A Conquista - Língua Portuguesa - Volume 5

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Ensino Fundamental - Anos Iniciais

Área: Língua Portuguesa

ISABELLA CARPANEDA LÍNGUA PORTUGUESA 5

Componente: Língua Portuguesa

RECURSO EDUCACIONAL DIGITAL

Ensino Fundamental - Anos Iniciais

LÍNGUA PORTUGUESA 5

Área: Língua Portuguesa

Componente: Língua Portuguesa

RECURSO EDUCACIONAL DIGITAL

ISABELLA PESSÔA DE MELO CARPANEDA

Pós-graduada em Língua Portuguesa pelo Instituto AVM – Faculdade Integrada – RJ. Licenciada em Pedagogia pela Universidade de Brasília e pelo Centro de Educação Unificado de Brasília, com habilitação em Administração Escolar.

Coordenadora pedagógica e elaboradora de material pedagógico para a Educação Infantil e para o Ensino Fundamental há mais de 25 anos.

Professora em cursos de formação de professores de Educação Infantil e Ensino Fundamental em vários estados desde 1990.

Assessora pedagógica de Educação Infantil e Ensino Fundamental em Brasília desde 1984.

1ª edição, São Paulo, 2021 -

A conquista – Língua Portuguesa – Recurso Educacional Digital – 5o ano (Ensino Fundamental – Anos Iniciais)

Copyright © Isabella Pessôa de Melo Carpaneda, 2021

Direção-geral Ricardo Tavares de Oliveira

Direção de Conteúdo e Negócios Cayube Galas

Direção editorial adjunta Luiz Tonolli

Gerência editorial Natalia Taccetti

Edição Nubia de Cassia de Moraes Andrade e Silva (coord.)

Preparação e revisão de textos Viviam Moreira (sup.)

Adriana Périco, Caline Devèze, Camila Cipoloni, Carina Luca, Fernanda Marcelino, Fernando Cardoso, Graziele Ribeiro, Paulo José Andrade

Gerência de produção e arte Ricardo Borges

Design Daniela Máximo (coord.)

Arte e produção Rodrigo Carraro Moutinho (coord.)

Coordenação de imagens e textos Elaine Bueno Koga

Licenciamento de textos Erica Brambilla

Iconografia Érika Nascimento

Coordenação de audiovisuais Diego Vieira Cury Morgado de Oliveira

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) (Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil) Carpaneda, Isabella Pessôa de Melo

A conquista [livro eletrônico] : língua portuguesa : 5o ano : ensino fundamental : anos iniciais / Isabella Pessôa de Melo Carpaneda. –

1. ed. – São Paulo : FTD, 2021.

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Área: Língua portuguesa. Componente: Língua portuguesa. ISBN 978-85-96-03222-3 (recurso educacional digital professor – coleção)

1. Língua portuguesa (Ensino fundamental)

I. Título.

21-90754

CDD-372.6

Índices para catálogo sistemático:

1. Língua portuguesa : Ensino fundamental 372.6 Cibele Maria Dias - Bibliotecária - CRB-8/9427

EDITORA FTD

Rua Rui Barbosa, 156 – Bela Vista – São Paulo-SP CEP 01326-010 – Tel. 0800 772 2300 Caixa Postal 65149 – CEP da Caixa Postal 01390-970 www.ftd.com.br central.relacionamento@ftd.com.br

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RECURSO EDUCACIONAL DIGITAL Sumário Carta ao professor.......................................................................................... 5 Instrumentos pedagógicos........................................................................... 7 Plano de desenvolvimento anual ..........................................................................7 Sequências didáticas ............................................................................................ 16 Sequência didática 1  Conhecer relatos, estudar os marcadores temporais e rever as letras que podem representar o som /s/ ........................16 Sequência didática 2  Conhecer contos, estudar sinais de pontuação e aprender sobre o uso de mas e mais...................................................................33 Sequência didática 3  Conhecer notícias e crônicas e aprender sobre o uso de há ou a ..........................................................................................................51 Sequência didática 4  Conhecer entrevistas, debates e seminários e estudar estratégias de argumentação....................................................................62 Sequência didática 5  Conhecer poemas............................................................79 Sequência didática 6  Conhecer artigos de divulgação científica...................89 Sequência didática 7  Conhecer artigos de opinião e estudar elementos de coesão textual..................................................................................100 Sequência didática 8  Conhecer textos teatrais e encenar peça teatral......113 Relatórios e indicadores do acompanhamento da aprendizagem............ 128 Produção de relatórios........................................................................................... 128 Indicadores do acompanhamento da aprendizagem ......................................130 Catálogo dos audiovisuais........................................................................148 Audiovisuais da coletânea................................................................................. 148 Orientações para o uso dos audiovisuais....................................................... 149 Audiovisual  Como fazer uma reportagem digital? .........................................149 Audiovisual  Nossas origens................................................................................152
RECURSO EDUCACIONAL DIGITAL Audiovisual  Mitos..................................................................................................154 Audiovisual  Fernando Pessoa ............................................................................156 Audiovisual  Vamos apresentar!..........................................................................157 BNCC.............................................................................................................160 Referências bibliográficas comentadas.................................................166

Carta ao professor

Olá, professora! Olá, professor!

Este material digital tem como objetivo fornecer subsídios e sugestões que apoiem o trabalho pedagógico e a ação educativa em sala de aula no ensino de Língua Portuguesa para os Anos Iniciais do Ensino Fundamental.

O conteúdo deste material digital foi elaborado tendo em vista os componentes essenciais para a alfabetização definidos pela Política Nacional de Alfabetização (PNA), os direitos e objetivos de aprendizagem e as competências e habilidades estabelecidas pela Base Nacional Comum Curricular (BNCC).

Do ponto de vista teórico-metodológico, as propostas apresentadas neste material enfatizam a participação ativa e reflexiva dos alunos nas mais diversas situações comunicativas, de modo que possam ampliar seus níveis de literacia por meio do uso de diferentes linguagens em contextos variados e da ampliação de seu repertório cultural.

Este material também se alinha às práticas pedagógicas que valorizam a construção de conhecimentos e o desenvolvimento de aprendizagens relacionados a saberes não restritos à escola, promovendo integração com as tecnologias digitais de informação e comunicação e com as mais variadas demandas da vida cotidiana.

Este volume promove o desenvolvimento da literacia dos alunos de 5º ano, possibilitando a aquisição de habilidades relativas à fluência em leitura oral, à compreensão de textos, à ampliação de vocabulário e à produção de textos orais e escritos. Assim, são abordados os seguintes conteúdos: revisão de aspectos ortográficos, retomada de sinais de pontuação, compreensão de regras de acentuação; identificação de marcadores temporais e dos tempos verbais; análise de elementos de coesão; reflexões sobre a valorização da diversidade cultural e o respeito às diferenças, sobre o papel da ciência na preservação da saúdeesobre publicidadeinfantil;eestudosdos gênerostextuaisnotícia,crônica, entrevista, debate, seminário, poema, artigo de divulgação científica, artigo de opinião e texto teatral.

Todos os volumes deste material digital são compostos dos seguintes recursos pedagógicos:

 Plano de desenvolvimento anual: sugestão de planejamento para a abordagem de conteúdos, habilidades e componentes essenciais para a alfabetização no ano letivo, com possibilidades de organização bimestral, trimestral e semestral. O Plano conta, também, com orientações pedagógicas que contribuem para o ensino desses conteúdos em sala de aula, orientações a respeito do processo de avaliação das aprendizagens e sugestões de materiais voltados à formação do professor.

 Sequências didáticas: propostas de planejamento aula a aula, com a indicação dos objetivos de aprendizagem, dos componentes essenciais para a alfabetização, das

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parâmetros.

competênciasehabilidadesdaBNCCesugestõesdeatividadesparadesenvolveresses conhecimentos.

 Relatórios e indicadores do acompanhamento da aprendizagem: orientações para a produção de relatórios e fichas de avaliação que ajudam o professor a diagnosticar os conhecimentos dos alunos; acompanhar o desenvolvimento de habilidades, competências e componentes essenciais para a alfabetização; verificar se os objetivos de aprendizagem foram alcançados; e acompanhar o desenvolvimento de habilidades socioemocionais.

 Catálogodeaudiovisuais:apresentaçãoedescriçãodosaudiovisuaisqueacompanham a coleção, com sugestões de atividades e orientações para trabalhar os conteúdos desenvolvidos nesses audiovisuais.

Busca-se, com os recursos disponibilizados neste material digital, fomentar a liberdade criativa dos professores na produção e disseminação de propostas didáticas medianteacessoaconteúdoseducacionaisquepermitemuso,reúso,adaptaçãoemixagem, estimulando novas formas de desenvolver o processo de ensino-aprendizagem.

Este material, portanto, contribui para a adoção de novas práticas pedagógicas, conferindo ao professor lugar central na criação, desenvolvimento e compartilhamento de propostas alinhadas às demandas formativas da escola na contemporaneidade. Espera-se, assim, ampliar e potencializar práticas educativas que promovam aprendizagens significativas e fundamentais para os alunos.

Bom trabalho!

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Instrumentos pedagógicos

Plano de desenvolvimento anual

Este Plano de desenvolvimento anual apresenta uma proposta de planejamento para a abordagem dos conteúdos, das habilidades da BNCC e dos componentes essenciais para a alfabetização, trabalhados nas Sequências didáticas deste material digital, com possibilidades de organização em bimestres, trimestres e semestres.

São apresentadas, também, estratégias e práticas docentes que podem ajudar o professor no trabalho com as atividades propostas no material digital desta coleção e, assim, favorecer o processo de alfabetização e o desenvolvimento da literacia, bem como das aprendizagens específicas de Língua Portuguesa

Este Plano de desenvolvimento anual apresenta, ainda, uma visão geral sobre a importância da avaliação para o constante aprimoramento do processo de ensino-aprendizagem e oferece indicações de materiais complementares que visam a atualizar abordagens teóricas e metodológicas em relação à alfabetização e ao ensino de Língua Portuguesa nos Anos Iniciais do Ensino Fundamental

BNCC

Relato de memória

Multiculturalismo: diversidade cultural

Marcadores temporais

Som /s/

Conto popular

Conto de aventura

Mito

Aprendizagens desenvolvidas no 5º ano 1º semestre 1º trimestre 1º bimestre

Tempos verbais

Sinais de pontuação

Uso de mas ou mais

EF15LP05, EF15LP06, EF15LP07, EF15LP16, EF35LP03, EF35LP04, EF35LP05, EF35LP07, EF35LP22, EF35LP25, EF35LP26, EF05LP01, EF05LP04, EF05LP05, EF05LP07, EF05LP26

Componentes essenciais para a alfabetização

Consciência fonológica e fonêmica

Compreensão de textos

Fluência em leitura oral

Desenvolvimento de vocabulário

Produção de escrita

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2º bimestre

Notícia

Crônica

Uso de há ou a Pesquisa Entrevista

Debate

Seminário

Estratégias de argumentação

2º trimestre

2º semestre 3º bimestre

3º trimestre

Cidadania e civismo: respeito às diferenças

BNCC

EF15LP01, EF15LP03, EF15LP04, EF15LP05, EF15LP06, EF15LP07, EF15LP08, EF15LP11, EF15LP16, EF35LP01, EF35LP03, EF35LP04, EF35LP05, EF35LP07, EF35LP10, EF35LP15, EF35LP17, EF35LP18, EF35LP19, EF05LP01, EF05LP15, EF05LP16, EF05LP19, EF05LP24

Componentes essenciais para a alfabetização

Compreensão de textos

Fluência em leitura oral

Desenvolvimento de vocabulário

Produção de escrita

BNCC

Poema Paródia Figuras de linguagem

Eu lírico

Artigo de divulgação científica

Pesquisas científicas

Ciência e saúde

EF15LP01, EF15LP02, EF15LP03, EF15LP05, EF15LP15, EF35LP01, EF35LP02, EF35LP03, EF35LP04, EF35LP05, EF35LP07, EF35LP09, EF35LP17, EF35LP21, EF35LP23, EF35LP27, EF35LP28, EF35LP31, EF05LP15, EF05LP16, EF05LP24.

Componentes essenciais para a alfabetização

Compreensão de textos

Fluência em leitura oral

Desenvolvimento de vocabulário

Produção de escrita

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4º bimestre

Artigo de opinião

Cidadania e civismo: publicidade infantil

Elementos de coesão

Documentário

Notícia

Texto teatral

Encenação

Peça teatral

Expressão oral e corporal

Práticas de ensino na sala de aula

BNCC

EF15LP01, EF15LP03, EF15LP05, EF15LP06, EF15LP07, EF15LP09, EF15LP11, EF15LP12, EF35LP05, EF35LP06, EF35LP07, EF35LP08, EF35LP09, EF35LP15, EF35LP17, EF35LP24, EF35LP25, EF35LP26, EF35LP29, EF05LP15, EF05LP16, EF05LP19, EF05LP26.

Componentes essenciais para a alfabetização

Compreensão de textos

Fluência em leitura oral

Desenvolvimento de vocabulário

Produção de escrita

A sala de aula nos Anos Iniciais do Ensino Fundamental deve ser um ambiente que proporciona uma variedade de experiências com diferentes linguagens, sobretudo com a linguagem escrita, visto que esse espaço é fundamental no processo de alfabetização e no desenvolvimento da literacia dos alunos. Por isso, livros de literatura de diversos gêneros, jornais, revistas, cartazes, alfabetos móveis, jogos de letras e palavras, lista de nomes da turma, entre outros recursos, constituem um universo favorável e envolvente para o contato com diferentes práticas comunicativas e para a aquisição das habilidades de leitura e escrita. As propostas deste material digital possibilitam a adoção de diferentes estratégias e práticas docentes que favorecem o desenvolvimento de habilidades fundamentais para a alfabetização no 1º ano e sua consolidação no 2º ano, priorizando, nesses anos iniciais, a aquisição do conhecimento alfabético, da consciência fonológica e fonêmica e da produção de escrita, e promovendo também a fluência em leitura oral, a compreensão de textos e o desenvolvimento de vocabulário. Nos 3º, 4º e 5º anos, além da consolidação dos conhecimentos relacionados à alfabetização, a ênfase se dá no desenvolvimento de habilidades de leitura, de produção de texto e de análises linguística e semiótica, com vistas à ampliação dos conhecimentos relativos aos usos sociais da língua, bem como sua articulação com outras linguagens e com o desenvolvimento do pensamento criativo, lógico e crítico.

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No que se refere à aprendizagem da escrita alfabética, no 1º ano, propõem-se a apresentação do alfabeto, dos nomes das letras e de suas diferentes grafias, e a exploração sistematizada dos sons que cada letra pode representar, de modo a promover a compreensão dos alunos sobre a relação letra-som. A partir do 2º ano, a retomada das relações grafema-fonema e o estudo das regularidades e irregularidades ortográficas são fundamentais para a consolidação da alfabetização e para o desenvolvimento das habilidades de leitura e de escrita dos alunos, uma vez que a internalização da ortografia é parte do processo de aquisição do sistema de escrita.

Para o desenvolvimento da consciência fonológica e fonêmica, podem ser realizados jogos de manipulação de letras e sílabas, atividades de segmentação e síntese fonêmica, de segmentação silábica, de substituição de sons nas palavras e de identificação de palavras, com base nas sílabas ou nos fonemas que as compõem, bem como atividades de identificação e produção de rimas e aliterações, que podem ser realizadas, por exemplo, explorando-se textos da tradição oral, como parlendas, trava-línguas, quadrinhas e cantigas.

As práticas de leitura de textos em voz alta devem ser realizadas sistematicamente emtodososanos,comoobjetivodepromoverafluênciaemleituraoraldosalunos,demodo que possam ler textos com velocidade, precisão e prosódia. Para isso, podem ser propostas atividades de leitura compartilhada, de leitura com parceiro ou em grupos e de leitura independente, auxiliando os alunos na utilização da entonação adequada, na realização das pausas e na expressão clara durante a leitura.

Em relação à produção de escrita, no 1º ano, é importante promover exercícios de caligrafia para que os alunos se apropriem do traçado de cada letra, em suas diferentes grafias, bem como atividades de escrita de sílabas, de palavras e de frases. Além disso, em todos os anos, as propostas de produção de texto envolvem a escrita de frases cada vez mais complexas, de textos progressivamente mais extensos e de gêneros textuais variados, seja em atividades de escrita coletiva/compartilhada, seja em atividades de escrita independente.

É importante destacar que, mesmo antes de escreverem convencionalmente por si próprios, os alunos poderão criar textos por meio de escrita coletiva/compartilhada. O professor poderá exercer o papel de escriba e averbar o texto dos alunos na lousa ou no projetor multimídia, chamando a atenção para a estrutura e a organização do texto, bem como para aspectos de coesão e de coerência, com a seleção e a organização de ideias e assuntos,aseparaçãodaspalavraseautilizaçãodapontuação.Alémdisso,nasproposições em que o professor é o escriba, os alunos têm a oportunidade de observar aspectos relacionados ao sistema de escrita e de refletir sobre as diferenças entre texto oral e texto escrito.

Sobre as práticas de leitura, compreensão e produção de textos, o enfoque deve se dar nos usos sociais de diferentes gêneros textuais, com base na compreensão de que toda atividadehumana,pormaisvariada quepossa ser, sempre serelacionaao usoda linguagem eserealizapormeiodeumgênerotextualproduzidohistoricamente.Pormeiodaabordagem

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de diferentes gêneros textuais, é possível desenvolver os processos gerais de compreensão de textos: localizar e retirar informação explícita; fazer inferências diretas; interpretar e relacionar ideias e informação; analisar e avaliar conteúdo e elementos textuais. Nas atividades deleitura, também éimportante explorarosignificadodepalavrasdesconhecidas pelos alunos, contribuindo para o desenvolvimento de vocabulário da turma. Como se observanasSequênciasdidáticas,antesdeseproporaproduçãodeumtexto,éfundamental que os alunos tenham contato com o gênero textual por meio da leitura e da compreensão de seus aspectos composicionais e reflitam sobre a situação comunicativa relacionada ao texto (a finalidade, a circulação, quem o produz e a quem se dirige).

Assim, a produção de texto compreende atividades de leitura, análise linguística e escritaquevisam àapropriaçãodogênerotextualem estudo.Nesse sentido,aodesenvolver a Sequência didática, podem-se realizar as seguintes etapas: compartilhar a proposta de trabalho com os alunos; mapear o conhecimento prévio da turma; ampliar o repertório com leituradetextosexemplares;analisarasmarcasdogênerotextual;buscarinformaçõessobre o tema aser desenvolvido; produzir um texto coletivo ou individual; fazer arevisãoe a edição final do texto; publicar ou viabilizar a circulação dos textos produzidos pelos alunos.

Escrever um texto é uma atividade que nunca é a mesma nas diferentes circunstâncias em que ocorre, porque cada escrita se caracteriza por diferentes condições que determinam a produção dos discursos. Para aproximar a produção de escrita das necessidadescomunicacionaisdocotidiano,éimportanteproporcionarsituaçõesemqueos alunos participem de maneira ativa de atividades da vida social que envolvam ler e escrever. As situações de interação, por meio de práticas que possibilitem aos alunos fazer uso real da língua, empregando-a adequadamente nas mais diversas situações de comunicação, concretizam-se nestematerial nas atividadesque compreendem os gêneros textuais. Nessa perspectiva, são propostas atividades que envolvem leitura, reconhecimento, compreensão e produção de diferentes gêneros textuais em contextos sociais variados, despertando o interesse dos alunos pela leitura e pela escrita, de modo que adquiram confiança em suas capacidades de se expressar utilizando diferentes linguagens.

É importante destacar, ainda, que o trabalho com a leitura, a compreensão e a produção de textos deve se pautar em práticas que envolvem estratégias de antecipação, com levantamento de hipóteses e retomada de conhecimentos e saberes prévios. A socialização acerca da compreensão dos textos lidos e o compartilhamento dos textos produzidos pelos alunos também são essenciais para a formação da competência comunicativa. Essas práticas são exploradas nas Sequências didáticas deste material, pois enriquecem o desenvolvimento da linguagem por parte dos alunos e situam o trabalho com os textos em relação aos seus usos sociais, promovendo o desenvolvimento da literacia.

A Sequência didática é um conjunto de atividades organizadas de acordo com os objetivos de aprendizagem que se pretende alcançar, possibilitando que os alunos desenvolvam diversas habilidades e competências. Nesse percurso, os conhecimentos prévios dos alunos são valorizados, e eles exercem um papel ativo no processo de aprendizagem, uma vez que a dinâmica da Sequência didática é desenvolvida com base em

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sua participação. Essa modalidade organizativa de ensino possibilita articular e encadear diferentespropostasdidáticaseconteúdos,explorandoaaprendizagemdaescritaalfabética e o desenvolvimento de habilidades de leitura e escrita concernentes aos usos sociais da língua, com base no estudo dos gêneros textuais e de temas relevantes para os alunos.

Alémdisso,nasSequênciasdidáticas,sãopropostasatividadesindividuais,emduplas e em grupos, proporcionando aos alunos o desenvolvimento da autonomia e o desafio de trabalhar em equipe. Os jogos e as brincadeiras também são recursos pedagógicos explorados neste material digital, pois tornam a aprendizagem mais lúdica e prazerosa e despertam o interesse dos alunos pelo conteúdo trabalhado em sala de aula, além de promoverem a reflexão sobre o respeito às regras e aos colegas, o uso de estratégias para a resolução de problemas, a curiosidade, a motricidade, entre outros aspectos.

Avaliação

O processo de avaliação é fundamental para o acompanhamento e a consolidação das aprendizagens. Uma maneira de analisar o desenvolvimento da aprendizagem dos alunos, bem como de nortear a continuidade do trabalho do professor, é realizar a avaliação por meio de diferentes estratégias. Neste material digital, são apresentadas propostas de avaliação diagnóstica, avaliação formativa e avaliação de resultados.

Aavaliaçãodiagnóstica,ouinicial,éentendidacomooinstrumentopeloqualsebusca conhecer osalunos,seussaberes esuasaprendizagens, para melhorcondução doprocesso educativo. Inicialmente, deve-se realizar uma avaliação diagnóstica para conhecer as necessidades dos alunos e, então, planejar o trabalho que será realizado com eles.

A avaliação formativa tem caráter contínuo e pode ser utilizada como parâmetro para o professor rever suas estratégias de ensino. Assim, essa avaliação busca retomar, aplicar e ampliar as aprendizagens desenvolvidas.

A avaliação de resultados, por sua vez, tem valor cumulativo e propicia a verificação dos objetivos de aprendizagem alcançados ao longo do processo formativo.

Para o 1º e o 2º anos, o foco da avaliação está no acompanhamento e na verificação dos componentes essenciais para a alfabetização, tendo como centralidade o desenvolvimento do conhecimento alfabético, da consciência fonológica e fonêmica, da fluência em leitura oral, da compreensão de textos, do desenvolvimento de vocabulário e da produção de escrita.

Para o 3º, o 4º e o 5º anos, além de verificar a consolidação do processo de alfabetização, a avaliação deve acompanhar o desenvolvimento das habilidades de leitura, de produção de textos e de análise linguística, considerando-se as múltiplas situações comunicativas vivenciadas pelos alunos em seu cotidiano, dentro e fora da escola.

Nesse sentido, os conhecimentos prévios dos alunos e suas diversidades devem ser objetos de avaliação, pois só com a integração de conhecimentos prévios e objetivos

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pretendidos é que será possível verificar se houve aprendizagem. Compreender as experiências que os alunos trazem, suas concepções e formas de aprendizagem, é fundamental para a proposição e a abordagem dos conteúdos a serem ensinados.

Uma das principais funções da avaliação é aperfeiçoar a prática educativa, uma vez que, durante o processo de avaliação, o professor poderá avaliar não somente o desempenho e a aprendizagem dos alunos, mas também a sua prática de ensino.

Ressalta-se a importância de a avaliação ser realizada continuamente, de modo que o professor possa rever suas ações e planejar novas propostas, buscando uma aprendizagem efetiva. Por esse motivo, no desenvolvimento das Sequências didáticas apresentadas neste material, há propostas de avaliação, com atividades abrangentes e variadas, que possibilitam ajustes no processo de ensino-aprendizagem. São apresentadas, também, propostas de autoavaliação, que permitem aos alunos reconhecerem os avanços obtidos no decorrer das atividades e refletirem sobre sua própria aprendizagem.

Espera-se, assim, que as práticas e os instrumentos presentes nesta coleção proporcionem oportunidades de reflexão sobre o trabalho docente e contribuam para o desenvolvimento de diferentes aprendizagens pelos alunos, colaborando para a construção de uma sociedade mais justa, democrática e inclusiva.

Para saber mais

• ANTUNES, Irandé. Aula de português: encontro & interação. São Paulo: Parábola Editorial, 2003.

Nessa obra, a autora apresenta práticas significativas de leitura e escrita e chama a atenção para os principais equívocos no estudo de Língua Portuguesa relacionado à escrita, à leitura e à gramática

• BATISTA, Antônio Augusto Gomes etal Avaliação diagnóstica na alfabetização. Belo Horizonte: Ceale: FAE: UFMG, 2003. Material orientador para a formação continuada de professores em relação às práticas de avaliação diagnóstica da alfabetização. Apresenta sugestões de instrumentos de avaliação e monitoramento do ensino das competências em leitura e escrita.

• CAPOVILLA, Fernando César; SEABRA, Alessandra Gotuzo Alfabetização: método fônico. São Paulo: Memnon, 2010.

Nessa obra, são apresentados dados científicos nacionais e internacionais sobre o método fônico, além de fornecer estratégias sobre como adotá-lo em sala de aula

• EDUCAÇÃO no século 21: tendências, ferramentas e projetos para inspirar São Paulo: Fundação Santillana, 2016.

Trata-se de um livro digital, produzido pelo grupo Young Digital Planet, que oferece um panorama das metodologias educacionais da atualidade, como bigdata , gamificação, storytelling , sala de aula invertida, STEM, cultura makeretc

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• ESCREVENDO O FUTURO. Disponível em: https://www.escrevendoofuturo.org.br/. Acesso em: 30 nov. 2021.

Nesse portal, são apresentados atividades, textos e práticas pedagógicas voltados para oensino da produção de texto como uma prática social, que pode ser desenvolvida quando considerados seus agentes, usos sociais e contextos de produção.

• ILHA, Susie Enke etal. Consciência fonológica: coletânea de atividades orais para a sala de aula. Curitiba: Appris, 2017. Compilado de atividades que envolvem a consciência fonológica com o objetivo de incentivar professores a desenvolverem a oralidade em sala de aula.

• JOLIBERT, Josette. Formando crianças produtoras de textos. Porto Alegre: Artmed, 1994.

Nesse livro, a autora aborda as práticas escolares de produção de textos, considerando a escrita como prática social, com base em uma pedagogia de projetos.

• JOLIBERT, Josette etal Formando crianças leitoras. Porto Alegre: Artmed, 1992. Nesse livro, são abordadas questões ligadas à construção da leitura pelas crianças.

• LEMLE, Miriam. Guia teórico do alfabetizador. São Paulo: Ática, 2009. Destinada a professores da alfabetização, essa obra apresenta fundamentos teóricos relacionados ao processo de alfabetização e de compreensão da fala e da escrita.

• LERNER, Délia. Ler e escrever na escola: o real, o possível e o necessário. São Paulo: Artmed, 2006.

A autora reúne, nessa obra, artigos que apresentam um panorama reflexivo sobre como a língua é tratada na escola, trazendo parâmetros para a transposição didática.

• MORAIS, Artur Gomes de. Sistema de escrita alfabética. São Paulo: Melhoramentos, 2012.

Nesse livro, é discutido o ensino da notação alfabética na escola, considerando as vivências cotidianas relacionadas às práticas de leitura e escrita. É destacada, também, a importância do desenvolvimento da consciência fonológica, enfatizando o papel dos jogos e do trabalho com textos da tradição oral.

• MUNDÓ, Anna Camps etal Propostas didáticas para aprender a escrever. Porto Alegre: Artmed, 2006.

Nessa obra, são apresentadas experiências e propostas didáticas que envolvem a aprendizagem da escrita, considerando a diversidade de gêneros textuais nos diferentes níveis de ensino.

• PERRENOUD, Philippe. Avaliação: da excelência à regulação das aprendizagens entre duas lógicas. Porto Alegre: Artmed, 1999.

Nesse livro, o autor promove uma reflexão sobre a complexidade do processo da

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avaliação, no que se refere à construção, ao reconhecimento e à negação das diferenças

• ROBERTO, Mikaela. Fonologia, fonética e ensino: guia introdutório. São Paulo: Parábola Editorial, 2016.

Nessa obra, são abordados conceitos básicos sobre os estudos da fonética e da fonologia.

• SCHNEUWLY, Bernard; DOLZ, Joaquim. Gêneros orais e escritos na escola. 2. ed. Campinas: Mercado de Letras, 2010.

Na obra, são apresentados artigos sobre o ensino escolar de gêneros escritos e orais, bem como os devidos encaminhamentos para a sua aplicação em sala de aula

• SOLÉ, Isabel. Estratégias de leitura. Porto Alegre: Artmed, 2009.

Nessa obra, a autora apresenta várias estratégias que podem ser adotadas pelos alunos para que atinjam a compreensão leitora de forma autônoma, a fim de se tornarem leitores proficientes

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Sequências didáticas

Sequência didática 1 • Conhecer relatos, estudar os marcadores

Nesta Sequência didática, será abordado o gênero textual relato. O desenvolvimento deste trabalho terá como inspiração o tema viagem. O objetivo é que os alunos reflitam e compreendam características desse gênero textual e percebam sua importância como favorecedor de trocas de experiências e de conhecimento de mundo. Em seguida, os alunos aprofundarão os estudos sobre marcadores temporais como recursos de coesão textual e de organização do discurso, assim como a compreensão de que o tempo verbal também atua como referência temporal, de maneira que se formula enquanto elemento da narrativa A realização de atividades com o gênero textual relato objetiva articular esses conteúdos por meio do desenvolvimento da produção de escrita dos alunos. Por fim, serão trabalhadas as letras que podem representar o som /s/, bem como palavras escritas com ss, ç, x, xc, sç, sc, c ou s para que os alunos identifiquem quando usar cada uma dessas combinações

Objetivos de aprendizagem

• Compreender a função social e as características do gênero textual relato.

• Produzir um relato de memória

• Compreender o uso de marcadores temporais em gêneros textuais diversos.

• Compreender que tempos verbais são referências temporais em narrativas

• Identificar as letras que representam som /s/: ss, ç, x, xc, sç, sc, c, s

Plano de aulas

Aula 1: Ler um texto do gênero textual relato de viagem, observando suas características.

Aula 2: Produzir um relato de memória com base nas características estudadas.

Aula 3: Ler e revisar os relatos em parceria com os colegas.

Aula 4: Organizar os relatos para exposição na escola.

Aula 5: Ler e analisar um conto tradicional, identificando expressões que indicam tempo.

Aula 6: Ler uma notícia, identificando o tempo dos verbos.

Aula 7: Selecionar e escrever palavras com ss, ç, x, xc, sc, sç, c e s, produzindo um jogo com as palavras selecionadas.

Aula 8: Memorizar o uso de palavras com ss, ç, x, xc, sc, sç, c e s, a partir de um jogo da memória.

Componentes essenciais para a alfabetização: Consciência fonológica e fonêmica, compreensão de textos, desenvolvimento de vocabulário e produção de escrita.

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temporais e rever as letras que podem representar o som /s/

Competências gerais da Educação Básica: 1, 2 e 9.

Competências específicas de Língua Portuguesa: 1, 2 e 4.

Habilidades: EF15LP05, EF15LP06, EF15LP07, EF15LP16, EF35LP03, EF35LP07, EF35LP26, EF05LP01, EF05LP05 e EF05LP07

Materiais necessários: Folhas de papel sulfite, fotografia de uma viagem que o aluno tenha feito (acompanhada da autorização dos pais) ou ilustrações e recortes de revistas, jornais ou livros com imagens de destinos de viagens, barbante, pregadores de roupa, projetor multimídia, tesoura com pontas arredondadas, cola, folhas de cartolina, régua, canetas hidrocor (seis cores) e sacos de plástico para guardar o jogo

Aula 1

Divida a aula em duas partes. Nelas, os alunos discutirão o significado da palavra viagem e darão início ao estudo do gênero textual relato.

Para começar, peça a todos que se sentem em semicírculo e escreva na lousa a palavra viagem. Estipule um tempo para que comentem o que significa viajar (por exemplo, 20 minutos)

Aproveite esse momento para indagar também sobre outros significados atribuídos à palavra. Escreva ou projete na lousa as frases sugeridas a seguir e levante com os alunos os sentidos que essa palavra pode ter quando empregada em diferentes contextos.

• Fernando viaja demais.

Pode indicar que se locomove de um lugar a outro com muita frequência ou que vai muito além nas ideias e nos pensamentos.

• Aquela música me fez viajar no tempo.

Aqui a palavra viagem está sendo utilizada em sentido figurado, transmitindo a ideia de um deslocamento no tempo. No contexto, indica que determinada música despertou na pessoa lembranças muito vivas de um momento passado de sua vida, como se ela pudesse reviver aquele momento.

• Quem trabalha em diferentes lugares do país está sempre viajando.

Aqui a palavra viagem está sendo utilizada em um sentido literal, de deslocamento que se faz de um lugar para outro, relativamente distante. No contexto, indica que as pessoas que trabalham em diferentes lugares se deslocam com muita frequência.

• Finalmente ela vai realizar seu sonho de viajar para a Índia.

Aqui a palavra viagem também está sendo utilizada em um sentido literal, mas, nesse caso, como se trata de uma viagem a passeio, o sentido de viajar se amplia, incluindo a ideia de conhecer um novo lugar e uma nova cultura e viver experiências diferentes.

• Todos os anos, meus pais e eu viajamos para a cidade onde eles nasceram.

Outro exemplo em que a palavra viagem está sendo utilizada em um sentido literal Nesse caso, porém, a viagem é realizada para um lugar conhecido, para visitar amigos e parentes.

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Apresente a definição do dicionário e peça aos alunos que indiquem outros exemplos em que a palavra viagem costuma ser utilizada.

Em seguida, apresente um relato de viagem, faça a leitura compartilhada do texto a seguir ou selecione previamente algum outro relato que julgue interessante para apresentar ogênero textual aos alunos.

Memórias da casa de meus tios

Foi uma viagem inesquecível. Cada vez que íamos visitar meus tios, eu aprendia uma coisa nova e vivia muitas aventuras. Dessa vez não foi diferente. Na manhã do último dia, não sei por que, eu tinha acordado mais cedo do que todos. Acho que era a ansiedade de aproveitar o finalzinho das férias.

Brincamos a manhã inteira no açude. Meus primos me ensinaram a assoviar observando o canto dos passarinhos. Demos comida às galinhas e pegamos ovos frescos para o almoço. Depois de almoçar ficamos sentados debaixo do pé de jabuticaba que fica no quintal em frente à casa. Meu tio contou histórias engraçadas do tempo de sua infância, demos muitas gargalhadas com as imitações que ele fazia.

De tarde, fomos à praça da cidade tomar sorvete e brincar no parquinho. O dente de leite da minha prima mais nova estava mole e caiu quando estávamos brincando no balanço. Ela ficou assustada porque nunca tinha caído um dente dela antes, mas nós dissemos a ela que ia nascer outro no lugar. Mesmo assim, meu tio achou melhor voltarmos para casa.

Quando chegamos no sítio, fomos para o pomar colher frutas. Pegamos várias cestas e sacolas para encher com goiabas, mangas, mexericas (que lá eles chamam de tangerina) e outras frutas da estação. Meus primos subiram numa árvore e eu fiquei embaixo colhendo as frutas que eles jogavam.

De repente, um de meus primos deu um grito. Sem querer, ele tinha encostado em um ninho de marimbondos e eles vieram para cima da gente. Ficamos todos desesperados e corremos o mais rápido que podíamos. Largamos as cestas de frutas para trás, ninguém teve coragem de voltar para pegar. Chegamos em casa suados, com o rosto vermelho e sem fôlego. Quando passou o susto todos ríamos muito. Voltamos sem as frutas, mas conseguimos escapar de uma perseguição e ganhamos uma boa história para contar.

BRISAS EDUCATIVAS. Relatos de memória 1º dez 2019. Disponível em: https://brisaseducativas.wordpress.com/2019/12/01/relatos-de-memoria/. Acesso em: 16 dez. 2021.

Após a leitura, abra espaço para que os alunos comentem o que acharam do relato. Chame atenção deles para o modo como o texto é iniciado. Comente que há diferentes

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maneiras de introduzir um relato e que esse tipo de memória, que é a de viagem, pode ser narrada desde o momento da preparação das malas, da ida ou da chegada ao local de destino. Peça que observem que o relato é escrito em 1ª pessoa e que as ações são contadas com os verbos no passado, pois se referem a situações ocorridas em um momento anterior ao da escrita. Peça que observem como o autor do relato narra uma das muitas experiências que viveu na viagem e que, para contar essa experiência, ele descreve, de forma breve, momentos marcantes que viveu naquele dia.

Após refletir sobre esses aspectos, pergunte aos alunos se eles se lembram de alguma viagem ou passeio que tenham feito e se houve algum fato marcante nessa ocasião. Informe que eles escreverão um relato de memória para ser exposto no varal de memórias da turma. Ressalte que convidarão alunos de outra turma para ler e apreciar os relatos produzidos.

Para a produção dos textos, peça que providenciem para a próxima aula fotografias de uma viagem ou passeio que fizeram. É importante que essas imagens sejam de momentos que marcaram, de algum modo, a vida deles. As fotografias serão utilizadas como fonte de inspiração para a produção do relato.

Recomenda-se que as fotografias venham acompanhadas de autorização dos pais ou responsáveis, permitindo o uso da imagem para finalidades pedagógicas. Vale ressaltar para os alunos que as fotografias, além de conterem registros de bons momentos, também têm valor sentimental e não devem ser retiradas de álbuns sem a ciência dos pais ou responsáveis. Caso algum aluno não tenha fotografias de viagens, podem ser usadas fotografias de algum passeio, visita a familiares ou qualquer outra ocasião marcante e significativa de sua vida. Ofereça também a possibilidade de pesquisarem em revistas ou jornais imagens de paisagens que possam representar uma viagem ou passeio que eles já realizaram, de maneira a ilustrar o relato que produzirem.

Para encerrar a aula, oriente-os a refletir sobre a importância de viagens e passeios para o aprendizado Explique que as pessoas que conheceram, algo novo que experienciaram, os lugares e as culturas diferentes (um alimento que nunca haviam comido e a maneira como as pessoas vivem no dia a dia) podem contribuir para ampliar o horizonte de conhecimento dos alunos e a valorização e o respeito à diversidade. Converse sobre a escuta e a observação de mundo como maneiras de aprender sempre mais.

Aula 2

Nesta aula, os alunos continuarão os estudos sobre o gênero relato e iniciarão a atividade de produção textual.

Em um primeiro momento, peça a todos que se sentem em semicírculo e apresente algumas características do gênero textual. Estipule um tempo para a atividade (por exemplo, 10 minutos).

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Relato

• É um gênero textual ligado a situações que ocorreram em momento anterior ao da produção do relato; portanto, os verbos devem estar predominantemente no passado

• É comum que o relato pessoal seja escrito na 1ª pessoa do singular ou do plural (eu, nós)

• Descrições de espaço, tempo, pessoas e ações são muito importantes para enriquecer o relato

• O relato costuma narrar experiências, boas ou ruins, que tenham provocado novas percepções, aprendizados e sentimentos.

Em seguida, relembre os alunos de que o relato deve estar relacionado com a fotografia, figura ou ilustração que cada um trouxe.

Apresente as informações a seguir e peça que respondam às perguntas finais para que sirvam de roteiro para o texto.

Roteiro de produção

• Decida quais experiências serão relatadas: boas, ruins, engraçadas etc.

• Lembre-se de que a ideia é que você, como autor, escreva um texto atrativo para alunos de outras turmas, ou seja, que têm idades semelhantes às suas.

• Trata-se de um relato. Portanto, use verbos no passado.

• Como o relato é um texto que narra uma experiência pessoal, use a 1ª pessoa do singular ou do plural.

• Ao entregar seu relato, entregue também uma cópia da fotografia ou a ilustração da viagem/do passeio que o inspirou a escrever seu texto.

• Tema: a viagem/o passeio que me marcou

• Há algum acontecimento engraçado nessa viagem/nesse passeio?

• Onde, quando e por que a viagem/o passeio foi realizada(o)?

• Por que essa viagem esse passeio ficou na sua memória?

Circule pela sala e veja se todos estão conseguindo responder às perguntas, auxiliando-os na compreensão e na produção do roteiro. Depois, oriente os alunos a fazerem um rascunho do texto e explique que podem terminar em casa, se necessário.

Ao final da aula, é válido destacar a importância do compartilhamento de experiências de vida, pois, além de ampliar o repertório cultural, também abre possibilidades de conhecimento de outras visões de mundo. Comente com os alunos que ler os relatos dos colegas pode ser uma oportunidade de conhecer um pouco mais as pessoas com quem convivem diariamente.

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Aula 3

Nesta aula, os alunos lerão as próprias produções textuais e os textos dos colegas, fazendo comentários e sugestões para a revisão.

Informe que inicialmente, lerão seus relatos em silêncio. Para fazerem a revisão Peça que utilizem os critérios abaixo, verificando se estão bem desenvolvidos na produção. Amplie os critérios com outros elementos que julgar necessários. Escreva-os na lousa e estipule um tempo para a revisão (por exemplo, 10 minutos) Incentive-os a utilizarem o dicionário em caso de dúvidas sobre o emprego de palavras ou expressões.

• O uso de pontuação está correto?

• Há clareza e coerência nos parágrafos? É possí vel entender o começo, o meio e o fim do relato?

• Há dúvida no emprego de alguma palavra?

• O uso de acentuação está correto?

• A concordância de palavras no singular e no plural foi feita de forma adequada? Está bem empregada?

Depois dessa revisão, organize a turma em duplas e peça a um aluno que leia o relato do outro. Ao ouvir a leitura do colega, cada um, na sua vez, deve sugerir ajustes no texto do colega de dupla. Essas alterações podem ser feitas em relação à clareza de ideias, às características do gênero, à pontuação, à acentuação, à grafia das palavras. Chame a atenção dos alunos para os pontos a seguir. Estipule um tempo para a atividade (por exemplo, 15 minutos)

1. Faça as sugestões e os apontamentos a lápis, em um canto da página, para que seu colega consiga ler o que você propôs.

2. Utilize o roteiro para fazer seus comentários.

3. Observe a fotografia figura ou o desenho e encontre ligações entre o relato e a imagem escolhida pelo colega.

4. Se for o caso, indique alterações para o aprimoramento da produção do colega. Proponha palavras, dicas e ideias para que o texto se torne ainda mais interessante. No entanto, mantenha o foco e evite fugir do relato exposto.

Após a leitura do colega, cada aluno da dupla receberá de volta a própria produção, para observar os apontamentos e ajustes sugeridos e então iniciar a reescrita de seu relato. Estipule um tempo para a atividade (por exemplo, 15 minutos). Antes de encerrar a aula, recolha a versão final do relato para organizar a exposição na aula seguinte.

Finalize a aula convidando os alunos a refletirem sobre a importância da revisão de suas produções textuais, pois, muitas vezes, eles não releem o que acabaram de escrever, o

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que impede que seus textos sejam aprimorados. Além disso, é necessário que eles percebam que a leitura de outras pessoas é muito importante, pois podem ser observados aspectos que nem mesmo o autor percebeu. Pergunte aos alunos se eles costumam fazer publicações em blogs e redes sociais ou acompanhar postagens em que as pessoas compartilham memórias de viagens, passeios ou outras experiências vividas. Peça que comentem sobre o uso das redes para compartilhar experiências e sobre a linguagem utilizada, refletindo sobre como essa prática pode contribuir para aprimorar suas escritas.

Aula 4

Nesta aula, será feita a devolutiva da última versão do texto já corrigida. Informe que a turma construirá um varal de relatos para expor na escola e convidará colegas de outras salas para apreciação.

Separe cerca de 15 minutos do início da aula para fazer comentários gerais sobre as produções textuais, considerando aspectos, como originalidade dos relatos, ortografia, coerência textual, relação entre a imagem e o relato, uso adequado dos verbos e da 1ª pessoa do discurso, entre outros

Peça aos alunos que organizem os textos para a exposição. Eles podem ser agrupados, por exemplo, por destino: mesma cidade ou região visitada, localização das cidades em um mesmo estado, cidades de uma mesma região, ordem alfabética dos destinos, tipos de passeio ou qualquer afinidade que a turma reconheça.

Proponha aos alunos que juntem aos textos as cópias das fotografias, ilustrações ou colagens que realizaram.

Monte um varal na sala de aula, no pátio da escola ou em outra área com espaço suficiente e peça que pendurem suas produções usando os pregadores, que podem ser coloridos.

Organize previamente com a escola e os professores as datas e horários para a visitação e combine com os alunos de que maneira farão os convites às outras turmas para que vejam a exposição Destaque a importância de compartilhar essas experiências de vida com a comunidade escolar, como forma de conhecer melhor o outro e a si mesmo.

Avaliação

A avaliação pode ser feita ao longo de cada uma das etapas da atividade de produção do relato. Para isso, observe a participação dos alunos nos momentos de discussão, na elaboração do rascunho e durante a etapa de revisão. Por meio da produção de cada aluno, será possível observar se compreenderam as características do gênero. Caso perceba que existem dúvidas em relação a essas características, retome com a turma os conteúdos abordados. Distribua a Ficha de atividades a seguir para gerar um instrumento avaliativo sistematizado sobre o conhecimento do gênero textual relato.

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Ficha de atividades

1. Como se caracteriza um relato?

Espera-se que os alunos percebam que se trata de um gênero que apresenta fatos, acontecimentos e sentimentos ligados a memórias e lembranças do autor.

2. Esse gênero textual é, geralmente, narrado em 1ª ou em 3ª pessoa? Por quê?

Geralmente, em 1ª pessoa, por apresentar experiências de vida do autor.

3. Em um relato de memória, os verbos são empregados, geralmente, em qual tempo? Por quê?

No passado, pois os fatos narrados já ocorreram e pertencem à memória do autor.

4. Quais são as dificuldades para produzir um relato que tenha vínculo direto com uma experiência vivida?

Resposta pessoal. Espera-se que os alunos mencionem a dificuldade em lembrar dos fatos como realmente aconteceram, já que o relato dependerá da memória e da interpretação que o autor tem daquilo que experienciou.

5. Como uma memória pode interferir, emocionalmente, no seu presente?

Resposta pessoal. Espera-se que os alunos se refiram às emoções suscitadas pela lembrança das vivências narradas

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6. Um texto escrito pode interagir com uma imagem, fotografia ou ilustração, complementando-se. Como isso acontece?

Resposta pessoal. Espera-se que os alunos reflitam sobre a mensagem comunicada por imagens e textos escritos e sobre como a combinação dessas modalidades de texto pode complementar os sentidos umas das outras.

Aula 5

Ao falar e escrever, usamos expressões para indicar e marcar a passagem do tempo. Alguns substantivos (dias da semana, nomes de meses etc.), advérbios (ontem, amanhã, já, hoje), locuções adverbiais (de manhã, à tarde, em breve), conjunções (depois disso, enquanto isso), preposições (após, durante) revelam ao nosso interlocutor quando ocorreram os fatos que estamos narrando. Assim como os verbos indicam o tempo (presente, passado ou futuro), esses termos são importantes, pois ajudam a organizar o discurso e colaboram para a coesão textual.

Inicie a aula explicando aos alunos que será feita a leitura de um conto tradicional dos irmãos Grimm. Leia com eles o conto "Os sete corvos" em voz alta. Estipule um tempo para a leitura (por exemplo, 10 minutos)

Os sete corvos

Era uma vez um homem que tinha sete filhos, todos meninos, e vivia suspirando por uma menina. Afinal, um dia, a mulher anunciou-lhe que estava mais uma vez esperando criança. No tempo certo, quando ela deu à luz, veio uma menina. Foi imensa a alegria deles. Mas, ao mesmo tempo, ficaram muito preocupados, pois a recém-nascida era pequena e fraquinha, e precisava ser batizada com urgência.

Então, o pai mandou um dos filhos ir bem depressa até a fonte e trazer água para o batismo. O menino foi correndo e, atrás dele, seus seis irmãos. Chegando lá, cada um queria encher o cântaro primeiro; na disputa, o cântaro caiu na água e desapareceu. Os meninos ficaram sem saber o que fazer. Em casa, como eles estavam demorando muito, o pai disse, impaciente:

Na certa, ficaram brincando e se esqueceram da vida!

E, cada vez mais angustiado, exclamou com raiva:

Queria que todos eles se transformassem em corvos!

Nem bem falou isso, ouviu um ruflar de asas por cima de sua cabeça e, quando olhou, viu sete corvos pretos como carvão passando a voar por cima da casa.

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Os pais fizeram de tudo para anular a maldição, mas nada conseguiram; ficaram tristíssimos com a perda dos sete filhos. Mas, de alguma forma, se consolaram com a filhinha, que logo ficou mais forte e foi crescendo, cada dia mais bonita. Passaram-se anos. A menina nunca soube que tinha irmãos, pois os pais jamais falaram deles. Um dia, porém, escutou acidentalmente algumas pessoas falando dela:

A menina é muito bonita, mas foi por culpa dela que os irmãos se desgraçaram Com grande aflição, ela procurou os pais e perguntou-lhes se tinha irmãos, e onde eles estavam. Os pais não puderam mais guardar segredo. Disseram que havia sido uma predestinação do céu, mas que o batismo dela fora a inocente causa.

A partir desse momento, não se passou um dia sem que a menina se culpasse pela perda dos irmãos, pensando no que fazer para salvá-los. Não tinha mais paz nem sossego. Um dia, ela fugiu de casa, decidida a encontrar os irmãos onde quer que eles estivessem, nesse vasto mundo, custasse o que custasse. Levou consigo apenas um anel de seus pais como lembrança, um pão grande para quando tivesse fome, um cantil de água para matar a sede e um banquinho para quando quisesse descansar. Foi andando, andando, se afastando cada vez mais, e assim chegou ao fim do mundo.

Então, foi falar com o sol. Mas ele era assustador, quente demais e comia crianças.

A menina fugiu e foi falar com a lua. Ela era horrorosa, mais fria que o gelo, e também comia crianças. Quando viu a menina, disse com um sorriso mau:

Hum, hum… que cheirinho bom de carne humana!

A menina se afastou correndo e foi falar com as estrelas. Encontrou-as sentadas, cada uma na sua cadeirinha. Todas elas foram bondosas e amáveis com ela. A Estrela-d'alva ficou em pé e lhe deu um ossinho de frango, dizendo:

Sem este ossinho, você não poderá abrir a Montanha de Cristal, e é na Montanha de Cristal que estão seus irmãos.

A menina pegou o ossinho, embrulhou-o num pedaço de pano, e de novo se pôs a andar.

Andou, andou e afinal chegou na Montanha de Cristal. O portão estava fechado; quando desembrulhou o paninho para pegar o osso, ele estava vazio! Ela havia perdido o presente da estrela…

E agora, o que fazer? Queria salvar os irmãos, mas não tinha mais a chave da Montanha de Cristal.

Sem pensar muito, meteu o dedo indicador dentro do buraco da fechadura e girou-o, mas o portão continuou fechado.

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Então, pegou uma faca em sua trouxinha, cortou fora um pedaço do dedo mindinho, meteu o pedaço do dedo na fechadura: felizmente, o portão se abriu.

Assim que ela entrou, um anãozinho veio a seu encontro:

O que está procurando, minha menina?

Procuro meus irmãos, os sete corvos.

Os senhores corvos não estão em casa e vão se demorar bastante. Mas, se quiser esperar, entre e fique à vontade. Assim dizendo, o anãozinho foi para dentro e voltou trazendo a comida dos corvos em sete pratinhos, e a bebida em sete copinhos. A menina comeu um bocadinho de cada prato e bebeu um golinho de cada copo, mas deixou cair o anel que trouxera dentro do último copinho.

Nesse momento, ouviu-se um zunido e um bater de asas no ar.

São os senhores corvos que vêm vindo explicou o anãozinho. Eles entraram, quiseram logo comer e beber e se dirigiram para seus pratos e copos. Então um disse para o outro:

Alguém comeu no meu prato! Alguém bebeu no meu copo! E foi boca humana!

E quando o sétimo corvo acabou de beber a última gota de seu copo, o anel rolou até o seu bico. Ele reconheceu o anel de seus pais e exclamou:

Queira Deus que nossa irmãzinha esteja aqui! Então, estaremos salvos!

Ao ouvir esse pedido, a menina, que estava atrás da porta, saiu e foi ao encontro deles. Imediatamente, os corvos recuperaram sua forma humana.

Abraçaram-se e se beijaram na maior alegria e, muito felizes, voltaram todos para casa.

ABREU, Ana Rosa Irmãos Grimm. Os sete corvos. In : Ana Rosa Abreu etal Alfabetização: Livro de Alfabetização: livro do aluno. Brasília: Fundescola: SEF: MEC, 2000. n. 2, p. 46-49

Após a primeira leitura do conto, abra espaço para que os alunos comentem a história lida. Oralmente, trabalhe perguntas sobre os elementos da narrativa, como as sugeridas na Ficha de atividades a seguir. Estipule um tempo para a atividade (por exemplo, 15 minutos)

Ficha de atividades

1. Nessa história, o narrador é observador ou também é uma personagem? Que característica textual ajuda a descobrir essa informação?

O narrador é observador, já que o conto é narrado na 3ª pessoa do plural.

2. Quem são as personagens principais? E as secundárias?

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As personagens principais são a mãe, o pai, os sete filhos e a menina. As secundárias são o sol, a lua, as estrelas, a Estrela-D’alva e o anão.

3. Quais são os espaços em que a história acontece? É possível descrevê-los?

A história acontece inicialmente no local onde a família vivia, perto de uma fonte. Não há elementos suficientes para descrevê-lo. Depois, a menina chega ao fim do mundo, onde estão o sol, a lua e as estrelas. Por fim, chega à Montanha de Cristal, onde vivem seus irmãos Esse local tem um portão que pode ser aberto com um osso e tem um anão como guardião.

4. O que acontece na história (qual é o seu enredo)?

Um casal tinha sete filhos homens e os pais desejavam ter uma filha mulher. Um dia, a mãe anunciou que estava grávida de uma menina. Quando a filha nasceu, pequena e fraca, o pai pediu aos filhos que buscassem água para batizá-la. Porque eles demoravam a voltar, o pai ficou furioso e sem querer lançou uma maldição que os transformou em corvos. A menina cresceu sem saber a verdade e, quando a descobriu, saiu pelo mundo em busca dos irmãos. No percurso, ganhou um objeto mágico – um osso – capaz de abrir a porta da Montanha de Cristal onde eles viviam, mas o perdeu. Cortou então um pedaço de seu dedo para entrar e reencontrar seus irmãos. Quando os encontrou, a maldição foi, finalmente, quebrada.

5. Qual é o momento de maior tensão na narrativa, ou seja, o clímax?

O clímax ocorre quando a menina perde o ossinho que ganhou da Estrela-D’alva, com o qual abriria a porta da Montanha de Cristal, onde seus irmãos viviam.

6. Como o problema se resolve (qual é o desfecho)?

A menina corta um pedaço do seu próprio dedo para servir de chave no lugar do osso perdido.

Faça outras perguntas aos alunos que considerar pertinentes sobre a narrativa, conforme o andamento da discussão, e finalize: o que sabemos sobre o tempo na narrativa?

Escute as respostas dos alunos, levando-os a perceberem, no conto, elementos que indicam tempo. Alguns responderão que a história se passa há muitos anos ou que o tempo decorrido vai desde o nascimento da filha até o encontro com os irmãos.

Ressalte para a turma que não é possível saber exatamente quanto tempo decorre do início ao fim da narrativa, mas a expressão passaram-se anos é um indicativo de tempo.

Peça aos alunos que façam uma segunda leitura do texto, desta vez, silenciosa, na qual deverão circular, com uma caneta colorida, todas as palavras ou expressões que indicam passagem de tempo. Estipule cerca de 10 minutos para a leitura.

Resposta esperada: um dia / mais uma vez / No tempo certo / quando ela deu à luz / ao mesmo tempo / primeiro / quando olhou / logo ficou mais forte / cada dia / Passaram-se anos / nunca / jamais / Um dia / A partir desse momento / um dia / Um dia / quando tivesse fome / quando quisesse descansar / Quando viu a menina / afinal / quando desembrulhou o paninho / agora / Assim que ela entrou / Nesse momento / logo / quando o sétimo corvo acabou de beber / Ao ouvir esse pedido / Imediatamente.

Ao final, abra espaço para que verbalizem quais palavras circularam, justificando-as

Para encerrar a aula, discuta com os alunos a importância dessas palavras e expressões na construção da passagem do tempo da narrativa, como forma de evidenciar a

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ordem em que os fatos ocorreram, quanto tempo se passou ao longo da narrativa, quanto durou determinado evento, quando uma determinada ação ocorreu etc. Destaque que se trata de marcadores temporais e que devem ser considerados nas produções de escrita, já que ajudam na construção e compreensão de textos.

Aula 6

Para esta aula, solicite previamente aos alunos que tragam tesoura com pontas arredondadas, cola, canetas hidrográficas coloridas, revistas e jornais Certifique-se de garantir esses materiais; e se necessário, consulte a biblioteca e a escola para consegui-los.

Peça a cada aluno que selecione uma pequena notícia que apresente informações sobre um fato de seu interesse. Oriente-os a recortar o texto e a colar no caderno. Depois, em duplas, os alunos deverão ler e discutir as notícias escolhidas. Estipule um tempo para a atividade (por exemplo, 20 minutos)

Após as leituras das notícias, eles deverão escolher uma delas para a realização da Ficha de atividades a seguir.

Ficha de atividades

1. Circule os verbos no presente de azul; os verbos no passado, de verde; e os verbos no futuro, de vermelho.

2. Depois de circular os verbos, conte quantos se referem ao presente, quantos indicam passado e quantos fazem referência ao futuro. Faça essa anotação em formato de legenda no caderno, usando as mesmas cores com as quais os verbos foram circulados.

3. Por fim, discuta os possíveis motivos para a predominância de um determinado tempo verbal, levantando hipóteses para isso. Por exemplo:

• Predominam verbos no passado porque a notícia conta uma ação já finalizada.

• A maioria dos verbos está no futuro porque haverá desdobramentos dos fatos

• Há mais verbos no presente, pois a notícia relata um fato do mesmo dia em que foi escrita.

4. Repita os procedimentos com a notícia do seu colega.

Respostas pessoais.

Para encerrar a aula, discuta com os alunos a importância dos tempos verbais como elementos que nos dão pistas sobre quando os fatos aconteceram, em que sequência ocorreram, se foram contínuos, se houve pausas entre as ações e por que é importante que essas características fiquem claras quando lemos – ou escrevemos

um texto, seja um conto, uma notícia ou outros gêneros textuais.

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Avaliação

Como atividade de avaliação, peça que escrevam, em casa, um relato de memória contando um acontecimento marcante vivido na escola. Primeiramente, eles escreverão um rascunho preocupando-se especialmente em relatar a memória. Em seguida, deverão ler o rascunho e destacar todas as expressões que indicam tempo. Por fim, deverão reescrever o relato fazendo a revisão ortográfica e gramatical e as adaptações que acharem necessárias para que as indicações temporais fiquem claras ao leitor. Peça que entreguem na próxima aula o rascunho e o texto revisado. Aproveite a atividade para identificar possíveis dificuldades dos alunos na compreensão do conteúdo e elaborar atividades que os auxiliem nessas dificuldades, consolidando os conhecimentos adquiridos.

Aula 7

Para iniciar a aula, projete algumas imagens na lousa e peça aos alunos que escrevam, no caderno, o que elas representam.

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Certifique-se de que os alunos sabem os nomes de todas as imagens: piscina, poça e louça

Depois, peça a voluntários que escrevam na lousa as palavras referentes às imagens. Em seguida, pergunte se tiveram dúvidas na hora de escrever essas palavras.

Então, dite outras palavras, agora sem as imagens. Sugestões de palavras: passagem, cresço, discípulo, explanação , caça, excelente, excesso , florescer, salvar, salvação, serviço, preço , consciência, soluço , paciência, simplicidade. Novamente, peça a dois voluntários que registrem as palavras na lousa e ajude-os a perceber como são grafadas. Estipule um tempo para a atividade (por exemplo, 15 minutos)

Em seguida, pergunte à turma o que essas palavras têm em comum em relação ao som. O objetivo é levar os alunos a perceberem que o som /s/ está presente em todas as palavras e que pode ser representado pelas letras ss, ç, x, xc, sc, sç, c ou s

Explique à turma que não há uma regra específica para o uso da maioria dessas letras que representam o som /s/. Por isso, é preciso memorizar a escrita de palavras de uso frequente ou, em caso de dúvida quanto à grafia correta, consultar o dicionário ou palavras da mesma família.

Em seguida, organize a turma em trios e distribua uma folha de cartolina a cada um, pedindo que a dividam em vários retângulos do mesmo tamanho. Oriente os alunos a usarem a régua para fazer a divisão na folha e peça que cortem os retângulos.

Somente então ofereça revistas e peça que procurem palavras com ss, ç, x, xc, sc, sç, c ou s e as copiem nesses cartões.

Informe que cada palavra deve ser escrita duas vezes, ou seja, em dois retângulos, para que haja dois cartões com a mesma palavra. Ressalte que eles devem escrever em letra de imprensa maiúscula, para que a leitura seja mais rápida, e com canetas hidrográficas coloridas, assim, cada palavra ficará de uma cor. Combine com a turma qual número de palavras cada trio deve procurar. Estipule um tempo para a atividade (por exemplo, 25 minutos)

Para finalizar a aula, recolha os cartões de cada trio e coloque-os em sacos separados para serem utilizados no jogo da memória na aula seguinte.

Aula 8

Nesta aula, explique aos alunos que eles jogarão um jogo da memória com as fichas que criaram. Peça que se sentem em trios novamente e distribua os jogos de forma aleatória.

Cada trio deve colocar os cartões com as palavras viradas para baixo, de forma que ninguém do grupo saiba onde está cada uma. Eles devem decidir quem iniciará o jogo. O primeiro jogador deve virar uma carta e depois outra: se as duas cartas forem iguais, ou seja, apresentarem a mesma palavra, esse jogador ganhou essa rodada e pode recolher esses dois cartões e continuar jogando até errar. Caso não seja a mesma palavra, ele deve virar

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de
com
e as

novamente as duas cartas e passar a vez para o próximo jogador, que fará o mesmo procedimento. A ideia é que eles memorizem onde está cada palavra para que possam virar as palavras iguais e conseguir pegar os cartões. Com isso, os alunos terão a chance de memorizar a grafia de muitas dessas palavras.

Quando o trio tiver acabado de jogar, pode trocar o jogo com o de outro trio, que provavelmente terá cartões com palavras diferentes. Estipule um tempo para a atividade (por exemplo, 35 minutos).

Ao final da aula, abra espaço para que falem um pouco sobre o jogo e verifique se desenvolveram alguma estratégia que os ajudou a lembrar onde cada palavra estava.

Avaliação

Observe os trios, anotando detalhes relacionados ao trabalho em equipe, à organização, à discussão para selecionar as palavras encontradas nos textos das revistas, à construção do jogo e ao momento do jogo. Para isso, circule pela sala de aula durante toda a atividade.

Para avaliar o uso das palavras observando a grafia adequada, proponha aos alunos atividades como as sugeridas a seguir.

1. Escreva duas frases usando as palavras do jogo da memória. Resposta pessoal.

2. Quais palavras você consegue encontrar no diagrama a seguir?

esperada: CONSCIÊNCIA, EXPEDIÇÃO, PAÇOCA, PASSOS, POÇA, EXCESSO, INFÂNCIA, PISCINA, SESSENTA

Sugestões

• AS AVENTURAS de Pi Direção de Ang Lee. EUA: Fox 2000 Pictures, 2012. Filme (127 min).

O filme, em diálogo com o livro sugerido, narra a trajetória, também em alto-mar,

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Resposta

vivenciada por um menino que, na companhia de um tigre, luta pela sobrevivência após naufragar e ficar em um pequeno barco.

• KLINK, Amyr. Cem dias entre céu e mar São Paulo: Companhia de Bolso, 2005. Trata-se de um relato de viagem e de memórias em que o autor narra uma experiência vivida em alto-mar. São vivências instigantes e heroicas que garantem um clima de jornada, já que conta a história de uma travessia solitária em mar aberto.

• SILVA, Flávia Lins e. Diário de Pilar São Paulo: Pequena Zahar. Série de livros nos quais a personagem Pilar, uma menina curiosa e aventureira que adora viajar e conhecer diferentes culturas, narra em forma de diário viagens que realizou por diversas partes do mundo, como: Grécia, Amazônia, Egito, Machu Picchu, África, China e Índia.

Sequência didática 2 • Conhecer contos, estudar

uso de mas e mais

Nesta Sequência didática, serão trabalhados os elementos composicionais do gênero textual conto O objetivo é que os alunos percebam as semelhanças e as diferenças entre as estruturas de contos orais e escritos, a fim de que identifiquem as possibilidades de narrar uma história. Nos textos narrativos, será abordado também o uso de pontuação expressiva, tendo em vista a intencionalidade discursiva contida em cada um dos seguintes sinais de pontuação: dois-pontos, travessão, ponto de interrogação, ponto de exclamação e reticências. Além disso, será explorado o emprego das palavras mas e mais, buscando diferenciar a utilização dessas expressões na leitura e na escrita. Não será necessário especificar a classe gramatical e a função sintática das palavras, pois o objetivo é que os alunos saibam distinguir e utilizar adequadamente esses termos de acordo com o contexto em que são empregados.

Objetivos de aprendizagem

• Compreender a função social e as características do gênero textual conto

• Identificar e organizar elementos narrativos para criar e contar uma história de aventura

• Compreender efeitos de sentido produzidos por sinais de pontuação em textos narrativos.

• Compreender o uso de dois-pontos e travessão em diálogos.

• Distinguir os usos das palavras mas e mais

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sinais de pontuação e aprender sobre o

Plano de aulas

Aula 1: Escutar um conto de aventura e reconhecer algumas características desse gênero textual.

Aula 2: Elaborar o enredo de um conto de aventura para ser contado oralmente.

Aula 3: Contar oralmente o conto de aventura elaborado na aula anterior.

Aula 4: Transformar um conto oral em uma narrativa escrita.

Aula 5: Ler um mito e observar os diversos sentidos obtidos com o uso da pontuação.

Aula 6: Criar um conto, reconhecendo as princip ais características desse gênero textual

Aula 7: Revisar a escrita do conto, observando o uso adequado da pontuação nos diálogos e nas intervenções do narrador.

Aula 8: Ler um conto, compreendendo a diferença de sentido entre mas e mais

Componentes essenciais para a alfabetização: Compreensão de textos, desenvolvimento de vocabulário, fluência em leitura oral e produção de escrita.

Competências gerais da Educação Básica: 3 e 4.

Competências específicas de Língua Portuguesa: 3, 6 e 9.

Habilidades: EF15LP05, EF15LP06, EF15LP10, EF15LP16, EF35LP04, EF35LP05, EF35LP07, EF35LP22, EF35LP25, EF35LP26, EF05LP04 e EF05LP26.

Materiais necessários: Objetos diversos (velas, óculos, diário, anel, brinco, caixa de música etc.) e imagens que instiguem a imaginação dos alunos (por exemplo, montanhas, florestas, grandes cidades, animais diversos, praias e arquiteturas diferentes), caixa grande de papel ou outro material, folhas de papel sulfite, folhas pautadas, cópias impressas do mito de Narciso, folhas de cartolina, canetas hidrocor, revistas diversas, tesoura com pontas arredondadas, cola, caixa de sapatos e cópias do conto “Rapunzel”

Aula 1

Nesta primeira aula, a turma ouvirá um conto de aventura para que reflita sobre as características desse gênero textual. Inicie a aula organizando os alunos em semicírculo e explique a eles que ouvirão um conto de aventura

Em seguida, divida o assunto em duas partes: escreva na lousa a palavra aventura e faça perguntas sobre o tema. Por exemplo:

• O que vocês entendem por aventura?

• Que outros termos podem estar ligados a essa palavra?

• Por qual motivo esses termos podem estar relacionados?

• Onde é possível encontrar situações que envolvam aventura?

É provável que os alunos respondam que a aventura pode estar relacionada a mistérios, a esportes radicais, a situações de forte emoção e à experimentação do desconhecido, e que pode ser encontrada em diversas situações: na vida, nos esportes, no teatro, no cinema, na literatura, em obras de arte, no noticiário, entre outras

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parâmetros.

Após essa discussão inicial, leia o trecho do conto popular "Ali Babá e os quarenta ladrões" em voz alta. Se for preciso, adapte os termos que julgar muito complexos. É possível, também, desenvolver o conteúdo dessa aula a partir da leitura de outro conto de aventura que julgue mais interessante. Estipule um tempo para a atividade (por exemplo, 15 minutos).

Ali Babá e os quarenta ladrões

Numa distante cidade do Oriente, vivia um homem bom e justo, chamado Ali Babá.

Ali Babá era muito pobre. Morava numa tenda, entre um vasto deserto e um grande oásis.

[...]

No dia seguinte, bem cedinho, lá se foi Ali Babá com seus cestos vazios, disposto a enchê-los de tâmaras e damascos.

Estava no alto de uma tamareira quando ouviu um rumoroso tropel de cavalos “Muito estranho, esse barulho de patas de cavalos”, refletiu. “Sempre vejo passarem camelos por aqui”. O ruído, cada vez mais forte, indicava que os cavaleiros estavam se aproximando. Ali Babá continuava curioso. “Quem será que vem chegando? Parecem muitos… E para onde será que vão? [...]”

[...]

Quando Ali Babá percebeu que o tropel estava próximo, subiu rapidamente na palmeira e constatou: eram os mesmos quarenta homens. Para onde iriam?

“Hoje vou atrás deles. Quero ver para onde vão. Não devem ir muito longe daqui… Estão carregados outra vez.”

Ali Babá teve sorte. Enquanto descia da palmeira para tomar a estrada e seguir o rastro dos cavalos, o chefe dos cavaleiros resolveu parar, para os animais beberem água. Quando Ali Babá chegou, os homens estavam começando a se levantar para continuar o caminho.

“Agora posso vê-los de perto?”, pensou Ali Babá. “Que gente esquisita… São tão mal-encarados… E todos armados com facas e cimitarras…”

Vamos, vamos! Chega de folga! Temos de descarregar tudo isso que roubamos hoje e voltar logo para a cidade. Amanhã é outro dia! disse o chefe.

“Por Alá! Eles são ladrões!” concluiu Ali Babá. “Que perigo! Se me descobrirem, certamente me matarão. Estão armados até os dentes! Mas, agora que já estou aqui, vou continuar atrás deles. Quero ver para onde vão.”

Refeitos, os cavalos puseram-se a galopar, Ali Babá teve de correr muito, para não perdê-los de vista. Conseguiu chegar ao lugar em que haviam parado e viu que somente o chefe descera do cavalo. Era uma clareira na floresta, no fundo da qual havia uma pedreira, não muito alta.

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Os trinta e nove ladrões continuavam montados, dispostos em semicírculo, voltados de frente para a pedreira. O chefe, em pé, segurando as rédeas do cavalo, ficou bem no meio com ar solene, deu uma ordem:

Abre-te, Sésamo!

Ali Babá não conseguia entender o que estava acontecendo. Por que os ladrões estavam ali, num lugar deserto, onde não havia nada e ninguém? Por que ficavam dispostos daquela maneira? E que significado tinha aquela frase que o chefe falara?

Ele esperou apenas alguns segundos, para obter as respostas a todas essas perguntas. Logo depois da ordem dada pelo chefe, uma grande rocha da pedreira se moveu, abrindo a entrada de uma gruta. Os quarenta ladrões entraram em fila e, atrás do último, a pedreira se fechou.

“Não acredito no que estou vendo… Agora compreendo tudo! Eles devem guardar os objetos roubados dentro dessa gruta que se abre e se fecha. Por isso, ontem, os cavalos voltaram descarregados. Vou ficar escondido atrás desta árvore. Eles terão de sair daí de dentro, pois acho que voltarão à cidade”, decidiu Ali Babá.

Ao finalizar a leitura, organize uma roda de conversa sobre o trecho do conto lido Explique aos alunos que ele faz parte do livro As mil e uma noites, uma coletânea de histórias passadas de geração em geração pela tradição oral das culturas egípcia, persa, indiana e árabe e que são conhecidas no mundo todo. Questione os alunos sobre o gênero textual conto de aventura Veja exemplos de perguntas que podem ser feitas

• Por que esse conto pode ser considerado de aventura?

• Como o leitor percebe que se trata de uma aventura ao ouvir esse conto?

• Como são descritos os ambientes e as cenas?

• O que você achou do conto que acabou de ouvir?

O objetivo das questões é chamar a atenção dos alunos para algumas características desse gênero textual. É provável que eles relacionem a aventura a emoções, como medo, tensão, apreensão, intranquilidade, entre outras. Oriente-os a notarem que o conto de aventura tem um herói com características valiosas, que passa por situações inusitadas para fazer o que acha necessário.

Encerre a aula pedindo aos alunos que pensem na seguinte questão: se fossem escrever o próprio conto de aventura, quais elementos considerariam essenciais?

Informe que, na próxima aula, criarão um conto de aventura que será contado apenas oralmente.

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não comerciais,
que
atribuído
licenciadas sob os mesmos parâmetros. 36
a criação de obra derivada com fins
desde
seja
crédito autoral e as criações sejam
[...]
ABREU, Ana Rosa etal Alfabetização: livro do aluno. Brasília: Fundescola: SEF: MEC, 2000. n. 2, p. 82-86.

Aula 2

Para esta aula, organize a turma em trios ou quartetos e apresente a eles uma caixa cheia de objetos previamente selecionados, como velas, óculos, diário, anel, brinco, caixa de música, brinquedos, um vidro de esmalte, um pé de sapatos, um batom etc. Dentro da caixa deixe também alguns recortes de imagens de montanhas, florestas, grandes cidades, animais diversos, praias e arquiteturas diferentes. Cada grupo deverá escolher dois ou três objetos e imagens que farão parte de sua história, auxiliando-os. Estipule um tempo para esta atividade (por exemplo, 10 minutos)

Em seguida, apresente a estrutura de um conto de aventura aos alunos, construindo algumas possibilidades com eles

Conto oral de aventura

• Título instigante

• Tranquilidade inicial quebrada por algum acontecimento ou ação que gere ansiedade no leitor.

• Obstáculos a serem superados pelo herói, causados por situações desconhecidas.

• Momento de grande tensão na narrativa, com fatos ainda não solucionados.

• Narrador em 1ª ou 3ª pessoa, personagem ou observador.

• Desfecho emocionante em que o herói consegue solucionar o problema ou conflito. Por meio desses e de outros elementos que podem compor uma narrativa de aventura, peça aos alunos que, nos mesmos trios ou quartetos, elaborem oralmente o enredo de seu conto.

Além do enredo e dos elementos específicos de um conto de aventura, eles devem pensar também em outras características que compõem uma narrativa. Registre na lousa os seguintes tópicos, para que não se esqueçam de sua importância

• Tempo

• Espaço

• Personagens

• Narrador em 1ª ou 3ª pessoa

Lembre-os de que se trata de um conto oral Portanto, durante a atividade, poderão fazer apenas anotações; pois o conto não será composto por meio da escrita, e sim da fala. Ressalte que ele deve ser curto e não deve exceder o tempo máximo de 5 minutos ao ser contado.

Depois de finalizarem o planejamento e a composição, solicite que ensaiem a contação, que será realizada na próxima aula. Oriente-os a decidir que parte do conto será destinada a cada integrante do grupo, de maneira que os três alunos contem a história.

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aberta
com

Caminhe entre os grupos, auxiliando os alunos a encontrarem a melhor maneira de contar a história Dê ênfase à prosódia e à entonação como elementos importantes da oralidade.

Aula 3

Inicie a aula dizendo aos alunos que eles contarão as próprias histórias. Lembre-os de que devem dar bastante ênfase às ações, criando um clima de aventura e mistério Solicite que prestem muita atenção nas histórias dos colegas.

Faça um sorteio para definir a ordem de apresentação dos grupos e inicie a atividade de contação. Estipule um tempo para a atividade (por exemplo, 35 minutos).

É importante ajudar os alunos nesse processo de oralidade. Para isso, auxilie os grupos na organização das ideias, e apoie aqueles que estiverem tímidos. É válido ressaltar para a turma a importância de usar gestos e alterar o tom de voz para reforçar o clima de aventura e suspense

Ao final das apresentações, proponha uma votação com os alunos para que escolham o conto de que mais gostaram. Estipule um tempo para a atividade (por exemplo, 5 minutos)

Depois de eleito, o grupo escolhido deverá contar mais uma vez a história aos demais. Estipule um tempo para a atividade (por exemplo, 10 minutos).

Ao final, dê oportunidade para que a turma comente se o conto foi narrado da mesma forma nas duas vezes ou se houve alguma diferença. O objetivo é que os alunos percebam que histórias contadas apenas oralmente geralmente sofrem alterações, mesmo quando contadas pelas mesmas pessoas.

Aula 4

Inicie a aula informando que os alunos escreverão o conto escolhido pela turma na aula anterior, observando as diferenças entre textos orais e escritos.

Peça que retomem seus grupos e relembrem o conto escolhido pela turma. Peça que conversem entre si e anotem os principais pontos do conto no caderno Estipule um tempo para a atividade (por exemplo, 10 minutos).

Em seguida, peça aos grupos que transformem o conto oral em uma narrativa escrita. Para isso, devem se lembrar das características dos contos de aventura e das narrativas em geral, considerando a escolha do narrador, a escrita de diálogos, a descrição do cenário em que a história se passa, a pontuação e o clima de aventura que deve ser mantido ao longo de todo o conto. Estipule um tempo para a atividade (por exemplo, 20 minutos).

Depois da escrita, os grupos devem ler e revisar o conto, observando a coerência, a pontuação, a ortografia e as características do gênero textual

Ao final, abra espaço para que os grupos façam a leitura em voz alta dos contos criados. Em seguida, peça a dois grupos que leiam novamente os textos e dê espaço para

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que a turma comente se houve alguma mudança na história entre uma leitura e outra. O objetivo é que os alunos tenham condições de perceber que, ao reler um conto escrito, não haverá alterações, como ocorre com os contos orais. Estipule um tempo para a atividade (por exemplo, 15 minutos).

Como forma de avaliação, proponha uma reflexão sobre os processos de produção oral e escrita de um conto de aventura, comparando as duas situações. Discuta com os alunos, oralmente, os aspectos listados na Ficha de atividades a seguir, orientando-os a justificarem suas respostas.

Ficha de atividades

1. O que vocês acharam de contar a própria história que criaram?

Resposta pessoal.

2. O que é mais desafiador: contar, ler ou criar uma história? Por quê?

Resposta pessoal.

3. Vocês conseguiram criar um clima de aventura no conto oral?

Resposta pessoal.

4. Quais são as principais características de um conto transmitido apenas oralmente? E de um conto escrito?

Discuta a questão com os alunos, a fim de que possam perceber que, em um conto transmitido oralmente, é possível que haja diferentes versões, enquanto a leitura de um conto escrito geralmente permanece a mesma, podendo haver diferenças apenas na entonação de voz e na forma como é lido. Ressalte que, em um conto escrito, as emoções das personagens são passadas com o auxílio da pontuação; em um conto oral, os gestos, as variações no tom de voz, as pausas e as expressões faciais contribuem para transmitir esses sentimentos.

5. O que foi mais interessante: criar uma história oral ou escrever uma história ouvida? Resposta pessoal.

Aula 5

Nesta aula, serão trabalhados os diferentes usos para os sinais de pontuação, de acordo com a situação a que se referem. O objetivo é fazer com que os alunos percebam, por meio da leitura de um mito grego, os diversos sentidos obtidos com o uso do ponto de exclamação, do travessão e das reticências. É importante lembrá-los de que o uso de pontuação é um dos recursos expressivos que ajudam o leitor a construir os significados e a chegar à compreensão de textos.

Ao iniciar a aula, informe os alunos de que vão ouvir o mito de Narciso. Abra espaço para que eles tenham a oportunidade de comentar o que sabem sobre os mitos gregos em

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geral e sobre o mito de Narciso. Durante a discussão, explique à turma que, na Grécia antiga, foram criados muitos mitos com o objetivo de transmitir diversas mensagens para o povo e de preservar a memória histórica do povo grego. Como nessa época não havia explicações científicas para a maior parte dos acontecimentos históricos ou da natureza, o povo grego criava uma série de histórias, transmitidas oralmente, para dar um significado a esses fatos.

Em seguida, pergunte aos alunos se sabem o que significa narcisista e se eles sabem a relação que esse termo tem com o mito que vão ler. Proponha que procurem os termos narcisista e narciso no dicionário para levantarem hipóteses sobre o que imaginam que o mito vai abordar. É provável que concluam que o mito trata de uma personagem muito vaidosa

Após esse momento de antecipação de leitura, organize os alunos em círculo ou semicírculo, distribua as cópias do mito e inicie a leitura em voz alta. Peça que observem atentamente os sinais de pontuação durante a leitura. Estipule um tempo para a atividade (por exemplo, 10 minutos).

Narciso

Há muito tempo, na floresta passeava Narciso, o filho do sagrado rio Kiphissos. Era lindo, porém, tinha um modo frio e egoísta de ser, era muito convencido de sua beleza e sabia que não havia no mundo ninguém mais bonito que ele.

Vaidoso, a todos dizia que seu coração jamais seria ferido pelas flechas de Eros, filho de Afrodite, pois não se apaixonava por ninguém.

As coisas foram assim até o dia em que a ninfa Eco o viu e imediatamente se apaixonou por ele.

Ela era linda, mas não falava, o máximo que conseguia era repetir as últimas sílabas das palavras que ouvia.

Narciso, fingindo-se desentendido, perguntou:

Quem está se escondendo aqui perto de mim?

… de mim repetiu a ninfa assustada.

Vamos, apareça! ordenou. Quero ver você!

… ver você! repetiu a mesma voz em tom alegre. Assim, Eco aproximou-se do rapaz. Mas nem a beleza e nem o misterioso brilho nos olhos da ninfa conseguiram amolecer o coração de Narciso.

Dê o fora! gritou, de repente. Por acaso pensa que eu nasci para ser um da sua espécie? Sua tola!

Tola! repetiu Eco, fugindo de vergonha. A deusa do amor não poderia deixar Narciso impune depois de fazer uma coisa daquelas. Resolveu, pois, que ele deveria ser castigado pelo mal que havia feito.

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Um dia, quando estava passeando pela floresta, Narciso sentiu sede e quis tomar água.

Ao debruçar-se num lago, viu seu próprio rosto refletido na água. Foi naquele momento que Eros atirou uma flecha direto em seu coração. Sem saber que o reflexo era de seu próprio rosto, Narciso imediatamente se apaixonou pela imagem.

Quando se abaixou para beijá-la, seus lábios se encostaram na água e a imagem se desfez. A cada nova tentativa, Narciso ia ficando cada vez mais desapontado e recusando-se a sair de perto da lagoa. Passou dias e dias sem comer nem beber, ficando cada vez mais fraco.

Assim, acabou morrendo ali mesmo, com o rosto pálido voltado para as águas serenas do lago.

Esse foi o castigo do belo Narciso, cujo destino foi amar a si próprio. Eco ficou chorando ao lado do corpo dele, até que a noite a envolveu.

Ao despertar, Eco viu que Narciso não estava mais ali, mas em seu lugar havia uma bela flor perfumada. Hoje, ela é conhecida pelo nome de “narciso”, a flor da noite.

ABREU, Ana Rosa etal Alfabetização: livro do aluno. Brasília: Fundescola: SEF: MEC, 2000. n. 2, p. 126-127

Após a leitura do mito em voz alta, faça questionamentos aos alunos para recuperar dados descritos no enredo e propiciar a compreensão do mito. Dê oportunidade para que comentem o que acharam da história e se as hipóteses levantadas foram confirmadas.

Depois, chame a atenção deles para os trechos de diálogos em que o ponto de exclamação está presente. Estipule um tempo para a atividade (por exemplo, 15 minutos).

Discuta com os alunos sobre o que essa frequência pode significar e estimule-os a levantarem hipóteses relacionadas ao uso dessa pontuação. Auxilie-os a perceberem que o ponto de exclamação foi usado em uma situação em que a personagem provavelmente se sentia ofendida com as repetições de suas falas pela ninfa Eco e, portanto, estava com raiva. Releia com a turma alguns trechos a seguir do mito e peça aos alunos que comentem se é possível inferir o estado de espírito da personagem no momento.

Dê o fora! gritou, de repente Por acaso pensa que eu nasci para ser um da sua espécie? Sua tola!

Pergunte aos alunos: teria o mesmo sentido se, nesse trecho, o ponto de exclamação fosse substituído pelo ponto-final? E se no lugar do ponto de exclamação tivessem sido usadas as reticências? O objetivo é chamar a atenção dos alunos para o fato de que cada pontuação apresenta uma carga semântica diferente e que, portanto, transmite um sentido diferente à frase.

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ABREU, Ana Rosa etal Alfabetização: livro do aluno. Brasília: Fundescola: SEF: MEC, 2000. n. 2, p. 126-127.

Registre na lousa outro trecho do mito. Comente que, muitas vezes, as interrupções do narrador são também marcadas pelo travessão e que essas interrupções são usadas para dar mais informações ao leitor.

Vamos, apareça! ordenou. Quero ver você!

ABREU, Ana Rosa etal Alfabetização: livro do aluno. Brasília: Fundescola: SEF: MEC, 2000. n. 2, p. 126-127.

Questione a turma sobre as possíveis razões da interrupção do narrador nesse trecho. É provável que os alunos respondam que a interrupção informa que a personagem dá uma ordem à ninfa, provavelmente em tom agressivo, o que pode ser inferido pelo uso do ponto de exclamação.

Chame também a atenção dos alunos para as palavras utilizadas pelo narrador intruso (assustada e alegre), que podem ajudar a informar o modo e o tom da fala de Narciso.

Depois peça aos alunos que circulem, no mito, os dois-pontos. Auxilie-os a perceberem que, nesse mito, os dois-pontos são usados estritamente para anteceder a fala da personagem:

Narciso, fingindo-se desentendido, perguntou: Quem está se escondendo aqui perto de mim?

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Em seguida, peça que pintem o ponto de interrogação com uma cor clarinha. Pergunte em quais situações esse sinal é utilizado. Espera-se que respondam que o ponto de interrogação é usado para indicar uma pergunta.

Então, comente que ambos os sinais de pontuação podem ter outros usos. No caso dos dois-pontos, podem anteceder uma enumeração, uma lista, uma citação, e o ponto de interrogação pode ser indicativo de uma pergunta que não é exatamente um questionamento, mas uma ironia, como em: “Você chegou cedo, não?”

Em seguida, registre na lousa trechos em que as reticências são usadas para anteceder a fala da ninfa:

de mim repetiu a ninfa assustada.

… ver você! repetiu a mesma voz em tom alegre.

ABREU, Ana Rosa etal Alfabetização: livro do aluno. Brasília: Fundescola: SEF: MEC, 2000. n. 2, p. 126-127.

Abra espaço para que os alunos respondam o que as reticências indicam nesses trechos. Se necessário, explique que, embora muitas vezes as reticências sejam usadas para dar emotividade ao texto, nesse caso, como a ninfa só consegue repetir o final das frases de seu interlocutor, elas são utilizadas para indicar cortes de conteúdo, mostrando que algo foi suprimido, ou para evidenciar a continuidade de um trecho.

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Avaliação

Proponha a leitura em voz alta do mito pelos alunos, que pode ser feita individualmente ou em pequenos grupos. Avalie se a entonação e a prosódia estão adequadas à semântica proposta pela pontuação, de maneira a perceber se a turma compreendeu o assunto abordado na aula e se esse entendimento se expressa em sua fluência na leitura oral.

Aula 6

Nesta aula, os alunos farão recortes de imagens de revistas para criar um conto a partir dessas ilustrações. Selecione previamente revistas e jornais que possam ser recortados.

Ao iniciar a aula, retome as características principais dos contos e quais sinais de pontuação são mais usados nesse gênero.

Em seguida, peça aos alunos que folheiem as revistas e os jornais e explique que, desta vez, eles devem selecionar diversas cenas que possam suscitar narrativas e fazer recortes. Oriente-os a buscarem, por exemplo, cenas de pessoas na praia, no campo, em corridas, cenas com animais, imagens de multidão, crianças brincando, conversando. Estipule um tempo para a atividade (por exemplo, 15 minutos).

Só então coloque todas as imagens em uma caixa de sapatos e embaralhe-as.

Organize os alunos em duplas e distribua as imagens em números iguais entre elas. Cada dupla ficará com cenas de diferentes situações, de diferentes revistas e, com elas, deverão compor um conto.

Para orientar o planejamento da atividade, registre na lousa um roteiro para que os alunos sigam durante a atividade

• Selecionem, entre as imagens recebidas, aquelas que vão compor o conto que vocês vão elaborar.

• Imaginem um enredo para a narrativa que tenha conflito, clímax e desfecho

• Ordenem as cenas conforme a sequência dos acontecimentos a serem narrados

• Lembrem-se de que deve haver diálogos e intervenções do narrador

• Escrevam o conto.

Após o planejamento, as duplas deverão inicialmente escrever o conto no rascunho. Peça aos alunos que observem atentamente a pontuação utilizada nos diálogos e nas intervenções do narrador. Estipule um tempo para a atividade (por exemplo, 30 minutos).

Ao finalizarem os rascunhos, peça que troquem as produções com os colegas de outras duplas, para que leiam e deem dicas de como podem tornar o conto ainda mais interessante. Ressalte que as dicas devem ser escritas em uma folha avulsa, de modo que a dupla que escreveu o conto possa acatá-las ou não.

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Em seguida, revise com as duplas os contos criados. É importante que haja dois momentos: um focado nas questões estruturais e de clareza do conto e outro direcionado a questões de ortografia e pontuação. Ao final, recolha as produções para realizar a correção de outros aspectos que julgar necessários e que não estejam ao alcance da turma neste momento.

Aula 7

No início da aula, devolva os rascunhos que você revisou às duplas que os produziram e informe que finalizarão a escrita e a montagem de suas narrativas.

Peça aos alunos que se sentem com os mesmos colegas com os quais formaram as duplas na aula anterior. Informe-os de que devem fazer a leitura das sugestões e alterações propostas pelos colegas e por você e reescrever a história, incluindo essas adaptações. Estipule um tempo para a atividade (por exemplo, 20 minutos).

Depois da etapa de reescrita, peça que iniciem a montagem do conto em folha de cartolina, prestando atenção nos passos a seguir. Estipule um tempo para a atividade (por exemplo, 10 minutos).

• Escrever o título do conto.

• Distribuir as imagens recortadas, conforme a sequência da narrativa.

• Organizar as imagens, deixando espaço para a escrita de trechos do conto, intercalando imagens e trechos de texto.

• Colar as imagens e passar o conto a limpo.

Após encerrar a atividade, dê oportunidade para que as duplas façam a leitura dramatizada do conto criado, de modo que observem e percebam a função da pontuação utilizada.

Para finalizar, organize com a turma uma exposição dos contos na escola, em um local previamente escolhido

Avaliação

Para observar o emprego adequado da pontuação, sugere-se uma atividade de reescrita, com o objetivo de que os alunos criem diálogos para o mito de Pandora, dando mais expressividade às falas das personagens.

• Distribua cópias do mito a seguir para os alunos. Observe que nele não há diálogos, apenas a fala do narrador.

Pandora

Num tempo distante, os homens dominaram a dádiva do fogo, graças a Prometeu, tornando melhor a vida na Terra.

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Mas diante daquela afronta, a ira de Zeus não teve limites, e ele resolve então punir os homens.

Ordenou a Hefesto que moldasse uma mulher de barro, tão linda quanto uma verdadeira deusa, que lhe desse voz e movimento e que seus olhos inspirassem um encanto divino.

A deusa Atena teceu-lhe uma belíssima roupa, as três Graças a cobriram com joias e as Horas a coroaram com uma tiara de perfumadas flores brancas. Por isso a jovem recebeu o nome de Pandora, que em grego significa “todas as dádivas”.

No dia seguinte, Zeus deu instruções secretas a seu filho Hermes que, obedecendo às ordens do pai, ensinou Pandora a contar suaves mentiras. Com isso, a mulher de barro passou a ter uma personalidade dissimulada e perigosa.

Feito isso, Zeus ordenou a Hermes que entregasse a mulher de presente a Epimeteu, irmão de Prometeu, um homem ingênuo e lento de raciocínio.

Ao ver Pandora, Epimeteu esqueceu-se que Prometeu havia-lhe recomendado muitas vezes para não aceitar presentes de Zeus; e aceitou-a de braços abertos.

Certo dia, Pandora viu uma ânfora muito bem lacrada, e assim que se aproximou dela Epimeteu alertou-a para se afastar, pois Prometeu lhe recomendara que jamais a abrisse, caso contrário, os espíritos do mal recairiam sobre eles.

Mas, apesar daquelas palavras, a curiosidade da mulher de barro aumentava; não mais resistindo, esperou que o marido saísse de casa e correu para abrir o jarro proibido.

Mal ergueu a tampa, Pandora deu um grito de pavor e do interior da ânfora saíram monstros horríveis: o Mal, a Fome, o Ódio, a Doença, a Vingança, a Loucura e muitos outros espíritos maléficos Quando voltou a lacrar a jarra, conseguiu prender ali um único espírito, a Esperança. Assim, então, tudo aconteceu exatamente conforme Zeus havia planejado. Usou a curiosidade e a mentira de Pandora para espalhar o mal sobre o mundo, tornando os homens duros de coração e cruéis, castigando Prometeu e toda a humanidade.

• Após a leitura, retome com os alunos a forma como os diálogos são indicados nas narrativas, por meio da pontuação

• Oriente os alunos a reescrever o mito, em uma folha avulsa, incluindo diálogos e a pontuação adequada, para contribuir com o sentido que se pretende dar às falas.

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ABREU, Ana Rosa etal Alfabetização: livro do aluno. Brasília: Fundescola: SEF: MEC, 2000. n. 2, p. 125-126

Inicie a aula registrando na lousa as palavras mas e mais. Peça aos alunos que deem exemplos de frases com elas. Registre de um lado da lousa os exemplos com mas e, de outro, frases com mais. Depois, solicite à turma que observe os exemplos e identifique a diferença de significado entre eles, justificando-a. Ouça todas as explicações e informe-os de que vão verificar se as hipóteses levantadas se confirmam ou não.

Em seguida, organize a turma em um círculo e distribua cópias do conto "Rapunzel" Ressalte que, de propósito, foram retiradas dele as palavras mas e mais Explique que você lerá o texto em voz alta e, durante a leitura, os alunos devem imaginar qual das duas palavras estaria correta, mas sem escrevê-la.

Rapunzel

Era uma vez um casal que há muito tempo desejava inutilmente ter um filho. Os anos se passavam, e seu sonho não se realizava. Afinal, um belo dia, a mulher percebeu que Deus ouvira suas preces. Ela ia ter uma criança!

Por uma janelinha que havia na parte dos fundos da casa deles, era possível ver, no quintal vizinho, um magnífico jardim cheio das ___________ lindas flores e das ___________ viçosas hortaliças. ___________ em torno de tudo se erguia um muro altíssimo, que ninguém se atrevia a escalar. Afinal, era a propriedade de uma feiticeira muito temida e poderosa. Um dia, espiando pela janelinha, a mulher se admirou ao ver um canteiro cheio dos ___________ belos pés de rabanete que jamais imaginara. As folhas eram tão verdes e fresquinhas que abriram seu apetite. E ela sentiu um enorme desejo de provar os rabanetes.

A cada dia seu desejo aumentava ___________. ___________ ela sabia que não havia jeito de conseguir o que queria e por isso foi ficando triste, abatida e com um aspecto doentio, até que um dia o marido se assustou e perguntou:

O que está acontecendo contigo, querida?

Ah! respondeu ela. Se não comer um rabanete do jardim da feiticeira, vou morrer logo, logo!

O marido, que a amava muito, pensou: “Não posso deixar minha mulher morrer… Tenho que conseguir esses rabanetes, custe o que custar!”

Ao anoitecer, ele encostou uma escada no muro, pulou para o quintal vizinho, arrancou apressadamente um punhado de rabanetes e levou para a mulher. ___________ que depressa, ela preparou uma salada que comeu imediatamente, deliciada.

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Aula 8

Ela achou o sabor da salada tão bom, ___________ tão bom, que no dia seguinte seu desejo de comer rabanetes ficou ainda ___________ forte. Para sossegá-la, o marido prometeu-lhe que iria buscar ___________ um pouco. Quando a noite chegou, pulou novamente o muro, ___________, mal pisou no chão do outro lado, levou um tremendo susto: de pé, diante dele, estava a feiticeira.

Como se atreve a entrar no meu quintal como um ladrão, para roubar meus rabanetes? perguntou ela com os olhos chispando de raiva. Vai ver só o que te espera!

Oh! Tenha piedade! implorou o homem. Só fiz isso porque fui obrigado! Minha mulher viu seus rabanetes pela nossa janela e sentiu tanta vontade de comê-los, ___________ tanta vontade, que na certa morrerá se eu não levar alguns!

A feiticeira se acalmou e disse:

Se é assim como diz, deixo você levar quantos rabanetes quiser, ___________ com uma condição: irá me dar a criança que sua mulher vai ter. Cuidarei dela como se fosse sua própria mãe, e nada lhe faltará.

O homem estava tão apavorado, que concordou. Pouco tempo depois, o bebê nasceu. Era uma menina. A feiticeira surgiu no mesmo instante, deu à criança o nome de Rapunzel e levou-a embora.

Rapunzel cresceu e se tornou a ___________ linda criança sob o sol. Quando fez doze anos, a feiticeira trancou-a no alto de uma torre, no meio de uma floresta.

A torre não possuía nem escada, nem porta: apenas uma janelinha, no lugar ___________ alto. Quando a velha desejava entrar, ficava embaixo da janela e gritava: Rapunzel, Rapunzel! Joga abaixo tuas tranças!

Rapunzel tinha magníficos cabelos compridos, finos como fios de ouro. Quando ouvia o chamado da velha, abria a janela, desenrolava as tranças e jogava-as para fora. As tranças caíam vinte metros abaixo, e por elas a feiticeira subia.

Alguns anos depois, o filho do rei estava cavalgando pela floresta e passou perto da torre. Ouviu um canto tão bonito que parou, encantado. Rapunzel, para espantar a solidão, cantava para si mesma com sua doce voz.

Imediatamente o príncipe quis subir, procurou uma porta por toda parte, ___________ não encontrou. Inconformado, voltou para casa. ___________ o maravilhoso canto tocara seu coração de tal maneira que ele começou a ir para a floresta todos os dias, querendo ouvi-lo outra vez.

Em uma dessas vezes, o príncipe estava descansando atrás de uma árvore e viu a feiticeira aproximar-se da torre e gritar: “Rapunzel, Rapunzel! Joga abaixo tuas tranças!”. E viu quando a feiticeira subiu pelas tranças.

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“É essa a escada pela qual se sobe?”, pensou o príncipe. “Pois eu vou tentar a sorte…”

No dia seguinte, quando escureceu, ele se aproximou da torre e, bem embaixo da janelinha, gritou:

Rapunzel, Rapunzel! Joga abaixo tuas tranças! As tranças caíram pela janela abaixo, e ele subiu.

Rapunzel ficou muito assustada ao vê-lo entrar, pois jamais tinha visto um homem. ___________ o príncipe falou-lhe com muita doçura e contou como seu coração ficara transtornado desde que a ouvira cantar, explicando que não teria sossego enquanto não a conhecesse.

Rapunzel foi se acalmando, e quando o príncipe lhe perguntou se o aceitava como marido, reparou que ele era jovem e belo, e pensou: “Ele é mil vezes preferível à velha senhora…”. E, pondo a mão dela sobre a dele, respondeu:

Sim! Eu quero ir com você! ___________ não sei como descer… Sempre que vier me ver, traga uma meada de seda. Com ela vou trançar uma escada e, quando ficar pronta, eu desço, e você me leva no seu cavalo.

Combinaram que ele sempre viria ao cair da noite, porque a velha costumava vir durante o dia. Assim foi, e a feiticeira de nada desconfiava até que um dia Rapunzel, sem querer, perguntou a ela:

Diga-me, senhora, como é que lhe custa tanto subir, enquanto o jovem filho do rei chega aqui num instantinho?

Ah, menina ruim! gritou a feiticeira. Pensei que tinha isolado você do mundo, e você me engana!

Na sua fúria, agarrou Rapunzel pelos cabelos e esbofeteou-a. Depois, com a outra mão, pegou uma tesoura e tec, tec! cortou as belas tranças, largando-as no chão. Não contente, a malvada levou a pobre menina para um deserto e abandonou-a ali, para que sofresse e passasse todo tipo de privação.

Na tarde do mesmo dia em que Rapunzel foi expulsa, a feiticeira prendeu as longas tranças num gancho da janela e ficou esperando. Quando o príncipe veio e chamou: “Rapunzel! Rapunzel! Joga abaixo tuas tranças!”, ela deixou as tranças caírem para fora e ficou esperando.

Ao entrar, o pobre rapaz não encontrou sua querida Rapunzel, ___________ sim a terrível feiticeira. Com um olhar chamejante de ódio, ela gritou zombeteira:

Ah, ah! Você veio buscar sua amada? Pois a linda avezinha não está ___________ no ninho, nem canta ___________! O gato apanhou-a, levou-a, e agora vai arranhar os seus olhos! Nunca ___________ você verá Rapunzel! Ela está perdida para você!

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Ao ouvir isso, o príncipe ficou fora de si e, em seu desespero, se atirou pela janela. O jovem não morreu, ___________ caiu sobre espinhos que furaram seus olhos e ele ficou cego. Desesperado, ficou perambulando pela floresta, alimentando-se apenas de frutos e raízes, sem fazer outra coisa que se lamentar e chorar a perda da esposa tão querida.

Passaram-se os anos. Um dia, por acaso, o príncipe chegou ao deserto no qual Rapunzel vivia, na maior tristeza, com seus filhos gêmeos, um menino e uma menina, que haviam nascido ali.

Ouvindo uma voz que lhe pareceu familiar, o príncipe caminhou na direção de Rapunzel. Assim que chegou perto, ela logo o reconheceu e se atirou em seus braços, a chorar.

Duas das lágrimas da moça caíram nos olhos dele e, no mesmo instante, o príncipe recuperou a visão e ficou enxergando tão bem quanto antes. Então, levou Rapunzel e as crianças para seu reino, onde foram recebidos com grande alegria. Ali viveram felizes e contentes.

Após a leitura, abra espaço para que os alunos comentem o que acharam do conto e proponha perguntas que os levem a refletir sobre o enredo e outros aspectos da narrativa.

Estipule um tempo para a leitura e a discussão sobre o entendimento do conto (por exemplo, 20 minutos). Para tanto, utilize a Ficha de atividades a seguir, que deve ser respondida oralmente e depois por escrito

Ficha de atividades

1. A história é narrada em 1ª ou em 3ª pessoa?

Ela é narrada em 3ª pessoa.

2 Qual é o enredo do conto lido?

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GRIMM, Jacob; GRIMM, Wilhelm. Contos tradicionais: Rapunzel. In : ABREU, Ana Rosa et al Alfabetização: livro do aluno. Brasília: Fundescola: SEF: MEC, 2000. n. 2, p. 36.

O conto narra a história de um casal que não tinha filhos. Um dia, a mulher engravida e fica muito feliz, mas, ao sentir desejo de comer os rabanetes da plantação de sua vizinha, que era uma bruxa, seu marido foi obrigado, em troca da própria vida, a dar à bruxa a filha que ainda não havia nascido. A bruxa leva a menina com ela no mesmo dia de seu nascimento e a mantém prisioneira numa torre na floresta, sem contato com ninguém. Ela chegava à torre subindo pelos cabelos da menina, Rapunzel. Um dia, um príncipe curioso aprende a artimanha e começa a visitar a menina na torre, apaixona-se por ela e a pede em casamento. A bruxa descobre e, furiosa, envia a menina para o deserto. O príncipe, assustado, cai da janela e fica cego, até que se reencontram e é curado pelas lágrimas da moça, que, nesse período, teve filhos gêmeos. O príncipe leva Rapunzel e as crianças para seu reino e ali eles vivem "felizes e contentes"

3. Quem são as personagens?

Os pais de Rapunzel, a bruxa, Rapunzel e o príncipe.

4. Em que locais o conto se passa?

Na casa dos pais de Rapunzel, vizinha à casa da bruxa, que tinha uma plantação de rabanetes. Na torre em que a menina ficava presa, localizada na floresta. No deserto a que ela foi enviada e no reino do príncipe.

5. Qual o conflito principal?

A descoberta pela bruxa das visitas secretas que o príncipe fazia à Rapunzel.

6. Qual o desfecho do conto?

Após ficar cego e perambular perdido pelo mundo, o príncipe reencontra seu amor e volta a enxergar por causa das lágrimas da moça.

Após a discussão, registre na lousa as informações a seguir, diferenciando os usos de mas e mais

Mas

• Indica uma oposição, uma contrariedade.

• Pode ser substituída por porém

Exemplos:

Ele está resfriado, mas quis tomar sorvete.

A menina chegou bem no horário, mas os portões da escola já estavam fechados.

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Mais

• Indica ligação, adição, superioridade

Exemplos:

Dois mais dois são quatro.

Quero o chocolate mais o morango.

Ele estudou mais que você.

Finalmente, peça aos alunos que façam uma nova leitura do conto, desta vez silenciosa, e completem os espaços em branco com as palavras que faltam. Depois, realize a correção coletiva com a turma. É importante que os alunos justifiquem suas respostas.

Respostas: mais / mais / Mas / mais / mais / Mas / Mais / mas / mais / mais / mas / mas / mas / mais / mais / mas / Mas / Mas / Mas / mas / mais / mais / mais / mas.

Para finalizar, solicite que a turma faça um resumo oral das regras de uso de mas e de mais

Sugest ão

• COMO escrever uma história de aventura. WikiHow Disponível em: https://pt.wikihow.com/Escrever-uma-Hist%C3%B3ria-de-Aventura. Acesso em: 18 dez. 2021.

Nesse link , é possível encontrar, orientações e passo a passo para escrever um conto de aventura

Sequência didática 3 • Conhecer notícias e crônicas e aprender sobre o uso de há ou a

Esta sequência desenvolve o trabalho com o gênero textual notícia, buscando não só apresentar suas principais características, mas também levar os alunos a refletirem sobre os contextos nos quais ele circula. Pela leitura de uma notícia e pela identificação de seus aspectos estruturais, propõe-se a realização de uma pesquisa com base na qual os alunos produzirão as próprias notícias para publicar em um blog ou no jornal da escola. Será realizada também a leitura de uma crônica, para que a turma reconheça aspectos importantes que diferenciam e aproximam crônica e notícia. Por fim, será abordada a utilização de há ou a para que os alunos identifiquem o sentido que essas palavras expressam e quando utilizá-las.

Objetivos de aprendizagem

• Compreender a função social e as características do gênero textual notícia.

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parâmetros. 51
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• Identificar os diferentes suportes em que circulam as notícias.

• Elaborar textos do gênero textual notícia.

• Reconhecer os elementos que diferenciam uma crônica de uma notícia

• Utilizar corretamente as regras ortográficas que regem o uso de há ou a

Plano de aulas

Aula 1: Ler uma notícia e identificar sua estrutura.

Aula 2: Conhecer a estrutura de um jornal impresso e comparar com outros suportes que veiculam notícias.

Aula 3: Pesquisar e selecionar temas para produzir uma notícia.

Aula 4: Escrever a versão final da notícia e iniciar a montagem do jornal ou blog

Aula 5: Finalizar a montagem do jornal ou bloge expor as notícias.

Aula 6: Ler uma crônica observando os aspectos que a diferenciam da notícia.

Aula 7: Reconhecer os sentidos e saber diferenciar o uso de há ou a

Componentes essenciais para a alfabetização: Compreensão de textos, desenvolvimento de vocabulário e produção de escrita.

Competências gerais da Educação Básica: 1 e 4. Competências específicas de Língua Portuguesa: 1, 2, 3 e 5.

Habilidades: EF15LP01, EF15LP03, EF15LP05, EF15LP06, EF15LP07, EF15LP08, EF15LP16, EF35LP01, EF35LP03, EF35LP04, EF35LP05, EF35LP07, EF35LP17, EF05LP01, EF05LP15 e EF05LP16

Materiais necessários: Cópias de uma notícia, exemplares de jornais impressos, folhas de papel sulfite, folhas de papel pautado, cópias da crônica "Brasileiro cem-milhões", dicionários e canetas hidrográficas coloridas ou lápis de cor

Aula

1

Para iniciar a aula, organize os alunos em semicírculo e, em seguida, faça perguntas a fim de estimulá-los a levantarem seus conhecimentos prévios sobre o gênero textual notícia e levá-los a refletir acerca de sua função social, bem como veracidade dos fatos noticiados. Estipule um tempo para a atividade (por exemplo, 15 minutos). A seguir, algumas sugestões de perguntas de antecipação de leitura a serem trabalhadas oralmente:

1. O que é notícia e qual é o seu objetivo?

Um texto com o objetivo de informar, que trata de fatos novos e de interesse de determinado público.

2. Quem, geralmente, produz notícias?

Jornalistas ou pessoas que gostam de escrever e se comprometem em estar sempre atualizadas

3. Onde, geralmente, é possível encontrar notícias?

Em jornais, revistas, sites , blogs , painéis digitais no metrô ou em ônibus, televisão, rádio etc.

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RECURSO EDUCACIONAL DIGITAL
52

4. Para quem elas são produzidas?

Para o público em geral, que está interessado em determinado assunto.

5. Toda notícia é verdadeira? Por quê?

Não, pois nem toda notícia é escrita por profissionais, com seriedade, nem todos os meios de comunicação são confiáveis. É preciso procurar por várias fontes sobre um mesmo assunto para confirmar a veracidade de uma notícia.

6. Em sua opinião, é possível confiar em qualquer notícia de qualquer meio de comunicação?

Resposta pessoal.

Após a discussão, apresente aos alunos a estrutura do gênero notícia. Registre na lousa os tópicos a seguir.

Notícia

• Título (ou manchete): Resume o assunto em apenas uma frase de destaque para chamar a atenção do leitor.

• Título auxiliar (olho): É o subtítulo que (às vezes) aparece logo abaixo da manchete. Tem a função de chamar a atenção do leitor, destacando mais algumas informações além das mencionadas no título.

• Lead: É, geralmente, o primeiro parágrafo da notícia. Contém informações resumidas que podem responder às seguintes questões: o quê? Quem? Quando? Onde? Como? Por quê? Para quê? Esse primeiro parágrafo visa atrair os leitores, destacando os fatos mais importantes da notícia, com o objetivo de levá-los à leitura por completo.

• Corpo da notícia: Apresenta descrições e narrações de fatos ou apontamentos de dados de forma mais detalhada.

Além das características estruturais, chame atenção para aspectos que devem ser levados em consideração na leitura de uma notícia, como o veículo de comunicação onde foi publicada, o autor responsável pela notícia, quando houver indicação, a data etc.

Em seguida, leia com os alunos a notícia "Nuvem de gafanhotos se aproxima do Rio Grande do Sul" (acesse o link disponível na seção Sugestões, ao final desta Sequência didática) ou selecione outra notícia que considere relevante para ser trabalhada com a turma e peça a eles que encontrem os componentes do gênero textual. Estipule um tempo para a atividade (por exemplo, 20 minutos).

Depois de identificarem as características composicionais da notícia, abra espaço para que comentem o assunto principal dela e o público a quem ela se dirige. Certifique-se de que os alunos compreenderam que o texto é direcionado a produtores rurais da região do Rio Grande do Sul e ao público em geral. Pergunte também qual é, na opinião deles, a relevância dessa notícia.

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Para encerrar, peça que levem à sala de aula, no próximo encontro, pelo menos três notícias sobre um dos temas a seguir: meio ambiente, práticas esportivas, tecnologia e consumo.

É importante orientar os alunos a investigarem a mesma notícia em dois ou mais veículos de comunicação para que possam comparar se as informações conferem e qual versão parece mais completa. Ressalte a importância de procurar versões sobre o assunto em mais de um veículo de comunicação para que não tenham uma visão restrita e, assim, possam debatê-lo com mais propriedade e autonomia.

Avaliação

Para finalizar, realize uma avaliação formativa. Construa um mapa mental na lousa com os alunos, posicione a palavra notícia no meio e pergunte à turma quais são as principais características desse gênero textual e qual é sua função social.

Conforme forem comentando, debata as respostas, orientando os alunos e deixando as respostas objetivas, de maneira que seja possível puxar setas da palavra notícia para fora e registrar as características e a função. Utilize a escuta atenta aos comentários dos alunos para avaliar a compreensão geral da turma sobre o gênero textual, o interesse e a habilidade de sintetizar aprendizados, verificando se é necessário ampliar as estratégias de ensino e retomar o tema da aula.

Para se preparar com exemplos de mapa mental, escreva mapa mental em uma ferramenta de pesquisa on-line e observe as imagens das ocorrências. Depois da produção coletiva, peça à turma que faça o registro no caderno e explique que essa é uma estratégia de sistematização de conhecimento que eles poderão utilizar quando estiverem estudando qualquer assunto de seu interesse.

Aula 2

Para iniciar a aula, pergunte aos alunos quais temas selecionaram e organize-os em duplas, com base nessa informação, para que aqueles que escolheram o mesmo tema possam trabalhar juntos.

Providencie, previamente, exemplares de jornais para que os alunos observem a organização desse suporte, retomando ser o lugar em que tradicionalmente as notícias são veiculadas. Disponibilize os exemplares para que os alunos folheiem e verifiquem como as notícias são organizadas em um jornal impresso. Peça que observem na capa do jornal informações como data, local de publicação e notícias colocadas em destaque.

Peça que observem o editorial, os temas das seções em que se divide o jornal, a disposição dos textos e das imagens nas páginas de cada seção, a formatação da notícia, o tamanho das letras do título, do título auxiliar e do texto da notícia, as palavras em destaque e o tipo, negrito ou itálico, o uso das aspas etc. Estipule um tempo para a atividade (por

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exemplo,10 minutos). Durante o processo, circule pela sala para observar o envolvimento dos alunos e esclarecer possíveis dúvidas.

Em seguida, abra espaço para que compartilhem o que foi observado e sistematize as informações na lousa, complementando o que achar necessário, e peça aos alunos que registrem no caderno, explicando que essas informações serão importantes para a atividade que realizarão na próxima aula. Comente que muitos dos aspectos observados estão relacionados com o objetivo de atrair o público leitor, apresentando uma organização que possibilita colocar em destaque as principais notícias e ao mesmo tempo oferecer divisões temáticas para que diferentes públicos localizem no jornal o tipo de informação que procuram.

Em seguida, peça que compartilhem as estratégias de pesquisa utilizadas para selecionar as notícias que eles trouxeram para a aula. Uma vez que é provável que a maioria tenha realizado a pesquisa na internet, peça que comentem os critérios utilizados para realizar as buscas, os tipos de sites visitados, a organização das notícias nesses sites e as semelhanças e possíveis diferenças na forma de apresentação dessas notícias em cada site Com base nos comentários, peça-lhes que comparem a forma de apresentação das notícias nos jornais impressos e nas mídias digitais, apontando diferenças na forma como o público acessa a informação em cada um desses suportes. Peça que comentem, por exemplo, as diferenças entre ler uma notícia num jornal impresso e uma notícia no computador ou celular, considerando o tempo dedicado à leitura, a atenção, a variedade de notícias e informações que são encontradas em cada um desses meios.

Em seguida, pergunte como eles costumam se informar sobre o que acontece no mundo, no país, em sua cidade e em seu bairro, como procuram as novidades sobre temas de seu interesse, como lançamentos de músicas e divulgação de eventos, e se sabem como os adultos com os quais convivem se informam. Peça a eles que digam quais meios de comunicação, na opinião deles, costumam despertar o interesse das pessoas e por quê. Busque levantar com os alunos aspectos positivos e negativos dos meios de comunicação apontados, propondo uma reflexão sobre a importância do acesso à informação para o exercício da cidadania.

Ao final, comunique que, na aula seguinte, eles vão elaborar notícias com base na pesquisa realizada, pensando em estratégias para atrair a atenção dos leitores e possibilitar uma leitura interessante com conteúdo de qualidade, além de definir um tipo de suporte, digital ou impresso, para divulgar as notícias produzidas.

Aula 3

Para iniciar a aula, peça às duplas formadas na aula anterior que se reúnam e separem as notícias pesquisadas.

Em seguida, cada dupla deve identificar as informações que mais se destacaram e, com base nesses aspectos, montar a sua própria notícia. Nesse momento, será preciso

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pensar em toda a estrutura do gênero textual e imaginar o possível público-alvo ao qual a notícia se destinará.

Ajude as duplas a estabelecerem as etapas dessa produção: pesquisa e seleção do material, leitura do material e seleção dos trechos mais significativos, planejamento da notícia (público, suporte etc.), escrita da notícia, releitura e revisão (considerando as partes estrutural, gramatical e linguística) e reescrita. Estipule um tempo para leitura do material, seleção dos trechos mais significativos e planejamento da notícia (por exemplo, 15 minutos). Depois, reserve mais 15 minutos para a escrita e 15 minutos para a releitura, revisão e reescrita. Distribua folhas de papel pautado para a escrita das versões finais. Ressalte para as duplas a importância de a revisão ser feita em dois momentos distintos: primeiro, focada em aspectos relacionados ao gênero e, depois, focada em aspectos linguísticos e gramaticais.

Peça aos alunos que realizem, em casa, uma pesquisa de imagens para compor a notícia e as tragam na aula seguinte.

Ao final, recolha as notícias para sua correção. É importante fazer os comentários sugerindo alterações em uma folha avulsa para que apenas os autores modifiquem suas produções. As notícias devem ser devolvidas aos alunos na próxima aula para que escrevam as versões finais e organizem a publicação do suporte escolhido.

Aula 4

Para iniciar a aula, peça às mesmas duplas da aula anterior que se juntem e combine com elas as atividades que deverão ser feitas nesta aula: escrita da versão final da notícia, seleção da imagem que vai compor a notícia e montagem do jornal ou blog . Caso a turma opte por publicar as notícias em um blog , é importante reservar, previamente, a sala de informática para que possam ter acesso a computadores com programas de edição de texto e acesso à internet. Providencie, previamente, um pen drive para salvar a versão final das notícias.

Caso os alunos optem pela publicação impressa, oriente-os a reservar um espaço para a imagem na folha de papel pautado antes de reescrever a notícia. Estipule um tempo para a reescrita da notícia e a seleção da imagem (por exemplo, 20 minutos)

Em seguida, sistematize na lousa o tema das notícias e defina com os alunos uma organização para o jornal ou blog . Oriente-os a agrupar as notícias em blocos, de acordo com a afinidade temática, e peça que proponham uma ordem para a disposição de cada bloco de notícias. Reserve o restante da aula para a montagem do jornal ou blog e comunique aos alunos que, se necessário, eles poderão finalizar a produção na aula seguinte.

Aula 5

Esta aula será dedicada à finalização da montagem do jornal ou blog e à exposição das notícias para a turma. Além disso, deve ser combinado com os alunos como divulgarão

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o jornal ou o blogpara que a comunidade escolar e os pais ou responsáveis tenham acesso às produções. Estipule um tempo para a finalização (por exemplo, 15 minutos) e, em seguida, inicie a exposição das notícias.

Durante a exposição, peça que compartilhem como foi o processo de produção da notícia, quais foram as dificuldades encontradas e como foram superadas. Peça que comentem os aspectos que acharam mais interessantes nas notícias produzidas pelos colegas, estimulando-os a refletir sobre a relevância dos temas abordados e sobre a importância de que eles sejam divulgados à comunidade escolar.

Avaliação

A avaliação deve levar em conta todas as etapas da produção textual: pesquisa, planejamento, escrita, revisão e reescrita. Observe como os alunos reagem a todo o processo e se envolvem nele, bem como se estão compreendendo as características do gênero textual e o assunto principal que devem abordar.

Na Ficha de atividades a seguir, há algumas sugestões de perguntas a serem feitas aos alunos.

Ficha de atividades

1. Você conseguiu compreender o assunto principal das notícias? Comente.

2. Em sua opinião, qual é a importância de se manter informado sobre o que acontece ao seu redor e no mundo? Justifique.

3. Você acha que ler um só jornal (ou assistir a ele) é suficiente para se manter bem-informado ou é preciso procurar outras fontes de informação que tratem sobre o assunto para construir determinado ponto de vista? Por quê?

Respostas pessoais.

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Inicie a aula relembrando, brevemente, os conteúdos estudados e as atividades realizadas nas aulas anteriores. Retome a estrutura do jornal impresso e comente que, embora a notícia seja um dos principais gêneros jornalísticos, nos jornais é possível encontrar gêneros textuais diversos, como reportagens, entrevistas, editoriais, comentários, artigos, quadrinhos, cartas, crônicas, anúncios, entre outros.

Em seguida, comunique aos alunos que, nesta aula, farão a leitura de uma crônica originalmente publicada numa das seções do Jornal do Brasil, um dos mais antigos do país, fundado em 1891, logo após a Proclamação da República. Distribua para os alunos cópias da crônica "Brasileiro cem-milhões ", do escritor Carlos Drummond de Andrade (acesse o link disponível na seção Sugestões, ao final desta Sequência didática) e inicie a leitura compartilhada, dando oportunidade para que todos participem dela. Se necessário, leia mais de uma vez. Estipule um tempo para a atividade (por exemplo, 20 minutos).

Após a leitura em voz alta, reserve um tempo para que os alunos realizem a leitura silenciosa e localizem algumas palavras para procurar no dicionário. Ressalte que, caso haja alguma palavra ou expressão cujo significado desconheçam, eles devem primeiro tentar inferir o significado pelo contexto e só depois devem buscar a palavra no dicionário. Em seguida, peça que compartilhem as dúvidas que persistem e o significado das palavras que eles pesquisaram. Estipule um tempo para a atividade (por exemplo, 10 minutos).

Se preferir, depois da pesquisa em dicionário e do debate para entendimento pelo contexto, apresente o glossário a seguir para os alunos.

Glossário

Insofismável: que não se pode sofismar, enganar, que é verdadeiro

Antropônimo: nome próprio de pessoa

Banco Nacional da Habitação (BNH): banco estatal criado em 1964 para financiar a execução do plano nacional de habitação

Serfhau (Serviço Federal de Habitação e Urbanismo ): órgão criado em 1964 para cuidar do planejamento urbano.

Parturiente: aquela que está em trabalho de parto

Adrede: previamente

Perfazer: tornar completo

IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística): fundação estatal de levantamento e análise de informações sobre a população e o território brasileiro.

Produto Nacional Bruto : valor dos bens e serviços produzidos por um país em um ano.

Bolsão : área com características diferentes daquela em que está inserida.

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Aula 6

Em seguida, abra espaço para que os alunos comentem o que acharam da crônica, apontando os aspectos que mais chamaram sua atenção durante a leitura. Estipule um tempo para a atividade (por exemplo, 20 minutos). Peça que apontem o assunto tratado pela crônica e considerando o título e as informações apresentadas. Localize junto com eles passagens que indicam informações como datas, dados estatísticos e fontes, orientando-os a perceberem como diversos elementos apresentados poderiam servir para produzir uma notícia. Pergunte por que, embora apresente dados e informações, a crônica não os utiliza da mesma maneira que uma notícia e peça que respondam com base no que aprenderam sobre as características do gênero textual notícia.

Comente a relação da crônica com a notícia, apontando as semelhanças e as diferenças entre esses dois gêneros textuais. Explique, por exemplo, que ambos são gêneros jornalísticos e tratam de assuntos cotidianos ou de interesse social, mas que a notícia se caracteriza pelo registro objetivo dos fatos, ou seja, quem escreve a notícia não emite expressamente uma opinião. A notícia tem como objetivo informar o leitor sobre fatos, razão pela qual é comum encontrarmos referências a dados estatísticos produzidos por especialistas e instituições oficiais cuja autoridade não é posta em dúvida.

A crônica, por sua vez, caracteriza-se por apresentar um olhar do autor em relação aos fatos que são registrados pela notícia, motivo pelo qual, ainda que possa utilizar os mesmos elementos, ela tem como objetivo provocar o leitor a refletir sobre o fato.

Finalize a aula propondo uma reflexão sobre a importância dos gêneros jornalísticos para o público Destaque as transformações na forma como hoje as pessoas se informam e debatem publicamente. Oriente-os a perceber como, ao longo da história, a sociedade se transformou, especialmente quando consideramos as inovações tecnológicas nos meios de comunicação. Proponha que pensem, por exemplo, de que maneira a internet transformou a forma como as pessoas interagem com as notícias, solicite que comentem como pretendem se informar no futuro e quais estratégias pensam em utilizar para conseguir informações verdadeiras Espera-se que os alunos tenham compreendido a necessidade de procurar várias fontes de uma mesma informação

Aula 7

Para esta aula, providencie previamente canetas hidrocor coloridas ou lápis de cor. Inicie pedindo que a turma se organize em duplas e distribua para cada uma os lápis ou as canetas coloridas. Em seguida, registre as seguintes frases na lousa:

• A aula começou há cinco minutos.

• O intervalo será daqui a meia hora.

• A reunião de pais ocorreu há três semanas.

• As férias começarão daqui a um mês.

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Leia as frases com os alunos e, em seguida, explique que, nesta aula, eles vão aprender quando devem utilizar há e a. Comece explicando que, embora tenham o mesmo som quando pronunciadas, o sentido e a função de cada uma delas são diferentes, e que, portanto, é necessário compreender essa diferença para utilizar a grafia correta ao escrever

Explique que há é a conjugação do verbo haver na 3ª pessoa do singular no presente e que esse verbo pode ser utilizado com diferentes sentidos. Escreva na lousa frases que exemplifiquem a utilização do verbo haver no sentido de existir. Peça aos alunos que registrem no caderno os exemplos apresentados na lousa, deixando uma ou duas linhas entre os exemplos que indicam diferentes utilizações.

• Não há uma solução mágica para esse problema.

• Naquela época não havia computadores.

Explique que uma forma de perceber em que sentido o verbo haver está sendo utilizado é substituí-lo por outro verbo. Comente que, no caso do exemplo que acabaram de ver, ao substituir o verbo por existir, as frases continuam com o mesmo sentido.

Em seguida, escreva na lousa frases em que o verbo haver é utilizado para se referir a algo que já passou, indicando tempo passado:

• Essa história se passou há muito tempo!

• Essa escola foi construída há três décadas.

Explique que quando o verbo haver é utilizado para indicar tempo passado ele pode ser substituído por fazer sem alterar o sentido da frase. Assim, uma das maneiras de perceber quando utilizar a expressão há é analisar o sentido que se busca indicar.

Para estabelecer a comparação com o uso de a, escreva na lousa frases em que a expressão está sendo utilizada como preposição indicando tempo futuro:

• A festa junina da escola será realizada daqui a duas semanas.

• Daqui a três dias, a estação de trem será reinaugurada.

Explique que outra situação que costuma gerar dúvidas em relação à utilização de há e a ocorre quando queremos indicar distância e que, nesses casos, se utiliza a preposição a:

• A minha casa fica a meia hora de distância da escola.

• O supermercado fica a cinco minutos daqui.

Em seguida, retome novamente a comparação, sistematizando a explicação feita com base nos exemplos apontados. Explique, de modo resumido, que:

• a é utilizado para indicar tempo futuro e distância;

• há é utilizado para indicar tempo passado e com o sentido de existir

Aponte as frases em que o verbo haver está sendo utilizado com o sentido de existir e peça que os alunos circulem essas frases no caderno com uma caneta colorida. Em

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seguida, oriente-os a escolherem outra cor para circular as frases em que o verbo haver está sendo utilizado para indicar tempo passado. Diga que façam o mesmo com as frases que exemplificam a utilização da preposição a para indicar tempo futuro e distância, sempre apontando na lousa as frases já utilizadas em cada exemplo.

Em seguida, peça que produzam uma legenda conforme a cor que utilizaram para circular as frases. Escreva na lousa o que deve constar na legenda.

• Verbo haver com sentido de existir.

• Verbo haver indicando tempo passado

• Preposição a indicando tempo futuro

• Preposição a indicando distância

Depois de criar a legenda, pergunte se os alunos entenderam a explicação e se querem tirar alguma dúvida. Em seguida, peça que, em duplas, façam a Ficha de atividades a seguir.

Ficha de atividades

1. Complete as frases utilizando há ou a:

a) Daqui _____ oito meses meu irmãozinho vai nascer.

b) ___ anos que eu não vou ao zoológico.

c) Estou esperando ___ horas para ser atendido.

d) O sinal do intervalo vai tocar daqui ___ cinco minutos.

e) O último eclipse aconteceu ___ cerca de duas semanas.

f) Eu e minhas primas nos encontramos pela última vez ___ alguns anos.

g) Naquela cidade, ___ um bairro com casas bem antigas.

h) ___ um mês ele sofreu um acidente.

i) ___ poucos metros de nossa escola, ___ uma placa de trânsito.

j) ___ muito tempo que não ___ mais videolocadoras.

Respostas: a) a; b) há; c) há; d) a; e) há; f) há; g) há; h) há; i) a, há; j) há, há

2. Em duplas, conversem sobre o conto popular "João e Maria", relembrando do que se trata Em seguida, escrevam o resumo do conto da maneira como se lembram, utilizando o verbo há e a preposição a pelo menos uma vez.

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Resposta pessoal.

Sugestões

• DRUMMOND DE ANDRADE, Carlos Brasileiro cem-milhões. In: DRUMMOND DE ANDRADE, Carlos. De notícias & não notícias faz-se a crônica: histórias: diálogos: divagações São Paulo: Companhia das Letras, 2013. Disponível em: https://www.companhiadasletras.com.br/trechos/13494.pdf Acesso em: 30 nov.

2021. A crônica a ser trabalhada na Aula 6, que é parte do livro De notícias & não notícias faz-se a crônica que reúne textos originalmente publicados no Caderno B, do Jornal do Brasil

• NUVEM de gafanhotos está próxima do Rio Grande do Sul Agência Brasil, 23 jun. 2020. Disponível em: https://agenciabrasil.ebc.com.br/geral/noticia/2020-06/nuvem-degafanhotos-esta-proxima-do-rio-grande-do-sul Acesso em: 30 nov. 2021

Notícia sugerida para utilização na Aula 1 que pode ser trocada por outra de maior interesse da turma.

Sequência didática 4 • Conhecer entrevistas, debates e seminários e estudar estratégias de argumentação

Esta Sequência didática desenvolve o trabalho com três gêneros do discurso oral: entrevista, debate e seminário, que se tornam ferramentas para aproximar os alunos dos temas propostos, conduzindo, de forma coletiva, a reflexões aprofundadas, além de trabalhar aspectos relacionados à oralidade, à pesquisa, aos recursos multimodais, ao planejamento de exposições orais, à transcrição da fala para a escrita etc. Com base em uma pesquisa sobre povos indígenas no Brasil, serão abordadas a preparação e a apresentação de seminários. Em seguida, com base em uma reflexão sobre a importância de registrar as histórias das pessoas mais velhas, serão trabalhadas as características e as diferentes etapas de elaboração de uma entrevista. Por fim, será realizada uma pesquisa sobre racismo no Brasil, estabelecendo diferentes recortes para realizar um debate sobre o tema. Debater,

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em sala de aula, questões relacionadas ao racismo estrutural enfrentado pela população negra e indígena é fundamental para identificar e combater as diversas formas de preconceito, promovendo o reconhecimento e o respeito à diversidade racial e cultural existente no Brasil.

Objetivos de aprendizagem

• Compreender a função social e as características dos gêneros orais entrevista, debate e seminário

• Apreender ferramentas para estudos e expressão do que foi estudado, com base na produção de seminários.

• Conhecer a diversidade dos povos indígenas que vivem no Brasil.

• Reconhecer a importância de resgatar e registrar as histórias das pessoas mais velhas.

• Reconhecer a importância do debate sobre o racismo, de modo a combater o preconceito e a discriminação racial.

• Exercitar a argumentação na produção de gêneros orais

Plano de aulas

Aula 1: Refletir sobre a importância de conhecer a diversidade e o caráter dinâmico do modo de vida dos povos indígenas que vivem no Brasil.

Aula 2: Conhecer as características do gênero do discurso oral seminário e iniciar a pesquisa para a produção de um seminário em grupo.

Aula 3: Sistematizar o material pesquisado e preparar a apresentação do seminário.

Aula 4: Apresentar o seminário e avaliar o processo de elaboração.

Aula 5: Refletir sobre a preservação da cultura dos povos tradicionais e sobre a importância de registrar as histórias contadas pelas pessoas mais velhas.

Aula 6: Conhecer as características do gênero do discurso oral entrevista e elaborar um roteiro de perguntas.

Aula 7: Iniciar a edição da entrevista.

Aula 8: Finalizar a edição da entrevista e refletir sobre sua elaboração

Aula 9: Apresentar o tema do racismo e sensibilizar os alunos para a importância de identificar e combater a discriminação racial por meio de uma roda de conversa

Aula 10: Organizar materiais de pesquisa e selecionar informações e argumentos para a realização de um debate.

Aula 11: Realizar um debate sobre o racismo e ampliar o conhecimento sobre os diferentes recortes e aspectos relacionados ao tema.

Componentes essenciais para a alfabetização: Compreensão de textos, desenvolvimento de vocabulário, fluência em leitura oral e produção de escrita.

Competências gerais da Educação Básica: 1, 7 e 9.

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a criação de obra derivada com fins
comerciais, desde
crédito autoral e as criações sejam

Competências específicas de Língua Portuguesa: 3, 6 e 7.

Habilidades: EF15LP04, EF15LP05, EF15LP06, EF15LP07, EF15LP08, EF15LP11, EF35LP10, EF35LP15, EF35LP17, EF35LP18, EF35LP19, EF05LP15, EF05LP19 e EF05LP24

Materiais necessários: Dispositivo eletrônico com acesso à internet, projetor multimídia, pendrive , lápis grafite, borracha, apontador, folhas de papel sulfite, cópias dos trechos do depoimento "O resgate do mundo mágico", de Ailton Krenak, e computadores que disponham de softwarede edição de textos

Aula 1

Esta aula será dedicada à sensibilização e ao levantamento dos conhecimentos prévios em relação à diversidade dos povos indígenas que vivem no Brasil. Reserve, previamente, uma sala que disponha de dispositivo eletrônico com acesso à internet e projetor multimídia. Inicie a aula organizando a turma em grupos de 4 a 5 alunos e peça a eles que compartilhem entre si os conhecimentos que têm sobre os indígenas que vivem no Brasil. Oriente-os a levarem em consideração aspectos como: local onde vivem, como são suas casas, como se vestem, qual língua falam etc. Estipule um tempo para a atividade (por exemplo,15 minutos) e oriente-os a registrar o que foi compartilhado. Em seguida, cada grupo deverá escolher um representante que vai compartilhar com o restante da turma as informações registradas. Após o compartilhamento, convide os alunos a refletirem com base nas seguintes questões:

• Por que, sempre que se pensa em um indígena, costuma vir à mente das pessoas a mesma imagem?

• Vocês sabem que existem mais de 250 povos indígenas no Brasil, falantes de mais de 160 línguas? Será, então, que todos os povos indígenas são iguais?

O objetivo dessa sensibilização é levar os alunos a perceberem que, mais de 500 anos após a chegada dos colonizadores, a visão de grande parte da população ainda é influenciada por um estereótipo. Após essa sensibilização inicial, exiba o vídeo “Menos preconceito mais índio” , da campanha realizada pelo Instituto Socioambiental (acesse o link na seção Sugestões, ao final desta Sequência didática). A duração do vídeo é de um minuto e meio, e, como sua exibição não ocupará muito tempo da aula, é possível exibir mais de uma vez para analisar os aspectos propostos.

Após a exibição, abra espaço para que os alunos compartilhem suas impressões, lembrando a importância de se manifestarem de forma organizada, respeitando o turno de fala e prestando atenção nas colocações de cada colega. Peça que retomem as anotações que fizeram sobre o que sabem das culturas indígenas e digam se mudariam algo agora. Enquanto eles compartilham suas impressões, faça intervenções orientando a percepção para as diferentes linguagens presentes no vídeo. Apresente o vídeo novamente, pausando em algumas imagens e chamando atenção para a sobreposição do que está sendo lido nas legendas e visto nas imagens. Incentive-os a levantar hipóteses sobre o porquê de as

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imagens contradizerem o que está escrito nas legendas e sobre o efeito que essa sobreposição provoca ao final do vídeo.

Peça a eles que compartilhem também suas impressões sobre a língua falada pelo narrador do vídeo e aproveite para destacar que se trata do povo baniwa, que vive no noroeste amazônico, na região Norte do Brasil. Retome a informação, apresentada na sensibilização inicial, de que no Brasil vivem mais de 250 povos indígenas, falantes de mais de 160 línguas, e enfatize a importância de conhecer a diversidade desses povos, combatendo a visão estereotipada de que os “índios são todos iguais”. Comente também que o objetivo do vídeo é chamar atenção para o caráter dinâmico do modo de vida dos povos indígenas, ressaltando que as transformações não desconfiguram sua identidade indígena.

Para encerrar a aula, sorteie para cada grupo uma região do Brasil e informe que eles deverão escolher um povo indígena dessa região para realizar uma pesquisa. Comunique que, com base nos materiais e informações pesquisados, eles prepararão um seminário sobre a identidade desse povo, sua história e o modo como vive na atualidade. Para que os alunos definam sobre qual povo vão apresentar o seminário, peça a eles que realizem em casa uma pesquisa sobre quais estados fazem parte da região sorteada para seu grupo. Durante toda a Sequência didática, busque desenvolver a autonomia dos alunos, aproveitando os gêneros do discurso oral a serem estudados

Aula 2

Nesta aula, os alunos conhecerão as características do gênero do discurso oral seminário e darão início à pesquisa sobre o povo indígena escolhido por cada grupo. Reserve previamente a sala de informática para a realização da atividade. Conforme orientado na aula anterior, os grupos devem ter realizado em casa uma pesquisa sobre os estados que fazem parte da região que foi sorteada.

Inicie a aula perguntando aos alunos se eles sabem o que é um seminário e se já apresentaram um. Em caso afirmativo, peça a eles que contem como foi essa experiência. Caso não tenham participado, relate alguma situação de apresentação de seminário vivida por você na escola ou na faculdade, contando como foi, se houve dificuldades, como elas foram superadas e qual foi o resultado. Estipule um tempo para a explicação (por exemplo, 10 minutos).

Após os apontamentos, defina a palavra seminário, baseando-se nas informações a seguir, e elenque ainda o que pode compor uma apresentação desse tipo. Estipule um tempo para a atividade (por exemplo, 15 minutos).

Seminário

• O seminário pode ser uma forma ou um método de estudo e resumo no qual se expõe uma série de informações sobre determinado assunto com base em uma apresentação oral.

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• Pode contar com a ajuda da escrita. Por exemplo, é possível criar uma apresentação no computador com a utilização de recursos que sirvam de lembretes, tópicos ou anotações fundamentais para ela, bem como para ilustrá-la aos ouvintes, com imagens, gráficos, pequenos textos etc.

• Mas atenção! Um bom seminário é aquele que demonstra que o apresentador tem domínio do assunto, ou seja, deve-se evitar ler o tempo todo aquilo que está escrito no roteiro ou na projeção.

Para produzir o seminário

• É necessário pesquisar bastante sobre o tema e procurar informações em livros, revistas, jornais ou na internet. Lembre-se de que as fontes de pesquisa sempre devem constar no final da apresentação do seminário.

• Depois de encontrar as fontes e o material para o estudo do tema, é fundamental preparar um roteiro ou uma ordem do que será falado nas apresentações, ou seja, é preciso dividir o assunto em várias partes. Por exemplo, se o seminário é sobre um determinado livro, é possível que uma parte da apresentação trate do autor, outra da época em que foi escrito, outra do tema do livro etc.

• Deve-se elaborar um resumo de todo o material lido e selecionar trechos ou transformá-los em tópicos para colocar na apresentação.

• É importante organizar e ensaiar a apresentação do seminário, buscando clareza e objetividade nas explicações.

Em seguida, peça aos alunos que iniciem a pesquisa que servirá de base para a preparação do seminário, definindo, primeiramente, sobre qual povo indígena eles vão pesquisar. Para ajudá-los a identificar os povos indígenas que vivem na região que foi sorteada para eles, oriente-os a consultar a Enciclopédia Povos Indígenas no Brasil (acesse o link disponível na seção Sugestões, ao final desta Sequência didática), na qual é possível encontrar informações sobre os povos indígenas no Brasil, identificando onde vivem

Nesse momento, os alunos vão utilizar a pesquisa que realizaram em casa para saber quais estados fazem parte da região sorteada para seu grupo. Sabendo os estados que fazem parte da sua região, os grupos vão consultar na Enciclopédia quais povos vivem nesses estados e escolherão um entre eles para apresentar no seminário. Após essa etapa, cada grupo vai pesquisar informações sobre o povo escolhido.

Oriente-os a consultar sites que apresentem informações confiáveis sobre os povos indígenas. É importante, também, enfatizar aos alunos a importância de selecionar e organizar os materiais pesquisados, abrir previamente uma pasta para salvar suas pesquisas e, ao final da aula, salvar as pastas em um pendrive . Defina com os alunos alguns aspectos ou tópicos que deverão aparecer nos seminários, como os sugeridos a seguir.

• Localização e população

• Língua

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• Histórico

• Contexto atual

• Organização social

• Rituais

Durante a atividade, circule pela sala e verifique a interação entre os alunos e se precisam de mais explicações, orientações ou mesmo sugestões. Antes de encerrar a aula, comunique que eles poderão concluir a pesquisa na aula seguinte.

Aula 3

Reserve previamente a sala de informática para que os alunos continuem a pesquisa iniciada na aula anterior. Estipule um tempo para que a concluam (cerca de 25 minutos)

Peça aos alunos que verifiquem se, em suas pesquisas, conseguiram levantar informações sobre os aspectos e tópicos definidos na aula anterior. Em seguida, peça a eles que iniciem a sistematização do material, organizem a ordem em que os tópicos serão abordados e os dividam entre os integrantes do grupo. Lembre-os de que o início da apresentação precisa de uma breve introdução e que é muito importante mencionar as fontes da pesquisa. Também combine com a turma quanto tempo cada grupo terá para apresentar. Estipule um tempo para a atividade (por exemplo, 25 minutos).

Diga aos alunos que, depois de tudo definido, eles podem ensaiar a apresentação e que o material de apoio pode ser feito no computador com imagens e tópicos sobre o assunto ou com um cartaz e um pequeno roteiro escrito numa folha de papel sulfite. Oriente a turma de acordo com os recursos disponíveis na escola.

Avaliação

No decorrer da aula, avalie a compreensão de textos dos alunos, verificando se as habilidades de identificar informações explícitas e implícitas nos textos aparecem na produção das apresentações, de maneira a ampliar as estratégias para desenvolvê-las nas próximas aulas.

Aula 4

Inicie a aula organizando a turma em um semi círculo Defina com os alunos a ordem de apresentação dos grupos e comece a rodada de seminários.

Combine com eles como será a interferência dos colegas, isto é, se devem levantar a mão e esperar que tenham a vez para fazer perguntas ou complementar alguma informação ou ainda dar sugestões e se isso será feito apenas ao final de cada apresentação ou ao final de todas as apresentações. Explique aos alunos que uma das técnicas empregadas por pessoas que assistem a seminários, congressos, palestras, entre outros, é anotar os tópicos que considerarem importantes e algumas palavras-chave que as ajudem a se lembrar do que

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foi dito. Depois, isso será útil para que formulem questões ou mesmo para que revejam as informações e as utilizem em outro momento.

Após a apresentação de cada grupo, pergunte aos alunos se alguém tem alguma dúvida ou se o grupo gostaria de expor outras informações, ideias, dificuldades ou comentários sobre a elaboração do trabalho. Estipule um tempo para a atividade (por exemplo, 10 minutos). Se necessário, e dependendo da quantidade de alunos e de grupos, marque mais uma aula para finalizar as apresentações.

Para concluir a aula, pergunte aos alunos o que acharam dessa experiência de apresentar um seminário e como foi trabalhar em grupo e preparar o roteiro de apresentação. Questione-os também a respeito do que fariam de diferente e do que consideraram positivo na experiência que poderia ser reproduzido em outra ocasião.

Avaliação

Ao final, discuta com todos o processo de elaboração dos seminários. É essencial levantar em quais etapas houve mais dificuldade: na exposição oral, na pesquisa, na apreensão do conteúdo etc. Em seguida, peça aos grupos que respondam, em folha separada para entrega, a autoavaliação a seguir:

1. O que poderia ter sido melhor no seu trabalho?

Resposta pessoal Espera-se que os alunos reconheçam o acabamento e a organização da apresentação como alguns dos tópicos a serem aprimorados.

2. Preparar um seminário ajudou no aprendizado do conteúdo? Por quê?

Resposta pessoal. Com ela será possível mapear também os alunos que precisam desenvolver a oralidade como recurso de aprendizagem.

3. O que há de mais interessante na elaboração de um seminário?

Resposta pessoal. É possível que os alunos apontem a questão do grupo e do trabalho que faz com que, de fato, se entenda o que se estuda

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4. Qual a diferença entre ler e apresentar um trabalho?

Resposta pessoal. Espera-se que os alunos percebam a importância de planejamento e roteiro, já que na leitura não há como esquecer parte alguma, ao passo que, no momento da apresentação, se não houver um bom roteiro, o apresentador pode esquecer ou inverter a ordem dos conteúdos a serem apresentados.

Aula 5

Inicie a aula discutindo, com base na leitura de trechos de um depoimento, a importância de resgatar e registrar as histórias dos mais velhos para a preservação da cultura e da identidade dos diferentes povos que vivem no Brasil. Com base nessa discussão, será proposta aos alunos a realização de uma entrevista, com o objetivo de registrar depoimentos de pessoas mais velhas pertencentes à sua família ou à sua comunidade.

Para iniciar a aula, prepare e distribua cópias dos trechos do depoimento. Peça a eles que acompanhem sua leitura em voz alta. Depois, proponha a leitura compartilhada, dando oportunidade para que todos participem, mesmo que tenham de iniciar a leitura novamente.

O resgate do mundo mágico

Meu povo é uma etnia que vive na região do médio Rio Doce, em Minas Gerais, divisa com Espírito Santo, um território importante nesta breve narrativa. Para compreender a importância deste lugar na história da minha tribo, é preciso ter alguma informação sobre a chegada dos estrangeiros aqui na América e a colonização dessa parte do continente que hoje identificamos no mapa como Brasil. Antes disso acontecer, era possível desenhar aqui outros mapas, outras paisagens, onde populações antigas já faziam história. Minha família, minha tribo, são parte dessa população. [...] Estive muito envolvido na pesquisa da arqueologia da minha tribo. Uma atitude que tenho é a de eleger como prioridade para o meu trabalho a junção do que nós poderíamos chamar de “ cacos ” , no sentido de fragmentos da história e da memória de uma pequena tribo que, por um tempo, foi total no sentido de autoconhecimento, de saber tudo sobre si mesma, de viver em comunidade e de compartilhar de uma mesma visão do mundo. Depois que os brancos chegaram, foi quebrada essa unidade que a nossa memória nos possibilitava. Quebraram o vínculo com o nosso passado, a conexão com os ancestrais, com o mundo mágico, com o espírito da montanha, com o espírito das águas, com o espírito do vento, o grau

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de parentesco que cada uma das montanhas guardava com a nossa família. Ou o jeito de chamarmos o rio, que para nós não é só um acidente geográfico, é um ser que tem humor: ele fica bravo, ele batiza nossos filhos; ele dá remédio, ele cura. [...] Esse território continha as representações desses seres que para nós são fundadores da nossa herança cultural, da nossa tradição, o nosso sentimento de suficiência como povo [...] Hoje temos a possibilidade de atuar em redes, tanto por meios virtuais como físicos, e penso nestes sistemas de rede como uma das maneiras que nossos antepassados se relacionaram durante muito tempo, talvez séculos. [...] Nós temos hoje a possibilidade de continuar reconhecendo os valores fundamentais da nossa herança ancestral mesmo após todas essas mudanças pelas quais o mundo passou. Esse trabalho é o que eu chamo de esforço da arqueologia da cultura do meu povo: trabalhar junto com a nossa família, com os sobreviventes, a arqueologia da nossa história, da nossa cultura. Juntar os fragmentos da nossa memória cultural, da nossa memória ligada ao universo religioso, ao nosso território.

Após a leitura do depoimento, retome a discussão das aulas anteriores sobre a importância de reconhecer a diversidade dos povos indígenas e de seu modo de vida. Destaque que, assim como o povo Krenak, diversos povos buscam formas de manter vivas sua cultura e sua identidade.

Com base nessa discussão, convide os alunos a refletirem sobre sua própria identidade por meio das heranças culturais presentes em sua família e comunidade. Fale sobre a importância das histórias que cada pessoa tem para contar, levando-os a perceber que não são apenas pessoas famosas ou especialistas em um determinado assunto que merecem ser entrevistadas. Chame atenção para o fato de que as histórias contadas pelas pessoas mais velhas fazem parte de nossa própria história e devem ser registradas e preservadas como parte da memória coletiva.

Tendo como mote a importância de resgatar histórias antigas a partir fala dos mais velhos, informe aos alunos que eles deverão escolher, dentre os seus conhecidos e familiares, uma pessoa mais velha para entrevistar. Informe também que o trabalho será realizado em grupo e que a pessoa entrevistada deve ser definida até a próxima aula, quando as perguntas para a entrevista serão produzidas.

Reserve pelo menos 10 minutos, antes de finalizar a aula, para que a turma se organize em grupos de 3 a 5 alunos e inicie a discussão sobre quais pessoas mais velhas eles poderiam entrevistar. Para ajudá-los a definir quem será entrevistado, peça que deem

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KRENAK, Ailton. O resgate do mundo mágico. In: PEREIRA, Jesus Vazquez (ed.) etal História falada: Memória, Rede e Mudança Social. São Paulo: Museu da Pessoa: Sesc-SP, 2005 Disponível em: https://acervo.museudapessoa.org/public/editor/hist%C3%B3ria_falada2.pdf Acesso em: 10 set. 2021.

exemplos de pessoas mais velhas com as quais eles convivem em casa, no bairro e na escola e conversem sobre aquilo que sabem dessa pessoa, sobre as histórias que gostariam de conhecer e que talvez essa pessoa possa contar, por exemplo, a origem da família – no caso de famílias migrantes, como era a vida em sua terra natal, quais episódios marcaram sua trajetória –, as histórias do bairro onde vivem, as brincadeiras antigas, as tradições que se mantêm, aquelas que se perderam, com quem aprenderam a fazer determinado alimento, como aprenderam o seu ofício etc.

Aula 6

Inicie a aula recordando, com a ajuda dos alunos, características do gênero do discurso oral entrevista, que faz parte dos gêneros jornalísticos. Comente que, apesar de, normalmente, o maior contato com entrevistas se dar por meio de jornais televisivos, programas de rádio, canais de vídeo e podcasts , as entrevistas gravadas em áudio ou filmadas também podem ser transcritas, para serem, posteriormente, registradas em jornais, revistas ou livros.

Vale lembrar os alunos da importância da linguagem utilizada durante o trabalho. Tanto entrevistado quanto entrevistador precisam adequar o seu modo de falar a essa situação, que, apesar de oral, não deve ser confundida com informal. Observe que o registro oral adequado é, assim, muito importante.

Estrutura do gênero do discurso oral entrevista

• Delimitação do tema.

• Objetivo da entrevista: o entrevistado deve relatar seus conhecimentos ou suas experiências sobre determinado assunto para um entrevistador.

• Pesquisa sobre o tema e planejamento prévio das perguntas.

• Adequação da linguagem: devem-se evitar as gírias e os vícios como tipo , né, daí

• Título impactante, acompanhado de uma frase de efeito dita pelo entrevistado.

• Texto introdutório com apresentação do entrevistado, destacando sua importância em relação ao tema da entrevista.

• Perguntas e respostas, demarcando visualmente, no texto, entrevistado e entrevistador.

• Autorização de publicação de imagem, quando for o caso.

A atividade a ser produzida pelos alunos será uma entrevista gravada em áudio ou vídeo, que será transcrita, para publicação em uma revista, mural ou blog da escola. Para poder gravar ou filmar o entrevistado, providencie um documento de autorização para o uso do vídeo ou áudio para fins didáticos. Caso o entrevistado prefira, ele não precisa ser identificado, sendo garantido o anonimato e não divulgada sua imagem.

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Ao abordar as características do gênero, é importante chamar atenção para a relação com a pessoa entrevistada, sensibilizando os alunos para a importância de estabelecer uma postura interessada, elaborando perguntas que estimulem o entrevistado a falar e a contar suas memórias. Para essa sensibilização, apresente exemplos de entrevistas de depoimento, bem como exemplos de roteiros de perguntas elaborados com base em reflexões sobre esse tipo de entrevista. No site do Museu da Pessoa (acesse o link na seção Sugestões, ao final desta Sequência didática) é possível encontrar publicações que oferecem exemplos de roteiros elaborados com uma metodologia específica para entrevistas de depoimento. O museu disponibiliza, também, publicações de entrevistas de depoimento em projetos desenvolvidos com escolas e comunidades em diversas partes do Brasil. Selecione exemplos de entrevistas e roteiros dessas publicações, ou de outros materiais que julgue interessantes, e faça a leitura com os alunos, sistematizando e registrando características que os auxiliem na elaboração de seu roteiro de perguntas. Apresente também as orientações necessárias para a etapa da transcrição e peça que façam o registro no caderno. Tendo sido definido o entrevistado na Aula 5, reserve parte da aula para que os grupos se reúnam e iniciem a elaboração das perguntas a serem feitas durante a entrevista, o que servirá de roteiro. Se necessário, utilize mais uma aula para essa elaboração. Comunique aos alunos que eles devem revisar as perguntas antes de entregá-las para a leitura do professor.

Oriente-os a gravar a entrevista em áudio ou vídeo. Uma vez que a transcrição é uma etapa demorada, oriente-os também a estipular um tempo limite para a gravação. Combine uma data para a entrega do material transcrito (se possível, digitado) e estipule um prazo de pelo menos duas semanas após a devolutiva das perguntas para que o grupo tenha tempo não apenas de agendar a entrevista, como também de transcrever o áudio. Verifique a possibilidade de providenciar fotografias do entrevistado, caso ele autorize.

Se notar que haverá dificuldade de os alunos obterem recursos para a entrevista fora da escola, como gravador de áudio e vídeo, por exemplo, converse com a gestão para que haja a possibilidade de promover uma data a fim de que as entrevistas ocorram na escola, com o auxílio de recursos organizados pela instituição e o convite aos entrevistados.

Aula 7

Nesta aula, os alunos deverão trazer a entrevista já transcrita. A edição é uma atividade longa, que provavelmente durará duas aulas. É o momento de selecionar as partes importantes para a publicação, adequar a linguagem, demarcar as falas do entrevistado e do entrevistador, escrever um texto introdutório e dar um título para a entrevista.

Caso a escola disponha de computadores, a edição poderá ser feita diretamente em um programa de edição de texto.

Ao final do trabalho, é importante lembrar de pedir aos alunos que façam a revisão do texto final e o ilustrem com fotografias não apenas do entrevistado, mas do tema narrado. Podem, também, ser feitos desenhos para ilustrar a publicação.

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Inicie a aula informando que os alunos darão continuidade à edição da entrevista fazendo os ajustes necessários para adequar seu formato e observar a correção dos aspectos linguísticos e gramaticais, bem como a paginação e a disposição na página.

Por fim, realize uma roda de conversa para discutir com a turma como foi a experiência de produzir entrevistas e se essas elaborações contribuíram para conhecer melhor a história de sua família ou da comunidade onde vivem. Peça que apontem aquilo que mais chamou atenção na história dos entrevistados, levando em consideração como se vivia antigamente, as permanências e as mudanças no modo como vivem hoje. Incentive-os a refletir sobre a importância de conhecer e registrar as histórias contadas pelas pessoas mais velhas e sobre aquilo que eles podem aprender, com base nessas histórias, sobre suas heranças culturais.

Avaliação

Durante a roda de conversa sobre a produção, analise o interesse e o envolvimento dos alunos com a elaboração da entrevista. Abra espaço para que comentem o que acharam de cada etapa do trabalho e o que poderiam fazer para aprimorar o resultado quando realizarem um projeto semelhante.

Aula 9

Esta aula será dedicada à aproximação com o tema do racismo, buscando sensibilizar os alunos para a importância de reconhecer e combater as diversas manifestações de preconceito e discriminação racial. Com base nessa aproximação e no levantamento dos conhecimentos prévios dos alunos sobre o tema, serão apresentadas algumas definições para que se estabeleça uma base comum por meio da qual, nas aulas seguintes, eles vão: realizar uma pesquisa para ampliar e aprofundar seus conhecimentos sobre o tema, organizar os materiais pesquisados e realizar um debate que exercite a análise e a utilização de argumentos para apresentar diferentes recortes e questões relacionadas ao tema.

Durante a preparação e a organização do debate, auxilie os alunos a organizarem os argumentos oferecendo estratégias como a comparação entre fatos e dados científicos ou estatísticos, a exemplificação, a enumeração e o uso de elementos de causa e consequência, por exemplo.

Como se trata da abordagem de uma temática que envolve situações de violência e preconceito, presentes na sociedade e na vivência pessoal de alunos e professores, é fundamental a preparação prévia sobre o tema para conduzir a sensibilização, orientar a pesquisa e mediar o debate. Além disso, conhecendo a realidade das turmas e atento à dinâmica das relações étnico-raciais na escola e na comunidade, é importante refletir previamente sobre o modo como os conflitos étnico-raciais estão presentes nessa realidade, buscando, por meio do trabalho conjunto e da formação continuada, subsídios para construir

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Aula 8

coletivamente práticas educativas antirracistas. Ao final desta Sequência didática, apresentamos sugestões de materiais que abordam a diversidade étnico-racial na escola e contribuem para ampliar a reflexão sobre o tema.

Inicie a aula estabelecendo uma aproximação com o assunto e buscando sensibilizar os alunos para as diferentes formas de manifestação do racismo na sociedade brasileira. Uma sugestão para essa sensibilização é exibir o episódio 3 da websérie "Nossa Voz Ecoa" (acesse o link disponível na seção Sugestões, ao final desta Sequência didática), que trata sobre racismo na infância.

Reserve previamente uma sala que disponha de dispositivo eletrônico com acesso à internet e de projetor multimídia. Caso a escola não ofereça esse recurso e não seja possível iniciar a sensibilização com a exibição do vídeo, introduza o tema e proponha uma roda de compartilhamento, incentivando os alunos a falarem sobre situações que envolvam preconceito e discriminação racial vivenciadas por eles ou por pessoas conhecidas. Durante essa atividade, fique atento para o relato de situações vivenciadas pelos alunos no ambiente da escola. A escuta desses relatos deve ser feita com interesse, respeito e comprometimento, de modo que todos compreendam sua responsabilidade no combate a situações como as relatadas, para que a roda de conversa não reforce ainda mais os estereótipos e para que os alunos que sofreram discriminação se sintam acolhidos.

Se perceber que os alunos terão dificuldade em compartilhar essas vivências, proponha que escrevam sobre a situação sem se identificarem. Avise-os que fará a leitura das situações relatadas e reflita junto com eles sobre as diversas formas de manifestação do racismo, utilizando exemplos de outras formas de discriminação presentes em nossa sociedade e enfatizando a importância de buscar compreender e transformar as concepções e práticas racistas.

Após essa sensibilização, apresente algumas definições de noções importantes para identificar situações de racismo e reconhecer diferentes aspectos envolvidos nos conflitos étnico-raciais. Contextualize o tema, construindo coletivamente um entendimento comum que servirá de base para o desenvolvimento dessa aula e das aulas seguintes. Elenque noções relacionadas e complementares como preconceito, discriminação, discriminação racial, racismo, desigualdades sociais, respeito às diferenças, direitos humanos, direitos sociais, igualdade, equidade, diversidade étnico-racial, negritude, branquitude, apropriação cultural etc., abordando o contexto social e histórico em que essas noções surgem e o modo como elas se colocam na atualidade.

Antes de encerrar a aula, divida a turma em grupos de três ou quatro alunos e explique qual será a tarefa de casa. Eles devem pesquisar, na biblioteca da escola ou na internet, os seguintes tópicos: leis brasileiras que tratem de questões relacionadas ao racismo, a Declaração Universal dos Direitos Humanos, outros materiais que abordem racismo e outras formas de preconceito e discriminação, ações e iniciativas voltadas para o combate ao racismo, trabalhos de artistas que tematizam a questão racial etc. Informe que eles podem trazer para a próxima aula artigos, reportagens, notícias, vídeos, imagens, gráficos, músicas,

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entre outros materiais que achem pertinentes. Peça que criem um glossário para os materiais que escolherem trazer para a escola, com as palavras que precisarem procurar no dicionário. Se necessário, coloque um exemplo de glossário na lousa e retome o uso do dicionário, instrumento importante para a autonomia dos alunos no desenvolvimento de vocabulário. Explique que, na aula seguinte, eles vão estabelecer um recorte e organizar esses materiais, buscando informações e argumentos para serem apresentados e debatidos em aula.

Aula 10

Nesta aula, será construída a definição do recorte, a organização dos materiais da pesquisa realizada em casa e a seleção das informações e dos argumentos que cada grupo apresentará no debate. Para orientá-los nessa atividade, é importante retomar algumas características do gênero do discurso oral debate, buscando definir quais dessas características podem ser adequadas para debater o tema em questão.

Como o debate será em torno de questões relacionadas ao racismo e o pressuposto da discussão proposta é o respeito à diversidade étnico-racial, é importante estabelecer que o objetivo do debate não é a contraposição de opiniões racistas versusopiniões antirracistas. Diferentemente dos debates que se constroem com base em temas polêmicos e opiniões polarizadas, o objetivo deve ser permitir os alunos aprofundarem o conhecimento sobre o racismo e outras formas de preconceito e discriminação com base na seleção e na organização de informações e argumentos relacionados ao tema.

A proposta é que o debate contemple aspectos que não apareceram na roda de conversa realizada na sensibilização da aula anterior, uma vez que nesse primeiro momento os alunos compartilharam vivências e impressões sobre o tema, enquanto no debate devem recorrer a informações e argumentos selecionados e fundamentados pela pesquisa realizada em casa. Por isso é importante definir junto aos alunos quais tipos de questões podem ser levantados no debate, considerando sua pertinência ao tema e ao objetivo estipulado, que deve estar claro aos alunos.

É importante, também, fazer com que os alunos percebam que debater não é simplesmente trocar opiniões ou confrontar posicionamentos. Mostre como um debate pode ser realizado por debatedores que não só tenham posicionamentos semelhantes em relação a um mesmo tema, mas que também utilizem diferentes exemplos e argumentos para construir esse posicionamento. Abordar as diferentes formas de manifestação do racismo na sociedade brasileira é lidar com uma temática complexa, que pode ser apresentada por diferentes recortes, e é essa variedade que interessa para a realização do debate.

É possível, por exemplo, propor que os grupos escolham como recorte apresentar diferentes contextos nos quais o racismo se manifesta – na mídia, no esporte, no mercado de trabalho, na educação, na saúde, no acesso aos direitos, na organização do território, na infância etc., mostrando como cada um desses contextos apresenta desafios específicos. Outro recorte possível é apresentar diferentes ações que ao longo da história buscaram

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enfrentar o racismo e promover o respeito à diversidade étnico-racial, como a resistência dos quilombos, as lutas do movimento negro, as diversas leis brasileiras que tratam da questão racial, as iniciativas adotadas por empresas, os projetos realizados em escolas, a adoção de políticas públicas, as iniciativas que buscam fortalecer a cultura e a identidade da população negra etc. As sugestões de recorte devem levar em consideração o material pesquisado anteriormente pelos alunos, mas nada impede que, se necessário, eles complementem a pesquisa para levantar mais informações sobre o recorte escolhido pelo grupo.

Definido o recorte, os grupos vão organizar o material pesquisado; peça que selecionem as informações e os argumentos e elaborem um roteiro, como o sugerido a seguir, para introduzir as questões propostas para o debate.

Roteiro para o debate

• Introdução/contextualização do recorte estabelecido.

• Exposição das motivações do grupo para escolher esse recorte.

• Apresentação de imagens, gráficos, tabelas, dados, músicas, vídeos, entre outros materiais que julguem interessantes para apresentar os contextos ou as ações escolhidas.

• Apresentação de aspectos que consideram importante discutir com os colegas.

• Proposição de questões a serem debatidas.

Sugerimos, também, algumas questões para orientar os alunos na seleção das informações e dos argumentos para o debate, de acordo com o recorte estabelecido.

Diferentes contextos de manifestação do racismo

• Quais formas de manifestação do racismo são mais comuns no contexto escolhido?

• Quais situações de racismo nesse contexto foram noticiadas e tiveram repercussão pública? Dê exemplos dessas situações e fale sobre sua repercussão.

• Quais são os desafios para identificar e combater o racismo nesse contexto?

Ações e iniciativas que buscam combater o racismo

• De que forma essas iniciativas buscam combater o racismo?

• Como as estratégias dessas ações contribuíram ou podem contribuir para a construção de uma sociedade sem racismo?

• Quais são os desafios enfrentados?

• Quais outras estratégias poderiam contribuir para enfrentar esses desafios?

Aula 11

Esta aula será dedicada à realização do debate. Inicie-a organizando os alunos em semicírculo, mantendo os membros de cada grupo próximos. Considerando a afinidade entre

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os recortes estabelecidos por cada grupo, defina a ordem em que vão apresentar a pesquisa, propondo uma rodada inicial de apresentação e exposição das questões levantadas para iniciar o debate. Estipule um tempo para as apresentações (por exemplo, 20 minutos). Durante a apresentação de cada grupo, peça que os demais façam anotações sobre aspectos e questões que considerem relevantes para expor no momento do debate.

Após essa rodada de apresentação, inicie o debate propondo que o primeiro grupo retome uma das questões propostas na apresentação, de forma que exponha argumentos e informações para debatê-la. Enfatize a importância da participação de todos os membros do grupo na construção do debate. Registre as questões na lousa e incentive os outros grupos a debaterem com base nas informações e nos argumentos apresentados. Conforme ocorra oandamento do debate dessa primeira questão, proponha que os outros grupos retomem as questões levantadas, a fim de apresentarem as informações e os argumentos pesquisados, contribuindo para ampliar a reflexão sobre o tema e abordando diferentes aspectos observados nas pesquisas. Se necessário, proponha a continuidade do debate na próxima aula. Durante o processo, tome cuidado para que o debate seja fundamentado em argumentos relacionados às pesquisas, evitando opiniões que não tenham embasamento ou que destoem dos saberes relacionados aos direitos humanos.

Por fim, abra espaço para que a turma compartilhe suas impressões sobre o debate, perguntando se as questões colocadas e os argumentos apresentados contribuíram para perceberem a complexidade e a diversidade das questões relacionadas ao racismo e se a discussão despertou interesse em aprofundar os conhecimentos sobre essas questões.

Avaliação

A avaliação deve ser feita com base no envolvimento da turma nas atividades. Observe como foi o comprometimento dos alunos ao trabalhar em grupo, verificando se eles foram colaborativos, se ouviram os colegas, se conseguiram elaborar um roteiro de apresentação com base na pesquisa e se conseguiram utilizar as informações e os argumentos selecionados durante a discussão.

Sugestões

• BRASIL. Ministério da Educação. Orientações e Ações para Educação das Relações Étnico-Raciais. Brasília: Secad, 2006. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/dmdocuments/orientacoes_etnicoraciais.pdf. Acesso em: 16 nov. 2021.

Além de apresentar importantes reflexões para subsidiar a formação em educação das relações étnico-raciais, a publicação conta com um capítulo voltado para o trato pedagógico da questão racial no cotidiano escolar com estudantes do ensino fundamental.

• CUNHA, Manuela; CESRAINO, Pedro N. Políticas culturais e povos indígenas. São Paulo: Unesp, 2016.

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O livro traz debates sobre as políticas culturais feitas para os indígenas e aquelas feitas por eles, discutindo esses dois pontos distintos.

• ENCICLOPÉDIA POVOS INDÍGENAS NO BRASIL. Instituto Socioambiental. Disponível em: https://pib.socioambiental.org/pt/P%C3%A1gina_principal Acesso em: 10 nov. 2021. A enciclopédia criada pelo Instituto Socioambiental, em colaboração com os povos indígenas, possui mais de 200 verbetes com informações detalhadas sobre os povos indígenas no Brasil, tais como localização, população, histórico, organização social, ritos, além de artigos e notícias sobre políticas indigenistas, direitos, iniciativas indígenas, terras indígenas etc. Ela pode ser utilizada para a pesquisa dos alunos na Aula 2.

• FERREIRA, C. M. da S. Formação de professores à luz da história e cultura afro-brasileira e africana: nova tendência, novos desafios para uma prática reflexiva. Acolhendo a Alfabetização nos Países de Língua Portuguesa, v. 3, n. 5, p. 224-239, 2009. Disponível em: https://www.revistas.usp.br/reaa/article/view/11516 Acesso em: 19 nov. 2021. O artigo apresenta uma reflexão sobre a importância da temática História e Cultura AfroBrasileira e Africana na formação de professores e para a construção do conhecimento prático capaz de tratar pedagogicamente as questões raciais no espaço escolar.

• MACEDO, Valéria de. Aldeias, palavras e mundos indígenas São Paulo: Companhia das Letrinhas, 2015.

O livro apresenta os costumes de quatro povos indígenas: Yanomami, Krahô, Kuikuro e Guarani Mbya.

• MENOS preconceito mais índio. Vídeo (ca. 2 min). Disponível em: https://campanhas.socioambiental.org/maisindio/. Acesso em: 10 nov. 2021. Vídeo a ser utilizado na Aula 1 para trabalhar pertencimento e promover reflexões sobre estereótipos e preconceitos.

• MUNANGA, Kabengele (org.). Superando o Racismo na escola. Brasília: Ministério da Educação: Sealf, 2005. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/secad/arquivos/pdf/racismo_escola.pdf. Acesso em: 16 nov. 2021.

O livro oferece subsídios importantes para refletir sobre o racismo na sociedade brasileira e sobre os desafios colocados aos educadores no enfrentamento do racismo a partir do espaço da escola.

• MUSEU DA PESSOA. Portfólio: publicações. Disponível em: https://acervo.museudapessoa.org/pt/entenda/portfolio/publicacoes. Acesso em: 15 nov. 2021.

No portfólio do sitedo Museu da Pessoa é possível acessar as publicações editadas pelo museu, que versam sobre metodologias e conteúdos educativos; guias de acervo; publicações de memória organizacional e outros volumes de temáticas diversas.

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• NOSSA VOZ ECOA: racismo na infância. Vídeo (ca. 14 min). Websérie. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=TJ8LTmyN9eU. Acesso em: 15 nov. 2021. Nesse episódio da websérie, realizada com o apoio da Secretaria Estadual de Cultura de São Paulo, o racismo na infância é abordado de forma sensível a partir da perspectiva de MC Soffia, conhecida pelas letras de suas canções, que falam sobre preconceito, racismo, machismo e que incentivam outras garotas a se amarem do jeito que são. O episódio apresenta também a contadora de histórias Jaqee Fernandes em uma roda de conversa com crianças, falando a respeito das situações de violência e preconceito envolvendo a questão racial.

• PEREIRA, Jesus Vásquez (ed.) etal História falada: Memória, Rede e Mudança Social. São Paulo: Museu da Pessoa: Sesc-SP, 2005. Disponível em: https://acervo.museudapessoa.org/public/editor/hist%C3%B3ria_falada2.pdf. Acesso em: 15 nov. 2021.

O livro, organizado e publicado pelo Museu da Pessoa em parceria com o SESC São Paulo, é o registro de uma série de debates em torno da relação entre a história e o uso de novas tecnologias, em especial a internet. Apresenta um conjunto de artigos e comunicações organizados nos seguintes eixos temáticos: Tradição oral no mundo digital; histórias digitais; memória e educação; tecnologias e histórias de vida; em busca do outro: biografias e histórias de vida.

Sequência didática 5 • Conhecer poemas

Esta Sequência didática trabalhará aspectos que envolvem o reconhecimento das características do gênero textual poema a partir da leitura, declamação e recriação. Além de desenvolver o interesse por esse gênero textual, busca-se, também, ampliar o repertório literário dos alunos, contribuindo para a construção de critérios de apreciação estética e afetiva dos materiais de leitura. A proposta de trabalho com poemas considera, por isso, a importância de possibilitar aos alunos o acesso a material de leitura de qualidade estética, ética, temática e linguística, que abranja a diversidade cultural e linguística presente no país. Considera, também, a importância de exercitar e estimular a declamação de poemas, desenvolvendo a fluência em leitura oral e o reconhecimento dos aspectos rítmicos e sonoros na construção dos efeitos de sentido.

Objetivos de aprendizagem

• Compreender a função social e as características do gênero textual poema.

• Declamar poemas com ritmo e entonação adequados.

• Identificar e utilizar elementos característicos do gênero textual na leitura e na composição de poemas.

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Plano de aulas

Aula 1: Ler e interpretar um poema reconhecendo algumas características desse gênero textual.

Aula 2: Estudar as características do gênero textual e identificar diferentes estilos de poemas.

Aula 3: Ler poemas e selecionar um deles para declamar, observando o ritmo e a entonação.

Aula 4: Ler o poema “Canção do exílio”, pesquisar e selecionar releituras, paródias e citações do poema.

Aula 5: Analisar os poemas selecionados e criar releituras do poema “Canção do exílio”

Aula 6: Declamar os poemas criados e avaliar coletivamente o aprendizado sobre o gênero.

Componentes essenciais para a alfabetização: Compreensão de textos, desenvolvimento de vocabulário, fluência em leitura oral e produção de escrita.

Competências gerais da Educação Básica: 3, 4 e 10.

Competências específicas de Língua Portuguesa: 2, 3, 6 e 9.

Habilidades: EF15LP15, EF35LP01, EF35LP02, EF35LP03, EF35LP05, EF35LP07, EF35LP21, EF35LP23, EF35LP27, EF35LP28 e EF35LP31.

Materiais necessários: Cópias do poema “A canção do africano” de Castro Alves, dicionários, cópias dos poemas de diferentes estilos selecionados pelo professor, lápis grafite, borracha, apontador, livros de poemas selecionados de acordo com a faixa etária e os estilos apreciados pelos alunos, cópias do poema “Canção do exílio” de Gonçalves Dias, computadores ou tabletscom acesso à internet e impressora, folhas de papel sulfite, dispositivo eletrônico com acesso à internet e projetor multimídia.

Aula 1

Inicie a aula com os alunos sentados em suas carteiras. Informe que eles vão ler um poema. Abra espaço para que comentem o que sabem sobre esse gênero textual, quais poemas e autores conhecem, se já declamaram ou ouviram alguém declamar um poema.

Informe que o poema a ser lido foi escrito em 1863, por Castro Alves, poeta nascido no estado da Bahia, que viveu entre os anos 1847 e 1871 e morreu muito jovem, aos 24 anos, mas que também começou a escrever muito jovem. Aos treze anos, declamou sua primeira poesia em público, em uma festa na escola. Embora tenha escrito também poemas de temática amorosa, Castro Alves ficou conhecido por seus poemas de temática social, especialmente de combate à escravidão. Graças a um de seus poemas mais famosos, “Navio Negreiro”, Castro Alves ficou conhecido como “Poeta dos Escravos”. Comente com os alunos que o termo “escravos” era o mais utilizado no tempo da escrita de Castro Alves, mas que hoje o ideal é utilizar “pessoas escravizadas”, deslocando-as do lugar de objetos de mercado para o lugar de sujeitos que sofreram a violência da escravização.

Em seguida, distribua cópias do poema sugerido e peça a eles que acompanhem sua leitura em voz alta. Depois, proponha a leitura compartilhada, dando oportunidade para que todos participem, mesmo que tenham de iniciar a leitura novamente.

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A canção do africano

Lá na úmida senzala, Sentado na estreita sala, Junto ao braseiro, no chão, Entoa o escravo o seu canto, E ao cantar correm-lhe em pranto Saudades do seu torrão...

De um lado, uma negra escrava Os olhos no filho crava, Que tem no colo a embalar... E à meia voz lá responde Ao canto, e o filhinho esconde, Talvez pra não o escutar!

“Minha terra é lá bem longe, Das bandas de onde o sol vem; Esta terra é mais bonita, Mas à outra eu quero bem!

“O sol faz lá tudo em fogo, Faz em brasa toda a areia; Ninguém sabe como é belo Ver de tarde a papa-ceia!

“Aquelas terras tão grandes, Tão compridas como o mar, Com suas poucas palmeiras Dão vontade de pensar...

“Lá todos vivem felizes, Todos dançam no terreiro; A gente lá não se vende Como aqui, só por dinheiro”.

O escravo calou a fala, Porque na úmida sala O fogo estava a apagar; E a escrava acabou seu canto, Pra não acordar com o pranto O seu filhinho a sonhar!

ALVES, Castro. Acançãodoafricano. Disponível em: http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/jp000009.pdf

Acesso em: 20 nov. 2021

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Glossário

Torrão: possui mais de um significado, mas no poema significa terra natal.

Papa-ceia: planeta Vênus, popularmente reconhecido como Estrela-d'Alva.

Após a leitura, ressalte que, caso haja alguma palavra ou expressão cujo significado os alunos desconheçam, eles devem primeiro tentar inferir o significado pelo contexto, para só depois buscarem a palavra no dicionário. Se achar oportuno, deixe para apresentar o glossário após as buscas no dicionário

Chame a atenção para o título e pergunte à turma do que trata o poema. Para construir essa apreensão conjunta, peça que respondam apontando quais são os versos que confirmam sua interpretação. Aproveite esse momento para explicar que uma das características do poema é ser composto de versos e que o conjunto deles, separados por um espaço em branco, em um mesmo poema, compõem uma estrofe. Releia com a turma os versos e estrofes que eles apontarem, localizando a ideia central de cada estrofe, as situações e as personagens que aparecem no poema.

Observe se os alunos conseguem perceber que o poema descreve uma cena na qual um africano escravizado está na senzala, junto ao fogo, a entoar seu canto, ao mesmo tempo que chora a saudade de sua terra natal. Verifique também se eles são capazes de observar que o poema apresenta a personagem de uma mulher negra escravizada a embalar seu filho, enquanto também entoa um canto em resposta ao canto de lamento apresentado na primeira estrofe. Destaque que há duas vozes no poema, que se diferenciam pelo uso das aspas: uma que apresenta a cena e está presente nas duas primeiras e na última estrofe, e que possui seis versos cada; e outra, que reproduz a “canção do africano” nas estrofes de quatro versos. Peça que eles observem como a diferença no número de versos ajuda a diferenciar essas duas vozes. Comente que essa assimetria pode ser percebida também pelo conteúdo dos versos e peça que eles, relendo as estrofes de quatro versos, falem sobre as lembranças que a canção do africano traz de sua terra, dos sentimentos e das diferenças entre a sua terra e a terra onde está.

A partir da observação desses aspectos, incentive-os a construir uma interpretação do poema, relacionando-o com seus conhecimentos prévios sobre a escravização dos povos africanos e sobre a colonização portuguesa na América. Oriente-os a refletir sobre a escolha de Castro Alves de trazer à tona essa realidade em seus poemas, levando em consideração o contexto histórico em que o poema foi escrito: em 1863, o Brasil já tinha declarado independência em relação a Portugal, mas a escravidão ainda não havia sido abolida.

Em seguida, declamando a última estrofe, peça que eles observem a regularidade dos versos, compostos de um número de palavras com sílabas que conferem ritmo e sonoridade harmoniosa ao poema. Chame a atenção também para as rimas que se formam com as palavras no final de cada verso, e explique que essas são características importantes do gênero, mas que também existem poemas com versos irregulares e sem rimas, assim como as rimas e a sonoridade dos versos também estão presentes em outros gêneros, como as letras de músicas e cantigas.

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Por fim, declame o poema novamente, pedindo aos alunos que acompanhem a leitura de olhos fechados. Em seguida, peça que falem sobre suas impressões de ler em silêncio, declamar e escutar a declamação de um poema.

Aula 2

Selecione previamente exemplos de diferentes estilos de poemas e providencie cópias para os alunos. Procure incluir na sua curadoria uma produção diversa, com autores de diferentes regiões, gêneros, classes e raças. Atente-se também à poesia contemporânea e inclua rappers e slammers na sua seleção, sempre analisando se os poemas são adequados à faixa etária dos alunos e trabalhando a variação linguística quando necessário. Organize-os em grupos de três e distribua uma cópia para cada grupo. Inicie a aula apresentando, de maneira mais formal e estruturada, os seguintes aspectos que, geralmente, compõem um poema, e peça que eles registrem no caderno:

• Versos (podem ser livres ou apresentar metrificação).

• Estrofes.

• Rimas (internas – dentro dos versos, e externas – que aparecem no final dos versos).

Chame a atenção dos alunos para o fato de que um poema pode ou não ter rimas, e que estas podem estar estruturadas de diversas maneiras. Explique também que a métrica não é uma regra seguida por todos os poetas, mas que pode ser mais frequente em algumas escolas literárias. Escolha, entre os poemas selecionados, um que apresente verso metrificado e um que apresente verso livre, observando essas diferenças com os alunos.

A partir desses exemplos, explique que, ao ler um poema, é possível imaginar quem está falando, como se fosse uma voz, e que essa voz é chamada de eu lírico . Chame a atenção dos alunos para o fato de o eu lírico e o poeta não serem a mesma pessoa; o eu lírico é criado de forma como se o poeta se transportasse para o imaginário construído no poema, tornando-se outra pessoa, animal ou coisa. É o eu lírico que expressa sentimentos no poema, dos quais o poeta pode ou não compartilhar. O eu lírico poderia ser considerado uma personagem, sendo ele quem expressa emoções, sensações e ideias. Comente também com os alunos que, em muitos poemas, o autor utiliza figuras de linguagem para criar imagens que despertam sentimentos, sensações e emoções no leitor. Explique que um poeta nordestino de 60 anos pode usar em seu poema um eu lírico caracterizado como uma criança que nasceu e vive no Sudeste, por exemplo.

Retome exemplos de outros gêneros textuais que já tenham sido trabalhados em aula e relembre algumas características que podem servir de contraponto para caracterizar a especificidade do modo como os poetas lidam com a linguagem. Chame a atenção para as diferenças mais perceptíveis, como a estruturação em versos, o uso da rima, mas destaque, em especial, o modo como podemos perceber, nos poemas, o uso criativo da linguagem, que se diferencia do uso que fazemos da linguagem no cotidiano para comunicar uma mensagem objetiva. Comente como, nos textos de diversos gêneros estudados, a clareza da

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mensagem passada ao leitor é fundamental para a construção do sentido; por isso, a linguagem costuma ser clara, objetiva e seguir uma lógica que os leitores reconheçam.

Destaque como, de modo diferente, as possibilidades de utilização da linguagem se ampliam nos poemas; nesse contexto, elas não atendem a uma necessidade “prática” de comunicação (informar a respeito de um fato, passar instruções, explicar um conceito), mas a uma necessidade de expandir a imaginação e a percepção, propondo outras relações entre as palavras. Comente como, no poema, as relações entre as palavras podem ser inusitadas, provocando, muitas vezes, um estranhamento que convida o leitor ou ouvinte a perceberem outros sentidos, para além do sentido literal.

Avaliação

Peça que os alunos leiam os poemas selecionados em voz alta e que comentem, a cada poema lido, as características apresentadas na aula. Observe a fluência em leitura oral e auxilie os alunos na entonação e nas pausas, com atenção para a pontuação, para o ritmo dos versos, para as rimas e para a divisão em estrofes, quando houver. Avalie se os alunos compreenderam os diferentes aspectos que caracterizam o gênero textual e, a partir das suas conclusões, verifique se é preciso inserir novas estratégias de retomada de conteúdo durante as próximas aulas.

Aula 3

Para esta aula, providencie livros de poemas destinados à faixa etária da turma, considerando nessa seleção estilos e temas que possam despertar o interesse dos alunos. Organize a sala de aula de forma aconchegante e convidativa para realizar uma roda de leitura de poemas. Deixe os livros em destaque e acessíveis para os alunos, por exemplo, sobre um tecido colorido no meio da roda.

Abra espaço para que explorem os livros com autonomia e liberdade. Incentive-os a ler mais de um poema e peça que cada aluno escolha um poema de que mais tenha gostado. Convide os alunos a lerem em voz alta para os colegas, observando o ritmo e a entonação. Peça também que, após a leitura, cada aluno apresente o autor do poema e o livro em que foi publicado, compartilhando com os colegas os motivos de sua escolha e sua opinião sobre o texto lido. Ressalte a importância de escutar os colegas com atenção e respeito.

Selecione alguns dos poemas lidos para explorar rimas, aliterações, jogos de palavras e as emoções provocadas, observando semelhanças e diferenças entre os poemas, quanto à estrutura, ao tema, à sonoridade etc. Verifique também se há alguma palavra desconhecida pelos alunos e ajude-os a inferir o sentido das palavras com base no contexto da frase, ampliando, assim, o vocabulário da turma.

Finalize a aula com uma conversa e estimule os alunos a comentarem suas impressões sobre a roda de leitura perguntando: o que acharam da experiência de ler e compartilhar poemas com os colegas?

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Aula 4

Para esta aula, reserve previamente a sala de informática, ou providencie dispositivos eletrônicos com acesso à internet para a realização de uma pesquisa. Providencie também cópias do poema “Canção do exílio” de Gonçalves Dias. Organize os alunos em grupos de três ou quatro e entregue uma cópia para cada grupo. Inicie a aula com a leitura compartilhada do poema. Estipule um tempo para a atividade (por exemplo, 20 minutos). Ao longo da leitura, verifique se todos recordam o que aprenderam nas aulas anteriores sobre os versos e as estrofes e, caso persistam dúvidas, retome a explicação. Oriente-os a considerar na leitura as pausas, as rimas e a entonação.

Canção do exílio

Minha terra tem palmeiras, Onde canta o Sabiá; As aves, que aqui gorjeiam, Não gorjeiam como lá. Nosso céu tem mais estrelas, Nossas várzeas têm mais flores, Nossos bosques têm mais vida, Nossa vida mais amores.

Em cismar, sozinho, à noite, Mais prazer encontro eu lá; Minha terra tem palmeiras, Onde canta o Sabiá.

Minha terra tem primores, Que tais não encontro eu cá; Em cismar, sozinho, à noite, Mais prazer encontro eu lá; Minha terra tem palmeiras, Onde canta o Sabiá.

Não permita Deus que eu morra, Sem que volte para lá; Sem que desfrute os primores Que não encontro por cá; Sem qu'inda aviste as palmeiras, Onde canta o Sabiá.

DIAS, Gonçalves. Canção do exílio Disponível em: http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/bn000100.pdf

Acesso em: 20 nov. 2021.

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não comerciais,
que seja atribuído
licenciadas sob
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a criação
obra derivada com fins
desde
crédito autoral e as criações sejam
os

Após a leitura, explique que o poema que acabaram de ler é de autoria de Gonçalves Dias, escritor brasileiro que viveu entre os anos 1823 e 1864. Comente que o poema foi composto no ano de 1843, quando o autor se encontrava em Portugal, longe de sua terra natal, e que trata do sentimento dessa experiência de estar exilado. Explore com os alunos o significado da palavra exílio, chamando a atenção para o título do poema e para o modo como o eu lírico expressa o sentimento de estar longe de sua terra. Se achar interessante, recorde com os alunos a leitura do poema de Castro Alves “A canção do africano”, e comente as semelhanças e diferenças entre esses poemas que tratam da experiência do exílio e da diáspora. Comente também que o poema de Gonçalves Dias é um dos mais famosos da literatura brasileira e que ganhou tanta importância que chegou a ser parodiado e comentado por outros poetas e escritores brasileiros, com direito à incorporação de dois de seus versos na composição do Hino Nacional.

Após essa explicação, peça aos grupos que realizem uma pesquisa sobre as releituras, paródias e citações do poema, observando as diferenças entre essas produções e o poema original e registrando no caderno o autor do poema, o título e o ano em que foi publicado. Peça que escolham um desses poemas e copiem em uma folha avulsa, com as informações sobre o autor e o ano em que o poema foi publicado.

Ao final da aula, recolha as folhas com o poema “Canção do exílio” e com os poemas escolhidos por cada grupo, para dar continuidade à atividade na aula seguinte.

Aula 5

A proposta apresentada nas Aulas 5 e 6 estabelece uma relação interdisciplinar com o componente Arte. Se possível, convide o professor de Arte para participar, oferecendo exercícios de criatividade, intertextualidade com outras artes e de gestualidade, entonação e declamação.

Inicie a aula pedindo aos alunos que reúnam os grupos formados na aula anterior. Se possível, realize a aula numa sala que disponha de dispositivo eletrônico com acesso à internet, conectado a um projetor multimídia, para exibir os poemas selecionados pelos alunos e analisar com eles as diferentes releituras, citações e paródias do poema. Para essa análise, considere os aspectos trabalhados nas aulas anteriores, a estruturação em versos e estrofes, as rimas, o uso criativo da linguagem, e oriente-os a observar como cada releitura se apropria dos elementos presentes no poema original. Peça que registrem no caderno os aspectos que forem sendo analisados. Estipule um tempo para a atividade (por exemplo, 20 minutos).

Em seguida, entregue para cada grupo a cópia do poema “Canção do exílio” e a folha com a releitura que escolheram na aula anterior. Abra espaço para que cada grupo exponha os motivos de sua escolha. Informe aos alunos que, nessa segunda parte da aula, eles também vão criar versos e compor estrofes, inspirando-se no poema “Canção do exílio” Incentive-os a utilizar a criatividade e deixe que escolham livremente os elementos do poema original a partir dos quais podem criar o seu.

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Explique, por exemplo, que o poema que eles vão criar não precisa ter o mesmo número de versos e estrofes do poema original. Como eles puderam observar nas diferentes releituras pesquisadas, o importante é que o poema se pareça com o poema original, seja pela recuperação/modificação de algum verso, do título ou de palavras, seja pela ligação com o tema, o sentimento em relação à terra natal (que não precisa ser necessariamente de saudade ou exaltação dessa terra). Ressalte a importância de elaborarem o poema juntos, observando o sentido que querem transmitir, os elementos que querem aproveitar do poema original e aqueles que gostariam de modificar trazendo sua perspectiva sobre o tema. Retome o conceito de eu lírico, afirmando que podem criar um poema sobre algo que não aconteceu ou que não é um sentimento real, desde que se sintam confortáveis para escrever.

Peça aos alunos que façam o rascunho no caderno e entreguem, no final da aula, a versão revisada em uma folha avulsa junto com as cópias do poema “Canção do exílio”, para que sejam utilizadas na aula seguinte.

Aula 6

Esta aula será dedicada à declamação dos poemas criados pelos alunos em sua releitura do poema “Canção do Exílio” de Gonçalves Dias. Caso seja necessário, reserve mais de uma aula para as declamações.

Inicie a aula pedindo que os grupos se reúnam e entregue para cada um a versão revisada do poema. Peça que cada grupo releia os poemas criados e verifique se desejam fazer alguma alteração ou se é necessário fazer mais alguma revisão. Oriente-os a combinar os versos que cada membro do grupo vai declamar, de forma que todos participem da declamação.

Em seguida, estipule uma ordem para que cada grupo faça a declamação de seu poema. Ressalte a importância de prestar atenção nas pausas, na entonação e de escutar os colegas com atenção, respeitando a leitura de cada um e observando de que modo cada grupo criou o seu poema.

Avaliação

Durante toda a Sequência didática, observe a interação entre os alunos e as temáticas das aulas, o seu desenvolvimento com relação ao conhecimento sobre o gênero textual poema e a aprendizagem do uso das características do poema nas produções de escrita, bem como o desenvolvimento de entonação e gestualidade na declamação dos poemas.

Ao final das declamações, promova uma roda de conversa para avaliar coletivamente a atividade, estimulando os alunos a comentarem o processo de criação dos poemas. Peça que comentem os poemas criados pelos outros grupos. Pergunte se é possível perceber, em cada um dos poemas, a referência ao poema “Canção do exílio”, e se a leitura das releituras pesquisadas ajudou a compor a sua releitura. Pergunte, também, se a atividade de criar um poema a partir de outro poema que já existe contribuiu para que eles conhecessem melhor

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as características do gênero e para perceber o uso criativo que os poetas fazem da linguagem.

Por fim, peça que compartilhem suas impressões sobre a prática de declamar poemas e avalie com eles como os exercícios de declamação, realizados ao longo das últimas aulas, contribuíram para desenvolver a habilidade de declamar poemas com ritmo e entonação. Fale sobre a importância de exercitar a declamação e a apreciação de poemas, sobre como os poemas permitem comunicar ideias e sentimentos utilizando a linguagem de forma inventiva e sobre como a declamação de poemas é uma atividade artística e cultural muito apreciada, que reúne poetas e admiradores de poesia. Dê exemplos de saraus e outros contextos e movimentos artísticos que envolvem declamação de poemas, a criação de versos e o uso das rimas, como o repente, orap , o slametc., e estimule os alunos a sugerirem outras atividades envolvendo a leitura, a declamação e a criação de poemas, ou outros gêneros que envolvam o uso inventivo da palavra.

Sugestões

• BALOG, Cristina Isabel Campos. A sensibilização para a linguagem poética na escola: uma intervenção no 6º ano do Ensino Fundamental. Dissertação (Mestrado em Letras)

Faculdade de Ciências e Letras de Assis, Universidade Estadual Paulista, Assis, 2016. Disponível em:

https://repositorio.unesp.br/bitstream/handle/11449/148020/balog_icc_me_assis.pdf?s equence=3&isAllowed=y. Acesso em: 21 dez. 2021.

A dissertação apresenta reflexões teóricas e metodológicas para subsidiar o trabalho com a linguagem poética na escola, propondo uma sequência didática para sensibilizar os alunos e desenvolver a apropriação da linguagem poética a partir de um repertório de poemas e autores variados.

• GEBARA, Ana Elvira Luciano. A poesia na escola: leitura e análise de poesia para crianças. São Paulo: Cortez, 2012. O livro se debruça sobre o caráter lúdico e o potencial da composição poética na formação dos pequenos leitores, oferecendo exemplos de procedimentos de análise e interpretação, para o trabalho com poemas na sala de aula.

• MARCELLO, Carolina. 5 poemas emocionantes de Conceição Evaristo. Cultura Genial Disponível em: https://www.culturagenial.com/poemas-de-conceicao-evaristo/. Acesso em: 21 dez. 2021.

Linkde acesso ao poema "Vozes-mulheres", de Conceição Evaristo, que traz um eu lírico contemporâneo que reflete sobre sua identidade e descendência e pode ser discutido em diálogo com o poema da Aula 1, ou fazer parte da seleção de poemas da Aula 2.

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Sequência didática 6 • Conhecer artigos de divulgação científica

Nesta Sequência didática, será abordado o artigo de divulgação científica. A partir da identificação das características do gênero textual, como a linguagem, a presença de termos técnicos, a apresentação de dados e o público para o qual ele é direcionado, objetiva-se refletir sobre a importância das pesquisas científicas e de sua divulgação para o público em geral. Em seguida, explorando o tema da nutrição, serão abordadas a leitura e a compreensão de uma reportagem fundamentada em descobertas científicas. Por fim, os alunos realizarão uma pesquisa para elaborar um artigo de divulgação científica, percorrendo as várias etapas envolvidas na composição desse gênero textual.

Objetivos de aprendizagem

• Compreender a função social e as características do gênero textual artigo de divulgação científica.

• Inferir informações sobre o tema de um artigo de divulgação científica a partir da leitura de seu título e subtítulo.

• Consultar fontes diversas acerca de um mesmo tema, desenvolvendo estratégias de pesquisa e seleção de informações.

Plano de aulas

Aula 1: Ler e refletir sobre a importância da ciência e sua presença no cotidiano.

Aula 2: Ler um artigo de divulgação científica e reconhecer características do gênero.

Aula 3: Pesquisar e ler artigos de divulgação científica.

Aula 4: Ler e analisar um artigo de divulgação científica.

Aula 5: Pesquisar e selecionar informações para escrever um artigo de divulgação científica.

Aula 6: Organizar as informações pesquisadas e redigir o rascunho do artigo.

Aula 7: Revisar o artigo e apresentar o resultado da pesquisa.

Componentes essenciais para a alfabetização: Compreensão de textos, desenvolvimento de vocabulário, fluência em leitura oral e produção de escrita.

Competências gerais da Educação Básica: 1 e 2.

Competências específicas de Língua Portuguesa: 2, 3 e 6.

Habilidades: EF15LP01, EF15LP02, EF15LP03, EF15LP05, EF35LP01, EF35LP03, EF35LP04, EF35LP05, EF35LP07, EF35LP09, EF35LP17, EF05LP15, EF05LP16 e EF05LP24.

Materiais necessários: Cópias dos textos sugeridos, dicionários, computadores com acesso à internet, folhas de papel sulfite, tesoura com pontas arredondadas e cola.

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Aula 1

Esta aula será dedicada a uma aproximação com os temas ciência e divulgação científica. Para começar, peça a todos que se sentem em semicírculo e escreva na lousa as palavras ciência e cientista. Proponha questões a serem respondidas oralmente, como as sugeridas a seguir, para levantar os conhecimentos prévios dos alunos sobre o tema.

• O que vem à mente de vocês quando pensam na palavra ciência?

• O que vocês acham que um cientista faz?

• Como podemos perceber a presença da ciência no cotidiano e na sociedade?

Peça que eles respondam à primeira questão apresentando, por exemplo, aquilo que está relacionado à ciência e, a partir do que eles forem apontando, auxilie-os a estabelecer conexões entre os exemplos dados com a ideia de conhecimento, de saber, bem como com espaços associados à produção científica e a atividades realizadas por cientistas: laboratórios, universidades, experimentos, estudos, pesquisas, análises, testes etc. Peça que deem exemplos de cientistas e de áreas onde eles atuam. Incentive-os também a indicar onde percebem a presença da ciência em seu cotidiano. Estipule um tempo para essa atividade (por exemplo, 15 minutos).

Após essa sensibilização inicial, distribua cópias da matéria sugerida e realize a leitura compartilhada em voz alta.

Após a leitura, abra espaço para que os alunos comentem o que acharam da matéria, apontando aquilo que mais lhes chamou a atenção. Pergunte o que acharam do teste elaborado por Joana para detectar, no leite, a presença de substâncias químicas prejudiciais à saúde. Ressalte o fato de Joana ser uma aluna do Ensino Médio que, com a ajuda da professora, desenvolveu uma pesquisa para solucionar um problema relacionado ao seu cotidiano e à saúde dos moradores da região onde vive.

Destaque, com base nesse exemplo, que a ciência está presente nas mais diversas áreas da sociedade, como na saúde, no saneamento básico, na alimentação, na educação, nos meios de transporte etc. Comente que a atividade científica está relacionada a desafios e à busca de soluções para problemas, como a produção de vacinas para o controle de epidemias, como também à curiosidade, à busca por conhecer fenômenos naturais e sociais, e por criar tecnologias a partir do que já existe.

Aproveite os exemplos apresentados na matéria para retomar as questões discutidas na primeira parte da aula, estimulando os alunos a complementarem a discussão com base no que acabaram de ler. Oriente-os, por exemplo, a observar que a matéria dá exemplos sobre o que os cientistas podem investigar. Estipule um tempo para a atividade (por exemplo, 20 minutos).

Em seguida, retome o comentário presente na matéria de que "cientistas são gente como a gente", e diga que os alunos também podem se dedicar a áreas de seu interesse, seguir seus estudos e se tornar cientistas.

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derivada com
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Explique também que os estudos científicos costumam ser sistematizados e apresentados a partir de gêneros textuais direcionados à comunidade científica, e que a linguagem desses textos acaba sendo pouco acessível para o público em geral. Um exemplo são os artigos publicados em revistas científicas especializadas, os chamados artigos científicos. Comente que, muitas vezes, quando fazemos uma pesquisa na internet sobre determinado tema, somos direcionados a sites de revistas científicas e que, embora seja possível compreender superficialmente o assunto tratado por esses artigos, em geral são de difícil compreensão para o público não especializado.

Finalize a aula propondo uma reflexão sobre a importância de pesquisas científicas serem divulgadas com uma linguagem acessível para o público em geral. Pergunte aos alunos se conhecem os meios de comunicação em que se costumam divulgar informações, dados ou resultados de pesquisas científicas ou se conhecem revistas, sites ou canais dedicados a divulgar esse tipo de informação.

Aula 2

Inicie retomando a reflexão proposta no final da aula anterior sobre a importância de as pesquisas científicas serem divulgadas com linguagem acessível. Em seguida, comunique aos alunos que, nessa aula, eles vão ler um artigo de divulgação científica.

Ainda recordando a aula anterior, lembre a turma de que o artigo científico é um gênero textual direcionado à comunidade científica e que, geralmente, a linguagem utilizada nesse gênero textual é técnica e, por isso, pouco acessível ao público em geral. Destaque que artigo científico e artigo de divulgação científica são dois gêneros textuais diferentes, e que essa diferença se estabelece, especialmente, em relação ao público ao qual são direcionados.

Em seguida, peça que os alunos formem duplas e distribua cópias do artigo de divulgação científica sugerido. Peça que os alunos leiam o título e levantem hipóteses sobre o assunto que será tratado no artigo.

Inclua na cópia que será disponibilizada aos alunos informações sobre autor, data e local onde o texto foi publicado e, se possível, mantenha o layout da página para que os alunos observem a disposição do texto, incluindo as imagens disponíveis.

Inicie a leitura em voz alta e peça que os alunos a acompanhem silenciosamente. Em seguida, chame a atenção para o suporte onde o artigo foi publicado e comente que se trata do site da Revista Ciência Hoje das Crianças, uma revista de divulgação científica voltada para o público infantil. Então, analise elementos do texto para apresentar algumas características do gênero textual artigo de divulgação científica. Para desenvolver essa análise com os alunos, é importante enfatizar o público para o qual o texto é direcionado e comentar que algumas características que vão observar apresentam variações, dependendo do contexto da publicação.

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Peça que observem, por exemplo, como o título faz uma brincadeira com as palavras barata e tataravó , mudando livremente a grafia das palavras para sugerir, de forma divertida, o tema que será tratado. Peça que observem, também, o modo descontraído como o texto é direcionado ao leitor no início, e comente que o uso da linguagem informal, nesse caso, tem como objetivo aproximar o público, ou seja, despertar o interesse das crianças pelo tema. Aproveite para perguntar se a leitura do artigo despertou o interesse pelo tema apresentado. Em seguida, chame a atenção para a presença de termos técnicos e nomes científicos, como fósseis, fossilização , o nome da espécie da barata, Anthracoblattina mendesi , e comente que, em geral, a utilização desses termos é comum nos textos de divulgação científica, mas que isso não compromete a compreensão, já que é possível pesquisar o significado desses termos, caso não seja possível compreendê-los pelo contexto. Destaque o modo como o autor do texto busca apresentar a descoberta com uma linguagem acessível, ainda que utilize esses termos mais técnicos.

Peça que localizem as informações sobre a descoberta e as anunciem oralmente, auxiliando-os a perceber como essas informações estão mencionadas no texto, especialmente aquelas relativas a alguns procedimentos realizados.

• O que foi descoberto?

Fósseis da barata pré-histórica, que viveu há quase 300 milhões de anos.

• Onde?

No município de Mafra, em Santa Catarina.

• Quem descobriu?

Cientistas brasileiros, pesquisadores, liderados pelo paleontólogo João Ricetti, da Universidade do Contestado.

• A que conclusão os cientistas chegaram?

À de que a espécie de barata Anthracoblattinamendesiera uma excelente corredora, como as baratas atuais.

• Quais procedimentos utilizados são mencionados no artigo? Responda à questão considerando que as legendas e as imagens também são fontes importantes de informação.

Os cientistas coletaram os fósseis encontrados, mergulharam-nos em óleo mineral para preservá-los e conseguir visualizar detalhes de seu corpo, e observaram esses detalhes com uma lupa.

Após localizarem essas informações, peça que procurem no dicionário as palavras fóssil e paleontologia, e pergunte como eles acham que os paleontologistas conseguem determinar que a espécie encontrada viveu há quase 300 milhões de anos.

Explique, então, que esse conhecimento foi possível graças ao desenvolvimento da paleontologia e ao trabalho de muitos cientistas ao longo da história. Esclareça que, para entendermos melhor esse assunto, seria necessário realizar um estudo mais aprofundado

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sobre o tema. Enfatize, por fim, que o artigo de divulgação científica, por ser direcionado ao público em geral, não se propõe a esse aprofundamento.

Aula 3

Nesta aula, os alunos realizarão, em grupo, uma pesquisa sobre alguma descoberta científica que tenha sido divulgada para o público em geral, seja ele infantil ou adulto. Reserve, previamente, a sala de informática.

Inicie a aula organizando os alunos em grupos de 3 ou 4, por exemplo. Oriente-os a fazerem uma pesquisa em sites de divulgação científica e diga que leiam alguns artigos e selecionem um deles para analisar. No final da sequência, apresentamos algumas sugestões de sites que podem ser indicados aos alunos. Estipule um tempo para a atividade (por exemplo, 25 minutos).

Em seguida, distribua para cada grupo uma Ficha de atividades, como a sugerida a seguir, e estipule um tempo para que analisem as informações do artigo que selecionaram (por exemplo, 20 minutos). Durante a atividade, circule entre os grupos verificando o envolvimento dos alunos com a proposta, esclarecendo as dúvidas que surgirem e observando como podem adaptar as respostas, de acordo com as informações oferecidas pelo artigo selecionado.

Ficha de atividades

1. Em qual siteo artigo foi publicado?

2. Qual é a área científica da pesquisa?

3. Qual foi a descoberta divulgada?

4. Vocês consideram que a linguagem utilizada torna o texto acessível para o público em geral?

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5. Registrem termos técnicos e nomes científicos, se houver, e busquem compreender pelo contexto a que esses termos se referem.

6. O artigo indica os nomes dos cientistas envolvidos? Se sim, registrem os nomes dos cientistas e a instituição da qual fazem parte, se houver essa informação.

7. A quais conclusões os cientistas chegaram em seu estudo?

8. O que vocês acharam mais interessante nesse estudo?

9. Que contribuições ele pode trazer para a sociedade?

As respostas vão variar de acordo com os artigos pesquisados. Após a atividade, peça que cada grupo compartilhe com o restante da turma as informações sobre o artigo selecionado e abra espaço para que comentem o que mais lhes chamou a atenção sobre ele.

Aula 4

Inicie a aula com os alunos sentados em seus lugares. Peça a eles que escrevam no caderno palavras que tenham ligação com nutrição, tais como alimentação, gula, desnutrição, fome, entre outras.

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Ainda que não indiquem a palavra obesidade, chame a atenção para o tema e registre na lousa os seguintes termos: transtorno de compulsão alimentar, anorexia e bulimia

Em seguida, promova uma roda de conversa para que respondam às seguintes questões oralmente:

• Vocês já ouviram algum desses termos?

• Sabem o que significam?

• Sabendo que indicam distúrbios alimentares, quem vocês acham que tem mais risco de passar por isso: crianças, adolescentes, adultos ou idosos?

• Por quê?

Durante a discussão, leve os alunos a perceberem que esses termos indicam transtornos – ou distúrbios – alimentares. Todas as pessoas correm riscos de sofrer esses distúrbios, mas as crianças são alvos mais fáceis, em virtude do apelo midiático de alimentação não saudável. Adolescentes também sofrem com esses males, geralmente por causa dos modelos de beleza impostos pela sociedade. Pesquise previamente sobre a temática e evite confundir condições físicas, como ser gordo ou magro, com distúrbios alimentares. Leve a discussão para o lugar da reflexão sobre o que é saúde e o que é imposição social, afirmando que pessoas gordas ou magras não são necessariamente doentes. Fique atento para evitar ou contornar situações de bullying , orientando os alunos no exercício do respeito ao próximo e da procura por informações verdadeiras sobre saúde. Para ajudá-los, faça outras perguntas ou colocações com a finalidade de norteá-los. Estipule um tempo para a atividade (por exemplo, 20 minutos).

Após a discussão, distribua cópias da notícia sugerida aos alunos. Em seguida, a partir da leitura do título da notícia, oriente-os a levantar hipóteses acerca do texto que será lido. Pergunte, por exemplo, a qual área da ciência eles acham que o tema se relaciona. Depois desse levantamento, peça que façam a leitura silenciosa individualmente e, em seguida, realize a leitura em voz alta, para que todos acompanhem.

Retome com a turma a discussão sobre a divulgação de pesquisas científicas, buscando chamar a atenção dos alunos para as suas contribuições e mostrando, a partir de comentários sobre a notícia, como o conhecimento científico pode estar presente no cotidiano. Chame a atenção para o título e para o suporte em que foi publicada. Comente que a divulgação científica está presente em diferentes veículos de comunicação, e não apenas em sites ou revistas especializadas. Peça a eles que observem quem escreveu a notícia e quando ela foi publicada, enfatizando a importância de considerar a fonte que está divulgando esses estudos. Abra espaço para que levantem dúvidas acerca de palavras ou expressões que não entenderam e oriente-os a tentar compreender o sentido pelo contexto, antes de consultarem o dicionário. Auxilie-os com as expressões técnicas como, por exemplo, a expressão “submetidos a um protocolo”. Estipule um tempo para essa atividade (por exemplo, 10 minutos).

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Peça que registrem no caderno as questões sugeridas na Ficha de atividades a seguir e reserve o restante da aula para a realização desta atividade.

Ficha de atividades

1. Onde a pesquisa foi realizada?

Nas unidades da Universidade Estadual Paulista (Unesp) de Presidente Prudente e Marília.

2. Como o estudo foi desenvolvido?

Comparando resultados de testes cardíacos com 40 adolescentes de idades entre 10 e 17 anos. Os adolescentes foram divididos em dois grupos com meninos e meninas na mesma proporção. Os adolescentes faziam exercícios físicos, e os pesquisadores mediam a frequência cardíaca deles antes e depois dos exercícios.

3. A quais resultados os pesquisadores chegaram?

Os pesquisadores concluíram que adolescentes com sobrepeso apresentam o mesmo risco de doença cardiovascular que jovens obesos.

4. Onde esses resultados foram publicados?

Na revista científica Cardiology in the Young

5. Quais são as recomendações dos pesquisadores entrevistados para lidar com a questão do sobrepeso entre os adolescentes?

Segundo os pesquisadores, os resultados chamam a atenção para a necessidade de cuidados com o ganho de peso de adolescentes e recomendam que os pais façam ações preventivas, levando seus filhos ao cardiologista, nutricionista e endocrinologista, assim que começarem a perceber sinais do problema.

6. Na opinião de vocês, qual é a relevância desse estudo para a sociedade?

Resposta pessoal.

Aula 5

Para esta aula, reserve, previamente, a sala de informática para que os alunos realizem uma pesquisa. Inicie retomando com os alunos a discussão realizada na aula anterior. Em seguida, explique, com definições e exemplos, os seguintes termos:

• Nutrição.

• Transtorno de compulsão alimentar.

• Bulimia.

• Anorexia.

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Após a discussão e a apresentação dos conceitos, divida os alunos em grupos e informe que eles deverão realizar uma pesquisa e selecionar textos de divulgação científica que tenham vínculo com nutrição.

Os grupos podem ser divididos conforme os quatro subtemas sugeridos a seguir:

• Descobertas nutricionais.

• Distúrbios alimentares.

• Dietas milagrosas.

• Hábitos alimentares.

Faça a leitura dos subtemas com os alunos, auxiliando-os a perceber a que eles se referem. A divisão pode ser feita por seleção ou por sorteio. O grupo que ficar encarregado do tema distúrbios nutricionais deve dar ênfase àqueles que acometem crianças e jovens quando estes adquirem hábitos que não são saudáveis.

A pesquisa deverá ser iniciada nesta aula, com seu apoio, e finalizada em casa. Os alunos deverão trazer, para a próxima aula, textos de divulgação científica ou notícias que estejam relacionadas ao subtema correspondente de cada grupo.

Os textos a serem pesquisados devem:

• Ser atuais.

• Ter fontes confiáveis.

• Apresentar linguagem clara e acessível.

• Não ser longos.

Explique aos alunos que eles vão escrever um artigo de divulgação científica e que, para isso, devem selecionar artigos de divulgação científica ou notícias de cunho científico que possam ajudá-los a explicar aos leitores aspectos relacionados ao subtema definido para o grupo.

A fim de ajudá-los, faça indicações de sites e peça que compartilhem estratégias de busca para a realização da pesquisa. Explique que eles podem pesquisar, também, informações sobre iniciativas voltadas a promover uma alimentação saudável, ou ainda, informações sobre os principais problemas relacionados ao subtema que vão apresentar. Oriente-os a selecionar duas ou três imagens que considerem interessantes para compor o artigo. Se possível, imprima as imagens que cada grupo selecionar.

Peça que eles registrem o endereço dos sites onde realizaram a pesquisa e que façam o registro das informações no caderno, organizando-as conforme a fonte consultada, sempre fazendo referência a quem apresenta a informação.

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Peça aos alunos que organizem as carteiras em grupos e discutam os materiais pesquisados. Circule entre os grupos para:

• Verificar a fidedignidade das fontes e dos textos escolhidos.

• Examinar a linguagem utilizada.

• Auxiliá-los na compreensão dos termos científicos apresentados.

Em seguida, solicite aos alunos que identifiquem nos materiais pesquisados os tópicos e as informações que considerarem importantes para a produção de seu artigo de divulgação científica. Informe que para compor o artigo eles deverão utilizar dados retirados de pelo menos três fontes diferentes.

Peça que examinem as informações registradas no caderno e selecionem aquelas que considerarem mais relevantes. Oriente-os a organizarem essas informações em uma folha avulsa para que possam planejar a ordem em que elas vão aparecer no texto. Distribua folhas de sulfite para essa sistematização. Auxilie-os a estabelecer estratégias para realizar a escrita compartilhada, oferecendo sugestões de planejamento, por exemplo, que façam tópicos e dividam a redação de cada parágrafo entre os membros do grupo; depois de redigido, cada parágrafo pode ser revisado e complementado pelos outros colegas. Estimule-os a elaborar perguntas para compor o texto, como forma de despertar a curiosidade do leitor.

Após a finalização da escrita dos parágrafos, peça que os leiam em conjunto e avaliem se todos os tópicos planejados foram contemplados. Peça que observem a clareza das informações e verifiquem se é necessário complementá-las. Finalize comunicando aos grupos que, na aula seguinte, eles vão fazer a revisão final e a versão definitiva do artigo. Recolha as folhas com o planejamento do texto e o rascunho para que utilizem na próxima aula.

Aula 7

Inicie a aula comunicando aos alunos que eles vão fazer a revisão final e a redação definitiva, incluindo as imagens, e definir um título para o artigo. Estimule-os a usar a criatividade, elaborando um título que desperte o interesse do público. Estipule um tempo para a atividade (por exemplo, 20 minutos). Oriente os alunos em relação aos aspectos a serem considerados na revisão. Durante a atividade, circule pela sala de aula para verificar a participação dos alunos e dar sugestões para o título e o modo como eles podem organizar a divisão da página com o texto e as imagens.

Em seguida, peça que cada grupo apresente para a turma o tema e os principais tópicos do artigo produzido. Abra espaço para que comentem os artigos e proponha questões para orientar a discussão sobre o tópico, de forma que percebam como os artigos

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Aula 6

apresentados estão relacionados com o tema mais amplo da nutrição, a importância dos alimentos e sua relação com a saúde.

Sugestões

• (BARA) TA-TA-TA-TA-RAVÓ. Ciência Hoje das Crianças, 19 set. 2016. Disponível em: http://chc.org.br/barata-ta-ta-ta-ravo/. Acesso em: 2 dez. 2021. Matéria sobre cientistas brasileiros que encontraram 18 fósseis da barata pré-histórica Anthracoblatinamendesi. Utilize-a na Aula 2.

• INSTITUTO CIÊNCIA HOJE. Disponível em: http://cienciahoje.org.br/. Acesso em: 2 dez. 2021.

Responsável pelas publicações digitais de divulgação científica: revistas Ciência Hoje e Ciência Hoje das Crianças, esta última voltada para o público infantil. A revista digital conta com artigos exclusivos para assinantes e artigos abertos para o público geral.

• JORNAL DA USP. Disponível em: https://jornal.usp.br/home-ciencias/. Acesso em: 2 dez. 2021.

No sitedo Jornal da Universidade de São Paulo, é possível encontrar artigos de divulgação científica de diversas áreas, incluindo a de Ciências Humanas e Agrárias, com linguagem acessível e variedade temática.

• MACIEL, Camila. Adolescentes com sobrepeso têm risco elevado de doença cardiovascular. Agência Brasil, 16 maio 2019. Disponível em: https://agenciabrasil.ebc.com.br/saude/noticia/2019-05/adolescentes-com-sobrepesotem-risco-elevado-de-doenca-cardiovascular. Acesso em: 2 dez. 2021. Notícia sobre pesquisa que aponta o mesmo risco de doença cardiovascular entre jovens obesos e com sobrepeso. Utilize-a na Aula 4.

• QUEM quer ser cientista? Ciência Hoje das Crianças, 3 jun. 2015. Disponível em: http:// chc.org.br/quem-quer-ser-cientista/ Acesso em: 2 dez. 2021. Matéria sobre aluna do Ensino Médio do Rio Grande do Sul que desenvolveu um teste para descobrir irregularidades na indústria do leite de sua cidade. Utilize-a na Aula 1.

• REVISTA FAPESP. Disponível em: https://revistapesquisa.fapesp.br/. Acesso em: 2 dez. 2021.

A Fapesp (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo) é uma das instituições que apoiam a produção científica no país, e sua revista divulga estudos científicos de diversas áreas. Além dos artigos no site, é possível encontrar outros materiais que também podem ser usados em sala de aula, comopodcastse galerias de imagens.

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Sequência didática 7 • Conhecer artigos de opinião e estudar elementos de coesão textual

Esta Sequência didática abordará conceitos fundamentais para a compreensão do gênero textual artigo de opinião. O trabalho será desenvolvido a partir da discussão de temas do campo da vida social, de modo a levar os alunos a identificarem diferentes pontos de vista e os argumentos utilizados para defendê-los. A sequência desenvolve, também, o trabalho de pesquisa, planejamento e produção escrita de artigos de opinião, para que os alunos compreendam as principais características desse gênero textual e elaborem argumentos para defender o ponto de vista deles em relação a um tema. Para subsidiar o trabalho de produção escrita dos alunos, a sequência aborda, ainda, a utilização de substituições lexicais e pronominais como elementos de coesão textual. Essa utilização ajuda a evitar repetições de palavras nos textos escritos e auxilia na coesão, ao retomar termos já expressos e ao se referir a outros que ainda virão, atuando como fator de ligação entre as ideias e a construção de sentidos. O objetivo é desenvolver a criticidade dos alunos, possibilitando que reconheçam essas ferramentas e as utilizem como estratégia para expressar suas opiniões.

Objetivos de aprendizagem

• Compreender a função social e as características do gênero textual artigo de opinião.

• Expressar e defender opiniões com base em argumentos.

• Compreender as substituições lexical e pronominal como recursos de coesão.

• Revisar textos utilizando estratégias de substituição como recurso coesivo.

Plano de aulas

Aula 1: Assistir a trechos de um documentário, opinar e debater sobre o assunto tratado.

Aula 2: Ler uma notícia sobre publicidade infantil, identificando as opiniões e os argumentos apresentados no texto.

Aula 3: Ler artigos de opinião, pesquisar informações e planejar a escrita de um artigo de opinião.

Aula 4: Reler a notícia e identificar substituições que ajudam a evitar repetições e atuam como elementos coesivos.

Aula 5: Escrever um artigo de opinião a partir da pesquisa e do planejamento realizado

Aula 6: Revisar e reescrever o artigo escrito na aula anterior.

Aula 7: Ler e discutir uma reportagem sobre o uso da internet por crianças e adolescentes.

Aula 8: Escrever um artigo de opinião sobre o tema definido na aula anterior.

Aula 9: Revisar e reescrever o artigo escrito na aula anterior.

Componentes essenciais para a alfabetização: Compreensão de textos, desenvolvimento de vocabulário e produção de escrita.

Competências gerais da Educação Básica: 1, 4 e 7.

Competências específicas de Língua Portuguesa: 2, 3 e 7.

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Habilidades: EF15LP01, EF15LP03, EF15LP05, EF15LP06, EF15LP07, EF35LP05, EF35LP06, EF35LP07, EF35LP08, EF35LP09, EF35LP15, EF35LP17, EF05LP15, EF05LP16 e EF05LP19. Materiais necessários: Computador com acesso à internet, projetor multimídia, cópias dos textos indicados nas aulas, dispositivo eletrônico com acesso à internet, lápis grafite, caderno, borracha, folhas de papel sulfite e folhas pautadas.

Aula 1

Nesta primeira parte da aula, serão feitas a abordagem, a aproximação e a definição de conceitos fundamentais para a compreensão do gênero textual artigo de opinião. Na segunda parte, será realizada uma aproximação com o tema da publicidade infantil, a partir da exibição de trechos de um documentário, seguida de discussão sobre o tema. Reserve, previamente, uma sala que disponha de computador com acesso à internet e projetor multimídia.

Inicie a aula dividindo a lousa em três partes e escreva em cada uma das divisões, na parte superior do quadro, estas três palavras: opinião, argumento e debate. Pergunte aos alunos o que eles entendem por essas palavras e escreva as respostas deles abaixo, conforme o quadro a seguir. Estipule um tempo para a atividade (por exemplo, 15 minutos).

Opinião Argumento Debate

Respostas possíveis: dar sua ideia; algo muito pessoal, cada um pode ter a sua; pensar algo sobre determinado assunto.

Respostas possíveis: é o que defende uma ideia, um ponto de vista; o argumento pode ser construído.

Respostas possíveis: discussão sobre um assunto, forma de conversar.

Discuta com os alunos as respostas listadas no quadro e depois apresente as seguintes definições, baseadas no dicionário:

Opinião Argumento Debate

Modo de pensar sobre um assunto. Pode ser um pensamento pessoal sobre uma ideia.

Razão, raciocínio ou prova que serve para afirmar ou negar um fato, uma ideia ou opinião.

Discussão em função de um assunto, uma causa.

Após a exposição, pergunte a eles: O que é necessário para expressar uma opinião, defender uma ideia?

Leve os alunos a perceberem que, para expressar uma opinião sobre determinado assunto, é fundamental levar em conta os seguintes fatores: conhecer o assunto, ter um posicionamento sobre ele e saber explicar as razões que sustentam seu posicionamento com relação ao tema.

Em seguida, informe aos alunos que assistirão à versão editada do documentário "Criança a alma do negócio", acesse os links das edições editada e na íntegra na seção

Sugestões, ao final desta Sequência didática. Caso opte por exibir o documentário completo, considere que a duração é de 49 minutos.

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Após a exibição, explique que o documentário foi lançado no ano 2010 e comente que, embora o tema da publicidade infantil permaneça atual, é possível observar transformações no modo como a publicidade chega até as crianças atualmente. Chame a atenção, por exemplo, para o fato de que o documentário aborda a questão da publicidade na televisão e pergunte aos alunos se acham que, hoje em dia, com a internet, a televisão ainda é um meio de comunicação influente entre as crianças e adolescentes. Peça que apontem características da publicidade direcionada a crianças e adolescentes nos meios digitais.

Abra espaço para que os alunos compartilhem suas impressões sobre o modo como o documentário aborda a questão da publicidade infantil. Incentive-os a comentar os exemplos apresentados, dando sua opinião sobre a influência da propaganda no consumo e no comportamento das crianças.

Oriente-os a ouvir os colegas com atenção e respeito e a refletir sobre a opinião de cada um. Pergunte se consideram que os conhecimentos que eles têm sobre o tema são suficientes para manifestar uma opinião e defendê-la com base em argumentos. Peça que levantem dúvidas e apontem o que gostariam de conhecer sobre o tema; a seguir, sistematize na lousa as dúvidas que levantarem e peça que as registrem no caderno.

Finalize a aula solicitando aos alunos que pensem sobre as inúmeras formas e possibilidades que temos de expressar a nossa opinião e a importância de nos posicionarmos sobre temas relevantes para a sociedade. É importante, neste momento, incentivar os alunos a refletirem sobre como a opinião pode estar contida em várias formas de comunicação, ou seja, por meio de músicas, textos, filmes e documentários, cartazes, conversas, entre outras.

Aula 2

Para esta aula, providencie previamente artigos de opinião sobre diferentes temas e os apresente aos alunos por meio de cópias impressas ou via reprodução com o uso do projetor multimídia. Converse com a turma sobre o gênero textual, chamando a atenção para sua estrutura, meios de circulação, temáticas e possíveis públicos-alvo. Direcione a conversa para a seguinte definição: artigo de opinião é um texto publicado em livros, jornais, revistas ou sites na internet, no qual o autor defende com argumentos determinado ponto de vista. Seus leitores são pessoas interessadas no tema abordado.

Em seguida, pergunte aos alunos quais redes sociais utilizam, quais sites costumam consultar, a quais canais digitais e programas de TV assistem. Questione-os se há anúncios voltados a crianças nesses veículos e que tipo de produto é anunciado: brinquedos, alimentos, passeios etc. Pergunte também quanto eles se sentem influenciados pelos anúncios e se já sentiram vontade de ter algo por terem visto algum anúncio. Terminada essa discussão inicial, esclareça que há propostas de lei para que os anúncios voltados às crianças sejam proibidos. Pergunte o que pensam a respeito disso. Estabeleça um tempo para a atividade (por exemplo, 20 minutos).

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Providencie, previamente, cópias do artigo de opinião "Ainda sobre publicidade infantil" (acesse o linkdisponível na seção Sugestões, ao final desta Sequência didática). Leia o título e converse com os alunos sobre o que eles acreditam que o artigo vai tratar. Proponha à turma a leitura compartilhada do texto.

Durante a leitura, faça pausas ao final de cada parágrafo para resolver dúvidas de interpretação e/ou de vocabulário. Nas dúvidas de vocabulário, peça aos alunos que tentem deduzir o significado pelo contexto, antes de apontar algum sinônimo para a palavra ou apresentar seu significado.

Terminada a leitura, proponha uma roda de conversa para exercitar a compreensão da notícia e para que os alunos identifiquem os argumentos contrários e os argumentos favoráveis aos anúncios voltados ao público infantil. Faça algumas perguntas, como as propostas na Ficha de atividades a seguir, para serem respondidas oralmente. Estipule um tempo para a atividade (por exemplo, 20 minutos).

Ficha de atividades

1. Onde o artigo de opinião foi publicado?

No siteMeio e mensagem.

2. A quem se destina?

Ao público em geral e, mais especificamente, aos profissionais das áreas de comunicação e publicidade.

3. O que se discute no artigo de opinião que vocês leram?

Discutem-se a publicidade voltada para crianças e a persistência do tema que voltou a ser debatido pela Associação Brasileira de Anunciantes (ABA).

4. Trata-se de um tema polêmico. Por quê?

Porque há opiniões bastante divergentes acerca do assunto e muitos interesses envolvidos; de um lado, os interesses comerciais pela manutenção dos anúncios e de outro, o Estatuto da Criança e do Adolescente batalha pela proteção das crianças contra os anúncios.

5. Como as entidades que defendem os consumidores entendem essa questão? Por quê?

Elas são contrárias às propagandas destinadas a crianças, pois estas não têm condições de analisar os interesses existentes por trás das informações veiculadas. A propaganda de produtos para crianças pode fazer com que elas desejem algo que a família não pode comprar. Além disso, propagandas de alimentos processados podem gerar obesidade e diabete infantil.

6. Segundo o texto, a publicidade dirigida ao público infantil já pode ser considerada proibida. Em que se baseia essa afirmação?

Baseia-se na interpretação de artigos da Constituição Federal, do Estatuto da Criança e do Adolescente e da Resolução nº 163 do Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente – CONANDA.

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Em seguida, pergunte aos alunos com quais argumentos concordam e de quais discordam. Sistematize, na lousa, os argumentos apresentados e peça que eles indiquem outros argumentos para defender sua opinião.

Depois, organize-os em duplas e peça que retomem o registro feito no caderno na aula anterior e sistematizem os argumentos apontados nesta aula, levantando questões sobre o tema da publicidade infantil a serem pesquisadas. Informe-os de que, na aula seguinte, deverão realizar uma pesquisa sobre o tema e que, a partir da pesquisa, farão o planejamento da escrita de um artigo de opinião que será publicado no jornal e/ou no siteda escola.

Ao final da aula, recolha as cópias do artigo de opinião, pois ele será retomado na próxima aula.

Aula 3

Nesta aula, os alunos retomarão o artigo de opinião lido na Aula 2 para identificar elementos de coesão.

Peça que as duplas se reúnam e distribua as cópias do artigo. Realize novamente a leitura em voz alta, enquanto os alunos acompanham em silêncio. Em seguida, peça que destaquem, no quarto parágrafo, as ocorrências da palavra suas.

Releia o parágrafo e explique que o termo resgata ideias ou palavras citadas anteriormente, de modo a deixar o texto mais claro e menos repetitivo. Pergunte que ideias ou palavras essas ocorrências resgatam.

Eles deverão dizer que, na primeira ocorrência, o termo faz referência a grandes marcas e, na segunda ocorrência, à publicidade infantil. Pergunte, então, aos alunos: a que classe de palavras esses termos pertencem? Verifique se identificam que se trata de um pronome.

Em seguida, peça que releiam o quinto parágrafo e destaquem a palavra tema. Pergunte qual expressão esse termo retoma e a que classe de palavras ele pertence

Eles deverão responder que o termo pertence à classe dos substantivos e refere-se à publicidade infantil

Peça, então, que releiam o oitavo e o nono parágrafos do artigo e localizem um termo que tenha sido usado em substituição a outro já dito anteriormente. Peça, ainda, que identifiquem a(s) classe(s) gramatical(ais) a que ele pertence.

O termo em questão é estes produtos e se refere a "produtos processados".

Estes é um pronome demonstrativo e produtos é um substantivo.

Finalizada essa atividade, mais uma vez destaque que esses elementos foram usados como recurso para retomar ou se referir a termos que foram citados anteriormente no texto, evitando repetições.

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Avaliação

Distribua uma notícia escolhida previamente; é possível utilizar uma das indicadas na seção Sugestões, ao final desta Sequência didática e peça aos alunos que, em duplas, encontrem os elementos de coesão e escrevam no caderno o parágrafo em que estão e a que termo do texto fazem referência. Estipule um tempo para a atividade (por exemplo, 10 minutos).

Realize a correção coletivamente, dando espaço para que os alunos justifiquem suas escolhas, e avalie a compreensão da turma sobre os elementos coesivos. Se julgar necessário, proponha novas atividades sobre pronomes e substantivos como elementos coesivos.

Finalize a aula destacando a importância dos pronomes e de outros termos usados como elementos de coesão nas produções textuais, uma vez que seu uso adequado pode retomar termos já citados anteriormente, deixando o texto fluir com clareza, objetividade e evitando, assim, repetições desnecessárias.

Aula 4

Reserve, previamente, a sala de informática ou a biblioteca da escola para que os alunos pesquisem informações que possam auxiliá-los no planejamento e na escrita de um artigo de opinião. Peça que as duplas se reúnam e iniciem a pesquisa.

Auxilie-os a estabelecer estratégias de busca, orientando-os a verificar a fonte das informações e a priorizar sites que apresentem dados confiáveis. Oriente-os, também, a consultar as questões levantadas na aula anterior para selecionar as informações que vão utilizar para escrever. Ressalte que os artigos produzidos serão divulgados no jornal e/ou no site da escola. Na seção Sugestões, há algumas notícias que podem ser indicadas para os alunos como fonte de pesquisa.

Enfatize que esta etapa deve auxiliá-los no planejamento do texto e peça que registrem as informações em forma de um roteiro que resuma:

• O ponto de vista que será defendido: favorável ou contrário à exibição de anúncios voltados ao público infantil.

• Os argumentos que sustentarão o ponto de vista da dupla.

• Como o artigo será concluído.

Oriente os alunos a registrarem o roteiro de planejamento no caderno e peça que, ao final da aula, releiam-no para verificar se os argumentos selecionados realmente validam a opinião defendida.

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Aula 5

No início da aula, solicite aos alunos que se sentem com as mesmas duplas de trabalho das aulas anteriores. Informe-os de que esta aula será dedicada à escrita do artigo de opinião. Explique que, para escrevê-lo, vão utilizar as informações pesquisadas e o planejamento elaborado na aula anterior. Explique, também, que deverão definir um título para o texto. Oriente-os primeiramente, a fazer o rascunho. Ressalte que os artigos terão leitores reais, de diferentes idades, por isso devem usar o registro mais próximo do formal, evitando gírias e palavras reduzidas, por exemplo.

Projete ou escreva na lousa ou tópicos essenciais para a elaboração de um artigo de opinião apresentados a seguir. Peça aos alunos que copiem os tópicos no caderno. Estipule um tempo para a atividade (por exemplo, 15 minutos).

Artigo de opinião

• Título: Já no título pode ser apresentada a opinião do autor ou algo que provoque a reflexão do leitor.

• Introdução sobre o assunto a ser discutido: É o primeiro parágrafo. Ele deve explicar e apresentar para o leitor o tema que será discutido ao longo do texto e o ponto de vista defendido pelo autor.

• Argumentos: Razões pelas quais se defende ou se nega determinado ponto de vista. Os argumentos são desenvolvidos nos parágrafos

• Apresentar posição contrária ou favorável sobre um assunto: Significa que você pode deixar bem claro ao leitor se é a favor do tema discutido em seu texto ou contra ele.

• Conclusão: Trata-se do desfecho dos argumentos apresentados; em outras palavras, é a consideração final sobre o assunto comentado ao longo do artigo de opinião.

Explique, então, que, como em um artigo de opinião, o primeiro parágrafo deve apresentar o tema e o ponto de vista que será defendido, é nele que apresentarão a definição de publicidade, publicidade infantil e o ponto de vista da dupla em relação ao tema. Em seguida, devem escrever um ou dois parágrafos com argumentos que sustentem a opinião apresentada no primeiro. Por fim, a dupla deve registrar o parágrafo de conclusão, reafirmando o ponto de vista defendido.

Nesse momento, ressalte aos alunos que devem ficar atentos à pontuação e evitar a repetição de palavras. Informe-os também de que devem fazer uso de elementos de coesão, como pronomes, sinônimos e palavras ou expressões que ligam as ideias e os parágrafos.

Além disso, para auxiliar os alunos na produção do artigo de opinião, projete ou reproduza na lousa a lista de articuladores a seguir.

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Finalidade Articuladores textuais

Organizar argumentos. inicialmente, primeiramente, em primeiro/segundo lugar, finalmente, antes de mais nada, acima de tudo

Indicar certeza.

é evidente, sem dúvida, está claro, com certeza, é indiscutível, certamente, inquestionavelmente Indicar possibilidade. talvez, provavelmente, é possível

Indicar causa ou consequência. porque, pois, por isso, por causa de, em virtude de, de fato

Acrescentar argumentos. ainda, além de, também, além disso

Indicar oposição. mas, porém, contudo, entretanto, embora, apesar de Introduzir conclusão, recapitulação ou resumo. assim, por fim, logo, portanto, em suma, em síntese, em conclusão, enfim, em resumo

Indicar semelhança, comparação, conformidade. igualmente, da mesma forma, do mesmo modo, de maneira idêntica, de acordo com, conforme

Esclarecer. por exemplo, isto é, quer dizer, em outras palavras

Aula 6

Inicie a aula informando aos alunos que eles vão revisar os artigos produzidos. Distribua uma cópia da Ficha de atividades a seguir para cada dupla e oriente-as a reler o artigo e a preencher a ficha.

Explique que, caso marquem "parcialmente" ou "não" em algum item, devem voltar ao artigo e verificar como podem melhorá-lo. Estabeleça um tempo para a atividade (por exemplo, 15 minutos).

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Ficha de atividades

Alunos: Sim Parcialmente Não

O título indica qual será a opinião defendida?

O ponto de vista defendido está claro?

Os argumentos estão de acordo com o ponto de vista defendido?

Foram usados articuladores para ligar as partes do texto?

A conclusão reforça o ponto de vista defendido?

Os sinais de pontuação foram empregados adequadamente?

Foram evitadas repetições de palavras?

Depois da revisão, oriente os alunos a reescreverem o artigo de opinião, em folhas pautadas, com as alterações necessárias para que fique adequado aos critérios mencionados na ficha de correção. Estabeleça um tempo para a atividade (por exemplo, 30 minutos).

A reescrita pode ser digitada, caso a divulgação seja feita em meios digitais, ou manuscrita ou digitada e depois impressa, se a divulgação for feita em meio impresso. Lembre os alunos de assinarem os artigos. Por fim, recolha as produções para a divulgação no local combinado com a turma.

Avaliação

Avalie o desempenho dos alunos durante as atividades propostas. Para isso, observe a participação deles em aula e a contribuição com informações pertinentes ao conteúdo abordado durante a leitura e nos momentos de compartilhamento de informações.

A compreensão das características do gênero e os artigos de opinião escritos também podem ser avaliados com base na Ficha de atividades.

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Inicie a aula perguntando aos alunos se eles costumam acessar a internete com qual frequência. Levante questões, como as sugeridas a seguir, para estimulá-los a refletir sobre o assunto. Estipule um tempo para a atividade (por exemplo, 10 minutos).

• Ultimamente, vocês acham que a quantidade de crianças e adolescentes que acessam a internet aumentou? Por quê?

• O uso da internet pode ser benéfico para as crianças e jovens? Apontem os principais benefícios dessa utilização.

• Quais aspectos dessa utilização podem ser considerados prejudiciais?

• Vocês consideram que os pais ou responsáveis costumam orientar seus filhos no uso dessa ferramenta?

• Vocês costumam conversar com seus familiares sobre aquilo que acontece no ambiente virtual?

Após essa discussão inicial, peça aos alunos que se organizem em duplas, em uma composição diferente das aulas anteriores, e distribua para cada dupla uma cópia da notícia "Seminário discute o uso de internet por crianças e adolescentes", que deverá ser providenciada previamente (acesse o link na seção Sugestões, ao final desta Sequência didática). Peça que a leiam silenciosamente e em seguida faça a leitura em voz alta. Estipule um tempo para a atividade (por exemplo, 15 minutos).

Após a leitura, peça aos alunos que, em dupla, respondam a algumas perguntas, como as da Ficha de atividades a seguir. As perguntas podem ser colocadas na lousa e respondidas em folha avulsa.

Ficha de atividades

1. De acordo com a notícia, a internet traz uma série de benefícios para a população. Quais são eles?

A internet possibilita a conexão entre pessoas e é também instrumento para a educação.

2. Quais outros benefícios vocês consideram que a internet pode trazer?

Resposta pessoal.

3. Segundo a Pesquisa TIC Kids Online, 43% das crianças e adolescentes viram alguém ser discriminado no ambiente digital. Como vocês acham que esse tipo de discriminação acontece?

Resposta pessoal.

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Aula 7

4. De acordo com a notícia, qual é a principal preocupação diante desse cenário? E por que os adolescentes e jovens são os mais impactados?

A principal preocupação é com a saúde mental dos jovens, e eles são os mais impactados porque passam muito tempo conectados.

5. O que as redes sociais têm feito para lidar com essa questão?

O Instagram, por exemplo, tem buscado aprimorar ferramentas para barrar a divulgação de conteúdos que podem ser prejudiciais aos usuários. No trimestre de abril a junho, foram identificados e removidos cerca de 3 milhões de conteúdos sobre suicídio e automutilação em todo o mundo. Além disso, quando uma pessoa busca por esses termos, recebe uma notificação com orientações sobre onde pode conseguir suporte.

6. Qual é a opinião de vocês sobre os impactos da internet na vida dos adolescentes e jovens?

Resposta pessoal.

7. Em que fatos ou informações vocês se baseiam para construir essa opinião?

Resposta pessoal. Espera-se que os alunos citem alguns elementos apontados pela notícia e também outros de seu repertório pessoal.

8. De acordo com a notícia, além da discriminação, qual outra situação discutida no seminário tem impacto sobre a saúde mental dos usuários? Quais atitudes contribuem para essa situação?

A propagação de discursos de ódio na internet. De acordo com Daniela Machado, coordenadora do programa de educação midiática (Educamídia) do Instituto Palavra Aberta, as pessoas se fecham nas suas opiniões e estão muito pouco dispostas a ouvir diferentes perspectivas e pontos de vista, o que acaba exacerbando a intolerância e a falta de diálogo.

9. Na opinião da entrevistada, o que é preciso fazer para que o uso das redes possa ser feito de maneira responsável?

De acordo com Daniela Machado, é preciso investir em educação midiática e desenvolver competências para que possamos tirar um melhor proveito do que a tecnologia tem a nos oferecer.

10. Vocês concordam com essa opinião? Explique sua resposta.

Resposta pessoal.

Em seguida, peça que, ainda em duplas, apontem iniciativas interessantes e problemas presentes nas redes sociais e escolham alguma situação, envolvendo crianças e adolescentes, que tenha causado repercussão. Explique que, a partir da situação escolhida, eles deverão escrever um artigo de opinião sobre o tema. Explique, também, que eles deverão realizar, em casa, uma pesquisa sobre o tema e selecionar argumentos para escrever o artigo na próxima aula.

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Aula 8

Peça que as duplas se reúnam e organizem o material pesquisado na aula anterior, selecionando as informações e preparando um roteiro de planejamento para a escrita do artigo de opinião. Oriente-as a consultar no caderno os registros feitos nas aulas anteriores sobre a estrutura do gênero textual artigo de opinião. Estipule um tempo para a atividade (por exemplo, 15 minutos).

Em seguida, indique na lousa as coordenadas para a produção do artigo, conforme sugerido a seguir. Estipule um tempo para a atividade (por exemplo, 35 minutos).

• Escreva o artigo primeiramente a lápis e depois passe-o a limpo, usando caneta (preta ou azul).

• Antes de passá-lo a limpo, leia o artigo novamente para verificar se é de fácil compreensão ou se há questões ortográficas ou gramaticais a serem revistas.

• Lembre-se das características que definem um artigo de opinião: título que já apresente uma reflexão ou pretenda provocar alguma pista sobre o que se pensa do assunto; introdução que apresente com clareza o assunto sobre o qual você vai opinar e seu ponto de vista; argumentos que tenham informações que você já saiba, tenha lido ou vivenciado; posicionamento claro diante do tema discutido no artigo de opinião; e conclusão que apresente uma consideração final, uma ideia que conclua ou preveja uma solução para a crítica ou consideração que foi manifestada no artigo.

Caso não seja possível terminar a produção em aula, os alunos poderão finalizar a atividade em casa, trazendo-a no próximo encontro.

Para concluir, aponte como é importante saber defender uma opinião para podermos viver em sociedade. Ressalte a escolha e a defesa dos argumentos como aspectos fundamentais para uma argumentação bem-sucedida.

Aula 9

Nesta aula, os alunos farão a revisão e a reescrita dos artigos de opinião produzidos na aula anterior.

Peça que sigam o roteiro de revisão sugerido a seguir. Estipule um tempo para a atividade (por exemplo, 20 minutos).

• Releia sua produção e identifique se há algum problema de entendimento ou se falta alguma característica do gênero: título, introdução, argumentos e conclusão.

• Verifique se a pontuação está adequada.

• Analise se há algum trecho em que o argumento não esteja tão claro e reescreva-o, deixando a escrita bastante objetiva e clara.

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• Verifique se usou os conectivos adequados e se fez substituições para evitar repetições e para que o artigo tenha coesão.

• Verifique se não há nenhuma dúvida com relação à escrita de alguma palavra. Em caso de dúvida, procure a forma adequada no dicionário.

Após a revisão, solicite aos alunos que façam a reescrita de suas produções, considerando as possíveis alterações. Recolha-as ao final e divulgue-as no jornal e/ou site da escola.

Para finalizar a aula, levante com os alunos as dificuldades e as facilidades que existem na manifestação das opiniões em textos escritos. Além disso, reflita com eles sobre a importância de escrever o que pensamos acerca de determinados assuntos e como isso pode enriquecer nossa percepção de mundo.

Sugestões

• BASÍLIO, Ana Luiza. Organização da sala de aula deve mudar conforme intenção pedagógica. Porvir, 23 fev. 2017. Disponível em: https://porvir.org/organizacao-da-salade-aula-deve-mudar-conforme-intencao-pedagogica/. Acesso em: 14 mar. 2023.

Artigo que objetiva auxiliar o professor a compreender a relação entre a organização da sala de aula e a proposta pedagógica Apresenta formas de organização, entre outras, que favorecem o debate entres os alunos, facilitando o papel do professor como mediador do conhecimento.

• CRIANÇA, a alma do negócio. Vídeo (ca. 50 min). Publicado por: Maria Farinha Filmes

Disponível em:

https://www.youtube.com/watch?v=ur9lIf4RaZ4&ab_channel=MariaFarinhaFilmes

Acesso em: 13 mar. 2023

O documentário analisa os efeitos negativos dos anúncios destinados ao público infantil, discutindo como a publicidade direcionada às crianças se aproveita da influência que os filhos têm no consumo familiar Há também uma versão editada do documentário, com duração de dez minutos, que está disponível na biblioteca da plataforma Criança e Consumo. Disponível em: https://criancaeconsumo.org.br/noticias/crianca-a-alma-donegocio-assista-gratis/ Acesso em: 20 dez. 2021. Avalie o tempo para a realização da Aula 1 e decida se usará a versão completa ou editada.

• FRANZIN, Adriana; MELITO, Leandro. Publicidade infantil: entenda o debate e saiba como a questão é regulamentada. Agência Brasil, 5 jul. 2017. Disponível em:

https://agenciabrasil.ebc.com.br/geral/noticia/2017-07/publicidade-infantil-entenda-odebate-e-saiba-como-questao-e-regulamentada Acesso em: 20 dez. 2021.

A notícia pode ser utilizada para trabalhar elementos de coesão e reutilizada como fonte de pesquisa para o artigo de opinião sobre o tema.

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desde que seja atribuído crédito autoral e as criações sejam licenciadas sob os

• PEZZOTTI, Renato. Google e Conar lançam manual com 'boas práticas' para publicidade infantil. Uol, 11 out. 2021. Disponível em: https://economia.uol.com.br/noticias/redacao/2021/10/11/google-e-conar-lancammanual-com-boas-praticas-para-publicidade-infantil.htm. Acesso em: 22 dez. 2021. A notícia pode ser utilizada como fonte de pesquisa para o artigo de opinião sobre o tema.

• REBOUÇAS, Nádia. Ainda sobre publicidade infantil. Meio e mensagem, 8 maio 2020. Disponível em: https://www.meioemensagem.com.br/home/opiniao/2020/05/08/aindasobre-publicidade-infantil.html. Acesso em: 22 dez. 2021.

Artigo de opinião a ser utilizado nas Aulas 2 e 4.

• TOKARNIA, Mariana. Seminário discute uso de internet por crianças e adolescentes. Agência Brasil, 8 ago. 2021. Disponível em:

https://agenciabrasil.ebc.com.br/geral/noticia/2021-11/seminario-discute-uso-deinternet-por-criancas-e-adolescentes. Acesso em: 22 dez. 2021.

Notícia a ser utilizada na Aula 7.

Sequência didática 8 • Conhecer textos teatrais e encenar peça teatral

Esta Sequência didática é destinada ao trabalho sobre o gênero textual texto teatral, considerando sua estrutura, funcionalidade e as possibilidades de efeitos de sentido que ele pode suscitar. A partir do contato com textos escritos para serem encenados, os alunos compreenderão suas especificidades e, em seguida, produzirão um texto teatral, levando em conta sua estrutura e a importância de que o texto produzido seja planejado, revisto e reescrito de acordo com as convenções necessárias para que seja encenado. A criação de uma peça teatral, bem como sua apresentação, prevê um trabalho que, além de desenvolver a escrita e a oralidade, promove uma série de estímulos em relação ao fortalecimento da cultura e do sentimento de pertencimento a um grupo. Em uma criação em grupo, os alunos experimentarão o contato com a dramaticidade por meio de sua expressão oral, escrita e corporal. A sequência propõe, também, explorar, por meio do teatro, atividades que envolvam a interação, a criação, o convívio e o diálogo entre os alunos, a fim de apontar um caminho em que todos se respeitem, se compreendam e acreditem nos objetivos que se propõem a realizar.

Objetivos de aprendizagem

• Conhecer a função social e as características do gênero textual texto teatral.

• Usar estratégias de identificação, reconhecimento e elaboração na produção de um texto teatral.

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Plano de aulas

Aula 1: Estudar as características do gênero textual texto teatral e os elementos que o compõem.

Aula 2: Ler as cenas iniciais de um texto teatral e realizar a leitura em voz alta.

Aula 3: Reconhecer o ambiente teatral por meio de imagens de seu espaço físico.

Aula 4: Realizar atividades que envolvam consciência corporal e movimento a partir de jogos teatrais.

Aula 5: Discutir e planejar, em grupo, a escrita de um texto teatral.

Aula 6: Escrever um texto teatral a partir do planejamento elaborado na aula anterior.

Aula 7: Revisar e reescrever o texto teatral iniciado na aula anterior.

Aula 8: Realizar a leitura dramática do texto teatral produzido.

Aula 9: Ensaiar a encenação de partes do texto, os movimentos e os gestos da peça que será apresentada.

Aula 10: Ensaiar a encenação de todo o texto para apresentação da peça.

Componentes essenciais para a alfabetização: Compreensão de textos, fluência em leitura oral, desenvolvimento de vocabulário e produção de escrita.

Competências gerais da Educação Básica: 3, 4 e 9.

Competências específicas de Língua Portuguesa: 3, 5 e 9.

Habilidades: EF15LP05, EF15LP06, EF15LP07, EF15LP09, EF15LP11, EF15LP12, EF35LP07, EF35LP24, EF35LP25, EF35LP26, EF35LP29 e EF05LP26.

Materiais necessários: Dispositivo eletrônico com programa de apresentação de slides , projetor multimídia, folhas pautadas, exemplares de livros diversos com textos de peças teatrais, bolinhas de pingue-pongue ou outro tipo de bola pequena (para a realização dos jogos teatrais) e materiais que estiverem disponíveis para fazer parte do figurino ou cenário.

Aula 1

Inicie a aula com perguntas, a serem respondidas oralmente, que têm como objetivo levantar os conhecimentos prévios dos alunos sobre o teatro, como as propostas na Ficha de atividades a seguir. Estipule um tempo para essa atividade (por exemplo, 15 minutos).

Ficha de atividades

1. O que é teatro?

Respostas possíveis: É um prédio que serve para apresentação de peças, é uma peça, são cenas ao vivo, é uma apresentação que pode ser feliz ou triste.

2. Quem faz ou participa do teatro?

Respostas possíveis: Os atores, diretores, dramaturgos, maquiadores, cenógrafos (quem planeja o cenário), figurinistas (quem cuida do figurino), iluminadores (quem programa as luzes que serão usadas em um espetáculo), contrarregras (pessoas responsáveis por cuidar da organização do palco e ajudar na entrada e na saída dos atores ou de algum cenário ou objeto), público.

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RECURSO EDUCACIONAL DIGITAL
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3. Vocês já foram ao teatro? O que acharam dessa experiência?

Respostas pessoais.

4. Teatro é igual a cinema? Quais são as semelhanças e as diferenças entre eles?

Respostas possíveis: Espera-se que os alunos falem das semelhanças e diferenças entre ambos, mas que entendam que são espetáculos diferentes. Semelhanças: têm duração parecida, precisam de atores, de texto, cenário, maquiadores etc., contam uma história, trazem diálogos etc. Diferenças: o teatro é ao vivo e o cinema é gravado. Portanto, o teatro pode ter falhas na hora da apresentação; já, no cinema, as cenas são refeitas até que fiquem perfeitas.

5. Se você fosse escolher uma peça teatral para assistir, que tipo de peça seria?

Espera-se que os alunos respondam a essa pergunta com um gênero – dramático, cômico etc. – ou com o nome de uma peça que está em cartaz, ou ainda com uma indicação de obra clássica.

Depois da discussão, registre na lousa (ou em um programa de apresentação de slides) a estrutura do gênero texto teatral a seguir e apresente aos alunos. Para escrever um texto teatral, precisamos de:

• personagens – São aquelas que dizem os diálogos, as falas da peça.

• cenário – É importante descrever com detalhes o espaço em que se situa o texto encenado.

• diálogos – São as falas que constroem as cenas da peça.

• rubricas – São as indicações de ações, gestos e movimentações que as personagens fazem no decorrer da peça. Normalmente, são indicadas entre parênteses.

Após apresentar as características do gênero, é importante explicar aos alunos que um texto teatral é composto na seguinte ordem: título da peça, nome do autor, nomes das personagens, descrição do cenário e diálogos. As rubricas podem ou não aparecer.

É fundamental providenciar previamente e apresentar aos alunos alguns exemplos de textos teatrais. Nesse momento, desafie-os a identificar cada um dos elementos que compõem esse gênero textual.

Destaque para a turma que os textos teatrais geralmente são divididos em cenas, que, em seu conjunto, deverão apresentar uma situação inicial, posteriormente um conflito e, para finalizar, um desfecho.

Comente que algumas das características desse gênero textual estão presentes também em outros gêneros e dê exemplos de gêneros trabalhados em sala de aula, como o conto, nos quais é possível identificar uma situação inicial, um conflito e um desfecho envolvendo personagens.

Ressalte, então, que o diálogo, elaborado para ser encenado para um público, é uma das principais características desse gênero textual. Destaque que o trabalho desenvolvido

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para transformar um texto teatral em uma peça de teatro envolve diversos profissionais além dos atores, como diretores, dramaturgos, iluminadores e contrarregras.

Pergunte aos alunos como eles imaginam ser o trabalho desses profissionais. Comente que muitos deles atuam também em filmes, novelas televisivas e séries, e que muitos atores que trabalham no meio televisivo ou cinematográfico iniciaram sua carreira no teatro.

Abra espaço para que comentem sua experiência de assistir a filmes, séries, novelas e peças teatrais e vá chamando a atenção para as semelhanças e diferenças entre essas artes. Chame a atenção, por exemplo, para o modo como, no teatro, os atores têm que representar ao vivo para o público, destacando a importância de que eles conheçam não apenas a fala de sua personagem, mas também todo o andamento da cena e a fala das outras personagens, para que possam saber em que momento devem atuar.

Comente que os atores, além de decorar o texto, devem desenvolver a capacidade de improvisação, pois é possível que esqueçam parte das falas e, se isso acontecer, não podem simplesmente parar a cena. Por isso, é importante que os atores conheçam o texto na íntegra e estejam atentos a cada movimento e à fala das outras personagens.

Finalize a aula ressaltando a importância do teatro como forma de divulgar a cultura, entreter as pessoas e promover a comunicação e discussões sobre temas de interesse da sociedade

Aula 2

Para esta aula, providencie, previamente, com a ajuda do funcionário da biblioteca, livros com textos de peças teatrais e leve-os para a sala de aula. Se possível, reúna uma variedade considerável de textos e mais de um exemplar de cada um deles.

Inicie a aula perguntando quais alunos já leram algum texto teatral, ou seja, textos escritos para serem encenados, e peça que comentem o que acharam, se compreenderam, se gostaram.

Oriente-os, então, quanto às seguintes características do texto teatral, registrando-as na lousa ou projetando-as com o auxílio de um programa de apresentação de slides . Peça aos alunos que copiem essas características no caderno.

Estrutura do gênero texto teatral

• Dramaturgia: ofício de elaboração de um texto de ação para ser apresentado no teatro.

• Texto teatral: texto de ação para o teatro, construído com diálogos, personagens e breves descrições de espaço e tempo e rubricas indicativas de ações.

• Rubricas: são pequenas sugestões de ações de um ou mais personagens, tons e intenções de fala, objetos ou movimentos. Elas aparecem entre uma fala e outra ou

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no início das cenas, geralmente entre parênteses. As rubricas também podem dar orientações quanto à iluminação e ao figurino de uma peça.

• Ato: é a divisão do texto teatral em unidades de sentido, como os capítulos de um livro. O ato é muito frequente nas óperas, pois estas têm uma grande duração.

• Cena: é a divisão do ato ou do próprio texto teatral (dependendo da extensão), em unidades menores, com o mesmo cenário e personagens. A mudança de cena marca a troca de cenário ou de personagens no palco.

Após o registro das informações do quadro no caderno, organize os alunos em grupos de 4 ou 5, por exemplo, e peça que selecionem um dos livros com os textos das peças. Em seguida, oriente-os a fazer a leitura da introdução e das cenas iniciais e a selecionar um trecho curto de uma cena para fazer a leitura em voz alta. Estipule um tempo para a atividade (por exemplo, 20 minutos). Dependendo do número de personagens presentes na cena, é possível definir alguém para ler a rubrica e escolher uma personagem para cada membro do grupo. Caso o número de personagens seja menor, os membros do grupo podem dividir entre si as falas das personagens, bem como o texto da rubrica, possibilitando que todos participem.

Explique que, após a seleção da cena, cada grupo fará a leitura em voz alta para o restante da turma. Oriente-os a recompor o contexto da cena e a tentar imaginar cada personagem para que, quando forem realizar a leitura, consigam dar maior expressividade às falas. Estimule a participação de todos e explique, também, que se trata de um exercício inicial, porque depois eles terão a oportunidade de escrever e montar uma peça.

Em seguida, peça que cada grupo faça a leitura da cena selecionada e finalize a aula perguntando como foi a experiência de ler e ouvir textos criados para serem encenados.

Aula 3

Nesta aula, os alunos desenvolverão o reconhecimento do ambiente teatral por meio do seu espaço físico. A ideia é que eles identifiquem convenções que constituem a versão mais clássica de palco e que conheçam outras versões.

Faça algumas perguntas como as que seguem e peça aos alunos que respondam oralmente, para levantar seus conhecimentos sobre o teatro como espaço físico. Se for oportuno, utilize o projetor de imagens para que possam observar as questões sugeridas na Ficha de atividades a seguir.

Ficha de atividades

1. O que é um teatro?

Normalmente, é uma construção, uma casa ou sala em que se apresentam as peças.

2. Como é dentro dele?

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Geralmente, há um palco em que os atores fazem sua encenação e cadeiras ou bancos para que o público se sente para assistir ao espetáculo.

3. Todas as peças precisam ser apresentadas em teatros?

Não, há muitos lugares em que elas podem ser apresentadas.

4. Que outros lugares podem ser usados para encenar uma peça?

Uma sala ou quadra da escola, uma praça, um local na rua ou qualquer outro lugar em que se possa montar um cenário e acolher os espectadores, com tranquilidade suficiente para fazer a encenação do espetáculo.

Depois, registre na lousa ou projete, por meio de um programa de apresentação de slides , as definições dos tópicos a seguir e peça aos alunos que, alternados, leiam cada um Caso não seja possível usar um projetor multimídia, monte a apresentação e imprima-a para distribuir aos alunos, que podem se juntar em duplas, por exemplo.

• Palco: espaço destinado às apresentações mais comuns.

• Rotunda: painel ou pano preto que cobre o fundo do palco, evitando que as movimentações dos atores fora de cena sejam vistas.

• Proscênio: parte do palco mais próxima à plateia.

• Coxia: divisões laterais do teatro que ajudam a demarcar a entrada e a saída dos atores, além de definir localizações de cenário.

• Vara de luz: barra de ferro que comporta a maior parte dos equipamentos de luz usados durante o espetáculo.

• Camarim: local onde ficam os figurinos, adereços e também onde os atores se preparam para a apresentação (maquiagem e caracterização).

• Porão: há muitos teatros que têm porões como possibilidades de cena.

• Plateia: local com cadeiras onde as pessoas que foram assistir ao espetáculo se sentam.

• Frisas e camarotes: lugares especiais para assistir ao espetáculo, geralmente com melhor visão e cujos ingressos são mais caros que os da plateia.

Informe aos alunos que nem sempre o palco de um teatro e a plateia estão dispostos do modo convencional, pois o palco pode ser estruturado de muitas maneiras. Por meio de um programa de apresentação de slides , mostre alguns formatos que o teatro pode ter, como os listados a seguir. Uma alternativa ao projetor multimídia é imprimir a apresentação, outra é selecionar em livros imagens desse tipo de palco e mostrar aos alunos em duplas ou grupos.

• Palco italiano : os espectadores assistem ao espetáculo em frente a ele, como o mostrado na fotografia a seguir

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Crédito: Pxfuel/pxfuel.com

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• Palco de arena: círculo situado no centro da plateia. O público se senta em arquibancadas ao redor do palco, permitindo uma maior proximidade, mas os cenários são mais limitados.

• Anfiteatro: local com arquibancadas ou filas de assentos distribuídas em um semicírculo, com um espaço no centro em que são feitas as representações, normalmente a céu aberto.

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Crédito: Stefano Parisi/pixabay.com Crédito: mikezwei/pixabay.com

• Palco de rua: muitas vezes, quando não há um teatro disponível ou se o grupo assim decidir, as peças são encenadas em ruas ou outros locais públicos.

Crédito: Pxfuel/pxfuel.com

Comente com a turma que o espetáculo de rua é, muitas vezes, uma escolha da companhia de teatro para que mais pessoas tenham acesso a ele, além de ser uma estratégia de métodos teatrais específicos, como a técnica do Teatro do Oprimido chamada Teatro-Fórum, criada pelo dramaturgo brasileiro Augusto Boal. Nesse método teatral, os atores apresentam uma cena e propõem aos espectadores que, com uma ação cênica, ofereçam um final para ela.

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fins não comerciais,
atribuído
licenciadas sob
mesmos parâmetros. 121
a criação de obra derivada com
desde que seja
crédito autoral e as criações sejam
os

Termine a aula perguntando aos alunos se já visitaram outro tipo de local para a apresentação de peças teatrais e comente que o espetáculo de rua pode ter tanto ou mais valor que o espetáculo encenado em um teatro mais convencional.

Aula 4

A proposta apresentada nesta aula estabelece uma relação interdisciplinar com o componente Arte. Se possível, convide o professor de Arte para participar das atividades.

Os jogos teatrais a serem realizados podem ser adaptados ou criados de acordo com as especificidades de cada turma. Conduza os alunos para a quadra ou para o pátio e organize-os em um círculo. Peça que fiquem de mãos dadas, fechem os olhos e sintam a respiração e tudo o que vibra ao redor. Estipule um tempo para a experiência (por exemplo, 5 minutos).

Em seguida, solicite que, já de olhos abertos, andem aleatoriamente pelo espaço, investigando ritmo e movimentos de braços e pernas. Em determinado momento, jogue uma bola de pingue-pongue (ou qualquer outra, de preferência pequena) para que peguem e depois a arremessem para a próxima pessoa que virem na caminhada. Estipule um tempo para a experiência (por exemplo, 15 minutos).

Na sequência, outro exercício que pode ser aplicado é Escultor e escultura. Oriente os alunos a se dividirem em duplas. Cada dupla se dividirá entre escultor e escultura. O aluno que for escultura na primeira rodada vai agir como se fosse um boneco a ser moldado. O aluno que for o escultor deverá propor gestos (estáticos) a fim de montar uma escultura. Depois, peça aos alunos que estão fazendo o papel de escultura que fiquem parados enquanto os alunos escultores observam todas as estátuas. Depois disso, é hora de inverter os papéis: quem foi escultor agora será escultura e vice-versa. Estipule um tempo para a atividade (por exemplo, 20 minutos).

Finalize a aula abrindo espaço para que os alunos comentem sobre as impressões, expressões e dificuldades de cada exercício, chamando a atenção deles para o ato de brincar como forma de conhecer o corpo, para o trabalho que se faz em parceria e também para a concentração e a cumplicidade entre os colegas.

Aula 5

Divida os alunos em grupos de quatro ou cinco integrantes e avise-os de que elaborarão um pequeno esquema programático antes da produção do texto teatral. Depois, registre na lousa o passo a passo da produção do roteiro que os auxiliará na escrita da peça. Solicite que discutam e definam as questões coletivamente, abrindo espaço para todos falarem e serem ouvidos.

• Definam tema, época e lugar onde vai se passar a trama.

• Pensem nas personagens, nas suas funções e características dentro do enredo.

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• Criem uma situação inicial, um problema a ser resolvido, um momento de maior tensão e o desfecho.

• Dividam a peça, no máximo, em cinco cenas (para que o texto não fique muito longo) e já estabeleçam um pequeno resumo de cada cena: o que vai acontecer, quem vai falar com quem e de que forma.

• Pensem na necessidade de cenário.

Avaliação

Avalie a percepção dos alunos sobre como foi a elaboração da ideia do texto teatral: pergunte se houve consenso na escolha do tema e na criação do enredo e, se não houve, como deram uma solução para isso e peça que avaliem se o projeto final é mesmo uma ideia coletiva. Durante todo o percurso, verifique a autonomia e o trabalho em grupo dos alunos e avalie se o processo foi realizado de maneira organizada e se entenderam as demandas da produção de uma peça. Aproveite para observar se será necessário abordar novamente algum conteúdo antes de realizarem a produção dos textos teatrais. Caso julgue oportuno, procure maneiras alternativas de fazer essa retomada, com revisão ou sistematização de conhecimentos.

Aula 6

Nesta aula, os alunos escreverão os textos teatrais. Oriente-os a se sentar em grupos e a começar a produção textual.

Lembre-os das características de um texto teatral, registrando na lousa os seguintes apontamentos:

• O texto deve ser estruturado, no máximo, em cinco cenas curtas.

• Crie falas para as personagens.

• Lembre-se de acrescentar as rubricas, quando necessário.

• Capriche nos diálogos.

Depois de finalizada a produção do rascunho, oriente os grupos a revisarem o texto, primeiro para verificar se tudo o que planejaram foi registrado, se desejam inserir ou retirar algum trecho do texto e se o texto:

• Inicia com um momento de tranquilidade, em que é apresentada a maior parte das personagens e que dará pistas de como a trama se desenvolverá.

• Apresenta uma situação-problema.

• Apresenta um momento de maior tensão.

• Tem um desfecho coerente.

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Aproveite para comentar que desfechos que surpreendem a plateia costumam ser mais interessantes.

Oriente-os, também, a verificar se as rubricas ajudam os atores a se expressarem e a se movimentarem na cena. Relembre com os alunos a função dos sinais de pontuação –dois-pontos, travessão, ponto de interrogação, ponto de exclamação, ponto-final e reticências – e comente a importância da pontuação para ajudar os atores a identificarem o tom das falas e os sentimentos que devem expor.

Por fim, solicite que releiam o texto teatral para verificar se há dúvidas em relação à concordância (nominal e verbal) ou à grafia de alguma palavra. Nesse caso, peça que consultem o dicionário.

Conclua a aula perguntando aos alunos como foi a experiência de escrever um texto teatral para ser representado e comente que o processo de produção textual, também no teatro, deve passar pelas mesmas etapas de escrita, revisão e reescrita para garantir um bom resultado.

Aula 7

Esta aula é destinada à revisão e à reescrita dos textos produzidos. Oriente os alunos a se dividirem nos mesmos grupos da aula passada e devolva os textos produzidos por eles. Em seguida, peça aos grupos que troquem os textos entre eles, para que revisem a peça de outro grupo.

Feita a troca, oriente os grupos, registrando na lousa alguns tópicos que podem auxiliá-los na revisão. Os grupos devem verificar se:

• Há indicações de personagens para todas as falas que compõem os diálogos.

• As divisões das cenas têm sentido e estão claras.

• O texto teatral apresenta as personagens e o cenário logo no início.

• As pontuações usadas ajudam a transmitir as emoções desejadas.

• Há rubricas e elas estão corretas (se estão entre parênteses e indicam ação ou modo de falar).

• Há alguma palavra inadequada ou que dificulte o entendimento do texto. Do mesmo modo, é possível também acrescentar palavras que estiverem faltando para a sua compreensão.

Finalizada essa etapa, peça aos grupos revisores que devolvam os textos teatrais aos grupos autores, para que estes façam a reescrita do texto em outra folha.

Se for conveniente, participe da revisão dando sugestões de como deixar os textos teatrais mais interessantes. Caso observe aspectos que os alunos ainda não conseguem revisar sozinhos, aponte-os ou faça a correção.

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Finalize a aula com uma reflexão sobre o processo de revisão, para que os alunos percebam o quanto ele é importante para o aprimoramento das produções. Se possível, compare alguns trechos de rascunhos com o texto revisado, desde que o grupo se sinta confortável com a exposição. Tire cópias dos textos produzidos para que todos os integrantes dos grupos tenham as produções em mãos para a leitura dramatizada na próxima aula.

Aula 8

Forme um semicírculo com os alunos e peça a um grupo de cada vez que vá à frente para fazer a leitura dramática do texto que escreveram. Sugira também que as rubricas sejam lidas, bem como as indicações de cena e cenário. Oriente-os quanto à importância da dramaticidade da leitura mesmo nesse momento do processo, de modo a dar vida às cenas criadas.

Peça aos demais alunos que não falem ou comentem nada durante as leituras, pois isso pode comprometer a sua fluidez. Incentive-os a fazer anotações com comentários para que, ao final de todas as leituras, expressem sua opinião.

Depois, abra espaço para aqueles que quiserem fazer algum comentário sobre os textos teatrais. Reserve um tempo para que conversem rapidamente sobre o que acharam de cada um e, ao final, realize os seus comentários sobre eles.

Avaliação

Durante as leituras, avalie a fluência em leitura oral considerando se acompanham a pontuação e se utilizam a prosódia e entonação necessárias. Termine a aula perguntando aos alunos quais são as percepções de ler um texto produzido com base em diálogos e qual a importância dessa etapa para um maior conhecimento da peça. Observe, com as respostas, se os alunos compreendem que a leitura dramática é um ponto inicial importante para a criação da peça teatral em si.

Aula 9

Nesta aula, os alunos farão uma atividade lúdica que envolverá os textos já escritos e as práticas de movimento.

Leve-os à quadra ou ao pátio e peça que fiquem descalços. Realize, primeiramente, um alongamento; depois, coloque uma música instrumental tranquila e peça a eles que massageiem o próprio corpo de olhos fechados: começando pelos pés, depois as pernas, as mãos, os braços, os ombros e, por fim, a cabeça.

Em seguida, solicite a eles que se dividam nos mesmos grupos da aula anterior e que cada grupo escolha uma cena da leitura dramática da qual se recordem bem. Pode ser uma cena da peça que eles mesmos escreveram ou da peça de outro grupo. Cada grupo deverá

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apresentar a cena que escolheu por meio de gestos, movimentos e ações; é proibido utilizar palavras.

Encerre a aula chamando a atenção dos alunos para o fato de que o nosso corpo também conta histórias, realiza teatro e conversa. Um simples aperto de mão pode ser dado das mais variadas maneiras – com pressa, com raiva, com elegância ou com alegria, expressando diferentes sentimentos. Leve-os a perceber o quanto a consciência corporal é importante para a expressividade das pessoas e que a resolução de problemas, a mediação de conflitos e a argumentação dependem também da gestualidade e da postura. Além disso, expressar-se artisticamente por meio do corpo pode ser uma maneira de elaborar e valorizar a própria identidade.

Aula 10

A proposta apresentada nesta aula estabelece uma relação interdisciplinar com o componente Arte. Se possível, convide o professor de Arte para participar das atividades.

Conduza os alunos, novamente, para a quadra ou para o pátio da escola e peça que eles levem as cópias dos textos que criaram. Recorde os exercícios realizados nas aulas anteriores e peça que iniciem o ensaio da apresentação de sua peça. Ressalte a importância da percepção do diálogo e da comunicação por meio do corpo e oriente-os a passar o texto das cenas, observando o modo como podem articular as falas, os gestos e os movimentos.

Estipule um prazo de uma semana para os alunos e solicite que decorem as falas da peça criada por eles e pensem em possibilidades de movimentação para expressar o texto junto com as falas.

Oriente-os também, se possível, a complementar a apresentação com figurinos, adereços ou mesmo cenários. Não se espera uma produção completa de um espetáculo teatral, mas a ideia é que eles busquem complementos que contribuam para a apresentação da peça. Participe dos ensaios para agir como orientador/diretor da peça, além de mediar conhecimentos para que todos os alunos possam interferir dando ideias sobre como realizá-la. Se possível, realize os ensaios de maneira interdisciplinar, com o professor de Arte. Combine um dia e defina um lugar para a realização das apresentações e verifique com a escola a possibilidade de apresentar a outras turmas ou aos pais e responsáveis.

Avaliação

Após as apresentações, reserve uma aula para avaliar coletivamente a atividade. Para esta avaliação, proponha aos alunos uma roda de conversa sobre a atividade e as impressões que tiveram ao longo do processo, falando das eventuais dificuldades da realização do trabalho, mas também enfatizando o aprendizado. Pergunte a eles quais atividades apreciaram fazer e por que gostaram. Peça que detalhem os problemas que tiveram e como eles foram resolvidos.

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Quanto à prática pedagógica, avalie a ocorrência de influências ou eventos externos favoráveis ou desfavoráveis à obtenção dos resultados e como foram as interações com os alunos. Analise quais foram as dificuldades e quais foram as suas causas, apontando as medidas adotadas para superar os obstáculos.

Sugestões

 BARROS, Marta Silene Ferreira; BARROS, Priscila Cordeiro Soares; PASCHOAL, Jaqueline Delgado; FERREIRA, Ana Letícia. Arte e educação: o teatro como recurso metodológico no trabalho pedagógico na alfabetização. Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 14, n. 3, p. 1205-1216, jul./set. 2019. Disponível em: https://periodicos.fclar.unesp.br/iberoamericana/article/view/12491/8253. Acesso em: 13 mar. 2023.

O artigo discute a importância do teatro para a formação da criança no trabalho pedagógico, como um recurso metodológico nas práticas de letramento e alfabetização.

 JUNQUEIRO, Luiza Helena; SILVA, Eliana; LEITÃO, Luiz Antônio. O teatro na escola: uma proposta multidisciplinar no processo de ensino e aprendizagem nas aulas de Educação Física. EFDeportes, ano 8, n. 50, jul. 2002. Disponível em: http://www.efdeportes.com/efd50/teatro.htm. Acesso em: 23 dez. 2021.

O artigo aborda o teatro na escola, dando uma ideia geral de métodos e estratégias que podem ser aplicados no contexto das atividades físicas.

 PORTAL TEATRO NA ESCOLA. Disponível em: http://www.teatronaescola.com/. Acesso em: 23 dez. 2021.

Trata-se de um espaço criado para partilhar informações e reflexões sobre o ensino de teatro na escola, que funciona como um banco de dados e oferece ferramentas, atividades, dicas e materiais pedagógicos de teatro.

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Relatórios e indicadores do acompanhamento da aprendizagem

Para que professores, gestores, familiares ou responsáveis tenham uma visão integral do processo de ensino-aprendizagem, é importante realizar continuamente práticas de avaliação, planejadas pelos docentes e aplicadas em sala de aula ao longo do ano, cujo resultado seja, posteriormente, apresentado à comunidade escolar. Isso pode ser feito com o apoio de certos recursos pedagógicos, entre os quais encontram-se os relatórios de indicadores de aprendizagem.

Produção de relatórios

Os relatórios de indicadores de aprendizagem são o resultado de uma análise profunda e global de todo o processo educativo. Eles devem apresentar considerações a respeito das aprendizagens estabelecidas para o período e observações sobre a prática pedagógica dos professores. Esses relatórios ajudam a conhecer as particularidades de cada aluno, respeitando sua individualidade; permitem planejar intervenções e práticas com base em um conjunto de aprendizagens, competências e habilidades que se pretende desenvolver; fornecem subsídios para a ação de outros agentes da prática educativa, como gestores e coordenadores escolares; ajudam a promover uma comunicação assertiva com familiares ou responsáveis, engajando-os no processo de ensino-aprendizagem; e possibilitam aos alunos acompanharem o próprio desenvolvimento, auxiliando-os no planejamento e na execução de ações efetivas que visem a superar eventuais defasagens e dificuldades de aprendizagem.

Esses relatórios devem ser elaborados com base na análise de indicadores do acompanhamento da aprendizagem, um conjunto de parâmetros que podem ser estabelecidos pelo professor com base nas expectativas de aprendizagem de conteúdos, competências e habilidades indispensáveis do ponto de vista formativo. Neste Recurso Educacional Digital, apresentamos alguns indicadores em forma de fichas que podem ser utilizadas pelos docentes. As informações registradas nessas fichas podem servir de base para a reflexão e possíveis adaptações das práticas pedagógicas em curso e para a elaboração dos relatórios de indicadores de aprendizagem.

Apesar de não existir um modelo fixo de relatório a ser seguido, alguns pontos importantes podem ser considerados pelo professor na elaboração desse material. O texto do relatório deverá ser escrito de forma clara, concisa e objetiva, adequada ao público a que se destina. Devem ser registrados os conteúdos e as habilidades trabalhados, apresentando como foram avaliados e outras considerações pertinentes ao processo de ensino-aprendizagem. Também é importante descrever quais foram os encaminhamentos adotados em caso de dificuldades dos alunos.

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Paraqueacomunicaçãodosrelatóriossetornemaisefetiva,éprecisoconsiderarque toda apresentação deveser planejada em função do público ao qual se destina e em relação ao tempo e ao espaço disponíveis para que se realize. Por exemplo, para uma apresentação aospaisouresponsáveis,alinguagemtécnicadeveseradaptada,demodoapromovermaior entendimento e clareza. Também deve-se tomar cuidado com os efeitos comparativos, uma vez que cada aluno apresenta tempos e modos de aprendizagem distintos, o que deve ser considerado e respeitado.

Uma forma eficaz de apresentar os dados registrados e sistematizados ao longo do processo de ensino-aprendizagem é fazer uso de recursos multimodais, como gráficos e tabelas ilustradas, apresentados de forma impressa ou por meio de projetor multimídia. A partir dos dados registrados nas fichas, por exemplo, é possível produzir, com o uso de softwares livres, gráficos indicativos dos progressos ou dificuldades em relação a determinadas habilidades e competências, com parâmetro entre as metas estabelecidas e a situação de cada aluno e de toda a turma. Pode ser feita, por exemplo, a distribuição percentual dos conceitos atribuídos aos alunos a cada uma das competências gerais trabalhadas no período. Veja:

PorcentagemdealunosdaturmaAdeacordocomos conceitosatribuídosaelesemrelaçãoàscompetências geraistrabalhadasnoperíodo

Além de subsidiar o acompanhamento dos progressos efetuados pelos alunos no processo de ensino-aprendizagem, os relatórios são indispensáveis para a orientação cotidiana do trabalho docente. É por meio deles que os professores podem planejar de

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Fonte: Dados fictícios.
15% 5% 20% 10%5%10% 35%55% 50% 50% 80% 60% 50% 40% 30% 40% 15% 30% 0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100% CG1CG2CG5CG7CG9CG10
Necessitaserconsolidado(NC)Emprocessodeconsolidação(PC)Consolidado(C)

maneira mais adequada os conteúdos que devem ser trabalhados para fins de revisão, de consolidação ou de intervenções sistemáticas, tanto individual quanto coletivamente.

Quando o processo de aprendizagem dos alunos é acompanhado de perto, é possível perceber os avanços eas dificuldades presentes nesse percurso. Nesse sentido, ao elaborar os relatórios de indicadores de aprendizagem, o professor pode identificar a necessidade de organizar o grupo de outras formas, de realizar atividades que favoreçam e enriqueçam a aprendizagemdosalunosedeadotarnovasestratégiasdeensinoquepromovamresultados mais efetivos. Dessa maneira, a elaboração dos relatórios possui um efeito preventivo no percurso formativo dos alunos, pois fornece dados para a ação docente imediata em favor da retomada do aprendizado, sem que se precise esperar o término do bimestre, de um ciclo avaliativo ou até mesmo do ano letivo.

Assim,osrelatóriosdeindicadoresdasaprendizagenssãoferramentasfundamentais no contexto escolar, seja em sala de aula, como instrumento norteador da prática pedagógica, seja em reuniões de conselho de classe, como referência para a tomada de decisões coletivas e para o acompanhamento dos alunos, seja em reuniões com familiares ou responsáveis, como suporte para apresentar os avanços, as dificuldades e o percurso trilhado por cada aluno e pelo grupo no qual está inserido.

Indicadores do acompanhamento da aprendizagem

Neste Recurso Educacional Digital, são apresentados modelos de quatro tipos de ficha que podem ser utilizados como indicadores do acompanhamento das aprendizagens, elaborados com base na PNA e na BNCC:

 Ficha de avaliação diagnóstica: permite obter um diagnóstico dos conhecimentos prévios dos alunos.

 Ficha de acompanhamento das aprendizagens: permite avaliar o desenvolvimento das habilidades, competências e dos componentes essenciais para a alfabetização ao longo do processo educacional, identificando avanços e dificuldades na consolidação das aprendizagens pelos alunos.

 Ficha deverificação de resultados: permite avaliar se os objetivos de aprendizagem foramatingidosaofinaldoanoletivo,podendotambémservirdefontededadospara a elaboração de estratégias para o próximo ano escolar.

 Ficha de acompanhamento do desenvolvimento de competências socioemocionais: permite acompanhar de forma planejada o desenvolvimento de competências socioemocionais dos alunos.

O preenchimento das fichas requer a observação do desempenho dos alunos em atividades individuais ou em grupos, realizadas em sala de aula ou em casa, bem como em propostas voltadas especificamente para avaliação. Com isso, torna-se possível registrar e acompanhar o histórico de desenvolvimentodos alunos, observando suas potencialidadese

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dificuldades, seja com o objetivo de elaborar planos de ação capazes de remediar defasagens, seja para produzir devolutivas que estimulem avanços, fazendo com que os alunos compreendam a importância do momento avaliativo e sintam-se parte desse processo.

Ao preencher as fichas, o professor poderá refletir sobre o processo de ensino-aprendizagem,estabelecerasmetasaseremalcançadaseidentificarospontosmais frágeis que requerem novas intervenções Trata-se, então, de registros que permitem identificar avanços, lacunas ou defasagens no processo de ensino-aprendizagem, e que, portanto, incidem diretamente na tomada de decisão sobre o que, como e quando ensinar, visando a um direcionamento mais apropriado das práticas pedagógicas em função das demandas formativas dos alunos.

Por fim, é importante ressaltar a relevância do arquivamento dessas fichas, pois configuram relatório circunstanciado de percurso trilhado pelos alunos ao longo do ano letivo, podendo ser utilizadas por docentes dos anos seguintes ou mesmo para a própria avaliação da prática docente em um momento futuro.

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criações sejam licenciadas sob os mesmos parâmetros. 131
com
as

Ficha de avaliação diagnóstica

Professor(a):

Turma:

Sugestãodecritériosdeavaliação

C = consolidado (aluno faz sozinho); PC = em processo de consolidação (aluno precisa de apoio de um mediador); NC = necessita de novas oportunidades de consolidação (aluno não consegue realizar a atividade proposta)

Ficha de avaliação diagnóstica (Literacia)

Conhecimentoalfabético Fluênciaemleituraoral

Aluno Identificação da relação letra-som (grafema-fonema) de todas as letras do alfabeto

Leitura e escrita de palavras com correspondências regulares diretas, contextuais e morfológicas entre grafemas fonemas

Leitura e escrita de palavras com correspondências irregulares entre grafemas e fonemas

Leitura e escrita de palavras com ditongo reduzido na língua oral (ai, ei, ou)

Compreensão de regras de acentuação e uso correto dos acentos gráficos

Leitura oral independente de textos, com ritmo, altura e entonação adequados

Compreensão da função de sinais de pontuação para realizar leitura oral com ritmo e pausas

adequados

Velocidade de leitura de 100 palavras por minuto e precisão de 95%

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Desenvolvimento de vocabulário Compreensão de textos

Aluno Compreensão do significado de palavras de acordo com o contexto, realizando consulta ao dicionário

Reconhecimento das terminações -ram e -rão, -esa e -eza, -isar e -izar para compreender e formar novas palavras

Compreensão e utilização de novas palavras apresentadas em glossário

Levantamento de hipóteses sobre o texto que será lido com base em elementos como título e imagens

Identificação e compreensão da estrutura e função social de gêneros textuais variados

Identificação e descrição dos elementos da narrativa, como narrador, personagens, cenários, situações e ações

Localização e retirada de informações explícitas em texto

Realização de inferências diretas e de antecipações para previsão de desfechos

Interpretação de textos relacionando ideias e informações

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Compreensãodetextos Produçãodeescrita

Aluno Análise e avaliação de conteúdos e elementos

textuais

Identificação da ideia principal e/ou do tema do texto

Diferenciação de fatos e opiniões em textos

Identificação de estratégias de descrição e argumentação

Escrita de frases complexas, com maior variedade de ideias e de vocabulário

Escrita independente de textos de gêneros textuais variados, de acordo com as características e convenções do gênero

Escrita coletiva de textos de gêneros textuais variados, de acordo com as características e convenções do gênero

Utilização de regras gramaticais e ortográficas e de concordância verbal e nominal nas produções de escrita

Identificação, classificação e utilização de substantivos, pronomes, verbos e adjetivos em frases e textos

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Ficha de acompanhamento das aprendizagens

Professor(a):

Turma:

Aluno:

Sugestãodecritériosdeavaliação

C = consolidado (aluno faz sozinho); PC = em processo de consolidação (aluno precisa de apoio de um mediador); NC = necessita de novas oportunidades de consolidação (aluno não consegue realizar a atividade proposta)

Legenda

AD = avaliação diagnóstica; AP = avaliação de processo; AR = avaliação de resultados Ficha

de acompanhamento das aprendizagens (Língua Portuguesa)

Habilidades

(EF05LP01) Grafar palavras utilizando regras de correspondência fonema-grafema regulares, contextuais e morfológicas e palavras de uso frequente com correspondências irregulares.

(EF05LP02) Identificar o caráter polissêmico das palavras (uma mesma palavra com diferentes significados, de acordo com o contexto de uso), comparando o significado de determinados termos utilizados nas áreas científicas com esses mesmos termos utilizados na linguagem usual.

(EF05LP03) Acentuar corretamente palavras oxítonas, paroxítonas e proparoxítonas.

(EF05LP04) Diferenciar, na leitura de textos, vírgula, ponto e vírgula, dois-pontos e reconhecer, na leitura de textos, o efeito de sentido que decorre do uso de reticências, aspas, parênteses.

(EF05LP05) Identificar a expressão de presente, passado e futuro em tempos verbais do modo indicativo.

(EF05LP06) Flexionar, adequadamente, na escrita e na oralidade, os verbos em concordância com pronomes pessoais/nomes sujeitos da oração.

(EF05LP07) Identificar, em textos, o uso de conjunções e a relação que estabelecem entre partes do texto: adição, oposição, tempo, causa, condição, finalidade.

(EF05LP08) Diferenciar palavras primitivas, derivadas e compostas, e derivadas por adição de prefixo e de sufixo.

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AD AP AR Observações

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(EF05LP09) Ler e compreender, com autonomia, textos instrucional de regras de jogo, dentre outros gêneros do campo da vida cotidiana, de acordo com as convenções do gênero e considerando a situação comunicativa e a finalidade do texto.

(EF05LP10) Ler e compreender, com autonomia, anedotas, piadas e cartuns, dentre outros gêneros do campo da vida cotidiana, de acordo com as convenções do gênero e considerando a situação comunicativa e a finalidade do texto.

(EF05LP11) Registrar, com autonomia, anedotas, piadas e cartuns, dentre outros gêneros do campo da vida cotidiana, de acordo com as convenções do gênero e considerando a situação comunicativa e a finalidade do texto.

(EF05LP12) Planejar e produzir, com autonomia, textos instrucionais de regras de jogo, dentre outros gêneros do campo da vida cotidiana, de acordo com as convenções do gênero e considerando a situação comunicativa e a finalidade do texto.

(EF05LP13) Assistir, em vídeo digital, à postagem de vloginfantil de críticas de brinquedos e livros de literatura infantil e, a partir dele, planejar e produzir resenhas digitais em áudio ou vídeo.

(EF05LP14) Identificar e reproduzir, em textos de resenha crítica de brinquedos ou livros de literatura infantil, a formatação própria desses textos (apresentação e avaliação do produto).

(EF05LP15) Ler/assistir e compreender, com autonomia, notícias, reportagens, vídeos em vlogsargumentativos, dentre outros gêneros do campo político-cidadão, de acordo com as convenções dos gêneros e considerando a situação comunicativa e o tema/assunto do texto.

(EF05LP16) Comparar informações sobre um mesmo fato veiculadas em diferentes mídias e concluir sobre qual é mais confiável e por quê.

(EF05LP17) Produzir roteiro para edição de uma reportagem digital sobre temas de interesse da turma, a partir de buscas de informações, imagens, áudios e vídeos na internet, de acordo com as convenções do gênero e considerando a situação comunicativa e o tema/assunto do texto.

(EF05LP18) Roteirizar, produzir e editar vídeo para vlogsargumentativos sobre produtos de mídia para público infantil (filmes, desenhos animados, HQs, gamesetc.), com base em conhecimentos sobre os mesmos, de acordo com as convenções do gênero e considerando a situação comunicativa e o tema/assunto/finalidade do texto.

(EF05LP19) Argumentar oralmente sobre acontecimentos de interesse social, com base em conhecimentos sobre fatos divulgados em TV, rádio, mídia impressa e digital, respeitando pontos de vista diferentes.

(EF05LP20) Analisar a validade e força de argumentos em argumentações sobre produtos de mídia para público infantil (filmes, desenhos animados, HQs, gamesetc.), com base em conhecimentos sobre os mesmos.

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(EF05LP21) Analisar o padrão entonacional, a expressão facial e corporal e as escolhas de variedade e registro linguísticos de vloggersde vlogsopinativos ou argumentativos.

(EF05LP22) Ler e compreender verbetes de dicionário, identificando a estrutura, as informações gramaticais (significado de abreviaturas) e as informações semânticas.

(EF05LP23) Comparar informações apresentadas em gráficos ou tabelas.

(EF05LP24) Planejar e produzir texto sobre tema de interesse, organizando resultados de pesquisa em fontes de informação impressas ou digitais, incluindo imagens e gráficos ou tabelas, considerando a situação comunicativa e o tema/assunto do texto.

(EF05LP25) Planejar e produzir, com certa autonomia, verbetes de dicionário, digitais ou impressos, considerando a situação comunicativa e o tema/assunto/finalidade do texto.

(EF05LP26) Utilizar, ao produzir o texto, conhecimentos linguísticos e gramaticais: regras sintáticas de concordância nominal e verbal, convenções de escrita de citações, pontuação (ponto-final, dois-pontos, vírgulas em enumerações) e regras ortográficas.

(EF05LP27) Utilizar, ao produzir o texto, recursos de coesão pronominal (pronomes anafóricos) e articuladores de relações de sentido (tempo, causa, oposição, conclusão, comparação), com nível adequado de informatividade.

(EF05LP28) Observar, em ciberpoemas e minicontos infantis em mídia digital, os recursos multissemióticos presentes nesses textos digitais.

(EF35LP01) Ler e compreender, silenciosamente e, em seguida, em voz alta, com autonomia e fluência, textos curtos com nível de textualidade adequado.

(EF35LP02) Selecionar livros da biblioteca e/ou do cantinho de leitura da sala de aula e/ou disponíveis em meios digitais para leitura individual, justificando a escolha e compartilhando com os colegas sua opinião, após a leitura.

(EF35LP03) Identificar a ideia central do texto, demonstrando compreensão global.

(EF35LP04) Inferir informações implícitas nos textos lidos.

(EF35LP05) Inferir o sentido de palavras ou expressões desconhecidas em textos, com base no contexto da frase ou do texto.

(EF35LP06) Recuperar relações entre partes de um texto, identificando substituições lexicais (de substantivos por sinônimos) ou pronominais (uso de pronomes anafóricos – pessoais, possessivos, demonstrativos) que contribuem para a continuidade do texto.

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(EF35LP07) Utilizar, ao produzir um texto, conhecimentos linguísticos e gramaticais, tais como ortografia, regras básicas de concordância nominal e verbal, pontuação (ponto-final, ponto de exclamação, ponto de interrogação, vírgulas em enumerações) e pontuação do discurso direto, quando for o caso.

(EF35LP08) Utilizar, ao produzir um texto, recursos de referenciação (por substituição lexical ou por pronomes pessoais, possessivos e demonstrativos), vocabulário apropriado ao gênero, recursos de coesão pronominal (pronomes anafóricos) e articuladores de relações de sentido (tempo, causa, oposição, conclusão, comparação), com nível suficiente de informatividade.

(EF35LP09) Organizar o texto em unidades de sentido, dividindo-o em parágrafos segundo as normas gráficas e de acordo com as características do gênero textual.

(EF35LP10) Identificar gêneros do discurso oral, utilizados em diferentes situações e contextos comunicativos, e suas características linguístico-expressivas e composicionais (conversação espontânea, conversação telefônica, entrevistas pessoais, entrevistas no rádio ou na TV, debate, noticiário de rádio e TV, narração de jogos esportivos no rádio e TV, aula, debate etc.).

(EF35LP11) Ouvir gravações, canções, textos falados em diferentes variedades linguísticas, identificando características regionais, urbanas e rurais da fala e respeitando as diversas variedades linguísticas como características do uso da língua por diferentes grupos regionais ou diferentes culturas locais, rejeitando preconceitos linguísticos.

(EF35LP12) Recorrer ao dicionário para esclarecer dúvida sobre a escrita de palavras, especialmente no caso de palavras com relações irregulares fonema-grafema.

(EF35LP13) Memorizar a grafia de palavras de uso frequente nas quais as relações fonema-grafema são irregulares e com h inicial que não representa fonema.

(EF35LP14) Identificar em textos e usar na produção textual pronomes pessoais, possessivos e demonstrativos, como recurso coesivo anafórico.

(EF35LP15) Opinar e defender ponto de vista sobre tema polêmico relacionado a situações vivenciadas na escola e/ou na comunidade, utilizando registro formal e estrutura adequada à argumentação, considerando a situação comunicativa e o tema/assunto do texto.

(EF35LP16) Identificar e reproduzir, em notícias, manchetes, lides e corpo de notícias simples para público infantil e cartas de reclamação (revista infantil), digitais ou impressos, a formatação e diagramação específica de cada um desses gêneros, inclusive em suas versões orais.

(EF35LP17) Buscar e selecionar, com o apoio do professor, informações de interesse sobre fenômenos sociais e naturais, em textos que circulam em meios impressos ou digitais.

Material disponibilizado em licença aberta do tipo Creative Commons – Atribuição não comercial (CC BY NC – 4.0 International). Permitida a criação de obra derivada com fins não comerciais, desde que seja atribuído crédito autoral e as criações sejam licenciadas sob os mesmos parâmetros.

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(EF35LP18) Escutar, com atenção, apresentações de trabalhos realizadas por colegas, formulando perguntas pertinentes ao tema e solicitando esclarecimentos sempre que necessário.

(EF35LP19) Recuperar as ideias principais em situações formais de escuta de exposições, apresentações e palestras.

(EF35LP20) Expor trabalhos ou pesquisas escolares, em sala de aula, com apoio de recursos multissemióticos (imagens, diagrama, tabelas etc.), orientando-se por roteiro escrito, planejando o tempo de fala e adequando a linguagem à situação comunicativa.

(EF35LP21) Ler e compreender, de forma autônoma, textos literários de diferentes gêneros e extensões, inclusive aqueles sem ilustrações, estabelecendo preferências por gêneros, temas, autores.

(EF35LP22) Perceber diálogos em textos narrativos, observando o efeito de sentido de verbos de enunciação e, se for o caso, o uso de variedades linguísticas no discurso direto.

(EF35LP23) Apreciar poemas e outros textos versificados, observando rimas, aliterações e diferentes modos de divisão dos versos, estrofes e refrões e seu efeito de sentido.

(EF35LP24) Identificar funções do texto dramático (escrito para ser encenado) e sua organização por meio de diálogos entre personagens e marcadores das falas das personagens e de cena.

(EF35LP25) Criar narrativas ficcionais, com certa autonomia, utilizando detalhes descritivos, sequências de eventos e imagens apropriadas para sustentar o sentido do texto, e marcadores de tempo, espaço e de fala de personagens.

(EF35LP26) Ler e compreender, com certa autonomia, narrativas ficcionais que apresentem cenários e personagens, observando os elementos da estrutura narrativa: enredo, tempo, espaço, personagens, narrador e a construção do discurso indireto e discurso direto.

(EF35LP27) Ler e compreender, com certa autonomia, textos em versos, explorando rimas, sons e jogos de palavras, imagens poéticas (sentidos figurados) e recursos visuais e sonoros.

(EF35LP28) Declamar poemas, com entonação, postura e interpretação adequadas.

(EF35LP29) Identificar, em narrativas, cenário, personagem central, conflito gerador, resolução e o ponto de vista com base no qual histórias são narradas, diferenciando narrativas em primeira e terceira pessoas.

(EF35LP30) Diferenciar discurso indireto e discurso direto, determinando o efeito de sentido de verbos de enunciação e explicando o uso de variedades linguísticas no discurso direto, quando for o caso.

(EF35LP31) Identificar, em textos versificados, efeitos de sentido decorrentes do uso de recursos rítmicos e sonoros e de metáforas.

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(EF15LP01) Identificar a função social de textos que circulam em campos da vida social dos quais participa cotidianamente (a casa, a rua, a comunidade, a escola) e nas mídias impressa, de massa e digital, reconhecendo para que foram produzidos, onde circulam, quem os produziu e a quem se destinam.

(EF15LP02) Estabelecer expectativas em relação ao texto que vai ler (pressuposições antecipadoras dos sentidos, da forma e da função social do texto), apoiando-se em seus conhecimentos prévios sobre as condições de produção e recepção desse texto, o gênero, o suporte e o universo temático, bem como sobre saliências textuais, recursos gráficos, imagens, dados da própria obra (índice, prefácio etc.), confirmando antecipações e inferências realizadas antes e durante a leitura de textos, checando a adequação das hipóteses realizadas.

(EF15LP03) Localizar informações explícitas em textos.

(EF15LP04) Identificar o efeito de sentido produzido pelo uso de recursos expressivos gráfico-visuais em textos multissemióticos.

(EF15LP05) Planejar, com a ajuda do professor, o texto que será produzido, considerando a situação comunicativa, os interlocutores (quem escreve/para quem escreve); a finalidade ou o propósito (escrever para quê); a circulação (onde o texto vai circular); o suporte (qual é o portador do texto); a linguagem, organização e forma do texto e seu tema, pesquisando em meios impressos ou digitais, sempre que for preciso, informações necessárias à produção do texto, organizando em tópicos os dados e as fontes pesquisadas.

(EF15LP06) Reler e revisar o texto produzido com a ajuda do professor e a colaboração dos colegas, para corrigi-lo e aprimorá-lo, fazendo cortes, acréscimos, reformulações, correções de ortografia e pontuação.

(EF15LP07) Editar a versão final do texto, em colaboração com os colegas e com a ajuda do professor, ilustrando, quando for o caso, em suporte adequado, manual ou digital.

(EF15LP08) Utilizar software , inclusive programas de edição de texto, para editar e publicar os textos produzidos, explorando os recursos multissemióticos disponíveis.

(EF15LP09) Expressar-se em situações de intercâmbio oral com clareza, preocupando-se em ser compreendido pelo interlocutor e usando a palavra com tom de voz audível, boa articulação e ritmo adequado.

(EF15LP10) Escutar, com atenção, falas de professores e colegas, formulando perguntas pertinentes ao tema e solicitando esclarecimentos sempre que necessário.

(EF15LP11) Reconhecer características da conversação espontânea presencial, respeitando os turnos de fala, selecionando e utilizando, durante a conversação, formas de tratamento adequadas, de acordo com a situação e a posição do interlocutor.

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(EF15LP12) Atribuir significado a aspectos não linguísticos (paralinguísticos) observados na fala, como direção do olhar, riso, gestos, movimentos da cabeça (de concordância ou discordância), expressão corporal, tom de voz.

(EF15LP13) Identificar finalidades da interação oral em diferentes contextos comunicativos (solicitar informações, apresentar opiniões, informar, relatar experiências etc.).

(EF15LP14) Construir o sentido de histórias em quadrinhos e tirinhas, relacionando imagens e palavras e interpretando recursos gráficos (tipos de balões, de letras, onomatopeias).

(EF15LP15) Reconhecer que os textos literários fazem parte do mundo do imaginário e apresentam uma dimensão lúdica, de encantamento, valorizando-os, em sua diversidade cultural, como patrimônio artístico da humanidade.

(EF15LP16) Ler e compreender, em colaboração com os colegas e com a ajuda do professor e, mais tarde, de maneira autônoma, textos narrativos de maior porte como contos (populares, de fadas, acumulativos, de assombração etc.) e crônicas.

(EF15LP17) Apreciar poemas visuais e concretos, observando efeitos de sentido criados pelo formato do texto na página, distribuição e diagramação das letras, pelas ilustrações e por outros efeitos visuais

(EF15LP18) Relacionar texto com ilustrações e outros recursos gráficos.

(EF15LP19) Recontar oralmente, com e sem apoio de imagem, textos literários lidos pelo professor.

Competências específicas de Língua Portuguesa para o Ensino Fundamental

1. Compreender a língua como fenômeno cultural, histórico, social, variável, heterogêneo e sensível aos contextos de uso, reconhecendo-a como meio de construção de identidades de seus usuários e da comunidade a que pertencem.

2. Apropriar-se da linguagem escrita, reconhecendo-a como forma de interação nos diferentes campos de atuação da vida social e utilizando-a para ampliar suas possibilidades de participar da cultura letrada, de construir conhecimentos (inclusive escolares) e de se envolver com maior autonomia e protagonismo na vida social.

3. Ler, escutar e produzir textos orais, escritos e multissemióticos que circulam em diferentes campos de atuação e mídias, com compreensão, autonomia, fluência e criticidade, de modo a se expressar e partilhar informações, experiências, ideias e sentimentos, e continuar aprendendo.

4. Compreender o fenômeno da variação linguística, demonstrando atitude respeitosa diante de variedades linguísticas e rejeitando preconceitos linguísticos.

5. Empregar, nas interações sociais, a variedade e o estilo de linguagem adequados à situação comunicativa, ao(s) interlocutor(es) e ao gênero do discurso/gênero textual.

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AD AP AR Observações

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6. Analisar informações, argumentos e opiniões manifestados em interações sociais e nos meios de comunicação, posicionando-se ética e criticamente em relação a conteúdos discriminatórios que ferem direitos humanos e ambientais.

7. Reconhecer o texto como lugar de manifestação e negociação de sentidos, valores e ideologias.

8. Selecionar textos e livros para leitura integral, de acordo com objetivos, interesses e projetos pessoais (estudo, formação pessoal, entretenimento, pesquisa, trabalho etc.).

9. Envolver-se em práticas de leitura literária que possibilitem o desenvolvimento do senso estético para fruição, valorizando a literatura e outras manifestações artístico-culturais como formas de acesso às dimensões lúdicas, de imaginário e encantamento, reconhecendo o potencial transformador e humanizador da experiência com a literatura.

10. Mobilizar práticas da cultura digital, diferentes linguagens, mídias e ferramentas digitais para expandir as formas de produzir sentidos (nos processos de compreensão e produção), aprender e refletir sobre o mundo e realizar diferentes projetos autorais.

CompetênciasgeraisdaEducaçãoBásica AD AP AR Observações

1. Valorizar e utilizar os conhecimentos historicamente construídos sobre o mundo físico, social, cultural e digital para entender e explicar a realidade, continuar aprendendo e colaborar para a construção de uma sociedade justa, democrática e inclusiva.

2. Exercitar a curiosidade intelectual e recorrer à abordagem própria das ciências, incluindo a investigação, a reflexão, a análise crítica, a imaginação e a criatividade, para investigar causas, elaborar e testar hipóteses, formular e resolver problemas e criar soluções (inclusive tecnológicas) com base nos conhecimentos das diferentes áreas.

3. Valorizar e fruir as diversas manifestações artísticas e culturais, das locais às mundiais, e também participar de práticas diversificadas da produção artístico-cultural.

4. Utilizar diferentes linguagens – verbal (oral ou visual-motora, como Libras, e escrita), corporal, visual, sonora e digital –, bem como conhecimentos das linguagens artística, matemática e científica, para se expressar e partilhar informações, experiências, ideias e sentimentos em diferentes contextos e produzir sentidos que levem ao entendimento mútuo.

5. Compreender, utilizar e criar tecnologias digitais de informação e comunicação de forma crítica, significativa, reflexiva e ética nas diversas práticas sociais (incluindo as escolares) para se comunicar, acessar e disseminar informações, produzir conhecimentos, resolver problemas e exercer protagonismo e autoria na vida pessoal e coletiva.

6. Valorizar a diversidade de saberes e vivências culturais e apropriar-se de conhecimentos e experiências que lhe possibilitem entender as relações próprias do mundo do trabalho e fazer escolhas alinhadas ao exercício da cidadania e ao seu projeto de vida, com liberdade, autonomia, consciência crítica e responsabilidade.

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7. Argumentar com base em fatos, dados e informações confiáveis, para formular, negociar e defender ideias, pontos de vista e decisões comuns que respeitem e promovam os direitos humanos, a consciência socioambiental e o consumo responsável em âmbito local, regional e global, com posicionamento ético em relação ao cuidado de si mesmo, dos outros e do planeta.

8. Conhecer-se, apreciar-se e cuidar de sua saúde física e emocional, compreendendo-se na diversidade humana e reconhecendo suas emoções e as dos outros, com autocrítica e capacidade para lidar com elas.

9. Exercitar a empatia, o diálogo, a resolução de conflitos e a cooperação, fazendo-se respeitar e promovendo o respeito ao outro e aos direitos humanos, com acolhimento e valorização da diversidade de indivíduos e de grupos sociais, seus saberes, identidades, culturas e potencialidades, sem preconceitos de qualquer natureza.

10. Agir pessoal e coletivamente com autonomia, responsabilidade, flexibilidade, resiliência e determinação, tomando decisões com base em princípios éticos, democráticos, inclusivos, sustentáveis e solidários.

Componentesessenciaisparaaalfabetização

Conhecimento alfabético

Consciência fonológica e fonêmica

Compreensão de textos

Fluência em leitura oral

Desenvolvimento de vocabulário

Produção de escrita

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AD AP AR Observações

Ficha de verificação de resultados

Professor(a):

Turma:

Sugestãodecritériosdeavaliação

C = consolidado (aluno faz sozinho); PC = em processo de consolidação (aluno precisa de apoio de um mediador); NC = necessita de novas oportunidades de consolidação (aluno não consegue realizar a atividade proposta)

Ficha de verificação de resultados

Principaisobjetivosdeaprendizagem

Aluno Compreender a função social e as características do gênero textual relato

Compreender o uso de marcadores temporais em gêneros textuais diversos

Compreender que tempos verbais são referências temporais em narrativas

Identificar as letras que representam som /s/: ss, ç, x, xc, sç, sc, c, s

Compreender a função social e as características do gênero textual conto

Identificar e organizar elementos narrativos para criar e contar uma história de aventura

Compreender efeitos de sentido produzidos por sinais de pontuação em textos narrativos

Distinguir o uso das palavras mas e mais

Compreender o uso de dois-pontos e travessão em diálogos

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Aluno Compreender a função social e as características do gênero textual notícia

Identificar os diferentes suportes em que circulam as notícias

Reconhecer os elementos que diferenciam uma crônica de uma notícia

Utilizar corretamente as regras ortográficas que regem o uso de há ou a

Compreender a função social e as características dos gêneros orais entrevista, debate e seminário

Exercitar a argumentação na produção de gêneros orais

Compreender a função social e as características do gênero textual poema

Desenvolver critérios de apreciação estética

Declamar poemas com ritmo e entonação adequados

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RECURSO EDUCACIONAL DIGITAL

Aluno Compreender a função social e as características do gênero textual artigo de divulgação científica

Consultar fontes diversas acerca de um mesmo tema, desenvolvendo estratégias de pesquisa e seleção de informações

Compreender a função social e as características do gênero textual artigo de opinião

Compreender as substituições lexical e pronominal como recursos de coesão textual

Expressar e defender opiniões com base em argumentos

Revisar textos utilizando estratégias de substituição como recurso coesivo

Conhecer a função social e as características do gênero textual texto teatral

Usar estratégias de identificação, reconhecimento e elaboração na produção de um texto teatral

Material disponibilizado em licença aberta do tipo Creative Commons – Atribuição não comercial (CC BY NC – 4.0 International). Permitida a criação de obra derivada com fins não comerciais, desde que seja atribuído crédito autoral e as criações sejam licenciadas sob os mesmos parâmetros.

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Ficha

de acompanhamento do desenvolvimento de competências socioemocionais

Professor(a):

Turma:

Período:

Ficha de acompanhamento do desenvolvimento de competências socioemocionais

Competênciassocioemocionais Sempre Frequentemente Raramente Nunca

Determinação

Foco

Organização

Persistência

Responsabilidade

Empatia

Respeito

Confiança

Tolerância ao estresse

Autoconfiança

Tolerância à frustração

Iniciativa social

Assertividade

Entusiasmo

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RECURSO EDUCACIONAL DIGITAL
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Catálogo dos audiovisuais

Este catálogo apresenta o conjunto de materiais audiovisuais que compõem o Recurso Educacional Digital desta coleção, com orientações para o uso de cada recurso audiovisual em sala de aula, incluindo sugestões de atividades relacionadas ao conteúdo abordado.

A coletânea de audiovisuais tem como objetivo complementar e aprofundar a prática pedagógica e pode ser utilizada de acordo com as características da turma e com o planejamento das aulas. Os recursos audiovisuais possibilitam o trabalho com diversos conteúdos curriculares, uma vez que os vídeos e áudios, quando explorados de maneira dinâmica e em sua potencialidade, favorecem a compreensão dos conteúdos pelos alunos, ampliando e tornando mais significativo o processo de aprendizagem.

Por meio dos materiais audiovisuais, o aluno aprende, por exemplo, a se informar, a conhecer os outros, o mundo e a si mesmo. Trata-se de um importante meio de interação, que oportuniza vivenciar múltiplos usos sociais da linguagem, tornando mais prazerosas e enriquecedoras as práticas de ensino e de aprendizagem. A linguagem audiovisual é muito presente na sociedade contemporânea, por isso, tomá-la como ferramenta para a aprendizagem é uma forma de aproximar ainda mais a escola da realidade dos alunos.

Audiovisuais da coletânea

Relação de audiovisuais dacoletânea

Título do audiovisual Descrição

Como fazer uma reportagem digital?

Vídeo sobre o gênero textual reportagem digital e sua importância para a produção e a circulação de informações.

Compreender as tecnologias digitais de informação e sua importância para a produção e a circulação de informações.

Reconhecer a função social e as condições de produção do gênero textual reportagem.

Compreender as características de uma reportagem digital.

Realizar pesquisa sobre tema de interesse em meios digitais.

Elaborar roteiro para a produção de uma reportagem digital, conforme as características desse gênero textual. Produzir uma reportagem digital.

Reportagem digital Pesquisa

Recursos

multissemióticos

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Objetivos de aprendizagem
Conteúdos abordados

Nossas origens Áudio com apresentação de um trabalho, no formato depodcast , sobre as origens da população brasileira.

Reconhecer a diversidade étnica da população brasileira.

Identificar gêneros do discurso oral, utilizados em diferentes situações e contextos comunicativos.

Realizar pesquisa sobre tema de interesse dos alunos.

Elaborar roteiro escrito para o texto a ser produzido oralmente. Organizar dados e informações em gráficos e tabelas.

Diversidade étnica

População brasileira

Podcast

Entrevista

Pesquisa

Gráficos e tabelas

Mitos Vídeo com narrativas da mitologia grega.

Reconhecer a importância dos mitos para diferentes povos e culturas. Pesquisar mitos indígenas.

Recontar oralmente narrativas lidas.

Mito

Reconto oral

Fernando Pessoa Áudio que apresenta a leitura de poemas e aspectos da biografia e da obra do escritor Fernando Pessoa.

Conhecer a biografia e os heterônimos de Fernando Pessoa. Apreciar poemas.

Identificar as características e a estrutura do gênero poema.

Declamar poemas com entonação e ritmo adequados.

Poema

Verso, estrofe e rima

Linguagem poética

Eu lírico

Declamação de poemas

Vamos apresentar! Vídeo sobre diferentes estratégias e recursos para realizar apresentações de trabalhos escolares.

Realizar pesquisa sobre temas de interesse da turma.

Expor trabalhos ou pesquisas escolares, em sala de aula, com o apoio de recursos multissemióticos.

Expressar-se em situações de intercâmbio oral com clareza, preocupando-se em ser compreendido pelo interlocutor.

Uso de recursos multissemióticos em apresentações orais

Exposição de trabalhos escolares

Expressão oral

Orientações para o uso dos audiovisuais

Audiovisual • Como fazer uma reportagem digital?

Este vídeo apresenta o gênero textual reportagem, abordando as tecnologias digitais e sua importância para a produção e a circulação de informações. Também dá orientações para a produção de uma reportagem digital, explorando os diferentes recursos que podem ser utilizados nesse formato. Ao final do vídeo, os alunos serão convidados a produzir uma reportagem digital, colocando em prática o que aprenderam.

Antes de exibir o vídeo, pergunte aos alunos se usam a internet para buscar informações sobre determinado assunto e, nessas pesquisas, quais textos podem ler para se informar. Verifique se mencionam notícias e reportagens e, se necessário, comente que

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essessãotextosquepodemoslerparaobterinformaçõessobreumfatoouassunto.Levante os conhecimentos prévios dos alunos sobre esses gêneros textuais e, com base nas respostas, comente alguns aspectos que os caracterizam. Explique que a notícia e a reportagem são gêneros jornalísticos e pergunte aos alunos se sabem qual é a diferença entre eles. Nessa mobilização inicial, leve-os a perceber que a notícia tem a finalidade de relatar um acontecimento recente, para que o público tenha conhecimento imediato sobre o fato. Por isso, geralmente as notícias são mais curtas e objetivas. Areportagem, por sua vez, tem um caráter investigativo e pode relatar diversos acontecimentos, bem como apresentar informações e opiniões sobre um determinado fato ou tema relevante para o público a que se destina. Comente, por exemplo, que existem reportagens sobre acontecimentos antigos de relevância atual, bem como reportagens que tratam de acontecimentos noticiados recentemente, apresentando uma visão mais aprofundada sobre os fatos relatados.

Pergunteaosalunossejá leramuma reportagemdigital e,em casopositivo, peça que comentem qual era o tema da reportagem, em que siteleram, o que mais lhes chamou a atençãoetc.Levantetambémalgunstemaseacontecimentossobreosquaiselesgostariam de se informar.

Em outro momento, se possível, reserve a sala de informática para que os alunos possamtercontatocomessegênerotextual.Selecione,previamente,umareportagemdigital sobre um tema de interesse da turma e que, além do texto escrito, apresente diferentes recursos e linguagens, como fotografias, gráficos, tabelas, links , vídeos, áudios etc. Dê um tempo para que explorem a reportagem e peça que identifiquem o assunto, as principais informações apresentadas e os recursos utilizados na reportagem. Informe, então, que eles vão produzir uma reportagem digital e, para isso, vão assistir a um vídeo que dá dicas e orientações para essa produção.

Sugestão de atividade

Após a exibição do vídeo, peça aos alunos que se organizem em grupos de quatro ou cinco integrantes e conversem sobre temas e acontecimentos que consideram importantes para discutir na escola. Solicite que registrem, em uma folha avulsa, os temas apontados na conversa e escolham um desses temas para realizar uma reportagem digital sobre ele. Retome as características desse gênero textual apresentado no vídeo, relembrando que, além do texto escrito, essas reportagens podem apresentar imagens, gráficos, links , vídeos, áudios, com o objetivo de ampliar a visão do público sobre o tema abordado. Relembre, também, que uma das formas de diversificar o ponto de vista sobre o assunto tratado na reportagem é apresentar depoimentos de pessoas que participaram dos acontecimentos e/ou de especialistas, que podem manifestar diferentes opiniões sobre o assunto. Após definirem o tema, informe que eles deverão iniciar a etapa de pesquisa, buscando informações sobre o tema escolhido.

Para a realização da pesquisa, reserve previamente a sala de informática. Caso não seja possível, a pesquisa pode ser feita em casa ou em outro espaço público com acesso à

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fins não comerciais, desde que seja atribuído crédito autoral e
criações
licenciadas
mesmos parâmetros. 150
derivada com
as
sejam
sob os

internet. Oriente-os a pesquisar notícias e informações sobre o tema, bem como imagens, áudios e vídeos que possam ser utilizados na reportagem. Peça que registrem as fontes consultadas e copiem o linkde acesso a essas fontes. Se necessário, oriente cada grupo em relação às estratégias de pesquisa e ao registro das informações encontradas.

Caso eles optem por realizar entrevistas, sugira que entrevistem familiares ou responsáveis, alunos ou funcionários da escola e oriente-os a elaborar algumas perguntas pertinentes ao tema da reportagem. Explique que, antes de fazerem as perguntas, eles devem explicar aos entrevistados qual é o tema da reportagem que estão fazendo. Explique, também, que algumas pessoas preferem não aparecer em vídeos e que o desejo de cada um deve ser respeitado. Oriente-os, então, a estabelecer combinados com os entrevistados antes de registrar a opinião deles sobre o tema. Se forem tirar fotografias, filmar ou gravar, eles devem perguntar antes ao entrevistado se ele autoriza o uso da imagem e do som. Comente que, caso não seja possível filmar a entrevista, eles podem registrar as respostas do entrevistado usando um gravador de áudio ou escrevendo em uma folha avulsa. Explique, por fim, que as entrevistas gravadas em áudio e vídeo podem ser editadas antes de serem postadas na reportagem, e que eles podem selecionar trechos das entrevistas, transcrevê-los e incluí-los entre os parágrafos do texto como estratégia para atrair a atenção do público.

Após a pesquisa, oriente-os a organizar o conteúdo da reportagem digital elaborando um roteiro, no qual deverão indicar os tópicos do texto, as falas dos entrevistados, se houver, e os recursos que serão utilizados, como fotografias, vídeos, áudios, links , entre outros recursos que contribuam para ampliar o conhecimento dos leitores sobre o tema. Explique que, no roteiro, eles deverão definir a sequência em que os materiais serão apresentados. Explique, também, que, após definirem o roteiro e sistematizarem as informações pesquisadas, eles poderão iniciar a escrita do texto da reportagem.

Para auxiliá-los na escrita do texto, registre na lousa os tópicos sugeridos a seguir.

1. Escolham um título para apresentar o tema da reportagem e atrair a atenção dos leitores.

2. Desenvolvam os tópicos planejados, organizando os assuntos em parágrafos.

3. Usem uma linguagem clara e objetiva. É importante que o texto seja compreensível para o público-alvo da reportagem, ou seja, os alunos da escola.

4. Usem aspas para citar as falas dos entrevistados.

5. Escrevam legendas para as fotografias e outros recursos gráficos utilizados.

Reforce a importância de utilizarem diferentes estratégias para atrair o público que vai acessar o conteúdo da reportagem. Após a escrita do texto, peça a eles que façam a revisão. Oriente-os a reler várias vezes o texto que escreveram para verificar se é necessário fazer algum ajuste. Durante a revisão, circule pela sala para ajudar os grupos e orientá-los em relação aos aspectos que devem observar. Feita a revisão, deverão fazer a edição final da reportagem, organizando o texto e os recursos que vão utilizar, de acordo com o meio em

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que a reportagem será publicada. Se achar necessário, convide o professor de informática paraauxiliarosalunosnaediçãofinaldareportagemdigital.Asreportagensproduzidaspelos grupos podem ser publicadas no siteoublogda escola, se houver.

Audiovisual • Nossas origens

Neste áudio, um aluno apresenta, em formato de podcast , o trabalho que realizou sobre as origens da população brasileira. Nesse trabalho, o aluno entrevista seus pais, fazendo perguntas sobre suas origens e sobre o povo brasileiro. Ao final da apresentação, o aluno propõe aos ouvintes a realização de uma pesquisa sobre a origem dos colegas da turma ou da escola.

Antesdeapresentaroáudioàturma,façaolevantamentodosconhecimentosprévios que eles têm sobrepodcast . Pergunte a eles se sabem o que é, se já ouviram algum e peça que indiquem títulos desse gênero que conhecem, além de darem exemplos de temas e formatos. Explique que opodcasté um meio para divulgar conteúdos em arquivos de áudio, faz parte da cultura digital e, a cada dia, vem ganhando mais espaço na internet.

Comente também que o podcasté muito parecido com um programa de rádio, podendo veicular entrevistas, reportagens, informações sobre temas variados, notícias, debatesetc.Paraqueosalunoscompreendamessacomparação,éimportantelevantarqual é o contato que eles têm com programas de rádio. Explique, então, que o programa de rádio é transmitido ao vivo, já o podcastgeralmente é produzido antes de ser divulgado e fica disponível na internet para ser acessado a qualquer momento (atualmente, alguns programas de rádio também ficam disponíveis na internet). Comente que, assim como outros gêneros textuais digitais, o podcasttem se tornado muito popular também por possibilitar que muitas pessoas se tornem produtoras de conteúdos, ampliando assim a diversidade de informações e pontos de vista divulgados na internet.

Então, informe aos alunos que vão ouvir umpodcaste peça que observem o tema, a linguagem utilizada, quem fala, como fala, entre outros aspectos.

Sugestão de atividade

Após apresentar o áudio, abra espaço para que os alunos apontem os aspectos observados e registre na lousa os elementos que forem apontando, complementando se necessário. É importante que os alunos percebam que quem produziu o podcastfoi um aluno, que se apresenta logo no início, e que o conteúdo é um trabalho escolar que realizou sobre as origens da população brasileira. Verifique se percebem que as informações apresentadas no trabalho foram obtidas por meio de entrevistas com o pai e a mãe desse aluno. Chame a atenção, também, para o título do podcaste sua relação com o conteúdo apresentado.

RECURSO EDUCACIONAL DIGITAL
que seja atribuído
sob
mesmos parâmetros. 152
Material disponibilizado em licença aberta do tipo Creative Commons
Atribuição não comercial (CC BY NC
4.0 International). Permitida a criação de obra derivada com fins não comerciais, desde
crédito autoral e as criações sejam licenciadas
os

Incentive-os a compartilhar seus conhecimentos prévios sobre as origens da população brasileira e peça que comentem a forma como o tema foi apresentado no podcast . Pergunte se eles já conversaram com seus familiares sobre suas origens e se já refletiram sobre como a população brasileira é formada por uma diversidade de povos e culturas.Com base nasrespostasdosalunos,comenteque opovobrasileiroé marcadopela miscigenação e, consequentemente, pela diversidade cultural. Explique que a população brasileira é formada por descendentes de indígenas, africanos, europeus, asiáticos e de muitos outros povos. Comente também que o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) realiza pesquisas sobre a população brasileira e uma delas trata da composição étnica e racial dos brasileiros, em que a pessoas se autodeclaram pretas, pardas, amarelas, brancas ou indígenas. Pergunte também se eles ou seus familiares já vivenciaram a experiência de mudar de cidade, região ou país, levantando os conhecimentos dos alunos sobre as origens de suas famílias.

Proponha, então, que eles produzam um podcastcomo o que acabaram de ouvir, seguindo a mesma proposta de realizar entrevistas com seus pais ou responsáveis sobre suas origens. Oriente-os a elaborar um roteiro para as entrevistas e para a gravação do podcast , realizando as etapas a seguir.

1. Elaborarasperguntasdaentrevistaquevãofazercomospaisouresponsáveis.Osalunos podem fazer perguntas semelhantes às feitas pelo aluno Rafael nopodcastque ouviram e/ou outras que considerarem pertinentes.

2. Escrever um roteiro para o podcast , com uma apresentação inicial, as perguntas das entrevistas e um comentário final. Se necessário, reproduza novamente o áudio com o podcast para que observem um modelo. Para orientá-los na elaboração do roteiro, apresente os seguintes tópicos que devem constar das partes inicial e final.

Parte inicial

 saudação inicial;

 nome do aluno que está gravando opodcast ;

 apresentação do tema dopodcast ;

 apresentação das pessoas que serão entrevistadas.

Parte final

 comentário geral sobre o tema;

 despedida.

Explique também que devem escrever o roteiro levando em conta a maneira como falamos,pois,emboraoroteirosejaescrito,trata-sedeumtextoqueseráfalado.Casojulgue necessário, retome algumas características linguístico-expressivas e composicionais dos

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gêneros orais. Ressalte também que eles não devem ler o texto do roteiro, mas apenas usá-lo como referência para planejar as falas durante a gravação.

Informe aos alunos que, para realizar as entrevistas e a gravação do podcast , devem usar um dispositivo para gravar áudios, como celular ou gravador. Caso não tenham esse recurso disponível, pode-se combinar com os pais ou responsáveis que realizem as entrevistas na escola. Nesse caso, será necessário providenciar o dispositivo para os alunos. Peça que salvem o áudio gravado e, se possível, enviem para você, professor, por algum meio digital Após a gravação, oriente-os a escutar o áudio gravado com atenção para verificar se gostariam de cortar ou regravar alguma parte. Caso queiram fazer alguma modificação, uma sugestão é utilizar um softwareou aplicativo gratuito de edição de áudio, cujas ferramentas os alunos possam utilizar de modo intuitivo, que permita editar, cortar e mixar o áudio. Outra possibilidade é que eles utilizem um aplicativo de gravação de voz que possibilite a gravação e a edição do áudio no aparelho de celular Se necessário, convide o professor de informática para auxiliar os alunos nesta etapa.

Se possível, providencie a publicação dos podcastsproduzidos pela turma em uma plataforma de áudios gratuita na internet e oriente os alunos a divulgarem os linksa seus familiares, a fim de que estes possam apreciar os trabalhos.

Além dos podcasts , pode-se propor a realização de uma pesquisa sobre as origens étnicas dos alunos da turma, conforme sugerido ao final do vídeo. Nesse caso oriente-os na elaboração de um questionário com perguntas objetivas, que devem ser respondidas por todos os alunos. Depois, oriente-os a utilizar tabelas e gráficos para organizar os dados coletados. Ao final, os dados podem ser analisados coletivamente e compartilhados entre as turmas do 5º ano, de modo que os alunos reconheçam a diversidade étnica presente entre os colegas da turma e da escola

Audiovisual • Mitos

Este vídeo apresenta algumas narrativas da mitologia grega, abordando aspectos dessas narrativas que permitem explorar como a referência a algumas personagens mitológicas está presente em nossa sociedade.

Antes de exibir o vídeo, faça perguntas aos alunos para levantar os conhecimentos prévios acerca da mitologia grega. Pergunte se esse termo é familiar para eles, se conhecem alguma narrativa ou personagem dessa mitologia, se já assistiram a algum filme, desenho ou série ou leram livros que contam histórias dessas personagens. Explique que o termo mitologia grega se refere às narrativas relacionadas aos mitos gregos antigos. Explique, também, que na Grécia Antiga os mitos tinham uma grande importância para a sociedade, porque explicavam a origem do mundo e de tudo o que nele existe, desde os elementos da natureza até aspectos do modos de vida. Comente que os mitos tratam das aventuras e desventuras de deuses, deusas, heróis, heroínas e de outras criaturas mitológicas. Dê alguns exemplos de personagens conhecidas da mitologia grega, além daquelas que eles

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mencionaram, e comente que muitas palavras e expressões presentes na Língua Portuguesa, por exemplo, remetem a essas personagens. Em seguida, exiba o audiovisual.

Sugestão de atividade

Após a exibição, proponha algumas questões para estimulá-los a compartilhar suas impressões sobre o vídeo. Pergunte se eles sabiam que a palavra eco, termo que utilizamos paranosreferiràrepetiçãodosomdaquiloquefalamosdependendodolugarondeestamos, tem origem em uma personagem da mitologia grega chamada Eco. Peça que comentem a história dessa personagem e mencionem as outras personagens envolvidas nessa história, Zeus, Hera e Narciso. Do mesmo modo, questione se eles conheciam a história da personagem Narciso, se já tinham ouvido falar da expressão narcisismo e se sabiam o seu significado.

Após explorar esses exemplos referentes à mitologia grega, explique que diversos povos de diferentes lugares e épocas criaram mitos para explicar alguns fenômenos, como o surgimento do Universo, da Terra, dos astros e dos seres humanos. Comente que, como narrativas orais,osmitosse mantêm vivos porqueforam transmitidos oralmentedegeração em geração. Explique também que, com base em mitos de um povo, é possível conhecer aspectos de sua cultura e de sua história. Por fim, comente que, nas diferentes regiões do Brasil,graçasàdiversidadedepovoseculturas,podemosencontrarumavariedadedemitos, sobretudo de origem indígena, acerca da criação dos seres humanos e do surgimento do dia e da noite, por exemplo.

Em seguida, selecione previamente algumas informações e mitos indígenas. Ver sugestões disponíveis no site : https://mirim.org/pt-br/como-vivem/mitos (acesso em: 22 jan. 2022) e compartilhe oralmente com os alunos. Depois dessa apresentação, ressalte a importância dos mitos na cultura dos povos indígenas e pergunte se conheciam alguma dessashistóriasecomoaconheceram.Expliqueentãoque,comomitossãonarrativasorais, eles podem possuir diferentes versões e que cada povo pode ter uma versão diferente para o mesmo mito.

Em seguida, dirija-se com os alunos à biblioteca da escola ou à sala de informática a fim de que, em trios, pesquisem mitos indígenas brasileiros voltados ao público infantojuvenil. No caso da biblioteca, os grupos podem procurar, por exemplo, em livros que contenham mitos registrados por autores indígenas, como Daniel Munduruku, Olívio Jekupé, Kaka Werá Jecupé e Kanátyo Pataxó, entre outros.

Oriente-os a fazer a leitura do mito escolhido e a elaborar um roteiro escrito para que possam recontá-lo oralmente. Solicite que indiquem, no roteiro, a qual povo indígena o mito pertence, caso essa informação esteja disponível. Peça que definam qual aluno ficará responsávelporcontarcadapartedomito.Expliqueque,duranteaapresentação,elespodem se guiar pelo roteiro, mas a proposta é que exercitem a memória e a oralidade, razão pela qual não deverão ler, e sim recontar, com as próprias palavras, o mito escolhido.

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Audiovisual • Fernando Pessoa

Neste áudio, os alunos terão contato com alguns aspectos da biografia e da obra do escritor português Fernando Pessoa, além de poderem apreciar a leitura de alguns de seus poemas. Ao final, são convidados a compartilharem os poemas que conhecem.

Antes de apresentar o áudio, retome com eles algumas características do gênero poema, explorando elementos de sua estrutura com base em exemplos. Peça que comentem quais poemas e autores conhecem e falem sobre a experiência de declamar poemas. Em seguida, comunique que vão escutar um áudio que apresenta a leitura de poemas e um pouco da biografia do escritor português Fernando Pessoa. Comente que um dos traços característicos da obra desse poeta é o modo como ele criou diferentes autores fictícios, os chamados heterônimos, ou seja, eu líricos com personalidades e características próprias

Sugestão de atividade

Após apresentar o áudio, abra espaço para que os alunos falem sobre o que acharam mais interessante na biografia e nos poemas de Fernando Pessoa. Relembre que o poeta nasceu em Lisboa, Portugal, no ano de 1888, e comente que ainda hoje é considerado um dos maiores poetas da Língua Portuguesa. Retome o comentário sobre os heterônimos, enfatizando que esse recurso criado pelo poeta, de inventar autores fictícios, com nome, sobrenome, personalidade e características próprias, é um exemplo de como a linguagem utilizada nos poemas pode ampliar a nossa imaginação e a nossa percepção de mundo. Comente que, ao escrever um poema, o poeta pode falar de sentimentos e experiências que não necessariamente viveu e que o uso criativo da linguagem no poema abre espaço para a criação de mundos imaginários que têm a força de comover, envolver e provocar sentimentos reais nas pessoas.

Retome as noções de verso, estrofe e rima, utilizando poemas que tenham sido lidos em sala de aula, e chame a atenção dos alunos para o fato de que esses elementos conferem ao poema uma sonoridade característica desse gênero textual. Relembre, também, que um poema pode ou não ter rimas e que estas podem estar estruturadas de diversas maneiras

Em seguida, faça a projeção do poema "Do seu longínquo reino cor-de-rosa" , disponível em: http://arquivopessoa.net/textos/3154 (acesso em: 20 jan. 2022) Explique que o autor desse poema também é Fernando Pessoa e peça a algum aluno que faça a declamação dele Terminada a declamação, leia cada estrofe do poema, analisando os aspectos apontados anteriormente. Peça aos alunos que observem a regularidade dos versos, das estrofes e das rimas, chamando a atenção para o modo como essa estrutura confere uma sonoridade especial ao poema. Reforce então que o poema pode ser declamado, ou seja, lido em voz alta, com atenção à pontuação, à entonação, às pausas, ao ritmo dos versos, às rimas e à divisão das estrofes Em seguida, relembre com os alunos outros gêneros textuais que apresentam características parecidas com as dos poemas, como as letras de canções, por exemplo. Peça que falem sobre emoções e sentimentos

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provocados pelas músicas que eles gostam de ouvir. Dê exemplos de saraus e de outros contextos e movimentos artísticos que envolvem a declamação de poemas, a criação de versos e o uso das rimas, como repente, rap , slam , entre outros, e estimule os alunos a perceberem as diferentes situações em que os poemas podem estar presentes.

Recorra a exemplos de outros gêneros textuais para destacar algumas características que podem servir de contraponto para que os alunos compreendam a particularidade do modo como os poetas lidam com a linguagem. Destaque como, nos poemas, as possibilidades de utilização da linguagem se ampliam, criando outras relações entre as palavras. Comente como, no poema, as relações entre as palavras podem ser inusitadas, provocando, muitas vezes, um estranhamento que convida o leitor ou ouvinte a perceber outros sentidos para além do sentido literal. Lembre aos alunos que, em muitos poemas, o autor utiliza o recurso da comparação para criar imagens que despertam sentimentos, sensações e emoções no leitor.

Explique que, ao ler um poema, é possível imaginar quem está falando, como se fosse uma voz, que é chamada de eu lírico. Chame a atenção para o fato de que o eu lírico e o poeta não são a mesma pessoa. Explique que o eu lírico é uma criação do poeta, isto é, como se o poeta se transportasse para o imaginário construído no poema, tornando-se outra pessoa, animal ou coisa. O eu lírico poderia ser considerado uma personagem, sendo ela quem expressa emoções, sensações e ideias.

Por fim, proponha aos alunos que se reúnam em duplas para participarem de um sarau com a leitura de poemas para os colegas de turma. Peça que cada dupla escolha um poeta e alguns de seus poemas para declamar. As duplas podem escolher poemas que já conhecem e de que gostam ou realizar uma pesquisa e fazer uma seleção de poemas que considerem interessantes para declamar. Além de preparar a declamação, por meio de ensaios, peça que pesquisem informações sobre a vida do poeta e elaborem uma breve apresentação para falarem um pouco sobre o poeta antes da declamação de seus poemas no sarau.

Audiovisual • Vamos apresentar!

Este vídeo aborda estratégias e recursos que podem ser utilizados em apresentações de trabalhos escolares. Além de orientar a elaboração e a utilização de recursos gráfico-visuais para apoiar a apresentação de trabalhos, como cartazes e slides , o vídeo traz algumas dicas para que os alunos realizem uma boa apresentação oral, incentivando também o uso da criatividade na exposição dos trabalhos

A exibição do vídeo pode ser realizada em uma sequência didática que envolva a apresentação oral de uma pesquisa sobre temas de interesse da turma. Como a apresentação de trabalhos envolve várias etapas, recomenda-se que o vídeo seja exibido em uma etapa intermediária, depois que já tenham sido realizadas atividades de pesquisa,

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sistematização e seleção das informações pesquisadas. Assim, a exibição do vídeo pode ajudar os alunos a prepararem e a realizarem suas apresentações

Sugestão de atividade

Estabeleça previamente com os alunos o tema do trabalho que vão apresentar. Uma possibilidade é dividi-los em grupos de quatro ou cinco integrantes e propor que todos os grupos apresentem o trabalho sobre um mesmo tema, orientando cada grupo a abordar um aspecto diferente Assim, após a realização das etapas iniciais de pesquisa e sistematização das informações obtidas, com base na exibição do vídeo, proponha que eles escolham a forma como apresentarão seus trabalhos e os recursos gráfico-visuais que utilizarão. Ao final da atividade, realize uma conversa sobre os diferentes tipos de apresentação e o modo como cada uma contribuiu para ampliar os conhecimentos sobre o tema estudado.

A sistematização a seguir pode auxiliar os alunos a retomarem as estratégias apresentadas no vídeo

1. Se forem utilizar cartazes, relembre-os de que uma forma de deixá-los mais atrativos é usar letras grandes e imagens para ilustrar as ideias apresentadas Caso não tenham selecionado imagens durante a pesquisa, sugira que realizem uma pesquisa complementar. Oriente-os a escrever no cartaz apenas os pontos mais importantes do assunto apresentado, e não tudo o que pretendem falar.

2. Se forem montar uma apresentação de slides , oriente-os a escolher um fundo que não atrapalhe a leitura do conteúdo e a utilizar um tamanho de letra que seja legível para os colegas. Se necessário, ajude-os a escolher os pontos mais importantes do texto para incluírem nos slides , exercitando a elaboração de resumos, palavras-chave e roteiros em tópicos. Relembre-os de que, assim como nos cartazes, os slidesnão devem conter todo o conteúdo do trabalho. Além disso, a inclusão de imagens nos slidescontribui para que as pessoas visualizem melhor as informações

3. Destaque a importância de que os textos sejam revisados antes de finalizarem os cartazes ou slides

4. Oriente-os a planejar a apresentação, organizando quem vai ficar responsável por falar cada parte e a ordem das falas. Comente que fazer um roteiro da apresentação pode ajudá-los nesse planejamento. Também pode ser útil fazer uma lista dos materiais que serão usados e os responsáveis por providenciá-los para que não falte nada na hora da apresentação.

5. Para o momento da apresentação, ressalte a importância de que estejam concentrados e não se distraiam. Reforce também a necessidade de estudarem com antecedência o conteúdo do trabalho, para que estejam seguros quando forem apresentá-lo. Para isso, oriente-os a praticar em casa a apresentação, ensaiando a exposição do conteúdo

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com seus familiares. Incentive-os a manter a calma durante a apresentação e a falar com clareza, fazendo pausas e utilizando tom de voz adequado, para que todos possam ouvi-los e entender a apresentação.

Caso se sintam estimulados a fazerem a apresentação na forma de uma peça de teatro, sugerem-se as seguinte orientações.

1. Com base nas informações pesquisadas, eles deverão criar um roteiro e organizá-lo em linguagem teatral, criando uma história com início, meio e fim, que se relacione com o tema do trabalho.

2. Oriente-os a criar personagens e a pensar como vão expor o assunto do trabalho nas falas dessas personagens.

3. Oriente-os, também, a criar figurinos e a montar um cenário, utilizando objetos que auxiliem a compor a história

Independentemente do formato que escolham para a apresentação dos trabalhos, em todas as etapas reforce a importância de cumprir o objetivo, que é apresentar, de modo claro e organizado, as informações pesquisadas. Ressalte que uma boa apresentação exige preparação, estudo e organização. É importante também que a avaliação seja realizada em cada uma das etapas, observando o envolvimento do grupo, a disposição para o trabalho em equipe e a participação de cada aluno.

Ao final das apresentações, proponha uma roda de conversa para que os alunos avaliem os diferentes momentos do processo e, com base nessa avaliação, identifiquem o que aprenderam, as dificuldades que tiveram e aquilo que podem aprimorar na apresentação de outros trabalhos.

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Competências gerais da Educação Básica

1. Valorizar e utilizar os conhecimentos historicamente construídos sobre o mundo físico, social, cultural e digital para entender e explicar a realidade, continuar aprendendo e colaborar para a construção de uma sociedade justa, democrática e inclusiva.

2. Exercitar a curiosidade intelectual e recorrer à abordagem própria das ciências, incluindo a investigação, a reflexão, a análise crítica, a imaginação e a criatividade, para investigar causas, elaborar e testar hipóteses, formular e resolver problemas e criar soluções (inclusive tecnológicas) com base nos conhecimentos das diferentes áreas.

3. Valorizar e fruir as diversas manifestações artísticas e culturais, das locais às mundiais, e também participar de práticas diversificadas da produção artístico-cultural.

4. Utilizar diferentes linguagens – verbal (oral ou visual-motora, como Libras, e escrita), corporal, visual, sonora e digital –, bem como conhecimentos das linguagens artística, matemática e científica, para se expressar e partilhar informações, experiências, ideias e sentimentos em diferentes contextos e produzir sentidos que levem ao entendimento mútuo.

7. Argumentar com base em fatos, dados e informações confiáveis, para formular, negociar e defender ideias, pontos de vista e decisões comuns que respeitem e promovam os direitos humanos, a consciência socioambiental e o consumo responsável em âmbito local, regional e global, com posicionamento ético em relação ao cuidado de si mesmo, dos outros e do planeta.

9. Exercitar a empatia, o diálogo, a resolução de conflitos e a cooperação, fazendo-se respeitar e promovendo o respeito ao outro e aos direitos humanos, com acolhimento e valorização da diversidade de indivíduos e de grupos sociais, seus saberes, identidades, culturas e potencialidades, sem preconceitos de qualquer natureza.

10. Agir pessoal e coletivamente com autonomia, responsabilidade, flexibilidade, resiliência e determinação, tomando decisões com base em princípios éticos, democráticos, inclusivos, sustentáveis e solidários.

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Competências específicas de Língua Portuguesa para o Ensino Fundamental

1. Compreender a língua como fenômeno cultural, histórico, social, variável, heterogêneo e sensível aos contextos de uso, reconhecendo-a como meio de construção de identidades de seus usuários e da comunidade a que pertencem.

2. Apropriar-se da linguagem escrita, reconhecendo-a como forma de interação nos diferentes campos de atuação da vida social e utilizando-a para ampliar suas possibilidades de participar da cultura letrada, de construir conhecimentos (inclusive escolares) e de se envolver com maior autonomia e protagonismo na vida social.

3. Ler,escutareproduzirtextosorais,escritosemultissemióticosquecirculamemdiferentes campos de atuação e mídias, com compreensão, autonomia, fluência e criticidade, de modo a se expressar e partilhar informações, experiências, ideias e sentimentos, e continuar aprendendo.

4. Compreenderofenômenodavariaçãolinguística,demonstrandoatituderespeitosadiante de variedades linguísticas e rejeitando preconceitos linguísticos.

5. Empregar, nas interações sociais, a variedade e o estilo de linguagem adequados à situação comunicativa, ao(s) interlocutor(es) e ao gênero do discurso/gênero textual.

6. Analisar informações, argumentos e opiniões manifestados em interações sociais e nos meios de comunicação, posicionando-se ética e criticamente em relação a conteúdos discriminatórios que ferem direitos humanos e ambientais.

7. Reconhecer o texto como lugar de manifestação e negociação de sentidos, valores e ideologias.

9. Envolver-se em práticas de leitura literária que possibilitem o desenvolvimento do senso estético para fruição, valorizando a literatura e outras manifestações artístico-culturais como formas de acesso às dimensões lúdicas, de imaginário e encantamento, reconhecendo o potencial transformador e humanizador da experiência com a literatura.

Habilidades comuns de 1º a 5º ano

(EF15LP01) Identificar a funçãosocial de textos que circulam em campos da vida social dos quais participa cotidianamente (a casa, a rua, a comunidade, a escola) e nas mídias impressa, de massa e digital, reconhecendo para que foram produzidos, onde circulam, quem os produziu e a quem se destinam.

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(EF15LP02) Estabelecer expectativas em relação ao texto que vai ler (pressuposições antecipadoras dos sentidos, da forma e da função social do texto), apoiando-se em seus conhecimentospréviossobreascondiçõesdeproduçãoerecepçãodessetexto,ogênero, o suporte e o universo temático, bem como sobre saliências textuais, recursos gráficos, imagens, dados da própria obra (índice, prefácio etc.), confirmando antecipações e inferências realizadas antes e durante a leitura de textos, checando a adequação das hipóteses realizadas.

(EF15LP03) Localizar informações explícitas em textos.

(EF15LP04) Identificar o efeito de sentido produzido pelo uso de recursos expressivos gráfico-visuais em textos multissemióticos.

(EF15LP05) Planejar, com a ajuda do professor, o texto que será produzido, considerando a situação comunicativa, os interlocutores (quem escreve/para quem escreve); a finalidade ou o propósito (escrever para quê); a circulação (onde o texto vai circular); o suporte (qual éoportadordotexto);alinguagem,organizaçãoeformadotextoeseutema,pesquisando em meios impressos ou digitais, sempre que for preciso, informações necessárias à produção do texto, organizando em tópicos os dados e as fontes pesquisadas.

(EF15LP06) Reler e revisar o texto produzido com a ajuda do professor e a colaboração dos colegas, para corrigi-lo e aprimorá-lo, fazendo cortes, acréscimos, reformulações, correções de ortografia e pontuação.

(EF15LP07) Editar a versão final do texto, em colaboração com os colegas e com a ajuda do professor, ilustrando, quando for o caso, em suporte adequado, manual ou digital.

(EF15LP08) Utilizar software , inclusive programas de edição de texto, para editar e publicar os textos produzidos, explorando os recursos multissemióticos disponíveis.

(EF15LP09) Expressar-se em situações de intercâmbio oral com clareza, preocupando-se em ser compreendido pelo interlocutor e usando a palavra com tom de voz audível, boa articulação e ritmo adequado.

(EF15LP11) Reconhecer características daconversaçãoespontânea presencial,respeitando osturnosde fala,selecionandoeutilizando,duranteaconversação,formas de tratamento adequadas, de acordo com a situação e a posição do interlocutor.

(EF15LP12) Atribuirsignificado aaspectos não linguísticos (paralinguísticos) observados na fala, como direção do olhar, riso, gestos, movimentos da cabeça (de concordância ou discordância), expressão corporal, tom de voz.

(EF15LP15) Reconhecer que os textos literários fazem parte do mundo do imaginário e apresentam uma dimensão lúdica, de encantamento, valorizando-os, em sua diversidade cultural, como patrimônio artístico da humanidade.

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(EF15LP16) Lerecompreender,emcolaboraçãocomoscolegasecomaajudadoprofessor e, mais tarde, de maneira autônoma, textos narrativos de maior porte como contos (populares, de fadas, acumulativos, de assombração etc.) e crônicas.

Habilidades comuns de 3º a 5º ano

(EF35LP01) Ler ecompreender, silenciosamentee,em seguida, emvoz alta,com autonomia e fluência, textos curtos com nível de textualidade adequado.

(EF35LP02) Selecionar livros da biblioteca e/ou do cantinho de leitura da sala de aula e/ou disponíveis em meios digitais para leitura individual, justificando a escolha e compartilhando com os colegas sua opinião, após a leitura.

(EF35LP03) Identificar a ideia central do texto, demonstrando compreensão global.

(EF35LP04) Inferir informações implícitas nos textos lidos.

(EF35LP05) Inferirosentidode palavras ouexpressõesdesconhecidas emtextos,com base no contexto da frase ou do texto.

(EF35LP06) Recuperarrelaçõesentrepartesdeumtexto,identificandosubstituiçõeslexicais (desubstantivosporsinônimos)oupronominais(usodepronomesanafóricos – pessoais, possessivos, demonstrativos) que contribuem para a continuidade do texto.

(EF35LP07) Utilizar, ao produzir um texto, conhecimentos linguísticos e gramaticais, tais comoortografia,regrasbásicasdeconcordâncianominaleverbal,pontuação(ponto-final, ponto de exclamação, ponto de interrogação, vírgulas em enumerações) e pontuação do discurso direto, quando for o caso.

(EF35LP08) Utilizar,aoproduzirumtexto,recursos dereferenciação(porsubstituição lexical ou por pronomes pessoais, possessivos e demonstrativos), vocabulário apropriado ao gênero,recursosdecoesãopronominal(pronomesanafóricos)earticuladoresderelações de sentido (tempo, causa, oposição, conclusão, comparação), com nível suficiente de informatividade.

(EF35LP09) Organizar o texto em unidades de sentido, dividindo-o em parágrafos segundo as normas gráficas e de acordo com as características do gênero textual.

(EF35LP10) Identificar gêneros do discurso oral, utilizados em diferentes situações e contextoscomunicativos, e suas características linguístico-expressivas e composicionais (conversação espontânea, conversação telefônica, entrevistas pessoais, entrevistas no rádio ou na TV, debate, noticiário de rádio e TV, narração de jogos esportivos no rádio e TV, aula, debate etc.).

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(EF35LP15) Opinar e defender ponto de vista sobre tema polêmico relacionado a situações vivenciadas na escola e/ou na comunidade, utilizando registro formal e estrutura adequada à argumentação, considerando a situação comunicativa e o tema/assunto do texto.

(EF35LP17) Buscar e selecionar, com o apoio do professor, informações de interesse sobre fenômenos sociais e naturais, em textos que circulam em meios impressos ou digitais.

(EF35LP18) Escutar, com atenção, apresentações de trabalhos realizadas por colegas, formulando perguntas pertinentes ao tema e solicitando esclarecimentos sempre que necessário.

(EF35LP19) Recuperar as ideias principais em situações formais de escuta de exposições, apresentações e palestras.

(EF35LP20) Exportrabalhosoupesquisasescolares,emsaladeaula,comapoioderecursos multissemióticos (imagens, diagrama, tabelas etc.), orientando-se por roteiro escrito, planejando o tempo de fala e adequando a linguagem à situação comunicativa.

(EF35LP21) Ler e compreender, de forma autônoma, textos literários de diferentes gêneros e extensões, inclusive aqueles sem ilustrações, estabelecendo preferências por gêneros, temas, autores.

(EF35LP22) Perceber diálogos em textos narrativos, observando o efeito de sentido de verbos de enunciação e, se for ocaso, o uso de variedades linguísticas no discurso direto.

(EF35LP23) Apreciar poemas e outros textos versificados, observando rimas, aliterações e diferentes modos de divisão dos versos, estrofes e refrões e seu efeito de sentido.

(EF35LP25) Criar narrativas ficcionais, com certa autonomia, utilizando detalhes descritivos, sequências de eventos e imagens apropriadas para sustentar o sentido do texto, e marcadores de tempo, espaço e de fala de personagens.

(EF35LP26) Ler e compreender, com certa autonomia, narrativas ficcionais que apresentem cenários e personagens, observando os elementos da estrutura narrativa: enredo, tempo, espaço, personagens, narrador e a construção do discurso indireto e discurso direto.

(EF35LP27) Ler e compreender, com certa autonomia, textos em versos, explorando rimas, sons e jogos de palavras, imagens poéticas (sentidos figurados) e recursos visuais e sonoros.

(EF35LP28) Declamar poemas, com entonação, postura e interpretação adequadas.

(EF35LP29) Identificar, em narrativas, cenário, personagem central, conflito gerador, resolução e o ponto de vista com base no qual histórias são narradas, diferenciando narrativas em primeira e terceira pessoas.

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(EF35LP31) Identificar, em textos versificados, efeitos de sentido decorrentes do uso de recursos rítmicos e sonoros e de metáforas.

Habilidades específicas de 5º ano

(EF05LP01) Grafar palavras utilizando regras de correspondência fonema-grafema regulares, contextuais e morfológicas e palavras de uso frequente com correspondências irregulares.

(EF05LP04) Diferenciar, na leitura de textos, vírgula, ponto e vírgula, dois-pontos e reconhecer, na leitura de textos, o efeito de sentido que decorre do uso de reticências, aspas, parênteses.

(EF05LP05) Identificar a expressão de presente, passado e futuro em tempos verbais do modo indicativo.

(EF05LP07) Identificar, em textos, o uso de conjunções e a relação que estabelecem entre partes do texto: adição, oposição, tempo, causa, condição, finalidade.

(EF05LP15) Ler/assistir e compreender, com autonomia, notícias, reportagens, vídeos em vlogsargumentativos, dentre outros gêneros do campo político-cidadão, de acordo com as convenções dos gêneros e considerando a situação comunicativa e o tema/assunto do texto.

(EF05LP16) Comparar informações sobre um mesmo fato veiculadas em diferentes mídias e concluir sobre qual é mais confiável e por quê.

(EF05LP19) Argumentar oralmente sobre acontecimentos de interesse social, com base em conhecimentos sobre fatos divulgados em TV, rádio, mídia impressae digital, respeitando pontos de vista diferentes.

(EF05LP24) Planejar e produzir texto sobre tema de interesse, organizando resultados de pesquisa em fontes deinformação impressasou digitais, incluindo imagens egráficos ou tabelas, considerando a situação comunicativa e o tema/assunto do texto.

(EF05LP26) Utilizar, ao produzir o texto, conhecimentos linguísticos e gramaticais: regras sintáticas de concordância nominal e verbal, convenções de escrita de citações, pontuação (ponto-final, dois-pontos, vírgulas em enumerações) e regras ortográficas.

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Referências bibliográficas comentadas

• ADAMS, Marilyn Jager etal Consciência fonológica em crianças pequenas. Porto Alegre: Artmed, 2006.

Essa obra traz um programa de atividades de consciência fonológica que contribuem para o ensino da leitura e da escrita na fase pré-escolar.

• ANTUNES, Irandé. Língua, texto e ensino: outra escola possível. São Paulo: Parábola Editorial, 2009.

Nessa obra, a autora ressalta a importância de professores estarem conscientes das funções e dos diversos usos da língua, bem como de ampliarem seus conhecimentos sobre questões textuais e sobre como articular ensino e avaliação.

• ANTUNES, Irandé. Lutar com palavras: coesão e coerência. São Paulo: Parábola Editorial, 2005.

A autora discorre sobre noções básicas de coesão e coerência textual e fornece ferramentas para desenvolver habilidades ligadas a falar, ouvir, ler e escrever textos.

• BAGNO, Marcos. Nada na língua é por acaso: por uma pedagogia da variação linguística. São Paulo: Parábola Editorial, 2007.

O autor desse livro apresenta as bases para que professores e educadores possam abordar a variação linguística em sala de aula.

• BAKHTIN, Mikhail. Os gêneros do discurso. São Paulo: Editora 34, 2016. Nesse livro, são apresentados ensaios de Bakhtin, fundamentais para a compreensão de sua abordagem com relação ao texto e à linguagem.

• BEVILACQUA, Cleci Regina; HUMBLÉ, Philippe René Marie; XATARA, Claudia (org.). Dicionários na teoria e na prática: como e para quem são feitos. São Paulo: Parábola Editorial, 2011.

Trata-se de uma coletânea de artigos de especialistas que participam da produção de dicionários.

• BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular: educação é a base. Brasília: SEB, 2018. Disponível em: http://basenacionalcomum.mec.gov.br/images/BNCC_EI_EF_110518_versaofinal_site.pd f. Acesso em: 4 jan. 2022.

Documento normativo que objetiva garantir o desenvolvimento e o direito à aprendizagem. Para isso, orienta definições curriculares, com base na progressão de aprendizagens desenvolvidas na Educação Básica.

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 BRASIL. Ministério da Educação. Com direito à palavra: dicionários em sala de aula. Brasília: SEB, 2012. Disponível em:

http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_docman&view=download&alias=12059dicionario-em-sala-de-aula-pnld-pdf&Itemid=30192. Acesso em: 4 jan. 2022. A obra é destinada a professores e fornece informações sobre dicionários, suas características e usos com o objetivo de otimizar o trabalho em sala de aula.

 BRASIL. Ministério da Educação. Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa Brasília: SEB, 2014. Disponível em: http://pacto.mec.gov.br/images/pdf/doc_orientador/doc_orientador_versao_final.pdf

Acesso em: 4 jan. 2022.

Documento oficial que se destina à alfabetização em Língua Portuguesa e em Matemática e se baseia em quatro ações estratégicas: formação de professores alfabetizadores, fornecimento de materiais didáticos, avaliação e gestão e mobilização.

 BRASIL. Ministério da Educação. PNA: Política Nacional de Alfabetização. Brasília: Sealf, 2019. Disponível em: http://alfabetizacao.mec.gov.br/images/pdf/caderdo_final_pna.pdf.

Acesso em: 4 jan. 2022.

A Política Nacional de Alfabetização se baseia em seis componentes para a alfabetização: consciência fonêmica, instrução fônica sistemática, fluência em leitura oral, desenvolvimento de vocabulário, compreensão de textos e produção de escrita.

 BRASIL. Ministério da Educação. Relatório Nacional de Alfabetização Baseada em Evidências (Renabe). Brasília: Sealf, 2020. Disponível em: https://www.gov.br/mec/ptbr/media/acesso_informacacao/pdf/RENABE_web.pdf. Acesso em: 4 jan. 2022. Trata-se de um relatório que consolida experiências exitosas de alfabetização desenvolvidas em diversos países e sintetiza pesquisas sobre alfabetização, literacia e numeracia, com o objetivo de contribuir para melhorar a qualidade das políticas públicas e práticas de ensino no Brasil.

 CAGLIARI, Luiz Carlos. Alfabetização e linguística. São Paulo: Scipione, 2006. (Coleção Pensamento e Ação no Magistério).

Essa obra faz parte de uma coleção que reúne contribuições teóricas e práticas sobre alfabetização. Nesse volume, o autor apresenta a importância dos conhecimentos linguísticos para a busca de soluções relacionadas à fala, à escrita e à leitura das crianças.

 CAPOVILLA, Fernando César; SEABRA, Alessandra Gotuzo. Alfabetização: método fônico. São Paulo: Memnon, 2010.

Essa obra apresenta dados científicos nacionais e internacionais sobre o método fônico, além de fornecer estratégias sobre como adotá-lo em sala de aula.

 CUNHA, Celso. Nova gramática do português contemporâneo. 3. ed. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2001.

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Trata-se de uma das gramáticas mais conceituadas da Língua Portuguesa. O livro procura facilitar a consulta com informações breves e objetivas.

 KAUFMAN, Ana María etal Leer y escribir: el día a día en las aulas. Buenos Aires: Aique Grupo Editor, 2012.

A obra fornece ferramentas propositivas ao desenvolvimento da prática docente na alfabetização, pautada na premissa de os alunos "aprenderem a ler e escrever textos lendo e escrevendo textos".

 KLEIMAN, Angela. Oficina de leitura: teoria e prática. 6. ed. Campinas: Pontes, 1998. A obra esclarece questões sobre como professores de outras disciplinas colaboram para o desenvolvimento da leitura e da compreensão.

 LEMLE, Miriam. Guia teórico do alfabetizador. São Paulo: Ática, 2009. Destinada a professores de alfabetização, essa obra apresenta fundamentos teóricos relacionados ao processo de alfabetização e de compreensão da fala e da escrita.

 LERNER, Delia. Ler e escrever na escola: o real, o possível e o necessário. Porto Alegre: Artmed, 2002.

A autora reúne, nessa obra, artigos que apresentam um panorama reflexivo sobre como a língua é tratada na escola, trazendo parâmetros para a transposição didática.

 MARCUSCHI, Luiz Antônio. Produção textual, análise de gêneros e compreensão. São Paulo: Parábola Editorial, 2008. Nesse livro, o autor discorre sobre noções de língua, texto, gênero, compreensão e sentido, partindo da perspectiva sociointeracionista da língua.

 MORAIS, Artur Gomes de. Ortografia: ensinar e aprender. São Paulo: Ática, 2001. Obra que trata sobre o conceito de ortografia, apresentando princípios e encaminhamentos didáticos relacionados à aprendizagem dos alunos.

 MORAIS, Artur Gomes de. Sistema de escrita alfabética. São Paulo: Melhoramentos, 2012.

O autor identifica, nessa obra, as especificidades do processo de alfabetização, propondo o ensino sistemático da notação alfabética, aliado às práticas de leitura e escrita.

 MORAIS, José. Alfabetizar para a democracia. Porto Alegre: Penso, 2014.

Nessa obra, o professor José Morais propõe uma reflexão sobre a alfabetização como caminho para a construção de uma sociedade mais democrática e justa.

 MORAIS, José. Criar leitores: para professores e educadores. Barueri: Minha Editora, 2013.

Nessa obra, o autor visa orientar pais, professores, educadores e outros profissionais a

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compreenderem o que acontece no cérebro da criança quando ela aprende a ler. Além disso, explora as origens das dificuldades que podem surgir nessa fase e sugere estratégias para superá-las.

 OLIVEIRA, João Batista de Oliveira. Aprender e ensinar. Belo Horizonte: Instituto Alfa e Beto, 2008.

Trata-se de um livro escrito por professores para professores do Ensino Fundamental e Ensino Médio, que apresenta subsídios para que planejem, ministrem e avaliem melhor suas aulas.

 PRIETO, Rosângela; MANTOAN, Maria Teresa. Inclusão escolar. São Paulo: Summus, 2010.

Nesse livro, as autoras abordam a inclusão escolar por meio de um diálogo em que discorrem sobre pontos polêmicos e controversos a respeito do tema.

 SAVAGE, John F. Aprender a ler e a escrever a partir da fônica: um programa abrangente de ensino. 4. ed. Porto Alegre: AMGH, 2015.

Nessa obra, o autor trata de questões teóricas e práticas em relação ao trabalho com a fônica na sala de aula, com sugestões de atividades, inclusive para alunos com dificuldade de aprendizagem.

 SCHEUWLY, Bernard; DOLZ, Joaquim. Gêneros orais e escritos na escola. Tradução: Roxane Rojo e Glaís Sales Cordeiro. Campinas: Mercado de Letras, 2004. Nessa obra, são apresentados artigos sobre o ensino escolar de gêneros escritos e orais, bem como encaminhamentos para a prática do ensino.

 SOLÉ, Isabel. Estratégias de leitura. Tradução: Cláudia Schilling. Porto Alegre: Artmed, 1998.

Nessa obra, a autora apresenta várias estratégias que podem ser adotadas pelos alunos para atingir a compreensão leitora de forma autônoma, a fim de que se tornem leitores proficientes.

 TRAVAGLIA, Luiz Carlos. Gramática e interação: uma proposta para o ensino de gramática. São Paulo: Cortez, 2006. Nessa obra, o autor discorre sobre a gramática como conteúdo indispensável para a produção e a compreensão textuais. Além disso, o autor deixa clara a importância de abordar a gramática em sala de aula sob a perspectiva da interação comunicativa e do funcionamento textual-discursivo para chegar ao objetivo primeiro do ensino da língua.

 ZABALA, Antoni. A prática educativa: como ensinar. Porto Alegre: Artmed, 1998. Nessa obra, o autor propõe análises sobre a prática educativa, buscando uma prática reflexiva e coerente, bem como a constante avaliação do trabalho pelo professor.

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