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Cap
6
tu
lo
Classificação dos vegetais B
A
Prancha 64, fascículo 49, parte II do livro Flora brasiliensis, v. I.
Prancha 84, fascículo 71, parte II do livro Flora brasiliensis, v. XII.
Medindo apenas alguns milímetros ou dezenas de metros de altura; encontradas na água, no solo ou sobre outros componentes do ambiente; apresentando uma organização complexa ou apenas algumas estruturas. Assim são as plantas: diversas e variadas! E como estudar as milhares de espécies de vegetais existentes na Terra? Podemos começar organizando-as em grupos.
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A Identifique as partes de plantas representadas em cada uma das imagens.
B Você acha que todas as plantas apresentam as mesmas estruturas?
C Os desenhos apresentados nestas páginas foram uti-
lizados em uma obra de classificação das plantas. Como você classificaria as plantas existentes na Terra?
Prancha 1, fascículo 1, parte II do livro Flora brasiliensis, v. I. Prancha 110, fascículo 34, parte I do livro Flora brasiliensis, v. IV.
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C
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Diversidade de vegetais Alex Ruhl/Shutterstock.com
Observe a imagem ao lado.
1 Você já visitou algum jardim botânico? O que você viu nesse local?
O jardim botânico mostrado na fotografia foi criado em 1808 por Dom João VI, que queria um local para cultivo de plantas originárias de outros lugares do mundo, como noz-moscada, canela, baunilha e pimenta. Jardim Botânico do Rio de Janeiro, na cidade do Rio de Janeiro, RJ, 2016.
V iv en d o va lo re s Os jardins botânicos permitem que a população conheça um pouco da diversidade de plantas. No entanto, ao visitá-los, não devemos danificar as plantas nem sujar os ambientes. Valorize e cuide dos locais que você frequenta.
Atualmente, o Jardim Botânico do Rio de Janeiro, bem como outros jardins espalhados pelo mundo, é um espaço protegido que apresenta uma ampla coleção de diversas espécies de plantas vivas. Nesse local, também são realizados estudos científicos e atividades de educação ambiental que contribuem com a conservação vegetal.
O Brasil é o país com a maior biodiversidade do mundo, ou seja, o que apresenta a maior variedade de espécies de seres vivos. Para que seja possível conhecer e estudar a diversidade de espécies vegetais, por exemplo, é preciso catalogar essas espécies. A catalogação de espécies vegetais brasileiras teve início com o naturalista alemão Carl von Martius (1794-1868). Ele viajou pelo Brasil realizando estudos sobre a natureza, em especial sobre os vegetais. Desse estudo resultou o famoso livro Flora brasiliensis, do qual quatro páginas foram apresentadas na abertura deste capítulo. O texto a seguir resume a importância desse trabalho. catalogar: cadastrar, ordenar ou relacionar em um catálogo, qualificar, classificar
Flora brasiliensis online. CRIA - Centro de Referência em Informação Ambiental. fb.cria.org.br
A Flora brasiliensis é o maior projeto de catalogação de uma flora da história da Botânica. […] Nela são descritas 22 767 espécies de plantas, das quais 5 689 eram novas para a Ciência. A publicação completa demorou 67 anos, e só terminou 48 anos após a morte de Martius. A obra foi também a primeira estimativa da biodiversidade brasileira. O Brasil, hoje, é considerado o país mais rico em plantas do mundo, com cerca de 35 mil espécies conhecidas, mas estimativas apontam um número real entre 40 mil e 100 mil espécies vegetais. […] Capa original do livro Flora brasiliensis.
HENRIQUES, Raimundo Paulo Barros. A viagem que revelou a biodiversidade do Brasil ao mundo. Ciência Hoje, Rio de Janeiro, Instituto Ciência Hoje, v. 42, n. 252, p. 29, set. 2008.
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A diversidade de vegetais na Terra é enorme. Para facilitar o estudo sobre essa diversidade, os vegetais foram agrupados de acordo com algumas características, como a presença de vasos condutores, flores, frutos e sementes. Veja, no esquema abaixo, os grupos de vegetais classificados com base nessas características.
kristof lauwers/Shutterstock.com
Musgo: pode atingir cerca de 5 cm de altura.
A Briófitas
Sem vasos condutores
Musgos.
Pteridófitas
B
Ciências
Sem sementes
Samambaia.
Com vasos condutores
Araucária: pode atingir cerca de 35 m de altura.
Gimnospermas
C
Nelson Akira Ishikawa/Shutterstock.com
Plantas
Zadiraka Evgenii/Shutterstock.com
Samambaia: tamanhos variáveis de acordo com a espécie.
Sem flores e frutos Com sementes Com flores e frutos
Angiospermas
Orquídea: tamanhos variáveis de acordo com a espécie.
D
wanphen chawarung/Shutterstock.com
Este diagrama representa, de maneira simplificada, os grupos de vegetais. Nele, não estão incluídos os grupos que não apresentam representantes vivos e que são conhecidos apenas pelo estudo de fósseis.
Araucária.
Orquídea.
Além de facilitar a identificação dos vegetais, a classificação contribui para a compreensão da evolução desses seres vivos. A partir de agora, vamos estudar cada um desses grupos de vegetais.
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2 Os vegetais apresentados na ima-
Hepática: pode atingir cerca de 10 cm de comprimento.
gem ao lado e na fotografia A da página 241 pertencem ao mesmo grupo de plantas, as briófitas. Como você as descreveria?
AlessandroZocc/Shutterstock.com
Briófitas
Hepáticas.
As briófitas representam a passagem do ambiente aquático para o terrestre. Elas apresentam algumas características que evitam a perda excessiva de água para o ambiente, mas ainda dependem da água para se reproduzir. Por isso, geralmente são encontradas em ambientes úmidos ou próximo a corpos-d’água. Na maioria das briófitas, os gametas masculinos (anterozoides) e femininos (oosferas) são produzidos em indivíduos diferentes, no interior de estruturas chamadas gametângios, que protegem as células reprodutivas. Além disso, as briófitas não apresentam vasos condutores − xilema e floema. Como consequência, em geral, o transporte de substâncias nesses vegetais é feito de célula a célula, o que limita o tamanho desses seres vivos. Durante o ciclo de vida, as briófitas apresentam duas formas bem distintas: o gametófito e o esporófito. Veja a seguir.
Cápsula: estrutura responsável pela formação de esporos.
A forma de esporófito vive sobre o gametófito, do qual geralmente depende para sua nutrição. O esporófito está presente apenas durante a fase assexuada do ciclo de vida de uma briófita.
Haste: sustenta a cápsula.
Filoide: realiza fotossíntese e absorção de água e sais minerais.
O gametófito das briófitas não apresenta folhas, caules e raízes, como outros vegetais. No entanto, possui os filoides, os cauloides e os rizoides, que são estruturas que desempenham papéis semelhantes aos das folhas, caules e raízes, respectivamente. Na extremidade do gametófito, há uma estrutura denominada gametângio, onde ocorre a produção de gametas.
Representação da estrutura de um musgo.
Rizoide: fixa o vegetal no substrato e não realiza fotossíntese nem absorção de água e sais minerais. N. Akira
Ilustração produzida com base em: JOLY, A. B. Botânica: introdução à taxonomia vegetal. 13. ed. São Paulo: Companhia Editora Nacional, 2002. p. 131.
Cauloide: realiza fotossíntese, absorção de água e sais minerais, além de sustentar outras partes do vegetal.
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As briófitas, assim como os demais grupos de plantas que serão estudados neste capítulo, apresentam reprodução com alternância de gerações. Ou seja, durante uma fase da vida ocorre a produção de esporos (fase assexuada), e na outra há a produção de gametas (fase sexuada). Assim, esses vegetais apresentam duas formas distintas em seu ciclo de vida: o gametófito, que é o produtor de gametas, e o esporófito, que é o produtor de esporos.
Reprodução das briófitas Diferentemente dos demais grupos de plantas, nas briófitas o gametófito é a fase dominante, ou seja, que corresponde ao vegetal em si. O esporófito, por sua vez, é menor do que o gametófito e depende nutricionalmente dele, sendo observado apenas em parte do ciclo de vida das briófitas. O esquema abaixo apresenta o ciclo de vida de um musgo, destacando sua reprodução. As demais briófitas apresentam ciclo de vida semelhante.
Ciências
3
anterozoide
4
feminino masculino
água zigoto
2 5
oosfera
1
6
8
N. Akira
embrião
Representação do ciclo de vida de um musgo.
gametófito esporos
7
esporo
1 2 3 4 5 6 7 8
esporófito
No gametângio feminino, ocorre a formação da oosfera. No gametângio masculino, ocorre a formação dos anterozoides. Os anterozoides se movem, por meio da água, até a oosfera.
Ilustração produzida com base em: CAMPBELL, Neil A. et al. Biology. 8. ed. San Francisco: Pearson Benjamin Cummings, 2009. p. 607.
O anterozoide se une à oosfera, originando um zigoto. O zigoto se desenvolve e dá origem ao embrião. O embrião origina um esporófito, que permanece sobre o gametófito. Na cápsula do esporófito ocorre a formação de esporos, que são liberados no ambiente. Ao encontrar as condições adequadas, os esporos se desenvolvem, dando origem a gametófitos femininos ou masculinos.
O ciclo de vida apresentado acima envolve a reprodução sexuada, ou seja, com a participação de gametas. Algumas briófitas também podem se reproduzir assexuadamente, por meio de fragmentação. Nesse processo, pequenos fragmentos do gametófito originam novos indivíduos, sem a participação de gametas.
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Ricardo de Paula Ferreira/Shutterstock.com
Pteridófitas Leia a seguir algumas informações sobre a samambaiaçu. A samambaiaçu, encontrada na Mata Atlântica, é um exemplo de pteridófita. Desse vegetal era extraído o xaxim, um tipo de substrato utilizado na produção de vasos para cultivo de plantas, como as samambaias. Por causa da extração sem controle, esse vegetal está ameaçado de extinção e sua extração é proibida.
V iv en d o va lo re s A extração inadequada de recursos da natureza pode causar a extinção de muitas espécies. O cuidado e a preservação do meio ambiente são deveres de todos. Samambaiaçu: pode atingir cerca de 10 m de altura.
Samambaiaçu localizada em Passos Maia, SC, 2016.
Além da samambaiaçu, as avencas e as samambaias pertencem ao grupo das pteridófitas. Diferentemente das briófitas, as pteridófitas apresentam vasos condutores (xilema e floema), o que facilita o transporte de seiva bruta e elaborada pela planta, permitindo a esses vegetais alcançarem grandes dimensões. Além disso, nesse grupo de plantas, observa-se o depósito de lignina nas paredes das células, o que as torna mais rígidas e auxilia na sustentação de plantas mais altas.
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Ilustração produzida com base em: HAVEN, Peter H. et al. Biologia vegetal. 6. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2001. p. 442.
folha
Os esporófitos da samambaia apresentam folhas grandes, caules subterrâneos e raízes. Geralmente, a forma que vemos e cultivamos das samambaias é o esporófito.
N. Akira
Os gametófitos das samambaias se desenvolvem e dão origem a estruturas conhecidas como protalos. Essa forma é independente do esporófito.
BIOPHOTO ASSOCIATES/Science Source/Getty Images
protalos
Ricardo de Paula Ferreira/ Shutterstock.com
Assim como as briófitas, as pteridófitas apresentam as formas de gametófito e de esporófito bem distintas. Porém, nas pteridófitas, o esporófito é nutricionalmente independente do gametófito e apresenta folhas, caule e raízes, o que permite a cada parte da planta desempenhar funções específicas. Veja a seguir.
caule raízes
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Felipe observou a parte inferior das folhas de samambaia e identificou algumas estruturas. Veja ao lado.
3 Em sua opinião, qual é a importância dessas estruturas para a planta?
soros
Nas pteridófitas, além da importância relacionada à fotossíntese, as folhas dos esporófitos abrigam estruturas chamadas soros. Essas estruturas participam do processo de reprodução das pteridófitas e se desenvolvem em determinados momentos de seu ciclo de vida, na porção inferior das folhas. Nos soros, encontram-se as estruturas produtoras de esporos, que participam da fase assexuada do ciclo de vida das pteridófitas.
Isuaneye/Shutterstock.com
Reprodução das pteridófitas
Vista da parte inferior de folhas de samambaia.
Ciências
As pteridófitas também apresentam uma fase sexuada em seu ciclo de vida, que envolve a produção de células reprodutoras no gametófito. Assim como nas briófitas, os anterozoides das pteridófitas necessitam de água para se locomover até a oosfera. Por isso, esses vegetais, geralmente, são encontrados em locais úmidos. O esquema abaixo apresenta, de maneira simplificada, o ciclo de vida de uma samambaia, destacando sua reprodução. As demais pteridófitas apresentam ciclo semelhante. gametófito
1
anterozoide
2 oosfera
zigoto
6
N. Akira
3
4
gametófito
esporos
5
soro
Representação do ciclo de vida de uma samambaia.
esporófito jovem esporófito
1 2 3 4 5 6
O gametófito produz os gametas masculino (anterozoides) e feminino (oosfera). Com o auxílio da água, os anterozoides se locomovem até a oosfera. O anterozoide se une à oosfera, formando um zigoto.
Ilustração produzida com base em: CAMPBELL, Neil A. et al. Biology. 8. ed. San Francisco: Pearson Benjamin Cummings, 2009. p. 611.
O zigoto se desenvolve e forma um embrião, que originará um esporófito jovem. Após o desenvolvimento do esporófito, desenvolvem-se os soros, onde são produzidos os esporos. Os esporos são liberados no ambiente e, ao encontrar condições adequadas, desenvolvem-se, originando novos gametófitos, que reiniciam o ciclo de vida.
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Gimnospermas Leia a seguir algumas informações sobre a araucária.
pinha
Kleyton Kamogawa/Shutterstock.com
Araucária: pode atingir cerca de 35 m de altura.
Floresta com Araucárias, localizada em Canela, RS, 2018.
pinhões
Luciana Nobre Deliza/Shutterstock.com
As araucárias são vegetais abundantes principalmente nos estados do sul do Brasil. Sua semente é popularmente chamada pinhão, pois fica protegida em estruturas conhecidas como pinhas. O pinhão era um dos principais alimentos de origem vegetal dos povos indígenas Kaingang, que o consumiam assado sobre a brasa ou cozido. Atualmente, o pinhão faz parte de vários pratos típicos da região Sul, como a farofa de pinhão e o entrevero de pinhão, que, além da semente, contém carne em sua receita.
Pinha e pinhões. Os pinhões ficam protegidos em estruturas conhecidas como pinhas.
Cica: pode atingir cerca de 3 m de altura.
As cicas são vegetais originários da Ásia. Atualmente, é comum o cultivo dessa planta em jardins brasileiros.
Helissa Grundemann/Shutterstock.com
Afflamen/Shutterstock.com
A araucária é um exemplo de vegetal do grupo das gimnospermas. Veja abaixo outros representantes desse grupo.
Pinheiro: pode atingir cerca de 40 m de altura.
Os pinheiros são originários do Hemisfério Norte. No entanto, atualmente, estão presentes em diversas partes do mundo, inclusive no Brasil.
Assim como as pteridófitas, as gimnospermas apresentam vasos condutores, folhas, caule e raízes. Além disso, diferentemente das briófitas e pteridófitas, nas gimnospermas se observa a formação de grãos de pólen e de sementes.
Reprodução das gimnospermas Como você estudou anteriormente, nas briófitas e pteridófitas os gametas masculinos são transportados até a oosfera com o auxílio da água. Nas gimnospermas, as células que originarão os gametas masculinos estão presentes em estruturas denominadas grãos de pólen, que geralmente são transportados pelo vento ou por animais.
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Kristyna Vagnerova/Shutterstock.com
Estróbilo feminino de pinheiro.
substâncias nutritivas embrião
Ciências
tegumento: invólucro ou estrutura que envolve, reveste e protege um órgão vegetal ou parte dele
Estróbilo masculino de pinheiro.
Fabio Colombini
Após a união dos gametas masculino e feminino, ocorre a formação do zigoto, que, posteriormente, dará origem a um embrião. Nas gimnospermas, o embrião em desenvolvimento fica no interior da semente, a qual contém tecidos de revestimento que o protegem e substâncias que o nutrem. Assim, o embrião pode ser dispersado, ou seja, levado para outros lugares, de forma mais protegida. Geralmente, a dispersão das sementes ocorre pela ação do vento ou por animais.
Przemyslaw Muszynski/Shutterstock.com
Nas gimnospermas, os grãos de pólen, que carregam os gametas masculinos, são produzidos em folhas modificadas chamadas estróbilos masculinos. Já as células que originam os gametas femininos estão presentes em folhas modificadas chamadas estróbilos femininos.
tegumento Pinhão em corte, à esquerda, mostrando estruturas internas, e pinhões inteiros.
4 Você acha que a dispersão de sementes é importante para as espécies vegetais? Por quê?
A Floresta com Araucárias e a gralha-azul
A Floresta com Araucárias abriga uma grande diversidade de espécies animais, como a gralha-azul, que se alimenta da semente da araucária. Como tem o hábito de enterrar o pinhão no solo para guardar seu alimento, a gralha-azul contribui com a dispersão e a germinação dessa semente. A destruição da Floresta com Araucárias prejudica muitos animais, como a gralha-azul, que perdem sua fonte de alimento e seu hábitat, podendo ser extintos do ambiente.
Gralha-azul: pode atingir cerca de 40 cm de comprimento.
Diego Grandi/Shutterstock.com
A Floresta com Araucárias é um ecossistema brasileiro encontrado na região Sul do país e que faz parte do bioma Mata Atlântica. Atualmente, restam menos de 2% dessas florestas. Parte da devastação deve-se à expansão das áreas urbanas e ao uso da madeira das araucárias para a fabricação de móveis.
Gralha-azul.
> Como o desaparecimento da gralha-azul da Floresta com Araucárias pode prejudicar a manutenção das araucárias no ambiente?
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O esquema a seguir apresenta o ciclo de vida da araucária, destacando a importância dos grãos de pólen e das sementes para a reprodução desse vegetal. As demais gimnospermas apresentam ciclo de vida semelhante ao da araucária. grão de pólen
2
feminino masculino
4 3 óvulo
N. Akira
5
1
semente
6 8 Representação do ciclo de vida de uma araucária.
1 2 3 4 5 6 7 8
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7 Ilustração produzida com base em: CAMPBELL, Neil A. et al. Biology. 8. ed. San Francisco: Pearson Benjamin Cummings, 2009. p. 624.
Na araucária, os estróbilos masculinos e femininos estão presentes em indivíduos diferentes. Nos estróbilos masculinos, ocorre a formação de grãos de pólen. Nos estróbilos femininos, há a produção de um óvulo, estrutura que contém a oosfera (gameta feminino). Os grãos de pólen são transportados pelo vento até os estróbilos femininos. O grão de pólen se desenvolve e produz um tubo que penetra no estróbilo feminino. Por meio desse tubo, os gametas masculinos chegam até o óvulo, que contém a oosfera. Os gametas masculino e feminino se unem no interior do óvulo. A união dos gametas resulta na formação do zigoto, que, posteriormente, originará um embrião. O óvulo contendo o embrião se desenvolve e origina a semente. A semente é dispersa por animais, como a gralha-azul, no caso da araucária. Ao encontrar condições favoráveis, o embrião presente na semente se desenvolve e origina um novo indivíduo.
Do ponto de vista evolutivo, as gimnospermas apresentam algumas vantagens em relação às briófitas e pteridófitas. A presença dos grãos de pólen permite às gimnospermas a independência da água para se reproduzir, pois essa estrutura carrega o gameta masculino, agora imóvel, até o gameta feminino. Além disso, a presença das sementes representou um aumento nas chances de sobrevivência dessas plantas, uma vez que essa estrutura protege e nutre o embrião nos períodos iniciais de desenvolvimento e participa do processo de dispersão.
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Atividades 1. Marque um X nas alternativas que apresentam informações corretas a resa)
A inexistência de vasos condutores nas briófitas é um limitante do tamanho desses vegetais.
b)
O vento e os animais auxiliam na reprodução das briófitas e pteridófitas.
c)
A semente protege e nutre o embrião nas gimnospermas.
d)
O ciclo de vida com alternância de gerações é observado somente em gimnospermas.
e)
O ciclo de vida das briófitas apresenta alternância de geração, ou seja, os musgos intercalam fases masculina e feminina.
f)
Os grãos de pólen presentes nas pteridófitas representam a independência da água para reprodução.
g)
As sementes das gimnospermas substituíram os esporos das briófitas e pteridófitas como unidade de dispersão das plantas.
h)
A água é um componente biótico do ambiente importante para a reprodução das briófitas e pteridófitas.
i )
A formação de grãos de pólen e sementes é característica das gimnospermas.
Ciências
peito da reprodução das briófitas, pteridófitas e gimnospermas.
j)
As samambaias possuem soros, estruturas onde são produzidos os gametas masculinos. Agora, reescreva em seu caderno as alternativas em que você não marcou um X, corrigindo-as.
2. (Fuvest) A figura mostra a face inferior de uma folha onde se observam estruCaptura via escâner
turas reprodutivas.
A que grupo de plantas pertence essa folha e o que é produzido em suas estruturas reprodutivas? a ) Angiosperma; grão de pólen. b ) Briófita; esporo. c ) Briófita; grão de pólen. d ) Pteridófita; esporo. e ) Pteridófita; grão de pólen.
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3. Leia o trecho da reportagem abaixo e responda às questões.
Como uma simples planta curou as feridas de milhares de soldados na 1a Guerra Mundial
Trata-se do Sphagnum, tipo de musgo conhecido pelo nome de esfagno.
Kuttelvaserova Stuchelova/Shutterstock.com
O ano era 1916. Crescia o número de soldados feridos na 1a Guerra Mundial e o algodão – usado para tratá-los – começava a ficar escasso nas trincheiras dos Países Aliados. Foi quando um cirurgião e um botânico escoceses redescobriram as propriedades de uma simples planta, que acabou sendo usada em larga escala pelo Reino Unido para tratar os feridos em combate. Sphagnum: pode atingir cerca de 14 cm de altura.
Algumas espécies de esfagno seco podem absorver e reter até 20 vezes o equivalente a seu peso em água... ou em sangue. Os especialistas do Exército perceberam que a planta era duas vezes mais absorvente que o algodão […]
Musgo Sphagnum sp.
COMO uma simples planta curou as feridas de milhares de soldados na 1ª Guerra Mundial. BBC Brasil, São Paulo, 12 maio 2017. Disponível em: <www.bbc.com/portuguese/geral-39894513>. Acesso em: 18 maio 2018.
a ) Marque um X no grupo de vegetais ao qual pertence o esfagno. Briófitas.
Pteridófitas.
Gimnospermas.
b ) Que importância da planta foi destacada na reportagem?
c ) Descreva, com suas palavras, o grupo de vegetais assinalado no item a.
d ) O esfagno é encontrado, principalmente, em ambientes próximo a corpos-d’água. Qual é a importância da existência de água no ambiente para esses vegetais? Escreva em seu caderno.
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Angiospermas
Mangueira: pode atingir cerca de 30 m de altura.
Sayan Puangkham/Shutterstock.com
JJ IMAGE/S hut ter sto ck .co m
Vanessa visitou o sítio de sua avó e observou uma mangueira. Ela identificou seus frutos e flores. Veja as fotografias abaixo.
Iul iia com Tim ck. ofeeva/Shuttersto
Ciências
Flores de mangueira.
Mangueira.
Mangas.
1 Qual é a importância da flor e do fruto para a mangueira? 2 Em relação às partes das plantas, que semelhanças e diferenças é possível perceber entre a mangueira e as gimnospermas, estudadas anteriormente? A mangueira é um exemplo de angiosperma. Os vegetais desse grupo apresentam vasos condutores (xilema e floema), grãos de pólen e sementes, com estrutura e constituição diferentes das gimnospermas. Além disso, como você pôde perceber ao responder às questões acima, as angiospermas apresentam flores, uma característica apenas desse grupo, e podem desenvolver frutos. Com base em estudos de fósseis, sabe-se que as angiospermas surgiram na Terra há 130 milhões de anos e, depois de cerca de 55 milhões de anos, passaram a ser o grupo vegetal mais abundante e dominante nos ambientes. Entre as razões para essa dominância estão a presença de flores e a possibilidade de desenvolver frutos. Estudaremos, a seguir, como é a estrutura das flores, dos frutos e das sementes das angiospermas. Por fim, veremos como ocorre a reprodução nesse grupo de vegetais. Com isso, compreenderemos o porquê de sua abundância na Terra.
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Flor Museu Central, Países Baixos
Observe a tela abaixo.
3 Geralmente, as flores são coloridas, como as retratadas na imagem da tela ao lado. Por que isso é importante para o vegetal?
4 No canto superior direito da pintura há uma borbo-
leta visitando uma das flores. Você já viu situação semelhante a essa? Você acha que essa visita traz benefícios ou prejuízos para o vegetal? Justifique sua resposta.
Flor com coroa imperial, de Johannes Bosschart, 1626. Óleo sobre tela, 29 cm x 43 cm. Museu Central, Países Baixos.
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frank60/Shutterstock.com
ribeiroantonio/Shutterstock.com
A
As flores contêm os órgãos reprodutivos das angiospermas. Nelas, ocorre a produção dos gametas masculino e feminino da planta. Em algumas espécies, uma mesma flor produz ambos os gametas, sendo chamada hermafrodita. Já em outras espécies, os gametas são produzidos em flores separadas. Nesse caso, o vegetal apresenta flores masculinas e/ou femininas, como no exemplo abaixo.
Bus Stocker/Shutterstock.com
O mamoeiro é um exemplo de vegetal em que os gametas são produzidos em flores diferentes. Nele, há flores femininas (fotografia A), que produzem os gametas femininos, e flores masculinas (fotografia B), que produzem os gametas masculinos.
Nas briófitas e pteridófitas, os gametas masculinos chegam até o gameta feminino com o auxílio da água. Já as gimnospermas dependem principalmente do vento para que ocorra sua fecundação. As angiospermas, por sua vez, geralmente dependem de animais para que ocorra o encontro entre os gametas. Esses animais são chamados polinizadores e transportam os grãos de pólen de uma flor para outra. Abelha coletando néctar em uma flor. Em geral, cada espécie de planta atrai determinadas espécies de polinizadores.
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A flor é, portanto, essencial para a reprodução das angiospermas. Agora, vamos conhecer a estrutura de uma flor hermafrodita. Veja a seguir.
B
C J
F
Luciane Mori
G D K
E I
A
H
Ilustração produzida com base em: PURVES, William K. et al. Vida: a ciência da Biologia. 6. ed. Porto Alegre: Artmed, 2002. p. 666.
Representação da estrutura de uma flor hermafrodita em corte.
Ciências
A produção dos gametas femininos ocorre no gineceu, que é formado por um ou mais carpelos. Cada carpelo é formado por ovário (A), estilete (B) e estigma (C). O ovário contém o óvulo (D), onde ocorre a formação do gameta feminino, chamado oosfera (E). O estilete une o ovário ao estigma, estrutura na qual ocorre a deposição dos grãos de pólen. Os gametas masculinos são produzidos no androceu, que é formado por um conjunto de estames. Cada estame é formado por uma antera (F), na qual ocorre a formação dos grãos de pólen, e por um filete (G), que une a antera às demais partes da flor. A flor se une ao caule do vegetal por meio de um pedúnculo (H), que apresenta uma extremidade dilatada, chamada receptáculo (I). Nessa extremidade, inserem-se o cálice, a corola, o gineceu e, geralmente, o androceu. Ao redor do androceu e do gineceu, encontram-se as pétalas (J) e as sépalas (K). O conjunto de pétalas é chamado corola. Já o conjunto de sépalas é chamado cálice. A corola e o cálice atuam na proteção do gineceu e do androceu. As pétalas, geralmente, apresentam coloração diferenciada, o que contribui para atrair os animais polinizadores. Algumas flores apresentam estruturas que produzem uma mistura de açúcares e água, chamada néctar. Essa mistura atrai animais, principalmente os polinizadores, pois serve de alimento.
Inflorescências Muitas espécies de angiospermas apresentam flores reunidas em uma estrutura denominada inflorescência.
Girassol: pode atingir cerca de 4 m de altura.
flor
rso oll/S hutterstock.com
Charcompix/Shutterstock.com
Em alguns casos, as flores são bem pequenas e arranjadas de modo que todas juntas parecem formar apenas uma flor. É o caso, por exemplo, de margaridas, crisântemos, girassóis, mangueiras e dentes-de-leão.
Inflorescência de girassol.
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Corel Stock Photo
Fruto A imagem ao lado apresenta a tela Meninos comendo uvas e melão, de Bartolomé Esteban Murillo. Nela, podemos observar dois meninos se alimentando de frutas.
5 Que estrutura do vegetal você acha que origina os frutos?
6 Muitos frutos são atrativos para alguns animais.
Por que essa característica é tão importante para as angiospermas?
Meninos comendo uvas e melão, de Bartolomé Esteban Murillo, 1650. Óleo sobre tela, 146 cm x 104 cm. Antiga Pinacoteca, Munique (Alemanha).
Como vimos, os frutos são característicos das angiospermas. Eles, geralmente, se desenvolvem após a união do gameta masculino, trazido no grão de pólen, com o gameta feminino, contido no óvulo da flor. Após a fecundação, o óvulo se desenvolve e origina a semente, que contém o embrião, enquanto o ovário origina o fruto. Em alguns casos, além do ovário, outras partes da flor se desenvolvem após a fecundação. Observe os exemplos abaixo. Na maçã, o fruto verdadeiro é a porção central. A parte comestível é o receptáculo desenvolvido da flor.
No caju, o fruto verdadeiro é a castanha. A porção suculenta é o pedúnculo desenvolvido da flor.
fruto
receptáculo desenvolvido da flor Maçã.
Cajus.
Photodisc/Getty Images
Dente-de-leão: pode atingir cerca de 50 cm de altura.
fruto
pedúnculo desenvolvido da flor
rodrigobark/ Shutterstock.com
Tim UR/ Shutterstock.com
fruto
Além de proteger a semente, o fruto contribui com a dispersão dela, ou seja, com a distribuição em diferentes áreas. E qual é a importância da dispersão? Ela permite que o vegetal colonize novos locais, geralmente distantes da planta-mãe, de onde poderá absorver recursos, como água e nutrientes. Muitos frutos apresentam especializações que facilitam sua dispersão. Dente-de-leão. Os frutos desse vegetal apresentam estruturas plumosas que facilitam sua dispersão pelo vento.
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A maioria dos frutos apresenta diferentes camadas. O exemplo abaixo apresenta as camadas do abacate.
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A parte mais externa do fruto é chamada epicarpo. Em muitos frutos, essa camada forma uma casca.
semente
Próximo à semente, encontra-se a camada mais interna do fruto, denominada endocarpo.
Entre o epicarpo e o endocarpo, encontra-se o mesocarpo. No abacate, ela corresponde à porção comestível.
Abacates.
De acordo com suas características, os frutos podem ser classificados como carnosos ou secos. Os frutos carnosos apresentam acúmulo de água e, quando maduros, são suculentos. Eles podem ser subdivididos em vários tipos, como baga e drupa.
Os frutos secos, como as vagens de soja abaixo, não acumulam água. fruto
Frutos carnosos Os frutos do tipo baga, como as uvas abaixo, apresentam endocarpo e mesocarpo suculentos e epicarpo fino.
Nos frutos carnosos do tipo drupa, como os pêssegos abaixo, o endocarpo é rígido e aderido à semente, formando o caroço.
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S-F/Shutterstock.com
epicarpo
semente
semente
porção suculenta
Ciências
Frutos secos
caroço
A cabaça para a cultura indígena
Os indígenas da etnia Guarani utilizam a cabaça para fazer um instrumento musical, semelhante a um chocalho, que é utilizado em rituais e danças dos guerreiros guaranis. Para a confecção do chocalho, os indígenas colocam sementes de frutos dentro da cabaça e inserem um pedaço de madeira na parte inferior dela.
KobchaiMa/Shutterstock.com
A cabaça é um fruto que apresenta diferentes tamanhos e formatos, podendo ser arredondada ou oval. Ao secar, esse fruto se torna rígido e oco, e pode ser usado para diferentes finalidades, como armazenar alimentos e como cuia de chimarrão.
Cabaças.
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Sementes Leia a manchete abaixo.
Colheita de grãos na safra 2017/2018 é a segunda maior da história
grão: no sentido do texto, refere-se às sementes dos vegetais que são destinadas ao consumo humano e que não precisam estar vivas para dar origem a outro indivíduo
Segundo levantamento da Conab, resultado positivo se deve ao crescimento na produção de soja e milho primeira safra Disponível em: <www.brasil.gov.br>. Acesso em: 18 maio 2018.
7 Qual é a importância das sementes para os seres humanos, que pode ser
relacionada com a manchete acima? 8 Qual é a importância da semente para o vegetal?
Muitas sementes estão presentes no cotidiano das famílias brasileiras, como o tradicional feijão com arroz. Além disso, o Brasil destaca-se mundialmente na produção de outras sementes utilizadas na alimentação e na indústria, como a soja e o milho. Para os vegetais, as sementes têm outras importâncias. Elas são formadas do óvulo, após a união dos gametas masculino e feminino. Além de conter o embrião em desenvolvimento, a semente possui substâncias que o nutrem e estruturas que o protegem. Essas características aumentam as chances de sobrevivência do embrião no ambiente e facilitam sua dispersão. Veja nas imagens abaixo a estrutura da semente de duas angiospermas.
chinahbzyg/Shutterstock.com
As sementes são formadas pelo embrião, por tegumentos que o protegem e por substâncias de reserva que o nutrem. Essas substâncias estão contidas em um tecido chamado endosperma. Com o desenvolvimento inicial do embrião, formam-se pequenas folhas modificadas, chamadas cotilédones, que atuam na absorção dos nutrientes presentes no endosperma. O arroz é uma semente que possui um cotilédone e, por isso, é considerado uma monocotiledônea.
Em algumas sementes, como no feijão, o endosperma é absorvido pelo embrião no início do desenvolvimento. Nelas, os cotilédones armazenam nutrientes para o embrião utilizar em estágios posteriores de seu desenvolvimento. O feijão possui dois cotilédones e, por isso, é considerado uma dicotiledônea.
tegumento embrião
cotilédone
Luciane Mori
endosperma
Luciane Mori
tegumento
embrião / es ag m m .co rti ck Ho rsto te ut
Sh
Frutos do arroz.
Representação de semente de arroz em corte.
Frutos abertos do feijão.
cotilédones Representação de semente de feijão em corte.
Ilustrações produzidas com base em: RAVEN, Peter H et al. Biologia vegetal. 6. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Kooogan, 2001. p. 540.
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Reprodução das angiospermas Como todo ser vivo, as angiospermas também se reproduzem. A partir de agora, vamos estudar esse processo, que nesse grupo de plantas pode envolver a participação de gametas (reprodução sexuada) ou não (reprodução assexuada).
Reprodução assexuada Leia a situação a seguir. No jardim da casa de Miguel, tem uma planta conhecida popularmente como folha-da-fortuna. Certo dia, Miguel observou algumas folhas dessa planta caídas no solo e identificou uma característica interessante: a presença de brotos nas margens das folhas.
Ciências
Uau! Olha que incrível essa planta! As folhas dela têm brotos nas margens. Vou levar algumas para Laís ver.
Veja, Miguel, a folha que eu coloquei sobre o solo deu origem a uma nova planta, semelhante à que você tem na sua casa.
Como você percebeu na situação acima, os brotos presentes nas margens da folha formaram raízes e deram origem a um novo indivíduo. Esse tipo de reprodução é chamada assexuada, pois não envolveu a união de gametas. Nesse tipo de reprodução, um novo indivíduo pode se formar de outras partes da planta, como caule e raízes. Os morangueiros, por exemplo, apresentam estolhos, um tipo de caule que cresce sobre a superfície do solo. Nessas estruturas, pode ocorrer o desenvolvimento de raízes, caules e folhas, originando um novo morangueiro.
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estolho
Representação da reprodução de um morangueiro.
novo morangueiro
raiz
Kazakova Maryia/Shutterstock.com
Ilustrações: Giz de Cera Studio
Laís decidiu colocar uma folha com os brotos sobre o solo. Após alguns dias, Miguel retornou à casa de sua amiga.
Morangueiro: pode atingir cerca de 30 cm de altura.
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Reprodução sexuada A reprodução sexuada das angiospermas envolve a união de gametas. Esse processo ocorre na flor e, de maneira geral, envolve a participação de polinizadores, como as abelhas. A reprodução desse grupo de plantas pode ser dividida nas seguintes etapas: polinização, fecundação, formação da semente e do fruto, dispersão das sementes e germinação. Vamos estudar cada uma dessas etapas. Representação do ciclo de vida de um pessegueiro.
B
A
1
H
I
Polinização Essa etapa envolve o transporte dos grãos de pólen dos estames até o estigma. Em geral, mesmo nas flores hermafroditas, os grãos de pólen são transportados de uma flor para outra. Na maioria das angiospermas, a polinização é realizada por animais, como abelhas, besouros, pássaros e morcegos. Quando os animais polinizadores visitam a flor (A), geralmente em busca de alimento, grãos de pólen ficam grudados em seu corpo (B). Ao visitar a flor de outra planta da mesma espécie (C), os grãos de pólen presos ao corpo do animal polinizador atingem o estigma dessa flor.
Inicialmente, o desenvolvimento do embrião depende das substâncias de reserva contidas no endosperma.
O primeiro órgão que se forma é uma pequena raiz, que fixa o vegetal em desenvolvimento no substrato. Além da fixação, essa raiz absorve nutrientes do substrato para o vegetal.
J
Posteriormente, ocorre o desenvolvimento do caule e das folhas. Em geral, depois disso, o vegetal passa a realizar a fotossíntese. Quando atingem a fase adulta, as angiospermas produzem flores, reiniciando o ciclo.
5
Germinação da semente Quando ocorre a dispersão da semente (H), o embrião, geralmente, está dormente, ou seja, com seu desenvolvimento interrompido por determinado tempo. Para que a semente germine, voltando a se desenvolver, a dormência do embrião deve acabar. Vários fatores influenciam a quebra dessa dormência, como disponibilidade de água, gás oxigênio, temperatura e luminosidade. Em condições adequadas, a dormência do embrião acaba e ele retoma seu crescimento (I e J).
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C
Após atingir o estigma da flor, o grão de pólen origina o tubo polínico, que penetra no estilete da flor e chega até o ovário (D). Por meio desse tubo, células presentes no grão de pólen chegam até o óvulo, que contém a oosfera (gameta feminino). A célula proveniente do grão de pólen dá origem a dois gametas masculinos. Um deles irá se unir ao gameta feminino, formando o zigoto. O outro une-se a células presentes no óvulo, formando um tecido que, posteriormente, originará o endosperma (E).
grão de pólen
D
tubo polínico gametas masculinos
tubo polínico óvulo
E Farrell
2
Fecundação
F oosfera
G endosperma
tegumento da semente
3 4
Dispersão do fruto e da semente Após sua formação, o fruto e a semente amadurecem no vegetal que os originou. Geralmente, os frutos que são dispersos por animais sofrem modificações e se tornam mais atrativos aos seus dispersores (G). Em alguns vegetais, apenas a semente é dispersa. Nesses casos, o fruto, ainda preso no vegetal que o originou, abre-se e libera a semente, que atinge o solo.
embrião
Formação do fruto e da semente Após a fecundação, forma-se o zigoto no interior do óvulo, que dá origem ao embrião. Em geral, o endosperma também se desenvolve e aumenta de tamanho. O ovário se desenvolve e origina o fruto (F). Geralmente, o embrião interrompe seu desenvolvimento até que a semente e o fruto sejam dispersados e encontrem condições adequadas no ambiente para a germinação. Ilustrações produzidas com base em: CAMPBELL, Neil A. et al. Biology. 8. ed. San Francisco: Pearson Benjamin Cummings, 2009. p. 627.
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A relação entre angiospermas e animais Como você estudou anteriormente, os animais são essenciais para a reprodução das angiospermas. Essa relação foi essencial para que as angiospermas se tornassem o grupo dominante de plantas na Terra. Isso porque, de maneira diferente da maioria dos animais, as plantas não têm capacidade de se locomover ou se deslocar para procurar parceiros reprodutivos ou explorar novos ambientes. Contudo, elas apresentam características que lhes permitem realizar essas ações de maneira indireta, com a ajuda de alguns animais, por exemplo. Ao longo da evolução das angiospermas, os indivíduos que apresentavam flores atrativas para certos animais eram visitados e produziam maior quantidade de sementes. Isso ocorre porque, ao visitar a flor, os animais podem transportar pólen, facilitando o encontro de gametas. Geralmente, uma espécie de planta pode ser polinizada por diversos animais, assim como um mesmo animal pode polinizar diferentes espécies de vegetais. Há alguns casos em que o animal polinizador e a planta se tornaram estritamente relacionados. Assim, ela só é polinizada por esse animal e ele só visita essa espécie de flor. Observe os exemplos a seguir. Dan Suzio/Scienc eS ou rce /F ot o
a en ar
Mariposa: pode atingir cerca de 3 cm de envergadura. Flor: tamanhos variáveis de acordo com a espécie.
mariposa
Digit al V isio n/ Ge t
ty
Im
ag
Mariposas do gênero Tegeticula só depositam seus ovos nas flores do vegetal do gênero Yucca. Durante esse processo, a mariposa transfere pólen de uma flor para outra. As larvas que saem dos ovos se alimentam de partes das flores da Yucca sp. Desse modo, ambas as espécies são beneficiadas.
Mariposa do gênero Tegeticula sobre uma flor de Yucca sp.
es
Abelha: pode atingir cerca de 3 cm de comprimento.
As abelhas são responsáveis pela polinização de diversas espécies de vegetais. Ao visitar as flores, elas coletam pólen e néctar, que serão utilizados em sua alimentação. Ao mesmo tempo, ao visitar diferentes flores, as abelhas transferem grãos de pólen entre elas, favorecendo a polinização.
Paula Diazzi
Abelha sobre flor.
Além dos exemplos citados acima, outros animais, como borboletas, vespas, besouros, moscas, aves e morcegos, são importantes polinizadores.
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Leia a manchete abaixo.
Araçari-miudinho-de-bico-riscado come frutas e dispersa sementes Elliotte Rusty Harold/Shutterstock.com
[…]
Araçari-miudinho-de-bico-riscado: pode atingir cerca de 40 cm de comprimento.
Araçari-miudinho-de-bico-riscado.
Alimenta-se essencialmente de frutas. As aves dessa família estão entre os grandes dispersores de sementes, já que regurgitam caroços e pelotas com várias sementes ilesas. […]
ARAÇARI-miudinho-debico-riscado come frutas e dispersa sementes. G1, São Paulo, Terra da gente. 30 jan. 2017. Disponível em: <http:// g1.globo.com/sp/ campinas-regiao/terrada-gente/fauna/ noticia/2017/01/aracarimiudinho-de-bicoriscado-come-frutas-edispersa-sementes.html>. Acesso em: 18 maio 2018.
9 De que maneira o araçari-miudinho-de-bico-riscado auxilia na dispersão de sementes?
carrapichos Carrapichos em pelo de animal.
O fruto do carrapicho apresenta estruturas que permitem a ele aderir à pelagem dos animais. Assim, quando o animal encosta o corpo nesses frutos, eles aderem ao corpo do animal, tornando-se, então, responsável pela dispersão das sementes.
Alguns animais, assim como o araçari-miudinho-de-bico-riscado, podem se alimentar dos frutos e regurgitar as sementes ou liberá-las nas fezes. Ao encontrar condições adequadas no ambiente, essas sementes podem germinar e dar origem a um novo indivíduo. al er de de da ni
Gustavo Kothe. Un rique Hen io Grande do Sul (UFR iversi do Rronomia. Departamen GS). F dade g to d ac F A e F uld ed ito ad ss e a
R-P/Kino.com.br
Assim como o araçari-miudinho-de-bico-riscado, citado acima, outros animais também auxiliam na reprodução das angiospermas, dispersando as sementes. As espécies vegetais que dependem de animais para dispersar suas sementes apresentam, em geral, frutos carnosos, com odor, coloração e sabor atrativos. Além disso, algumas plantas podem apresentar sementes com estruturas específicas que auxiliam na dispersão. Observe os exemplos abaixo.
novo indivíduo em desenvolvimento Novo vegetal se desenvolvendo das sementes liberadas nas fezes de aves.
sementes
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Cidadan
i a n o d i a a d i a Extrativismo vegetal
Alguns vegetais são cultivados em plantações, como a soja, o algodão e o café. Outros são extraídos diretamente dos ambientes naturais, por meio de uma atividade denominada extrativismo vegetal. Leia a manchete abaixo.
Comunidades extrativistas lucram com a extração de óleos e ajudam a conservar a floresta Disponível em: <www.agencia.ac.gov.br>. Acesso em: 18 maio 2018.
Como você pode perceber na manchete acima, o extrativismo pode ser fonte de renda para algumas comunidades. Na comunidade da Reserva Extrativista Cazumbá-Iracema, no estado do Acre, por exemplo, a extração de borracha, castanha-do-pará e óleo de copaíba é uma das principais fontes de renda das famílias. A extração de recursos naturais não representa, necessariamente, prejuízos ao meio ambiente. Isso é observado, por exemplo, nas reservas extrativistas, conhecidas popularmente como Resex. Essas reservas são áreas de vegetação nativa utilizadas por populações da região, como ribeirinhos, quilombolas e indígenas, para coletar partes de vegetais (como folhas, frutos e sementes) ou extrair materiais de interesse, como o látex.
Art Capri
Chico Ferreira/Pulsar Imagens
O extrativismo nas Resex deve ocorrer de maneira sustentável, ou seja, de forma consciente, visando suprir as necessidades da população sem comprometer a disponibilidade desses recursos naturais, buscando a conservação ambiental e a preservação da biodiversidade.
Ribeirinho segurando cachos de açaí na comunidade de Cabeceira do Amorim, no município de Santarém, PA, 2017. Essa comunidade está localizada na Reserva Extrativista Tapajós-Arapiuns, no bioma da Floresta Amazônica.
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Os produtos do extrativismo vegetal são utilizados para diferentes fins, como na alimentação e na produção de medicamentos, cosméticos, aromatizantes, borrachas, tecidos, móveis, entre outros. Veja na tabela abaixo alguns dos principais itens vegetais extraídos no Brasil no ano de 2016.
Quantidade de alguns vegetais extraídos no Brasil (2016) Produtos
Quantidade (toneladas)
Açaí (fruto)
215 609
Babaçu (amêndoa)
61 390
Carnaúba (pó)
17 957
Castanha-do-pará
34 664
Erva-mate
346 953
Pequi (fruto)
17 305
Piaçava
45 645
Fonte: IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Disponível em: <www.ibge.gov.br/ estatisticas-novoportal/ economicas/agriculturae-pecuaria/9105producao-da-extracaovegetal-e-da-silvicultura. html?=&t=resultados>. Acesso em: 18 maio 2018.
O extrativismo predatório do pau-brasil foi uma das primeiras atividades econômicas desenvolvidas pelos portugueses no Brasil. A exploração indiscriminada levou à redução do número de árvores dessa espécie, e atualmente ela é considerada ameaçada de extinção. Além da fiscalização, a criação de parques de conservação nas poucas áreas em que resta pau-brasil pode ajudar a evitar a extinção dessa espécie. Pau-brasil localizado em Piracicaba, SP.
Isa/kino.com.br
No entanto, há casos em que o extrativismo não é realizado de maneira sustentável, mas sim predatória. Nessas situações, não há preocupação com a possibilidade de esgotamento dos recursos naturais, tampouco com a autorrecuperação desses recursos. O extrativismo vegetal predatório pode colocar em risco de extinção as espécies de vegetais exploradas, além de espécies animais que dependem desses vegetais para obter alimento e abrigo.
Pau-brasil: pode atingir cerca de 12 m de altura.
A Com base na tabela acima, qual foi o vegetal extraído em maior quantidade no Brasil em 2016?
B Qual é a importância do extrativismo vegetal para populações como os ribeirinhos?
C Qual é a importância de o extrativismo vegetal ser realizado de forma sustentável?
D Cite dois produtos que você utiliza ou consome e que são fabricados de vegetais extraídos do ambiente. O que você poderia fazer para evitar a exploração excessiva desses vegetais?
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Vamos
investigar
Desenvolvimento das plantas
> Em sua opinião, que fatores influenciam a germinação das sementes?
Materiais
••60 sementes de milho ou feijão ••2 pratos plásticos descartáveis ••caixa de sapatos ••régua ••borrifador com água
••3 potes de margarina vazios ••caneta ••solo ••5 etiquetas autoadesivas ••refrigerador
Como fazer Etapa 1 Coloque 20 sementes em um recipiente e leve-o ao congelador por cerca de 24 horas.
B
Coloque solo nos dois pratos plásticos, formando uma camada com cerca de 2 cm de altura em cada um deles. Com as etiquetas e a caneta, identifique os pratos como A e B. No prato A, espalhe as sementes que foram mantidas no congelador por 24 horas e no B, espalhe 20 sementes que foram mantidas à temperatura ambiente.
C
Durante 12 dias, umedeça o solo dos pratos A e B e mantenha-os em ambiente arejado. Analise as sementes diariamente e anote as observações em seu caderno.
Imagem referente à etapa A. Fotos: José Vitor Elorza/ASC Imagens
A
Imagem referente à etapa B.
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Etapa 2
E
Coloque solo nos três potes de margarina, formando uma camada com cerca de 2 cm de altura em cada um deles. Utilizando as etiquetas e a caneta, identifique os potes como I, II e III. Coloque cinco sementes em cada pote e umedeça o solo dos potes I e II. Não umedeça o solo do pote III, apenas coloque as sementes. Dica
Imagem referente à etapa E.
F
G
Mantenha os potes I e III em ambiente que receba incidência de luz solar, mas não diretamente. Coloque o pote II dentro da caixa de sapatos e tampe-a, mantendo-a em um ambiente que não receba luz solar. Umedeça diariamente o solo dos potes I e II. Repita esse procedimento por 12 dias, observando e anotando os resultados no caderno.
Fotos: José Vitor Elorza/ASC Imagens
As sementes da etapa E não deverão ser as mesmas da etapa B.
Ciências
D
Imagem referente à etapa F.
O que observei 1 Quais sementes da etapa 1 tiveram melhor desenvolvimento, as do prato A 2 3 4 5 6
ou as do prato B? Por que você acha que isso ocorreu? Calcule a porcentagem das sementes que germinaram na etapa 1, nos pratos A e B. A germinação das sementes e o desenvolvimento dos vegetais que cresceram nos potes I, II e III da etapa 2 foram iguais? Em sua opinião, por que isso ocorreu? Descreva, com suas palavras, como é a germinação da semente plantada. Qual é a importância da água e da luz solar para o vegetal em desenvolvimento? O que você pode concluir sobre a influência de diferentes fatores na germinação de sementes?
Divulgação Científica Registre por meio de fotos os resultados diários do experimento. Ao final da atividade, organize uma exposição das imagens para os colegas da sala de aula, evidenciando os fatores associados aos resultados observados. Não se esqueça de comentar a importância do solo, da água e da luz solar para o desenvolvimento das plantas.
Um pouco a mais Realize essa atividade utilizando sementes de diferentes plantas. Assim, você poderá comparar a germinação da semente de espécies vegetais diferentes.
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Atividades 1. Veja abaixo exemplos de diferentes tipos de frutos e, em seguida, classifique-os em: seco, carnoso baga ou carnoso drupa.
2. Observe a fotografia ao lado. a ) Que processo associado à reprodução das angiospermas é apresentado?
Brian A Jackson/Shutterstock.com
COLOA Studio/ Shutterstock.com
Vagens do feijão Tim UR/ Shutterstock.com
Tomates
Artem Kutsenko/ Shutterstock.com
Ameixas José Vitor Elorza/ ASC Imagens
Azeitonas
Dente-de-leão.
b ) Cite as principais características das plantas pertencentes ao grupo das angiospermas.
c ) Qual é a importância do processo citado no item a para a planta?
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d ) O que é necessário para que as sementes do dente-de-leão deem origem a novas plantas?
3. A
Wagner Okasaki/Shutterstock.com
pupunha cozida em água com sal, acompanhada de café, é uma refeição típica da região Norte do país, principalmente do estado do Pará. Observe a fotografia ao lado e responda às questões. Xícara com café e recipiente com pupunhas.
Ciências
a ) Quais são as partes da pupunheira e do cafeeiro que são utilizadas na refeição mostrada na imagem acima? b ) Cite outra parte da pupunha que é aproveitada para a alimentação humana. Se necessário, faça uma pesquisa.
4. João percebeu que algumas batatas de
brotos
a ) De que parte da planta se formou o novo indivíduo no vaso?
Ben Schonewille/ Shutterstock.com
sua casa apresentavam brotos, como mostra a imagem ao lado. Ele plantou uma das batatas em um vaso com solo e, após algumas semanas, observou que uma batateira havia se desenvolvido no vaso. Batatas com brotos.
b ) Marque um X no tipo de reprodução envolvido na situação vivenciada por João. Em seguida, diferencie esses tipos de reprodução. Assexuada.
Sexuada.
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O que estudei
Algumas plantas são semelhantes entre si, outras são bastante diferentes. Grandes, pequenas, com e sem sementes, com flor ou sem elas. Vamos relembrar como os vegetais são agrupados de acordo com essas características, organizando as informações em um quadro.
Grupo de plantas Característica
Briófitas
Vasos condutores
Pteridófitas
Gimnospermas
presentes
Alternância de gerações
presente
Angiospermas presentes
presente
Forma dominante
esporófito
Sementes
ausentes
Flores
ausentes
Frutos
ausentes
podem estar presentes
Encontro de gametas
dependente da água
independente da água
Grãos de pólen
ausentes
presentes
Órgãos vegetais (folha, caule e raiz) verdadeiros Cotilédone
presentes
ausente
Grupo de plantas dominante na Terra. Sua reprodução envolve diferentes processos:
, fecundação, formação de , dispersão de frutos e
sementes e
.
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Ampliando
Se observarmos com atenção os ambientes da Terra, identificaremos diversos componentes que apresentam algo em comum: são formados por diferentes elementos químicos. Veja a seguir algumas sugestões de leitura para aprofundar mais seus conhecimentos sobre as plantas e os elementos químicos.
saberes
Editora Conrad
Os elementos químicos em nosso cotidiano
• Os materiais de que são feitos os objetos que utilizamos
Ciências
em nosso cotidiano são formados por ligações entre diferentes elementos químicos. Que tal conhecer mais sobre como os elementos químicos estão presentes em nosso cotidiano, de forma divertida e irreverente? Para isso, leia o livro O fantástico mundo dos elementos: a tabela periódica personificada. O fantástico mundo dos elementos: a tabela periódica personificada, de Bunpei Yorifuji. Editora Conrad.
Visitando um jardim botânico
Conheça os herbários
• Você já pensou em montar uma coleção de partes de dife-
rentes plantas? Para isso, vale a pena conhecer o que são e como são montados os herbários. Acesse o manual indicado no site a seguir e aprenda mais a respeito dos herbários, sua importância e sobre como montar um exemplar. Manual de procedimentos para herbários, em <http://ftd.li/27acai>.
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Jardim Botânico de São Paulo, em <http://ftd.li/ijph2d>.
Editora Universitária UFPE
cer um pouco da diversidade de plantas que existem em nosso país. Nesses locais, você tem a oportunidade de observar as partes das plantas, identificar suas características e como elas são classificadas. Se não há um jardim botânico em seu município, você pode visitar, virtualmente, o Jardim Botânico de São Paulo.
Instituto de Botânica/Jardim Botânico de São Paulo/www.ibot.sp.gov.br
• Visitar os jardins botânicos é uma oportunidade de conhe-
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grz ym/ Shutterstock.com
Mais Atividades 1. Leia as sentenças abaixo e coloque V se for verdadeira
e F se for falsa, corrigindo as sentenças falsas em seu caderno.
O nome do instrumento mostrado na fotografia é velocímetro e está presente nos painéis dos automóveis. A função principal desse instrumento é indicar o valor da distância percorrida por um veículo. Esse instrumento auxilia o motorista a controlar a velocidade, respeitando os seus limites, a fim de trafegar com segurança. Nada ocorrerá com o ponteiro desse instrumento se uma aceleração for aplicada ao veículo. Quando o veículo desacelera, esse instrumento indica valores menores, até atingir o valor zero, quando entra em repouso.
2. Um
ciclista está em repouso na ciclovia na posição igual a 2 km e no tempo igual a zero. Meia hora após iniciar o movimento, o ciclista estava com uma velocidade igual a 18 km/h. Sabendo que ele pedalou em movimento retilíneo uniformemente variado, responda às questões a seguir.
tf sf
Flaper
2 km ti si
Representação do movimento realizado pelo ciclista.
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a ) Qual a aceleração desenvolvida pelo ciclista, em km/h2? b ) Qual era a velocidade do ciclista 15 minutos depois de sua partida do repouso?
3. O ar atmosférico é uma mistura de gases, e o gás oxigênio é um de seus componentes. Veja as representações químicas para o gás oxigênio e relacione-as com as sentenças correspondentes.
I
II
O
III O2
O
O
Representa a fórmula estrutural. Representa a fórmula eletrônica de Lewis.
Ciências
Representa a fórmula química.
4. Reescreva as frases incorretas, corrigindo-as. a ) O carbono (C) tem quatro elétrons em seu último nível de energia, e o hidrogênio (H) tem um elétron em seu último nível de energia. O metano (CH4) é formado por ligações iônicas.
b ) Os átomos instáveis tendem a perder, ganhar ou compartilhar elétrons do último nível de energia, realizando ligações químicas.
c ) O hélio (He) é um elemento químico considerado estável, pois, assim como os outros elementos pertencentes à família dos gases nobres, possui oito elétrons no último nível de energia.
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5. Preencha o quadro abaixo inserindo a palavra “presente” ou
“ausente” de acordo com a presença ou a ausência de cada estrutura em uma gramínea, um pinheiro e uma samambaia.
Estrutura Flor
Gramínea
Pinheiro
Dica As gramíneas são classificadas como angiospermas.
Samambaia
Fruto Caule Raiz Semente
6. Leia o texto a seguir e responda às questões propostas. A pintura corporal é uma arte muito importante para os povos indígenas; ela apresenta a identidade de cada povo. Essa pintura é feita principalmente em ocasiões especiais, como casamento, nascimento de um filho e ritual de passagem da infância para a adolescência. Alguns povos fazem pinturas vermelhas no corpo, utilizando um corante natural extraído da semente do fruto urucum.
sementes Jaboticaba Fotos/Shutterstock.com
B
sementes
rodrigobark/Shutterstock.com
A
Outros fazem pinturas pretas, utilizando um líquido verde, extraído do jenipapo, que em contato com a pele do corpo se torna preto.
Urucuns.
Jenipapos.
a ) Preencha o quadrado com a letra do fruto correspondente. Fruto seco.
Fruto carnoso.
b ) Classifique o fruto carnoso da fotografia em drupa ou baga. Justifique sua resposta.
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