Jacob Carl Grimm e Wilhelm Carl Grimm
Contos dos Irmãos Grimm para crianças
Com brincadeiras ao final de cada conto
Irm達os Grimm
Contos dos Irmãos Grimm Para Crianças com atividades interativas Jacob Carl Grimm e Wilhelm Carl Grimm Trabalho apresentado como exigência da disciplina Projeto em Produção Editorial em Mídia Impressa, sob a orientação do Prof. Ms. Roberto Ferreira da Silva. Curso de Produção Editorial com ênfase em Multimeios Turma de 2013 - 1o Semestre Escola de Comunicação Universidade Anhembi Morumbi
Tradução:Maria Alice Jones Capa: Thais Fukuhara Ilustração: Audrya de Oliveira Jacob Carl Grimm e Wilhelm Carl Grimm Título Original: Contos dos irmãos Grimm Para Crianças ISBN: 978-85-521-0476-5
Contos de domínio público traduzidos para fins acadêmicos Editora Mascot
“Loucura? Sonho? Tudo é loucura ou sonho no começo. Nada do que o homem fez no mundo teve início de outra maneira, mas tantos sonhos se realizaram que não temos o direito de duvidar de nenhum”
Monteiro Lobato
A João Angelo e Silvana Cinta pelo carinho, apoio e por contribuir para que esse sonho fosse possível. À Luana Magalhães por todos os conselhos e sugestões. Agradeço também a André Luiz e Priscila Nascimento todo o incentivo e dedicação.
Carolina R.
Agradeço á meus pais por terem mpossibilitado que eu chegasse até aqui, à Alexandre Carreiro pelo apoio e pelas opiniões e à Universidade Anhembi Morumbi por estar me ajudando a crescer profissionalmente e intelectualmente.
Audrya O.
Agradeço à Katia Fukuhara, Sumiko Fukuhara e Tacio Barbosa por me darem forças para lutar pelo meu sonho e estarem sempre presentes em todos os momentos cruciais, representando força e garra. A Antonio Carlos Castilho por me apoiar neste projeto.
Thais F.
Aos professores Ms. Roberto Ferreira da Silva e Ms. Whaner Endo pelas orientações, conselhos, dicas e ensinamentos.
Mascot.
Era Uma Vez...
O Alfaiate Valente
EGeleia para vender! Deliciosa geleia para vender!
m uma bela manhã, um alfaiate estava sentado à sua mesa de trabalhar junto a janela quando ouviu uma mulher da cidade gritando:
O alfaiate convidou a mulher para vender a geleia em sua oficina. A mulher carregou sua cesta pesada até a oficina de alfaiate, que a ajudou a desembrulhar os vidros de geleia e disse:
Pode pesar 250 gramas de geleia para mim. Elas estão com uma boa aparência.
A mulher saiu resmungando, pois achou que ia vender muito mais geleia do que aquilo.
Deus abençoe esta geleia e que ela possa me dar saúde e força – disse o alfaiate.
Dizendo isso ele cortou uma fatia de pão e passou geleia nela. Isso vai ter um gosto muito bom – disse ele – mas não vou comer antes
de acaber este paletó que estou fazendo.
Colocou o pão de lado e continuou costurando, fazendo seus pontos cada vez maiores para acabar depressa. Neste meio tempo o cheirinho do pão com geleia subiu pela janela onde estavam pousadas uma porção de moscas, que atraídas pelo cheiro da geleia começaram a pousar no pão. Ei! Quem convidou vocês? – perguntou o alfaiate tentando espantar as moscas, porém, as moscas que não entendiam alemão não ligaram e voltaram em número cada vez maior. O alfaiate pegou um pano e começou a bater nas moscas sem pena. Quando parou, ela contou sete moscas mortas. Olha só! – disse o alfaiate orgulhoso de sua façanha – Vou espalhar
por toda a cidade!
Ele então fez uma faixa bordada com os dizeres “Sete de uma vez”. Toda cidade? – ele pensava – O mundo inteiro vai ter que saber disso! E saiu saltitando igual um cabritinho. O alfaiate se embrulhou na sua faixa e saiu pelo mundo, pois achava que sua oficina era muito pequena para toda a sua bravura! Antes de sair ele deu uma olhada em sua casa para ver o que podia levar. Achando apenas um pedaço de queijo, ele pôs no bolso e partiu para a sua aventura. 9
Na saída da cidade, perto do grande portal, ele achou um passarinho preso em um arbusto e o colocou no bolso junto ao pedaço de queijo. Ele seguiu viajem e como era ágil e leve não se cansou. A estrada o levou a uma montanha e quando chegou ao topo dela, lá estava um gigante sentado e contente olhando a sua volta. O alfaiate se aproximou do gigante e disse:
Bom dia camarada. Você está ai sentado admirando o mundo e eu estou me aventurando por ele. Quer vir junto comigo? O gigante olhou para ele com desprezo e disse:
Seu homenzinho insignificante! Homenzinho miserável! Não diga isso! – falou o alfaiate, desabotoando o casado e mostrando a faixa ao gigante – Leia e descubra o tipo de homem que eu sou! O gigante leu “ Sete de uma vez” e pensando que o alfaiate tinha matado sete homens de uma só vez começou a ter mais respeito por ele. Mas, ele ainda queria testar o alfaiate então, pegou uma pedra e a apertou até sair água e disse:
Faça o que eu acabei de fazer se você tem força. Só isso – disse o alfaiate – isso é brincadeira de criança para alguém como eu.
E metendo a mão no bolso pegou, pegou o pedaço de queijo e espremeu até sair todo o líquido dele.
Isso foi até melhor, não foi?
O gigante não sabia o que falar, pois ele ainda não acreditava no homenzinho. Então pegou uma pedra e a jogou tão alto que ela mal podia ser vista.
E agora, seu anãozinho, faça isso! Bela jogada – disse o alfaiate – mas a pedra caiu de volta à terra. Eu vou jogar uma que não vai voltar mais!
Ele então, colocou a mão no bolso, pegou o passarinho e o atirou bem alto. O passarinho, feliz por estar livre voou para bem longe e não voltou mais. Gostou camarada? – perguntou o alfaiate. Você joga bem – disse o gigante – mas quero ver se você é capaz de
carregar qualquer coisa.
Ele levou o alfaiate até um enorme carvalho que tinha sido cortado e estava tombado no chão.
Se você for forte o bastante, ajude-me a velar esta árvore para fora do bosque. 10
Com prazer. – disse o alfaiatezinho – Você pega o tronco que eu carrego os galhos e os gravetos, afinal eles são os mais pesados. O gigante levantou o tronco e colocou no ombro e o alfaiate sentou em dois galhos onde o gigante não podia vê-lo. Satisfeito e de bom humor ia cantando como se carregar uma árvore não causasse o menor esforço. O gigante depois de alguns passos carregando a árvore tão pesada, não conseguiu mais ir adiante e teve que parar e gritou:
Olha só, eu tenho que parar e largar a árvore.
O alfaiate agilmente pulou de onde estava na árvore e a segurou como se estivesse carregando e disse:
Você, um homem tão grande, não pode nem carregar uma árvore...
Caminharam juntos até chegarem a uma cerejeira, o gigante pegou o topo da árvore e a dobrou, colocando-a na mão do alfaiate para que ele comesse. Entretanto, o alfaiate era muito fraco para segurar a árvore e quando o gigante a soltou e ela voltou arremessando o alfaiate longe. Quando caiu sem se machucar, o gigante disse:
Você é tão fraco que não consegue nem segurar um galhinho? Não é falta de força – respondeu o alfaiate – você acha que isso seria problema para alguém que matou sete de uma vez? Pulei por cima da árvore porque tem uns caçadores atirando lá embaixo, pule por cima de árvore se puder.
O gigante tentou mas acabou preso nos galhos, assim o alfaiate saiu ganhando mais um vez. O gigante então disse:
Se você é um cara muito corajoso venha até a minha caverna e passe a noite conosco.
O alfaiate aceitou o convite e seguiu o gigante. Quando chegaram à caverna, outros gigantes estavam sentados em volta de uma fogueira, cada um comia um cordeiro com as mãos. O alfaiate olhou a sua volta e pensou que aquele local era muito mais espaçoso que a sua oficina. O gigante mostrou uma cama enorme para o alfaiate e disse para ele dormir, mas o alfaiate achou a cama grande demais e acabou se encolhendo e dormindo num cantinho no chão. A meia noite o gigante se levantou, pegou uma barra de ferro e com um só golpe esmagou a cama que tinha indicado para o alfaiate dormir. Ele achava então, que agora tinha se livrado do pequeno alfaiate. Cedo na manhã seguinte, os gigantes foram para o bosque esquecendo 11
completamente do alfaiatezinho, quando de repente ele apareceu alegre e corajoso. Temendo que ele fosse bater neles, todos os gigantes fugiram apavorados. O alfaiate seguiu o seu caminho muito orgulhoso. Após viajar por um longo tempo chegou ao pátio do palácio real e como estava muito cansado deitou no gramado e caiu no sono. Enquanto dormia muita gente chegou perto para olha-lo e ler o que estava escrito na sua faixa. Oh – disseram eles – o que faz um herói de guerra em pleno tempo de
paz? Ele deve ser um poderoso senhor!
E foram contar ao rei sobre o homenzinho pensando que se uma guerra começasse ele seria muito útil e importante. O rei, satisfeito com a notícia, mandou membros de sua corte buscar o alfaiate e oferecer a ele uma posição em seu exercito. Um mensageiro chegou perto do alfaiate e aguardou até que ela acordasse, se espreguiçasse esticando seus braços e suas pernas e então abrisse seus olhos para lhe dar a noticia. É exatamente por isso que eu estou aqui. – disse o alfaiate – Estou
pronto para oferecer os meus serviços ao rei.
E assim, foi recebido com muita honra e ganhou um lugar especial para morar. Entretanto os soldados foram contra a chegada dele e desejavam que ele estivesse muito longe de suas terras. O que aconteceria – falavam os soldados – se nos desentendêssemos
com ele? Ele nos mataria, sete de cada vez! Gente como a gente não aguentaria enfrentar um homem que acaba com sete de uma só vez!
O rei se entristeceu pensando que perderia todos os seus leais servidores por causa de um homem só e desejou que nunca tivesse conhecido o alfaiate. Gostaria de se ver livre dele, mas não podia demiti-lo, pois, estava com medo que o alfaiate pudesse mata-lo também, assim como todos os seus súditos para tomar conta do seu trono real. Então pensou por um longo tempo e acabou chegando a uma solução. Mandou uma mensagem ao alfaiatezinho dizendo que por ele ser um grande herói de guerra, tinha uma oferta a lhe fazer. Em uma floresta do seu reino viviam dois gigantes que causavam grandes danos como roubos, assassinatos e incêndios. Ninguém tinha conseguido chegar perto deles sem se expor a grandes riscos, se o alfaiate conseguisse dominar e matar os dois gigantes ele lhe daria a sua única 12
filha em casamento e metade de seu reino como dote, além disso, ele teria cem cavalheiros para sua proteção. Isso é realmente uma coisa para alguém como você – disse o alfaiate para si mesmo após ouvir a proposta do rei – não é todo dia que alguém
recebe a oferta de uma linda princesa e metade de um reino. - Sim – respondeu ao rei – dominarei os gigantes, mas não vou precisar dos cem cavaleiros, quem consegue acabar com sete de uma vez não precisa ter medo de dois. E o alfaiate partiu, os cem cavaleiros o seguiram, a beira da floresta ele disse:
Vocês ficam aqui. Eu cuidarei dos gigantes sozinho.
Entrando na floresta, olhou para a direita e depois para a esquerda e avistou os dois gigantes. Estavam deitados embaixo de uma árvore dormindo, seu ronco era tão forte que curvava os galhos da árvore. O alfaiate rapidamente encheu seus bolsos de pedras e subiu na árvore. Quando estava árvore, escorregou por um dos galhos e ficou bem em cima de um gigante, então deixou cair uma pedra por vez no peito de um deles, durante muito tempo o gigante não sentiu nada, porém finalmente acordou e sacudiu o outro e perguntou:
Porque você está me jogando pedra? Você está sonhando – respondeu o outro gigante – não estou de
jogando pedras. Os gigantes voltaram a dormir e o alfaiate começou a jogar pedrinhas no outro gigante. O que é isto? – disse o gigante – Por que você está jogando coisas em
mim? Não estou jogando nada em você – resmungou o gigante.
Discutiram por algum tempo mas, como estavam com muito sono fecharam seus olhos e dormiram novamente. O alfaiate recomeçou a sua brincadeira e desta vez escolheu uma pedra bem grande e atirou no peito do primeiro gigante com toda força. Que maldade! – gritou o gigante. Ele então levantou como um louco e começou a socar o outro gigante de encontro à árvore até que ela balançou. O outro gigante revidou com a mesma força. Os dois estavam tão cheios de raiva que acabaram arrancando a árvore do chão e bateram um no outro até que se mataram e caíram no chão. 13
O alfaiate desceu da árvore onde estava dizendo:
Felizmente eles não arrancaram a árvore onde eu estava ou teria que pular para outra árvore como se fosse um esquilo, mas ainda bem que eu sou ágil. Pegando novamente a sua espada, deu alguns golpes no seu peito e voltou para os cavaleiros dizendo:
Missão cumprida! Acabei com os dois, mas foi duro. Para se protegerem eles precisaram arrancar uma árvore do chão e não adiantou. Eles estavam lutando com alguém que acaba com sete de uma só vez! Você está machucado? – perguntaram os cavaleiros. Está tudo bem – respondeu o alfaiate – não conseguiram nem desmanchar o meu cabelo.
Sem acreditar nele, os cavaleiros entraram na floresta e viram os dois gigantes mortos banhados em seu próprio sangue e ao redor havia muitas árvores arrancadas. O alfaiate pediu ao rei que cumprisse a sua promessa, mas, o rei estava arrependido e começou a pensar em outra maneira de se ver livre do herói. Antes de receber minha filha e metade do meu reino – disse o rei – você precisa desempenhar mais um ato heroico. No bosque há um
unicórnio causando grandes danos, você tem que captura-lo. Tenho muito menos medo de um unicórnio do que tinha de dois gigantes. – disse do alfaiate – Sete de uma só vez, este é o meu lema!
Pegou um machado e uma corda e se embrenhou no bosque. Mais uma vez disse aos cavaleiros para esperarem à beira do bosque que não demoraria muito. Não precisou esperar muito tempo e logo o unicórnio apareceu correndo em sua direção como se quisesse espeta-lo com seu chifre. Devagar, devagar – disse o alfaiate – não tão depressa! Parou, esperou até o unicórnio chegar bem perto e pulou agilmente para trás de uma árvore. O unicórnio veio com toda a força em direção a árvore e bateu com o seu chifre nela e ficou preso, podendo assim ser capturado pelo alfaiate.
Agora eu tenho um passarinho! – disse o alfaiate saindo de trás da árvore.
Primeiro ele amarrou a corda no pescoço do unicórnio e depois cortou o chifre com um golpe do machado. Quando estava feito o serviço, trouxe o unicórnio para o rei,
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O rei ainda não queria cumprir o prometido e apresentou-lhe a uma nova tarefa: antes do casamento ele tinha que capturar um javali que também estava danificando o bosque, os cavaleiros iriam ajuda-lo. Moleza – disse o alfaiate – coisa de criança! Ele não levou os cavaleiros consigo para dentro do bosque novamente, o que os deixaram muito satisfeitos, pois já tinham tido um encontro com o javali e não queriam encontra-lo novamente. Quando o javali viu o alfaiate, veio correndo em sua direção com a boca espumando de raiva e rangendo os dentes, porém, o ágil alfaiate correu para dentro de uma capela que havia por perto e com um pinote pulou pela janela para fora novamente. O javali correu atrás dele e o alfaiate bateu a porta da capela, deixando o javali preso lá dentro, já que ele era muito gordo para passar pela janela. Após deixar o javali preso o alfaiate foi chamar os cavaleiros para verem com os seus próprios olhos o javali capturado. E assim, o alfaiate voltou ao rei que desta vez querendo ou não teve que cumprir a sua promessa, dando-lhe a sua filha e metade do seu reino. O casamento aconteceu com grande festa e pouca alegria e o alfaiate se transformou em rei! Algum tempo se passou e a rainha ouviu o marido falar enquanto dormia:
Menino faça este paletó para mim e remende minhas calças ou eu te baterei com o meu metro de madeira.
Desta forma a rainha descobriu de onde tinha vindo o alfaiate e na manhã seguinte contou para o pai, pedindo que a ajudasse se ver livre de seu marido, pois ele era nada mais do que um simples alfaiate. O rei a consolou dizendo:
Esta noite, deixe a porta de seu quarto destrancada e meus homens entrarão quando seu marido estiver dormindo, vão amarra-lo e leva-lo para um navio que o deixará bem longe daqui. A rainha ficou muito satisfeita com isso, entretanto um dos súditos do rei que gostava do alfaiate ouviu a conversa e contou para ele. Eu vou parar com isso – disse o alfaiate. Aquela noite ele foi se deitar com a sua esposa como de costume, pensando que ele estava dormindo ela se levantou, destrancou a porta e voltou para a cama. O alfaiate que só fingia estar dormindo começou a 15
gritar:
Menino, faça este paletó para mim e remende minhas calças ou eu te baterei com o meu metro de madeira! Eu acabei com sete de uma só vez, matei dois gigantes, dominei um unicórnio, capturei um javali selvagem e como vou ter medo destes de pé do lado de fora do meu quarto? Com isso os cavaleiros que estavam do lado de fora do quarto ouviram o que o alfaiate tinha dito, ficaram tão apavorados que saíram correndo e nunca mais quiseram chegar perto dele. E foi assim que o alfaiate se tornou rei e continuou rei durante todo o resto de sua vida. Complete os espaços em branco para formar as palavras do conto: ALFAIATEZINHO JAVALI GELEIA UNICÓRNIO REI GIGANTE VALENTE MOSCAS
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E
A Rosa
ra uma vez uma rainha a quem Deus não havia dado filhos. Todas as manhãs ela ia ao seu jardim e pedia a Deus um filhinho ou uma filhinha. Até que em um belo dia lhe apareceu um anjo que disse a ela que teria finalmente um filho com o poder de conseguir tudo que desejasse. A rainha, então contou ao rei a boa noticia e ficaram os dois muito felizes. Depois que o bebê nasceu a rainha o levava todos os dias a um terreno onde os animais selvagens ficavam e tomavam banho em um riacho. Um belo dia quando a criança estava maiorzinha a rainha adormeceu com ela em seus braços. Um velho cozinheiro que conhecia os poderes da criança roubou-a e espirrou sangue de galinha na roupa da rainha, depois disso levou a criança para um lugar escondido e pediu que uma mulher cuidasse dela. Feito isso, foi dizer ao rei que a rainha tinha deixado os animais selvagens comerem seu filho. O rei, vendo a roupa da rainha suja de sangue acreditou na história do cozinheiro e ficou tão inconformado que mandou construir uma torre altíssima da qual não se poderia ver o sol ou a lua, onde a rainha ficaria presa sem poder comer ou beber nada durante sete anos, mas a pobre rainha morreria de fraqueza muito antes disso, então Deus teve pena dela e mandou dois anjos transformados em pombas levassem comida e bebida para ela todos os dias durante os sete anos de prisão. O cozinheiro se deu conta que com o seu poder de conseguir tudo que desejasse o menino poderia lhe causar problemas então, quando ele estava mais velho e já sabia falar o cozinheiro lhe disse:
Peça para ter um belo castelo com tudo o que é necessário dentro para você morar.
Logo depois de ter feito o pedido um belo castelo apareceu. A seguir o cozinheiro disse ao menino:
Não é legal você viver sozinho neste castelo, peça que uma linda moça venha morar com você aqui.
Assim o menino fez o seu pedido e imediatamente surgiu a sua frente uma moça mais linda do que qualquer pintor pudesse ter pintado. Os dois brincavam sempre juntos e surgiu entre eles um grande amor, 17
e o cozinheiro se tornou um nobre caçador. Porém, com medo de algum dia o menino desejasse voltar para os seus pais e coloca-lo em um grande perigo o cozinheiro chegou à menina e disse:
Esta noite, quando o menino estiver dormindo, mate-o e me traga o seu coração e a sua língua, se não fizer isso perderá a sua vida!
No dia seguinte, quando retornou ao castelo, viu que ela não tinha cumprido as suas ordens. Por que tenho que tirar a vida de alguém que nunca me fez mal? – perguntou a moça. Se não fizer desta vez – disse o cozinheiro – você vai morrer! Quando o velho foi embora a menina mandou que os empregados matassem um animalzinho, tirassem seu coração e sua língua e pusessem em uma bandeja. Quando viu o velho malvado voltando disse para o menino:
Deite-se e finja que está dormindo! Onde estão o coração e a língua do menino? – perguntou o cozinheiro.
E naquele momento, o menino saiu debaixo de suas cobertas e gritou:
Seu velho malvado, você queria me matar! Pois vai virar um poodle preto com uma coleira de ouro em volta do pescoço e só terá carvão em brasa para comer pelo o resto de sua vida!
Imediatamente o seu desejo se realizou e o menino mandou que os cozinheiros trouxessem carvões em brasa para o cachorro comer até que labaredas saíram de sua garganta. O menino e a linda moça moraram no castelo por mais um tempo, mas começou a pensar em sua mãe, imaginando se ela ainda estaria viva. Um dia disse para a sua companheira:
Vou voltar para a minha terra, se você vier comigo posso sustenta-la. Ah – respondeu a menina – sua terra é tão longe... O que poderei fazer nesse lugar desconhecido?
Como a menina não parecia disposta a ir com ele e como eles não queriam se separar, ele desejou que ela se transformasse em um lindo botão de rosa e levou-a consigo para a sua terra com o poodle correndo atrás dele. Chegando a torre onde a sua mãe estava presa, ele desejou uma escada bem grande para conseguir chegar lá em cima. Chegando lá no alto da torre ele perguntou a sua mãe:
Mãe querida, você está viva?
E a mãe respondeu, achando que estava falando com os anjos:
Acabei de comer e ainda estou satisfeita. 18
O menino continuou:
Sou seu filho querido, que você acreditava ter sido comido por animais selvagens mas, eu estou vivo e logo a libertarei!
Dizendo isso desceu a escada e foi falar com o rei. Ele se apresentou como um caçador e lhe ofereceu os seus serviços. O rei aceitou dizendo que lhe trouxesse caça, porém, veados nunca apareciam nas terras do seu reino. O caçador então prometeu trazer ao rei uma quantidade de caça que ele não daria conta de por em suas mesas. Dizendo isso reuniu todos os caçadores de reino e entraram na floresta. Juntos formaram um circulo com ele no centro que logo começou a fazer seus pedidos, duzentos veados se aproximaram e foram mortos pelos caçadores, em seguida encheram sessenta carroças e foram encontrar o rei, que finalmente pode servir veados na sua mesa, como já não fazia há muitos anos. O rei ficou muito contente e mandou que toda a sua corte sentasse com ele no outro dia e teriam um grande banquete. Quando estavam todos reunidos o rei disse ao rapaz:
Você é muito inteligente, por isso vai se sentar ao meu lado. O rapaz respondeu:
Majestade sou apenas um pobre caçador.
Mas o rei insistiu até que ele concordou em sentar-se ao seu lado. Enquanto estava lá ao lado do rei, o rapaz desejou que um dos súditos falasse sobre a rainha. Logo em seguida um dos homens disse:
Majestade, enquanto vivemos aqui tão felizes como a rainha pode estar presa naquela torre? E o rei respondeu:
Ela deixou que o nosso filho fosse devorado por animais selvagens. Recuso-me a falar dela! O rapaz levantou-se e disse:
Meu amado pai sou seu filho e minha mãe está viva! Não fui devorado por feras, fui levado embora por um malvado cozinheiro que me tomou dos braços dela enquanto ela dormia e espirrou sangue de galinha em sua roupa para fingir que era meu sangue. Em seguida trouxe o poodle com a coleira de ouro e disse:
Esse é o malvado cozinheiro!
Mandou que trouxessem carvão em brasa e o cachorro o devorou até que chamas saíssem novamente de sua garganta. Perguntou então se o rei gostaria de ver o cachorro em sua forma verdadeira, o que fez em seguida. O rei ficou tão furioso que mandou que prendessem o cozinheiro na mais profunda prisão. 19
O rapaz então disse:
Pai, gostaria de ver a moça que me acompanhou e cuidou de mim com tanto carinho e que se recusou a seguir as ordens do cozinheiro para que me matasse. O rei respondeu que sim e o rapaz continuou:
Eu a mostrarei ao senhor na forma de uma linda flor!
E assim tirou do bolso o singelo botão de rosa e colocou sobre a mesa do rei dizendo:
Agora vou trazê-la de volta à sua forma real.
E fez a flor se transformar de novo na linda moça que sempre o havia acompanhado. O rei então enviou duas empregadas à torre para que trouxessem a rainha de volta ao palácio. Ao ser levada de volta ao palácio a rainha se recusou a comer dizendo que Deus que a havia mantido viva por tantos anos, logo a tornaria livre. Viveu por mais três dias e morreu feliz. Quando foi enterrada duas lindas pombas brancas que haviam trazido alimentos para ela enquanto esteve presa na torre, e eram realmente anjos do céu, seguiram seu corpo e pousaram no seu tumulo. O rei mandou que o cozinheiro fosse executado, mas mesmo assim ele não sobreviveu a sua magoa e arrependimento por ter prendido a rainha na torre. O rapaz se casou com a linda moça e foram muito felizes até o fim de suas vidas. Ajude a pomba a chegar até a rainha:
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Um Olhinho, Dois Olhinhos, Três Olhinhos E
ra uma vez uma mulher que tinha três filhas. A mais velha se chamava Um Olhinho, porque tinha apenas um olho no meio da testa. A segunda filha tinha dois olhos como todo mundo e por isso se chamava Dois Olhinhos. A mais nova se chamava Três Olhinhos porque tinha três olhos, um deles no meio da testa. Como a filha com dois olhos não era diferente das outras crianças, suas irmãs não gostavam dela e diziam:
Você com seus dois olhos é igual a todo mundo. Você não pertence a nossa família, nós somos diferentes!
As irmãs a maltratavam, dando-lhe restos de comida e ro‑aupas esfarrapadas. Um dia, Dois Olhinhos teve que ir para o campo cuidar das cabras, mas estava com muita fome, pois suas irmãs tinham lhe dado pouca comida. Assim, ela sentou-se no chão e começou a chorar. Chorou tanto que de suas lágrimas formaram-se dois riachos. De repente, à beira dos riachos, ela viu uma linda moça que lhe perguntou:
Dois Olhinhos, porque você está chorando tanto? E ela respondeu:
Então não tenho motivo para chorar? Só porque eu tenho dois olhos, como todo mundo, minha mãe e minhas irmãs não me aceitam, me maltratam e só me dão restos de comida para comer. Hoje me deram tão pouco para comer que ainda estou com muita fome! A sábia moça virou-se para a menina e disse:
Dois Olhinhos, enxugue suas lágrimas. Vou lhe contar um segredo e você nunca mais sentirá fome. Apenas diga a sua cabra: “berra cabritinho, mesinha apareça” e uma linda mesa aparecerá com as comidas mais deliciosas e você poderá comer o quanto quiser. Quando estiver satisfeita, apenas diga: “berre cabritinho, vá embora mesinha” e tudo desaparecerá. Com isso a sábia moça sumiu. Dois Olhinhos imediatamente experimentou o que a moça lhe ensinou, pois estava com mais fome do que nunca e disse:
Berra cabritinho, mesinha apareça.
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Mal terminou de pronunciar estas palavras e a sua frente surgiu uma mesa coberta com uma linda toalha branca onde estava um prato, talheres de prata e repleta das mais saborosas comidas fumegando, como se mal tivessem saído do fogão. Dois Olhinhos disse uma prece de agradecimento e comeu até ficar satisfeita. Então repetiu as palavras que a moça havia ensinado:
Berra cabritinho, vá embora mesinha.
Imediatamente a mesa e tudo o que estava sobre ela desapareceram. Que linda maneira de se fazer trabalhos domésticos! – pensou Dois Olhinhos, feliz e contente. Aquela noite quando voltou para casa encontrou uma tigela de barro com os restos de comida deixados pelas irmãs, mas ela nem tocou. No dia seguinte ela saiu mais uma vez sem comer as migalhas que as irmãs deixaram para ela. No principio os irmãs não repararam que ela não comia mais os seus restos, mas quando isso começou a se repetir todos os dias elas ficaram desconfiadas e comentaram entre si:
Alguma coisa está acontecendo com a Dois Olhinhos, pois ela não está comendo mais os restos que deixamos. Ela deve ter descoberto alguma outra maneira de se alimentar.
Para descobrir o que estava acontecendo, resolveram que a Um Olhinho deveria acompanha-la ao campo na hora em que fosse cuidar das cabras. Ela deveria prestar bem atenção de como Dois Olhinhos estava se alimentando. Assim, quando Dois Olhinhos se preparava para sair, Um Olhinho disse:
Hoje eu vou com você, para ver se você cuida bem mesmo do nosso cabrito.
Porém, Dois Olhinhos percebeu muito bem o que sua irmã tinha em mente. Levou seu cabrito a um pasto de gramas bem altas e disse a irmã:
Vamos nos sentar aqui Um Olhinho e eu vou cantar para você.
Um Olhinho se acomodou, pois estava muito cansada da longa caminhada no sol quente, e enquanto Dois Olhinhos cantava: “Um Olhinho está dormindo ou está acordada” fechou seu único olho e acabou adormecendo. Assim que viu que sua irmã dormia profundamente, Dois Olhinhos disse:
Berra cabritinho, mesinha apareça!
Sentou-se à mesa, comer e bebeu até ficar satisfeita. Depois disse mais uma vez: 22
Berra cabritinho, vá embora mesinha. E num piscar de olhos tudo sumiu. Dois Olhinhos então, acordou sua irmã dizendo:
Um Olhinho, você veio para me ajudar a cuidar do cabrito e acabou dormindo. Ele poderia ter fugido! Agora vamos voltar para casa.
Chegando em casa Dois Olhinhos continuou a não comer os restos de comida que a mãe e as irmãs lhe deixaram. Um Olhinho não pode dizer a mãe e a irmã o que Dois Olhinhos tinha comido no campo e disse:
Estava tão quente lá fora que eu acabei adormecendo!
No dia seguinte a mãe mandou que Três Olhinhos fosse ao campo para ver se alguém trazia comida para Dois Olhinhos. Depois da longa caminhada no sol quente, as irmãs se sentaram para descansar e Dois Olhinhos começou a cantar, só que ao invés de cantar:
“Três Olhinhos está dormindo, Três Olhinhos está acordada” Ela cantou: “Dois Olhinhos está dormindo, Dois Olhinhos está acordada” várias vezes sem parar, fazendo que só dois olhinhos adormecessem, mas um deles ficou acordado e conseguiu ver muito bem tudo o que acontecia. Quando chegaram em casa à tarde Três Olhinhos disse:
Eu sei bem porque Dois Olhinhos não come mais o que deixamos para ela! E continuou:
Ela diz ao cabrito: “berra cabritinho, mesinha apareça”, então uma linda mesa surge a sua frente com tudo de melhor para comer e beber. Depois de fica satisfeita diz: “berra cabritinho, vá embora mesinha” e tudo desaparece. Ah é assim, não é? Pois vou acabar com isso! – Disse a mãe. Pegou uma faca e matou o cabrito. Quando Dois Olhinhos viu isso, saiu correndo e foi com a sua dor sozinha para o campo. Mais uma vez a sábia moça apareceu para ela e perguntou:
Por que está chorando tanto Dois Olhinhos? E não tenho razão de chorar? – respondeu a menina. – O cabrito que me trazia aquela linda mesa com uma refeição tão gostosa que me matava a fome e a sede, foi morto por minha mãe. E agora vou voltar a sofrer de fome e sede! A sábia moça disse a ela:
Não chore Dois Olhinhos. Volte para casa e peça as suas irmãs o 23
coração do cabritinho. Então, enterre o coração na frente da porta da casa para que tenham boa sorte. Dizendo isso a sábia moça desapareceu e a menina voltou para casa. Chegando lá, pediu as irmãs que lhe dessem o coração do cabritinho para que ela pudesse fazer o que a moça tinha mandado. Suas irmãs deram risada e disseram:
Pode ficar com o coração se é tudo que você quer.
A menina pegou o coração e o enterrou na frente da porta da casa como a moça mandou. Quando todas acordaram do dia seguinte, havia uma árvore linda e frondosa com folhas de prata e frutos de ouro brilhante. Elas nunca tinham vista uma coisa mais linda em suas vidas! Mas, não sabiam como a árvore tinha crescido durante a noite, só Dois Olhinhos sabia que ela havia brotado do coração do cabritinho. Então a mãe disse à Um Olhinho:
Suba na árvore minha filha e apanhe para nós uma fruta.
A menina subiu, mas cada vez que ela tentava colher uma maça de ouro o galho pulava de sua mão. Isso aconteceu todas as vezes e assim, ela não conseguiu colher uma só fruta. Então a mãe mandou a Três Olhinhos colher as frutas, mas ela também tentou muitas vezes e sem o mínimo sucesso, não conseguiu colher nem uma das muitas frutas de ouro. Então chegou a vez de Dois Olhinhos subir para tentar colher as maçãs. Só que desta vez os galhos não escaparam e ela colheu uma fruta após a outra e trouxe o avental cheio para a mãe e as irmãs. Nem por isso elas foram mais educadas e gentis com Dois Olhinhos, continuaram a maltrata-la como sempre. Um dia, quando a mãe e as filhas estavam perto da árvore, chegou um cavalheiro e imediatamente as irmãs disseram à Dois Olhinhos:
Venha se esconder debaixo deste pano para não nos envergonhar.
E empurraram junto com ela as frutos que ela tinha colhido. O cavalheiro, que era uma homem muito lindo, ficou maravilhado quando viu a deslumbrante árvore de ouro e prata, e disse:
De quem é esta árvore lindíssima? Ficarei muito agradecido a quem me conseguir apenas um galhinho dela.
Um Olhinho e Três Olhinhos disseram que a árvore era delas e que teriam o maior prazer em dar-lhe um galhinho dela. Quando disseram isso, Dois Olhinhos deixou rolar algumas maças de ouro debaixo do pano 24
em que se escondia. O cavalheiro quando viu as lindas frutas ficou ainda mais encantado e quis saber de onde elas tinham vindo. As meninas então contaram ao rapaz que elas tinham mais uma irmã, mas que ela não podia ser vista porque tinha dois olhos, como uma pessoa normal. O cavalheiro, porém, exigiu que ela aparecesse e quando isso aconteceu, o cavalheiro ficou admirado com a sua beleza e disse:
Dois Olhinhos tenho certeza que você poderá quebrar um galhinho desta árvore para mim. Claro, pois esta árvore é minha! – respondeu. E subiu na árvore, col-
hendo então um galho de prata com uma linda maça de ouro para o cavalheiro sem nenhuma dificuldade. Dois Olhinhos – disse o rapaz – como posso retribuir este lindo pre-
sente? Ah – respondeu a menina – eu sofro de fome, sede e maus tratos aqui, se você pudesse me levar embora e me livrasse disso eu ficaria muito feliz.
Então o cavalheiro levantou a menina e a colocou em seu cavalo, levando-a embora para o castelo de seu pai. Lá ele lhe deu lindas roupas, comidas e bebidas gostosas porque ele tinha se apaixonado por ela. Casaram-se e seu casamento foi celebrado com grande alegria. Quando o cavalheiro levou embora Dois Olhinhos, as irmãs ficaram com muita inveja de sua sorte, “mas, ainda temos a árvore de ouro e prata” pensaram. Porém, no dia seguinte a árvore tinha desaparecido, e quando Dois Olhinhos olhou pela janela de sua nova casa, lá estava a linda árvore diante de seus olhos! Um dia duas mulheres vieram pedir esmolas no castelo de Dois Olhinhos e ela reconheceu suas irmãs, que tinham ficado tão pobres que viviam como mendigas. Dois Olhinhos as recebeu com tanta boa vontade que elas se arrependeram de todas as maldades que tinham feito a vida inteira para a sua irmãzinha.
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Ache as palavras que pertencem ao conto: CAVALHEIRO CABRITINHO MESINHA ARVORE FRUTA OURO CASTELO OLHINHO
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Irmãos Grimm
E
ra uma vez, na Alemanha, dois irmão conhecido por irmãos Grimm. Eles tiveram uma infância muito boa e feliz e , quando cresceram, resolveram cursar faculdade de História, conhecendo os contos antigos do povoado. Houve então naquela época uma guerra muito grande com disputa por terras, na qual um dos irmãos teve que servir como soldado. Ele não gostava de estar em guerra e trabalhava abastecendo os campos de batalha com comida, remédios, roupas, armas... Enquanto isso seu outro irmão adoeceu e permaneceu na casa de sua mãe sendo cuidado por ela. Muito tempo e passou com os irmãos afastados. Nesse meio tempo o irmão que permaneceu em casa começou a pesquisar contos e lendas antigas e começou a reescrevê-las. Terminou-se então a guerra, e o irmão mais velho retornou ao seu lar, para junto do resto de sua família. Ele estava cansado e ficou desolado quando encontrou seu irmão adoecido, mas essa desolação só aumento quando, em certa manhã, sua mãe já não levantou da cama, pois tinha falecido. Graças a sua paixão por leitura, ele começou a trabalhar como diretor de uma biblioteca local, e conseguiu pagar um tratamento médico para seu irmão em um reino vizinho. Ele então enviou seu irmão para se hospedar em um castelo e receber os devidos cuidados para ficar bom. Ele então publicou seu primeiro livro com contos para crianças que fez muito sucesso. Ele e seu irmão se reencontraram, ambos estavam trabalhando na mesma biblioteca, de modo que começaram a estudar e a escrever juntos, e assim eles lançaram seu segundo livro para crianças, que fez mais sucesso ainda. O irmão mais novo nunca se curou, mas conseguiu tratar sua doença por muito tempo, impedindo que ela piorasse e , por muitos anos, os irmãos Grimm escreveram contos de fadas para crianças e esses contos se espalharam por todo o mundo. 27
Eles viveram por muito tempo e ainda continuam vivos em suas histórias que são contadas até hoje pelas mãe se pais aos seus filhos, portanto, toda vez que ouvir falar de cinderela, branca de neve ou qualquer outra fábula, você sempre estará se lembrando, também, desses irmãos, que foram os criadores de todos esses personagens que amamos tanto.
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Fim.
Apêndice
Solução das atividades:
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Esta obra foi composta em Goudy Old Style, 12pt Gabriola, 32pt
V
ocê tem em mão uns dos melhores contos dos Irmãos Grimm que vem educando crianças desde o século XVIII.