Leitor EME Edição 55

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ano 15 • número 55 • Agosto de 2014

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IMPRESSO

Lançamentos Animais e espiritismo

Considerações históricas e científicas sobre os animais, o relacionamento destes com o homem e os pontos de contato com a doutrina espírita As atitudes inteligentes, inesperadas e altruístas que por vezes presenciamos nos animais não deixam dúvida que há um princípio inteligente em evolução habitando os corpos materiais dos animais, afinal, não há como negar que para todo efeito inteligente, deve haver uma causa inteligente. páginas 2 e 3

Lágrimas no teclado

Dauny Fritsch • William (Espírito) Romance mediúnico 14x21cm • 184 páginas • R$ 22,00 Aqui veremos quando um espírito deseja aperfeiçoar os sentimentos e pede para ser recolhido num ambiente familiar que irá burilar suas imperfeições. Vamos estudar, vivendo a realidade de uma família, muitas vezes alterando o traçado espiritual pela falta de luz do esclarecimento, de amor e de perdão.

Peça e receba

O Universo conspira a seu favor

José Lázaro Boberg Autoajuda 16x22,5 cm • 248 páginas • R$ 26,00 José Lázaro Boberg reflete sobre a força do pensamento, com base nos estudos desenvolvidos pelos físicos quânticos, que trouxeram um volume extraordinário de ensinamentos, a respeito da capacidade que cada ser tem de poder e de dever construir sua própria vida, amparando-se nas Leis do Universo.

TAMBÉM NESTA EDIÇÃO

OK!

Li e gostei

Entrevista com o escritor Rodrigo Cavalcanti de Azambuja revela sua paixão pelos animais.

O que nossos leitores acham dos livros Copos de cristal e Do coração da Sicília

Francisco Cajazeiras fala sobre seu primeiro livro voltado para o público jovem

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Lançamento EME

Editorial Olá! Agosto só é o mês do desgosto para quem não tem a oportunidade de ler o Leitor EME. Nesta edição temos duas entrevistas: a primeira, com Rodrigo Cavalcanti de Azambuja, veterinário que nos traz Animais e espiritismo, mais uma importante contribuição e uma segura fonte de pesquisa aos estudiosos do assunto e aos amantes dos animais e da natureza. Depois, uma conversa com Francisco Cajazeiras que, após muitos sucessos publicados para o público adulto, estreia com Ideias para jovens, trazendo os princípios básicos da doutrina espírita escritos para jovens. E têm mais dois lançamentos, Lágrimas no teclado e Peça e receba – O Universo conspira a seu favor. Tudo com muito gosto! Boa leitura!

Expediente Leitor EME é um boletim informativo da Editora EME, distribuído gratuitamente Editor: Arnaldo Divo Rodrigues de Camargo Jornalista responsável: Rubens Toledo – MTb 13.776 Jornalista: George De Marco Diagramação: Marco Melo Fotolitos e impressão: Gráfica EME Tiragem desta edição: 3.200 exemplares Vendas: (19) 3491­‑7000 Vivo (19) 99983­‑2575 Claro (19) 99317­‑2800 vendas@editoraeme.com.br

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O autor

RODRIGO CAVALCANTI DE AZAMBUJA nasceu no Rio de Janeiro (RJ) em 30 de novembro de 1976. É casado, tem dois filhos e atualmente reside em Canela, na Serra Gaúcha (RS). Desde muito cedo demons-

trou grande apreço por animais e naturalmente optou pela Medicina Veterinária, se formando em 2000 pela Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro. Fez cursos de especialização em Toxicologia Animal e Clínica Médica de Pequenos Animais e mestrado em Ciências Veterinárias. Durante alguns anos, Rodrigo manteve um consultório para atendimento de pequenos ani-

mais no município de Canela e também atua como Médico Veterinário do Departamento de Vigilância em Saúde da Secretaria Municipal de Saúde do mesmo município sulista desde janeiro de 2001. Seu primeiro contato com o espiritismo foi através do livro Nosso Lar (André Luiz/ Chico Xavier) e Rodrigo acredita que a doutrina lhe trouxe “os instrumentos necessários

Entrevista com o autor O que o motivou a escrever este seu livro Animais e espiritismo? Conforme o que está na introdução do livro, creio que não há nenhum fato novo a ser acrescentado ao assunto na extensa literatura sobre os animais à luz do espiritismo, contudo, me senti impelido a escrever sobre o tema colocando um ponto de vista diferente do que tenho lido. Vejo que as reações, sentimentos e emoções no que se refere aos animais têm apresentado um viés extremamente maniqueísta, vejo extremismos de parte à parte e o bom-senso esquecido. Parece-me que está fora de discussão os meios de como atingir os objetivos de bem-estar animal frente à atual realidade da humanidade, mal comparando, me parece que a sociedade está querendo correr uma maratona hoje mesmo, sem ainda ter feito ao menos alguns treinos. Existe na codificação de Allan Kardec algum ponto ou resposta que afirma existirem ou não animais no plano espiritual? A questão d’ O Livro dos Espíritos (nº 600) afirma que: “Após a morte, o espírito do animal é classificado pelos espíritos que se encarregam dessa tarefa e utilizado quase imediatamente; não dispõe de tempo para se relacionar com outras criaturas”. Notemos bem que a espiritualidade afirma QUASE SEMPRE, o que

não exclui a presença deles no mundo espiritual. Se os animais não têm alma e sim um princípio inteligente rea­proveitado em outro animal, como eles evoluem? Como se individualizam? Não se reconhecem instintos individuais? Permito-me aqui citar Gabriel Delane em “A evolução Anímica” e faço minhas as palavras dele quando afirma que: “o princípio inteligente do animal sobrevive à morte, sendo de fato uma individualidade e, portanto, passível de se sujeitar às mesmas regras que dirigem a alma humana”. Reconhecendo a individualidade forçosamente somos obrigados a reconhecer que as experiências vividas pelo princípio espiritual e seus atributos também são particulares e individuais. O Livro dos Espíritos nos fala sobre a romagem do princípio inteligente desde o átomo ao arcanjo penso que esta individualização do princípio inteligente ocorra em formas de vida muito primitivas ainda, ou até mesmo antes do reino animal. Se o sofrimento humano com certas doenças significa, às vezes, problemas relacionados com existências passadas, porque então alguns animais passam pelos mesmos problemas se eles não possuem Espírito? Vivemos a transição para um mundo de regeneração, mas ainda observamos características de um mundo de provas e expiação. Não podemos negligenciar a realidade de nosso

orbe onde as mazelas da matéria são uma realidade cotidiana, ninguém encarna pensando que nunca adoecerá, não sentirá fome, frio, sede ou que não será frustrado por nenhuma ocorrência da vida. A dor e o sofrimento são características inerentes ao nosso globo e nenhum ser estará imune aos seus efeitos. Ademais, a dor é mestra que auxilia na correção de nossos erros e sem ela dificilmente evoluiríamos. O sacrifício de animais para acabar com o sofrimento de uma doença incurável ou para controle populacional é certo? Como o espiritismo vê esta questão? Nos humanos os momentos próximos à morte podem ser de grande valia para reconciliações, reflexões e mudanças de planos no que concerne ao futuro do espírito, sendo então inaceitável “abreviar” a vida, mesmo nos casos em estado vegetativo, pois o espírito está ativo, ao contrário do corpo. Nos animais não existindo espaço para estas reflexões filosóficas que a proximidade do túmulo nos traz, creio que deixá-los sofrer dores incontornáveis por via medicamentosa, não mais trará benefícios em termos de aprendizado, e, portanto, pessoalmente não sou contra a eutanásia nestes casos. No caso do controle populacional, sou veementemente contra, visto que a responsabilidade pelo controle da reprodução dos animais está em


A obra para que pudesse enxergar a vida de uma forma mais amena e com mais confiança, sem pressa e cobranças”. Atualmente frequenta a Sociedade Espírita Bezerra de Menezes, de Canela, da qual já foi presidente. Também já foi vice-presidente da União Municipal Espírita de Taquara e coordenador de Unificação do Conselho Regional Espírita do Rio Grande do Sul.

nossas mãos, e caso negligenciemos este dever, cabe a nós mesmos sofrer o ônus de nossa omissão que é a população errante de cães e gatos nas ruas, com o dever agravado de procurar soluções. Este problema compartilhadamente social, comunitário e governamental. O dono de um bichinho de estimação que já morreu, quando desencarnar, poderá reencontrá-lo? Interpretando as questões da codificação e a literatura espírita, não vejo porque não seja possível. Contudo, acho um pouco mais difícil pois a interpretação da literatura parece afirmar que a reencarnação do princípio inteligente dos animais seja um processo mais “rápido”, diminuindo assim a chance de encontrá-los na erraticidade. E que mensagem deixaria para nossos leitores? Espero sinceramente atingir o objetivo a que me propus ao escrever este livro, que é estimular o debate crítico sobre o tema sem radicalismos, tendo em mente que o objetivo a ser atingido é o respeito até ao mínimo ser da criação. Se até mesmo Emmanuel e André Luiz discordam sobre alguns assuntos, cabe a nós formar nossa opinião e manter o firme ideal de melhorar as condições de nosso planeta da melhor forma possível ao nosso alcance. (Leia a entrevista completa em nosso site: http://editoraeme.com.br/)

Animais e espiritismo Rodrigo Cavalcanti de Azambuja Estudo 14x21cm | 192 páginas R$ 24,50

“Os animais são nossos irmãos menores que devem caminhar juntamente conosco. Têm os seus direitos à vida, meio ambiente, liberdade e respeito”. Com esse pensamento cheio de amor pelos animais, o autor procede a um estudo minucioso em diversas obras importante, espíritas e não espíritas, acerca desse assunto tão fascinante. Documentado com fatos merecedores de credibilidade, Animais e espiritismo vem somar à bibliografia espírita mais uma importante contribuição e uma segura fonte de pesquisa aos estudiosos do assunto e aos amantes dos animais e da natureza.

Trecho da obra Em se tratando de um livro espírita sobre animais com temas relacionados com a ciência, e considerando que o espiritismo em seu tríplice aspecto (ciência, filosofia e religião) caracteriza-se como ciência de observação pelo ­ fato de se basear na utilização da razão e no método científico, torna-se válido deixar um alerta sobre o perigo do misticismo científico a que, algumas vezes, estamos sujeitos. Enquanto o espiritismo se “ocupa” do aspecto espiritual, a ciência do mundo estuda a matéria, consequentemente, representam diferentes ramos do conhecimento com objetos de estudo diferentes. No entanto, são ciências complementares com inúmeros pontos de contato e inter-relações, e devem andar de mãos dadas, pois sem uma sólida base moral a ciência carece de objetivos, podendo se tornar instrumento das maiores atrocidades, assim como a religião sem razão e lógica tende ao dogmatismo e pode se tornar fonte de fanatismo.

Quando Einstein propôs a fórmula E=mc2 trazendo o conceito de que matéria e energia são duas faces de uma mesma coisa, perfeitamente de acordo com a afirmativa de André Luiz de que “toda matéria é energia tornada visível”, vemos a ­ciência fornecendo apoio às ideias espíritas. Seguindo a recomendação do Espírito de Verdade, devemos nos instruir, o que inclui também o saber científico, sabendo que ele pode representar confirmação e apoio ao espiritismo, contudo, devemos exercitar conjuntamente o autoconhecimento e a humildade. Na qualidade de seres pensantes, inevitavelmente formaremos opiniões a respeito dos mais variados assuntos, mas como se aventurar em repassar conceitos que não dominamos completamente?

Trecho extraído do capítulo “A mistificação científica” páginas 15 e 16

OK!

Li e gostei

Copos de cristal

Este livro é de um aprendizado enorme. Não só para quem passa pela situação do alcoolismo, mas, também, serve como um alerta importantíssimo principalmente para os jovens sobre essa droga. A leitura é muito fácil, li rapidamente o livro para chegar ao final e nos leva a meditar em evitar o primeiro de muitos atos que prejudicam a nós mesmos e aos que estão ao nosso lado. Reginaldo de Barros mora em Guarujá/SP

Do coração da Sicília – imigrantes em dois mundos

Adorei este livro, história de fácil compreensão, que ao mesmo tempo prende a atenção de quem lê. Fascinante. Melissa Maria Paula mora em São Carlos/SP

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Cajazeiras e a formação dos jovens Francisco Cajazeiras é natural da cidade de Fortaleza (CE), onde reside. Médico clínico e cirurgião geral, é professor de neuroanatomia no Curso de Medicina da Universidade de Fortaleza (UNIFOR). Autor de sucessos como Depressão, doença da alma, Cajazeiras está de volta com o lançamento Ideias para jovens, marcando a estreia do autor para o público juvenil em um livro de linguagem clara, moderna, que vai direto ao ponto, tratando dos questionamentos que naturalmente afloram na adolescência. Abaixo, o autor fala mais sobre este lançamento: O que o levou a escrever Ideias para jovens? Os textos que compõem o livro foram sendo escritos ao longo dos anos em que, trabalhando com a juventude, senti a necessidade de material para ser usado nas discussões em grupo, na sequência da programação estabelecida pelo conteúdo programático do Instituto de Cultura Espírita do Ceará. Não pensava em publicá-los, mas percebi que poderiam ser úteis tanto para os jovens, em geral, isoladamente, quanto para utilização nos estudos de outros grupos espíritas. Qual seu objetivo com este livro? Trazer à baila os temas mais importantes e palpitantes na formação do jovem, em uma linguagem mais compatível com a sua, favorecendo-lhes o esclarecimento espírita acerca das suas mais desconcertantes dúvidas existenciais. Além disso, colaborar para que transitem pela difícil fase da adolescência com melhor desenvoltura e que se estabeleçam como pes­soas capazes de assumir e bem desempenhar o seu papel no mundo. Qual a contribuição do es4

piritismo para as “crises da adolescência”? A adolescência representa uma das mais destacáveis “crises” com que se defronta o Espírito em sua nova experiência reencarnatória, posto que rompe com o estado de infância em que esteve “dormitando” em seus potenciais e características, como que repousando para o enfrentamento da nova

O jovem tem alguma dificuldade para compreender o espiritismo e seus valores? Ou a forma como a doutrina é apresentada não consegue envolvê-los como deveria? O jovem é um Espírito reen­ carnado com toda uma bagagem acumulada em seu inconsciente profundo e, por isso, terá maiores ou menores possibilidades de entender

Ideias para jovens

14x21cm • 176 páginas • R$ 24,00 tarefa que lhe cabe na vigente existência, após ter sido acolhido, amparado, estimulado em suas melhores tendências e desestimulado quanto às menos dignas, pelos seus pais (tutores), bem como adaptado à nova realidade sociocultural em que foi inserido pela lei do progresso. É o momento de despertar de maneira incisiva para a vida, ao mesmo tempo em que os sistemas orgânicos amadureceram o suficiente para sua melhor expressividade na dimensão física. É o instante de retomar a individualidade para a construção de seu futuro espiritual e colaborar para a construção de um mundo melhor.

o espiritismo, a partir de sua “maturidade do senso moral”, como assinala Kardec, em O Evangelho segundo o Espiritismo (Cap. XVII, item 04). Naturalmente que, para que consiga compreender melhor e de forma mais consistente os ensinos doutrinários, há que receber os estímulos para buscá-los, sendo isso primariamente da competência dos seus responsáveis. Além disso, é preciso que o centro espírita desenvolva uma atividade de acolhimento ao jovem, de inserção em suas atividades, inicialmente como educando, com os recursos da educação, com obreiros

reconhecedores da importância da tarefa, com linguagem e estímulos relacionados às suas necessidades, características e interesses, sem resvalar para a improdutividade. E como os pais devem desenvolver a educação dos filhos frente à atual liberdade pregada pela mídia e pela psicologia moderna? Os pais precisam, em primeiro lugar, rever os costumes próprios e, a partir da observação dos desatinos e desequilíbrios presentes de maneira universal na sociedade, reavaliar os valores que estão sendo cultuados e as suas repercussões na vida como um todo. A própria psicologia abandonou a antiga proposta de liberdade plena e ilimitada (impossível em um mundo de relacionamentos), para não traumatizar os filhos, para aquela de liberdade com limites. Sabe-se hoje que crianças e jovens necessitam de limites para a sua orientação e para o aprendizado da vida em sociedade. Os pais espíritas têm maiores responsabilidades, haja vista o imenso cabedal de esclarecimentos a respeito da vida e de seus objetivos maiores, patrocinados pela doutrina. Sendo assim, além do esforço para o desenvolvimento de uma cultura espírita cotidiana, devem conduzir os filhos para as atividades específicas da educação infantojuvenil, desde cedo, e habituá-los a frequentar a casa espírita. Somente assim, recebendo uma educação continuada e conjugada desde a infância, se habilitarão a compreender o descompasso dos costumes vigente no dia a dia social e lograrão “viver no mundo sem serem do mundo”, aproveitando bem a vida e se aproximando do cumprimento dos seus compromissos e planos existenciais.


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