes
não tenha sido questionada diretamente a satisfação
representantes de determinadas categorias, o que
do internauta, pois esta está sempre ligada à fideli-
faz deles diretamente interessados no que é publi-
dade de leitura, os participantes tiveram espaço pa-
cado. E a outra área foi composta por leitores isen-
ra expor seu nível de confiabilidade no portal. E as
tos, os quais são usuários do portal e o utilizam
respostas confirmaram o que eu já imaginava.
como meio de informação.
Para uma maioria, o alto nível de credibilidade de
As trocas de ideias foram intensas e, por vezes,
Coletiva.net – aspecto destacado como 100% – es-
longas e acaloradas. Tanto é verdade que algumas
tá diretamente ligado à sua tradição de 15 anos em
dessas discussões acerca das diferentes relações
atividade e ao seu pioneirismo e ousadia em um tem-
com Coletiva.net tiveram que ser interrompidas, pois
po em que pouco se acreditava na internet. Afinal, o
o tempo era limitado. Se deixassem, os grupos se
veículo começou sendo enviado por fax, pois, na
estenderiam por horas a fio. Particularmente, ado-
época, não poderia se imaginar o boom da web tão
raria, mas precisava cumprir um cronograma.
cedo. Essa sempre foi a minha hipótese: o portal está devidamente solidificado no dia a dia das pessoas devido ao seu tempo de atividade e ao seu pio-
14
DEZembro’14
15 anos de hist ó ria
neirismo. Quando poucos pensavam em Jornalismo Online, Coletiva.net foi lá e fez, e bem feito.
Uma palavra bastante citada foi pluralidade, isso quando se fala do espaço que é aberto aos diferentes
Expressões como “fonte de informação”, “canal
temas e fontes da Comunicação. Ainda nessa linha,
oficial”, “pluralidade do portal” e “propagador de ta-
percebi em poucas horas que a visibilidade que mui-
lentos” foram muito utilizadas para definir como os
tos profissionais têm a partir do portal ratifica sua linha
leitores enxergam o portal e como se relacionam com
editorial de não fazer escolhas por preferências e, sim,
ele. De forma unânime, Coletiva.net é dado como
apresentar “quem é quem no mercado gaúcho”.
uma referência do mercado da Comunicação gaúcha e pode contar com a total confiança de seus inter-
Leitura obrigatória
nautas. Exemplo disso é que alguns afirmaram que
Seja pelo motivo que for, Coletiva.net é considerado
“o que vai para o ar no portal não é questionado”, o
por muitos como leitura obrigatória para os profis-
que, para muitos, significa que Coletiva.net ocupa um
sionais do setor. Alguns definiram como “natural” a
lugar exclusivo na rotina de seus seguidores.
forma como conheceram o portal. Eles foram tranquilos, mas enfáticos, ao afirmar que não há como
Um espaço democrático
trabalhar com Comunicação e não conhecer o veí-
Se teve uma frase que me chamou a atenção, es-
culo. E essas afirmações não se referiram apenas às
ta foi: “Quando se houve algum boato no mercado,
notícias –ícone mais acessado pelo público. Entre
deve-se correr para conferir o Coletiva.net, pois lá
outras seções, a afirmação se estendia, em especial,
se terá a certeza do ocorrido”. A grosso modo, eu
ao Perfil da Semana e ao Onde Estão.
traduziria como “a fofoca não tem vez”, e olha que
Alguns dos participantes tiveram o primeiro con-
a frase foi repetida em todas as ocasiões das Ro-
tato ainda quando a forma de divulgação das notí-
dadas de Debates. Mais do que isso, foi salientado
cias era feita via fax e apenas acompanharam sua
que o portal não se envolve em sensacionalismo,
evolução, outros através do mercado, por indica-
nem notícia que não estiver confirmada pelas fon-
ção, clipping de clientes, incentivo do empregador
tes corretas e oficiais. Isso, para muitos dos parti-
– tenha sido veículo ou não. O fato é que muitos
cipantes, mostra que qualquer assunto, por mais
disseram ter ficado “encantados” quando conhe-
polêmico que seja, pode ser acompanhado de for-
ceram um veículo online que reunia informações de
ma isenta.
tantas áreas diferentes em um mesmo lugar. E, nes-
Também foi bastante apontada a gama de assuntos abordados por Coletiva.net, considerando as
16
se momento, o orgulho de ter feito parte do portal voltou a aparecer.
diversas áreas da Comunicação nos dias de hoje,
Uma coisa é certa: nem todos souberam expli-
que não se restringe a Jornalismo, Publicidade e
car o que os leva a ler Coletiva.net diariamente, mas
Marketing. Tive que concordar, mesmo que interna-
algumas justificativas foram repetidas por participan-
mente – já que estava “proibida” de manifestar qual-
tes diferentes: “Quero saber como o mercado se
quer opinião ou reação –, pois há uma ramificação
movimenta”; “É referência para quem quer entender
cada vez maior nessas áreas. Por conta disso, o
o mercado da Comunicação”; “Os leitores se sentem
portal foi apontado como espaço democrático, por
íntimos do portal”; “Se a ideia é colocar o mercado
dar luz ao mercado e aos seus profissionais, seja
na roda, quero saber o que se passa”. Para resumir,
qual for o setor de atuação.
então: este é o Coletiva.net.
DEZembro’14
Pr
p r o pa g a n d a
O consumidor do sĂŠculo 21, conectado, exerce um constante ato de consumir. Neste cenĂĄrio, a tecnologia assume um papel de destaque e exige que a Propaganda saiba dosar com criatividade e bom humor os desafios que a cultura digital oferece em ferramentas como o mobile.
18
DEZembro’14
Humorviral Alguns filmes nem estrearam nos cinemas ainda e os internautas já estão comentando nas redes sociais. O
humor e os ‘memes’ ten-
Iphone 6 Plus mal foi lançado e os internautas já
vez mais espaço dentro
começaram a compará-lo a grandes edifícios, de-
do setor empresarial.
vido ao seu tamanho. Esses são apenas dois exem-
Para a Publicidade e Pro-
plos dos famosos ‘memes’ que, aos poucos, co-
paganda, essa é uma
meçam a tomar conta do cyber mundo e prometem
projeção com diversas
viralizar na internet.
faces. É o que entende o sócio da agência W3Haus,
dem a se tornar mais sólidos e ganhar cada
Alessandro Cauduro
“Desde o surgimento da web 2.0, a chamada
Alessandro Cauduro: “As marcas cada vez mais
internet colaborativa, o consumidor tem um poder
têm feito peças de oportunidade. Tudo é monito-
de conteúdo nunca antes visto e, com isso, ele pas-
rado em tempo real e, quando lançam um novo
sa a interagir – e exigir essa interação – com as
‘meme’, elas tentam se apropriar e sair na frente
marcas também. Assim, não é apenas o bom hu-
das outras, para se mostrarem antenadas e surfar
mor, mas a interação como um todo que é uma
nessa onda de popularidade”, ressalta ele.
tendência”, explica o publicitário Gabriel Rymsza.
Para Rymsza, as marcas perceberam que o con-
Para o diretor de Criação e Operação da Moove
sumidor conectado está em constante consumo e
Comunicação Transmídia, Alexandre Assumpção,
produção de conteúdo e antenado em tudo o que
diversas áreas – Jornalismo, Publicidade e Marke-
acontece, daí por que o planejamento publicitário
ting – estão buscando novas formas de se comu-
em longo prazo é assunto de extrema importância
nicar com esse consumidor em formação, superli-
dentro das corporações. “As pessoas estão muito
gado em internet, que conversa por aplicativos e
seletivas, sendo assim, as marcas têm encontrado
passa horas no Facebook. “Essa sempre foi uma
oportunidades para se aproximar desses consumi-
busca por erros e acertos e, com o surgimento da
dores por meio dos ‘memes’, tanto em caráter de
comunicação 360°, onde ‘atira-se para todos os
alcance, pois falam do mesmo assunto que todos
lados’, isso vai crescer”, diz ele.
estão falando, como em relevância e identificação, pois estreitam laços com esse público”, esclarece.
Uso dos ‘memes’ na propaganda
Com os avanços tecnológicos e a facilidade de
Com a evolução rápida e constante da
as pessoas chegarem a eles, surge, então, a cul-
comunicação, em especial no
tura digital. A partir disso, o crescimento do uso do
meio digital, o uso
bom humor na propaganda passará a ser maior. “A
do bom
propaganda sempre se utilizou dos elementos da
19
Pr cultura, principalmente
portante porque não há tempo a ser gasto em um
da pop. O uso dos ‘me-
acabamento bem feito, já que a mensagem é rápida
mes’ serve para mostrar
e não duradoura, e não precisa ser”, completa.
que as marcas estão
Rodrigo Pinto
sintonizadas com os
Outra mudança apontada como tendência é a humanização da comunicação. Para Cauduro, a co-
consumidores”, explica o diretor de Criação e vice-
municação mais próxima e real do consumidor faz
presidente da agência Paim, Rodrigo Pinto, que
parte do plano de aproximação entre marcas e pes-
participou do projeto das campanhas publicitárias
soas. Contudo, alerta Rodrigo Pinto, é preciso ter
bem-humoradas da cerveja Polar.
cuidado para não exagerar no uso dos ‘memes’, pois “o bom uso do humor pode gerar um recall maior
Os resultados
para a peça publicitária, e é preciso ficar atento, por-
Gabriel Rymsza acredita que, devido aos impactos
que a internet repele coisas mal feitas ou forçadas”.
aos quais estão expostos todos os dias, os consu-
Os ‘memes’ e o aumento da utilização das mais
midores já não respondem aos estímulos tradicio-
diversas formas de humor na propaganda, de modo
nais de comunicação. Por isso, as empresas pre-
a criar clientes e consumidores em sintonia com as
cisam se reinventar na maneira de fazer propagan-
empresas, referem-se a um fenômeno cultural cha-
da. Os ‘memes’ são uma das formas de conquistar
mado de cultura participativa: “Com o caráter inte-
esse novo consumidor. Em virtude desse cresci-
rativo da internet, os usuários passarão a se ver ca-
mento acelerado, circula na internet que os ‘me-
da vez mais no papel de produtores e disseminado-
mes’ agora têm data comemorativa. O chamado
res da informação, estimulando uma criatividade al-
‘Memeday’ é celebrado em 13 de maio.
ternativa. Um ‘meme’ especí-
Esse é apenas um dos resultados que o humor viral tem gerado na publicidade. “Na propaganda,
mas essa transformação
a tendência mais importante é o não acabamento,
cultural e comporta-
o não refinamento visual, a mensagem não
mental, não. Isso per-
tão publicitária, uma comunicação mais
manecerá e ainda pas-
precisa, direta e sem firulas”, comenta Assumpção. “Comunicar, passar a mensagem é mais im-
Re
fico pode ser modismo,
r e t r o s p e c t i va
sará por mutações nos próximos anos”, conclui Gabriel Rymsza.
Gabriel Rymsza
Nesta e nas páginas seguintes, vamos relembrar os principais fatos registrados por Coletiva.net
16/4/1999
Guia para a Comunicação Circula a primeira edição semanal do Guia da Imprensa e da Propaganda. O informativo, que reúne notícias sobre a área de Comunicação do Rio Grande do Sul, é enviado por fax para um mailing do mercado. A primeira nota registra uma crise na propaganda gaúcha, causada por uma retração na economia. Um ano e sete meses depois, o Guia se insere no ambiente online e passa a se chamar Coletiva.net.
20
DEZembro’14
Pr
Viralizou As redes sociais ditam o ritmo do momento e
tag ou um blog alcança
quem não está nesse caminho acaba ficando pa-
muita popularidade en-
ra trás. “Meu filho, que é adolescente, me chama
tre os usuários de forma
a atenção se faço uma ligação da maneira ‘co-
engraçada ou irônica.
mum’. Ele prefere falar pelo whatsapp. E-mail? Para ele, é coisa do passado. Foto no papel? Museu,
mais recentes dessa
coisa de bisavó”, conta Alexandre Assumpção.
‘viralização’ dos ‘me-
Não é o único a pensar assim. Os adolescen-
mes’ na Publicidade é o vídeo do “Taca-le pau, Marco Véio”, de Leandro Beninca, 9 anos. O vídeo,
nectados de alguma forma ao mundo virtual. Sem-
inicialmente despretensioso, fez tanto sucesso na
pre ligados, não deixam passar nada e, na primei-
web que o menino foi contratado pela agência
ra oportunidade, estão tirando bom proveito do
Neogama, de Belo Horizonte, para narrar o co-
humor. “Acredito que os ‘memes’ vieram para ficar,
mercial do Grande Prêmio do Brasil de Fórmula 1.
na internet”, argumenta Cauduro.
Como a Propaganda é uma via de mão dupla, quando um comercial dita as brincadeiras e elas
Meme é um termo grego que significa imitação.
passam a ser utilizadas na web, também tem dado
Na internet, o seu significado refere-se a um fenô-
certo. Um exemplo disso são as campanhas dos
meno, apontado como forte tendência para os pró-
Postos Ipiranga. Bem-humoradas, as propagan-
ximos anos. Nele, uma pessoa, um vídeo, uma ima-
das viraram diversos ‘memes’ na web. Não sabe
gem, uma frase, uma ideia, uma música, uma hash-
do que se trata? “Pergunta lá no Posto Ipiranga”.
fevereiro/2000
Duetto em sociedade A Duetto, agência de eventos e marketing, agora é comandada pela sociedade entre a fundadora da empresa, Rosângela Rimoli, e seu irmão Roberto Rimoli.
22
Alexandre Assumpção
tes e jovens, em geral, estão constantemente co-
pois fazem parte da cultura da ‘zoeira’ que existe
Re
Um dos exemplos
DEZembro’14
17/4/2000
O jornal popular A Rede Pampa de Comunicação tem o projeto de lançar um jornal impresso popular e a novidade é publicada por Coletiva.net como um furo. A notícia cai como uma bomba no Grupo RBS, que também tem a mesma intenção, corre contra o tempo e consegue se antecipar. Surge o Diário Gaúcho, impresso voltado às classes C, D e E, com o objetivo de transmitir informação e serviço e interagir com o público.
Pr
Re
24
26/6/2000
25/8/2000
Portal de notícias
Pioneira do Endomarketing
O Grupo RBS lança seu primeiro veículo de comunicação online, o ClicRBS. O portal de notícias surge no mercado como a grande inovação do momento e com a expectativa de atingir no mês a audiência de três milhões de page views.
A primeira agência especializada em marketing interno surge no Rio Grande do Sul. A HappyHouse (mais tarde, com o Brasil integrado ao nome) inicia suas atividades com operações de Atendimento, Planejamento e Produção para público interno. No comando da agência, está Analisa de Medeiros Brum.
DEZembro’14
março/2000
Zaffari e agência Matriz A agência Matriz comemora a consolidação do conceito “Economizar é comprar bem”, criado para o supermercado Zaffari. A ideia tem a assinatura do publicitário e escritor Luiz Coronel.
mobile? Alguémfalouem
Os números revelam com precisão o furacão chamado smartphones. Foram quase dois milhões de aparelhos
vendidos no Brasil, apenas em 2013, contra 10 milhões de unidades do Iphone 6 e Iphone 6 Plus nos Estados Unidos. E isso ocorreu apenas durante o primeiro final de semana de lançamento dos aparelhos. Se considerar o valor médio de cada aparelho, que gira em torno dos R$ 790, os números brasileiros representam cerca de R$ 1,3 bilhão, conforme o Ibope E-commerce. O instituto ainda revelou que o volume de vendas desses aparelhos superou em 48% a venda online de celulares convencionais. Os tablets não ficam atrás, pelo contrário, ultrapassam mais de 8 milhões de unidades vendidas no ano passado. Agora, se esses dados forem comparados com as informações dos Estados Unidos, onde essa explosão já aconteceu, mais da metade do tempo que as pessoas passam online é em dispositivos móveis. O que vitamina esse crescimento são os aplicativos, ou simplesmente apps. “Para se ter uma ideia, o número de minutos gastos em apps cresceu 50% nos últimos 12 meses, enquanto nos sites mobiles cresce pouco mais de 15%, e no desktop, permaneceu estável”, revela o diretor de Planejamento Criativo da DZ Estúdio, Zé Pedro Paz.
abril/2000
Agência da Década Martins + Andrade é reconhecida com o título de Agência da Década. A distinção é dada com o aval das principais entidades de Comunicação do Brasil, como a Associação Paulista de Propaganda, a Associação Brasileira de Anunciantes e Colunistas Publicitários.
15/5/2001
Associação de independentes A Associação dos Produtores Independentes de Comunicação do Rio Grande do Sul (INTV) deu o primeiro passo para sua consolidação. A entidade, agora reconhecida legalmente, é presidida por Gilberto Simões Pires e reúne um grupo de empreendedores que possuem programas de TV independentes.
21/9/2001
Festival de Marketing O 1º Festival de Marketing ADVB ganha dois prêmios para distinguir executivos e empresas de marketing. O Prêmio Antônio Mafuz, para a Personalidade de Marketing, escolhido pelos sócios da instituição, e o Prêmio Ruben Berta, para empresas que se destacaram em áreas como promoção e merchandising, eventos, design e pesquisa de mercado.
25
Pr Enquanto esses da-
cativos, explica Paz, de forma bem objetiva.
dos não aumentam no
A grande questão está em torná-lo atrativo a
Brasil a ponto de se
cada usuário, considerando a quantidade de apliMarcos Schestak
cativos que surgem a cada instante. Uma das saí-
Unidos, é necessário investir no desenvolvimento
das, na opinião de Rasta, está no investimento em
dos aplicativos realmente relevantes, em meio a
geração de conteúdo, em mídia online e ações de
tantos que surgem a cada dia. “Isso deve ocorrer
SEO. E completa com um ponto bem importante:
assim como os websites, há mais de 10 anos”, re-
“É fundamental entregar funcionalidades únicas ou
corda o fundador e diretor-executivo da Base, Mar-
simplificar aquelas que os outros apps oferecem
cos ‘Rasta’ Schestak.
de forma complexa”.
aproximar dos Estados
Além disso, é preciso passar por três processos
Zé Paz concorda com a ideia e vai além, ao
fundamentais: usabilidade, design e equipe. Neste
defender que o aplicativo precisa oferecer algo in-
caso, seja para acessar no smart (phone) ou no ta-
teressante para o usuário, sendo uma ferramenta
blet. O trio de exigências complementa uma deman-
útil e com conteúdo exclusivo. Para ele, “deve ser
da dos próprios consumidores. Um software é de-
uma nova forma de conexão com seus contatos,
senvolvido para resolver um problema ou oportuni-
ou mesmo um joguinho fácil para passar o tempo”.
zar uma experiência diferenciada dentro de uma di-
E resume: “O usuário necessita de um bom moti-
ficuldade mapeada na vida de qualquer pessoa, co-
vo para fazer o download”.
mo compara Rasta. O diretor da dEx Digital, Ricardo
Em meio a tantas estratégias para atrair os usuá-
Dexheimer, compartilha dessa opinião: “Geralmen-
rios mobile, as redes sociais têm seu papel funda-
te, apps surgem a partir da identificação de uma
mental no boom dos aplicativos. “As redes sociais
oportunidade baseada em uma necessidade”.
impulsionam naturalmente os apps, seja a partir de compartilhamento de conteúdo gerado pelo próprio
Re
E para que servem mesmo?
aplicativo, seja pelos comentários dos usuários”,
Plataformas sociais, utilitários e entretenimento fun-
analisa Rasta.
cionam muito bem em aplicativos. Já notícias, por
Não é à toa que, em 2013, foram vendidos 68
exemplo, são mais acessadas em site, seja no desk-
smartphones por minuto, de acordo com dados da
top, no smartphone ou no tablet. Nesses casos, mui-
IDC Brasil, líder em inteligência de mercado, serviços
tas vezes vale mais a pena ter um site mobile bem
de consultoria e conferências com as indústrias de
projetado para receber o tráfego gerado pelos apli-
Tecnologia da Informação e Telecomunicações. Ao
julho/2001
Insider e Total A empresa de comunicação empresarial Insider passa a responder pela assessoria de imprensa do Shopping Total.
26
DEZembro’14
2/7/2001
Jornal em cores O projeto da Rede Pampa de Comunicação de lançar um veículo impresso popular é furo em Coletiva.net pouco mais de um ano antes. Nessa data, surge o jornal O Sul, com inovações como o uso de cores em todas as suas páginas. Os 100 mil exemplares se esgotam já nas primeiras horas da manhã.
19/6/2002
Diário em Santa Maria Através de votação popular, é decidido o nome do novo jornal impresso do Grupo RBS, o Diário de Santa Maria, que começa a circular na cidade da região central do Estado.
7/8/2002
Prêmio para Enfato A Enfato Multicomunicação é reconhecida pelo Prêmio Aberje, da Associação Brasileira de Comunicação Empresarial. A distinção agraciou a empresa como Agência Destaque em Assessoria de Imprensa da Região Sul.
mesmo tempo em que essas novas tecnologias tra-
tas complementares. O e-mail se propõe a formali-
zem muitas facilidades para as pessoas, elas tam-
zações, e as mensagens ao imediatismo”, compara.
bém colocam novos desafios para o mercado. “O
Há outras razões que justificam esta permanência,
mobile vive um momento importante, embora seu
e um bom exemplo disso é o uso do e-mail marke-
crescimento seja maior do que o investimento por
ting, o qual também segue muito forte, sendo a prin-
parte das empresas”, sinaliza Paz, da DZ Estúdio.
cipal fonte de receita do e-commerce, já que evoluiu
Para Rasta, o mobile é, sem dúvida, a bola da
muito na possibilidade de segmentação e na inteli-
vez. Afinal, os dados comprovam isso: a expectativa
gência de envio. Para sustentar o debate, Dexheimer
para 2015 é comercializar mais de 100 smartphones
argumenta que os e-mails são os conteúdos mais
por minuto, considerando que os aplicativos são bai-
acessados, lado a lado com as redes sociais. Por
xados em dispositivos móveis.
conta disso, a tendência é que eles permaneçam
Mas ante a pergunta “E os desktops e note-
na lista de ferramentas de comunicação.
books, que fim terão?”, a resposta é simples: lugar
E, de novo lembrando as redes so-
algum. Rasta e Paz são unânimes ao entender que
ciais, Paz encerra a discussão: “Uma pro-
tanto um quanto outro ainda são importantes para
va de que ainda tem valor é que as pró-
se trabalhar. “Temos muitas opções de aplicativos,
prias redes utilizam muito a ferramenta
mas, com a informação nas nuvens, todos convi-
na sua comunicação”. Então, a alternati-
vem entre si”, salienta o publicitário Paz. “São com-
va é conferir a caixa de entrada, que, pro-
plementares”, sintetiza Rasta.
vavelmente, terá um e-mail do Facebook
Dexheimer vai na contramão, alegando que a
ou do Twitter contando as novidades.
praticidade, a interface fácil e a rápida inicialização
A tendência disso tudo? Dex arrisca: “Em cinco
são fatores que contribuem para que a venda de ta-
anos, já teremos novos dispositivos incorporados
blets cresça, enquanto as de desktop e notebooks
ao nosso cotidiano e ao corpo: os chamados wea-
caem. “Com a banda larga cada vez mais disponível,
rables”. Conforme ele, as pessoas estarão conec-
veloz e aparelhos mais sofisticados e acessíveis, é
tadas e irão interagir a partir de dispositivos de ves-
um caminho sem volta”, defende o publicitário, que
tir, como óculos (ex.: Google Glass, Baidu Glass) e
atua no setor digital há 17 anos.
relógios (ex.: Apple Watch). “Creio, também, que
Assim como o e-mail que, ao contrário do que
as SmartTVs se tornarão um padrão, oferecendo
alguns apregoam, continua firme e forte, Rasta é en-
um espaço para o crescimento expressivo do de-
fático e dá a mesma opinião anterior: “São ferramen-
senvolvimento de apps específicos.”
12/8/2002
19/11/2002
Editores e jornalistas de opinião
Bairro ganha jornal
Na luta por assegurar ampla liberdade de imprensa, jornalistas gaúchos se reúnem e oficializam a criação do Clube de Editores e Jornalistas de Opinião. A ideia também é trabalhar em campanhas de caráter social.
A edição de lançamento do Jornal Mais Petrópolis circula entre os 35 mil moradores do Bairro Petrópolis, em Porto Alegre, com uma tiragem de 10 mil exemplares, distribuídos gratuitamente, a domicílio.
jose pedro paz
janeiro/2003
Dez ou Fischer América? Em 1998, os sócios da Dez negociaram o controle com o Grupo Total, de São Paulo. A agência mudou sua marca para Fischer América Sul e incorporou clientes como Telefônica e Ponto Frio. Em 2003, com as mudanças no cenário econômico, encerrou-se a parceria, e a Dez recomprou suas cotas, reassumindo a denominação original.
27
Pr REDES SOCIAIS
Re
28
20/3/2003
18/11/2003
Estúdio Panorâmico
Coletiva.net é Top
O Grupo Sinos inaugura estúdio panorâmico aberto da Rádio ABC 900. A estrutura das novas instalações da emissora AM, que é acoplada ao prédio principal do grupo, é toda de vidro, possibilitando uma boa visão do ambiente para o público externo.
O portal Coletiva.net, pioneiro na divulgação de notícias sobre o mercado da Comunicação gaúcha, é vencedor do Top de Marketing da ADVB, na categoria Novos Empreendimentos. É a primeira vez que um veículo online se destaca na premiação.
DEZembro’14
Curtir,comentar ecompartilhar Não se pode negar: a internet é a maior – e arrisca-se dizer, melhor – ferramenta de comunicação. Afinal, ela tem infinitas possibilidades de relacionamentos. Lá atrás, o telefone já permitia isso com muitas pessoas, porém com uma de cada vez. Hoje, as redes sociais abrem um leque gigantesco e mais: simultâneo. Deixando o Orkut no passado, Facebook, Twitter e Instagram são os sites mais badalados de comunicação interpessoal. E ao mesmo tempo. Curtir, comentar e compartilhar são as ações da hora. E, por que não dizer, do futuro? Afinal, não é à toa que a internet tem mais de 77 milhões de usuários somente no Brasil, conforme dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Até o fechamento desta edição, este número já estará desatualizado, fazendo com que mais de 47% da população esteja conectada em alguma página www.
18/11/2003
21/11/2003
9/12/2003
Cachoeirinha tem diário
Fim do Correio do Sul
Mais para Coletiva.net
Estreia do Diário de Cachoeirinha, do Grupo Correio de Gravataí. Com circulação de terça-feira a sábado, 16 páginas e estrutura independente do Correio de Gravataí, o impresso gera aproximadamente 30 empregos diretos, envolvendo 12 profissionais na redação.
Terceiro jornal diário mais antigo do Estado – na época, 89 anos de existência –, o Correio do Sul, de Bagé, encerra sua circulação alegando “inviabilidade financeira”. Teria hoje 100 anos.
O portal Coletiva.net foi escolhido pela comissão julgadora do Prêmio ARI de Jornalismo como o melhor case para receber o Prêmio Antonio Gonzalez de Contribuição Especial à Comunicação Social.
29
Pr O cenário comprova
analisar a necessidade da própria sociedade. É ela
as palavras do diretor-
quem determina este caminho”, diz ele.
presidente da WBI Brasil, Paulo Kendzerski,
Os números não mentem
ao afirmar que os usuá-
O crescimento do consumidor na internet é impres-
rios comuns gostam de
sionante e revela onde ele está: o IBGE registra que
acompanhar diariamen-
o número de internautas no Brasil cresceu quase
te o que acontece com
Paulo Kendzerski
seus amigos, colegas,
to maior de acessos nesse período foram os bra-
famílias e, até mesmo, com as empresas em rela-
sileiros acima de 50 anos.
ção a cujos produtos alimentam alguma espécie
Nesse universo virtual, em que o Facebook, a
de apreço. “Desta forma, as pessoas se sentem
principal rede social do mundo, abocanha quase 2
conectadas com o mundo”, resume Kendzerski.
bilhões de usuários ativos, como o universo corpo-
O professor e pesquisador da PUCRS Eduar-
rativo se relaciona com esse “cidadão editor”, men-
do Campos Pellanda acredita que as pessoas es-
cionado por Pellanda? Para Kendzerski, as empre-
tão cada vez mais se comunicando de forma vi-
sas precisam explorar melhor as imagens de pro-
sual. E complementa com uma informação con-
dutos e dos momentos que ela pode se aproximar
siderável: “As pessoas estão
com seus consumidores. E dá a dica: “Uma loja
aprendendo a serem edi-
física pode utilizar fotos do seu ambiente, como vi-
tores. Se antes faláva-
trine, provador e áreas internas para criar elos de
mos do ‘cidadão jor-
relacionamento para quem gosta de acompanhar
nalista’, de certa forma
de perto o que acontece na empresa”. A receita parece simples, até porque, desta for-
podemos falar sobre o ‘cidadão editor’ agora”,
ma, as marcas têm a oportunidade de se mostra-
compara o pós-doutor
rem inovadoras, mantendo uma interação com seu Eduardo Pellanda
público-alvo. Mesmo que, na opinião de Pellanda,
Prever o futuro das redes sociais, ou qual a que
“ainda teremos muita inovação neste quesito”. Ken-
terá mais impacto, é um exercício bem difícil, na
dzerski concorda nesse ponto. Para ele, o Face-
opinião do diretor de Criação e Integração da Pen-
book possui uma vantagem em relação às outras
so Ideias, José Henrique Westphalen. “É preciso
redes sociais que nascem e morrem nos últimos
em Comunicação.
Re
30
150% nos últimos seis anos, sendo que o aumen-
23/3/2004
17/4/2004
Novo presidente do JC
Surge a Revista Voto
Com o falecimento de Zaida Jarros, o empresário Mércio Tumulero assume oficialmente a presidência do Jornal do Comércio. Os filhos e as netas da ex-presidente do veículo assumem cadeiras no Conselho de Administração.
Criada pela cientista política Karim Miskulim, é lançada em Porto Alegre a Revista Voto. Considerada a única publicação focada em política e negócios do Sul do Brasil, completa 10 anos em 2014.
DEZembro’14
Pr
rida irá procurar redes sociais de amantes do esporte; quem procura networking se concentra mais no Linkedin, e assim por diante. anos, que é a inovação constante dos seus recur-
José Henrique Westphalen compartilha do mes-
sos e novos serviços disponíveis no mercado. Mas
mo posicionamento. “As pessoas se relacionam de
deixa uma dúvida de preocupação no ar: “É inegá-
acordo com suas preferências e seus gostos. Por
vel que tudo o que utilizamos hoje será totalmente
isso, a comunicação também se fragmenta”, de-
velho em poucos anos”. Em contrapartida, West-
fende. E mais: ele afirma que não há mais uma so-
phalen acredita que não existirá outro fenômeno
ciedade de massa; para Westphalen, há um mo-
como o Facebook, entendido como uma plataforma
delo dividido em tribos. “Toda a ferramenta que
de mídia em que as pessoas se relacionam.
surge é para atender a uma necessidade.”
Este é um ponto bem importante destacado por
Neste caminho, as brasileiras Via Marte e Lojas
Kendzerski: “É preciso que as empresas entendam
Renner foram as marcas de moda com maior enga-
o processo e passem a produzir conteúdo inédito,
jamento no Facebook no mundo em agosto de 2014,
melhorando suas ações de comunicação no am-
de acordo com o ranking mensal divulgado pela
biente virtual”. Aliado a isso, as redes são preferen-
Stylophane. É uma bela comprovação da participa-
cialmente pessoais, completa Pellanda. Esta, por-
ção do mundo corporativo nas redes sociais. Afinal,
tanto, é uma tendência, à medida que as pessoas
é lá que o ‘cidadão editor’ está, independentemen-
se ambientam no mundo digital. Os especialistas
te de seu perfil. Mas, atenção para uma exigência
convergem no sentido de que as redes sociais mais
crescente, que é a de olhar as transformações so-
específicas são uma tendência: quem gosta de cor-
ciais para avaliar o que será tendência – ou não.
Re
26/4/2004
Agência Pauta Social Primeiro veículo online a disponibilizar notícias referentes à Responsabilidade Social e ao Terceiro Setor. Este é o Pauta Social, que tem foco em todo o País. A iniciativa do lançamento é da Coletiva Editora, também responsável pelo portal Coletiva.net.
32
DEZembro’14
19/5/2004
Coletiva é Colunistas Promovido pela Associação Brasileira dos Colunistas de Marketing e Propaganda (Abracomp), o Prêmio Colunistas consagra o portal Coletiva.net como o melhor nos quesitos Jornalismo, Propaganda e Marketing.
Pr
Re
19/5/2004
Pauta em Montevidéu A Pauta Assessoria abre operação no Uruguai. Trata-se do escritório Pauta Comunicación, com sede em Montevidéu, sob a coordenação da jornalista Daniela Cardarello.
34
DEZembro’14
24/2/2005
15/6/2005
DZ Estúdio
Comunicação no IPA
Surge em Porto Alegre a DZ Estúdio, que tem entre seus fundadores os profissionais Dani Neves e José Pedro Paz. O Shopping Total está entre seus primeiros clientes.
O Centro Universitário Metodista do IPA lança as faculdades de Jornalismo e Publicidade, com ênfase nas áreas de expansão no mercado de trabalho, como gestão empresarial. Os currículos foram elaborados a partir de uma pesquisa de mercado e estão entre os mais modernos do País.
Umbando dedados O relacionamento entre cliente e fornecedor passou por diversas evoluções ao longo dos últimos anos, com diferenças notáveis na interação entre as duas partes e, especialmente, na interferência que o consumidor assume frente às marcas. E a web tem um papel fundamental nessa relação. O ambiente online oferece valiosos dados e rastros sobre todas as movimentações que os usuários fazem, permitindo detectar quem são, o que procuram, com quem interagem, o que compram, qual o conteúdo das interações. Organizações como bancos, operadoras de telefonia, companhias aéreas, lojas virtuais, todas elas convivem diariamente com volumes altíssimos de informações. Reconhecê-las, filtrá-las e saber onde usar os tais petabytes (equivalente a um quatrilhão de bytes), gerados diariamente, não é tarefa muito fácil. E é aí que entra o Big Data, cujos desdobramentos ainda exigem melhor compreensão, especialmente quando se trata de seu uso na Comunicação.
19/8/2005
19/4/2006
3/8/2006
Ulbra lança TV
Buscas comerciais
Lançamento da Nextime
A Universidade Luterana do Brasil lança oficialmente sua emissora de TV, após um semestre experimental. O veículo conta com mais de 50 funcionários e tem como desafio exibir 16 horas de programação jovem e cultural.
A nova aposta digital do Grupo RBS é o Hagah. O portal oferece soluções e oportunidades de negócios em cinco segmentos: imóveis, veículos, roteiros, locais e serviços. Seu objetivo é facilitar e acelerar as transações comerciais em curto prazo e com maior segurança.
Com foco na chamada segunda juventude, é lançada pela Editora Centaurus a Revista Nextime. Dirigida a mulheres e homens com mais de 50 anos, a publicação é mensal, e os principais temas são animais de estimação, clubes, beleza, culinária, arquitetura, decoração e turismo.
35
Pr Profissionais da área estão se aprofundando no
dos de consumo; de outro, uma ferramenta que
assunto para que, em conjunto com outras áreas
permite ter acesso a estes, na medida em que há
(estatística, por exemplo), consigam traçar estraté-
engajamento, hábitos e tendências de consumo.
gias cada vez mais personalizadas. Aliás, é bom
Assim, em paralelo à disseminação das redes
lembrar que, sem mensuração desses inúmeros ras-
sociais e ao aumento no poder irrestrito do novo
tros, o clichê é dizer que se tem “um bando de da-
consumidor, que assume o papel de protagonista
dos, e não um banco de dados”. O principal desafio
das diferentes etapas do processo de comunicação,
do Big Data é saber utilizar e decidir o que fazer com
surge o Social Big Data. E não poderia ser diferente,
a enorme quantidade de informações que ele reúne.
conforme o CEO e founder da FlagCX, de São Pau-
Para o sócio-diretor da Intermídia Brasil, Felipe
lo, Roberto Martini, pois o Big Data influencia em
Pereira, o mais importante é que as necessidades
tudo. Para ele, esse conceito sempre irá interferir
sejam identificadas, através dessa análise, pois “de
mais, nunca menos. O que não seria ruim, pois co-
nada nos serve uma quantidade enorme de infor-
nhecer muito bem o consumidor aumenta as chan-
mações se não há ações e decisões sendo toma-
ces de acerto na estratégia de atingi-lo. “Quanto
das de forma embasada”. Na mesma linha,
mais informações tivermos da pessoa do outro lado,
o especialista em estratégia digital e bran-
maior será o nível de performance. Essa combina-
ding Ricardo Cappra complementa:
ção de Big Data e Social Media só tende a aumen-
“Dentro do Big Data, está se colocan-
tar, e não tem mais volta. Nunca conheceremos me-
do uma série de conceitos tão impor-
nos do nosso público, sempre mais”, prevê Martini.
tantes quanto ele. Os dados organi-
Pereira também acredita nos princípios do Social
zados e analisados podem virar in-
Big Data tendo papel relevante nos próximos anos,
sights, prever ameaças e identificar
destacando, inclusive, que já há no mercado soft-
oportunidades de negócio”.
wares e serviços de análise de dados que viabilizam
Felipe Pereira
esse tratamento de informações para micro e pe-
Re
Mistura inevitável
quenas empresas, o que permite maior democrati-
Há quem diga que o próximo passo envolvendo
zação no uso da técnica. “Acredito muito nessa con-
Big Data é a sua união com o chamado Social Me-
fluência, e não há como falarmos em Big Data sem
dia, considerado um novo olhar do mercado sobre
falar das mídias sociais, pois nelas encontramos o
o comportamento do consumidor. Então, de um
termômetro para muitos assuntos, desde sociais até
lado, está um interminável poder de acumular da-
políticos e religiosos”, salienta o empresário.
19/1/2007
A Freeway ganha revista Criada pela Di Primio Comunicação Corporativa, começa a circular a Revista Freeway. Com quatro edições ao ano, de acordo com as estações, a publicação é distribuída em praças de pedágio.
36
DEZembro’14
21/2/2007
3/3/2007
Record no RS O Grupo Record chega ao Estado com a compra da Rádio Guaíba AM e FM e da TV Guaíba. A venda das ações da Empresa Jornalística Caldas Júnior, até então de Renato Ribeiro, é noticiada em primeira mão em todo o Brasil por Coletiva.net. No mês seguinte, o grupo também oficializa a compra do Correio do Povo. O presidente é Jerônimo Alves Ferreira.
12/3/2007
Record e Pampa não mais A Rede Pampa de Comunicação deixa de retransmitir o sinal da Rede Record para Porto Alegre. O contrato, que se refere ao interior do Estado, segue em vigor com as geradoras em Carazinho, Pelotas e Santa Maria e mais 82 retransmissoras.
Pr A era do personalizado
ficar as informações re-
Uma coisa é certa: a união dos dois conceitos re-
levantes e utilizá-las pa-
sulta em uma compreensão completa do consumi-
ra surpreender os clien-
dor, pois possibilita uma análise mais detalhada do
tes e consumidores da
seu perfil individual e social. Para Cappra, cruzar
forma mais próxima e
as necessidades das pessoas com as forças das
individual possível”.
empresas, e entregar isso tudo de forma clara pa-
Cappra considera que, nessa linha de personaliza-
ra que os executivos tomem decisão, é fundamen-
ção, é possível aprimorar ainda mais, se levar em
tal. “O Big Data poderá aumentar a velocidade e
conta que o próximo passo é identificar o valor de
precisão no momento da tomada de decisão”, acre-
cada comunicação para cada usuário, com fórmu-
dita ele. O especialista e palestrante também de-
las inteligentes. Depois, a ação que resta é automa-
fende que conectar dados sociais com informações
tizar esse processo, o qual acelera o encontro da
de negócios pode ser precioso: “Afinal, esse é o
mensagem relevante para o público interessado, com
conceito do Marketing desde sempre, e o Big Data
o auxílio de algoritmos. “Sempre com o cuidado de
apenas aumentará a velocidade e as possibilidades
não gerar interrupção ou invasão na privacidade das
no momento de fazer essas análises”.
pessoas”, alerta.
Ricardo Cappra
Martini aposta no que chama de ‘era da custo-
Re
38
mização e da personalização’. De acordo com o cria-
Homem X Máquina
tivo, desenhar uma mensagem específica para cada
Big Data, Nuvem e Redes Sociais devem ser as três
pessoa que vai recebê-la é o caminho a ser trilhado.
grandes áreas que protagonizarão os próximos anos
“Hoje, temos muitas mensagens numa mesma es-
da tecnologia, na opinião de Pereira. De acordo com
tratégia de comunicação, logo, isso chegará ao pú-
a sua visão, os próximos passos concentram-se na
blico de maneira individual. Essa será a evolução da
união dessas áreas e na aplicabilidade delas pelas
comunicação no seu mais alto nível”, projeta.
empresas, não restringindo apenas às grandes com-
Pereira também gosta da proximidade cada vez
panhias. “A correta aplicação e junção permite que
maior com o consumidor, pois a captação de infor-
as informações sejam classificadas por relevância,
mações das mídias sociais, principalmente nas épo-
acessadas com grande velocidade, de qualquer
cas de grandes eventos ou acontecimentos sociais,
computador conectado à internet, e que as deci-
é um prato cheio para os profissionais de marketing.
sões sejam tomadas com mais precisão e indivi-
Conforme o empresário, “estamos na era de identi-
dualidade em relação ao público-alvo”, argumenta.
agosto/2007
10/9/2007
É lançada a AMA
Surge a Key Jump
Da parceria entre os publicitários Zeca Honorato e Felipe Goettems, surge a AMA. A nova agência de publicidade do mercado gaúcho trabalha com gestão total de marcas, que inclui arquitetura comercial, branding, geração de conteúdo e comunicação.
Nasce a Key Jump, de Arthur Bender, para atender a clientes nos setores da indústria, de serviços, varejo e bancário. A ideia é ser voltada para estratégia de negócios e marcas. Hoje, a agência atende nacionalmente a clientes no RS, SP, ES, CE e PE e tem a conta da marca suíça de cafés Mocoffee, presente na Suíça, na Austrália e na Coreia do Sul.
DEZembro’14
maio/2008
Foco em documentários Com o objetivo de produzir para o Brasil e para o exterior, surge em Porto Alegre a Zapata Filmes. A produtora audiovisual, criada pelo diretor e roteirista Juan Zapata, tem como foco a produção de documentários.
E se engana quem pensa que isso ainda está
personalizadas e com resultados ainda melhores pa-
longe de acontecer. É o que entende Martini, ao ex-
ra todos os envolvidos nos processos de comuni-
plicar que estão ganhando espaço algumas ferra-
cação. O cuidado deve ficar por conta desse cruza-
mentas que já conseguem questionar o planejamen-
mento de informações, vindas de diferentes redes,
to de comunicação. “Isso pode inverter os papéis
para um uso completo de uma base de dados, mas
humano X máquina. Por outro lado, diminui, cada
sob uma política de privacidade.
vez mais, a margem de erro no processo”, avalia.
Para os próximos anos, Martini aposta no que
Ele também salienta que a tecnologia precisa estar
chama de Criatividade Generativa, que é quando a
a favor da comunicação, pois, dessa forma, mais
máquina também passa a interferir no pro-
estratégica será a entrega ao cliente, mais resulta-
cesso de criação de mensagens, para
dos positivos ele terá e mais satisfeito ficará o usuá-
que o target as receba da melhor for-
rio final, que receberá algo cada vez mais persona-
ma e mais customizada possível. “O
lizado. “Todos saem ganhando, quem comunica e
futuro é deixar que as máquinas tra-
quem recebe a mensagem”, resume Martini.
balhem por nós, enquanto o ser hu-
A partir dessas análises, o cenário pode ser con-
mano vai para a praia, aproveitar a
siderado animador, pois a socialização desses da-
vida. E não há nada de errado nisso”,
dos tende a render ações mais diretas, ousadas,
constata, de forma bem-humorada.
Roberto Martini
39
Pr
Big Data daqui para frente 2018. Esse é o ano que o Big Data deve atingir
Outro estudo, realizado pela empresa global de
uma movimentação financeira de cerca de US$ 41,5
consultoria em negócios Bain & Company, aponta
bilhões, conforme pesquisa feita pela International
que atuar nessa área tem sido um ótimo investi-
Data Corporation (IDC). De acordo com o estudo,
mento para as organizações que querem conquis-
se essas cifras forem confirmadas, elas represen-
tar competitividade no mercado. Segundo a pes-
tarão uma taxa de crescimento anual em torno de
quisa, feita com 409 grandes empresas mundiais,
26,4% daqui para frente.
os que trabalham com essa análise de dados des-
O mesmo levantamento registra que esse aumento na importância do Big Data corresponde a
Re
40
de muito cedo estão superando seus concorrentes e grandes margens de mercado.
uma expansão seis vezes maior que o mercado de
A pesquisa também registra que as organiza-
Tecnologia da Informação (TI) como um todo. Além
ções que investem nessa área têm duas vezes mais
disso, também é possível prever que as Américas
chances de estar entre os 25% de empresas com
continuarão a liderar o crescimento e investimen-
melhores resultados, o que as torna capazes de
tos no mercado, que também experimentará uma
tomar decisões até cinco vezes mais rápidas do
participação maior de outros centros mundiais.
que seus concorrentes. O estudo conclui que a pos-
O IDC registrou ainda que Europa, Oriente Mé-
sibilidade de executar as tarefas conforme o que é
dio, África e a região da Ásia-Pacífico (exceto Japão)
determinado no planejamento é três vezes maior
foram responsáveis por 45% dos segmentos de soft-
do que os demais. E o resultado disso só pode ser,
ware, infraestrutura e serviços de Big Data em 2014.
de acordo com o estudo da B&C, a probabilidade
Para o analista de Business Analytics e Big Data da
dobrada de uso de dados com mais frequência em
empresa, Dan Vesset, significa que “a maturidade
sua estrutura, detalhe que auxilia diretamente no
está chegando ao mercado de Big Data”.
momento de tomar decisões.
maio/2008
2/6/2008
Repercussão internacional
MM Conteúdo
A Neiva Mello Assessoria em Comunicação é responsável pelas ações junto à imprensa no lançamento da Fundação Iberê Camargo. O trabalho tem repercussão nacional e internacional e atrai jornalistas das áreas de arquitetura e cultura de todos os continentes.
Com direcionamento para eventos, assessoria de imprensa e ações de comunicação, começa a atuar a empresa da jornalista Mauren Motta. A MM Conteúdo é resultado de uma parceria entre a comunicadora, que ficou conhecida por sua atuação no programa Patrola, da RBS TV, com a jornalista Martha Postiglione e a publicitária Fernanda de Jesus.
DEZembro’14
Ar
artigo
O mundo mudou radicalmente nestes últimos tem-
No caminho oposto, a Kodak achou que seu negó-
pos e vai continuar mudando cada vez mais e mais
cio fosse o filme e não a imagem. A indústria da
rápido. Não é só a chegada da internet. A mudança
música tinha certeza que o caminho era o CD, e
não é apenas o iPhone, que vem com relógio ago-
não as bandas e seus fãs, e por isso resolveu bri-
ra. Estamos vivendo a Revolução Digital.
gar de todas as formas contra a pirataria da internet, ao invés de criar o seu Spotify ou RDIO. A Block-
Hoje temos mais tecnologia, mais informação e mais
buster acreditava tão cegamente no negócio dos
conexão com o mundo. Não existe enciclopédia fí-
DVDs e Blue Rays, que não virou o Netflix.
sica nas casas. Pedimos táxi falando direto com o
42
motorista. Sabemos o melhor caminho porque ou-
O mundo está mudando e não temos nenhum tipo
tras pessoas estão usando o Waze. E o Instagram
de controle sobre isso. A forma de construir mar-
foi vendido por um bilhão de dólares com apenas
ca também. Junto com isso, será que o papel das
sete funcionários, antes de saber exatamente co-
agências deveria continuar sendo o mesmo? Acho
mo ganharia dinheiro com aquilo.
mesmo que não.
DEZembro’14
Márcio Callage
Presidente da agência DM9Sul
Está cada vez mais complexo vender para as pes-
Quem manda hoje é o conteúdo. Precisamos co-
soas aquilo que elas não querem. O mundo está
municar verdades de maneira sedutora. A comuni-
cheio de opções. Em compensação, lance algo,
cação hoje não é on ou off, é líquida, e precisa ser
seja produto ou serviço, que realmente faça a di-
capaz de preencher todos os pontos de contato
ferença na vida de alguém, que, além de comprar,
com uma mensagem relevante. Temos que ajudar
ele mesmo se tornará uma mídia e um advogado
a construir o briefing do que vamos criar. Não bas-
a seu favor.
ta mais uma embalagem bonita para o consumidor se engajar na causa da marca. Por isso, o papel
Nosso papel está cada vez mais centrado em co-
das agências que querem continuar vivas e saudá-
nhecer o desejo das pessoas. As agências deve-
veis no mundo contemporâneo precisa ir muito além
riam estar cada vez mais conectadas ao início do
da mídia. Ou será a próxima Kodak. Não controla-
planejamento estratégico dos seus clientes para
mos o vento, mas temos totais condições de con-
ajudar a construir, não só a campanha, mas tam-
trolar a vela e andar na direção deste mundo em
bém a história da marca, produto ou serviço que
transformação, fazendo toda a diferença da vida
vai ser lançado. Porque se ele não nasce com dife-
das marcas para as quais trabalhamos.
renciais racionais, emocionais e sociais, o poder da comunicação e das campanhas diminui. Não basta o amplificador ser potente (a mídia) e muita gente ouvir, para conseguir fãs. A música precisa ser boa.
43
Jo
jorna l ismo
Com a quantidade de informações disponíveis, a velocidade com que elas chegam e a facilidade de propagação, o Jornalismo enfrenta o desafio de se reinventar. A questão é saber identificar o que precisa ser revisto e o que merece ganhar espaço. O certo é que o futuro aponta para uma óbvia realidade: nada será como antes.
44
DEZembro’14
Informação
criativa A internet é o meio de comunicação que mais cresce no Brasil, tendo um aumento de 143,8% em 2013 – comparado a 2012 –, de acordo com o levantamento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). É também a que capta a maior parte da atenção dos leitores e consumidores. A Pesquisa Brasileira de Mídia 2014 – Hábitos de Consumo de Mídia pela População Brasileira revela que o internauta brasileiro já passa mais tempo conectado na rede de computadores do que na frente da televisão, em uma contagem média diária de 3h39min para o uso da internet. O mesmo estudo afirma a tendência de morte acelerada dos jornais impressos, cuja leitura foi considerada um hábito por apenas 6% do público. A televisão ainda é o meio mais consumido, mas vem perdendo espaço na audiência dos brasileiros. Aos sábados e domingos, por exemplo, a permanência do usuário na web aumenta quatro minutos por dia. Essa duração é dez minutos maior do que o tempo gasto pelos brasileiros em frente à TV, cuja audiência atinge 97% da amostragem, sendo a maioria (65%) diariamente. O repórter da TV Globo São Paulo Andrei Kampff cita o que considera um ponto importante para o Jornalismo com relevância. “Saber com quem estamos falando é uma regra importante para uma conduta social”, diz. “Saber para quem escrevemos ou falamos (por rádio, internet ou TV) é um pré-requisito indispensável no ofício jornalístico desde sempre e cada vez mais.”
45
Jo Para a jornalista e di-
po de mudanças, de acesso cada vez mais rápi-
retora de Marketing da
do à informação. Por isso, nós, da imprensa, pre-
STV Seguranças, Es-
Estefânia Taschetto Martins
te f â ni a Ta s c h e t to
Martins, o assunto é delicado, pois “jornalistas
cisaremos ser cada vez mais criativos e antenados para comunicarmos de forma clara, atrativa e ágil”, defende Ferraro.
passam anos estudando e, mesmo assim, ainda não se tem – e nem terá – uma fórmula mágica
Para quem falar
para atrair a atenção do receptor”. Ela acredita
O primeiro passo para se preparar para transmitir
que o jornalista precisará buscar sempre uma
um conteúdo que tenha relevância na vida do re-
maior aproximação com a sociedade, “pois so-
ceptor é compreender o que ele busca. O que pre-
mente assim poderemos entender as necessida-
cisa saber? Quais informações irão realmente fazer
des reais, a fim de passarmos informações (e,
diferença no seu dia a dia? Isso só será possível
quem sabe, soluções) que efetivamente possam
dedicando algum tempo a estudar esse público. É o que defende a mestre em Comunicação So-
mudar a vida das pessoas”. Para muitos, tudo passou a ser mais raso, me-
cial pela PUCRS e professora de Jornalismo e Pu-
nos aprofundado, inclusive a recepção do que é
blicidade e Propaganda do IPA, Letícia Carlan: “Após
noticiado. Ao mesmo tempo, o que se verifica é
entender o que o meu receptor quer, eu consegui-
que agora há maior praticidade. Conforme o edi-
rei oferecer a ele algo relevante. Importante desta-
tor-chefe do Balanço Geral, programa da Record
car que, para isso, é preciso repensar o formato da
RS, José Henrique Ferraro, ninguém mais espe-
comunicação. Se o meu público é feminino, mas-
ra para ler jornal, ouvir rádio ou ver telejornal pa-
culino, pertence a que classe social, etc”. De acor-
ra saber algo sobre o dia a dia. Essas informações
do com a ideia da professora, é possível acreditar
estão na internet e nos apli-
que, mesmo com a grande quantidade de informa-
cativos para celulares.
ções que as pessoas recebem todo dia, há como selecionar o que é de importante ao receptor.
“S e guimo s
“Quando atingirmos o público com êxito, fa-
em tem-
remos com que o assunto tratado torne-se mais importante. Isso acontecerá sempre que conseguirmos saber o que nosso leitor, ouvinte, telespectador ou internauta procura. É um círculo vi-
Re
José Henrique Ferraro
cioso”, concorda Ferraro.
retrospecti va 24/6/2008
46
DEZembro’14
5/9/2008
Superação no Jornalismo
Nova agência
Portador de paralisia cerebral desde o nascimento, o estudante de Jornalismo do IPA Eduardo Purper mostra superação para todo o Brasil. O aluno apresenta seu trabalho de conclusão de curso de forma inédita: todo gravado em áudio. Recebe a nota máxima e ganha repercussão nacional.
Para atender exclusivamente à conta das lojas Quero- Quero, surge a agência Selling, sob o comando de Arthur Bender (também à frente da Key Jump). Após seis anos de existência, tem no portfólio 11 clientes, entre regionais e nacionais.
Inovar sem esquecer premissas
de a ser dada de uma maneira mais
Segundo Kampff, será preciso usar todos os ele-
rápida, usando imagens e demais
mentos que atraiam esse receptor para a história
recursos para informar o grande pú-
a ser contada. “Nossa história precisará ser mais
blico. “Eu acredito que, com isso,
interessante do que as outras que chegarão até
o Jornalismo crescerá ainda mais em
ele. Como? Com os recursos que a modernidade
importância. O Jornalismo em es-
nos traz, mas sem esquecer-se da essência da
sência, aquele da informação com
profissão: conteúdo, apuração, responsabilidade,
profundidade, com conteúdo. E o investigativo con-
fontes. O Jornalismo não mudará na natureza, ele
tinuará sendo uma das ferramentas fundamentais
só se moldará ao tempo que se vive. E isso é ine-
de denúncia e esclarecimento de questões de in-
vitável”, prevê o profissional.
teresse coletivo. Afinal, esse Jornalismo das fontes,
Andrei Kampff
Na mesma linha, Letícia argumenta que é ne-
da informação privilegiada, da apuração e da di-
cessário pensar em novas formas de trazer um olhar
vulgação responsável e corajosa, vem tendo papel
diferente para uma mesma pauta, a qual já foi abor-
fundamental em momentos importantes da histó-
dada várias vezes. Em se tratando de internet, ela
ria brasileira e mundial”, acredita o profissional.
sugere poder aproveitar as diversas ferramentas
Estefânia diz que gostaria de ter uma visão po-
que estão disponíveis para contar as histórias, co-
sitiva sobre o excesso de informação, mas ressal-
mo Cover itlive (serve para transmissão de evento,
ta que, com o avanço da tecnologia e o surgimen-
minuto a minuto) e Storify (ferramenta que permite
to de diversos jornalistas das redes sociais, isso
construir uma história a partir de posts comparti-
não tende a reduzir. “O que vai tornar ainda mais
lhados nas redes sociais). Ser criativo, usar vídeos,
difícil o controle aos excessos. Torço para que os
fotos, fotos 360º, geolocalização, infográficos – tu-
jornalistas se estruturem cada vez mais, para que,
do pode tornar a pauta mais atrativa. “Se puder dar
com agilidade, se consiga confirmar, ou não, aqui-
uma dica, digo: vá onde o seu consumidor está.
lo que as pessoas divulgam”, encerra Estefânia.
Eles, as informações e a tecnologia estão aí para
Em outro ponto, Letícia diz que a tendência é
quem souber conectá-los da melhor forma”, afirma.
de que os usuários queiram cada vez mais consumir conteúdos oferecidos de uma maneira diferen-
Daqui para frente
te. “Acredito que será pela criatividade que deter-
No mesmo embasamento, Kampff diz que as pes-
minados veículos ganharão mais destaque do que
soas estão tendo cada vez mais acesso às mais
outros, estimulando o seu leitor com esses con-
variadas tecnologias e, por isso, a informação ten-
teúdos inovadores. Pense fora da caixa!”, sugere.
12/9/2008
Dez mil assinantes Coletiva.net registra a adesão do assinante de número 10 mil. Uma marca importante, segundo os editores, por três fatores significativos: a adesão é espontânea, a revista digital é especializada em comunicação e é direcionada exclusivamente ao mercado do Rio Grande do Sul.
5/10/2008
outubro/2008
Estúdio Cristal reformado
Nova produtora
O novo Estúdio Cristal Breno Caldas, da Rádio Guaíba, faz sua pré-estreia no primeiro turno das eleições municipais. A reforma compreende mudanças significativas em sua infraestrutura e em aspectos tecnológicos.
Criada pelo publicitário Zé Pedro Goulart, é lançada a mais nova produtora de Porto Alegre, a Mínima Filmes.
47
Jo
Re
48
DEZembro’14
Ofuturodo jornalismoimpresso Há uma pergunta que não quer calar e vem sendo repetida há pelo menos uma década: para onde vão os jornais impressos? Empresários, profissionais da mí-
na Europa, lembra a diretora de Redação de Zero
dia, estudantes de comunicação e, até mesmo, con-
acredito que a circulação dos jornais impressos não
sumidores colocam o assunto no centro de conver-
cairá drasticamente.” Para ela, a tendência é que
sas cotidianas, especulando até onde a internet e a
pessoas das classes mais baixas passem a con-
tecnologia ameaçariam este meio de comunicação.
sumir muito mais informação através de veículos
O secretário de Redação do Jornal do Comér-
como o Diário Gaúcho, que traz todo tipo de notí-
cio, Guilherme Kolling, se alinha entre os que de-
cias e destaca assuntos como viagens, gastrono-
fendem que o impresso irá se manter e, inclusive,
mia, educação de forma simples e direta.
Hora, Marta Gleich, acrescentando ainda que a classe C irá consumir, cada vez mais, jornais populares. “O crescimento do mobile vai continuar, entretanto,
se fortalecer no Brasil. “O avanço da internet e da verdade, eles são complementares. Quem lê o im-
Aliados e não inimigos
presso, lê também o digital e vice-versa”, comenta
A melhor maneira de
ele. O diretor de Redação do Correio do Povo, Tel-
manter informação de
mo Flor, concorda e complementa: “O quanto cada
qualidade tanto no im-
consumidor usa varia de acordo com o seu perfil.
presso quanto no digi-
No entanto, eles transitam nas duas plataformas”.
tal é ver o papel e a in-
leitura online não tira o público do impresso. Na
A queda de circulação dos impressos não é tão expressiva no Brasil quanto nos Estados Unidos e
novembro/2008
50 edições do Prêmio ARI Em comemoração aos 50 anos do Prêmio ARI de Jornalismo, promovido pela Associação Riograndense de Imprensa, é criado o ‘Prêmio Cinquentenário’, que dá R$ 5 mil para o trabalho escolhido como destaque jornalístico do ano.
ternet como aliados e, não, como inimigos,
Telmo Flor
4/11/2008
TV digital em POA O sistema de TV de transmissão em padrão digital chega a Porto Alegre. Assinado pelo então ministro das Comunicações, Hélio Costa, o documento autoriza as seis emissoras da capital gaúcha a transmitir com a novidade. A RBS TV é a pioneira na utilização do sinal, estreando no Jornal do Almoço do dia seguinte ao da autorização.
49
ressalta Telmo Flor, para quem o futuro pertence aos dois. “Não vejo como falar em impresso sem tocar no digital. A plataforma do papel é muito importante, mas um depende do outro, principalmente em se tratando de grandes veículos.” Marta, por sua vez, acredita que, nos próximos
editor-executivo do jornal Metro Porto Alegre
presso e web, mesmo que o consumidor mude de
“Acredito no futuro dos jornais, desde que eles se reinventem. Vivemos em um período de profundas mudanças no jornalismo impresso, especialmente em decorrência da disseminação do acesso à internet entre a população. Isso está nos obrigando a repensar nossa forma de atuação, principalmente diante do público jovem. Esse é o ponto-chave: atrair leitores jovens. Os jornais, cujas edições relatam apenas o que aconteceu ‘ontem’, estão destinados a desaparecer. O jornal do futuro, no qual eu acredito, precisa apostar no aprofundamento e na interpretação dos fatos, focando em antecipar o que será notícia no dia a dia dos seus consumidores.”
hábitos com rapidez. Neste contexto, a circulação do papel continuará sendo importante, assim como o consumo de notícias também pelo mobile. “A tecnologia não anula o que vem sendo feito. Através dessa mesma tecnologia é que os jornais impressos passaram a ter cores, que a diagramação se tornou mais ágil e fácil e eles podem chegar até as pessoas mais agilmente”, completa a diretora de Zero Hora.
Paulo Sérgio Pinto
vice-presidente da Rede Pampa
Re
“Posso afirmar que a mesma discussão aconteceu com o rádio, quando surgiu a TV. O meio se fortaleceu e, hoje, predomina a sua audiência até na Voz do Brasil. O impresso se fortalece no caminho da web, fica com mais força. Toda a bagagem vem de notícias de rádio e TV, no Google ou no YouTube. Isso é sinal da interação dos veículos. Um abastece o outro na geração de conteúdo. Os jornais nunca tiveram tanta leitura como agora. Não é a web ou qualquer outra ferramenta que vai acabar com o The New York Times, por exemplo. O veículo é muito maior do que qualquer prejuízo que possa ter. Em 1984, eram apenas dois diários em Porto Alegre e, hoje, temos seis. O próprio crescimento do jornal NH é um exemplo disso. Todos os jornais cresceram, tanto tecnologicamente como em leitura. É uma força crescente. É um avanço onde um acompanha o avanço tecnológico do outro.”
1/1/2009
Jornalismo e a nova ortografia A nova ortografia brasileira já atinge os veículos de comunicação, mesmo que o prazo para a obrigatoriedade do uso seja até 31 de dezembro de 2012. A imprensa brasileira se adequa imediatamente ao novo acordo e se compromete com uma ampla divulgação das regras.
50
Maicon Bock
anos, existirá um equilíbrio entre o consumo de im-
DEZembro’14
16/3/2009
Marprom colorada A Marprom Marketing de Relacionamento responde pelas comemorações do centenário do Sport Club Internacional. O primeiro evento do calendário do Colorado é o Jantar do Centenário, que envolve cerca de 100 empresas fornecedoras e um staff com mais de mil pessoas.
Kolling entende que se a informação tiver qualidade, tem leitura. “Se o jornal é bom e tem credibilidade junto ao púPedro Maciel
editor-chefe do Jornal do Comércio
“Acredito que o jornalismo impresso tem características capazes de garantir sua sobrevida por um bom tempo. A principal delas é o fato de ser um meio físico, capaz de se tornar perene, tanto por sua fácil portabilidade e consulta, quanto pela capacidade que ele – e só ele – tem de permitir o aprofundamento de notícias e de possibilitar a realização de análises mais complexas. Outro fator é que goza de maior credibilidade – para confirmar esta tese, basta olhar nos sites que se dizem informativos. A maior parte deles retransmite notícias e reportagens feitas por veículos impressos. É o velho e bom Control C/Control V. No longo prazo, o maior perigo é o que se poderia chamar de fator sustentabilidade. Atualmente, o papel é feito de árvores cultivadas para serem transformadas em celulose, mas até quando essa situação será socialmente aceita? Com os vários problemas climáticos e de necessidade de produção de alimentos em quantidades cada vez maiores, certamente vai chegar o dia em que essa opção será posta. Aí, é claro, acredito que o papel se tornará um insumo extremamente caro, destinado a fins muito específicos e em quantidades menores do que o consumo dos jornais exige.”
29/4/2009
Revista Voto nacional Ao completar cinco anos de circulação, a Revista Voto é lançada em âmbito nacional. A novidade acontece em evento na biblioteca do Senado, em Brasília. A publicação passa a ser distribuída em seis capitais brasileiras: Brasília, Belo Horizonte, Curitiba, Porto Alegre, Rio de Janeiro e São Paulo.
blico, isso mantém a sustentabilidade financeira, pois as pessoas continuarão comprando e
Guilherme Kolling
lendo”, afirma. E Telmo completa: “Os mais baratos e os gratuitos irão sofrer alguma concorrência com o digital, porém há muita gente disposta a pagar pela notícia e que continuará sendo fiel ao impresso”.
Não é o fim, é hora de inovar Convictos de que navegam no meio adequado, os jornalistas defendem que o jornal impresso ainda terá uma boa influência nas próximas três, quatro, cinco décadas. “É difícil prever, mas acredito que o jornal em papel continuará por muito tempo ainda”, diz Kolling. “Sempre haverá um número de pessoas que terão informação relevante no papel. Existem consumidores que acessam o jornal no celular porque não têm tempo, mas não abrem mão do impresso na hora do café da manhã, porque café combina com papel, por exemplo”, acrescenta Marta. A certeza de todos está na evidência de que é preciso inovar para manter os leitores e tornar a informação cada vez mais atraente para um público cada vez mais exigente. Para Telmo, acompanhar
maio/2009
Criação da Dex Tendo como norte a interdisciplinaridade, Ricardo Dexheimer cria a Dex Comunicação, empresa direcionada para soluções na área digital.
maio/2009
Conta nacional Com a missão de diferenciar a BASF Agro de seus concorrentes, a e21 conquista a conta nacional da empresa do ramo agropecuário. A agência atua com um planejamento de comunicação integrado e uma multiplataforma.
51
Jo as tendências de comunicação é papel do profissional da redação enquanto produtor de notícias. “A agilidade depende do jornalista. A web é demandada 24 horas por dia, e o impresso a cada 24 horas”, compara o diretor de Redação do Correio do Povo. Para Kolling, os jornais impressos precisam adequar seu formato de acordo com a expectativa do público sem perder a qualidade da informação. E criar maneiras de atrair a atenção dos leitores para o bom e velho papel. Marta Gleich sustenta que é preciso enxergar as mudanças como novos horizontes: “Uma coisa é certa: nunca se consumiu tanta informação. E essa é uma oportunidade para acompanhar o movimento do público, oferecendo o que ele precisa e não ir contra ele”. Marta Gleich
Luciamen Winck
coordenadora de produção do Correio do Povo
Re
“O jornal impresso seguirá por muito tempo sendo uma das Nilson Vargas editor-chefe de Zero Hora plataformas mais relevantes de difusão de conteúdo jornalístico. Neste cenário de avanço dos suportes digitais, o desafio é se reposicionar, enxergar-se não exatamente como um veículo de massa que disputa espaço no factual. Sem abrir mão da exclusividade de informações de maior impacto, o jornal deve, cada vez mais, selecionar, hierarquizar, interpretar, antecipar-se, sinalizar tendências, fazer mergulhos profundos em temas específicos e abrir espaços de diálogo e interatividade com seu público – usando os meios digitais. Numericamente, o público do papel tende a cair, mas será sempre um público de alta relevância socioeconômica e com elevado potencial formador de opinião. A força do jornal impresso é tão grande que ele pode levar sua chancela às plataformas digitais, consolidando sites, aplicativos e outros formatos de comunicação.”
“Não percebo o fim do impresso. Enfrentamos uma série de desafios, trabalhando para a web e aprofundando no dia seguinte para o impresso. Ele não tende a desaparecer, mas se reposicionar, assim continuará atingindo seus públicos. Quem mora no interior do Brasil, muitas vezes não tem acesso à internet – isso em função do sinal –, e isso não deverá mudar nos próximos cinco anos. É só pegar a estrada que se percebe o sinal precário, que falha a toda hora. Precisamos buscar casos mais aprofundados. Encontrar um grande assunto e apostar nele. Cada vez mais o jornalista é multimídia: está cobrindo um evento, tuitando, fotografando e redigindo matéria para o dia seguinte. Nos adaptamos à nova era. É uma questão de reposicionamento. O público está cada vez mais segmentado, acessa o assunto que interessa e vai embora. Precisamos nos modelar às novas tendências.”
8/5/2009
Homenagem em placa Com uma placa em que registra a “contribuição ao mercado da comunicação no Rio Grande do Sul”, o Grupo RBS homenageia Coletiva.net pela passagem de seu 10º aniversário. O troféu é concedido anualmente pelo grupo às empresas que comemoram importantes ciclos.
52
DEZembro’14
Jo
Re
54
DEZembro’14
Digitalou tradicional? Com o avanço tecnológico, muitos leitores trocaram os livros tradicionais pelos e-books, os livros eletrônicos. Muitos títulos ainda não estão disponíveis na internet, mas os adeptos dessa modalidade de leitura garantem que é bem mais prático do que manter e cuidar de uma biblioteca inteira. Já aqueles que mantêm o hábito da leitura nos livros convencionais, que gostam de folhear, asseguram que o velho livro de papel é insubstituível.
Voto nos tradicionais O jornalista Bruno Moura diz que a sua preferência é por livros tradicionais. “Prefiro ter os livros em formato físico porque posso cuidar e colecioná-los. Há também a questão da aura em torno deles, o cheiro do papel novo e até mesmo marquinhas que ficam nas páginas. Cada uma tem uma história.” Bruno salienta também que gosta de ter ideia de que tem uma biblioteca em casa.
15/6/2009
Implosão ao vivo A primeira implosão digital de um site é realizada por Coletiva.net como forma de indicar aos internautas que o portal tem uma nova apresentação, com mais conteúdos e atrações. “Dinamites” são instaladas na estrutura da página, à semelhança do que ocorre nas implosões de prédios. O internauta aciona o relógio na hora marcada e acompanha ao vivo a implosão do antigo e a instalação do novo portal.
55
Jo Seguindo este caminho, a professora de Português e Espanhol Aline Moraes Alberto também diz que a sua preferência é por livros físicos. “Eles têm um prazer único, mas não dá para negar que os livros digitais têm ganhado espaço na minha vida pela facilidade em encontrar obras”, confessa.
Voto nos digitais Nas bibliotecas particulares, o notebook é colocado de lado, pois ajuda apenas na hora de catalogar os livros, mas a forma de ler está mudando. Como em todos os setores, o avanço tecnológico chegou também à Literatura. Além do preço, a praticidade é um fator que atrai cada vez mais leitores. Como é o caso do repórter da rádio Gaúcha Eduardo Cardozo, que acredita no crescimento do acesso às redes de dados, criando condições para que os downloads possam ser feitos diretamente nos aparelhos eletrônicos. Cardozo prefere os e-books pela sua praticidade, mas confessa que tem alguns exemplares convencionais entre seus títulos preferidos. “Já é tendência, mas natural. O caminho dos livros, como todo o resto, é a informatização. A maioria dos meus amigos já tem leitores de e-book e os que não têm leem no computador mesmo. Acho que o acesso livre ao conteúdo, disponível na web, favorece a disseminação”, explica.
Re
56
18/6/2009
31/9/2009
Parque da RBS
Sob intervenção judicial
O Grupo RBS constrói seu novo parque gráfico em um terreno próximo ao Aeroporto Internacional Salgado Filho, com um investimento em torno de US$ 20 milhões. Com o recurso, há a aquisição da nova rotativa suíça Wifag – que será a primeira em uso no Brasil – e uma encartadeira, a qual possibilita a inclusão automática dos cadernos.
Condenado em ação de dano moral à Julieta Rigotto, mãe do ex-governador Germano Rigotto, o Jornal JÁ é submetido a intervenção judicial. O impresso, que circula por bairros do centro de Porto Alegre há quase 30 anos, foi obrigado a pagar mais de R$ 50 mil de indenização por reportagem publicada em 2001 sobre a morte de Lindomar Rigotto, irmão do político, em uma casa noturna de Capão da Canoa. Desde então, o JÁ enfrenta dificuldade em sua receita.
DEZembro’14
Se, por um lado, eles são práticos, por outro,
com a novidade tecnológica: faturou R$ 9,2 milhões
podem ter um custo mais elevado, como lembra
no ano passado e foi seguido pelas editoras de livros
Aline. “Uma vez que é preciso um tablet, um smart-
científicos, técnicos e profissionais, com R$ 2,6 mi-
phone, um computador ou um aparelho especial
lhões; didáticos, com R$ 601 mil; e religiosos, com
para livros, para realizar a leitura, torna-se caro e
R$ 287 mil.
envolve outras questões. Quem precisa ler ou tem
O desenvolvimento do mercado de livro impres-
o costume de ler pouco, recentemente tem aderido
so pode parecer estar crescendo, mas é preciso
aos e-books. E isso é indicativo de uma tendência
ter cuidado. As editoras registraram faturamento
crescente.” Para Bruno, é mais que uma tendência,
de R$ 5,3 bilhões em 2013, um crescimento de
os e-books são uma realidade. “Estamos chegan-
7,52% em comparação ao ano anterior. No entan-
do em um momento onde tudo que é registrado
to, descontada a inflação do período, de 5,91%, o
em papel passa a ser registrado digitalmente. Os
crescimento real é de apenas 1,52%. Isso, consi-
e-books são o futuro, mas, ainda assim, duvido que
derando as vendas para o mercado e para o Go-
os convencionais sejam extintos tão cedo.”
verno. Quando descontado o mercado governamental, que no ano passado representou R$ 1,4
Em números
bi, o crescimento real foi nulo.
De acordo com dados da pesquisa Produção e Ven-
Os e-books estão ganhando espaço na vida
da do Setor Editorial, feita pela Fundação Instituto de
dos leitores mais modernos, é verdade, mas a mu-
Pesquisas Econômicas (Fipe), por encomenda da Câ-
dança de hábito ainda tem um longo caminho a tri-
mara Brasileira do Livro e do Sindicato Nacional de
lhar. Um bom exemplo disso é o primeiro livro da
Editores, o faturamento do mercado editorial brasilei-
trilogia Getulio, de Lira Neto (Companhia das Le-
ro com os e-books saltou de R$ 3,8 milhões em 2012
tras): enquanto o impresso vendeu mais de 100 mil
para R$ 12,7 milhões em 2013, ano-base do levan-
exemplares, a versão em e-book ficou 97,8% abai-
tamento. Outra informação relevante é que foram pro-
xo, com apenas 2.200 cópias comercializadas, con-
duzidos 30.683 títulos digitais em 2013, sendo 26.054
forme dados da editora.
e-books e 4.629 aplicativos. Apenas um ano antes,
O fato certifica que os livros físicos sempre tive-
esses números foram, respectivamente, 7.470 e 194.
ram espaço especial na rotina dos amantes de boas
Em unidades vendidas, o salto também foi sig-
histórias e ainda levará um tempo para que sejam
nificativo, sendo de 235.315 para 889.146. O seg-
dispensados ou trocados definitivamente pela tec-
mento de obras gerais foi o que mais se beneficiou
nologia – se é que isso um dia acontecerá de fato.
19/11/2009
Prêmio nacional No ano em que comemora seu décimo aniversário, a Enfato Multicomunicação é reconhecida com uma distinção nacional. Tratase do MPE Brasil – Prêmio de Competitividade para Micro e Pequenas Empresas. A Enfato desbancou mais de nove mil concorrentes do Rio Grande do Sul.
janeiro/2010
Relação retomada Após quatro anos na agência Escala, a conta da Lojas Renner voltou a ser atendida pela Paim Comunicação. Quando da perda, a relação entre marca e agência durava 14 anos.
13/1/2010
Registro para todos O Ministério do Trabalho e Emprego, mesmo sem critérios definidos, emite registro para jornalistas sem graduação específica na área. A decisão foi tomada em função do acórdão do Supremo Tribunal Federal (STF), que, em junho de 2009, dispensou a obrigatoriedade de diploma para o exercício da profissão.
57
Jo
58
DEZembro’14
Falta tempo para a leitura é a frase mais repetida como justificativa causada por uma rotina sempre exigente. E é nesse contexto que entram as imagens que, muitas vezes, conseguem transmitir ideias e sentimentos de forma ainda mais consistente e realista. O mesmo critério pode ser replicado no telejornalismo, que vive de imagens e tem nesse “detalhe” a vantagem de atrair a atenção do telespectador, especialmente quando se trata de um público que pratica a máxima “ver para crer”. Para a professora de Jornalismo Digital da Unisinos e mestre em Comunicação e Informação pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs), Marlise Brenol, não se tem consenso sobre as pessoas lerem mais ou menos na web e nos meios digitais, mas existem indicadores que apontam para a primeira opção. Há um campo que estuda a experiência do usuário por meio de métricas, as quais mostram que o tempo de conexão dos usuários cresce, que é o GAbalytics e chartbeat (softwares de análise de audiência digital).
Marlise Brenol
Marlise destaca que Jacok Nielsen é um dos grandes teóricos da leitura web. Nos anos 1990 e início dos 2000, ele acreditava que as pessoas não liam mais do que o tempo da primeira rolagem, mas hoje se sabe que o comportamento do usuário tem muitas variáveis. A leitura deixa de ser linear (começo/meio/fim) como definida pelo autor e passa a ser não linear, construída pelo leitor. E o percentual de estatística de tempo de permanência em páginas de sites de notícia especificamente varia conforme a época, a audiência e o perfil de público.
Re
24/3/2010
30/4/2010
Três em um
Convite engana Sant’Ana
Além da propaganda, a Dez incorpora outros dois braços de atuação: a Digital Zoo, voltada ao universo online, e a Zed Trade, para o trade marketing. A novidade é anunciada na data em que a agência comemora 17 anos. A ideia das três operações é que trabalhem totalmente integradas, mas com estruturas e profissionais especializados em cada área.
Um suposto convite de Zeca Pagodinho ao colunista Paulo Sant’Ana para que ele gravasse uma faixa do seu novo CD é festejado na redação de Zero Hora, e o jornalista dedica seu espaço diário no impresso para o assunto, com o título “Não caibo em mim de emoção”. Mas tudo era apenas um trote, aplicado por Duda Garbi, do Kzuka, em seu quadro ‘Cabelo no Spaghetti’, do programa Pretinho Básico, da Rádio Atlântida.
59
Jo Graziela Sauer Bran-
próprio acontecimento e, além disso, podem ser
co, editora das revistas
produzidas por quase todos”, analisa.
Expansão RS e Expansão Noivas, entende que essa tendência de au-
Renata também é convicta ao afirmar que esse Graziela Sauer Branco
boom na produção de imagens veio com a dobradinha internet/fotografia digital, tecnologias que há
mentar o uso de imagens irá crescer, como já tem
vinte anos eram extremamente caras e de acesso
sido percebida nas mudanças gráficas dos veícu-
muito limitado. A democratização de acessos fez
los de comunicação no Brasil. O mesmo afirma o
crescer a produção e o consumo dessas imagens,
professor de Comunicação e pesquisador de mes-
e, para quem atua em comunicação, fica quase im-
trado em Design César Steffen: “A relação
pensável não trabalhar com elas. “Nesse sentido,
do Homem com a imagem é natural.
até poderíamos entender a presença massiva como
Não por acaso as primeiras manifes-
César Steffen
uma exigência do leitor.
tações que se conhecem são pinturas
Não faz sentido termos
representando animais em paredes
informação pura sem
de cavernas. A imagem contém em
informação visual, uma
si uma universalidade ou uma inten-
vez que quase tudo que
ção de universalidade, que gera a
acontece é fotografado
atenção”, explica.
ou gravado por alguém”, salienta a professora.
Renata Stoduto
Realidade das imagens
Re
Atualmente, de posse de um celular com câmera
Imagem nas timelines
e acesso à internet, qualquer um pode produzir e
É inevitável. A imagem atrai, contagia, encanta ou
publicar fotos nas mais diversas mídias. Como diz
choca. Até um post em uma rede social com ape-
a jornalista, fotógrafa e professora de Fotografia da
nas uma frase recebe bem menos comentários e
ESPM-Sul, Renata Stoduto, “ao que tudo indica, a
curtidas do que uma foto seguida de informações.
tendência desse predomínio das imagens é cres-
Com o acesso da grande massa às novas tecno-
cer cada vez mais. Se pensarmos na realidade de-
logias e aos telefones inteligentes, a captação da
las nos últimos 10 anos, veremos que, atualmente,
imagem passou a ser coletiva, a estar ao alcance
nossas vidas são permeadas por imagens. Elas,
do dedo. Essa nova realidade a torna presente em
muitas vezes, parecem mais importantes do que o
quase todas as discussões.
30/4/2010
Adeus, Correspondente No dia em que a Rádio Guaíba completa 53 anos, sai do ar seu programa mais antigo, o Correspondente Guaíba, que era veiculado desde a fundação da emissora. A síntese noticiosa tem locução, desde 1964, de Milton Ferretti Jung.
60
DEZembro’14
junho/2010
22/10/2010
De casa nova
Raridades jornalísticas
Após 15 anos de atuação, a Duetto adquire sua sede própria. A empresa de promoção de eventos está localizada na Rua Lucas de Oliveira, 199, em Porto Alegre.
O Museu de Comunicação Social Hipólito José da Costa realiza o lançamento do Inventário resumido do acervo de jornais raros, que divulga a composição e a importância destas publicações, as quais se encontram na instituição – são 700 jornais, editados entre 1827 e 1924.
Jo Na opinião da mes-
credibilidade. Esses elementos, aliados à tão ce-
tre em Comunicação
lebrada imagem e ao talento da escrita, construirão
Social pela PUCRS e pro-
as grandes histórias a serem contadas.
fessora de Jornalismo e Publicidade e Propa-
Letícia Carlan
Para o professor Steffen, não se trata de uma exigência no sentido estrito da palavra, mas, sim,
ganda do IPA, Letícia Carlan, o uso de imagens só
de uma forma de obter mais atenção do consumi-
tende a crescer, e, ao criar conteúdos, as pessoas
dor e, logicamente, angariar maiores resultados
poderão explorá-las de diversas formas. “Acredito
com o conteúdo publicado. “Na medida em que
que, sim, esse é um caminho sem volta. Mais do
uma imagem amplia as chances de sucesso, na-
que crescer, vai se aperfeiçoar. E não falo apenas
turalmente será o elemento mais utilizado, mas não
em fotografias, mas em vídeos também”, assegu-
se trata de uma obrigação, pois em nenhum mo-
ra. A melhor forma de explorar essa área será com
mento se excluem outras linguagens.” Ainda sobre
a criação de conteúdos que sejam atrativos para
o que está por vir, Steffen sustenta que as pesqui-
os públicos aos quais as publicações se destinam.
sas têm indicado não somente a importância e re-
Ainda nessa linha, o professor e coordenador
levância das imagens como conteúdo, mas tam-
de Projetos do curso de Design da ESPM-Sul, Ro-
bém detectado formatos que geram mais atenção
gério Abreu, diz que esta exigência vem das novas
e circulação em redes sociais.
gerações, as quais estão cada vez mais imediatistas e imagéticas. “É perfeitamente compreensível a intensificação no uso de imagem para dar suporte aos textos e, em muitos casos, como na literatura infantil, tais imagens substituem os textos completamente”, compara.
Presente e futuro O importante a partir de agora é discutir o que fazer com todas essas constatações. A imagem é um elemento quase indispensável para se contar uma história, mas não é mais “o” elemento. A informação ainda exige apuração, fontes, conteúdo,
Re
62
10/11/2010
17/11/2010
10/2/2011
Expansão para SC
Responsabilidade Social
Sem QG Sul
A conquista da conta do Grupo Almeida Júnior leva a Competence a abrir uma operação em Santa Catarina. O escritório em Joinville atende aos cinco empreendimentos imobiliários do cliente, além da rede de móveis Rudnik.
O Grupo Editorial Sinos recebe o Troféu Destaque RS, uma iniciativa da Assembleia Legislativa do Estado. A empresa é reconhecida pelo projeto ‘O Rio dos Sinos é Nosso’, no tema norteador ‘Projetos de Sustentabilidade’, que envolve 32 municípios da Bacia Hidrográfica do Sinos.
Após oito anos, a QG Sul, filial da QG Propaganda em Porto Alegre, fecha as portas. Alguns dos clientes seguem sendo atendidos pelo publicitário João Paulo Jopa Dias, na Jopa Comunicação, a qual absorve parte dos funcionários que atuam no atendimento aos clientes Ipiranga, Isabela, Josapar, Rossi Ideal e Sinoscar.
DEZembro’14
Ar
artigo
O discurso corrente atribui à internet a crise que
Provavelmente não seria difícil aos grandes grupos
está obrigando a “indústria da comunicação” a re-
que controlam a comunicação no País apropriar-se
inventar-se. Não é só isso.
dessa tecnologia e manter sua hegemonia, quem sabe, reforçada.
A internet e as redes sociais são um fenômeno tecnológico de alcance universal, que revoluciona as
Mas o problema não é só o avanço da internet e
formas de comunicação social em todos os qua-
das redes sociais. Tem essa crise antiga que já é
drantes.
“estrutural”, digamos assim.
Seus efeitos não serão, necessariamente, simétri-
Nos anos 1970, quando surgiu a “imprensa alter-
cos. Vai depender das circunstâncias em cada re-
nativa”, essa crise já estava instalada.
gião, cada país. A importância que adquiriram aqueles pequenos
64
No Brasil, por exemplo, à revolução da internet e
jornais feitos precariamente deixou exposta a in-
das redes sociais se soma uma crise antiga dos
capacidade dos grandes grupos, naquele momen-
meios de comunicação tradicionais.
to acomodados à sombra do governo militar.
DEZembro’14
Elmar Bones da Costa
Jornalista, editor do Jornal JÁ
Submissos à censura e beneficiados por isso, eles
Como em 1970, eles não mais atendem à demanda
simplesmente não atendiam mais à demanda por
por informações no Brasil democrático de 2014. E
informações que a democratização trazia.
no vácuo que deixam, vai proliferando uma nova mídia, independente, pulverizada, incontrolável.
Então, foram surgindo aqueles pasquins tratando de assuntos que os jornalões não ousavam tocar,
A grande diferença é que não há um governo ami-
falando de um jeito que eles não ousavam falar.
go para socorrê-los. E há agravantes: seu “modelo de negócio” está esgotado e seu modo de pro-
Mas a ditadura se encarregou de eliminar aqueles
dução, superado.
jornais abusados que estavam deixando a imprensa com a bunda de fora.
Nestas circunstâncias, se insere o fenômeno da internet e das redes sociais.
Com o fôlego que a ditadura lhes deu, os mesmos poucos grupos chegam hegemônicos aos dias atuais,
Será uma boia de salvação? Ou a pedra que vai le-
em circunstâncias que se assemelham.
var ao fundo?
65
CC
C O M U N I C A Ç Ã O C O R P O R AT I V A
Empresas dão cada vez mais atenção aos fundamentos da comunicação corporativa, um segmento que contribui para fortalecer a reputação organizacional. A área avança como influente para a tomada de decisões na gestão do negócio e capaz de assegurar um relacionamento mais estreito e permanente com o consumidor.
66
DEZembro’14
Emfranca expansão Estratégia, planejamento e investimento são palavras-chave da comunicação corporativa. Afinal, este é um setor dire-
RBS, Anik Suzuki, pensa de forma semelhante. Pa-
tamente ligado à presidência e à diretoria das orga-
to e na tomada de decisões.
ra ela, a comunicação corporativa é um setor que influencia diretamente na produção, no investimen-
nizações – ou de mais setores estratégicos e de to-
Na sua permanente evolução, a Comunicação
mada de decisões. E, cada vez mais, vem ganhando
Corporativa tem muito mais a oferecer do que se
espaço no planejamento dos empresários brasileiros.
apresenta hoje, entende o presidente-executivo da
Prova disso são os dados da Grupo Consulto-
Associação Brasileira das Agências de Comunica-
res, empresa espanhola considerada uma das prin-
ção (Abracom Nacional), Carlos Henrique Carvalho.
cipais consultorias de marketing da Europa e pio-
“A grande tendência é pensar estratégias de comu-
neira na realização de estudos de qualidade no mer-
nicação de forma multidisciplinar, com abordagens
cado publicitário. Pesquisa realizada com mais de
que se utilizam de diversas ferramentas e serviços
150 gestores de grandes empresas em todo o Bra-
para promover o relacionamento de uma organiza-
sil mostra que cerca de 50% delas têm intenção de
ção com seus diversos públicos”, prevê Carvalho.
destinar mais verbas para a comunicação corpo-
Anik também acredita nessa multiplicidade e de-
rativa daqui para frente.
fende que misturar profissionais de diferentes per-
O diretor de Assuntos Institucionais, Comunica-
fis de trabalho será um bom caminho.
ção e Responsabilidade Social da Gerdau, Renato Gasparetto, acredita que, ao longo dos últimos anos,
Mais ousadia
houve um sensível avanço estratégico da atividade
Aqui, um alerta é preciso ser feito: os processos
para o universo corporativo. “De uma atividade emi-
organizacionais de comunicação, a cada dia, acei-
nentemente tática, passou a ter o desafio de con-
tam menos atuações compartimentadas e exigirão,
quistar e manter a reputação organizacional, con-
cada vez mais, integração, expansão e ousadia.
siderando a multiplicidade de stakeholders e a di-
“Os executivos de comunicação e as agências des-
nâmica da interação entre eles”, avalia Gasparetto.
se segmento serão cada vez mais desafiados em
A diretora de Marketing e Comunicação do Grupo
seus saberes e especializações”, explica o diretor
67
CC da Mega Brasil e da Jornalistas Editora, Eduardo
dão, com a mensagem que ele deseja receber”. Pa-
Ribeiro. “Nesta direção, mais do que usar as téc-
ra ele, este é o desafio que vale tanto para empre-
nicas da comunicação, usar sua inteligência para
sas de consumo quanto para empresas business
entender e atender às necessidades das organiza-
to business, governo e organizações sociais.
ções será o ideal”, destaca o profissional.
Tudo isso deve ser feito sem deixar de lado o
Há um evidente avanço da presença da comu-
relacionamento, na opinião de Carvalho: investir em
nicação corporativa, aliada ao fato de estar presen-
comunicação corporativa será também apostar em
te na tomada de decisão na gestão dos negócios.
relacionamentos de longo prazo com consumido-
“Os profissionais e agências de comunicação, quan-
res, investidores, funcionários, comunidade, orga-
do bem preparados e alinhados com as melhores
nizações não governamentais, governo, agências
táticas do setor, serão capazes de estar ao lado dos
reguladoras e o público que, hoje, fala nas redes
gestores empresariais para apontar os problemas e
sociais, queiram as empresas ou não, detalha.
as soluções no zelo da marca, os produtos, os serviços e a reputação da empresa”, pondera Carvalho.
Fora da zona de conforto Com relação às redes sociais, citadas pelo execu-
Re
Comunicação aliada à gestão
tivo da Abracom, um grande avanço da comunica-
Afirmações como essas demonstram que há uma
ção corporativa será sair da zona de conforto dos
demanda e uma nova tendência: a dos profissionais
veículos de massa e mergulhar no universo digital.
e equipes multidisciplinares, com capacidade de
Para ele, “será preciso inserir estratégias de comu-
entender os complexos cenários e propor soluções
nicação para públicos específicos para não perder
que consigam fazer as organizações serem con-
mercado, podendo ter sua reputação abalada a
sentâneas com os movimentos em curso. As mar-
médio ou longo prazo”. Assim como para Anik, que
cas são desafiadas a todo o instante, pois o público
defende “diversos tipos de formação na área digital
se tornou protagonista dessa relação, na avaliação
como novas opções de carreira”.
de Anik. Ela destaca que tudo deve ser
Para complementar, Gasparetto acredita que,
feito em uma velocidade diferente de
independentemente do tamanho da empresa, indi-
antigamente, e quem compartilha
cadores em comunicação corporativa serão neces-
dessa opinião é Ribeiro, que
sários. “Apenas é uma questão de calibrar a com-
enfatiza a necessidade de
plexidade de cada empresa frente ao tamanho e
“chegar diretamente ao cida-
ao negócio da organização”, completa.
r e t r o s p e c t i va março/2011
68
DEZembro’14
5/3/2011
Jornalismo na ESPM
Primeira década
A ESPM abre curso de graduação em Jornalismo, voltado para o ‘novo Jornalismo’, em que o profissional atua em plataforma de multimídia e, muitas vezes, é um empreendedor de seu negócio. O curso surge com uma abordagem de mídia como negócio.
A Globalcomm comemora seus primeiros 10 anos de atuação na propaganda gaúcha e se orgulha de se manter em ritmo acelerado de crescimento. A agência é comandada por Romualdo Skowronsky, que preside ao lado dos filhos Alexandre e Daniel Skowronsky.
Bolo sem receita
micos, e chega à prática,
Ribeiro salienta que não há receita de bolo. Mais
na rotina do mercado.
do que nunca, será preciso integrar experiência e
“É preciso incentivar a
juventude, e pensar multidisciplinarmente. Só tem
universidade a trazer
um detalhe importante para ele, pois a tarefa não
profissionais de merca-
é tão simples: “As agências, sem um celeiro de
do para as salas de aula,
mão de obra qualificada e especializada, serão obri-
relatando experiências
gadas a improvisar e formar sua própria equipe em
e soluções quanto aos
voo”, alerta o profissional. Gasparetto fortalece es-
desafios práticos. E, também, estimular os profis-
sa opinião e aponta como sendo uma das carên-
sionais a continuarem se aperfeiçoando academi-
cias da atuação eficaz da comunicação corporati-
camente”, sugere Gasparetto.
Anik Suzuki
va. “A graduação e especialização profissional con-
Afinal de contas, é preciso fazer jus à estratégia,
tinuam sendo um gargalo para a formação de lide-
ao planejamento e, principalmente, ao investimen-
ranças futuras na área.” Já segundo Anik Suzuki,
to das ações de comunicação. Em especial, por se
a tendência é “caminharmos para equipes multi-
tratar de um terreno no qual as empresas investiam
disciplinares, com diferentes perfis tradicionais e
pouco e que se restringia, na maior parte dos ca-
inovadores formando equipes híbridas”.
sos, à assessoria de imprensa. Anik percebe uma
De acordo com os executivos, a fórmula, neste
tendência para os próximos três anos. “Vamos tra-
caso, é incentivar uma maior aproximação entre a
balhar por projetos e parcerias, dando mais agili-
universidade e o mercado. Desta forma, o conhe-
dade e engajamento com muito mais naturalidade”,
cimento transitará entre os dois pilares da formação
arrisca a diretora do Grupo RBS. Outro caminho é
profissional: passa pela teoria, nos bancos acadê-
dado por Carvalho, ao afirmar que os gestores privados estão descobrindo nas agências de comunicação corporativa serviços e pensamentos estratégicos mais amplos e diretamente ligados aos resultados do negócio. Neste quesito, o setor público está batendo a linha de chegada. Os investimentos, que eram praticamente zero, já ultrapassam, nesta década, a cifra de R$ 200 milhões, conforme dados da Abracom.
abril/2011
27/5/2011
Duas mil afiliadas
Expansão no digital
A Agência Radioweb atinge o número de 2 mil afiliadas, no mesmo ano em que completa 10 anos de existência. Sendo atualmente a maior agência de notícias para rádios do Brasil, foi fundada pelos jornalistas Paulo Gilvane Borges, Caroline Mello, Daniela Madeira e Juliana Turatti – que deixou a equipe e deu lugar a Geanoni Mousquer, diretor em Brasília.
O Grupo RBS passa a ter participação na rede de sites verticais Hi-Mídia. A aquisição faz parte da estratégia de expansão no mercado de comunicação digital, sendo um passo relevante na ampliação da presença do Grupo RBS em negócios de internet e mobile.
12/6/2011
Parceria de sucesso Atendendo à conta da TAP Portugal em todo o Brasil há 14 anos, a Insider é responsável pela divulgação internacional do lançamento do voo diário entre Porto Alegre e Lisboa.
69
CC
Re
70
15/8/2011
setembro/2011
Pegadinha no público
Grupo ABC em POA
A Ipanema FM amanhece ao som de músicas totalmente diferentes do seu estilo, com ritmos como brega, pagode, funk e sertanejo. Algumas horas depois, divulga nota explicando que a mudança na programação foi uma brincadeira. A ação teve por objetivos retomar a origem da emissora e o poder do rádio como veículo de comunicação.
O Grupo ABC, de São Paulo, presidido por Nizan Guanaes, chega a Porto Alegre através da instalação da agência DM9Sul, presidida por Márcio Callage, que foi oficializado no cargo em dezembro de 2011. No ano seguinte, o grupo amplia sua atuação gaúcha com o anúncio dos publicitários Fábio Bernardi e Lara Piccoli para presidirem a Morya na Capital, em janeiro de 2012. Mais recentemente, o ABC adquiriu 60% do controle acionário da Escala.
DEZembro’14
Crise,odesafio crescente Na reputação repousa um dos ativos mais preciosos de uma empresa. “Ela
centa Esber, não atuam na prévia identificação dos
molda o futuro”, defende com ênfase o jornalista e
riscos como deveriam e não sabem o que é ma-
professor de disciplinas ligadas em Gestão de Cri-
peamento de riscos. Forni, autor do livro Gestão de
ses Corporativas e Comunicação, João José Forni.
Crises e Comunicação, fala com autoridade sobre
Esta imagem, que se pretende sempre positiva, é
o assunto e concorda que as corporações não es-
o foco número 1 da comunicação corporativa, área
tão preparadas. “As empresas têm crise porque
que evoluiu consistentemente em função das novas
desdenham delas, e acreditam que com elas isso
tecnologias e é especialmente desafiada no am-
nunca acontecerá.”
biente das empresas que precisam conversar com seus públicos.
As organizações se mostram desatentas, acres-
Professor e jornalista e sócio da ComEfeito Comunicação Estratégica, Luiz Antônio Nikão Duarte
Estar sempre preparado para o imprevisto, que
aponta que o comunicador, do presente e do fu-
pode ser o embrião de uma crise de gestão ou ima-
turo, tem conhecimento de causa, mas falta-lhe
gem, é o que se espera dos executivos responsáveis
competência para “comunicar a comunicação”.
pela gestão da comunicação organizacional. O di-
“Muitas vezes, não tem respaldo para compartilhar
retor de Redação da Revista Amanhã, Eugênio Esber,
com os não comunicadores, em especial com os
é taxativo ao dizer que as empresas não aprenderam
detentores de decisão, que comunicar é tanto um
a lidar com crise, e somente aprenderão quando
direito quanto um dever, e que organizações de-
passarem por uma, o que poderá ser da pior manei-
vem exercê-los plenamente”, destaca Nikão. “Em
ra possível. “Quando o incêndio chegar ao 28º andar,
situações de crise”, acrescenta, “o dever de comu-
de um prédio de 30, ou algo assim”, compara.
nicar se impõe”.
10/10/2011
11/10/2011
26/10/2011
Sede própria
Prêmio para A.I.
Jornal Metro em POA
Com campanha espalhada por Porto Alegre, a Paim começa a atender em sede nova e própria. O espaço tem mais de 2.500 metros quadrados, distribuídos em quatro andares, e comporta nove salas de reunião e área para eventos.
A Martha Becker Comunicação Corporativa foi reconhecida pelo Prêmio Coletiva.net como a melhor do Rio Grande do Sul na categoria Serviços Especializados/ Assessoria de Imprensa.
O jornal que está presente em mais de 20 países, através do Grupo Metropolitan, agora chega a Porto Alegre. Coordenado pelo Grupo Bandeirantes de Comunicação, do Rio Grande do Sul, o Jornal Metro circula de forma gratuita em 31 pontos da capital gaúcha.
71
CC Visão estratégica
O certo é que, qual uma espada de Dâmocles,
Nesse novo mundo da
aquela pendurada no teto por um simples fio de
comunicação corpora-
cabelo, o executivo responsável pela área de co-
tiva, cresceu a importân-
municação está constantemente ameaçado pelo
cia das ações baseadas
fantasma de uma crise. Mas Esber alerta para um João José Forni
viés: as pessoas que comandam as empresas nor-
tratégico. Isto é, os planos de gerenciamento de
malmente se mostram imbuídas de uma confiança
crise devem estar fortemente alinhados com as
cega no sucesso e na normalidade das operações
questões estratégicas da empresa. “A comunica-
por não estarem amparadas na razão. “Tenho cer-
ção ser uma área decisiva para a obtenção das
teza que os executivos que lerem o que estou di-
metas e alcance de resultados na empresa é uma
zendo ou pensarão ‘Puxa, quantas situações de
tendência cada vez mais corrente”, avalia Forni, que
risco temos na nossa empresa’, ou, então ‘Boba-
leciona em universidades de Brasília, Juiz de Fora,
gem, não temos isso na nossa empresa’ – com
Belém e Florianópolis. “O que chamamos de com-
estes eu me preocuparia mais.” Por situações co-
posto de comunicação envolve ações em várias
mo essas é que Forni completa: “Se as empresas
áreas, que consolidam a imagem da organização.”
estivessem preparadas, não haveria tanta crise de
no ponto de vista es-
É desta forma que as ações de marketing e co-
Re
72
imagem crescendo”.
municação empresarial no planejamento estratégi-
O professor Nikão defende a ideia de que a co-
co pautarão as atividades operacionais. Isso irá au-
municação empresarial no Brasil é precária e, em
xiliar na construção, dia a dia, de uma reputação
geral, amadora – mesmo com algumas exceções
capaz de não ser abalada diante de uma crise, mas
que justificam a regra. “Desconhece-se, ou ignora-
gerenciada. Esber defende que ela – a crise – de-
se, o papel de cada campo
verá ser enfrentada quando ainda nem existe. “As
da comunicação e, como
empresas que atuam com prevenção, o que con-
consequência, se tenta
seguirão de mais útil é estar preparadas para lidar
praticar um no lugar do
com ela, não para evitá-la”, enfatiza o jornalista, des-
outro”, explica o doutor
tacando algo que considera preocupante: “Em ge-
em Comunicação. “E
ral, as organizações não sabem o que o futuro lhes
confundir Jornalismo com
espera. Só algumas têm noção que ele lhe dará do-
Propaganda é o proble-
res de cabeça. Estas se preparam para lidar melhor”.
ma mais comum.”
30/11/2011
Nikão Duarte
janeiro/2012
Vitória dos jornalistas
A mais premiada
Após a derrubada da exigência de formação superior em Jornalismo para o exercício da profissão, em 17 de junho de 2009, a PEC do Diploma, que exige a retomada da obrigatoriedade, é aprovada no Senado. A proposta ainda aguarda votação na Câmara dos Deputados para que seja novamente transformada em lei.
A Revista Amanhã se destaca no ranking anual do site Jornalistas&Cia. A publicação de 27 anos é reconhecida como a mais premiada da Região Sul em toda a história da imprensa. Também conquista o segundo lugar na categoria de Revistas de Economia e Negócios e, no ranking geral, fica em sétima colocação entre todas revistas brasileiras em circulação, incluindo as semanais.
DEZembro’14
Espaço sem lei
Neste cenário, as re-
Uma pergunta que se faz com frequência aos es-
des sociais ocupam um
pecialistas em gestão de crise é por que as orga-
espaço crescente co-
nizações, apesar de todos os estudos sobre o te-
mo agente pulveriza-
ma, continuam errando e favorecendo danos à sua
dor das informações
imagem. A resposta parece simples, na avaliação
– verdadeiras ou não.
do especialista Forni: “É preciso fazer uma audito-
“Na internet, a confian-
ria de vulnerabilidade”, afirma, ressaltando que as
ça das empresas é o
organizações precisam monitorar constantemente
que diferencia a boa
o que pode gerar suas crises, e, desse modo, evi-
da ruim”, comenta o CEO da Agência Carti, Eduar-
tá-las, ou minimizar as causas geradas por elas aos
do Gasparetto. E Nikão aponta que “nas redes
seus stakeholders.
sociais, impera o emocional, o que potencializa
Eduardo Gasparetto
Esber salienta um aspecto que considera bas-
reações nem sempre próximas da realidade, po-
tante importante neste processo de gestão. Segun-
dendo prosperar o interesse particular”. Forni é
do ele, o grande erro é a ‘fulanização’ do diagnósti-
mais categórico: “O profissional do futuro conhe-
co, em que se justificam os erros como desatenção,
ce o mercado nacional e internacional e está liga-
incompetência, política do governo. As empresas
do nas últimas novidades que podem contribuir
buscam achar o culpado pelos fracassos. Mas é
para modernizar e aprimorar a comunicação da
possível minimizar esse caos, evitando que ultrapas-
sua empresa”.
se os muros da corporação. “As atividades de as-
Com uma pulverização crescente como disse-
sessoria não podem mais se limitar ao atendimento
minadoras de informações e influenciadoras de
da imprensa”, avalia Forni. “É preciso que os execu-
atitudes, as redes sociais ocuparam um espaço
tivos se proponham a aceitar uma mudança cultural
central no ambiente empresarial e se sustentam
e passem a criar estratégias para enfrentar o futuro”,
como o grande desafio das corporações para os
acrescenta Esber. Conforme ele, que também pres-
próximos anos. Estudiosos e profissionais conver-
ta treinamentos em grandes corporações nesta área,
gem no entendimento que será difícil saber como
isso acontece independentemente do porte da em-
irá evoluir este “território vasto e caótico que é a
presa, seja de capital aberto ou fechado, com ges-
internet”, como define Esber. “É terra sem lei, de
tão profissionalizada ou familiar, multinacional ou na-
ninguém”, decreta. “Ao menos até que se tenha
cional, cooperativa, com ou sem fins lucrativos.
uma regulamentação.”
28/1/2012
27/2/2012
março/2012
Capacità na Suíça
Outra Comunicação
É criada a 99
A Capacità vai para a Suíça organizar o Brazilian Soirée, ou Noite Brasileira. O jantar acontece no Fórum Econômico Mundial de Davos, naquele país. Quem coordena o projeto multicultural é a diretora da empresa, Eliana Azeredo.
A UniRitter estreia os cursos de Jornalismo e Publicidade e Propaganda com turmas de manhã e à noite, reunindo cerca de 200 estudantes de escolas, reingressos e transferências.
Com o objetivo de utilizar ideias para gerar relações de consumo e afetividade entre marcas e consumidores, é criada, pelo publicitário Fabiano Bonetti (ex-São Jorge), a 99 Comunicação e Marketing.
73
Ar
artigo
A comunicação empresarial vive, neste momento,
O comportamento corporativo, como conhecía-
uma série de desafios diante de stakeholders ca-
mos, não existe mais, principalmente depois da
da vez mais exigentes e de um mercado no qual a
entrada das gerações X e Y nas empresas. Isso
grandeza de uma marca e a sua reputação podem
determinou um novo público interno cético e exi-
fazer toda a diferença. Dentro desse contexto, acre-
gente que quer saber mais (a informação que re-
dito que um desses grandes desafios – talvez o
cebe nunca é suficiente), que não aceita grandes
maior – seja a comunicação com o público interno.
narrativas, que anseia por reconhecimento e que prefere o lúdico ao funcional.
A verdade é que tenho me perguntado se ainda podemos usar as expressões comunicação interna
Além disso, é um público “mega”informado, que
e público interno, pois neste mundo de redes so-
possui a emoção “à flor da pele” e que apresenta
ciais já não existem fronteiras entre o interno e o
grande capacidade de distração, o que gera uma
externo, especialmente no ambiente empresarial.
série de problemas para as empresas que, na sua totalidade, buscam maiores índices de produtivi-
Antes, era comum ouvirmos que o “boca a boca”
dade, melhores níveis de qualidade e melhoria do
era mais eficiente que qualquer processo de co-
atendimento ao público.
municação implantado e mantido por uma empresa. Hoje, o que temos ouvido é que o “mouse a
Isso significa que o processo da informação no
mouse” é imbatível no que se refere à dissemina-
ambiente corporativo, que antes podia ser com-
ção da informação.
parada a um boliche – a empresa atirava a bola e ficava esperando para ver em quem iria acertar –,
A verdade é que estamos diante de algo que é
hoje precisa ser como um fliperama: ágil, flexível
muito maior que a revolução digital. Estamos dian-
e interativa.
te de uma revolução humana.
74
DEZembro’14
Analisa de Medeiros Brum
Diretora-presidente da HappyHouse Brasil Agência de Endomarketing. Autora de sete livros sobre Comunicação Interna e Endomarketing
Mais do que isso, as pessoas não se motivam mais
As empresas precisam, portanto, investir cada vez
apenas com salário, benefícios e incentivos. Elas
mais em conteúdos capazes de engajar o público
querem trabalhar para empresas que representem
interno, pois o engajamento se tornou muito mais
grandes causas, querem encontrar significado na-
importante que a motivação. As empresas preci-
quilo que fazem. Esse novo perfil de público interno
sam, também, trabalhar suas lideranças para que
está fazendo com que as empresas precisem tra-
assumam o papel estratégico que possuem no
balhar as suas marcas como “empregadoras”. As
processo da informação, conscientizando-as de
empresas estão começando a se preocupar com o
que o público interno é formador de opinião por
employer branding, como é chamada a conexão da
excelência. Isso nos faz lembrar que não é a mar-
marca para o consumidor com a marca para o pú-
ca que está a serviço da empresa e, sim, a empre-
blico interno, cujo objetivo é contribuir com a atra-
sa que está a serviço da marca.
ção, o engajamento e a retenção de empregados. Portanto, não há outro caminho para a comunicaEsses são os três grandes objetivos da comuni-
ção empresarial que não seja estabelecer uma total
cação interna bem feita: atrair, engajar e reter, ou
coerência entre o interno e o externo, levando em
seja, estar presente em todos os momentos da
consideração que não existem mais fronteiras entre
vida do empregado, do momento em que ele de-
um e outro. Mais do que isso, é preciso lembrar que
cide trabalhar na empresa até o momento em que
esse é um caminho sem volta e que o futuro exigirá
se desliga dela. Afinal, estamos saindo de uma era
cada vez mais: transparência, que é a essência de
de vínculos estáveis para a era do “ficar”, na qual
todo o processo; qualidade, rapidez e flexibilidade,
a fidelidade a uma empresa/marca, seja por parte
porque os públicos interno e externo estão cada
do empregado ou do consumidor, parece ser algo
vez mais exigentes; e afeto, pois, ao mesmo tempo,
que faz parte de um passado distante.
vivemos a era da emoção e da espiritualidade.
75
Ac
ACADEMIA
Multitelas
Os jovens têm a tecnologia como aliada e são hábeis em executar diferentes ações de forma quase simultânea. Eles e seus professores têm pela frente o desafio de atuar de forma complementar, uns aprendendo com os outros. Nesta balança, a academia é o primeiro degrau que precisa de atenção e de habilidade para se adaptar.
76
DEZembro’14
Ocrescimentodas segundastelas Na era da tecnologia, por pouco os bebês já não nascem sabendo usar o computador. Há menos de cinco anos, quan-
ra, Bárbara Nickel, explica que o crescimento dos
do se perguntava para uma criança o que ela gos-
aumentar. “Pelo que observamos nos dados, e tam-
taria de ganhar de presente de aniversário, brinque-
bém pelo que assistimos no dia a dia, este compor-
do era a resposta óbvia.
tamento já está estabelecido e tende a se tornar
A editora-chefe da plataforma digital de Zero Housuários multitelas é uma realidade que só tende a
ainda mais forte.” Na verdade, o número e a variedade de dispositivos estão maiores a cada dia. Smartwatches, os relógios inteligentes e óculos, como os do Google, por exemplo, podem ainda não ter muita popularidade, mas há pouco tempo, lembra ela, A mes-
“smartphones também não eram tão disseminados”.
ma pergunta agora tem ou-
Os novos noticiadores
tras respostas,
A comunicação está em constante mudança. On-
que já não sur-
tem, somente jornalistas por formação tinham o ‘po-
preendem mais: ta-
der’ de noticiar os fatos, de ser formadores de opi-
blets, smartphones, com-
nião. Hoje, o diploma nem é mais exigência. Ama-
putadores e todo tipo de apa-
nhã? Com o avanço da tecnologia e as infinitas pos-
rato tecnológico. O mundo passou a
sibilidades que as multitelas oferecem, o receptor
ser mais exigente. E vai ficar ainda mais.
deixa de apenas consumir os fatos e passa a trans-
A partir dessa mudança, as empresas co-
miti-los, cada vez com mais frequência e mais forte.
meçaram a criar mais e mais produtos pa-
Para o vice-presidente de criação e planejamen-
ra suprir a necessidade das pessoas de es-
to da Agência LiveAd, de São Paulo, Mauro Silva, os
tarem sempre conectadas e atualizadas. Não
smartphones ocupam papel fundamental na socia-
satisfeitos, os consumidores de informação trou-
lização das pessoas, principalmente no quesito co-
xeram para o mundo da convergência de mídias o
municacional. “É através do celular que a pessoa se
chamado ‘fenômeno da segunda tela’. Nele, não
sente parte do grupo, conectada às suas redes e
basta estar conectado a apenas um meio de co-
participante dos momentos marcantes do mundo e
municação, mas, sim, a todos ao mesmo tempo.
das pessoas à sua volta. As segundas telas aumen-
77
Ac tam a experiência na troca e repasse de informações.”
da do usuário, que tem à sua disposição o tempo
Em tempos de convergência midiática, o cresci-
inteiro a informação de que precisa”, diz a jornalista.
mento dos ‘jornalistas cidadãos’ continuará sendo
A questão para o futuro, acrescenta, é o apego, que
pauta de muitas discussões no setor da comunica-
chega a ser emocional, a essa ‘vida online’.
ção. Entretanto, o mundo, principalmente o jornalís-
Bárbara acredita que essa gama de aparelhos à
tico, precisa se preparar, pois, com o avanço da tec-
disposição das pessoas e as possibilidades sem fim
nologia, cada vez mais cidadãos ‘comuns’ pas-
de usá-las podem causar ansiedade. “Quando, aos
sarão a ser transmissores de notícias. “Co-
poucos, as pessoas se acostumam a ter todas as
mo vivemos em uma mutação absurda
respostas de maneira instantânea, o desconforto
e constante, esse processo de comu-
acaba sendo grande se uma destas telinhas fica sem
nicação vai, cada vez mais, ser comple-
bateria, falta luz ou a internet não funciona”, afirma.
xo e, ao mesmo tempo, reunir mais pes-
Para a psicóloga especializada em comporta-
soas através da rede”, explica o jorna-
mento humano Maria Cristina Cavalcante, o uso in-
lista e professor dos cursos de Comu-
discriminado dos dispositivos eletrônicos pode, sim,
nicação Rodrigo Rodembusch.
levar o usuário à situação de dependência. Ela con-
Rodrigo Rodembusch
sidera que o contato com o mundo através das re-
Extensão do corpo
des começa a ser uma saída para os adolescentes,
Outro ponto importante no processo de crescimen-
que nesta fase são muito inseguros, e o uso exces-
to do público multitela é o vício nos aparelhos tecno-
sivo de múltiplas telas é um análogo às situações de
lógicos. Em geral, a maior parte dos usuários desse
compulsão – alimentar, por compras, jogos –, “no
fenômeno é formada por adolescentes e jovens, que
qual há uma voracidade no sentido de incorporar
apresentam um consumo muito grande da internet
algo para preencher a sensação de vazio psíquico”.
em todas as plataformas possíveis. Bárbara lembra
Maria Cristina diz que situações como estas, de
que cada vez mais surgem novos dispositivos que
dependência virtual, devem ser tratadas, para evitar
se adaptam aos diferentes momentos do
os sintomas de ansiedade, perda de controle e sen-
cotidiano do usuário. Os aparelhos che-
sação de impotência. Entretanto, ela explica que não
gam ao mercado com preços mais
há nada de errado no bom proveito do ‘mundo on-
altos, mas, aos poucos, vão se
line’, desde que na medida certa: “A tecnologia é
tornando mais acessíveis e se
como medicamento. A diferença entre o remédio e
popularizando. “Facilitam a vi-
Re
r e t r o s p e c t i va 22/3/2012
78
o veneno está na dose”, compara.
DEZembro’14
2/7/2012
Gre-Nal dá rádio
Duda no comando
A Rádio Grenal, da Rede Pampa, entra no ar em substituição à Rádio O Sul. O objetivo é ter 24 horas de programação, priorizando atrações com debates, informações e reportagens, além de transmissão de jogos da dupla. O lançamento oficial acontece em evento no Chalé da Praça XV, para 200 convidados especiais.
Após 21 anos como presidente do Grupo RBS, Nelson Sirotsky transmite o cargo ao sobrinho, Eduardo Sirotsky Melzer, o Duda, até então vice-presidente. A cerimônia é transmitida ao vivo para os mais de 6,4 mil colaboradores em 83 unidades de negócio. Nelson permanece na empresa como presidente do Conselho de Administração e do Comitê Editorial das Empresas RBS.
Ac
Comportamentos multitelas Uma pesquisa feita pela Microsoft para entender o comportamento das pessoas em relação às diferentes telas revelou que 82% delas utilizam mais de um dispositivo eletrônico para serem mais eficientes. Além disso, 65% dos entrevistados disseram que essa é a única maneira de conseguirem fazer tudo que precisam no dia a dia. Rodembusch afirma que o processo de comunicação tende a ser mais complexo: “Tudo será muito mais interativo, muito mais intenso e o mais importante: com respostas para o produto que está sendo consumido muito mais diretas”. O estudo apresentou quatro diferentes tipos de comportamentos que tendem a se estabelecer nos próximos anos.
Caçando conteúdo
Teia social
Comportamento multitarefas, porque as ativida-
Neste estilo comportamental, o usuário utiliza uma
des são simultâneas, mas não relacionadas. Por
tela para enviar ou ler opiniões e comentários de ou-
exemplo, acessar a previsão do tempo no smart-
tras pessoas sobre o conteúdo que está sendo con-
phone enquanto assiste a um programa de TV. A
sumido em outra plataforma. Por exemplo, enquanto
atenção desse usuário migra rapidamente de uma
assiste a um reality show na televisão, a pessoa man-
tela para outra; então, mensagens curtas e dire-
da uma mensagem para um amigo sobre um fato que
tas podem ser mais efetivas neste momento do
aconteceu no programa.
que convites para cliques.
Teia de investigação
Re
80
Quantum Nesta última tendência comportamental, projetada pe-
Neste, o conteúdo de uma das telas provoca curio-
lo estudo da Microsoft, o usuário troca de telas em
sidade a ponto de disparar a utilização de uma
função do seu contexto específico ou preferência. Por
nova tela para investigar o assunto principal. Por
exemplo, enquanto assiste à TV, a pessoa vê a chama-
exemplo, ao assistir a um vídeo no desktop ou
da de uma peça em cartaz e usa o smartphone para
no laptop, o usuário utiliza o smartphone para
conferir em qual teatro e horário há sessões, mas com-
descobrir onde o vídeo foi filmado ou o nome ou
pra o ingresso online mais tarde no tablet para esco-
sobrenome do ator principal. As marcas promo-
lher os assentos na tela maior. No Quantum, a mudan-
vem este tipo de comportamento ao incentivarem
ça de tela também pode ocorrer por uma ineficiência
os consumidores a acessarem seu conteúdo em
da tela anterior, e o risco é interromper o comporta-
diferentes plataformas e canais de comunicação.
mento sem finalizar a atividade e perder este usuário.
9/7/2012
9/10/2012
Espaço mais amplo
A vez do branding
A e21 passa a operar em nova sede. O espaço de 700 metros quadrados é planejado para promover a integração e a troca de ideias entre as equipes da agência, composta por cinco núcleos. A estrutura possui lounge, biblioteca, revistaria com poltronas, grandes mesas multiuso, vitrine experimental e miniestúdio fotográfico.
Presente nos três estados da Região Sul, a Competence apresenta ao mercado sua nova empresa, a Sunbrand. Braço do grupo na área de branding, a agência teve seu projeto desenvolvido ao longo dos três últimos anos e surge com o objetivo de construir a diferenciação de empresas nos seus mercados.
DEZembro’14
Ac
Re
82
19/10/2012
4/2/2013
27/3/2013
A Arena é da BH
Lance! no RS
Conta nacional
A BH Comunicação, das sócias Ana Cássia Hennrich e Catia Bandeira, passa a ser responsável pela assessoria institucional da Arena do Grêmio. O estádio será a primeira obra inaugurada no País pela OAS Arenas. Com oito anos de mercado, a BH responde pela festa de inauguração do novo estádio.
O jornal esportivo Lance! anuncia sua chegada ao Estado, por meio de uma parceria com o Grupo Sinos. O diretorexecutivo do impresso, Afonso Cunha, afirma que a entrada no Rio Grande do Sul é um sonho realizado. Pouco mais de um ano depois, o impresso deixa de circular com a justificativa de não alcançar o desempenho esperado.
Com 18 anos de mercado, a Fatto Comunicação, da jornalista Fátima Torri, é a nova assessoria de imprensa da Corporação Paquetá, formada pelas redes de varejo multimarcas Paquetá, Paquetá Esportes, Gaston e Esposende.
DEZembro’14
Comodigital naveia Enquanto os adultos estão se adaptando aos celulares touchscreen, os jovens já estão com o desejo voltado para o próximo smartphone a ser lança do e, especialmente, para as novidades que, certamente, trará. Nascidos en
nem sempre eles concordam. Assim, talvez, a prin-
tre 1977 e 1997, estes jovens da Geração Y, ou,
dosar a pressa por aprendizado e estar sempre
como eles mesmos se denominam, Geração Mille
em busca de aperfeiçoamento. O doutor em Co-
nium, crescem em uma época de grandes avanços
municação Dado Schneider prefere ressaltar que
tecnológicos e melhores condições financeiras.
os jovens precisam ter postura profissional, em-
cipal preparação que os jovens devem ter é exatamente esta ‘tolerância’ para lidar com uma organização estruturada pela Geração X”, alerta o diretor de Operações da ESPM-Sul, Max Lacher. O principal desafio para esses jovens é saber
Percepção global mais intensa, grande intimi-
bora sejam ensinados a fazer pose, se isso fosse
dade com a tecnologia e maior competência aca-
significado de atitude. “Ter atitude é muito dife-
dêmica são características que marcam esta ge-
rente do que simplesmente ter piercing ou tatua-
ração prestes a iniciar uma vida profissional ou
gem. Postura profissional significa cumprir horá-
mesmo recém-integrada ao mercado de trabalho.
rios, seguir regras, identificar hierarquia e respei-
“Parte da Geração Y já está trabalhando. Eles se
tar os clientes”, opina.
consideram aptos para ingressar no ambiente pro-
Desenvolver qualidades de caráter comporta-
fissional, embora irão se defrontar com empresas
mental também é item importante, como destaca
estruturadas dentro de um conceito com o qual
o professor Max. “Esta geração é absurdamente
28/3/2013
1/4/2013
29/5/2013
Fechou as portas
JWT em POA
Anuncia-se o Criarp
Após 27 anos de atuação no mercado publicitário gaúcho, a DCS fecha suas portas. O presidente Antônio D’Alessandro reuniu os funcionários para dar a notícia informando que a iniciativa é resultado de uma decisão dos acionistas. A agência foi uma das maiores e mais criativas do Estado.
Com o fechamento da DCS, a conta da Tramontina passa a ser atendida pela JWT. Com isso, a agência paulista finca sua bandeira no Rio Grande do Sul. Além de colaboradores gaúchos, a filial tem profissionais de São Paulo e ex-colaboradores da DCS.
Em substituição ao Salão da Propaganda, a Associação Riograndense de Propaganda (ARP) lança o Prêmio Criatividade, chamado de Criarp. A ideia de reconhecer as melhores peças do mercado publicitário gaúcho permanece, com 15 categorias, taxa de inscrição menor e aberto ao público.
83
Ac impaciente, e o mercado e as empresas nem sem-
ra nunca ficar para trás”.
pre terão a velocidade que eles esperam. Assim,
Ela acredita que sua ge-
saber lidar com as frustrações será um dos aspec-
ração está um passo à
tos mais importantes a ser trabalhado por este gru-
frente. “As plataformas
po daqui para frente.”
virtuais e tecnológicas
Max Lacher
A estudante de Jornalismo Bianca Molina, de
nos permitem voar”, diz, “ir além das fronteiras fí-
21 anos, diz estar consciente de que sua geração
sicas para buscarmos uma notícia, confirmarmos
tem muito a aprender com os profissionais que já
uma informação ou encontrarmos uma fonte”.
estão no mercado há bastante tempo. Para ela, que
Bianca espera tirar o máximo de proveito do es-
faz estágio na TV Record RS, ninguém desaprende
tágio, período que considera fundamental para se
o que faz: “Eu valorizo muito o trabalho de quem já
firmar no mercado de trabalho quando estiver com
está na estrada há tanto tempo e se empenha pa-
o diploma na mão. Ela está na corrente seguida por muitos colegas, já que uma forte tendência dos jovens desta geração é a de abrir seu próprio negó-
setor de Geração Y domina Marketing Digital A ciência de vender pela internet está em alta.
ciais, os jovens lideram o campo mais dinâmico do
A inovação constante, que torna o conhecimento
Marketing. Segundo a Associação Brasileira de
obsoleto em pouco tempo, a necessidade de tra-
Agências Digitais (Abradi), de quase 30 mil profis-
balhar em equipes informais e a busca por resulta-
sionais do setor, 30% têm entre 18 e 24 anos, e 56%
dos imediatos fazem do Marketing Digital uma área
entre 25 e 28 anos.
quase exclusiva da Geração Y.
Re
novos, mas também as empresas. As prestadoras
de SEO (Search Engine Optmization, em português,
de serviços digitais têm em média 5,8 anos de ida-
mecanismo de otimização de busca) e mídias so-
de, e 80% delas faturam até R$ 1,2 milhão por ano.
10/6/2013
Comunicação transmídia Com nove anos de atuação na propaganda gaúcha, a Pública Comunicação, fundada em 25 de novembro de 2004, se torna Moove Comunicação Transmídia, propondo-se a trabalhar marcas através de múltiplas plataformas.
84
Não somente os profissionais do segmento são
Nas agências de publicidade, em consultorias
DEZembro’14
junho/2013
11/7/2013
Leões no RS
“Presente” na porta
A propaganda gaúcha comemora a conquista de quatro Leões no Cannes Lions Festival, na França. A DM9Sul trouxe para o Estado três troféus de bronze, e a Paim um de prata. Em 2014, a DM9Sul ganhou seu quarto Leão de bronze. O case premiado foi ‘Quem é você no jogo’, para a Netshoes.
Em tempos de protestos, o Grupo RBS é alvo constante. Dessa vez, um grupo de manifestantes para em frente à sede, na Avenida Érico Veríssimo, defendendo a democratização da mídia no País. Ao final do ato, cerca de 40 pessoas deixam sacos de fezes na entrada do edifício.
cio. Max Lacher ressalta que
cação uma coisa muito mágica! Acredito, sim, que
eles possuem uma veia
o bom Jornalismo pode ser uma ferramenta impor-
empreendedora muito
tante para acabarmos com o mal e a sujeira espa-
maior do que a geração
lhados por esse mundo”, sonha Bianca.
anterior. Para a jorna-
Mais que isso, a Geração Y tem muitas expec-
lista Greta Paz, de 23
tativas em relação ao mercado de trabalho. Quer
anos, essa é uma alter-
inovação, diferencial. Na opinião de Greta, os jovens
nativa que já apresenta resultados. “Quando
Greta Paz
não querem mais formalidades: “No nosso escritório tem cesta de basquete, nas sextas-feiras à tar-
voltei de uma viagem de oito meses, recebi algu-
de não ‘trabalhamos’ para estudar o que está acon-
mas propostas legais de trabalho, mas não estava
tecendo no nosso meio e fazemos brainstorming
me sentindo motivada para aceitar nenhuma delas.
com cerveja”, conta a empresária.
Sempre vivi em um ambiente no qual o empreen-
Para Max, os jovens já possuem algumas habi-
dedorismo era assunto recorrente e vi que, naque-
lidades, como serem multitarefas e terem a tecno-
le momento, a minha vontade era empreender.” Foi
logia como aliada. O que eles precisam é aprender
aí que encontrou Miguel Luz, hoje seu sócio, com
a trabalhar com pessoas de outras gerações, um
quem começou a estruturar a MPQuatro.
complementando o outro. “Essa geração vem com expectativas, novas capacidades, informações, mas
O que se espera dos Milleniuns
com resultados que ainda precisam encontrar um
Estimulados por diversas atividades desde crianças,
equilíbrio, pois sempre há um choque de gerações”,
os integrantes da Geração Millenium não gostam de
ameniza Schneider.
ficar parados, pelo contrário, estão sempre em bus-
A tecnologia, aliada tanto da geração X quanto
ca de novas descobertas e desafios. A comunica-
da Y, é um dos meios que podem ser usados para
ção como um todo surge aí como uma área de alto
alcançar a harmonia e suprir os desejos dos mais
interesse desses jovens, por oferecer infinitas pos-
jovens e daqueles que já têm mais experiência.
sibilidades e ter sempre algo novo para apresentar.
“Hoje em dia, com tanta tecnologia, está difícil se-
“Eu sempre fui muito falante, despachada e an-
parar o que é e o que não é trabalho. Por isso, os
tenada. Desde pequena, ‘tagarelava’ sem parar,
jovens precisam acreditar no negócio no qual eles
fazendo mil perguntas para todo mundo da família
estão inseridos e precisam trabalhar com propó-
e, também, para desconhecidos. Acho a comuni-
sito”, aconselha Greta.
29/8/2013
20/9/2013
Pelo cliente
Tchau, Pop Rock
A BH Comunicação se envolve plenamente com as comemorações dos 40 anos da Escala. Um dos eventos que marca o aniversário é a palestra do designer e cientista do MIT (Massachusetts Institute of Technology), John Maeda. A BH respondeu pela divulgação do evento e pelo relacionamento com jornalistas.
Uma mensagem de saudação na frequência 107.1 do FM marca a chegada da paulista Rede Mix de Rádio ao Rio Grande do Sul. A emissora, voltada ao público jovem, substitui a Pop Rock, mantendo a equipe e o estilo musical. Nas mudanças, a nova programação estreia com o radialista Júlio Rafael (ex-Atlântida). O programa Cafezinho, principal atração, se mantém intacto.
85
Ac Mesclar a juventude com a experiência é uma
pendente das ferramen-
eterna aposta de todos os lados. Para Dado Sch-
tas virtuais. No entanto,
neider, que se destaca como palestrante sobre o
podemos ‘fazer chover’
assunto, isso é saudável e, talvez, a melhor forma
se soubermos manu-
de encontrar o equilíbrio. “O jovem precisa enten-
sear bem tudo que
der que o mais velho pode ter a solução para um
existe de mais moderno e útil. Não nos vejo mais
problema, assim como os mais experientes não
preparados ou mais inteligentes, apenas com mais
devem ter medo da nova geração”, explica ele. E
meios para chegar mais longe”.
Dado Schneider
Bianca pondera: “Somos uma geração muito de-
O que as empresas dos sonhos deverão ter, segundo os jovens
Re
86
Uma pesquisa realizada pela Universum, em-
No País, começar a carreira em uma empresa
presa sueca que atua na área de employer branding
que seja uma referência para a trajetória profis-
e pesquisa de talento, com 64,4 mil universitários
sional no futuro é o que mais pesa para os estu-
brasileiros revela que salário inicial alto não passa
dantes universitários. Treinamento, desenvolvi-
nem perto dos atributos mais valorizados pelos jo-
mento e oportunidades de crescimento também
vens nas empresas. Ou seja, quando se trata de
estão entre os principais atrativos.
carreira, os milleniuns no Brasil – tidos como ime-
Veja o peso destes três e outros sete atributos,
diatistas por muitos – pensam mais no longo prazo,
na opinião dos universitários entrevistados pela
diferentemente de jovens de outros países.
Universum:
1º Boa referência para o futuro de carreira 60,6%
6º Meritocracia 48,2%
2º Treinamento profissional e desenvolvimento 55,2%
7º Altos ganhos no futuro 47,7%
3º Caminho livre para ascensão profissional 53,7%
8º Estabilidade no emprego 47,4%
4º Ambiente de trabalho criativo e dinâmico 51%
9º Respeito pelos funcionários 46,4%
5º Apoio ao desenvolvimento profissional 50,6%
10º Oportunidades de liderança 38,6%
outubro/2013
novembro/2013
20/11/2013
Jornalista vale mais
Espaço amplo
Propaganda veloz
Para dar seguimento à tentativa de acertar o piso salarial dos profissionais, o Sindicato dos Jornalistas do Rio Grande do Sul promove uma mobilização chamada Twittaço. A entidade convoca a categoria para usar a hashtag #OTrabalhoDoJornalistaValeMais.
O sonho da sede própria foi realizado pela Fatto Comunicação. Após 15 anos de atividades em comunicação empresarial, a empresa se mudou para um espaço mais amplo, que proporciona um ambiente melhor de trabalho.
Focada na agilidade e descomplicação, a nova agência do mercado gaúcho é a Tempo Propaganda, comanda por Alex Germani e pela acionista Escala em uma absorção da São Jorge. Agência se propõe a apresentar soluções com rapidez e sem complicações, em até 72 horas.
DEZembro’14
Ac
Re
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fevereiro/2014
12/3/2014
20/3/2014
Nova sede
Prêmio Aliança
Jornalismo ambiental
Com cerca de 100 colaboradores e motivada pelo crescimento alcançado, a agência Matriz promove sua mudança de sede. O espaço escolhido para abrigar a equipe é o empreendimento Rossi Business Park, no bairro planejado Central Parque.
Martins + Andrade conquista o Prêmio Aliança, da Associação Brasileira de Agências de Propaganda (Abap), com o apoio da Associação Brasileira de Anunciantes (ABA). Foi destacada por relações comerciais mais duradouras (com mais de 30 anos), por sua parceria de 33 anos com o GBOEX.
Voltada para profissionais da imprensa gaúcha e estudantes de Jornalismo de faculdades do Rio Grande do Sul, é lançada a primeira edição do Prêmio José Lutzenberger de Jornalismo Ambiental. A iniciativa é promovida pela união da Associação Riograndense de Imprensa (ARI), Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental (ABES-RS) e Braskem.
DEZembro’14
Profissões emergentes Faculdades de Direito, Medicina e Engenharia, antigos sonhos de consumo muito mais de pais do que de filhos, deixaram de pontuar o imaginário dos jovens estudantes. Dezenas
Alguns casos são derivações de nomenclatura, atualizações de atividades que sempre existiram. Outros evidenciam que a Comunicação, realmente, ganha novos rumos, como é o caso do consultor de business intelligence, por exemplo. As empresas
de profissões novas ou emergentes, turbinadas pe-
estão sentindo necessidade de ter alguém para en-
los avanços tecnológicos, acabam por criar seg-
contrar informações, analisar, mensurar, contextua-
mentações e novos espaços no mercado de traba-
lizar e traduzir, conforme entende o professor de
lho, em especial na área da Comunicação.
MBA da ESPM-Sul nas áreas de gestão empresa-
No último ano, o Instituto de Pesquisa Econô-
rial, marketing e gestão de pessoas, Paulo Rober-
mica Aplicada (Ipea) e a Federação Brasileira das
to Francisco. Segundo ele, com a ajuda deste es-
Associações Científicas e Acadêmicas de Comu-
pecialista, os executivos têm mais ferramentas pa-
nicação (Socicom) divulgaram o levantamento ‘Pa-
ra a tomada de decisões. “Essa é uma profissão
norama da Comunicação e das Telecomunicações
com uma demanda que vai crescer cada vez mais
no Brasil 2012/2013’. O estudo revela algumas pro-
na Comunicação”, prevê.
fissões consideradas emergentes e, por suas de-
Mestre em Comunicação e professor em diver-
nominações, não necessariamente novas, mas em
sas instituições paulistas, Marcos Hiller defende que
visível ascensão.
o surgimento de novas profissões se dá porque a
23/4/2014
13/5/2014
Consurso na TVE
Conta internacional
A lista de classificação final dos aprovados no concurso da TVE e da FM Cultura engloba 98 cargos nas emissoras públicas. Mil profissionais concorreram às 17 vagas oferecidas para jornalista.
Com 14 anos de mercado, a Martha Becker Comunicação Corporativa conquista primeira conta internacional. A empresa, que já é responsável pelo relacionamento com a imprensa nacional da Vipal, passa a cuidar também da divulgação internacional e do monitoramento da imagem da marca nas mídias sociais.
4/6/2014
Associação para RP É reaberta a Associação Brasileira de Relações Públicas do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina (ABRP RS/SC). Visa congregar os profissionais da região, debater medidas e difundir a atividade no mercado.
89
Ac Comunicação é nortea-
mercado para esses novos profissionais”, afirma.
da pelas ciências so-
Por outro lado, Harres alerta para o modelo de cria-
ciais. Por isso, áreas co-
tividade no qual o País está inserido. Conforme o
mo sociologia, antropo-
professor, embora essas profissões emergentes estejam ganhando cada vez mais espaço na indústria
logia e psicologia, por Marcos Hiller
criativa ao redor do mundo, no Brasil, o mercado
diretamente na evolução das profissões. “Creio que
da Comunicação ainda está, em sua maioria, esta-
nessas áreas estão caindo a ficha de que a lupa
belecido nos mesmos moldes da década de 1950.
dos pensadores das ciências sociais é a mais níti-
Paulo Roberto segue a mesma linha de pensa-
da para se aproximar e entender as lógicas da con-
mento, quando afirma que as transformações acon-
temporaneidade”, aposta.
tecem porque novas necessidades, seja do público
exemplo, influenciam
ou da marca, surgem a cada dia. “São tantas formas
O público manda
de se comunicar, e de forma segmentada, que todo
Uma das principais tendências repousa na mão do
aquele que quiser tem voz, especialmente no meio
consumidor – e no poder que ela pode exercer. O
digital. Por isso, é necessário atender ao que os pú-
velho jargão “o cliente sempre tem razão” pode ser
blicos pedem”, reflete o professor da ESPM-Sul.
aplicado neste cenário de mudanças na Comunicação, uma vez que o público nunca esteve tão
Quem ganha espaço
próximo das marcas e da informação. Para o pro-
De acordo com o levantamento do Ipea e da Soci-
fessor da Escola de Criação Perestroika Carlos Har-
com, analista de redes sociais é uma das profissões
res, o consumidor mudou, está mais crítico, mais
que deve ganhar visibilidade, mesmo não sendo
inteligente e muito mais exigente.
considerada uma nova atividade, pois surgiu com mais força há cerca de cinco anos. O fato é que
Mais do que isso, cabe aos comunicadores do
tem atraído a atenção de empresários e gestores
que chama de “nova or-
da Comunicação.
dem” propor novos pro-
Este é um bom exemplo, segundo Paulo Ro-
dutos, ideias, mídias e
berto, de uma área que tem sido vista como im-
insights. “Só assim te-
prescindível no setor empresarial. “Este profissional
remos mais espaço no
estará cada vez mais ligado à tomada de decisões, Carlos Harres
Re
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12/6/2014
9/7/2014
17/7/2014
Outras sociedades
Mudança na presidência
Demissões RBS
A Pauta Conexão e Conteúdo muda seu quadro societário. Vera Carneiro, que está à frente da empresa há 23 anos, ganha a companhia dos jornalistas Bianca, sua filha, e Matheus Pannebecker. A jornalista Lelei Teixeira deixou a sociedade para se integrar à Gira Produção e Conteúdo, da produtora Kixi Dalzotto.
O nome de Reinaldo Gilli é anunciado como o novo presidente do Grupo Record RS, assumindo a chefia da TV Record, rádio Guaíba e jornal Correio do Povo. Desde que chegou ao RS, em 2007, passaram pela presidência do grupo Fabiano Freitas, Gustavo Paulus, Fábio Tucilho, Natal Furucho, Luiz Cláudio Costa e Jerônimo Alves Ferreira.
O Grupo RBS dispensa cerca de 130 profissionais, medida anunciada aos funcionários com 48 horas de antecedência. Foi o fato mais comentado no mês, e entidades sindicais reclamaram não ter sido previamente comunicadas, sendo acordado entre as partes que novos movimentos significativos serão realizados com reuniões prévias.
DEZembro’14
pois é no meio digital
nal merece uma reinvenção; caso contrário, respi-
que as pessoas estão
rará por aparelhos, se já não está nesta situação,
se relacionando com as
frisa Hiller. “A arena online em que estamos inseri-
marcas de forma muito
dos faz com que esses profissionais tenham uma
próxima, para o bem ou
perspectiva de atuação mais ampla e, sobretudo, Paulo Roberto Francisco
mais financeira. O mídia deve se tornar um
fessor. A velocidade dos acontecimentos é inegá-
profissional-chave do processo, estar o tempo to-
vel e, por isso, a resposta deve vir no mesmo ritmo.
do com ‘o olho no peixe e o outro no gato’. Senão,
Harres aposta também em engenheiros, hackers,
está fadado ao insucesso.”
para o mal”, diz o pro-
makers e programadores em geral como os gran-
Neste cenário, os especialistas concordam que
des responsáveis pela próxima revolução da indús-
a tendência é que os perfis profissionais se distri-
tria criativa.
buam nas mais variadas atividades de Comunica-
Se há os que ganham espaço, tem que haver
ção. E mais: para eles, todos aqueles que pensa-
os que o perdem. E para o professor Hiller, uma
rem em suas profissões do ponto de vista da inte-
profissão que se enquadra no segundo grupo é o
ligência e do conhecimento seguirão tendo espaço,
de Mídia de agências tradicionais. Em virtude do
diferentemente dos que são mais braçais e se limi-
avanço das mídias na cena digital, esse profissio-
tam ao ferramental.
91
Ac
Profissões consideradas emergentes ‘Panorama da Comunicação e das Telecomunicações no Brasil 2012/2013’
Business Intelligence é um conjunto de processos realizados em uma atividade
Consultor BI
profissional de modo a torná-lo mais eficiente. A eficiência vem do fato de que as decisões partem de dados que são analisados. Ao invés de decidir por intuição ou pela percepção do que acontece, passa-se a decidir baseando-se em informações, em dados que são colhidos no próprio negócio e fora dele. A maioria dos dados é obtida por meio de ferramentas de automação comercial.
Trabalha principalmente
Analista de palavraschave
com links patrocinados pelo Google, Yahoo e por outros sistemas de busca. Escolhe as palavras-chave mais
Design de games / Programador de jogos digitais
adequadas, compõe o
Re
digitais”, além de atuar na área específica de desenvolvimento de jogos, poderá também
animação, modelagem tridimensional em geral, programação de
e define estratégias. Este profissional é
computadores, enfim, um leque de opções em
normalmente encontrado em agência de
que o egresso aplicará os conhecimentos
marketing digital e campanhas.
construídos ao longo do curso.
5/8/2014
Mudanças na Global Fundada há 13 anos, a Globalcomm passa por mudanças, que incluem redefinição de valores, alterações na equipe, reforma de sede, mudança de marca e nome, que passa a ser, simplesmente, Global.
92
“Programador de jogos
atuar em áreas de:
texto dos anúncios, acompanha o desempenho dos anúncios
O profissional
DEZembro’14
13/8/2014
Fim do Terra O portal Terra demite toda a redação em Por to Alegre, composta por 15 jornalistas. São mantidos apenas um, por estar em licença médica, e dois, que atuam de forma integrada à redação de São Paulo, em cargos de editor de capa e chefe de reportagem.
11/9/2014
Próximos 25 anos A Marprom Comunicação e Marketing lança o projeto “Próximos 25 anos”. Com uma série de ações, reflete sobre seu futuro definindo o propósito de “quem quer ser e como chegará lá”.
13/9/2014
Redação parada A redação do Correio do Povo para por cinco minutos. Os colaboradores protestam por melhores condições de trabalho. Em frente ao prédio da rua Caldas Júnior, ganham o apoio do Sindicato dos Jornalistas.
Administra a publicação
Blogger profissional
de conteúdo e a manutenção de um blog. Pode trabalhar em blogs corporativos ou para si próprio, obtendo receita de
publicidade. Pesquisa e publica conteúdo com regularidade. Deve escrever bem, ter muita familiaridade com internet, suas peculiaridades e conhecer bem as ferramentas de publicação de conteúdo, como Blogger e Wordpress.
A educomunicação tem
Educomu nicadores
como meta construir a cidadania, a partir do pressuposto básico do exercício do direito de todos à expressão e à comunicação.
Profissional que protege o sistema contra invasões. Busca
ContraHacker
rastrear os invasores, ajustar a falha e garantir maior segurança para o sistema ou site.
É o que testa a jogabilidade, a navegação e a
Gamer
facilidade do game. O gamer, na maioria das vezes, se forma em cursos de computação e Design de Games. Nota dos
autores: durante a pesquisa, não foi encontrada nenhuma fonte com referências para essa profissão/ocupação.
93
Ac
SEO é a sigla para Search Engine
Especialista em SEO
Optmization, em português, mecanismo de otimização de busca.
Opera sistemas de
Engenheiro de plataforma
Pesquisa, analisa e
computadores e
realiza modificações em
microcomputadores,
sites, de modo a melhorar o
monitorando o desempenho dos
posicionamento deles. Com o aumento do
aplicativos, recursos de
valor do espaço publicitário na web, conseguir um
entrada e saída de dados,
bom posicionamento nos sites de busca orgânica
de armazenamento de dados,
tornou-se cada vez mais importante, e mais difícil
registros de erros, consumo da unidade
em razão da concorrência.
central de processamento (CPU), recursos de rede e disponibilidade dos aplicativos. Assegura o funcionamento do hardware e do software; garante a segurança das informações, por meio de cópias de segurança e armazenamento,
Profissional contratado
Hacker
para tentar entrar em sistemas e apontar
verificando acesso lógico de usuário e
possíveis falhas.
destruindo informações sigilosas descartadas. Atende a clientes e usuários, orientando-os na utilização de hardware e software, e inspeciona o ambiente físico para segurança de trabalho.
Observa a cobertura Profissional que
Gerente de redes sociais
monitora as diversas
e a compreender os mecanismos nem
existentes na rede mundial de
sempre evidentes de formação de opinião, os vícios e os valores que
dele é estar atento ao que
permeiam as estratégias das empresas
se fala sobre uma empresa ou
jornalísticas e os próprios procedimentos dos
marca em fóruns, sites de relacionamento
94
temas, ajuda a perceber
comunidades
computadores. O papel
Re
midiática de certos
Observador midiático
jornalistas envolvidos. As práticas de análise e
e blogs. Ele precisa atuar como uma ponte entre
crítica destes media watchers visam, entre outros
o cliente e as pessoas certas da empresa para a
objetivos, contribuir para o aperfeiçoamento dos
qual trabalha.
meios de comunicação.
r e t r o s p e c t i va i n m e m o r i a n
Veículos são obrigados a publicar más notícias também, e disso Coletiva.net não se livrou na última década e meia. O falecimento de colegas e profissionais está inevitavelmente entre elas. Aqui, o registro deles, com a homenagem póstuma de nossa equipe: DEZembro’14
• Zaira De Grandi 15/08/2014 • Emanuel Mattos 18/07/2014 • Rodimar de Oliveira 30/05/2014 • Adão Oliveira 15/04/2014 • Sandro Schreiner 27/03/2014 • Espiridão Curi 01/11/2013 • Laila Pinheiro 31/10/2013 • Canini 30/10/2013 • José Fontella 24/07/2013 • Wilson Müller 25/01/2013 • Aldo Fontella 24/12/2012 • Milton Galdino 11/12/2012 • Tatata Pimentel 24/10/2012 • Jorge Mendes 21/10/2012 • Antonio Carlos Ribeiro 19/09/2012 • Leka 06/08/2012 • Renato Zimmermann 08/04/2012 • Carlos Schneider 15/02/2012 • Sayão Lobato 13/12/2011 • Luiz Mendes 27/10/2011 • Walmor Bergesh 29/09/2011 • Antonio Carlos Porto 27/09/2011 • Iara Rech 12/09/2011 • Riomar Trindade 25/08/2011 • Salimen Júnior 30/07/2011 • Clóvis Duarte 19/07/2011 • Olyr Zavaschi 03/06/2011 • João Carlos Tiburski 17/04/2011 • Flávio Alcaraz Gomes 05/04/2011 • Sérgio Jockymann 16/02/2011 • Salomão Kirjner 25/09/2010
Ac
Desenvolve sistemas e aplicações,
Programador de internet
determinando interface gráfica, critérios ergonômicos de
É quem resolve
navegação, montagem
solicitações de
Ombudsman
da estrutura de banco de
clientes, atende a
dados e codificação de
demandas de parceiros comerciais, de órgãos reguladores e de defesa do consumidor
e ainda responde às cartas enviadas à diretoria e aos acionistas.
programas; projeta, implanta e realiza manutenção de sistemas e aplicações; seleciona recursos de trabalho, como metodologias de desenvolvimento de sistemas, linguagem de programação e ferramentas de desenvolvimento.
O webwriter escreve texto jornalístico e
Roteirista de software social
Profissional responsável pelo
realiza pesquisas para
Webwriter
embasar o conteúdo publicado. Além de
desenvolvimento e
saber escrever bem,
construção do roteiro
precisa estar familiarizado
de navegação em um
com a web, conhecer o perfil
software social.
do internauta e padrão de comunicação mais eficiente neste meio.
Profissional da indústria
Profissional responsável
de jogos eletrônicos
Research
responsável pela pesquisa para
pela elaboração de
contextualização dos
habilidades
game. Nota dos autores:
multidisciplinares, como
durante a pesquisa, não foi encontrada nenhuma fonte com
Re
funcionais de um website. Requer
cenários e roteiro do
referências para essa profissão/ocupação.
projetos estéticos e
Webdesigner
design e programação, assim como referências sobre usabilidade e acessibilidade.
r e t r o s p e c t i va i n m e m o r i a n • Luiz Paulo Daudt 02/08/2010 • Paulo Moura 17/07/2010 • Fernando Veronezi 27/05/2010 • Mário Mazeron 05/10/2009 • Renato Cardoso 04/09/2009 • Lauro Schimer 24/07/2009 • Fernando (Judeu) Westphalen 15/07/2009 • Hugo Amorim 10/07/2009 • Osmar Trindade 30/06/2009 • Raul Quevedo 28/06/2009 • José Onofre 19/05/2009 • Cândido Norberto 01/02/2009 • Luiz Pilla Vares 09/10/2008 • Luiz Osório 29/08/2008 • Tuio Becker 02/05/2008 • Betão Andreatta 05/11/2007 • Lupi Martins 09/10/2007 • Amir Domingues 08/10/2007 • Dedé Ferlauto 24/08/2007 • Mário Emílio de Menezes 23/08/2007 • Paulo Deniz 23/08/2007 • Jodoé Souza 25/07/2007 • Olívio Lamas 23/06/2007 • Braga Gastal 01/04/2007 • Lilian Bem David 14/11/2006 • Nelson Cardoso 07/08/2006 • Daniel Herz 30/05/2006 • Clóvis Ott 01/01/2006 • Sérgio Rosa 21/11/2005 • Joao Baptista Aveline 13/11/2005 • Flavio Fogaça 14/10/2005 • Bira Valdez 23/06/2005 • Ito Ferrari 21/03/2005 • José Bacchieri Duarte 09/02/2005 • Heitor Kramer 15/01/2005 • Evaldo Gonçalves 15/12/2004 • Adil Borges (Hilário Honório) 22/09/2004 • Júlio Rosenberg 19/04/2004 • Jorge Salin Allen 05/04/2004 • Jesus Iglesias 16/02/2004 • Ary de Carvalho 04/07/2003 • Homero Guerreiro 04/03/2002 • Ernani Behs 21/02/2002
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DEZembro’14
Ac
Osprofissionais Christine Gerbauld, especialista em SEO Trabalho com o SEO desde 2008. Não é uma profissão que se aprende em faculdade nem cursinho online, tem que correr atrás de informação, estar sempre se atualizando e ter praticamente um sexto sentido (fora conhecimento técnico, claro). Acredito que exista ainda muito espaço para desenvolver esta atividade, ainda desconhecida pela grande maioria. É importantíssimo a sua empresa estar visível nas buscas do Google pelas palavras- chave da sua atividade para ser encontrada, ser reconhecida e adquirir autoridade na web. O SEO é um trabalho apaixonante.
Alexandre da Silva Leites, estudante de Engenharia da Computação no programa Ciências Sem Fronteiras Ser um desenvolvedor de software (ou programador, na linguagem simples) significa ter a capacidade de aplicar as tecnologias existentes – e criar novas, quando necessário – para atender às demandas do mercado. Por outro lado, ser um programador é também ter que lidar com sistemas altamente complexos e cruciais para uma empresa ou até mesmo para o mundo, onde uma simples falha pode levar a um problema crítico. Além disso, trabalhar com desenvolvimento de software requer a capacidade de absorver novos conhecimentos rapidamente, seja para aprender novas tecnologias ou entender o negócio do cliente para, então, conseguir desenvolver um software que abranja o que o cliente necessita.
Carlos Tiburski, contra-hacker Não há um bom ou mau hacker. O que existe é a definição de cracker, que usa seus conhecimentos sem ética e para conseguir ganhos pessoais. Um hacker famoso é o Marck Zuckerberg, que invadiu o sistema de segurança da faculdade apenas para mostrar as suas fragilidades. Ganhou uma breve notoriedade pelo feito, mas, com certeza, não foi isso que o alçou ao sucesso do Facebook. O hackeamento, no seu sentido mais puro, é muito bem-vindo: achar soluções mais inteligentes e eficientes para um determinado problema. Se hoje temos um crescimento dessa profissão contra-hacker, deve-se ao avanço tecnológico da sociedade e à virtualização dos seus diversos processos analógicos. O banco está na internet, a informação (TV, rádio e jornal) está na internet, serviços governamentais, desde o nível federal ao municipal, estão na internet, as empresas estão na internet. Assim, a profissão do contra-hacker tem crescido no mundo corporativo como movimento de defesa às diversas armadilhas virtuais criadas pelos crackers. Fato é que quem trabalha nessa área deve ter sempre a mente aberta e vontade de aprender para conseguir prestar um bom serviço.
98
DEZembro’14
Ar
artigo
Tratar do futuro do Ensino em Comunicação no Bra-
Mas por que isso agora? É notório que a Educação
sil é um grande desafio. Estudantes cada vez mais
no contexto global atual exige mudança. Para pen-
jovens, conectados (tecnologicamente) o tempo to-
sarmos o Ensino, precisamos pensar na Educação
do, ávidos por respostas rápidas e pela aplicação
e na aprendizagem significativa, que se refere à
do conhecimento, desafiam o “ser professor” dia
capacidade de o estudante mobilizar-se e engajar-
após dia. Desta forma, o futuro do ensino em Co-
se no processo, reconhecendo (e valorizando) a
municação está no escopo de um desafio ainda
importância dos conteúdos e objetivos de apren-
maior: o processo de ensino e aprendizagem.
dizagem. Uma das formas de mobilizar estudantes e professores nesse sentido é trabalhar com Me-
A partir da experiência docente e do acompanha-
todologias Ativas de Aprendizagem. Essas meto-
mento de professores, estou cada vez mais con-
dologias reconhecem o estudante como protago-
victa de que, para falarmos do futuro do Ensino ou
nistas no processo de ensino-aprendizagem e já
da Educação Superior, temos que tratar da apren-
estão sendo aplicadas em diversas instituições den-
dizagem. Cabe ressaltar aqui que, para pensarmos
tro e fora do País. As salas de aula tornam-se am-
na aprendizagem, precisamos responder a duas
bientes de aprendizagem e ultrapassam os limites
perguntas: Nossa aula é uma experiência de apren-
dos “quadros negros”, slides ou lousas. Estudos
dizagem? Nossos estudantes estão efetivamente
de cases, simulações, negociações, projetos e re-
aprendendo?
solução de problemas passam a nortear o Plano de Aula dos professores. Desse modo, a aula é pla-
100
DEZembro’14
Profª Me Ana Cláudia Fleck
Professora e coordenadora da Academia de Professores da ESPM-SUL
nejada (redesenhada) para se tornar um momento
Vale lembrar que não bastam salas de aulas inova-
único, insubstituível. E, portanto, tanto estudantes
doras, estúdios e laboratórios, nem mesmo será
como professores precisam repensar (e recontra-
eficiente levarmos nossos estudantes para uma au-
tar) seus papéis.
la em uma Galeria de Arte. E também não significa que o professor não deva mais ministrar aulas ex-
Dessa forma, o estudante começa a ter um papel
positivas (muito antes pelo contrário!). As metodo-
ativo e participativo em relação à sua aprendiza-
logias ativas pressupõem um redesenho do Curso,
gem. O professor passa a atuar como mentor ou
da disciplina baseando-se em objetivos de apren-
coach, orientando e auxiliando o estudante, não é
dizagem e competências a serem alcançadas pelos
mais o único detentor do conhecimento, do saber,
estudantes para que possamos realmente respon-
e não é responsável apenas por transmitir concei-
der às duas questões propostas inicialmente: Nos-
tos ou esclarecer dúvidas. O conteúdo, por sua vez,
sa aula é uma experiência de aprendizagem? Nos-
deve ser significativo, mobilizando o estudante a
sos estudantes estão efetivamente aprendendo?
encontrar as suas respostas e alternativas e, quem sabe, sendo capaz de formular perguntas. A partir
Eis o grande desafio (futuro) do Ensino (Educação).
de então, o estudante em Comunicação será capaz de refletir, relacionar, abstrair, planejar, criar, ou seja, desenvolverá competências fundamentais para sua atuação profissional.
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#10 • DEZEMBRO DE 2014
Distribuição gratuita Tiragem
20 mil exemplares
realização
Coletiva Editora www.coletiva.com.br redacao@coletiva.com.br Diretores
José Antonio Vieira da Cunha José Luiz Fuscaldo
edição
José Antonio Vieira da Cunha Márcia Christofoli Reportagem
FR Comunicação Anielle Pereira Fernanda Rosito Márcia Christofoli Shállon Teobaldo Colaboraram nesta edição
Analisa Brum Ana Fleck Ariane Xarão (Atendimento) Elmar Bones Jéssica Hübler Karen Vidaleti Márcio Callage revisão
Press Revisão
COMERCIALIZAÇÃO
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impressão
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Moove Comunicação Transmídia Evaldo Farias Tiburski (tiba)
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