Editorial Olá, tudo bem? Esta edição tem um brilho muito especial, pois apre‑ senta a reedição de Correio do Além, uma coletânea de cartas psicografadas pelo querido e saudoso Chico Xavier! Tal reedição só foi possí‑ vel graças à parceria da Editora EME e da Editora CEU e, por isso, nosso editor, Arnaldo Divo R. de Camargo, nos concedeu uma entrevis‑ ta muito interessante sobre a obra, vale a pena conferir! Além de Correio do Além, esta edição traz outros lan‑ çamentos e novidades que certamente merecem sua atenção. Então... Boa Leitura!
Expediente Leitor EME é um boletim informativo da Editora EME, distribuído gratuitamente Editor: Arnaldo Divo Rodrigues de Camargo Jornalista responsável: Rubens Toledo – MTb 13.776 Jornalista: George De Marco Diagramação: Victor Benatti Impressão: Gráfica EME Tiragem: 5.000 exemplares Vendas: (19) 3491‑7000 Vivo (19) 99983‑2575 Claro (19) 99317‑2800 vendas@editoraeme.com.br As respostas das entrevistas e os artigos assinados são de responsabilidade de seus autores, e não refletem necessariamente a opinião da Editora EME.
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LANÇAMENTO EME
O autor FRANCISCO CÂNDIDO XAVIER (2/4/1910 – 30/6/2002) tem lugar de destaque no es‑ piritismo brasileiro como a mais importante figura doutri‑ nária deste século. O médium mineiro psicogra‑ fou mais de 10 mil cartas de es‑ píritos endereçadas aos seus fa‑ miliares. Páginas que aliviaram o sofrimento de muitas famílias
O
A obra
quando, do Além, o ente que‑ rido retornava através de cartas psicografadas para amenizar a saudade que ficou naqueles que permaneceram na Terra. É o que nos traz o livro Correio do Além: depoimen‑ tos emocionados de espíritos que, ao se despojarem da veste física, se surpreendem mais vivos do que nunca e,
também saudosos, sentem a necessidade de expressar seu amor e contar suas experiên‑ cias no verdadeiro domicílio – a vida espiritual. A Editora EME e a Editora CEU se uniram na reedição do livro Correio do Além, que traz algumas das mais interessantes e reveladoras mensagens de crianças, jovens e adultos.
OK!
Li e gostei
Nosso editor, Arnaldo Divo R. de Camargo, foi buscar no livro as respostas às perguntas feitas pelo Leitor EME:
Entrevista com o editor
Leila, a filha de Charles
Correio do Além
Aqueles que morreram se encontram com os antepassados e sabem o que está acontecendo na Terra? Sim. Na primeira mensa‑ gem do livro, o espírito Ar‑ mando conta seu reencontro com o avô, que desencarnou depois dele: “Agora, temos conosco o vovô João, que voltou à vida espiritual logo depois de meu regresso. Na‑ turalmente ele se encontra qual me vi, a princípio, lu‑ tando de certo modo, a fim de se realizar no refazimento espiritual preciso, e espera‑ mos tê-lo valoroso e calmo; amparando-nos a certeza de que nos pertencemos uns aos outros, sem desunião e sem desarmonia. Assim espero”. Na mensagem do jovem Carlos Alberto dos Santos Dias, vemos o bom humor com que ele trata a morte, quando diz: “Estávamos tão acomodados com nossa con‑ versação que o Maurício e eu nos sentimos atropelados pelo tronco rigoroso, que nos estragou o corpo e a máquina inevitavelmente” – ele, diri‑ gindo, provocara um aciden‑ te contra uma árvore, o que ocasionou a desencarnação dos dois amigos. Esses exemplos mostram que os desencarnados se encontram com seus familiares que os antecederam nesta viagem; aqueles que falecem cedo ficam revoltados ou rebeldes com a situação?
Parece-nos que os jovens têm mais facilidade de aceita‑ ção do que aqueles que são casados ou pais. Vejamos o caso do jovem Eduardo Ruiz Dellalio, que, devido a um acidente de moto, faleceu aos 17 anos, e quatro meses de‑ pois escrevia pelo Chico Xa‑ vier à família: “A vovó Fran‑ cisca me trouxe à presença do tio José, e com ele reco‑ nheci que me haviam esco‑ rado na travessia da viagem para a minha nova existência. De começo rebelei-me, como era natural, mas, pensando na bondade de Deus, gradativa‑ mente entrei na aceitação de que necessito”. São conhecidas as mensagens psicografadas que foram levadas ao tribunal do júri em defesa de réus como prova de acidentes. E algumas confirmam até a própria assinatura. Isso procede? Sim, isso ocorreu com essa fantástica mediunidade de Chico Xavier, inclusive motivo de reportagem pela TV Globo à época. No livro Correio do Além uma mãe confirma que todo o assunto abordado na mensagem, in‑ clusive a assinatura, é mesmo da filha. Isto está no depoi‑ mento de Therezinha Dias Tavares: “Tudo que contém a aludida mensagem é de minha Egle, não só a redação e assuntos nossos como tam‑ bém sua assinatura”. Vale destacar nestas cartas
da jovem arquiteta Egle Apa‑ recida, formada aos 21 anos, casada aos 22 anos e que desencarna apenas quatro meses depois do casamen‑ to com Roberto Braga, que sua comunicação com a mãe ocorreu apenas quatro meses depois. Nela, pede à mãe que perdoe o seu marido: “O nosso querido Roberto não teve culpa. A moto saltou so‑ bre um obstáculo com tama‑ nho ímpeto que me vi atirada no chão. Escutei os chama‑ dos do esposo que tentava me reanimar, no entanto, um sono invencível me dominou todas as energias”. E as crianças no Além, elas estudam e acompanham a vida da família aqui na Terra? Sim, as crianças se desen‑ volvem como se estivessem na Terra, porque na verdade a vida verdadeira é a espiritual, e tudo que existe aqui é uma cópia imperfeita do que exis‑ te lá. E o estudo é fundamen‑ tal na vida de todos, porque o desenvolvimento intelec‑ tual produz o conhecimento moral. Neste livro temos a comunicação de um menino de 12 anos, Marco Antônio, que é assistido pelo avô Ade‑ mar; o garoto informa a nova residência no Além: “O Ade‑ marzinho, o Léo e a Cristiane, com dona Lúcia, estão todos reunidos comigo, ou eu com eles, num lar de muito recon‑ forto e confiança em Deus”. Na segunda carta quem es‑
creve e assina é o garoto de 9 anos, Dedê, que informa: “A nossa irmã e orientadora dona Luzia nos trouxe para informá‑ -los, extensivamente à vovó Maria e a todos os nossos, que estamos na escola aprendendo com proveito”. E como o pai aqui na Ter‑ ra estava depressivo, fazendo uso de álcool, Dedê lembra a recomendação que o pai fazia aos garotos, que gostavam de futebol: “Se puder atender-me, querido papai Argeu, perdoe‑ -me, mas não procure esqueci‑ mento no conteúdo de frascos que não são de remédios. Não quero falar nome de rótulos que vemos por aí, às vezes, quase anunciando perigo e doença, conquanto não falem isso. O senhor compreenderá seu filho. Papai, o senhor um dia falou para mim e para o Marco que não devíamos fu‑ mar e nem beber outro líquido que não fosse água pura. Lem‑ bro-me do conselho e creia que seguiríamos todas as suas instruções, se aí estivéssemos. Já sei que o senhor me descul‑ pa e isso me consola”. Finalizando, o que mais diria sobre o livro? Este é um livro simples, po‑ rém revelador, que vai levar consolo a todos aqueles que o lerem, ajudando-os na pre‑ paração para a vida depois da morte; principalmente, vai tra‑ zer conforto àqueles que viram a partida de um ente querido para o Além.
Chico Xavier • Espíritos diversos Cartas psicografadas 14x21 cm • 208 páginas • R$ 30,90
E
mocionante e verdadei‑ ro, Correio do Além vai proporcionar, além de grande consolo, a certeza irrefutável de que a vida é uma só, tanto lá como cá. O livro, uma reedição em parceria com o Centro Espíri‑ ta União (CEU) de São Paulo,
apresenta cartas psicografadas por Chico Xavier na ocasião em que grandes caravanas se dirigiam para Uberaba vindas de todos os lugares do país, com pessoas sofridas e neces‑ sitadas de um consolo através de um intercâmbio com o ente querido desencarnado.
Trecho da obra
M
ãezinha, muito grato por tudo a você e a meu pai. Beije por mim a nossa Ca‑ rolina pequenina. E fale com a irmãzinha que eu também a amo muito. Agora, mamãe, não posso continuar. As lágrimas me su‑ biram do peito para os olhos. É uma vergonha chorar assim, quando a felicidade está co‑ nosco. Mas a sua festa me en‑ terneceu. Estou com saudades de uma competição de forças com o papai Wilson e com muitas saudades do seu jeito de satisfazer a todos os nossos convidados, para que o bolo não faltasse a ninguém. Estou com saudades da tia Ilca e tanta gente está chegando ao meu coração! Sinto-me unicamente capaz de agradecer e pedir-lhes me abençoem e não me esqueçam nas orações habituais. Papai Wilson e mamãe Chi‑ quinha, este o momento do
“tchau”. Quando eu puder voltarei e, quando pudermos, haveremos de fazer outra fes‑ ta com tantos companheiros e tantos irmãos em derredor de nós. Perdoem-me se termino aqui. Não sei molhar o lápis nas lágrimas para escrever. Desse modo, pais queridos, fiquemos todos com Deus e, no abraço de carinho com que me acolhem as palavras, sin‑ tam o pulsar de meu coração entre os dois. Estivesse completando du‑ zentos anos de vida física, mi‑ nha emoção não seria menor. Recebam, assim, com tudo que sinto e não escrevo, o ca‑ rinho imenso repleto de muitas saudades do filho amigo, sem‑ pre com toda a gratidão que, sou capaz de sentir. Mensagem de Eduardo Ruiz Dellalio, morto em acidente de moto
Os filmes baseados em fatos reais dão origem a películas espetaculares. Não foge à regra o romance Leila, a filha de Charles, que nos relata uma das existências de dona Yvonne do Amaral Pe‑ reira. Impactante, robusto, en‑ volvente, cativante – diríamos até mesmo inebriante –, esse romance que nos leva ao pas‑ sado da extraordinária médium espírita, trazendo-nos um aler‑ ta de extrema valia e urgência para os dias atuais comprome‑ tidos com o crime do autocídio. Parabéns à Editora EME e à médium Denise. Ricardo Orestes Forni, por e-mail
Nas mãos
amigas dos pais Está servindo de orientador para o estudo da família no centro espírita. Rosângela dos S. de A. Reis, de São João de Meriti/RJ
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AGUARDE! Moisés, um impostor? D epois do enorme suces‑ so de A vingança do judeu, a Editora EME traz outro ro‑ mance ditado pelo espírito J. W. Rochester para a mé‑ dium russa Vera Kryzhano‑ vskaia: O Faraó Merneftá. Novamente com tradu‑ ção de Cristina Flores, esta obra conta a vida de Moi‑ sés sob a visão de três espí‑ ritos – Thermutis, Pinehas e Necho. Thermutis conta que Moi‑ sés foi filho de um amor proibido entre ela e um hebreu, povo tido como indigno na época. Quando Ramsés II decreta a matança dos bebês hebreus, ela en‑ cena encontrar a criança no rio, alegando que o menino foi dado a ela pelos deuses, salvando assim sua vida. Pinehas, mago iniciado por Enoch, conta sua vida com Moisés, a quem cha‑ ma de impostor, porquanto usava as forças da natureza que aprendeu a dominar na Índia, citada por ele como ‘mãe da sabedoria egípcia’, para atemorizar os egípcios e forçar o faraó a libertar os hebreus. Necho, amigo de inicia‑ ção de Pinehas e soldado do faraó, faz sua narrativa de uma visão totalmente egípcia, contando detalha‑ damente como os egípcios sofreram com as famosas sete pragas impostas por Deus, através de Moisés. Nas páginas de O Faraó Merneftá, é possível perce‑ ber uma nova visão de um acontecimento apresentado pelas religiões tradicionais como um fato acabado, re‑ forçando a importância de repensar sempre e analisar mais atentamente velhos conceitos.
CÓDIGO PENAL dos ESPÍRITOS Ubirajara Emanuel Tavares de Melo*
A
lei tem por objetivo primordial regular a conduta humana em sociedade, fixando li‑ mites e tipificando as várias espécies de crimes e suas punições. A doutrina espí‑ rita, que é uma ciência que trata da natureza, origem e destino dos espíritos, bem como de suas relações com o mundo espiritual, também estabeleceu o código penal da vida futura como consta do capítulo 7° do livro O Céu e o Inferno. A propósito desse fato re‑ cebi, com amável dedicação o livro O código penal dos espíritos – A justiça do Tribunal da Consciência, escrito por José Lázaro Boberg e edi‑ tado pela EME. Nele, o autor que é emérito advogado e professor de direito além de líder espírita destaca o pri‑ mado da consciência como fator de emancipação do ho‑ mem em seu processo evo‑ lutivo, invocando a questão suscitada por Allan Kardec ao Espírito de Verdade pre‑ sente na pergunta n° 621 d’ O Livro dos Espíritos: Onde está escrita a lei de Deus? Resposta: Na consciência, como destaca no prefácio da lavra do magistrado e doutor em direito Clayton Reis. Por sua vez o autor abor‑ da os mais variados temas com relação à justiça divina
entre os quais: árbitro de si mesmo. Sem pena eterna. Deus jamais abandona a ninguém. Ninguém sofre pelos erros alheios. Ao final da obra, mencio‑ na os três princípios básicos do código penal dos espíri‑ tos, que são:
*UBIRAJARA EMANUEL TAVARES DE MELO é advogado e diretor do Neil e da ADE/PE. (Publicado originalmente no Jornal do Commercio de Recife, edição de 8 de
1. O sofrimento é inerente à imperfeição. 2. Toda imperfeição assim como toda falta dela programada, traz consi‑ go o próprio castigo nas consequências naturais e inevitáveis. 3. Podendo todo homem libertar-se das imperfei‑ ções por efeito da von‑ tade, pode igualmente – anular os males consecu‑ tivos e assegurar a futura felicidade. Finalmente o autor escla‑ rece que toda falta cometida, por mínima que seja, em ra‑ zão da imperfeição do espí‑ rito, acarreta consequências. Mas, vale novamente ratifi‑ car, sem qualquer sentido de castigo de Deus. Essa ideia de um Deus policial e vin‑
O código penal dos espíritos José Lázaro Boberg 14x21 cm • 192 páginas • R$ 28,00
agosto de 2016 e cedido pelo autor para republicação nesta página).
gativo é mera projeção do estágio de compreensão das criaturas. Somos nós mes‑ mos os nossos acusadores e juízes, pelas leis da cons ciência, lembrando que a penalidade imposta pela jus‑ tiça dos homens não isenta o espírito da justiça divina. A obra, além de uma lei‑ tura agradável, adverte a todos nós de que à medida que a consciência alcança gradativamente patamares mais elevados no cresci‑ mento espiritual, amplia-se, também a visão de um Pai de infinita bondade e amor, que atua sempre, imparcial‑ mente, através de Suas leis, sábias e eternas, em todas as criaturas, independente‑ mente de suas convicções seja elas quais forem. Dia virá, igualmente, que não transferiremos mais a Ele a função de fiscal de nossas ações, pronto a todo instan‑ te, e nos mínimos detalhes para cobrar os débitos e pu‑ nir nossas iniquidades. Nesse dia, possivelmente o homem compreenderá, numa visão lógica e racional, que a lei di‑ vina atua sempre pela justiça do Tribunal da Consciência, na proporção do grau e com‑ preensão de cada um.
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Ano 17 • número 75 • Setembro de 2016
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LANÇAMENTOS Correio do Além Chico Xavier acrescentou à literatura espírita páginas que aliviaram o sofrimento de muitas famílias. É exatamente isso que este livro traz Correio do além traz depoimentos de espíritos que, ao se despojarem da veste física, se surpreendem mais vivos do que nunca e sentem a necessidade de expressar seu amor e contar suas experiências no verdadeiro domicílio – a vida espiritual – amenizando a saudade que ficou naqueles que permaneceram na Terra. páginas 2 e 3
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Li e gostei Ricardo Orestes Forni dá suas impressões sobre o romance Leila, a filha de Charles
Advogado Ubirajara Tavares de Melo escreve sobre O código penal dos espíritos
Aguarde: O Faraó Merneftá, de J. W. Rochester, traz uma nova visão sobre Moisés
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