ano 15 • número 57 • Outubro de 2014
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IMPRESSO
Lançamentos O pássaro falante e outras histórias
É através das histórias que as crianças resolvem seus conflitos internos, construindo um universo de símbolos e trabalhando sua emoção São três histórias ilustradas: “O pássaro falante” fala do amor de Deus por nós, da importância dos amigos; “O lobo bom”, de procurarmos sempre o melhor em cada criatura e “Uma floresta do barulho”, da necessidade da união e do trabalho em grupo. Conheça um pouco deste novo livro de Fátima Moura. páginas 2 e 3
A vingança do judeu
Vera Kryzhanovskaia • J. W. Rochester (Espírito) Romance mediúnico 16x22,5cm • 424 páginas • R$ 30,00 O clássico romance de Rochester agora pela EME, com nova tradução, retrata em cativante história de amor e ódio os terríveis fatos causados pelos preconceitos de raça, classe social e fortuna e mostra ao leitor a influência benéfica exercida pelo espiritismo sobre a sociedade.
Faça sua parte
Ricardo Orestes Forni Autoajuda 14x21 cm • 168 páginas • R$ 21,00 Totalmente voltado à reforma íntima, este livro vem nos incentivar a analisarmos nossos atos e, principalmente, criarmos coragem para participarmos com Deus, como cocriadores do Universo, fazendo tão simplesmente a nossa parte, conscientes que, sempre que melhoramos, o mundo à nossa volta melhora.
TAMBÉM NESTA EDIÇÃO
OK!
Li e gostei
Análise: O amor pelos animais, Depressão doença da alma e Quando o amor é o remédio
Histórias representam para as crianças um elo entre a realidade e o imaginário
Novo livro de Wilson Garcia fala da relação comunicativa entre os espíritos e nós
página 3
página 4
página 4
1
Lançame
Editorial Olá! Como outubro é conheci‑ do como o “mês das crian‑ ças”, nada mais justo que destacarmos, nesta edição, os contos infantis de Fátima Moura no lançamento O pássaro falante e outras histórias. Inclusive com uma entrevista da autora. E já que nenhuma tecno‑ logia derruba a magia da antiga fórmula “era uma vez…” que suavemente chega aos ouvidos de uma criança, destacamos o as‑ sunto na página 4, mostran‑ do a importância dos con‑ tos infantis – opinião respal‑ dada pelo espiritismo. Além disso, outubro é também mês de eleição, então vamos exercitar nos‑ sa democracia apresentan‑ do lançamentos para os adultos! Aproveitem e boa leitura!
Expediente Leitor EME é um boletim informativo da Editora EME, distribuído gratuitamente Editor: Arnaldo Divo Rodrigues de Camargo Jornalista responsável: Rubens Toledo – MTb 13.776 Jornalista: George De Marco Diagramação: Marco Melo Fotolitos e impressão: Gráfica EME Tiragem desta edição: 3.200 exemplares Vendas: (19) 3491‑7000 Vivo (19) 99983‑2575 Claro (19) 99317‑2800 vendas@editoraeme.com.br
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A autora
FÁTIMA MOURA é escri‑ tora, jornalista, artista gráfica, teatróloga, musicista, pedago‑ ga e psicopedagoga clínica. Nas casas espíritas, além de palestras e estudos, realiza um
treinamento para pais e evan‑ gelizadores com a apostila A música que existe dentro de nós, que muito tem contribuí‑ do para uma melhor forma de utilizar a música entre jovens e crianças no processo da evangelização espírita. Seus 36 livros abrangem di‑ versas faixas etárias, que va‑ riam desde a pré-alfabetização
até a faixa infantojuvenil. No campo espírita tem dado vida a muitas histórias como autora e, também, através de seu tra‑ balho como designer gráfica e ilustradora infantil. O jovem quer respostas e Minha escolha é viver, pu‑ blicados pela EME, são dois exemplos de sucesso. Agora, Fátima apresenta O pássa-
Entrevista com a autora O que a motivou a escrever O pássaro falante e outras histórias? Escrever para crianças foi o que me motivou a ingressar na literatura. Amo as crianças e sempre quis passar mensagens importantes para elas, não só em nível de entretenimento. Comecei minha vida profis‑ sional como jornalista, mas, depois que os livros vieram, fui estudar pedagogia para poder entender melhor as crianças e aplicar todo esse conhecimen‑ to à literatura. Na sequência, a psicopedagogia me ajudou ainda mais. Quanto ao livro, a história “O pássaro falante” fala do amor de Deus por nós, da importância dos amigos, “O lobo bom”, de procurarmos sempre o melhor em cada cria‑ tura e “Uma floresta do baru‑ lho”, da necessidade da união e do trabalho em grupo. Qual seu objetivo com esta obra? Creio que poderá oferecer às crianças momentos de alegria e emoção através de histórias curtas e reflexivas, tudo isso acompanhado de belas ilustra‑ ções coloridas. O trabalho edi‑ torial está primoroso. Confiram. Existe a necessidade de es perar pela educação infantil formal para que as crianças se envolvam com a leitura dos contos de fadas? Infelizmente ainda hoje, mesmo tendo o livro todas es‑ sas qualidades, muitos pais pre‑ ferem comprar uma roupa de marca ou um brinquedo caro
para o filho, deixando o livro em segundo plano. Como você bem disse, o livro é um mundo mágico que não deveria estar ausente da vida de uma crian‑ ça. Mas, para que isso acon‑ teça, os pais devem ser bons leitores, apaixonarem-se pelos livros e consequentemente, le‑ varem seus filhos a fazer o mes‑ mo. Existem no mercado edito‑ rial belas histórias que podem ser lidas e usadas com crianças a partir de 02 anos de idade e mesmo na barriga da mãe, um bebê já pode ouvir histórias, aprendendo a reconhecer o timbre e a entonação da voz da mamãe, afirmam cientistas e pesquisadores. Quais são as vantagens de se usar animais como persona gens de uma história? O grego e historiador Esopo já usava bichos como persona‑ gens de suas fábulas. Histórias que continham ratos, raposas e cigarras, criticavam os valo‑ res da sociedade de sua época, para mostrar o certo e o erra‑ do. Pesquisadores e pedagogos nos mostram que a criança ao se relacionar com os animais apresentados na história, des‑ pertam maior interesse por esse mundo fantástico, onde os ani‑ mais adquirem características humanas. Por vivenciar uma fase anímica, o leão que fala, o rio que canta, as árvores que conversam, mexem e desper‑ tam sobremaneira sua imagina‑ ção, além do acesso a cenários diversificados. Essa personifi‑ cação faz também com que
as crianças desenvolvam amor pelos animais e os vejam como criaturas amigas, passíveis de erros e acertos, muitas vezes necessitados de cuidados, tal como elas mesmas. O que você diria às pes soas que são contra o uso de animais em contos infantis por causa dos arquétipos ge ralmente utilizados – a cobra é sorrateira, o jacaré é cruel, etc. – e que, segundo eles, pas sa uma ideia errada sobre es tes bichos às crianças? Podemos usar esse negativis‑ mo de outra maneira, ou seja, se temos na história uma cobra sorrateira e perversa, que vive aprontando com os outros ani‑ mais, podemos mostrar a crian‑ ça que isso não leva a nada, que precisamos usar de hones‑ tidade, para sermos bem-suce‑ didos, ou então sofreremos as consequências dessas atitudes. Na história do lobo bom, temos um dilema. O nosso herói, que era um lobo bondoso, não ti‑ nha amigos porque dentro des‑ se arquétipo, os lobos são maus e agressivos, o que não era o caso de nosso personagem. Uma ação gerou uma reação que gerou uma descoberta, que permitiu o crescimento interior. Só devemos enfatizar algo, se acontecer algum aprendizado através dessa citação ou situa‑ ção. Assim como nós, os ani‑ mais também têm acesso ao caminho de sua evolução. Como despertar, então, o interesse de uma criança pela leitura?
ento EME A obra ro falante e outras histórias, para, segundo ela, “oferecer às crianças, momentos de ale‑ gria e emoção através de his‑ tórias curtas e reflexivas, tudo isso acompanhado de belas ilustrações coloridas”. Na entrevista exclusiva abai‑ xo, Fátima fala sua obra e so‑ bre a importância dos contos infantis. Confira!
Comprando livros, falando de livros, e acima de tudo, len‑ do muito, pois só com o seu exemplo você conseguirá moti‑ var uma criança ou um jovem, a se tornar um leitor assíduo. Sempre que possível, dê livros de presente a seus filhos. Fre‑ quente Bienais, cafés literários, Feiras de Livro, para que seus filhos percebam o quanto é bom ler, conhecer, trocar infor‑ mações e experiências através de tudo que aprendemos nos livros. E que mensagem você deixa ria aos nossos leitores? Desliguem a televisão e con‑ tem mais histórias para seus filhos, netos, afilhados e ami‑ gos. Sua história de vida tam‑ bém serve. Fale de suas lutas e dificuldades para seus filhos, que muitas vezes, não sabem o que você vivenciou e viven‑ cia. Precisamos aprender a nos comunicar mais e com melhor qualidade. Compre livros, dê li‑ vros de presente. Se sua família adota o Culto no lar, incentive a leitura de um bom livro que te‑ nha a linguagem das crianças e jovens e discuta com eles sobre os assuntos abordados, transfor‑ mando esse momento em uma grande sala de leitura em famí‑ lia. Aproveitemos a preciosa oportunidade de crescimento, onde os livros desempenham um importante papel, nos ensi‑ nando a viver melhor. Leia a entrevista completa em nosso site:
http://www.editoraeme.com. br/entrevistas/184-entrevista -com-fatima-moura.html
O pássaro falante e outras histórias Fátima Moura Infantil
20,5x20,5 | 60 pp. | R$ 19,50
OK!
Era uma vez... ... um pássaro que podia falar. Mas se sentia inútil por não fazer nada que pudesse tornar as pessoas mais felizes. ... um lobo diferente: o que ele mais queria era poder aju‑ dar, mas ninguém acreditava nele! Todos se assustavam e fugiam, por causa de sua apa‑ rência feroz. ... o pássaro Kadu, a bor‑ boleta Cici e o macaco Nico, que faziam muito barulho e incomodavam os outros habi‑ tantes da floresta. Estas são as histórias que compõem esta obra, ilustra‑ das com humor e emoção, e que trazem importantes lições para os pequenos leitores.
Trecho da obra — Você... pode falar? — Claro! Eu posso falar e entender tudo também. Ainda há pouco, quando você disse que eu era muito bonito, eu fiquei todo envergonhado. Acho que eu nunca tinha ou‑ vido um elogio tão sincero. É que eu sou um pouco tími‑ do... — Eu não quis encabular você, amiguinho, mas um elo‑ gio sincero, já é um grande passo para se iniciar uma nova amizade, não é mesmo? — Eu acho que sim. Mas, eu estou sempre voando muito alto. Tenho pouco tempo para me aproximar das pessoas e fazer amigos. — Você é muito bonito! To‑ dos devem admirar muito a sua beleza. — De que adianta ser ad‑ mirado, mas não ser amado? Muitas vezes, tenho de me desviar de meninos tolos, que, com seus estilingues de borra‑ cha, tentam me fazer mal. — Mamãe me disse que devemos respeitar os animai‑
zinhos que o bom Deus colo‑ cou na face da Terra. — É verdade. As crianças, às vezes, pensam que nós, pás‑ saros, não temos sentimentos. Deviam nos amar mais. — Sabe, Brilhoso, eu queria ser como você. Poder voar bem alto, conhecer todos os lugares, ir longe, cada vez mais longe... —É boa a sensação de liber‑ dade, mas, nas minhas andan‑ ças, eu me sinto solitário. Mas agora, preciso ir, até logo, te‑ nho que ir andando... — Mas... Você já vai embo‑ ra? Não virá mais aqui todas as manhãs? — Acho que não vou poder. Ainda tenho muito que viajar por aí... —Mas, por quê? Você aca‑ bou de chegar... — Agora que somos amigos, eu sei que posso lhe contar um segredo. Trecho extraído do conto “O pássaro falante” páginas 12 a 13
Li e gostei
O amor pelos animais
Adorei o livro. Me trouxe mais informações sobre os animais, e mudou minha maneira de pensar sobre as terríveis experiências feitas com os bichinhos. Mailza Aparecida Marcon mora em Poços de Caldas/MG
Depressão doença da alma
Um livro com muitos conceitos técnicos, mas com grande poder de indu‑ ção a seu comportamento terapêutico para se contro‑ lar e evitar esse transtorno pandêmico. Laurindo Peixoto mora em São Vicente/SP
Quando o amor é o remédio
Gostei muito desse livro. Wilmar José de Lima mora em Goiânia/GO 3
Lançamento
O desafio da interação comunicativa Em Os espíritos falam. Você ouve?, o jornalista e professor universitário Wilson Garcia pretende refletir sobre como a comunicação mediúnica se rea liza na prática espírita e apresenta elementos que, se considerados, valorizam e ampliam a noção de comuni‑ cação social. Há tempos reconhecido pela comunidade espírita como conhecedor profundo do espiritismo e da grandiosa disciplina da comunicação, Wilson Garcia apresentou pri‑ meira versão desta pesquisa ao Centro de Pesquisa e Do‑ cumentação Espírita (CPDoc) em meados de 2013. A proposta era instigante: discutir a própria comunica‑ ção mediúnica do ponto de vista do conhecimento acadê‑ mico sobre comunicação. Para Mauro de Mesquita Spi‑ nola, presidente do CPDoc, a questão proposta por Wilson Garcia e a discussão que pro‑ move certamente representa‑ rão um marco, uma referência conceitual e prática para os es‑ tudos posteriores relacionados à comunicação no sentido ge‑ ral e à comunicação mediúnica em particular. Como resultado, Os espíritos falam. Você ouve? chama a atenção sobretudo pela ca‑ pacidade do autor de, com muita clareza, estabelecer um modelo para a comunicação entendida como um fenôme‑ no transcendental, abrindo as possibilidades de diálogo com o acadêmico não espírita e com quem busca referências para pesquisas sobre o tema. 4
A IMPORTÂNCIA DOS CONTOS NA FORMAÇÃO MORAL INFANTIL Na entrevista exclusiva que Fátima Moura concedeu ao Leitor EME, e que você pode conferir nas páginas 3 e 4 des‑ ta edição, a autora do lança‑ mento O pássaro falante e outras histórias afirma que “tra‑ balhar histórias em casa, na escola ou na vida cotidiana de uma criança a levam a embar‑ car em uma outra dimensão do seu conhecimento diário.” Fátima não está sozinha nes‑ ta visão. Para muitos psicólo‑ gos e estudiosos do assunto, embora os tempos modernos ofereçam novos recursos para a criança ter acesso às histórias infantis, nada derruba a magia da antiga fórmula “era uma vez…” que suavemente chega aos ouvidos de uma criança, através dos lábios dos pais ins‑ pirados nos contos infantis. Isso porque o maravilhoso continua sendo um dos ele‑ mentos mais importantes. Através do prazer ou das emoções que as histórias
proporcionam, os persona‑ gens agem no inconsciente da criança, atuando pouco a pouco para ajudar a resolver conflitos normais nessa etapa da vida. Acredita-se que o efeito in‑ tegrador que os contos infantis têm sobre a personalidade seja o fator responsável por terem resistido à passagem do tempo e terem se universalizado. Para a psicóloga clínica Ma‑ riuza Pregnolato, cada vez mais surgem evidências de que os sistemas de crenças produzem efeito decisivo sobre o funcio‑ namento do ser humano, tanto psíquico quanto fisiológico, de modo que crenças que nos infundem esperança de vitória são de grande ajuda na supera‑ ção de dificuldades, mesmo na vida adulta. Além disso, ao co‑ mentar uma história, por exem‑ plo, as crianças estarão falando dos seus sentimentos, mas não diretamente de si próprias, já que utilizarão o recurso das
personagens e de uma situação fictícia como apoio. A doutrina espírita é con soante com tais observações, ao considerar a infância como o período mais propício para o desenvolvimento do processo educativo. Levando-se em con‑ sideração que a criança é um ser imortal, ou seja, um viajor da eternidade, faz-se necessá‑ rio despertar valores latentes. Allan Kardec, no livro Obras Póstumas, no capítulo “Credo Espírita”, afirma que “os ma‑ les da humanidade provêm da imperfeição dos homens. (...) É pela educação, mais do que pela instrução, que se transfor‑ mará a humanidade”. No seu compromisso de levar o espiritismo a sério, a Editora EME faz questão de publicar livros de histórias in‑ fantis que sejam primordiais para o ensino e a formação moral da criança, através de obras que cativam os leitores de todas as idades.
Confira alguns exemplos de livros infantis publicados pela EME:
O sonho de Estelinha
Eulália Bueno Infantil 15,5x21,5 | 64 pp. | R$ 19,00
Duda na Cidade das Flores
Cosme Laurindo da Silva Juvenil 16x22,5 | 128 pp. | R$ 17,00
Meninos também crescem no Além
Wilma Stein | Vovô Sabino (espírito) Juvenil 15,5x21,5 | 80 pp. | R$ 16,00
Para conhecer melhor os nossos livros infantis, siga o link: http://editoraeme.com.br/infantil
O caracol que queria voar Elisangela Barbosa da Silva Infantil 15,5x21,5 | 32 pp. | R$ 12,00
A lenda das três árvores Rita Foelker Infantojuvenil 15,5x21,5 | 24 pp. | R$ 12,00
Vovô e as folhas do outono Alcione Alves Infantil 15,5x21,5 | 32 pp. | R$ 15,00