Leitor EME Edição 61 Março 2015

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ano 16 • número 61 • Março de 2015

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IMPRESSO

LANÇAMENTOS Mães de luto

O elo entre mãe e filho talvez seja o mais profundo. Escrito por Cristiane Novais, este livro vai cumprir seu papel de esclarecer e confortar Um emocionante relato para atingir os corações das mães que passam pela inevitável fatalidade de ver seus filhos partirem desta vida, deixando um imenso vazio em suas existências. Com o entendimento de que a vida não se encerra no túmulo, essas mesmas mães ressurgem para amparar outras tantas. páginas 2 e 3

A estação

Luiz Cezar Carneiro Rodrigues Romance espírita 16x22,5 cm • 224 páginas Uma história tão empolgante e envolvente que não conseguimos parar de acompanhar as diversas e inusitadas atividades de Cássio que, com muito conhecimento e dono de um coração extremamente bondoso, ajuda a muitos em situações que somente com bom-senso e sentimento de altruísmo pode se alcançar sucesso.

Tudo leva ao amor

Luiz Gonzaga Pinheiro Mensagens e poemas 14x21 cm • 144 páginas De maneira poética e profunda Luiz Gonzaga Pinheiro nos embala com textos de grande emoção com um fundo de ensinamento moral e cristão para todo aquele que tem olhos de ver, sentindo a beleza da vida, como obra do Criador. Tipo de leitura que se faz diariamente, como lenitivo e inspiração.

TAMBÉM NESTA EDIÇÃO

OK!

Li e gostei

Aguarde! Confira a análise de Sem nunca dizer adeus, Cora do meu coração e Copos de cristal

Não há como desconsiderar a influência da internet na difusão do espiritismo

Em breve: No silêncio dos claustros, o novo romance de Eulália Bueno

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LANÇAME

Editorial Olá! Que bom que você está lendo mais esta edição do LEITOR EME! Apresentamos, em destaque, Mães de luto, livro de estreia de Cristiane Novais que, como o nome sugere, trata da morte de um(a) filho(a) e sobre como as mães se sentem e reagem a este momento de dor. Você irá conhecer um pouco mais da obra e conferir uma entrevista exclusiva com a autora. Apresentamos também dois lançamentos, A estação, romance de Luiz Cezar Carneiro Rodrigues e as mensagens e poemas de Luiz Gonzaga Pinheiro em Tudo leva ao amor. Curtiu? Então não deixe de conferir a análise do papel das redes sociais no comportamento humano. Tenha uma boa leitura e até a próxima!

Expediente Leitor EME é um boletim informativo da Editora EME, distribuído gratuitamente Editor: Arnaldo Divo Rodrigues de Camargo Jornalista responsável: Rubens Toledo – MTb 13.776 Jornalista: George De Marco Diagramação: Victor Augusto Benatti Fotolitos e impressão: Gráfica EME Tiragem desta edição: 3.200 exemplares Vendas: (19) 3491­‑7000 Vivo (19) 99983­‑2575 Claro (19) 99317­‑2800 vendas@editoraeme.com.br

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A autora

CRISTIANE NOVAIS nasceu em Itabuna (BA). Mãe do pequeno Davi, de 4 anos de idade, a autora é graduada em Letras pela Universidade Estadual de Santa Cruz – UESC e é servidora pública estadual do Tribunal de

Justiça do Estado da Bahia. Seu caminhar no espiritismo começou aos 16 anos através do trabalho voluntário. Aprofundou-se nos estudos das obras de Allan Kardec e, aos 17, já ministrava palestras em sua cidade. Em conjunto com amigos dedicados, Cristiane fundou a Jornada Espírita local, cujo sucesso transformou o evento na Semana

Espírita, da qual a autora participa na qualidade de palestrante. Com os mesmos amigos, Cristiane promoveu a Juventude Espírita Em Paz de Espírito – JEEPE. Depois que voltou para Itabuna, após passar a infância e parte da juventude em Ibicaraí, no mesmo Estado, ela começou a frequentar o Centro Espírita Fraternidade onde,

Entrevista com a autora Como conheceu o espiritismo? Conheci o espiritismo aos dezesseis anos de idade quando comecei a psicografar em casa. Não sabia o que acontecia, meus familiares também não. Minha tia que trabalhava com uma pessoa espírita narrou para esta o que estava acontecendo em nossa casa. Esta amiga solicitou as mensagens e mostrou ao seu esposo que na época era o presidente do Centro Espírita da cidade onde morava. Este solicitou que num dia de sábado eu pudesse comparecer à sede onde se realizava a Campanha do Quilo e a sopa para as famílias carentes, trabalhos esses que eram dirigidos por sua irmã de nome Eliana. No dia referido fui até lá e conheci Eliana, “tia Eliana” como todos nós a chamávamos e ali pude conhecer o trabalho voluntário e me encantei com os benefícios que ele produziu em minha alma. Tia Eliana falou-me do espiritismo, o que era, e me convidou para ir com ela na segunda participar de uma reunião doutrinária no centro espírita. Aceitei e no dia certo fui até lá. Chegando pude ouvir uma palestra a respeito do amor, de Deus, dos benefícios do bem, tomei passe, senti a energia boa daquele lugar e ali naquele dia eu percebi que era ali que eu queria ficar. Qual a principal motivação para escrever Mães de luto? Mães de luto nasceu de um desejo profundo de propor li-

berdade, quebrar algemas, aliviar dores, já que os sofrimentos do mundo são infinitos e o de se ver separado mesmo que momentaneamente da presença física de um filho é tão maior ainda, o que promove uma espécie de prisão interior, emocional tão grande, que incapacita aqueles que vivenciam tamanha prova de prosseguir, ou entender que é possível um prosseguimento. Os calvários que as mães enlutadas têm que percorrer para reelaborar sua vida após a partida de um filho querido é intenso, é imenso. Já que após experimentar esse momento de despedida com o filho que foi embora através da morte, essas mães passam a viver uma nova vida, são duas vidas em uma. Uma a qual ela vivia com o filho e a outra a qual sem a presença física do filho, ela terá que reconstruir, dar novo sentido, o que nem sempre é uma tarefa fácil. Com a vontade em auxiliá-las nessa reconstrução íntima, iniciei minha peregrinação em busca dessas mães para através do depoimento delas, tentar dentro das minhas possibilidades levar um alento, um alívio e esperança para os seus corações. Como as mães podem vencer o sentimento de perda quando da desencarnação de um filho/uma filha? Primeiro entendendo que não perdemos pessoas conforme nos esclarece o orador espírita Divaldo Pereira Franco. Perdemos coisas, o que não po-

demos reencontrar mais. Mas pessoas não, pessoas nós reencontraremos um dia. O que vai levar a esse entendimento é a crença na vida futura; que ninguém morre; que somos espíritos imortais; que vivemos aqui na matéria enquanto encarnados e vivemos também na espiritualidade, ou seja, no mundo dos espíritos quando desencarnados e que nos visitamos costumeiramente seja através do sonho, seja através do intercâmbio mediúnico ou seja através de uma visita que aquele que partiu quando em condições consegue realizar com as permissão dos benfeitores espirituais. A certeza de que a vida é única e é imortal nos tira o sentimento de perda. O que dizer a uma mãe que passa por esta situação? E quando ela justifica que não conhecemos esta dor? Sempre que uma mãe sepulta um filho é como se as outras mães de certa forma fossem atingidas por esse acontecimento também, porque há uma identificação com a dor daquela que foi afetada por tamanha prova. Essa empatia com a dor do outro em muitos casos nos impossibilita de encontrar palavras para amenizar a dor que aquela está sentindo, sendo assim, neste caso, quando as palavras nos fogem à garganta, um abraço é muito bem-vindo, um carinho através de um aperto de mão, de um olhar cúmplice, que demonstre o quanto sentimos muito. E quando ela


ENTO EME A obra atualmente, é diretora do DIJ (Departamento de Infância e Juventude), evangelizadora infantil e também ministra aulas do ESDE – Estudo sistematizado da doutrina espírita. Mães de luto é seu primeiro livro e, nesta entrevista, Cristiane fala mais sobre ela, sua obra, os motivos para escrever sobre este tema e muito mais. Confira!

justificar que não conhecemos a dor, devemos concordar com ela, caso não tenhamos passado pela mesma situação, vez que somente aquele que experimenta a situação de forma concreta é que pode dimensionar ao certo o tamanho da dor e do impacto que o acontecimento causou. Devemos diante deste argumento dizer que sim, não conhecemos a dor, mas a imaginamos, e já no campo da nossa imaginação é algo extremamente difícil de ser digerida. E que mensagem você deixaria aos nossos leitores e, principalmente, às nossas leitoras-mães? Deixaria um trecho de uma fala de uma mãe do livro. Um ensinamento maravilhoso que ela com sabedoria nos deixou. Aprendizado daquela que confia em Deus e com serenidade aceita a realidade de que terá que conviver por um tempo sem a presença física do filho querido. Ela nos deixa a seguinte lição: “Klebinho tem me ensinado uma nova forma de amar... amar sem tocar, sem beijar, sem cheirar... amar apenas com a alma sentindo a presença dele em cada batida do meu coração. Estamos temporariamente separados em corpos, mas eternamente juntos em espírito, aguardando o grande dia do REENCONTRO”. (Leia a entrevista completa em nosso site: http://editorae.me/maesdeluto)

Mães de luto Cristiane Novais Autoajuda 14x21 cm | 216 páginas R$ 24,00

Perder um filho é uma dor que não tem nome. Então, quando os filhos se vão e o elo é rompido, como emendá-lo? Como a mãe que perde seu filho/filha pode continuar a viver? Cristiane Novais fez um trabalho jornalístico muito bem elaborado e conseguiu romancear esse relato de forma bastante interessante. Apesar de o assunto ser um tema forte, o livro é leve, bem fundamentado na doutrina espírita e nos faz refletir sobre a importância de valorizarmos a vida, da necessidade do entendimento para a morte – ainda mais a morte de um filho, que é o tema abordado.

Trecho da obra Uma perda é sempre algo traumático na vida de um ser humano, ficando mais devastadora ainda quando envolve a figura de um filho. Talvez seja a pior dor que um ser humano pode experimentar na Terra, já que o relacionamento simbiótico entre pais e filhos é algo diferente de qualquer coisa. Depois que a perda de um filho se instala em uma família, apesar de saber que essa perda irá alterar suas vidas para sempre, esta mesma família pode aprender a conviver com ela. A morte, principalmente a de pessoas queridas, nos faz refletir acerca de que tudo passa e que o tempo não espera. Apesar da dor devastadora que carregam no coração, todas as mães de luto com quem pude conversar e conviver por um espaço de tempo são unânimes em afirmar que uma coisa que aprenderam com seus filhos que partiram é que um dia eles se reencontrarão. Em relação a isso não têm a menor dúvida. O fator que as afeta

ainda é o não saber como prosseguir. Ainda permanecem na busca de entender a perda, na vivência da mesma e na reorganização das suas vidas. Diante da notícia de que aquele filho que tanto amamos morreu, partiu para viver no mundo espiritual, um primeiro ponto a ser observado pelos pais que vivem o luto é reconhecer a perda e acreditar, embora seja difícil inicialmente, que o caminho para a possibilidade da cura existe. Ouvi muitos relatos de mães que dizem “não conseguirei continuar vivendo”; e ainda “essa dor é hors-concours” – uma expressão francesa que significa “fora de competição”. De fato muitos não resistem a essa tão grandiosa dor e acabam sucumbindo, mas a grande maioria pouco a pouco consegue ir se adaptando à nova situação e ir seguindo em frente. Trecho extraído do capítulo “O primogênito se despede”, páginas 157 e 158.

OK!

Li e gostei

Sem nunca dizer adeus

Muito instrutivo, aprendemos muito quando descobrimos o propósito nessa jornada terrena, como Ette descobriu na época de Kardec. Uma bela obra para nós, espíritas e iniciantes. Parabéns. Maria de Fátima Almeida Lavras/MG

Cora do meu coração

Este livro foi um dos mais lindos romances que já li. Eu adorei este livro, recomendei para várias pessoas que também adoraram. Édio Carlos dos Santos Cataguases/MG

Copos de cristal

Achei o livro bastante esclarecedor sobre os efeitos do álcool e suas conse­ quências desastrosas no organismo e para a família. Laércio da Silva Nebel São Lourenço do Sul/RS 3


Aguarde! Novo livro de Eulália Bueno

Sob orientação do espírito Thereza, Eulália Bueno, que já nos brindou com livros de autoajuda, como A melhor vida, o romance Noite do cais, entre outros, apresenta sua nova obra, No silêncio dos claustros. O livro narra a história de Luiza, portadora de uma mediunidade bastante ostensiva. Em uma reunião de desobsessão na casa espírita que frequenta, ela percebe a proximidade do espírito Thereza, com quem se afinara logo de início de sua participação naquela instituição, já há vinte anos. Ambas sabiam que seus destinos se cruzavam desde a época medieval, em terras lusitanas. Porém, na reunião daquela noite, a médium foi surpreendida por um espírito envolvido numa frieza que denotava o ódio que trazia em seu coração. Seus trajes mais se assemelhavam a vestes rotas, como as dos mendigos abandonados na sarjeta, mas ele não conseguia ver-se senão como um prior mor do Mosteiro de Santa Cruz, em Coimbra. Em seu discurso atormentado ele jura vingança contra Luiza. Além do enredo envolvente, com referências e personagens históricos, Eulália ressalta a importância do estudo constante das obras de Allan Kardec e a necessidade do comprometimento maior de todos os envolvidos em uma casa espírita, para que não se transformem no joguete de espíritos que se passam por falsos mentores. Vai valer a pena esperar! 4

ESPIRITISMO NA INTERNET. VOCÊ CURTIU? Segundo dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mais da metade dos brasileiros já está conectada à internet. Este processo da midiatização da sociedade permitiu a analistas no campo da comunicação concluir que, realmente, na cultura midiática está nascendo um novo modo de ser religioso: o desvio do olhar do fiel dos templos tradicionais para os novos templos digitais, estimulando, sob novos formatos e protocolos, a experimentação de uma prática religiosa agora ressignificada para o ambiente digital. Para o restante da população, o acesso à fé continua sendo feito do modo tradicional: frequentar o ambiente religioso de sua preferência. Acontece que, se para as religiões de cultos rituais o presencial é condição imperiosa, o espiritismo não se encaixa neste quadro. Ainda assim, não seria nada bom casas espíritas vazias por conta de um “vício internáutico”. Além disto, é preciso ter em mente que nem tudo o que está na internet é sagrado. O profano também navega na rede. O alerta parece exagerado. Mas o ser humano é chegado a excessos e isto não é privilégio da internet. Para se determinar um limite, recorramos a O Livro dos Espíritos, questão 908, capítulo 12, que nos ensina que uma “paixão se torna perigosa a partir do momento em que deixais de poder governá-la

e que dá em resultado um prejuízo qualquer para vós mesmos...”. Ficar à mercê da grande rede, evitando contato com a realidade é, claramente, um prejuízo no mínimo moral. Como que antevendo um debate neste nível, Allan Kardec levanta a importância do contato social na questão 779 (capítulo 8 da mesma obra), e os espíritos ressaltam que esta importância repousa no fato de que o contato social dos “mais adiantados” auxilia o progresso dos menos adiantados. Este auxílio mútuo é uma das bases da civilização. Que, para ser completa, precisa progredir intelectual e moralmente. É fato comprovado que a internet ajuda no desenvolvimento intelectual, mas não podemos deixar de lado a preocupação com o desenvolvimento moral. Senão, conforme nos alertam os espíritos na questão 793, seremos apenas “povos esclarecidos, que hão percorrido a primeira fase da civilização”. Diante do estudo das leis do progresso segundo o espiritismo, concluímos que podemos utilizar a grande rede no que tange à religião, passar e-mails de belas mensagens, participar de chats e comunidades doutrinárias, sem nunca descuidar, porém, da qualidade moral dos nossos impulsos diante destas possibilidades. Afinal, “nenhum conhecimento é inútil; todos mais ou menos

contribuem para o progresso, porque o espírito, para ser perfeito, tem que saber tudo, e porque, cumprindo que o progresso se efetue em todos os sentidos, todas as ideias adquiridas ajudam o desenvolvimento do espírito” (q.898). A internet, assim como a fé, é, portanto, um meio de se acessar o que está além de nossa realidade imediata. E ambas se associam nos inúmeros sites religiosos espalhados pela web. Mas, a despeito de todo ufanismo, é preciso, como em tudo na vida, saber separar o joio do trigo. Por isso, a Editora EME possui, além de seu site www.editoraeme.com.br, um perfil em redes sociais como o Facebook https:// www.facebook.com/editoraeme e Twitter https:// twitter.com/editoraeme, garantindo aos nossos leitores informações relevantes e mantendo, assim, seu compromisso de levar o espiritismo a sério. Curta-nos!


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