ano 14 • número 45 • Setembro de 2013
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IMPRESSO
Lançamentos Da moral social às leis morais
José Lázaro Boberg faz uma análise sistemática e detalhada das dez leis morais arroladas e comentadas na 3ª parte de O Livro dos Espíritos O aspecto mais revolucionário do espiritismo é ensejar a aplicação prática do conhecimento como fator de transformação pessoal e coletiva. Boberg explora ricamente as leis que regem o Universo e o esforço do espiritismo para melhor interpretá-las. Confira a entrevista e conheça melhor o livro. páginas 2 e 3
A morte sem mistérios
Donizete Pinheiro Estudo 14x21 cm • 160 páginas • R$ 20,00 Registrando os estudos que fez no curso “Conversando sobre a Morte”, o autor aprofunda o tema para instruir ou confortar aqueles que estejam sofrendo por causa da morte e realçar a vida imperecível e a imortalidade do espírito, cujo conhecimento altera toda a percepção sobre as coisas.
Vidas que recomeçam
Ana Maria de Almeida • Josafat (espírito) Romance mediúnico 14x21 cm • 200 páginas • R$ 22,00 As Vidas que recomeçam do título desta obra pertencem a Rodolfo e Clara, em duas histórias diferentes e emocionantes que nos fazem refletir sobre a lei da reencarnação e principalmente sobre a lei de ação e reação..
TAMBÉM NESTA EDIÇÃO
OK!
Li e gostei
Doenças, cura e saúde à luz do espiritismo, de Geziel Andrade, chega à Colômbia
Aves peregrinas e Tudo pela música são destaque nos comentários dos leitores
página 4
página 3
Donizete Pinheiro dá continuidade ao trabalho de Kardec e desmistifica a morte
página 4 1
Lançamento Editorial Olá! Esta edição traz uma entrevista com José Lázaro Boberg sobre seu novo livro, Da moral social às leis morais, além de um trecho da obra para você conhecer melhor. Outro lançamento que merece atenção é A morte sem mistérios, de Donizete Pinheiro, apresentado aqui numa resenha que dará a dimensão da importância deste tema para todos os leitores, sejam espíritas ou não. Afinal, a morte é a grande certeza que temos nesta vida. E temos os comentários de nossos próprios leitores sobre nossos livros, cuja qualidade poderá ser conferida também na Colômbia, através da obra de Geziel Andrade, Doenças, cura e saúde à luz do espiritismo. Até a próxima!
Expediente Leitor EME é um boletim informativo da Editora EME, distribuído gratuitamente Editor: Arnaldo Divo Rodrigues de Camargo Jornalista responsável: Rubens Toledo – MTb 13.776 Jornalista: George De Marco Diagramação: Editora EME Fotolitos e impressão: Gráfica EME Tiragem desta edição: 3.200 exemplares Vendas: (19) 3491-7000 vendas@editoraeme.com.br
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O autor
JOSÉ LÁZARO BOBERG é advogado e Mestre em Direito. É casado com Maria Luiza Boberg com quem tem cinco filhos (Fabíola, Flávia, Fernando, Flávio e Fúlvio). Foi Diretor da
Faculdade Estadual de Direito do Norte Pioneiro, de Jacarezinho (PR). Atualmente é professor nesta instituição e na Faculdade do Norte Pioneiro de Santo Antônio da Platina (PR). É autor de 12 livros espíritas, sendo que 10 deles publicados pela EME. Na área jurídica, escreveu o livro Lei ordinária e seu processo legislativo. Há muitos anos atuando no
Movimento Espírita em Jacarezinho e região, foi fundador e Primeiro Presidente do Centro Espírita Nosso Lar. Participa também do Centro Espírita João Batista, onde criou o Clube do Livro Espírita, Banca do Livro Espírita e Livraria. Como expositor é convidado para palestras em várias casas espíritas pelo Brasil. Seu interesse pela leitura sempre foi um hobby, principal-
Entrevista com o autor O que o motivou a escrever seu novo livro, Da moral social às leis morais? Sempre nos interessamos pelos aspectos científicos e filosóficos da doutrina. Antes de escrever sobre este tema, lançamos os alicerces das ideias sobre o assunto, no livro Leis de Deus – eternas e imutáveis, publicado pela EME. Alertamos, todavia, que, diante das constantes remissões que fizemos sobre as leis morais, citando conceitos subsidiários da obra anterior, o leitor estará munido de recursos que facilitarão a apreensão do sentido dos conceitos expendidos. Fizemos estudos sobre a Terceira Parte, nas questões de 649 a 892, de O Livro dos Espíritos. No livro anterior, foram abordadas nossas reflexões sobre as questões 614 a 648. Com essas duas obras, pode-se desenvolver um estudo sistemático sobre toda a Terceira Parte de O Livro dos Espíritos. A moral é um departamento da religião, cujas regras devemos seguir para sermos salvos ou uma questão humana ligada ao processo evolutivo? Não existe “salvação” no sentido religioso, empregada, no geral, pelas religiões judaico-cristãs, embasadas na unicidade de existência. O termo ‘salvação’ é aceito pela Igreja como ‘ir para o céu’. Na doutrina espírita é entendida como ‘educação’ da alma, sem qualquer sentido místico. Assim, pois cada um se salva (educa) a si mesmo pela pluralidade de
existências, num continuum infinito. Este é um dos diferenciais entre o Espiritismo e as demais religiões cristãs. A evolução infinita do Espírito em busca da Perfeição, embora sempre relativa. Se toda regra precisa estar atrelada a um conceito para não se transformar num dogma, que conceito o espiritismo faz da moral? O conceito que o espiritismo faz da moral está na questão 629 de O Livro dos Espíritos, quando Kardec pergunta: Que definição se pode dar à moral? A moral, então, pode ser vista como uma questão ligada à psicologia humana ou uma habilidade a ser desenvolvida? Na caminhada evolutiva do Espírito, tudo é construção gradativa. Os valores conquistados propiciam a iluminação psíquica do ser. Entendemos que a moral social será sempre desenvolvida gradualmente, num processo eterno, à medida que o ser se aproxima das Leis Morais, pela ação efetiva no bem. O não debater a moral, conforme Kardec buscou fazer em sua época, seria um dos fatores para não vivenciarmos uma sociedade cristã de fato? Nos meios religiosos, poucos são os que têm espírito crítico construtivo, formadores de opinião para debater teses ético-morais. No geral, as religiões estão engessadas por seus dogmas, não permitindo que seus seguidores tenham ideias
próprias. Aqueles que pensam diferente são, quase sempre, sutilmente, defenestrados do seu movimento. Seu livro trata das tendências éticas e sociais defendidas pela 3ª parte de O Livro dos Espíritos. Na época em que surgiu o espiritismo, a sociedade encontrava-se deslumbrada com o progresso que, paradoxalmente, trazia uma degradação social. Por que, ainda hoje, existem contradições na solução deste abismo? Somos espíritos em evolução e nada nos é imposto pelas Leis Naturais. Cada qual age de acordo com seu entendimento. Diz-se que o tempo é o senhor da razão. Assim, para atingir os mais elevados padrões éticos, cada um tem o seu tempo. Na questão 648 os espíritos dizem que a lei natural da caridade é a mais importante. A confusão que se faz entre assistencialismo e caridade dificultam o entendimento e a prática verdadeira do bem? O conceito de caridade é bastante amplo. O simples sentido de caridade, conforme entendia Jesus (o famoso BIP - “Benevolência para com todos, indulgência para com as imperfeições alheias e perdão das ofensas” - questão 886, de O Livro dos Espíritos) já é em si uma ferramenta muito importante para as boas relações entre os seres. A caridade e o amor ao próximo são consequências naturais do desenvolvimento do senso
ançamento EME A obra mente depois do contato com a Doutrina Espírita. Por isso, em seu tempo livre, Boberg gosta de ler e escrever. Também desde cedo teve contato com o espiritismo, quando sua família realizava sessões mediúnicas à moda da casa, com médiuns conhecidos da época. Confira mais informações e opiniões de Boberg nesta entrevista exclusiva!
de justiça. A justiça Divina ou Natural tem o sentido de justeza. Quem a implantou é observador da regra, do justo, do reto, do honesto e que aspira ardente e sequiosamente à Perfeição. Muitas vezes, quando se começa a estudar a doutrina espírita, ouve-se dos mais “experientes” da Casa, que é preciso fazer ‘caridade’ para estar bem com Deus. E acrescentam a famosa frase de Kardec, “Fora da caridade não há salvação”. Esta máxima é uma verdade incontestável. Não obstante, a caridade não é algo artificial que se expressa por objetivos pessoais de ‘salvação’. Ela é resultado do crescimento dos valores da justiça, passo a passo, numa construção lenta e gradativa. Nesta ótica, caridade e amor se materializam à medida que se desenvolve o senso de justiça, ao longo dos tempos. Constitui-se assim, pré-requisito para a manifestação do amor e da caridade o desenvolvimento da justiça. É óbvio que estamos nos referindo ao necessário alinhamento da criatura com as Leis Universais, eternas e imutáveis. Quanto mais o ser humano desenvolve o senso de justiça, mais ele desperta os valores morais, habilitando-se, ‘naturalmente’, a coparticipar na obra da criação, fluindo espontaneamente, na mesma proporção, a caridade e amor ao semelhante. A entrevista na íntegra você pode ler em nosso site: http://editorae.me/entrevistaboberg
Da moral social às leis morais José Lázaro Boberg Doutrinário 16x22,5cm • 256 páginas • R$ 26,00
A Justiça Divina ou Natural rege todo o Universo. Ela tem mecanismos próprios de equilibração do Espírito, quando este se afasta de seu alinhamento vibracional. O autor, como grande estudioso das obras de Kardec, elaborou esse seu novo livro, perfeitamente sintonizado com as tendências éticas e sociais defendidas na terceira parte de O Livro dos Espíritos, analisando com profundidade as leis morais trazidas pelos espíritos e tratando com máxima competência cada uma das dez leis morais propostas por Kardec para servir de guia ao homem que deseje se aproximar da perfeição.
Trecho da obra A espiritualidade denomina as Leis Naturais ou Divinas de Leis Morais; esta última, na classificação de Kardec, é considerada pelos Espíritos como a mais importante, pois, não só engloba todas as demais leis naturais, como também se constitui no ápice que todo Espírito aspira atingir: a Perfeição Moral. Neste mister, envidará esforços no seu processo educativo, o que ocorrerá no ritmo próprio de cada um, em sua ascese evolucional para conquista da felicidade. Toda a estrutura dos princípios Morais está potencializada nas Leis Naturais ou Divinas. Eles são as mesmas para todos os homens, desde os de condição mais humilde até os de posição mais elevada. Esses direitos são eternos e imutáveis. Estando estas leis Naturais gravadas na consciência, o ser em evolução encontra a verdadeira felicidade, quanto mais se alinha com elas. Os cristãos batem na tecla, que isto é, religiosamen-
te, fazer a ‘vontade de Deus’. Explicando de outro modo, sempre que entra na faixa de sintonia com as Leis Universais numa espiral evolutiva infinita, a criatura está fazendo a ‘vontade de Deus’. Estas Leis (Q. 614) é que indicam o que o Espírito ‘deve fazer’ ou‘ não fazer’, pois “o Espírito só é infeliz quando delas se afasta”. Neste sentido, o sentimento de justiça é inato no homem, encontrando-se em estado potencial – latente, embrionário, dormente – pronto para ‘vir a ser’, porém, na dependência das condições propícias para se manifestar. Compete ao ser humano, sua atualização, mediante a limpeza de seus canais mentais com suporte nos próprios ditames da consciência. Embora inato tem esse sentimento de ser aprimorado, pelo progresso moral. Trecho extraído do capítulo 10.1 – “Justiça e direitos naturais” –, páginas 231 e 232.
OK!
Li e gostei
Aves peregrinas
A história de Graça Leão sobre um retirante é uma narrativa atual que enfatiza a saga do nordestino na busca da riqueza material, o falso sucesso que aniquila o passado do homem e o distancia de Deus... Muito bom! Raíssa Regiane Galdino Ferraz, mora em Americana/SP
Tudo pela música
Gostei muito deste romance, pois fala de muitas vidas aqui na Terra, e nos traz uma lição de vida, uma aprendizagem sobre a reencarnação. Muito lindo mesmo. Os romances espíritas nos levam a acreditar mais no outro lado da vida. É tudo muito profundo e aprendemos muito. Zeniter Martins de Figueiredo mora em Piedade /SP
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Livro de Geziel Andrade chega à Colômbia
Todos nós conhecemos a atuação do escritor e economista Geziel Andrade, um profundo conhecedor das obras da codificação espírita. Agora é a vez de nossos irmãos colombianos também terem um melhor contato com a obra deste autor, através do livro Doenças, cura e saúde à luz do espiritismo. Editado pela AME Colômbia, com cessão dos direitos pelo escritor e pela Editora EME, a obra, cujo título foi traduzido para Enfermedades, Cura Y Salud, agradou ao autor, com sua capa bonita e seu editorial de qualidade. Geziel também considerou que a versão colombiana está “muito bem feita”, proporcionando uma leitura fácil e agradável. No Brasil, Doenças, cura e saúde à luz do espiritismo está em sua 14ª edição. Publicado pela EME é considerado um sucesso editorial com 23.700 exemplares publicados. A obra mostra como o livre-arbítrio, os sentimentos e pensamentos de cada um podem influenciar na causa de doenças e sofrimentos, e de que forma nosso corpo espiritual pode influir na organização e saúde de nosso corpo biológico. O livro também enfoca as recomendações que concorrem para a cura e a preservação da saúde, tanto da alma, quanto do perispírito e do corpo material.
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Resenha da obra “Então o crucificaram”. É desta forma tão sucinta quanto singela que Marcos descreve, em seu evangelho, o momento em que Jesus é pregado no madeiro. Em contrapartida a este relato breve e pouco informativo, os momentos que antecederam à cruz, a chamada ‘paixão’, são longos e detalhados. O mesmo vai acontecer com as narrativas pungentes sobre a volta de Jesus do reino dos mortos. O motivo parece bem claro: a morte e a cruz nada significam, mas a vida e a ressurreição, sim. Não estamos indo de encontro a uma catástrofe, mas de uma mudança, uma revolução na evolução, pois não vivemos para morrer, mas morremos para viver. Porém, se a morte é a “porta da vida”, como escreveu Charles Richet, fisiologista francês, por que chegamos a ela tão despreparados? Se as religiões tivessem colocado a questão da morte de forma natural, preparando o homem, durante sua vida material, para sua libertação e reintegração à sua natureza espiritual, na plenitude de sua essência divina, talvez a situação fosse diferente. Jesus não deixou dúvidas sobre a tese reencarnacionista, mas os teó logos acabaram por criá-las, transformando a “porta” de Richet numa passagem antinatural, com julgamentos, condenações, infernos, limbos e purgatórios. Foi quando Allan Kardec conversou com os mortos e fez ressurgir, até mesmo dentro das ciências, o conceito do homem imortal, posto que seja um espírito que sobrevive à carne e, assim, devolvia à morte o seu conceito natural. O espiritismo restabelecia a ideia cristã da morte como libertação, de um fenômeno como o é a própria vida e que, portanto, nada tem a ver com castigo.
Sabedor de uma necessária continuidade do trabalho de Kardec e dos espíritos em desmistificar a morte e romper com o condicionamento milenar – e até mesmo paradoxal – de se temer o inevitável, é que Donizete Pinheiro desenvolveu um curso não por acaso chamado “Conversando sobre a morte”. Dos estudos ali empreendidos resultou o livro A morte sem mistérios, lançamento da Editora EME. Ao longo de suas breves 160 páginas, Donizete aprofunda temas como doenças, velhice, eutanásia, suicídio, sono, aborto e, claro, a morte e o medo dela. Fala também sobre desencarnação, a libertação do espírito. Não se trata, porém, de uma leitura para espíritas ou não espíritas. Mas, sim, de uma leitura para quem teme e para quem não teme a morte. Como o próprio autor diz, “sempre é bom aprofundar o conhecimento sobre o
tema, até para instruir ou confortar aqueles que estejam sofrendo por causa da morte”. Este aprofundamento se constitui num processo complexo, que abrange as faculdades humanas e as eleva ao plano das funções espirituais. Começa pelo indivíduo e se estende ao mundo. Foi isso que intentou Jesus, há dois mil anos, enriquecendo seus ensinamentos de bem viver para bem morrer com seu próprio exemplo de imortalidade. Ao conhecermos os mecanismos da vida, o medo e o desespero desaparecem. Ao restabelecermos a naturalidade do fenômeno ‘morte’, retomamos a visão consoladora da eternidade. Em nosso tempo, foi o espiritismo que (re)abriu a ‘porta da vida’, de Richet. Obras como a de Donizete Pinheiro se apresentam como uma importante chave de conhecimento para fazermos luz em nosso caminho, ao cruzarmos por ela.