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TRÊS PONTINHOS
POR RODRIGO PENNA
SOBRE REDES...
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Não são os links que transportam, nem as cores, imagens, vídeos, poemas, escândalos ou banalidades em cartaz aqui diariamente. São as pessoas que me interessam. O tom, subtextos, a escolha das palavras, o tempo delas, do “melhor não”, e o “que soe como”, o “olha só” e o “fica a dica”. E o que realmente fica do que não é dito, o que nunca é dito, o silêncio-paisagem e o silêncio ameaçador. A transparência quase cega nossa de cada dia. O feriado que há em cada perplexidade, e a angustiante procura pelo dia útil da nossa indignação. O que há entre posts, flores, entrelinhas. Alguns desses ‘amigos’ nunca encontrei fisicamente, mas os sinto como se estivessem aqui ao lado, outros são, pra mim, uma linda vitrine; de tão impressionante melhor nem passar da porta. Há os que batem à porta antes mesmo de abri-las, e há tantos pedidos de ajuda, há tanta recusa, e os que formam corrente, os que arrastam corrente, os que fecham o tempo, os que abrem os braços, os que dormem no ponto e os que ignoram a vírgula. Gente! Sofrida, guerreira, medrosa, lamuriosa, solidária, vil, reticente, reincidente, curiosa, apaixonada, viva. Toda gente. Essa gente brasileira, diversa, miscigenada, múltipla, única!
RODRIGO PENNAÉ ATOR, DIRETOR, PRODUTOR, DJ, CRONISTA. O CARA VIVE DAS IDEIAS. A FESTA BAILINHO FOI SÓ UMA DELAS. DEVOTO DA POESIA, ELE ACREDITA NA ARTE, COMO OS ROMÂNTICOS, PORQUE SÓ A VIDA NÃO BASTA
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