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CANTO DE PODER

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SOB MEDIDA

SOB MEDIDA

POR CARLA JULIEN STAGNI FOTOS PAULO FREITAS

BASICAMENTE SOFISTICADO

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Ao entrar no apartamento de Luisa Strina, em um prédio antigo de Higienópolis, em São Paulo, nota-se que ali mora alguém com olhar diferenciado. Mais do que isso. Fomos recebidos por uma das galeristas mais conceituadas do Brasil. Expert em arte contemporânea, ela representa 40 artistas, entre nomes como Lygia Pape, Cildo Meireles, Robert Rauschenberg, Pedro Motta e Olafur Eliasson. Luisa respira arte – e sua casa também.

Em um de seus cantos favoritos, a sala de estar em formato de ‘meia lua’ com janelão de ponta a ponta, que garante uma luminosidade especial, fica uma das

Acima, panorâmica da estante assinada por Claudia Moreira Salles, com livros e peças da coleção de Luisa Strina. Abaixo, outra parte do móvel, que acompanha a curvatura da janela, e à esquerda, revisteiro de Lina Bo Bardi com peça criada por Caetano de Almeida em parceria com a Bordallo Pinheiro

Acima, cadeira de madeira de pau-brasil e, embaixo, a primeira parte da estante encomendada para acomodar os livros de Luisa

Destaques do ‘canto’ de Luisa, com espreguiçadeira e luminária de Joaquim Tenreiro, e cadeira de Lina Bo Bardi. Abaixo, o pé de café que foi presente do pai da galerista e a conversadeira de Zanine Caldas

bibliotecas. Uma robusta estante de madeira abraça tudo em curvas que acompanham a planta do cômodo. “Moro aqui há quase 30 anos. Chamei a Claudia [Moreira Salles] para projetar uma estante, e ela fez uma primeira etapa do que se vê hoje. Mais tarde, pedi uma segunda parte do móvel, com lugar para obras, CDs, um bar. E, em um terceiro momento, foi feito o entorno da sala com a bancada embaixo da janela para acomodar mais livros. Aí fechou tudo”, explica. “O que mais gosto nas criações da Claudia é que são marcadas pela qualidade, limpeza das linhas e pela funcionalidade.”

O resultado impressiona e o poderoso móvel envolve o ambiente, que guarda, entre outras preciosidades, peças assinadas por Lina Bo Bardi, além de uma cadeira do designer Joaquim Tenreiro e uma conversadeira de Zanine Caldas. “Gosto muito dessa peça”, diz Luisa, chamando a atenção para uma cadeira de madeira maciça criada a partir de um tronco de pau-brasil. “Não sei quem fez, mas é um trabalho incrível.” E um vaso gigante com um frondoso cafeeiro, presente do pai de Luisa, arremata o espaço que celebra a excelência do design brasileiro. n

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