Entendendo o batismo - Bobby Jamieson

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ENTENDENDO A IGREJA

Entendendo o batismo BOBBY JAMIESON


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Jamieson, Bobby, 1986Entendendo o batismo / Bobby Jamieson ; [tradução: Camila Teixeira e William Teixeira]. – São Paulo: Fiel, 2019. – (Entendendo a igreja). Tradução de: Understanding baptism. ISBN 9788581326658 (brochura) 9788581326665 (epub) 9788581326672 (audiolivro) 1. Batismo. I. Título. II. Série. CDD: 234.161

Catalogação na publicação: Mariana C. de Melo Pedrosa – CRB07/6477 Entendendo o batismo – Entendendo a Igreja Traduzido do original em inglês Understanding Baptism – Church Basics por Robert Bruce Jamieson Copyright © 2016 por Robert Bruce Jamieson e 9Marks

Copyright © 2018 Editora Fiel Primeira edição em português: 2019 Todos os direitos em língua portuguesa reservados por Editora Fiel da Missão Evangélica Literária

Originalmente publicado em inglêspor B&H Publishing Group, com todos os direitos internacionais pertencentes a 9Marks. 525 A Street NE, Washington DC 20002.

Diretor: James Richard Denham III Editor-chefe: Tiago J. Santos Filho Editor: Vinicius Musselman Pimentel Coordenação Editorial: Gisele Lemes Tradução: Camila Teixeira e William Teixeira Revisão: R&R Edições e Revisões Diagramação: Rubner Durais Capa: Rubner Durais E-book: Rubner Durais ISBN impresso: 978-85-8132-665-8 ISBN e-book: 978-85-8132-666-5 ISBN audiolivro: 978-85-8132-667-2

Esta edição publicada por acordo com 9Marks. Todos os direitos reservados. Os textos das referências bíblicas foram extraídos da versão Almeida Revista e Atualizada, 2ª ed. (Sociedade Bíblica do Brasil), salvo indicação específica.

Proibida a reprodução deste livro por quaisquer meios sem a permissão escrita dos editores, salvo em breves citações, com indicação da fonte.

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SUMÁRIO

Prefácio da série Entendendo a igreja . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7 Apresentação à edição em português. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11 Introdução . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15 1. O que é o batismo?. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 19 2. Quem deve ser batizado?. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 37 3. E o batismo infantil? . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 47 4. Por que o batismo é necessário para a membresia da igreja?. . . .79 5. Quando “batismo” não é batismo?. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 95 6. Como as igrejas devem praticar o batismo?. . . . . . . . . . . . . . . . . 109



PREFÁCIO DA SÉRIE ENTENDENDO A IGREJA

A vida cristã é vivida no contexto da igreja. Essa convicção bíblica fundamental caracteriza todos os livros da série Princípios da Igreja. Essa convicção, por sua vez, afeta a forma como cada autor trata o seu tópico. Por exemplo, Entendendo a ceia do Senhor afirma que a Santa Ceia não é um ato privado e místico entre você e Jesus. É uma refeição familiar em torno da mesa na qual você tem comunhão com Cristo e com o povo de Cristo. Entendendo a Grande Comissão afirma que a Grande Comissão não é uma licença para que alguém, de forma totalmente autônoma, se dirija às nações com o testemunho de Jesus. Trata-se de uma responsabilidade dada a toda a igreja para ser cumprida por toda a igreja. Entendendo a autoridade da congregação observa que a autoridade da igreja não repousa apenas sobre os líderes, mas sobre toda a congregação. Cada membro tem um trabalho a fazer, incluindo você.


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Cada livro foi escrito para o membro comum da igreja, e esse é um ponto crucial. Se a vida cristã é vivida no contexto da igreja, então você, crente batizado e membro de igreja, tem a responsabilidade de entender esses tópicos fundamentais. Assim como Jesus o responsabiliza pela promoção e proteção da mensagem do evangelho, ele também o responsabiliza pela promoção e proteção do povo do evangelho, a igreja. Estes livros explicarão como. Você é semelhante a um acionista na corporação do ministério do evangelho de Cristo. E o que os bons acionistas fazem? Estudam a sua empresa, o mercado e a concorrência. Eles querem tirar o máximo proveito de seu investimento. Você, cristão, investiu sua vida inteira no evangelho. O propósito desta série, então, é ajudá-lo a maximizar a saúde e a rentabilidade do Reino de sua congregação local para os fins gloriosos do evangelho de Deus. Você está pronto para começar a trabalhar? Jonathan Leeman Editor de Série


LIVROS DA SÉRIE ENTENDENDO A IGREJA

Entendendo a Grande Comissão, Mark Dever Entendendo o batismo, Bobby Jamieson Entendendo a ceia do Senhor, Bobby Jamieson Entendendo a autoridade da congregação, Jonathan Leeman Entendendo a disciplina na igreja, Jonathan Leeman Entendendo a liderança da igreja, Mark Dever



APRESENTAÇÃO À EDIÇÃO EM PORTUGUÊS

Por que dedicar um livro inteiro à questão do batismo? A resposta se encontra no Senhor Jesus. Ele exemplificou o batismo logo no início de seu ministério e ordenou o batismo como um de seus mandamentos finais. Além disso, as igrejas do Novo Testamento obedeceram a esta ordem batizando aqueles que eram recebidos em seu meio como discípulos de Jesus. Assim, esta ordenança é um tema crucial para todos aqueles que reivindicam ser discípulos de Cristo e para cada igreja que objetiva seguir fielmente seu Senhor! Nossos antepassados protestantes entenderam corretamente que as igrejas verdadeiras podem ser distinguidas por duas marcas bíblicas: a genuína pregação da Palavra de Deus e a correta administração das ordenanças, ou seja, do batismo e da ceia do Senhor. Outras marcas que possamos vir a adicionar à lista sempre dependerão destas duas principais. Portanto, podemos dizer que as igrejas fiéis serão


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conhecidas pelo que ensinam a respeito do batismo e a maneira que o praticam. Ainda que o Novo Testamento revele ordens claras a respeito do batismo e dê vários exemplos para nos guiarem, podemos observar na história da igreja diversos desvios sobre este mandamento. Tais irregularidades infelizmente continuam nos dias de hoje em grande parte do mundo cristão. Aquilo que uma geração crê e pratica normalmente determinará a trajetória das gerações vindouras. Partindo deste princípio geral, estou preocupado com a maneira de como se trata ou deixa de tratar o batismo entre muitas igrejas evangélicas brasileiras. Destaco algumas tendências que justificam a minha ansiedade. Há aquelas igrejas em cada época que ensinam que o batismo oferece efeitos regenerativos ou dá algum tipo de eficácia animista. Estas crenças distorcem o próprio evangelho, e, portanto, devem ser condenadas. Entretanto, certas igrejas batistas que eram criteriosas no século XX agora aceitam membros que foram batizados quando criança. Outras batizam os convertidos, mas escolhem separar este ato de recebê-los em sua membresia. Algumas ainda aceitam o batismo dos “evangélicos” professos, mas sem muita apreciação da igreja que ministrou o batismo, para discernir se ela prega as boas novas ou apresenta outro evangelho (Gl 1.6-7).


Apresentação à edição em português

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Neste livro, Bobby Jamieson explora de forma cativante e fiel o que Novo Testamento ensina sobre o batismo e nos oferece muitas aplicações sobre esta ordenança. Ainda que seja um pastor no contexto norte-americano, seu conteúdo é extremamente relevante para igrejas brasileiras. O autor aponta que sempre há duas partes envolvidas no batismo – a pessoa que está publicamente se comprometendo com Cristo e sua igreja, bem como a congregação que é autorizada por Cristo a afirmar a profissão de fé e receber a pessoa em seu meio. Ele explica o que constitui o batismo e aquilo que não pode ser considerado batismo. É com prazer, portanto, que recomendo esta obra aos leitores brasileiros. A meu ver, vale a pena investir neste livro somente pela definição dado sobre o batismo, mas muito mais servirá de aprendizado nas páginas a seguir. Peço a Deus que seja de bom proveito para que cada cristão se certifique de que foi batizado da maneira que o próprio Cristo ordenou. Oro também para que este livro sirva aos líderes da igreja para que consigam ensinar melhor e tomar decisões mais prudentes a respeito desta ordenança. Fraternalmente em Cristo Jesus, David Allen Bledsoe Missionário da equipe teológica no Brasil International Mission Board da Convenção Batista do Sul (EUA)



INTRODUÇÃO

Olá, seja bem-vindo a este breve livro sobre o batismo. Eu poderia até chamá-lo de “livreto”. Você pode chamá-lo do que quiser. Gostaria de entrar e sentar-se? Posso mostrar-lhe o local antes de começarmos. Mas primeiro, deixe-me falar um pouco sobre você ou, pelo menos, quem eu espero que você seja. Se estivéssemos fazendo isso pessoalmente, eu perguntaria sobre você em vez de falar sobre você. Mas estamos fazendo isso por escrito, então o melhor que posso fazer é presumir. O meu melhor palpite é que existem basicamente três tipos de pessoas que lerão este livro, todas elas cristãs. Se você não é cristão, fico feliz que este livro tenha chegado até você, mas há muitos outros livros sobre o Cristianismo que eu o encorajaria a ler primeiro! Comece com os quatro Evangelhos e com o livro de Greg Gilbert, Quem é Jesus Cristo? (Editora Fiel, 2015). E eu o incentivaria a juntar-se a um amigo cristão para conversar sobre a Bíblia e o que significa seguir Jesus.


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Em qualquer caso, o primeiro tipo de pessoa que eu espero que leia este livro é alguém que crê em Jesus, mas ainda não foi batizado. Talvez você realmente não saiba o que é o batismo. Talvez você saiba o que é o batismo, mas não tem certeza do motivo pelo qual precisa ser batizado. Talvez você se pergunte se o seu “batismo” foi realmente um batismo. Você era um bebê ou era tão jovem que não sabia se sua profissão de fé era real. Este livreto abordará todas essas questões. Meu objetivo para sua vida, se você é um cristão que ainda não foi batizado, é que este livro venha convencê-lo a mergulhar fundo. (Uma vez que é impossível escrever um livro sobre o batismo sem fazer pelo menos um trocadilho relacionado à água, é melhor já fazê-lo de uma vez). Um segundo grupo que espero que leia este livro é o de cristãos que simplesmente estão interessados em aprender mais sobre o batismo. Certamente há, pelo menos, alguns de vocês por aqui. Você já foi batizado, mas quer pensar mais sobre essa ordenança que Jesus deu à sua igreja. Talvez você queira saber como explicar melhor o batismo a novos crentes ou a incrédulos. Espero que este livro forneça respostas bíblicas para as perguntas que você está se fazendo — e mesmo àquelas perguntas que você não está se fazendo, mas deveria. Um terceiro tipo de pessoa que espero que leia este livro é um líder de igreja, especialmente um pastor.


Introdução

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Pela graça de Deus, pastores frequentemente estão em uma situação em que devem batizar novos crentes, e eles também influenciam fortemente o modo como a sua igreja pratica o batismo e o que ela reconhece como batismo. Os pastores também determinam a dinâmica em relação a igreja exigir ou não o batismo como forma de entrada para a membresia da igreja, uma questão cada vez mais debatida. Não espero que você concorde com todo “i e til” deste livro. Há muitos pontos aqui a respeito dos quais os cristãos discordam. No entanto, espero que encontre nele um recurso útil para os seus membros mesmo nos pontos em que você e eu possamos discordar. E, quem sabe, talvez até mesmo eu o persuada! Tenho observado ser útil divulgar livros aos membros da igreja, mesmo quando não concordo com tudo o que está escrito neles — e eu direi isso — apenas para que eles pensem sobre o assunto em questão. Ao longo do livro, tenho todos os três públicos em mente. Começamos com a pergunta “O que é o batismo?” no capítulo 1. O capítulo 2 pergunta: “Quem deve ser batizado?”. O capítulo 3 avalia biblicamente a prática do batismo infantil. No capítulo 4, demonstro por que a Bíblia requer o batismo — ou seja, o batismo do crente — como pré-requisito para a membresia da igreja. O capítulo 5 examina alguns cenários nos quais algo que os cristãos estão chamando de


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“batismo” na verdade não o é. E o capítulo 6 oferece algumas diretrizes práticas sobre como as igrejas deveriam batizar crentes. Antes de escrever este pequeno livro, eu escrevi um livro mais robusto chamado Going Public: Why Baptism Is Required for Church Membership.1 Esse livro tem em vista mais diretamente os líderes da igreja e enfatiza a questão implícita em seu subtítulo. Utilizo muito desse livro no capítulo 3, moderadamente no capítulo 5 e ocasionalmente em outros capítulos. Agradeço à editora por permitir tal uso. Agradeço-lhe por dedicar tempo para ler este livro. Oro para que ele ajude você e outros a seguirem Jesus.

1  Bobby Jamieson, Going Public: Why Baptism Is Required for Church Membership (Nashville, TN: B&H, 2015).


CAPÍTULO 1

O QUE É O BATISMO?

O que você faria se estivesse em uma piscina e um amigo viesse por trás de você e o mergulhasse na água? Você poderia simplesmente perdoar o seu amigo — uma atitude cristã consistente. Você poderia reagir mergulhando-o também. Você poderia até intensificar o conflito aquático, esperando que seu amigo saísse e estivesse seco antes de empurrá-lo de volta para a piscina. Então, o que faria? Outro caso: o que você faria se o seu amigo se aproximasse por trás de você, mergulhasse-o na piscina e depois dissesse: “Agora você foi batizado!”. Mesmo que você conheça pouco sobre o batismo, acho que suspeitará fortemente que além de agir de modo um pouco estranho, seu amigo está errado. Você não foi batizado; tudo o que aconteceu é que você foi mergulhado. Porém, o que seria necessário para transformar esse mergulho em um batismo? Parece óbvio que você teria que perder o elemento da surpresa e participar disso


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consciente e voluntariamente. Mas algumas igrejas não batizam bebês? Os bebês não aceitam ser batizados. E quanto àquele que está realizando a imersão? O seu amigo deveria ser pastor? Esse ato teria que acontecer na igreja em vez de em uma piscina? O BATISMO É... Este capítulo responde à pergunta: “O que é o batismo?”. Primeiro, explicarei e defenderei uma compreensão bíblica do batismo e, em seguida, oferecerei alguns breves comentários sobre o que o batismo não é. Se você está adiando o batismo porque não tem certeza do que ele é, espero que este capítulo remova essa confusão e o ajude a obedecer à ordenança de Jesus para que seja batizado. Prossigamos, então: O batismo é o ato de uma igreja afirmar e representar a união de um crente com Cristo, imergindo-o em água; e o ato de um crente se comprometer publicamente com Cristo e com o seu povo, unindo assim um crente à igreja e o distinguindo do mundo.

Vamos meditar em cada parte dessa frase de definição e observar como cada afirmação se deriva da Escritura.


O que é o batismo?

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O ato de uma igreja

O batismo é o ato de uma igreja.2 Considere primeiramente que o batismo é algo que alguém faz com outra pessoa. Você não batiza a si mesmo; sempre há duas partes envolvidas, e ambas as partes afirmam algo um ao outro e ao mundo. Hoje em dia, as pessoas tendem a pensar que o batismo é um símbolo que podem realizar por si sós, como decidir comprar uma blusa na loja e depois usá-la em público. Não importa muito quem está realizando o batismo, como não importa quem é o funcionário no caixa da loja. Qualquer cristão pode batizar, em qualquer lugar, porque o foco não está em quem batiza, está em quem é batizado. Você deve decidir ser batizado, porque deseja fazer uma declaração pública: “Estou unido a Jesus”. Pense em Filipe e no etíope eunuco em Atos 8. O eunuco deseja ser batizado. Ele solicita a Filipe que o batize, o que ele de fato faz. É tudo bem simples, certo? Na verdade, o Novo Testamento apresenta um panorama mais completo, e o que encontramos em uma passagem como Atos 8 é realmente a exceção à regra, e não a regra. Você não deve começar em Atos, mas em Mateus 16 e 18, onde Jesus dá as chaves do reino primeiro aos apóstolos e depois às igrejas locais. 2  Esta seção se baseia fortemente em “Don’t Fire Your Church Members: The Case for Congregationalism”, por Jonathan Leeman (Nashville: B&H, 2016), capítulos 3 e 4.


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As chaves do reino servem para ligar na terra o que está ligado no céu, e desligar na terra o que está desligado no céu. Isso significa que os apóstolos e as igrejas reunidas têm a autoridade para tornar pública uma declaração ou veredicto em nome de Jesus. Pense no que faz um juiz quando bate o seu martelo. Ele não escreve a lei. Ele não torna o réu inocente ou culpado. Em vez disso, ele examina a lei, examina a evidência e depois declara um veredicto público e vinculante. Essa autoridade, semelhante à de um juiz, para fazer declarações oficiais em nome do céu é algo que Jesus dá às igrejas reunidas, e não aos cristãos individuais. Ouça Mateus 18.20: “Porque, onde estiverem dois ou três reunidos em meu nome, ali estou no meio deles”. Jesus não está falando com pequenos grupos aqui, e a sua presença entre eles não é uma experiência mística ou condição circunstancial. Leia atentamente o contexto e verá que Jesus está dizendo que a sua autoridade celestial pertence às igrejas reunidas (veja especialmente os versículos 18 e 19). Uma igreja é uma reunião regular de, pelo menos, duas ou três pessoas que, juntas, testemunham o nome de Cristo. E Cristo está presente em tais encontros para autorizá-los a falar em seu nome. Precisamos de tudo isso para entender o que está acontecendo na Grande Comissão de Mateus 28. Primeiro, Jesus nos lembra de que ele é o único com toda autoridade no céu e na terra (v. 18). Em seguida, ele


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autoriza os seus discípulos a batizarem e a fazerem discípulos em nome do Pai, em seu próprio nome e em nome do Espírito (v. 19). Então, diz a eles para ensinarem tudo o que ele ordenou, o que é cumprido no ministério de ensino contínuo da igreja local (v. 20a). Finalmente, Jesus reafirma que a sua presença autoritativa está naquela igreja: “E eis que estou convosco todos os dias até à consumação do século” (v. 20b). Mateus 28 contém muito das estipulações e autorizações de Mateus 16 e 18 em seu plano de fundo. Jesus não se esqueceu do que ele disse antes, e nós também não devemos esquecer. Logo, a questão é: quem tem autoridade para batizar? Qualquer cristão? Bem, se você estiver em um campo missionário, onde não existem outros cristãos, então você não tem escolha. Sim, você batiza. Uma vez que ainda não há nenhuma igreja local ali, você é a igreja nesse lugar. E Atos 8 fornece um precedente para caso, em algum momento, você se encontrar nessa situação. Ao mesmo tempo, lembre-se de que Jesus vincula explicitamente a sua presença autoritativa às igrejas — a duas ou três pessoas (ou duas ou três mil) reunidas em seu nome. Portanto, normalmente são as igrejas locais que têm a autoridade para batizar. Como o batismo é realizado por um indivíduo, a igreja age por meio de um representante. Mas o batismo ainda é um ato da igreja. Isso não significa que uma igreja


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tenha autoridade para negar o batismo a alguém que dê provas de ter sido convertido (veja At 11.17-18). Mas isso significa que, normalmente, o consentimento de uma igreja deveria estar envolvido, porque não é apenas a pessoa batizada que faz uma declaração pública. Aquele que batiza também faz uma declaração ou dá um veredicto público. Eles “registram” na terra pelo reino dos céus – o que nos leva ao próximo ponto. Afirmar e representar a união de um crente com Cristo

O que exatamente a igreja declara no batismo? No batismo, uma igreja afirma a profissão de fé do crente em Cristo. Ela afirma que alguém que diz estar unido a Cristo em sua morte e ressurreição, tanto quanto podem discernir, de fato está. A igreja estabelece um selo público e visível a uma realidade espiritual invisível. A fé nos une a Cristo para que possamos experimentar todos os benefícios de sua morte e ressurreição, e o batismo simboliza essa união. Considere as seguintes passagens: Ou, porventura, ignorais que todos nós que fomos batizados em Cristo Jesus fomos batizados na sua morte? Fomos, pois, sepultados com ele na morte pelo batismo; para que, como Cristo foi ressuscitado dentre os mortos pela glória do Pai, assim também andemos nós em novidade de vida (Rm 6.3-4).


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Mas, tendo vindo a fé, já não permanecemos subordinados ao aio. Pois todos vós sois filhos de Deus mediante a fé em Cristo Jesus; porque todos quantos fostes batizados em Cristo de Cristo vos revestistes (Gl 3.25-27).

O batismo é um sinal da aplicação do evangelho. É um sinal de que essa pessoa renunciou ao pecado e foi unida a Cristo pela fé. Mas o batismo não apenas afirma essas realidades; ele também as representa. Pense em Cristo morrendo, sendo sepultado e ascendendo novamente. O batismo representa publicamente a união de alguém com essa morte, sepultamento e ressurreição. Uma pessoa é fisicamente imersa em água e levantada da água. E porque o batismo representa a nossa união com Cristo, ele também retrata os benefícios dessa união. Através de Cristo, nossos pecados são perdoados e purificados; o batismo simboliza ambos. Pedro disse à multidão no Pentecostes: “Arrependei-vos, e cada um de vós seja batizado em nome de Jesus Cristo para remissão dos vossos pecados” (At 2.38). Ananias disse ao recém-convertido apóstolo Paulo: “E agora, por que te demoras? Levanta-te, recebe o batismo e lava os teus pecados, invocando o nome dele” (At 22.16). Além disso, por meio de Cristo, experimentamos uma vida nova e fortalecida pelo Espírito, e a ressurreição


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simbólica do batismo significa essa vida (Rm 6.4; Cl 2.11-12). No batismo, uma igreja afirma que alguém que professa fé em Cristo, de fato, está unido a Cristo, e o batismo representa dramaticamente essa união e todos os seus benefícios. Imergindo-o em água

Como uma igreja afirma e representa a união de um crente com Cristo? Ao imergi-lo em água. A palavra grega baptizõ, da qual nossa palavra “batizar” se deriva, significa mergulhar ou imergir algo em água, comumente resultando em submersão completa. O Novo Testamento retrata consistentemente o batismo como imersão. João Batista batizou “em Enom, perto de Salim, porque havia ali muitas águas” (Jo 3.23), e não há indícios de que os batismos realizados pelos discípulos de Jesus exigiram menos água. Além disso, quando o eunuco etíope chegou à fé em Cristo, enquanto conduzia o seu carro e na companhia de Filipe, disse: “Eis aqui água; que impede que seja eu batizado?” (At 8.36). E lemos: “Então, mandou parar o carro, ambos desceram à água, e Filipe batizou o eunuco. Quando saíram da água, o Espírito do Senhor arrebatou a Filipe, não o vendo mais o eunuco; e este foi seguindo o seu caminho, cheio de júbilo” (At 8.38-39). O batismo aparentemente exigia


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mais água do que eles tinham disponível no carro, então eles desceram à água a fim de realizá-lo. Finalmente, a descrição do batismo feita pelo apóstolo Paulo como significando a morte, sepultamento e ressurreição de um crente com Cristo parece presumir a imersão (Rm 6.1-4). A imersão imita fisicamente os atos de sepultamento e ressurreição, dramatizando a nossa união com Cristo no seu sepultamento e ressurreição. Assim, uma igreja afirma e retrata a união de um crente com Cristo ao imergi-lo em água. E o ato de um crente

Mas é claro que o batismo não é apenas o ato de uma igreja — também é o ato de um crente. Uma igreja batiza; um cristão é batizado. Considere como aqueles que ouviram Pedro pregar no Pentecostes responderam à sua mensagem: Ouvindo eles estas coisas, compungiu-se-lhes o coração e perguntaram a Pedro e aos demais apóstolos: Que faremos, irmãos? Respondeu-lhes Pedro: Arrependei-vos, e cada um de vós seja batizado em nome de Jesus Cristo para remissão dos vossos pecados, e recebereis o dom do Espírito Santo. Pois para vós outros é a promessa, para vossos filhos e para todos os que ainda estão longe, isto é, para quantos o Senhor, nosso Deus, chamar.


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[...] Então, os que lhe aceitaram a palavra foram batizados, havendo um acréscimo naquele dia de quase três mil pessoas (At 2.37-39, 41).

Aqueles que se arrependeram do pecado e confiaram em Jesus foram batizados. O batismo é o primeiro ato público da fé que recebe Cristo como Salvador e Senhor. Se você é cristão, Jesus ordena que você seja batizado. É algo que você deve fazer; ninguém mais pode fazer isso por você. E fica evidente que o batismo não é algo que os não-cristãos devem fazer. O batismo afirma e retrata a união do crente com Cristo, então somente aqueles unidos a Cristo pela fé devem ser batizados. Comprometendo-se publicamente com Cristo

O que um crente faz no batismo? Comprometendo-se publicamente com Cristo. O batismo é como você se apresenta como cristão. É como você professa publicamente a sua fé e submissão ao Senhor Jesus Cristo. Para respondermos ao evangelho, somos ordenados a nos convertermos a Jesus interior e exteriormente, e o exterior expressa o que ocorre no interior. O batismo é realizado em público, diante de testemunhas. Pense naquelas pessoas que se arrependeram e foram batizadas no Pentecostes. Todos aqueles que saíram dentre a multidão para serem


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batizados estavam anunciando a si mesmos como seguidores de Jesus. E é exatamente isso que Jesus requer: seguidores que todos possam ver. “Portanto, qualquer que me confessar diante dos homens, eu o confessarei diante de meu Pai, que está nos céus. Mas qualquer que me negar diante dos homens, eu o negarei também diante de meu Pai, que está nos céus” (Mt 10.32-33). Jesus não possui discípulos secretos. A única forma de seguir Jesus é fazê-lo abertamente, em público, onde todos possam vê-lo. E o batismo é como nos declaramos, diante da igreja e do mundo, pertencer a Jesus. Ele requer um grande holofote sobre os seus discípulos para que o mundo o veja refletido neles. O batismo é como nos posicionamos nessa luz. Se você está apreensivo sobre ir a público em relação à sua fé, veja o batismo como um auxílio e não como um obstáculo. Jesus não deixou que a sua coragem ou criatividade resolvessem o modo como você se declararia um cristão. Ele lhe mostrou como fazê-lo. Jesus tornou isso simples. Tudo o que você precisa fazer é professar a sua fé em Cristo e, depois, inclinar-se para trás e prender a respiração. Mas o batismo não é apenas a profissão de um compromisso anterior; o batismo em si é a realização de um compromisso. Pedro escreve sobre como Noé e sua família foram salvos pelas águas do juízo, e então


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faz uma comparação: “também agora, por uma verdadeira figura – o batismo, vos salva, o qual não é o despojamento da imundícia da carne, mas a indagação de uma boa consciência para com Deus, pela ressurreição de Jesus Cristo” (1Pe 3.21). Quando Pedro diz que o batismo “vos salva”, ele esclarece que aquilo que salva não é a lavagem física com água, mas a fé que o batismo expressa. E a ressurreição de Cristo é o que dá poder à fé. Não é que haja qualquer poder ou virtude em nossa própria fé. Em vez disso, por meio da fé, nos apossamos do Cristo ressurreto. O termo “indagação de uma boa consciência” pode ser considerado como uma petição, uma promessa ou ambas. Acho que ambas estão presentes no batismo, ainda que esse versículo destaque uma ou outra. O batismo é uma petição, uma oração que dá voz ao apelo da fé: “Salva-me, Senhor Jesus!”. Ao identificar-se com a morte e a ressurreição de Cristo no batismo, um crente reivindica publicamente Cristo como o seu Salvador, suplicando a Deus que cumpra a sua promessa de o salvar. O batismo é uma promessa em que publicamente afirma-se submissão a Cristo como Senhor. Ser batizado em nome de Cristo (Mt 28.19) é submeter-se à sua autoridade. O batismo é um juramento de fidelidade ao Rei Jesus. É como você jurou publicamente fidelidade a ele. Nesse sentido, o batismo é uma promessa de obedecer a todos


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os mandamentos de Cristo. Ser batizado é assinar a linha pontilhada abaixo de: “Ensinando-os a guardar todas as coisas que vos tenho ordenado” (Mt 28.20). Você não pode receber Jesus como Salvador sem reverenciá-lo como Senhor. No batismo, tomamos o jugo suave que também é uma cruz: andar em todos os caminhos de Jesus. O batismo é onde a fé vai a público. É onde “vestimos a camisa” do time de Jesus. O batismo é como um crente se compromete com Cristo — confessando-o como Salvador e submetendo-se a ele como Senhor — diante dos olhos de todos. E com o seu povo

No batismo, um crente compromete-se não apenas com Cristo, mas também com o povo de Cristo. Relembre o que aconteceu no Pentecostes: “Então, os que lhe aceitaram a palavra foram batizados, havendo um acréscimo naquele dia de quase três mil pessoas” (At 2.41). A quem essas três mil pessoas foram acrescentadas? À igreja em Jerusalém, que anteriormente contava apenas com cento e vinte pessoas (At 1.15). Aqueles que foram batizados no Pentecostes saíram do mundo e entraram para a igreja. E assim é — ou assim deveria ser — com todos os que são batizados hoje. Confiar em Jesus é unir-se à companhia de todos os que confiam em Jesus. Receber Jesus é receber o seu povo. O evangelho não somente nos reconcilia


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com Deus (Ef 2.1-10), ele também nos reconcilia uns com os outros (Ef 2.11-22). Invocar a Deus como Pai é receber todos os outros que fazem o mesmo como irmãos e irmãs. Ser unido a Cristo é tornar-se membro do seu corpo (1Co 12.12-26; Ef 1.23; Cl 1.18; 1Pe 2.10). Assim, no batismo, um crente se compromete com Cristo e com o seu povo. Ao vestir a “camisa do time”, você se compromete a “jogar no time”. No batismo, você sai do mundo para entrar na igreja. Não há uma zona intermediária na qual você está com Jesus, mas ainda não está com o povo dele. Unir-se a Jesus é unir-se ao seu povo. O batismo, então, é um compromisso de seguir Cristo na companhia de sua igreja. No batismo, um cristão se compromete a amar, servir e a se submeter ao povo de Cristo. Unindo assim um crente à igreja e o distinguindo do mundo

Ao efetuar esse compromisso, a igreja faz um compromisso próprio. O ato do batismo comunica o compromisso do crente: “Eu, por meio do batismo, me comprometo com Cristo e com vocês, o povo dele”; e comunica o compromisso da igreja: “Afirmamos a sua profissão de fé e nos comprometemos com você, um membro do corpo de Cristo”. No batismo, o crente fala com Deus e com a igreja, e a igreja fala por Deus ao indivíduo.


O que é o batismo?

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Então, quando uma igreja afirma e representa a união de um crente com Cristo, e um crente se compromete com Cristo e com o seu povo, esse crente é unido à igreja e distinguido do mundo. O crente é acrescentado à lista do “time” e a sua “camisa” lhe é dada para que ele a vista. O batismo identifica publicamente alguém como um cristão. No batismo, a igreja diz ao mundo: “Observe! Esta pessoa pertence a Jesus!”. E porque o batismo identifica alguém como um cristão, ele introduz essa pessoa na companhia da igreja, o povo da nova aliança de Cristo sobre a terra. Meditaremos mais sobre a função do batismo de unir o crente à igreja e distingui-lo do mundo no capítulo 4. Por enquanto, é suficiente que percebamos que no batismo um crente compromete-se não somente com Cristo, mas também com o seu povo. O BATISMO NÃO É... Consideremos dois breves comentários sobre o que o batismo não é. Em primeiro lugar, o batismo em si mesmo não salva. Lembre-se de que em 1 Pedro 3.21, quando Pedro diz que o batismo salva, isso não significa que a lavagem física tenha poder intrínseco, mas esse batismo expressa a fé na poderosa ressurreição de Cristo. Somos salvos pela confiança na morte e ressurreição de Jesus, e o batismo é onde essa confiança se torna pública.


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|  Entendendo o batismo

A Escritura é clara que por meio da fé os nossos pecados são perdoados, somos considerados justos por Deus e somos reconciliados com Deus (Rm 3.21-31, 4.1-8, 5.1-11). O batismo representa todas essas realidades, mas não as produz. Todos os crentes são ordenados a serem batizados, e é obedecendo aos mandamentos de Cristo que demonstramos ser verdadeira a nossa fé (Jo 14.21-24; Tg 2.14-26; 1Jo 2.3-6). Portanto, nenhum cristão deve negligenciar o batismo alegando que ele não é “necessário para a salvação”. Se você afirma ser salvo, o batismo é uma prova necessária. Contudo, o batismo em si mesmo não garante a salvação. O ladrão na cruz foi para o céu sem ele (Lc 23.39-43), e Simão, o mágico, estava indo para o inferno com ele (At 8.13-24). Em segundo lugar, é importante reconhecer que o batismo não é uma mera tradição humana. Não é algo que a igreja inventou. Não é algo que nós, cristãos, simplesmente fazemos e também podemos não fazer. Em vez disso, o batismo é uma ordenança de Cristo, obrigatória para todos os crentes de todos os lugares em todos os tempos. A SEGUIR... Voltemos ao seu amigo que o mergulhou. Se ele conseguir imergir você em água clorada e fria, ele o batizou?


O que é o batismo?

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Não. Mas se você tinha apenas um palpite sobre isso no início do capítulo, espero que agora tenha uma noção bíblica clara do que é o batismo. No batismo, Jesus deu aos seus discípulos um modo de confessar abertamente que eles são de Cristo e que Cristo é deles. E ele deu à igreja um modo poderoso e público para afirmar e representar a união de um crente com Cristo. E nesse ato duplo, o crente se compromete com a igreja, e a igreja se compromete com o crente. O batismo é um sinal de que tanto retrata a união do crente com Cristo como efetua uma nova união horizontal, unindo o crente e a igreja. O que é o batismo? Repita comigo: o batismo é o ato de uma igreja afirmar e representar a união de um crente com Cristo, imergindo-o em água; e o ato de um crente se comprometer publicamente com Cristo e com o seu povo, unindo assim um crente à igreja e o distinguindo do mundo. O que leva à nossa próxima pergunta e capítulo: Quem deve ser batizado?


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