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bel assunção azevedo Christianne Botosso Cristiane Boneto

Parte 2

Língua Portuguesa

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Língua Portuguesa Parte 2 BEL ASSUNÇÃO AZEVEDO Escritora e pesquisadora da cultura popular brasileira desde 2008. Publicou vários livros, dentre eles: Mãe D'Água (Ozé, 2011); O raminho de arruda (Saraiva, 2012); Caraminholas (Autêntica, 2013); Quem conta um conto aumenta um ponto. Histórias criadas a partir de ditados populares (Autêntica, 2014). CHRISTIANNE FONGARO BOTOSSO Bacharel em Letras pela Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo. Licenciada em Letras pela Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo. Professora de Ensino Fundamental e de Ensino Médio em escolas públicas e particulares de São Paulo. CRISTIANE BONETO DE ALMEIDA Graduada em Pedagogia e especialista em Educação Infantil pela Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo. Professora de Educação Infantil e de Ensino Fundamental em escolas públicas e particulares de São Paulo. Assessora pedagógica e atuante na formação de professores.

1.ª edição | São Paulo | 2016

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Parte 2 DE

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HISTÓRIAS DE OUTROS TEMPOS

PARA COMEÇO DE CONVERSA .....181 11

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NA ESCOLA

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HISTÓRIAS QUE ENCANTAM ........195 Leitura "O grande desafio", Rogério Andrade Barbosa ....... 197 Fazendo contatos Matrizes culturais africanas e indígenas no Brasil ................. 205 Linguagem oral Roda de histórias ................... 206 Produção Reescrita de conto ou narrativa mítica .................. 207 Conhecendo a nossa língua Palavras que terminam com -ecer, -isar e -izar .......... 208 Pelos caminhos da arte Máscaras africanas.................. 211 Em ação ...................................... 212

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HISTÓRIAS QUE EXPLICAM O MUNDO ................... 182 Leitura "A queda do céu", Betty Mindlin e narradores indígenas ............ 184 Conhecendo a nossa língua Verbos .................................... 191

PARA COMEÇO DE CONVERSA .... 215 11

SEM BRIGAS NA ESCOLA .............216 Leitura "Por que ‘tirar sarro’ do diferente?", Rosely Sayão ........................... 218 Produção Texto de opinião ..................... 223 Linguagem oral Debate ................................... 225 Conhecendo a nossa língua As palavras mal e mau, meio e meia, mas e mais .................. 227

22

O AMOR NA ESCOLA .................... 231 Leitura "Os calções verdes do Bruno", Ondjaki................................... 232 Produção Carta ...................................... 241 Outros links A língua portuguesa pelo mundo ............................ 243 Conhecendo a nossa língua Pontuação: uso da vírgula ....... 245 Em ação ...................................... 248

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ACONTECEU... VIROU NOTÍCIA!

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PARA COMEÇO DE CONVERSA ... 283

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NO RITMO DAS PALAVRAS

PARA COMEÇO DE CONVERSA .... 251 1

SALTANDO NO RITMO DAS PALAVRAS ................ 252 Leitura "O gato", Vinicius de Moraes ................. 253 Linguagem oral Declamação de poemas .......... 257 Conhecendo a nossa língua Palavras que evitam repetições 258

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NO RITMO DO CORDEL............... 263 Leitura "A Bela e a Fera" (em cordel), Clara Rosa Cruz Gomes .......... 265 Produção Acróstico ................................ 270 Linguagem oral Desafio de rimas ..................... 272 Outros links A Bela e a Fera ....................... 273 Conhecendo a nossa língua As letras S e Z......................... 274 Pelos caminhos da arte "A Bela e a Fera" em obras de arte .......................... 278 Em ação ...................................... 280

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UMA NOTÍCIA BOA ... ................. 284 Leitura "Deixa que eu pago", Folha de S.Paulo................... 286 Conhecendo a nossa língua Tempos verbais ....................... 291 Produção Notícia .................................... 294 Linguagem oral Telejornal ................................ 296

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DEU NO JORNAL ......................... 297 Leitura "Primeira página do jornal" O Estado de S. Paulo............ 298 Produção Jornal ..................................... 303 Remexendo no baú Página de jornal antiga ........... 305 Conhecendo a nossa língua Escrita de algumas formas verbais ........................ 307 Uso do dicionário Como procurar verbos no dicionário .......................... 311 Em ação ...................................... 314

LEIA MAIS ............................................................... 316 REFERÊNCIAS ........................................................ 318

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HISTÓRIAS DE OUTROS TEMPOS

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Respostas e sugestões no Guia de Recursos Didáticos.

1. Você conhece histórias que foram criadas e

transmitidas oralmente, passando de geração a geração, através dos tempos?

2. Algum familiar ou amigo costuma contar histórias para você?

3. Você sabe contar alguma história de memória? Conte-a para a sua turma.

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CAPÍTULO

GraphicsRF/Shutterstock.com

HISTÓRIAS QUE EXPLICAM O MUNDO ANTES DE LER

1. Observe a capa e a quarta capa do livro em que foi publicado o texto que você Editora Ática

Editora Ática

lerá neste capítulo.

Bem longe do barulho e da agitação das cidades, envolvidos pela noite escura e pelos mistérios da floresta, os índios se reúnem em torno da fogueira para contar suas histórias – narrativas fantásticas que revelam seu cotidiano, suas crenças e suas interpretações para os enigmas da vida e da morte. Betty Mindlin e narradores indígenas. Mitos indígenas. São Paulo: Ática, 2006. v. 40. (Para gostar de ler).

a) Leia o título do livro. Você sabe o que são mitos? Resposta pessoal. b) Pela ilustração da capa, é possível deduzir o assunto do livro?Resposta pessoal. c) Leia os nomes dos autores. De que forma será que essas histórias foram criadas? Betty Mindlin e narradores indígenas. Resposta pessoal.

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2. O texto que você vai ler é um mito criado pelos indígenas Ikolen. Veja abaixo

Kim-Ir-Sen/Kimage

um pouco sobre esse povo. Os Ikolen [povo indígena também conhecido como Gavião] habitam a região da bacia do igarapé Lourdes e outros afluentes do rio Machado (também conhecido Ji-Paraná), na região como ­ leste do estado de Rondônia, divisa com o Mato Grosso. Ikolen. In: Povos Indígenas no Brasil. Disponível em: <http://pib.socioambiental.org/pt/povo/ikolen/1308>. Acesso em: 23 abr. 2016.

Vista aérea de malocas dos indígenas Ikolen, também chamados de Gavião ou Gavião de Rondônia. Terra Indígena do Igarapé Lourdes, no estado de Rondônia, RO, 1986.

a) Você já tinha ouvido falar sobre essa tribo indígena? Resposta pessoal. b) Como você acha que essa tribo vive? Resposta pessoal. 3. O que você sabe sobre a cultura indígena? a) Você conhece alguma história indígena? Qual? Resposta pessoal. b) E palavras ou nomes de origem indígena, você conhece algum(a)? Qual(is)? Resposta pessoal.

c) Você tem ascendência indígena ou conhece alguém que seja descendente de indígenas? Resposta pessoal.

4. Leia o título do texto da próxima página. a) Que queda será essa? Será que alguém vai cair do céu ou é o céu que vai cair?

Resposta pessoal.

b) Por que você acha que os índios Ikolen criaram esse mito? Resposta pessoal.

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LEITURA

(Mito indígena)

Leia o texto e descubra o que o povo Ikolen conta nesse mito.

A queda do céu Mito Gavião-Ikolen Betty Mindlin Narrador: Digüt Tsorabá Gavião-Ikolen Tradutor: Sebirop Catarino Gavião-Ikolen

O céu já caiu uma vez, era para ser o fim do mundo. Trovejou, trovejou, foi um estrondo, o céu foi caindo no chão. Vinha devagarzinho, devagarzinho. Na terra, todos choravam apavorados. Fugiram para debaixo do mamoeiro. Antes de cair o céu, apareceram sinais. Caiu o cupim da árvore, prenúncio do desastre. Em pouco tempo, o céu, que ficava altíssimo, muito longe da terra, começou a tremer. O céu já estava bem baixinho, roçando um coqueiro, quando um menino pequeno, de uns 5 anos, tentou impedir a queda.

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Fez flechas com penas de mawir, uma espécie de nambu, que criança pequena não pode comer, senão fica aleijada, não consegue andar. É um nambu bem redondinho, não tem penas no rabo, parece um favo de mel. Tanto os favos como o pássaro mawir são redondos, à semelhança da abóbada celeste. O menino flechou o céu, que era duríssimo. Atirou flechas enfeitadas com plumas de mawir. O céu começou a voltar para cima só porque a criança deu uma flechada com penas de mawir no céu. O céu subia deva­ garzinho, descia outra vez, subia com mais vigor. O menino jogou as flechas três vezes até o céu subir. O coqueiro e o mamoeiro é que seguraram o céu. Quando o menino flechou, o céu resolveu voltar para cima. Retomou seu lugar nas alturas, ninguém morreu. Betty Mindlin e narradores indígenas. Mitos indígenas. São Paulo: Ática, 2006. p. 13. v. 40. (Para gostar de ler).

Abóbada: teto arredondado como uma cúpula. Estrondo: ruído muito forte. Nambu: ave também conhecida como inhambu. Prenúncio: aviso.

Julia nM arq ue

ess apr olh s/F

A antropóloga Betty Mindlin trabalha há anos em projetos de pesquisa e apoio a numerosos povos indígenas da Amazônia e de outras regiões. Seus assuntos prediletos são mitos indígenas, escrita e oralidade, música e apoio a professores indígenas. Publicou em coautoria com narradores sem escrita sete livros de mitos em português, que já eram contados antes do contato dos indígenas com o homem branco.

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DEPOIS DE LER

1. O que você imaginou antes de ler a história sobre a queda do céu aconteceu? Resposta pessoal.

2. Você gostou dessa narrativa? Compartilhe suas impressões com os colegas. Resposta pessoal.

3. O narrador desse mito conta que, antes de o céu começar a cair, houve um anúncio. Localize e escreva a frase que apresenta esse sinal. Caiu o cupim da árvore, prenúncio do desastre.

4. Em que ordem aconteceram as situações narradas? Leia as alternativas e numere-as de acordo com o que o mito conta. 7

O céu voltou para as alturas.

2

Todos se esconderam debaixo do mamoeiro.

4

Um menino de 5 anos pegou penas de nambu para enfeitar flechas.

1

O céu começou a cair devagarzinho.

3

Como um sinal do desastre, o cupim caiu da árvore.

6

O céu começou a subir.

5

O menino jogou três flechas no céu.

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5. Releia o trecho a seguir. O céu começou a voltar para cima só porque a criança deu uma flechada com penas de mawir no céu. O céu subia devagarzinho, descia outra vez, ­subia com mais vigor. O menino jogou as flechas três vezes até o céu subir.

a) Quantas vezes a palavra céu aparece? 4 vezes.

b) A palavra céu é um:

X

substantivo.

pronome adjetivo.

c) Que palavra poderia substituir céu no trecho? Utilize-a para completar a lacuna. Ele

subia devagarzinho, descia outra vez, subia com mais vigor.

6. O nambu é descrito no quinto parágrafo do texto. Observe as fotografias abaixo e assinale a que mais se parece com a descrição do pássaro feita pelo narrador. Fabio Colombini

2 Fabio Colombini

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a) De acordo com o texto, o nambu é redondo. O que é uma abóbada celeste ou como você imagina que seja? Resposta pessoal.

b) Você acha que, se o menino enfeitasse as flechas com penas de outro pássaro, o céu iria parar de descer? Por quê? Resposta pessoal.

7. Leia novamente este trecho. Em pouco tempo, o céu, que ficava altíssimo, muito longe da terra, começou a tremer. O céu já estava bem baixinho, roçando um coqueiro [...].

a) Pinte no trecho acima o que se pede a seguir: • de

uma palavra usada para indicar que o céu estava muito alto.

• de

uma palavra usada para indicar que o céu estava muito baixo.

altíssimo baixinho

b) Você conhece outras palavras que terminam como altíssimo? Resposta pessoal.

c) Em sua opinião, por que não foram usadas as formas altinho e baixíssimo? Resposta pessoal.

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8. Leia um trecho da apresentação do livro Mitos indígenas, escrito pela Konstanttin/Shutterstock.com

antropóloga Betty Mindlin.

Quem fez o sol, a lua, as estrelas, as águas, o chão, a floresta, a chuva, os rios, o fogo, o céu, o relâmpago, o trovão, o arco-íris, tudo o que existe, enfim? Fizeram-se por si próprios ou foram criados? [...] Como surgiu a humanidade? Terá sido extinta alguma vez, e renascido? As perguntas sobre o que nos cerca são eternas, e não há uma resposta única e definitiva. Cada povo, cada época ou lugar tem a sua versão, a sua história, que acredita ser a verdadeira. Os mitos são narrativas sobre esse mistério de existir e de viver, quase impossível de decifrar. Eles nos arrastam, encantam, e nos levam para algum domínio profundo, carregado de sentido. Betty Mindlin e narradores indígenas. Mitos indígenas. São Paulo: Ática, 2006. p. 13. v. 40. (Para gostar de ler).

a) Betty Mindlin inicia a apresentação do livro fazendo algumas perguntas. De que forma você as responderia? Resposta pessoal.

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b) Você já se perguntou alguma vez sobre a origem de tudo o que está ao nosso redor? Resposta pessoal.

c) Na narrativa do mito, há alguma explicação sobre por que o céu começou a cair, ou isso é um mistério?

Não há nenhuma explicação, o céu simplesmente começou a cair, assim como o menino simplesmente impediu a queda.

d) Na sua opinião, por que os Ikolen criaram o mito da queda do céu? Resposta pessoal.

Os mitos, também chamados de narrativas míticas, são narrativas orais criadas pelos povos para explicar a origem da vida e de tudo, assim como os fatos da realidade e os fenômenos da natureza. Essas histórias são orais e de autoria coletiva. Ao longo do tempo, passaram a ser recolhidas e registradas por escrito.

e) Você acha que os Ikolen tinham medo de o céu cair sobre eles? Explique sua resposta. Resposta pessoal.

f) Se em vez de o céu cair fosse a terra que subisse, como você acha que os indígenas Ikolen descreveriam esse fato? Resposta pessoal.

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CONHECENDO A NOSSA LÍNGUA Verbos 1. Leia este trecho de um mito chinês. Escolha uma das formas verbais entre parênteses para completá-lo.

O gigante Pan-Ku existia

não

Tui Bei Quan Tu. 1820. Manuscrito.

Há muito, muito tempo, quando o tempo (existe – existia), todo

o Universo era somente uma grande névoa. apareceu

Um ovo

(aparece – apa-

receu) no meio dessa imensa papa cósmica, e dormia

dentro desse ovo

(dorme –

dormia) Pan-Ku, o gigante ancestral. Muito mais tempo se

passou

(passa – passou) até que o gigante acordou

(acorda – acordou). Ao

olhar aquela papa negra e viscosa, Pan-Ku se sentiu

(sente – sentiu) desconfor-

tável, espremido. Ao alongar seus braços para se espreguiçar, ele

quebrou

(quebra – quebrou) a casca do ovo. A parte de baixo

navegou

(navega – navegou) pela viscosidade até chegar ao nada, e assim formaram-se os sete continentes do planeta. A delicada parte superior da casca subiu

do ovo

(sobe – subiu) e tornou-se o céu.

[...] César Obeid. Quando tudo começou: mitos da criação universal. São Paulo: Panda Books, 2015. p. 14.

Viscosidade: oleosidade.

a) Assinale o tempo verbal que você escolheu para completar as lacunas: presente. MATERIAL DO PROFESSOR – VENDA PROIBIDA

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pretérito.

futuro. 191

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b) Por que você escolheu esse tempo? Resposta pessoal.

Os verbos variam para indicar o tempo da ação: Pretérito (passado)

Presente

Futuro

Sempre chove. Chove forte agora.

Amanhã choverá. Amanhã vai chover.

Sempre naquele tempo chovia muito. Choveu ontem.

2. Releia o início do mito “A queda do céu” e observe os verbos destacados. O céu já caiu uma vez, era para ser o fim do mundo. Trovejou, trovejou, foi um estrondo, o céu foi caindo no chão.

a) Em que tempo estão os verbos destacados? No pretérito.

b) Qual dos verbos destacados indica uma ação que não foi realizada por alguém, pois é um fenômeno da natureza? Circule-o no trecho. Os alunos deverão circular o verbo trovejou.

Verbos

Exemplo: cair.

Exemplo: relampejar.

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m Albert Russ/Shutterstock.co

indicam um fenômeno da natureza.

Dino Osmic/Shutterstock.com

indicam uma ação.

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c) Cite três verbos que indicam fenômenos da natureza. Espera-se que o aluno cite verbos como: nevar, ventar, chover.

d) Compare a frase abaixo com a do início do conto, observando o tempo verbal. O céu cairá uma vez, será o fim do mundo. Trovejará, trovejará, haverá um estrondo, o céu cairá no chão.

Com os verbos no futuro, o mito seria:

um relato.

X

uma profecia.

3. Leia o mito contado pelo povo indígena Xavante e complete-o com os verbos entre parênteses.

• Como os verbos estão no infinitivo, você deverá alterar

Uma profecia é uma previsão.

Infinitivo é o nome do verbo (ex.: mexer, cair etc.).

sua forma para que se adaptem ao texto.

História do céu Já

existia

(existir) o céu. Mas ainda estava se formando. O céu

ainda

estava

(estar) se criando. Era baixo de um lado. Não era

como hoje. Era igual a uma onda, levantando só de um lado. queria

O povo antigo não

(tentar) derrubar

com o machado. Eles (bater),

abriam ou abriram

raco no céu, mas ele

il67/Shutterstock.com

tentaram

(querer) o céu. E [eles]

batiam ou bateram

(abrir) um bufechava ou fechou

(fechar). Imediatamente. [...] MATERIAL DO PROFESSOR – VENDA PROIBIDA

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estamos

— Vamos deixar! [Nós] Não cortar o céu! Foi assim. Assim que o povo antigo o céu. criou

Assim que se

(estar) conseguindo

tentou

(tentar) derrubar

(criar) o céu.

(Mitos e histórias do povo Xavante) Adaptado de: Ministério da Educação. Fundescola/Projeto Nordeste/Secretaria de Ensino Fundamental. Contos tradicionais, fábulas, lendas, mitos. Brasília, DF, 2000. p. 122. Disponível em: <http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/me000589.pdf>. Acesso em: 23 abr. 2016.

a) Que semelhanças e diferenças você percebe entre o mito dos Xavante e “A queda do céu”, dos Ikolen? Semelhanças: Tema relativo ao conto, o que indica que, para os povos antigos, o céu era encarado como um grande mistério. Diferenças: enquanto os Ikolen temiam a queda do céu, os Xavante queriam derru­ bá-lo. Em ambos os casos, o mito procura uma explicação para um fato que amedrontava as pessoas da tribo.

b) Além do tempo, o que mais você levou em consideração ao completar a história com os verbos? Espera-se que os alunos identifiquem as pessoas do discurso que praticaram as ações.

Os verbos concordam com as pessoas do discurso. Veja um exemplo de como os verbos são conjugados no tempo presente.

Eu escrevo Tu escreves Ele escreve Nós escrevemos Vós escreveis Eles escrevem

Eu parto Tu partes Ele parte Nós partimos Vós partis Eles partem

yavi/Shutterstock.com

Eu canto Tu cantas Ele canta Nós cantamos Vós cantais Eles cantam

PARTIR Lyudmyla Kharlamova/ Shutterstock.com

ESCREVER

Lyudmyla Kharlamova/ Shutterstock.com

CANTAR

4. Marque, no quadro acima, as formas dos verbos que você está acostumado a usar.

Resposta pessoal.

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