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NATUREZA VIVA

Um chalé à beira da represa em Bragança Paulista, interior de São Paulo, é o refúgio do paisagista Mauricio Prada, que o decorou com referências do Peru, sua terra natal

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por luciana franca fotos paulo freitas

Há cinco anos, o paisagista Mauricio Prada estava com a filha pequena, Helena, em um parque de São Paulo quando pediu que a menina tirasse os tênis para pisar na grama. Ela começou a chorar, desesperada. “Aí percebi que algo estava errado com uma criança que não gostava de pisar na grama”, lembra ele. Algumas semanas depois, ainda com essa história martelando na cabeça, um amigo que estava indo morar fora perguntou se Mauricio não queria comprar sua lancha antiga de madeira, mesmo sem ele nunca ter andado ou pilotado uma. O paisagista resolveu ver a embarcação, se apaixonou à primeira vista e acabou comprando, mas também se encantou pelo lugar onde ela estava: uma represa em Bragança Paulista, a 1h20 da capital, em um pequeno condomínio de chalés. O lugar, que era uma antiga pousada, aliás, tem um fascínio extra. O proprietário, o arquiteto Ricardo Gomes, teve a ajuda de um amigo com quem estudou para desenhar os chalés, ninguém menos que Sergio Rodrigues, um dos grandes mestres do design brasileiro que acabou imprimindo sua marca também por lá.

O paisagista Mauricio Prada pilota lancha na represa em frente ao chalé. Na pág. ao lado, deck com rede e balanço, totalmente integrado à natureza. Abaixo, objetos decorativos no canteiro

“Fui atrás e consegui uma casinha de três quartos, sem nada. Comecei a fazer o jardim, logicamente, para dar um charme e começamos a utilizar a casa. Em pouco tempo, virou meu refúgio, vou muito, até durante a semana, para passar o dia, fazer um churrasco para mim mesmo, ver meus projetos, e volto no fim da tarde ou durmo de um dia para outro”, conta ele. A decoração ganhou um toque peruano, origem de Mauricio, com objetos típicos, como os tapetes feitos à mão de Cusco e duas fotos na sala do conterrâneo Mario Testino. Quando a temperatura cai, a família gosta de ficar assistindo à TV com a lareira acesa ou no quintal, em torno do fogo de chão. “É incrível aquele céu estrelado, parece que você pode tocar as estrelas. Gosto tanto do lugar que comprei agora um terreno na frente e penso em construir uma casa”, diz Mauricio. Já Helena, aquela menininha que não gostava de pisar na grama, hoje, com 7 anos, não calça os sapatos quando está em seu refúgio preferido, vive cheia de lama, anda de quadriciclo e, na represa, dá um show nas aulas de wakeboard.

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