Revista J.P | Edição 173

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ESCRITO NAS ESTRELAS PARA O NEUROCIENTISTA SIDARTA RIBEIRO, NUNCA FOI TÃO NECESSÁRIO SONHAR SOB O SOL DA COMPORTA FERNANDO DROGHETTI MOSTRA SUA CASA DE PESCADOR NA PRAIA MAIS HYPE DA EUROPA MEGAFONE UMA MULHER SONZALUÍSALIVRE N. 173 | 2021 CHARME E PROPÓSITO J.P 15 ANOS AS INQUIETAS A ESTILISTA ISABELA CAPETO, A CANTORA LETRUX, A RAPPER DRIK BARBOSA E UM TIME DE MULHERES QUE NÃO PARAM DE SE REINVENTAR E MAIS: UMA RECEITA DE VIDA PEQUENACOMUMVONATRIZDACHARMEPANDEMIA,PÓS-OAGELESSMODELOECONSTANZEOERTZENEPAPORETOAHUMORISTALO SOM NA CAIXA! É SEMPRE TEMPO DE PAGODE R$ 19,50 1980-3206ISSN3200067719809 00173

S AP AT O S AUTO R AIS E A TEMPO R AI S P A R A TODA S AS E STAÇÕE S E G ER AÇÕ E S V I S I TE A L O J A N O I G U ATE M I S Ã O PAU L O I S O S U P E R I O R

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Escaneie o QR Code e saiba mais AS MELHORESVOCÊMARCASENCONTRA AQUI

JOCHANELCAUDALIEMALONE LONDON OFICINALAFORT THESEPHORARESERVANORTHFACE

CAROLINA HERRERA

A magia do Natal com a tradição das nossas receitas

A psicóloga Desirée Cassado reflete sobre como as redes sociais afetam a autocrítica SÓ NO PAGODINHO

Mais diverso, o pagode encabeça as preferências populares

A estilista Ana Clara Watanabe cria peças para os museus e o dia a dia PONTO V

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A energia da atriz e modelo alemã Constanze von Oertzen EM BUSCA DOS SONHOS

4866

Por Daniela Arrais COSTURANDO ARTE

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34 J.P CHARME E PROPÓSITO

necessário sonhar 48 ESPELHO, ESPELHO MEU

NESTE NÚMERO 9 EDITORIAL 10 J.P ENTREGA 12 MÊS BOM PARA 14 J.P ADORA 16 LUÍSA É POP Irreverente e autêntica, a cantora Luísa Sonza mostra a que veio 24 RADIOGRAFIA 30 POR QUE INQUIETA?SOU As mulheres que estão sempre se reinventando 34 COR E FORMA A influenciadora Pamela Barja abre sua casa na Vila Madalena 38 NOTAS SOBRE ENCANTAMENTOO

Sidarta Ribeiro explica por que nunca foi tão

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40

NA REDE:facebook.com/revistajp@revistajp@revistajp LUÍSA SONZA Foto Mauricio Nahas, styling Rodrigo Polack, beleza Pedro Moreira. Look Moschino for Riachuelo O conteúdo desta revista na versão digital está disponível no SITE revista-jp+glamurama.com.br/CHRISTIANGORDIENKO;VALERIAFREITAS;PAULOPASCOWITCH;JOYCEFOTOS SANTOSNANDOILUSTRAÇÃODIVULGAÇÃO;MALDONADO;SCHOELER 58 TORQUATTOFERNANDO A beleza de Taís Araujo, atriz que foi cover girl de cinco edições da J.P 60 CORPO E ALMA 64 J.P DE OLHO 66 DE SOL A SOL Fernando Droghetti mostra sua casa de pescador em vilarejo português 72 J.P VIAJA 30 42 74 POR AÍ Por Kiki Garavaglia 75 CABALA Por Shmuel Lemle 76 HORÓSCOPO 78 ENTRE LENÇÓIS Por Roberta Sendacz 79 AGRADECIMENTOSCORREIOS/ 80 ÚLTIMA PÁGINA A comediante Pequena Lo faz todo mundo rir com representatividade 14

EDITORES DE ARTE

Meire Marino (gestora) meiremarino@glamurama.com Wildi Celia Melhem (produtora gráfica) celia@glamurama.com Inácio Silva (revisão) Luciana Maria Sanches (checagem)

MARKETINGtel.publicidade@glamurama.com(11)3087-0200

Aline Belonha aline@glamurama.com Gabriela Monteiro gabriela@glamurama.com Tânia Belluci tania@glamurama.com

A Editora Glamurama presta serviços de branded content para empresas, produzindo e publicando conteúdos customizados em todos os canais do Grupo, como as revista J.P e PODER, PODER Online e o portal Glamurama, além das redes sociais

Adriana Nazarian, Dani Arrais, Fernanda Grilo, Fernando Torquatto, Isabelle Tuchband, Kiki Garavaglia, Marina Sanvicente, Mauricio Nahas, Morgana Bressiani, Nando Santos, Nina Rahe, Paulo Freitas, Paulo von Poser, Pedro Alexandre Sanches, Pedro Moreira, Roberta Sendacz, Rodrigo Polack, Rose Luna, Sara Koimbra, Shmuel Lemle, Valeria Gordienko

COLABORADORES

DISTRIBUIÇÃO EM TODO O BRASIL: RAC Mídia – (11) 98145-7822 contato@racmidia.com.br

J.P

CHARME E PROPÓSITO

EDITORA-EXECUTIVA Carol Sganzerla carol@glamurama.com

GLAMURAMA EDITORA LTDA. Rua Cônego Eugênio Leite, 282, Jardim América, São Paulo, SP CEP 05414-000. Tel. (11) 3087-0200

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DIRETORA-GERAL JOYCE PASCOWITCH joyce@glamurama.com

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David Nefussi davidn@glamurama.com Jefferson Gonçalves Leal jeffersonleal@glamurama.com

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Isabela Carvalho isabela@glamurama.com Claudia Fidelis (tratamento de imagem)

PRODUÇÃO

EDITORA DE ESTILO Ana Elisa Meyer anaemeyer@glamurama.com

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PUBLICIDADE MULTIPLATAFORMA GERENTES MULTIPLATAFORMA Maria Fernanda Foschini mariafernanda@glamurama.com Maria Luisa Kanadani marialuisa@glamurama.com Roberta Bozian robertab@glamurama.com INTELIGÊNCIA DE NEGÓCIOS E PROJETOS ESPECIAIS Carolina Guimarães carolina@glamurama.com

Carlos Melo (Diretor) carlosmelo@glamurama.com Clayton Menezes clayton@glamurama.com Heberton Gonçalves heberton@glamurama.com Hércules Gomes hercules@glamurama.com Núbia Dias nubia@glamurama.com Renato Vaz renato@glamurama.com

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glamurama.com

ão é pouca coisa comemorar os 15 anos da nossa revista no meio dessa pandemia, ou melhor, na esperança de que seja a reta final dela. São mui tas emoções envolvidas, muitos desafios e muita curiosidade com o que está por vir. Luísa Sonza, nossa capa iluminada, jovem, fresca, também comemora 15 anos de carreira. Ela começou a cantar muito cedo, aos 7, em uma banda de casamentos no interior do Rio Grande do Sul. Chegou até aqui não sem enfrentar processos pessoais duros, amor e ódio nas redes sociais. Luísa está em sintonia com seu tempo: se diz uma mulher livre e bissexual. Ah, mulheres, um de nossos assuntos preferidos... Nesta edição especial, surgem também agrupadas num tema que eu, pes soalmente, amo: as inquietas. Elas não querem sossego, estão sempre se reinventando e inspirando. A estilista Isabela Capeto, a cantora Letrux e a atriz e escritora Taísa Ma chado, do projeto Afrofunk Rio, entre outras, contam por que representam tão bem o espírito que estes novos tempos pedem. A também inquieta Taís Araujo, capa da nossa edição número 1 e de tantas mais, é homenageada na coluna de Fernando Torquatto. Enquanto isso, num paraíso chamado Comporta, em Portugal, o empresário Fernando Droghetti, o Jacaré, exerce todo seu charme, talento e profissionalismo já famosos em Trancoso. Ele escolheu viver em uma única estação durante o ano, o verão, e por isso se divide entre os dois destinos, Portugal e Brasil. Mas tudo com uma criatividade rara de se ver. Aqui, ele mostra sua casinha de pescador no pedaço mais descolado da praia que virou o hype da Europa. Eu fui lá, cliquei tudo e voltei encantada. Um sonho... Aliás, falando em sonho, nunca foi tão necessário sonhar. Nunca. Quem diz é o neuro cientista Sidarta Ribeiro, que ensina como podemos resgatar esse mecanismo tão pode roso do cérebro até para projetarmos um futuro melhor. Também fomos atrás da psicó loga e professora Desirée Cassado para que ela nos explicasse a importância de socializar depois de tanto tempo em casa e o impacto do sentimento de comparação. A atriz e modelo Constanze von Oertzen, de 56 anos, foi a escolhida por Marina Sanvicente para estrelar a coluna Ponto V. Amamos. Assim como, mesmo nestes tempos tão disruptivos, continuamos fãs de um bom pagode, que volta agora revigorado, fortalecido, misturado com rap, forró, axé e sertanejo – o expert Pedro Alexandre Sanches conta tudo sobre essa onda. Na Última Página, surge lépida a humorista Pequena Lo, sucesso na internet. Formada em psicologia, ela faz todo mundo rir com sua representatividade, autoestima e até uma pitada de timidez. Um pouco de cada coisa, a gente mistura bem e volta para você. Fazemos isso com prazer há 15 anos. Continuamos juntos.

N

J.PEDITORIAL

BENDITO FRUTO

Uma legítima herdeira do Vale do Silício fez sua estreia nas passarelas da última Paris Fashion Week em outubro: EVE JOBS. Ligou o nome à pessoa? A filha de Steve Jobs, de 23 anos, faz o estilo garota californiana na moda, mas, até onde se sabe, tem outros planos para o futuro. A caçula do fundador da Apple acaba de se formar em Stanford – mesma universidade onde o pai e a mãe, Laurene Powell, se conheceram – e dedica parte de seu tempo a torneios de hipismo. Reza a lenda que Steve Jobs sempre acreditou que Eve, entre seus quatro filhos, era a mais parecida com ele e que deveria sucedê-lo nos negócios. Não é o que parece... Detalhe: hoje o patrimônio líquido da família é de cerca de US$ 21,7 bilhões.

JOYCE PASCOWITCH

MAPA DAS MINAS

se lembre, mas tem um lindo teatro dentro do hotel COPACABANA PALACE, que hoje pertence ao GRUPO BELMOND. Inaugurado em 1949, o espaço recebeu sua última peça há 27 anos – Desejo, estrelada por Vera Fischer. Tem 332 lugares, passou por uma grande reforma e deverá ser reaberto em novembro com o espetáculo Copacabana Palace – O Musical

10 J.P OUTUBRO | NOVEMBRO 2021

J.P ENTREGA

Bar quase secreto em Londres, herdeira do Vale do Silício na moda, noite de boa comida em São Paulo e mais leia outras descobertas em glamurama.com/notas MuitaVERMELHOVELUDOgentetalveznem

Um lugar quase secreto, para poucos e bons. Essa é a intenção do novíssimo The Red Room, inaugurado dentro do hotel THE CONNAUGHT, em Londres, e que fica escondido atrás de uma cortina de veludo do já conhecido Champagne Room. O bar faz uma homenagem a artistas mulheres, com trabalhos de Louise Bourgeois e Jenny Holzer, entre outras. A curadoria artística é tão impecável quanto a carta de vinhos raros.

DEDO VERDE

Extremamente sofisticado – e o mais famoso de São Paulo tempos atrás – o BUFFET FRANÇA, cuja sede era na avenida Angélica e que foi fechado no ano passado, será reeditado pelos herdeiros. Os filhos do fundador e o neto, o chef Gustavo França, estão em fase final de estruturação do negócio, que vai ganhar um novo formato. Mas o burburinho já corre solto no mercado de festas e dos jantares elegantes da cidade. Enquanto o projeto não sai, Rita França, mãe do chef, se dedica a uma linha de sorvetes.

INSPIRAÇÃO

De inspiração francesa, os vinhos naturais estão se tornando os queridinhos por aqui. Mais suaves e saborosos, caíram nas graças de alguns produtores brasileiros como Bento Mineiro, da PARDINHO ARTESANAL , que colocou no mercado o Pardinho de Be ber nº 2, segunda safra de sua investida na vinicultura. Premiado produtor de queijos, Bento fala de sua mais recente paixão: “Esta safra foi vinificada por Jean-Christophe Comor e Léa Vigroux. O resultado é um vinho de fermentação natural minimamente sulfitado. Temos um tinto, Cabernet Franc, e um branco, Chardonnay”.

O concorrido jantar anual realizado para manutenção da CASA DO POVO, em São Paulo, que já contou com estrelas como Caetano Veloso, terá papéis invertidos este ano. Desta vez são os apoiadores quem vão oferecer refeições para 250 famílias do bairro do Bom Retiro em situação de vulnerabilidade social. A chef PAOLA CAROSELLA cozinhará para cerca de mil pessoas com alimentos orgânicos produzidos por famílias agricultoras da região de Parelheiros. Os jantares serão entregues em 8 de novembro em pensões, cortiços e vilas do bairro pelas mãos de voluntários que atuam na Casa do Povo ao longo do ano e conhecem bem a vizinhança. Além de proporcionar a refeição, quem adquirir os convites (de R$ 1,8 mil a R$ 9 mil) receberá uma obra inédita do fotógrafo Mauro Restiffe em colaboração com a Cooperativa Emprendedoras Sin Fronteras.

Nos arredores de João Pessoa, o artista paraibano JOSÉ RUFINO tem dedicado seu tempo a transformar o sítio da família, adquirido nos anos 1980 em situação de devastação ambiental, em um contabilizaNoatividadesparaJádebotânico,minijardimcomprogramaresidênciasartísticas.tematéfiladeesperaaretomadadaspós-pandemia.local,Rufinomaisde450espécies

OUTUBRO | NOVEMBRO 2021 J.P 11 LINHASGOLREVISTARINALDI/DIVULGAÇÃOGABRIELDIVULGAÇÃO;PESSOAL;INSTAGRAMREPRODUÇÃOFOTOS INTELIGENTESAÉREAS +twitter.com/joycepascowitch | @joycepascowitch com luciana franca, carla julien stagni e nina rahe

de palmeiras do Brasil e do exterior, e planeja expedições artístico-científicas.

RENASCIMENTO

A ilustradora ALINE BISPO, que ganhou destaque com a capa do best-seller Torto Arado, de Itamar Vieira Junior, se juntou à designer goiana NAYA VIOLETA para uma parceria especial: uma coleção limitada de lenços – que também podem ser pendurados na parede. As peças, em homenagem aos orixás Ibejis, protetores das estãocrianças,àvenda na loja on-line de Naya.

C’EST SI BON!

+CASADOPOVO.COLABORE.ORG/EVENTO2021

AMARRAÇÃO

Sonhar de olhos abertos com o verão que está quase aí Pesquisar nas importadoras os melhores vinhos brancos para o meses de calor: os portugueses e italianos estão entre nossos favoritos

Reservar um dia inteiro para visitar as muitas exposições em cartaz em São Paulo – entre elas de Geraldo de Barros, no Itaú Cultural, John Graz, na Estação Pinacoteca, e Carolina Maria de Jesus, no MaratonarIMSasérie

Cenas de um Casamento, da HBO Max, baseada na obra homônima de Ingmar Bergman e que acompanha os altos e baixos de um relacionamento.

Ai ai

Escolher uma das bolsas de fibras naturais do designer Samuray Martins para o Projeto Akra, que convida artesãs brasileiras para fazerem modelos que são sucesso mundo afora

OUTUBRO E NOVEMBRO são meses bons para...

Encontrarai...

um esporte mais radical ou um treino tipo barra pesada para chegar na temporada de praia com gengibremaravilhosoExperimentarfôlegoodrinquedeuísquecomnobarmontadopelo

Investir no óleo puro de extração,tecnologiapele,tratamentosvoltoumosqueta,rosaqueàcenaparadecomnovadeainda mais eficiente

DALÂNGELODIVULGAÇÃO;FREEPIK;IMAGES;GETTYFOTOS DEESTADOMORAES/ACERVORONALDOBO/DIVULGAÇÃO; NETO/PARENTEFRANCISCOMAX;HBODIVULGAÇÃOMINAS; ROSADO/MILENANETFLIX;DIVULGAÇÃODIVULGAÇÃO; DIVULGAÇÃO

poltrona puro charme – pode ser a Jangada, de Jean Gillon – e se jogar para ler o novo livro de Haruki Murakami, Sul da Fronteira, Oeste do Sol (Alfaguara)

12 J.P OUTUBRO | NOVEMBRO 2021

Infini na banca de flores do Largo do AcharAroucheuma

Investir em cúrcuma, seja em aromas, sabores ou vitaminas: essa raiz está com tudo

OUTUBRO| NOVEMBRO 2021 J.P 13

Experimentar os pratos coloridos e saudáveis do restaurante carioca Olivia Saladas, que abriu uma filial paulistana no Itaim

Comprar pelo menos um jogo de lençol que a estilista Paula Raia criou para a Trousseau. Que coleção mais incrível! Tem camisolas e até uma rede...

Se arriscar a fazer uma das receitas de sorvete caseiro de Lena Mattar, como o de doce de leite, que leva apenas dois ingredientes

Anotar sonhos, inspirações e planos para 2022 em um caderno escolhido especialmente para isso Prestar atenção no som gostoso de Kynnie no single “Não Sou de Ferro”, com participação de Edi Rock. A cantora fluminense tem influências de r&b, soul e jazz Incluir na lista de Natal comprinhas na pop-up Coqueiro, um banho de carioquice no Shopping Iguatemi, com bijoux de Julia Gastin, sapatos de Marcela B e

Conhecer os novos protocolos de tratamentos corporais na Clínica Dome, em São Paulo, para arrasar no verão. Os equipamentos Alma Prime e Power 2 oferecem alta tecnologia não invasiva para acabar com a celulite, gordura localizada e flacidez de forma segura, rápida e supereficaz

Colorir a casa com arranjos de protea cor de rosa

Se deliciar com casas e apartamentos incríveis na Europa assistindo ao reality show Imóveis de Luxo em Família , da Netflix –a família Kretz é tudo!

J.P ADORA

BAILE PRETO E BRANCO DE TRUMAN CAPOTE

Para celebrar o sucesso do seu livro A Sangue Frio , Truman Capote (1924-1984) promoveu um baile de máscaras antológico em 28 de novembro de 1966 no Hotel Plaza, em Nova York. Escolhidos a dedo pelo anfitrião, os 540 convidados tinham uma obrigação: vestir preto, branco ou as duas cores. Greta Grabo, Mia Farrow, Frank Sinatra, o duque e a duquesa de Windsor e Tennessee Williams foram alguns dos presentes na festa que marcou época.

Emilio Pucci no CJpreçoFashionsobconsulta

PUFE Lilly Sarti preçoBretonparasobconsulta

POR ANA ELISA MEYER

14 J.P OUTUBRO | NOVEMBRO 2021 CONSUMO

SAPATO YSL preçoconsultasob TAÇASVINHODE St. James.R$679(cada)

EM OUTUBRO/NOVEMBRO

OUTUBRO | NOVEMBRO 2021 J.P 15 DIVULGAÇÃOREPRODUÇÃO;IMAGES;GETTYFOTOS SAIA Isabel Marant no CJR$Fashion3.320 BRINCO Gaem R$ 4.420 APARADOR Ále Alvarenga R$ 9.380 ANEL R$BernardoAntonio14.640 ÓCULOS Longchamp na R$Marchon1.015 LUMINÁRIA Loja Teo R$ 8.500 BOLSA consultapreçoVenetaBottegasob SOFÁ Jorge Zalszupin da Etel, preço sob consulta

Luísa Sonza veste conjunto de moletom e top de biquíni da inédita coleção MOSCHINO FOR RIACHUELO. Colares RIACHUELO

CAPA por luciana franca fotos mauricio nahas styling rodrigo polack beleza pedro moreira Autêntica e vestida com a nova collab-desejo Moschino for Riachuelo, que mistura a tropicalidade brasileira à irreverência da marca italiana, a cantora Luísa Sonza mostra a que veio

e cumprir contratos e tal, não tinha como adiar mais as coisas”, relembra. “A gente tem que do sar as redes sociais todos os dias, não fugir por um tempo e voltar para a mesmice. Acho que o mundo tem que rever um pouco a forma como está encarando as coisas, tudo se baseia muito no imediatismo, no número, e nem sempre o imediato é o melhor”, reflete.

Foi há quatro anos que Luísa se lançou em carreira solo e, como não poderia ser diferen te de sua geração, a internet foi seu primeiro palco. Em 2017, desbancou quatro youtubers da música e levou o prêmio de melhor cover da web no Prêmio Multishow com “Fica”, de Anavitória e Matheus & Kauan. Desde então, vive uma relação agridoce com a exposição virtual. A gaúcha de 23 anos contabiliza mais de 24 milhões de seguidores no Instagram, e é por lá que os fãs emanam amor e admiração ao mesmo tempo que outras pessoas desti lam ofensas. Alguns episódios tomaram pro porções absurdas em sua rede social, como a separação do humorista Whindersson Nu nes, com quem ela se casou aos 19 anos, e o namoro com o cantor Vitão.

A

ssim como a J.P, Luísa Sonza tam bém celebra 15 anos de carreira. Sim, você leu certo. A garota da capa começou a cantar profissio nalmente aos 7 anos em uma banda de casa mento em Tuparendi, cidade de 7 mil habi tantes no interior do Rio Grande do Sul. Mas, antes disso, Luísa conta que era requisitada para soltar a voz nas longas viagens de car ro que fazia com a família para manter o pai desperto ao volante. No repertório, sertanejo raiz. Também aprendeu em casa a gostar de rock nacional dos anos 1980 e Beatles. Atual mente, diz ela, anda obcecada por Legião Ur bana, Elis Regina e Cássia Eller.

CAPA

Luísa abre o jogo de como vem se tratando. “Minha terapeuta me acompanha o tempo todo e tomo ansiolítico e antidepressivo porque as crises de pânico ficaram fortes. Não tinha, sem pre fui uma pessoa ansiosa, mas lidar com isso é bem complicado porque é uma coisa que ator menta todos os dias.” A artista tem dimensão de que é espelho para muita gente e por isso divi de os altos e baixos da vida. “Gosto de falar por causa das pessoas que passam por isso dentro da sua realidade e pensam: ‘Ela se recuperou, está bem, e eu estou aqui e não estou aqui conseguin do, estou há anos com terapia, há anos tentando

“Passei a fazer terapia depois de entrar na in ternet, há uns quatro anos”, conta. Mas precisou tomar uma atitude mais radical e se afastar de tudo para atravessar o pior momento, no início de junho, quando sofreu ataques de haters após a morte do filho prematuro que Whindersson teve com outra mulher: Luísa se isolou no Méxi co e ficou sem acesso às redes sociais. “Foi uma fuga, me fez muito bem, mas eu não estava lidan do com a situação em si, estava fugindo. Precisei desse tempo, praticamente fui viver uma outra realidade, não queria voltar. Fiquei uns 15 dias no México, mas tive que retornar para trabalhar

MOSCHINO

A cantora usa vestido com estampa do Pernalonga da nova coleção FOR RIACHUELO Colar e pulseiras RIACHUELO

“A música sempre foi terapêutica. Estou me tornando mais madura e mais segura da minha música, do que eu sou, e externalizarconsigomelhorartisticamente”

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Luísa

“Nunca namorei meninas, mas já me envolvi. Me sinto uma mulher livre”

usa maiô e vestido da collab MOSCHINO FOR RIACHUELO. Pulseiras e colar usado como cinto RIACHUELO

CAPA

n

Cada vez mais dona de si, a cantora passou a falar de outro assunto relevante, a bissexua lidade. “É uma coisa natural. Nunca namorei meninas, mas já me envolvi. Me sinto uma mulher livre. Sou uma pessoa tranquila em re lação à sexualidade, não sou de ficar com mui ta gente. Mas já me interessei por homens e já me interessei por mulheres, e é isso.” Solteira desde o fim do namoro com Vitão, em agos to, ela aproveita as delícias de estar sozinha. “É muito bom fazer o que quer, a hora que quiser. É um momento importante para mim, para aproveitar as coisas que conquistei, de me sentir completa sozinha. Depois de tantas coisas que vivi, está sendo fundamental olhar e falar: ‘Pô, que foda, eu passei por isso, eu consegui e estou aqui, intacta’.” Luísa é assim, está pronta para o que der e vier. E que sua caminhada siga mais suave e gentil.

O momento de fuga impactou inclusive no lançamento do aguardado segundo álbum, Doce 22, que foi adiado por alguns dias. Hoje, Luísa colhe os louros da atual fase artística, em que assume as próprias rédeas e, não à toa, tem o nome do disco tatuado no dorso da mão, como um lembrete de sua caminhada. “A música sem pre foi terapêutica. Estou me tornando mais madura e mais segura da minha música, da mi nha arte, do que eu sou, e consigo externalizar melhor artisticamente”, diz ela, que passou 14 meses dedicando-se totalmente ao Doce 22, gra vado em sua casa, em São Paulo, entre amigos, e aprovando cada detalhe. “A melhor parte do meu trabalho é criar, produzir, cantar. Isso é o que me encanta, e faz eu fazer todo o resto e me desdobrar em várias. A parte mais desafia dora é saber lidar com a indústria, entender os mecanismos, observar, empresariar. Não existe formação para isso, não existe regra, é você dar tiro no escuro o tempo todo, arriscar o tempo todo.” Outro reconhecimento da carreira em ascensão foi o convite para comandar seu pró prio programa, Prazer, Luísa, do Multishow.

e não consigo’. Não é assim, sou um ser humano da mesma maneira, não é um conto de fadas, em que se dá a volta por cima, é tudo lindo. As coisas têm que ser levadas mais a sério.”

A cantora combina maiô com jaqueta da inédita coleção MOSCHINO FOR RIACHUELO. Colar e cinto RIACHUELO

Direção de arte: Jeff Leal Direção criativa e produção executiva: Ana Elisa Meyer Produção de moda: Ana BallesterosLuiza

Assistente de beleza: Daniel Cannavan Assistentes de fotografia: Caio Toledo, Verônica Ritton e Vitor Cohen Manicure: Rose Luna Tratamento de imagem: Fujocka

CAPA

24 J.P OUTUBRO | NOVEMBRO 2021 RADIOGRAFIA MOMALOHSE/COLEÇÃOJOERGFOTO

DALTON PAULA

Antes de se tornar um artista reconhecido, com obras em instituições como o Museu de Arte Moderna de Nova York, Dalton Paula chegou a ser bombeiro. O artista, nascido em Brasília e criado em Goiânia, apesar de pintar desde cedo, escolheu a profissão por considerá-la mais segura. Ao participar de uma residência artística em Salvador, no entanto, conheceu a curadora Maria Montero, que abriu a Sé Galeria em 2014 tendo Dalton como primeiro nome representado. Desde então, ele vem se destacando em inúmeras exposições com trabalhos que transitam em diversas linguagens – de pinturas a instalações e performances – e exploram o universo das religiões e das práticas afro-brasileiras. As obras que passaram a integrar o acervo do MoMA utilizam a técnica da fotopintura, com óleo e folha de ouro sobre tela, para homenagear personalidades negras como Liberata, filha de pais escravizados, nascida no sul do Brasil colonial, que lutou para conseguir sua liberdade e a de seus filhos. E, para 2022, o artista já prepara uma individual na Pinacoteca de São Paulo. (por Nina Rahe)

SENHOR DO TEMPO

Desde os anos 1980 desafiando a alta relojoaria com sua criatividade e sofisticação, a Franck Muller desembarca no Brasil com sua primeira loja no Shopping Cidade Jardim, em São Paulo. Chegou a vez do público brasileiro conhecer de perto as obras de arte com complicações múltiplas e designs que vão do clássico ao arrojado e do esportivo ao contemporâneo. Quando for lá, deixe o tempo correr a seu favor!

Localizada na região rural de Genthod, próximo a Ge nebra, o conceito da fábrica é reunir, sob o mesmo en dereço, todas as etapas do processo. A mansão, datada de 1905, foi restaurada para abrigar a casa que leva o nome da label com vista para o Lago de Genebra e para Mont Blanc, uma das montanhas mais altas da Europa. Com a expansão dos negócios, outras construções foram sendo erguidas no mesmo estilo. Em

WATCHLAND

2001, foram duas edificações e, mais recen temente, em 2019, dois pavilhões de 16 mil metros quadrados dedicados à manufatura e à fabricação de outros componentes. O local abre suas portas para visitação do público mediante agendamento.

á quase 30 anos, a Franck Muller imprime seu savoir-faire meticuloso na hora de criar verdadeiras obras de arte em forma de relógio. Agora chegou a vez do Brasil se encantar pela estética contemporânea e audaciosa, que aporta no primeiro endereço da marca, no andar térreo do Shopping Cidade Jardim, a partir de novembro. “É um país vibrante e colorido, com mix de culturas e belas paisagens. Assim como nossos relógios, que oferecem diferentes cores e vasta coleção de complicações e designs para todos os tipos de colecionador”, explica Nicholas Rudaz, o CEO do grupo suíço Franck Muller. O portfólio da etiqueta é extenso. Vai de cria ções a partir de fibra de carbono, conhecida no mundo automobilístico, até pedras pre ciosas que servem não só de adornos, mas de base para a criação das caixas, mostradores e complexos movimentos. Acrescente os turbi lhões mais rápidos do mundo, com maquiná rio aparente, em que é possível ver a pulsação do relógio como se fosse um coração baten do. Pelas mãos dos tradicionais relojoeiros, as peças vão ganhando suas posições nesse quebra-cabeça chamado complicação. Quan to mais complexo, mais elementos e maior

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a demora para se produzir. Não é à toa que a Franck Muller detém o título de Master of Complication (Mestre das Complicações, em tradução livre) por suas criações com ode ao lifestyle que celebra a vida agitada e cosmopo lita, os esportes e também o dolce far niente à beira-mar ou o mercado das criptomoedas – o modelo Vanguard Encrypto foi criado a partir do código-fonte do bitcoin e estampa um QR code que leva à sua carteira. Prático! O savoir-faire aparece também no design, al guns com decorações, polimentos, acabamen tos e ranhuras únicas. Todos criados em uma das cinco fábricas próprias na Suíça, motivo de orgulho para a label. O DNA que traduz a mar ca hoje em dia são os moldes arrojados, que a cada lançamento elevam o significado de alta relojoaria. São versões femininas, masculinas, com tecnologia de ponta e movimentos ma nuais ou automáticos. “Franck Muller foi van guardista ao colocar cor em seus mostrado res na coleção Dreams. E também a primeira a desenvolver uma complicação de aparência diferente e divertida, como nos movimentos do Crazy Hours”, reforça Rudaz. O fato de os relógios serem tão únicos faz com que sejam reconhecidos facilmente.

1992

ROUND TOURBILLONINVISIBLE

A alta relojoaria ainda estava focada em modelos tradicionais nos anos 1990. Foi quando a Franck Muller apresentou o modelo Cintrée Cur vex, de corpo curvado em tonneau, cuja fabricação envolvia grandes dificuldades técnicas. Graças à si lhueta, os relógios Franck Muller tor naram-se facilmente identificáveis e sua marca registrada.

Feito para brilhar, o modelo tem 474 diamantes corta dos em formato baguete, adornando o mostrador com 70 rubis, além dos 44 bri lhantes da case. Some 268 gemas à pulseira!

GRAND CENTRAL TOURBILLON Pela primeira vez, a etiqueta remanejou o turbilhão para o meio do relógio, alterando o restante da engrenagem para poder funcionar.

ALTA COMPLEXIDADE

O mecanismo mais complicado da história da relojoaria é do Aeternitas Mega, que rendeu à Franck Muller o título de Master of Complications – o primeiro modelo demorou três anos para ficar pronto. Com 36 complicações e 1.483 componentes, a peça resume todo o conhecimento de micromecânica da empresa. Seu nome vem do latim, pois seu design ficará para eternidade, usando todo o conhecimento deixado pelos tradicionais cadra turiers do Vallée de Joux, na Suíça. O calendário eterno segue um ciclo de mil anos, que pode ser renovado infinitamente. A cada 400 anos, uma micropeça ajusta o tempo.

VANGUARD REVOLUTION 3 SKELETON

Primeiro relógio com o turbilhão de triplo eixo, corrige a força da gravidade em qualquer dire ção do pulso. Vem em uma caixa com sistema de abertura automatizado. Aperte o botão!

DIVULGAÇÃOFOTOS

+FRANCKMULLER.COM

Com endereços próprios em ci dades como Genebra, Nova York, Madri, Milão, Tóquio e Dubai, São Paulo recebe a primeira loja da Franck Muller no Brasil, no andar térreo do Shopping Cidade Jar dim. O novo espaço oferece aos clientes uma experiência imer siva para se perder no tempo.

Os números que aparecem neste modelo são pinta dos cuidadosamente à mão. Repare no jeito diferen te de olhar o tempo, com um ponteiro saltitante. A marcação das horas segue outra ordem, mas a dos minutos segue o ciclo tradicional de 60 minutos.

2021

Maior mercado da América Latina, com um nú mero crescente no que diz respeito a consumi dores de alto luxo (UHNWIs), bem como o cres cimento de colecionadores de relógios, a escolha do Brasil foi natural para abrir frente no mercado sul-americano. Ainda que não estejam expostos na primeira loja do grupo por aqui, é possível en comendar qualquer modelo que eles mandam entregar. Em 2022, a marca prepara-se para o aniversário de 30 anos, com muito a comemo rar. E aguarde: haverá edição limitada exclusiva para o público brasileiro. Entre os fãs famosos da marca estão celebridades como Elton John, Kim Kardashian e Kanye West, David Beckham, Paris Hilton e José Mourinho, técnico do Roma.

CRAZY HOURS

BOAS VINDAS

Elas estão sempre inventando, se reinventando, fazendo moda, inspirando quem cruza seus caminhos. Elegemos algumas mulheres que representam bem esse espírito que os novos tempos pedem

POR QUE INQUIETA?SOU

NÃO QUERO SOSSEGO

MARINA FIGURINISTAFRANCO,ESTYLIST

30 J.P OUTUBRO | NOVEMBRO 2021 CHRISTIANALEXANDRINO/DIVULGAÇÃO;ANAPINHEIRO/DIVULGAÇÃO;LANAFOTOS PESSOALINSTAGRAMREPRODUÇÃOPESSOAL;ARQUIVOMALDONADO;SCHOELER

Acho que a inquietude é um desejo que não cessa. Para mim é a própria vida. Qualquer molécula de vida está sempre em transformação

CANTORA,LETRUX,COMPOSITORAEESCRITORA

“Me considero inquieta porque o sistema capitalista me oprime. Mesmo quando estou em estado criativo, não consigo esquecer do outro lado: há contas, é preciso rebolar, é preciso se jogar, se lançar, tentar, fazer con tatos. Se não fosse o capitalismo cruel, eu talvez nem seria inquieta, seria apenas uma pessoa criativa mesmo”

POR LUCIANA FRANCA

A criatividade que pulsa em mim faz com que eu me sinta alegre em viver e me instiga a seguir em movimento

DRIK BARBOSA, RAPPER

OUTUBRO | NOVEMBRO 2021 J.P 31

ADRIANA BARRA, ESTILISTA E DIRETORA CRIATIVA

“Gosto de ser múltipla, estou sempre à procura de liberdade e amo a arte. Minha personalidade é mutável, fluida e curiosa. Minha sede é saber, minha vontade é transformar e o caminho disso tudo é viver. Além de tudo, não curto modismos e gosto de traçar meu próprio caminho. Ando dividindo minha nova vida entre a mata, a praia e a cidade. Respi rando novos ares, desenvolvendo novos projetos que alimentam minha vanguarda e ficado mais com aqueles que amo. Com a natureza, entendi que estar presente é essencial, que o meu tempo não é o tem po dos outros e que o mistério e a privacidade são fundamentais. Além, claro, de cozinhar, rezar, amar, estudar, pintar, pintar, pintar...”

DANIELA ARRAIS, JORNALISTA

“Estou sempre querendo resolver qual quer incômodo para viver melhor. Não vejo famílias de duas mães nos lugares? Crio um grupo de WhatsApp e, poucos dias depois, nos reunimos no [parque] Ibirapuera. Deze nas de famílias em um encontro emocionan te. Sofro de síndrome da impostora? Resolvo estudar o assunto, conversar com mulheres brilhantes sobre isso, crio roda de conversa e me vejo, e vejo outras mulheres, dando pas sos importantes para não deixarmos de fazer o que queremos fazer. A internet está tóxica? Proponho com a @contente.vc, uma inter net que a gente quer que exista. A vida me atravessa? Eu escrevo. E encontro sen tido no turbilhão. Estou sempre em escrevendo,movimento,juntandogente,entendendoqueessainquietaçãoémotoretrazmaissentidoesaborparaavida”

32 J.P OUTUBRO | NOVEMBRO 2021

• Teresa Fittipaldi, artista plástica

ISABELA CAPETO, ESTILISTA

• JojoTodynho, cantora

• Luisa Arraes, atriz

TAÍSA MACHADO, ATRIZ E ESCRITORA

• Nanda Costa, atriz

• Julia Gastin, designer de joias

• Johanna Stein, livreira

MOTTA;LAYLANAHAS;MAURICIOGUIMARÃES;ZÔPINHEIRO;DANIELFOTOS PESSOALARQUIVODIVULGAÇÃO;SILVA/DIVULGAÇÃO;CARLOTA

“Sou inquieta porque o movimento é fundamental para o corpo, para o ecos sistema social, para a evolu ção da natureza... Gosto de me manter em movimento, me analisar constante mente, me perguntar onde estou, por que estou, onde quero estar e por que quero estar. Exu ensina que é na encruzilhada da vida que tomamos posse de nós mes mos, de quem somos. E se reinventar, criar novos ca minhos na vida pessoal, no amor, na relação com a cidade, com a sociedade é trabalhoso, é constante, mas o prêmio no fim acredito que seja a potência da experiência, de olhar para sua história e saber que você construiu um caminho. Isso é difícil no contexto brasileiro onde a gente é bombardeada de desesperança e necropolítica, mas toda vez que mulheres pretas se atreveram a criar, elas conse guiram balançar as estruturas. Então eu tento me manter inquieta, criativa e indignada para ver se posso somar nesse bonde”

• Pinky Wainer, artista plástica

NÃO QUERO SOSSEGO

Sou inquieta porque tenho um amor intenso pela vida e muita energia. Quero aproveitar cada segundo dessa jornada

E MAIS:

• Fernanda Abreu, cantora

• Karen Jonz, skatista e cantora

LUISA MAFEI, CHEF VEGANA

• Chica Capeto, designer

• Maitê Proença, atriz

• Paola Carosella, chef

• Mana Bernardes, artista transdisciplinar

• Adriana Varejão, artista plástica

“Estudei ciências sociais, trabalhei como atriz e aos 29 anos mudei de profissão, era a minha inquietude falando mais alto do que os diplomas. Fiz programa de estágio no restaurante Maní [em São Paulo] e foi um caminho sem vol ta: percebi que meu coração batia mais forte na cozinha do que nos palcos, e me joguei na gastronomia! Além disso, nunca aceitei o diagnóstico de que “transtornos alimenta res não têm cura”. A cura é um estado de alerta e de cuida dos constantes, mas ela existe sim, e encontrei a minha na cozinha de casa e em uma alimentação que me aproxima da terra. Para encerrar o hall das inquietações, sou vegana e acredito que o meu prato é uma ferramenta potente para construir o mundo em que quero viver, por isso, além de não comer nada de origem animal, tenho me perguntado se aquilo que como contribui para um planeta mais susten tável e uma sociedade mais justa, buscando fazer escolhas melhores a cada refeição”

• Vivi Catugy, administradora

LULU NOVIS, FIGURINISTA E STYLIST

• Camila Hsu, advogada

• Heloisa Buarque de Hollanda, escritora

• Maria Casadevall, atriz

• Paula Miller, roteirista

OUTUBRO | NOVEMBRO 2021 J.P 33

“É na inquietude que mora minha força cria tiva, que é o que me move em todos os âmbi tos da vida, sobretudo no trabalho. Acho que por isso a lagosta é meu animal de inspiração, porque ela é símbolo da transformação para expandir e lembra que nunca podemos estacio nar na zona de conforto. A expressão artística é mudança constante de si, se não há criação, você perece. Assim como a impermanência da vida, tudo se transforma o tempo todo”

• Carmita Abdo, psiquiatra e sexóloga

• Monica Almeida, diretora de TV

• Regina Casé, atriz

• Thai de Melo Bufrem, influenciadora

COR E FORMA

A arte dita o estilo de Pamela Barja. Com longa trajetória na moda, a paulistana abre sua casa na Vila Madalena, conta quais músicas animam seu dia e diz que museu é seu refúgio

por luciana franca fotos paulo

freitasPARA INSPIRAR

amela Barja, de 38 anos, fala com orgu lho que é influenciadora. Admite, no en tanto, que até pouco tempo atrás sentia preconceito de tal rótulo. “Eu tinha o pé atrás. Hoje, amo o que faço, tenho orgulho de ser influenciadora. Adoro descobrir marcas, fazer a curadoria de produtos.” Sua trajetória na moda começou como vendedora enquanto cursava a faculdade de rádio e TV, foi assistente da designer de sapatos Francesca Giobbi – “ela me ensinou muito” –, trabalhou em showroom e teve marca própria. Pam, que sempre fler tou com o mercado de luxo, ultrapassou outra barreira quando aceitou o convite para traba lhar em uma marca do Bom Retiro, bairro de comércio popular em São Paulo. “Me encantei com esse universo, a marca sendo tratada como business mesmo, que abastece tantas lojas e tantas pessoas vivem dessa venda. Nada de deslumbramento”, compara. Do estilo migrou para o marketing e começou a prestar consul toria para inúmeras etiquetas. “Naturalmente, eu usava as roupas dos clientes, postava, falava para as amigas e vendia. E as marcas começa ram a me contratar não só para consultoria, mas como influencer”, revela. Apaixonada por arte, ela conta que as combinações de cores dos looks são sempre inspiradas em alguma obra.

P

Pam veste camisa e legging Adriana Degreas, bolsa e sapato Prada, brinco Ylla. No alto e ao lado, vestido Vanda Jacintho, colar e brinco Ylla, quadro Opano

OUTUBRO | NOVEMBRO 2021 J.P 35

Minha peça de roupa mais antiga e que uso até hoje é... um pijama que não consigo me desfazer. Ele está surrado, mas é meu favorito.

Não saio de casa sem... sou bem prática, pego meu celular e pronto.

Acima, a influenciadora veste calça e camisa Prada. Abaixo, vestido Gig usado como túnica, calça Aluf, brinco Ylla e sandália Gucci

Daqui um ano... espero não ter medo de abraçar e beijar as pessoas.

Há um ano… idealizava que meus pais viveriam para sem pre e que eu nunca precisaria passar pela dor da perda. Meu pai faleceu há poucos meses, vítima da Covid.

Meu refúgio: museu. Adoro o silêncio e o propósito comum de as pessoas estarem em um

No meu estilo não pode fal tar... uma boa alfaiataria.

PARA INSPIRAR

Não uso de jeito nenhum: te nho medo de cuspir para cima e cair na testa [risos], pois es tamos evoluindo. Mas hoje eu diria calça de cintura baixa.

Minha paisagem preferida: parece clichê, mas não é: ver o pôr do sol em qualquer lugar que eu esteja – no trânsito, na praia, em uma viagem... São os minutos em que a gente sente uma energia superior.

Busco inspiração... nas pes soas que vejo, nos lugares, na arte, na arquitetura, em tudo que está à minha volta.

Gostaria de ter uma obra de arte de: Djanira da Motta e Silva. Além de ser uma artista magnífica, ela

OUTUBRO | NOVEMBRO 2021 J.P 37

À esq., camiseta Hering, saia Prada, meia-calça Lupo e sapato Prada. Acima, cadeira Alessandra Delgado e sandália Botti para Pinga. Abaixo, quadro Opano. À esq., banco Sergio Rodrigues e colar Ylla

Na minha geladeira sempre tem: sorvete.

Maior conselho que já recebi: sempre fui muito controladora, talvez influência do meu signo, Escorpião. E meu saudoso pai, quando me via impaciente, di zia: “Filha, viva e deixe viver”.

Para desacelerar... me jo go no sofá. É o meu lugar mais reflexivo. n

Tenho coleção: de nada. Fico agoniada com qualquer vestí gio de acumulação.

Filme da vida: LabirintoA Magia do Tempo (1986), com David Bowie e Jennifer Connelly. Foi um filme que marcou a minha infância e eu sonhava com Bowie can tando. Assisti mais de 100 vezes, com certeza.

Minha rotina de beleza in clui: s ou preguiçosa em re lação a isso, diria que a mi nha rotina varia de acordo com meu humor e pressa.

é de Avaré (SP), cidade on de cresci.

mesmo ambiente com o intuito de contemplar e assimilar arte.

Música que ouço em re peat: São duas, “I Wanna Dance With Somebody”, da Whitney Houston, e “Mur der on the Dancefloor”, de Sophie Ellis-Bextor.

Primeira coisa que faço assim que acordo: o lho o celular, mas confesso que gostaria que fosse diferen te… Depois me espreguiço, agradeço e bebo água, nes sa ordem .

NOTAS SOBRE O ENCANTAMENTO

DIVULGAÇÃOPESSOAL;INSTAGRAMREPRODUÇÃOPESSOAL;ARQUIVOFOTOS

Vale seguir: @MARCELASCHEID

POR DANIELA ARRAIS

Dos embalos do axé ao bordado, três mulheres potentes mostram suas criações

38 J.P OUTUBRO | NOVEMBRO 2021

A figura de uma mulher se repete nos traços de Marcela Scheid. Junto com ela, frases curtas e cortantes, como “é preciso criar vazios para novos preenchimentos” e “se acomodar talvez seja o maior dos incômodos”. “A minha arte é inspirada nas minhas vivências, muito do que escrevo sai da terapia”, conta. “Durante muito tempo me frustrei em busca de uma definição, não me encaixava em lugar nenhum… Até que entendi que não adianta definir o que vem de dentro. Minha arte é isso: tudo o que eu sinto exposto.” Para os próximos meses, Marcela está mergulhada em dois processos: seu livro e uma nova collab com a marca de moda Jouer Couture.

DO DIVÃ PARA O INSTAGRAM

OUTUBRO | NOVEMBRO 2021 J.P 39

DANIELA ARRAIS É JORNALISTA E SÓCIA DA @CONTENTE.VC, A PRIMEIRA E A MAIOR PLATAFORMA DO BRASIL POR UMA VIDA DIGITAL MAIS CONSCIENTE – QUE FAZ #AINTERNETQUEAGENTEQUERCOLETIVAMENTE

AQUELE AXÉ PARA AS FESTAS VIRTUAIS E AS FUTURAS

O trabalho de Cami Pires emociona por ressignificar memó rias e eternizar fotografias com bordados que também contam histórias. Ela começou a fazer isso em 2020, por conta da pande mia. “Procurei me apoiar nas manualidades, como forma de tera pia e para manter os pensamentos em ordem. Como filha e neta de costureiras, além de afinidade com linhas e agulhas, sempre tive esse lugar como um canto afetivo das memórias. Como de signer, transformei as linhas em cores e traços para ilustrar, com por cenários e criar. O processo começou a render encomendas e, além disso, começou a me divertir”, conta. Ela acrescenta que quase toda foto é acompanhada de uma história (alegre, triste, surpreendente, algumas até parecidas com as suas...). “O que faço é emprestar cores e formas diferentes a retra tos que, muitas vezes, são como velhos conhecidos. Assim, quando a imagem retorna, é como se ela fosse vista pela primeira vez.” Lindo!

(BaianaSystem), Hiran, além de músicas inédi tas de Carlinhos Brown, Nando Reis e Emicida. A direção artística é de Marcus Preto, e o disco tem produção do cantor e compositor Lucas Santtana e do maestro Letieres Leite, da icônica Orkestra Rumpilezz, que mistura sopros, sinfô nicos e jazzísticos, com batuques de candom blé. “Estou super na expectativa de lançar esse trabalho, que está pronto desde antes da pan demia”, diz Marcia. “É difícil escutar um disco que a gente faz porque temos que ouvi-lo mui tas vezes. Mas este é um álbum que amo ouvir e reouvir, realmente me identifico muito com a sonoridade dele. Espero que as pessoas curtam tanto quanto estamos curtindo – e que eu con siga rodar esse trabalho o máximo possível.” A gente também não vê a hora! Para acompanhar e ouvir as maravilhas:

Quem viveu os anos 1990 foi tomado pela fe bre do axé. Corta para décadas depois, e temos a chance de nos deliciar com essa sonoridade revisitada no novo disco de Marcia Castro, can tora baiana radicada em São Paulo. Axé chega às plataformas em 21/10 e conta com participa ções maravilhosas de Ivete Sangalo, Margareth Menezes, Daniela Mercury, Russo Passapusso

@MARCIACASTROART

LINHAS QUE RECONTAM HISTÓRIAS

Para conhecer e encomendar o seu: @CAMI_PIRES

A estilista, inclusive, teve dúvidas de qual pro fissão seguiria e só desistiu da ideia de cursar artes plásticas após um curso de moda em Londres. Foi com o tempo

divulgaçãobarreto/divulgação;tomfotos

Desde pequena, a estilista Ana Clara Watanabe se divide entre a moda e as artes plásticas – e quer continuar criando peças para o dia a dia e para dentro dos museus

também que ela entendeu que poderia alternar entre criações mais autorais, próximas ao mundo das artes visuais, e outras comerciais, possíveis de serem usadas no dia a dia.

Exemplo desse processo é a coleção Geleia Ge ral, que foi vencedora da 16ª edição do Faap Moda, em 2019, e teve como inspiração a formação do movimento tropicalista a partir do conceito da antropofagia, de Oswald de Andrade. Nessas pe ças, a artista uniu o fazer manual, o crochê que aprendeu na infância, a produtos industriais como o poliéster. Para um dos looks, que pesa 18 quilos, chegou a usar 130 novelos de lã.

T

Peça da Geleia Geral e, abaixo, coleção Mandacaru, da marca Anacê

OUTRO OLHAR

O modo como Yuji lida com a perda também foi mudando. Primeiro, ficava bravo, depois passou a sugerir que a filha aprendesse a criar os próprios modelos e, no último ano de escola, chegou a presenteá-la com uma máquina de cos tura. “Por um tempo ele não queria que eu fizes se moda, tinha medo do mercado, mas depois entendeu que era aquilo que eu mais gostava.”

oda vez que Ana Clara Watanabe chega a Pindamonhangaba (SP), onde cresceu, seu pai já sabe que perderá algumas pe ças de roupa. Desde pequena, a estilista adquiriu o hábito de pegar “emprestado” de Yuji Wata nabe calças jeans, blazers e ternos. “Coitado, ele tem o mesmo corpo que eu, a mesma altura, então fica tudo certinho”, conta ela. Mas se no início os itens passavam por customização (os jeans eram desfiados, os blazers, cortados) e acabavam inutilizáveis para o pai, hoje o uso é moderado: após uma temporada em São Paulo, onde Ana Clara mora atualmente, as peças retor nam para o lugar de onde saíram.

Os desdobramentos da Geleia Geral, no en tanto, não param por aí e a previsão é criar uma coleção baseada nas mesmas inspirações e que possa ser comercializada – Ana Clara comanda também a Anacê, marca de roupas agênero. Para retomar o projeto, a estilista planeja um perí odo de isolamento, no qual irá confeccionar os novos modelos, que devem ser feitos, assim como os do projeto original, com a utilização de botões de pressão que permitem desmon tar as peças e recombiná-las em novos looks. “Queria confeccionar tudo primeiro, pois esse processo de modelagem é o mais importan te para mim; é onde consigo entender o que funciona, recriar o design, e por isso preciso estar 100% presente”, explica. Outro desejo é dar continuidade à criação de peças conceitu ais e um dia poder vê-las dentro de um museu como verdadeiras obras de arte. n

COSTURANDO ARTE

POR NINA RAHE

e conecta rusticidade a uma releitura do estilo clássico. A linha escolhida é a Wire, desenvolvida por Patricia Martinez em parceria com o STUDIO ORNARE. A cozinha de madeira ripada traz à casa um conceito de ambiente único e fluido. Há também o espaço muito especial Casa Alva, que tem como ponto alto as memórias afetivas de BC Arquitetos – Bruno Carvalho e Camila Avelar. Ornare está presente no mobiliário da cozinha minimalista com pintura Ginger. Quatro espaços imperdíveis para visitar na WWW.ORNARE.COM.BRCASACOR.|

Por InTown Arquitetura

UMA CASA PARA INSPIRAR

Já o projeto feito pela INTOWN ARQUITETURA ganhou sofisticação com a linha Round desenhada pelo diretor de arte da Ornare, Ricardo Bello Dias. Entre os diferenciais, está a abertura de portas com pontas arredondadas, que remetem às ondas do mar e às conchas.

Os últimos dois anos fizeram com que repen sássemos cada canto da casa, aproveitando, valo rizando e aprimorando os espaços. Reflexo desse movimento pôde ser sentido no Salone del Mobile 2021, principal feira de design de móveis do mun do, realizada em setembro em Milão, na Itália. A ORNARE – marca brasileira que pensa em mobili ários sob medida com matéria-prima de alto padrão – apresentou por lá a linha Little Luxu ries, desenvolvida pelo designer Ricardo Bello Dias. Agora, a marca está presente na CASA COR 2021, que acontece até 15 de novembro no Parque Mirante, em São Paulo, e participa de três diferentes espaços da mostra.

Já o escritório ARCHITECTS+CO optou por seguir uma linha de resgate íntimo com a natureza. Seu espaço de 110 m² é cosmopolita

Seguindo a temática da edição A Casa Original, com referências à mitologia grega, ÉRICA SALGUERO assina o Espaço Kairós, com inspiração na rotina póspandêmica, priorizando momentos de bem-estar, relaxamento e acolhimento. A master suíte com sala de banho do projeto tem o closet assinado pela Ornare, com móveis que são sinônimo de charme e requinte.

J.P INDICA NAVARRORENATOMACHADO;/DENÍLSONESTÚDIOMCAFOTOS

Por Architects+CO

Por Érica Salguero

@ORNARE_OFFICIAL

fotos valeria gordienko

42 J.P OUTUBRO | NOVEMBRO 2021

Movimento é palavra de ordem da atriz e modelo alemã Constanze von Oertzen. Aos 56 anos e com uma contagiante,energia ela, que se divide entre São Paulo e recomeçandocomeçandoestáHamburgo,sempree

MATURIDADE V

POR MARINA SANVICENTE

PONTO

COMENVELHECERPRAZER

Constanze von Oertzen é mãe de quatro, casada há 31 anos, saiu da casa dos pais muito jovem para ganhar o mundo e acredita que é no movimento que as coi sasAindaacontecem.quer fazer muitos fil mes, séries, campanhas e mochi lar pelo mundo para conhecer outras realidades e seguir aberta aoMergulhardesconhecido.nos olhos dela, sen tir toda essa energia, enxergar tanta beleza e entusiasmo com a vida, me dá ainda mais certeza de que a magia acontece no caminho.

Dias depois, em um encontro em São Paulo, me apaixonei de vez. Conversamos sobre mil as suntos e o tempo passou voando enquanto ouvia sobre sua vida, seus tantos interesses e sonhos.

e aos 24 anos eu já me sentia velha demais para seguir na carreira de mo delo, aos 56 Constanze tem a energia de quem está só começando. Nos conhecemos pelas redes sociais, ela estava na Alemanha – país onde nasceu –quando a convidei para ser musa desta coluna. Para minha surpre sa, ela topou na mesma hora. A distância e a pandemia não foram empecilho para essa capricornia na que, destemida e descompli cada, fez tudo acontecer: me aju dou no briefing, encontrou uma fotógrafa, produziu comigo os looks por mensagens e entregou este ensaio lindo.

Voa alto Constanze, ver você brilhar é inspirador.

S OUTUBRO | NOVEMBRO 2021 J.P 43

Maior medo: Que algo ruim aconteça com as pessoas que amo

Uma viagem: Índia

Um arrependimento: Não ter estudado artes cênicas antes

Uma saudade: No Brasil, as quatro estações – primavera, verão, outono, inverno

Um sonho ainda não realizado: Volta ao mundo de mochila

POR CONSTANZE VON OERTZEN

Sexo hoje é: So far so good (por enquanto, tudo de bom)

Direção criativa: Marina Sanvicente Criação e produção: Flora Marchesan e Lívia Barros

Aos 38 anos, a diretora criativa e figurinista MARINA SANVICENTE quer mudar o olhar sobre o envelhecimento e busca referências em mulheres de outras gerações OUTUBRO | NOVEMBRO 2021 J.P 45 PESSOALWADDINGTON/ARQUIVORICARDOFOTO

46 J.P OUTUBRO | NOVEMBRO 2021

INSÔNIA

EM BUSCA SONHOSDOS

Nunca foi tão necessário sonhar. Quem diz é o neurocientista Sidarta Ribeiro, expert no assunto, que desvenda alguns mistérios do nosso cérebro e ensina como podemos resgatar esse mecanismo tão poderoso

OLHOS FECHADOS

POR CARLA JULIEN STAGNI

E

m uma realidade impactada pela pandemia, efeito es tufa, crises política e econômica, e domínio da internet, não tem sido fácil manter a sanidade física e mental. Muito menos desenvolver um contato saudável com nosso “eu” interior. Em meio a esse turbilhão de acontecimentos e informações, o ser humano acaba desligando a sintonia fina do cérebro para lidar com o caos do mundo exterior. Não por acaso, muita gente perdeu o sono... e os sonhos. Talvez algumas pesso as não saibam, mas sonhar nos conecta a camadas mais profundas do inconsciente. “Eles envolvem regiões cerebrais que também são ativadas quando você está imaginando outras pessoas. Essas regiões, em conjunto, têm muito a ver com o sentimento de em patia”, diz Sidarta Ribeiro, neurocientista, fundador do Instituto do Cérebro na UFRN e autor do livro O Oráculo da Noite: A História e a Ciência do Sonho (Cia. das Letras), que acaba de ser traduzido para o inglês. Por aqui, ele explica como esse mecanismo pode roso deve ser resgatado para alcançarmos a saúde física e mental.

“A maioria da população está em uma situação de estresse au mentado. Especialmente as classes mais pobres e a classe média. Menos dinheiro, dificuldade de se proteger, consequentemente mais exposição ao coronavírus. E aí vem a insônia, o sono fragmen tado, a demora para dormir, os pesadelos, que causam prejuízos cognitivos importantes, desregulação emocional. A médio e longo

prazo, há vários riscos ligados à privação de sono, que passam por doenças cardiovasculares, depressão, obesidade, diabetes e, lá na frente, mal de Alzhei mer. É um caminho complica do”, alerta o SIMBOLISMOSneurocientista.“Aciênciadosúltimos 20 anos concorda com a psicanáli se freudiana e junguiana, de que o sono e os sonhos são funda mentais para a saúde da cabe ça e do corpo. Segundo Jung, temos em nossa mente várias criaturas, as criaturas da mente, que são as pessoas com quem a gente convive ou conviveu. Para representar essas pessoas ou até personagens fictícios, utilizamos as mesmas estrutu ras cerebrais que usamos para representar a nós mesmos. Por isso, o conjunto dessas regiões,

“Temos que pensar nos pi lares da saúde: sono na base, exercício e alimentação. Tudo tem que estar funcionando bem. Tem que ter sono de qua lidade e criar todas as condi ções para isso.” Como? O autor de O Oráculo da Noite ensina: “Temos que tentar ir para a cama na hora certa, desligar telas – celular, computador, te levisão – uma hora antes, evitar

que a gente chama de Rede de Modo Padrão, tem muito a ver com o sentimento de em patia. Para poder ter empatia, precisamos imaginar a mente do outro, nos colocarmos no lugar das pessoas. E a Rede de Modo Padrão é muito ativada no sono REM, que é quando a gente sonha. Por isso, no sono encontramos com nossas cria turas da mente, com nosso ‘eu’ interno”, conta Sidarta. Segun do ele, no passado, todas as cul turas tratavam os sonhos como uma instância de muita impor tância, justamente por permitir o contato com essas criaturas da mente. “A perda do sono de boa qualidade e dos sonhos nos afastou muito rapidamente de nossas raízes. Deu no que deu. Nunca tivemos tantas capacida des tecnológicas e científicas, e, ao mesmo tempo, nunca acre ditamos tanto que está tudo dando errado. Há um paradoxo aqui, o paradoxo da civilização. Se a economia continuar se desenvolvendo como está, che garemos ao colapso ambiental e social. Se a gente diminuir a velocidade de crescimen to da economia, ela colapsa.”

MENTE SÃ EM CORPO SÃO

OUTUBRO | NOVEMBRO 2021 J.P 47

A busca pelo que não estamos conseguindo acessar no nosso in consciente tem a ver com a chamada “renascença psicodélica”. “É um fato científico e biomédico: Ayahuasca, Psilocibina, MDMA, LSD são substâncias altamente terapêuticas e estão causando uma revolução na psiquiatria. O MDMA, por exemplo, acabou de ser confirmado em fase 3 como uma ótima opção no tratamento de transtorno de estresse pós-traumático, auxiliando no processo de psicoterapia. Essa nova psiquiatria que vem aí é mais focada na terapia, com sessões pontuais em que substâncias são usadas para aumentar a plasticidade do cérebro e deixá-lo mais capaz de formar novas sinapses e conexões entre neurônios, promovendo estados mentais semelhantes ao do sonho. Porque o sono está en volvido na produção de novas sinapses. Essas linhas de pesquisa convergem. A questão da microdose desses ativos está muito na moda nos Estados Unidos. Nos últimos dez anos, vários estudos tiveram que responder se os efeitos positivos são resultantes da dose baixa ou se são apenas causados pela expectativa, ou seja, o efeito placebo. Recentemente surgiram publicações que apoiam e acreditam que a microdose tem efeitos positivos. Essa é uma tendência que está se espalhando pelo mundo: o uso cotidiano – e monitorado – de substâncias capazes de aumentar a cognição. É diferente da ideia de uso de doses altas que vão atuar na percep ção do paciente, duram algumas horas, promovem muita plastici dade e transformações positivas mais duradouras. Esse caminho está se consolidando ainda, em ensaios clínicos bem controlados, inclusive no Brasil.”

RENASCENÇA PSICODÉLICA

ELSIE/DIVULGAÇÃOELISAIMAGES;GETTYFOTOS

remédios para dormir. Para quem tem dificuldade de pegar no sono, minha dica é ficar deitado, de luz apagada. Na antiguidade, diziam que sonhamos também na insônia. Ao despertar, fique imóvel na cama e tente trazer para a consciência o que sonhou. Anote se preciso. Tente expandir o que foi sonha do. Isso permite simular cenários futuros, ter empatia pelas pessoas envolvidas no sonho... e fora dele também. É uma ferramenta muito sofisticada que foi a base da nos sa explosão cultural. Como deixamos de ter uma vida igual a dos outros animais? Como inventamos tanta coisa que não existia? Sonhando”. E Sidarta vai além: “Compartilhe o sonho, conte para as pessoas, debata sobre ele. É uma forma de entender seus de sejos, medos, desafios, consequências dos atos. Fazer do sonho um assunto, trazer ele para o centro da conversa, é um treino”.

Somos seres gregários e precisamos do outro e da aceitação do outro para sobreviver. A psicóloga e professora Desirée Cassado fala como as redes sociais afetam a saúde mental e diz que devemos voltar a socializar fora de casa

ENTREVISTA

POR CARLA JULIEN STAGNI ILUSTRAÇÕES NANDO SANTOS

48 J.P OUTUBRO | NOVEMBRO 2021

MEUESPELHOESPELHO,

J.P: Os jovens sofrem mais?

OUTUBRO | NOVEMBRO 2021 J.P 49 PESSOALARQUIVOFOTO

DESIRÉE CASSADO: A partir do momento em que adquirimos a capacidade de lingua gem, de relacionar eventos, de comparar o passado com o futuro, de olhar para o outro e comparar com quem somos, temos o mel e o fel. O lado incrível disso é que podemos criar, prever, antecipar, construir... E o lado terrível é que somos capazes de nos com pararmos o tempo inteiro. Estamos o tem po todo categorizando, hierarquizando e is so nos faz sofrer. Para piorar, somos seres gregários. Precisamos do outro – e da acei tação do outro – para sobreviver. Ao longo da nossa história como espécie só chegamos até aqui porque fomos capazes de cooperar em grupos. Isso quer dizer que a rejeição por parte do grupo sempre foi muito arriscada.

J.P: Como e em que momento surgiu a auto crítica para o ser humano?

J.P: Em que momento a autocrítica e a neces sidade de pertencimento se encontram?

Você

já parou para pensar que po de estar sendo autocrítica demais?

DC: Temos um organismo que reage à soli dão, à rejeição, até com dor física. Já escutei relatos de pessoas que tiveram uma perda grande, por causa de morte ou término de

relacionamento, que sentiam dor física. Es tudos indicam que quem se sente sozinho, morre mais cedo. Tem mais prejuízos físi cos que fumantes, sedentários, obesos... Se juntarmos as pontas, vamos ver duas coi sas: temos a capacidade de fazer compara ção e categorizar o tempo todo, e, do outro lado, temos uma necessidade muito grande de pertencimento. Somos capazes de fazer qualquer coisa para pertencer. Aí entra a autocrítica. É como se fosse um mecanis mo interno que vai garantindo que a gente pertença àquele grupo. Por consequência , todos nós somos fadados a conviver com a autocrítica para o resto da vida. Por isso, precisamos ter vários pontos de referên

“Socializar é como um músculo que ficou um ano e meio sem ser exercitado. Então, temos que começar devagar a voltar com os compromissos sociais”

cia sobre nós mesmos, que nos lembrem de quem somos e o que temos de melhor. Se a gente se prende à autocrítica, deixa de viver o aqui, agora. Fazer o que importa dói e cau sa muito desconforto, mas vale a pena para viver uma vida plena.

É fato que essa é uma questão ine rente do ser humano, assim como o pertencimento. Temos necessidade de per tencer a um grupo e nos adequamos a padrões para isso. “Somos seres gregários. Precisamos do outro – e da aceitação do outro – para so breviver”, explica Desirée Cassado. Psicólo ga, especialista em terapia comportamental, mestre em psicologia experimental e profes sora da The School of Life, ela analisa as al terações nas mentes das pessoas em tempos de pandemia e redes sociais: “Conviver com o feed do Instagram pode ser insuportável. Tem pessoas com ‘burnout’ por não conseguirem lidar o tempo todo com o fato de a vida dos outros ser muito mais legal que a delas”.

DC: Temos estudos que mostram que a ju ventude hoje nunca esteve tão ansiosa e de primida. E um dos aspectos complicadores é o acesso às mídias sociais e à comparação sem limites. Se antigamente a gente se com parava com a vizinha ou com a colega de es cola, agora os jovens – e adultos também – se comparam com milhares de pessoas diferen tes. Na palma da mão, temos acesso a pesso as com muito mais sucesso, muito mais bele za, muito mais amigos, muito mais histórias

50 J.P OUTUBRO | NOVEMBRO 2021

ENTREVISTA

do que nós. As possibilidades são infinitas. Todos nós sofremos com isso nos dias de ho je. Adolescentes – especialmente garotas –são mais suscetíveis porque têm menos re cursos emocionais para lidar com isso.

J.P: Como podemos nos blindar dessa influên cia que nos força a ter uma meta irreal?

“Se antigamente a gente se comparava com a vizinha ou com a colega de escola, agora [com as redes sociais] nos comparamos com milhares de pessoas diferentes, com muito mais sucesso, muito mais beleza, muito mais amigos, muito mais histórias do que nós”

viver em uma sociedade capitalista sem se sentir inseguro, onde realizações individu ais são muito valorizadas. Sempre vai haver chefes e pessoas que vão colocar você num lugar difícil. É importante não basear o con ceito de quem você é e qual valor tem só no feedback do trabalho. Seu senso de perten cimento deve estar bem distribuído entre amigos, família... É fundamental também ter clareza nas relações de trabalho. Se sentir que está sendo passado para trás ou injusti çado, exponha o sentimento. Quando a gen te fala sobre o que sente acaba descobrindo

lhos, mas estudos mostram que o que conta mesmo é tempo e disposição. Uma boa estra tégia seria diminuir o tempo de exposição a esse tipo de mídia. Internamente, precisamos observar que pensamentos aparecem na nos sa cabeça sobre quem somos. Se descobrir mos o padrão, a forma, o momento e o jeito que eles aparecem, já vamos nos descolando da autocrítica. Também temos que entender o que perdemos quando nos concentramos ne la. Quando somos paralisados pela autocríti ca, deixamos de fazer coisas que são impor tantes. Esse é o lado perverso. É necessário

DC: Conviver com o feed do Instagram pode ser insuportável. Tem pessoas com burnout por não conseguirem lidar o tempo todo com o fato de a vida dos outros ser muito mais le gal que a delas. Nesse período da pandemia, as redes tiveram um papel importante, se transformaram na janela para o mundo, mas, por outro lado, geraram muita frustração.

J.P: No ambiente de trabalho, como lidar com as inevitáveis cobranças e comparações?

DC: Nem toda autocrítica nasce com a gente. Muitas vezes, ela nasce em outro lugar e de repente se torna nossa porque estamos sen do olhados dessa forma pelos outros. Alguns ambientes são mais tóxicos que os outros. Em alguns locais de trabalho, falta tanta cla reza que o feedback vem em forma de rejei ção. Então, não é só sobre você saber lidar com a autocrítica, as corporações também precisam aprender que existe espaço para educar, para formar um funcionário sem re jeição, ser afetivo e impor limites, ser cuida doso e ensinar. Por outro lado, é impossível

DC: Com duas frentes de trabalho. É superim portante termos um controle real, sensato, do acesso às mídias, que seja feito de uma manei ra muito consciente. A faxina nas redes pode ajudar, eliminando perfis que disparam gati

J.P: As redes sociais elevaram os índices de autocrítica?

saber que quando decidimos bater de frente com a autocrítica, essa atitude vai vir carre gada de sofrimento. Sempre. Não é porque a gente aprende a lidar que ela desaparece. Tu do de importante que fazemos vem cheio de autocrítica. É como se tivéssemos um guar dião dentro da gente para garantir o tempo todo que vamos ser aceitos pelos outros.

DC: Vou começar falando da pessoa que faz a crítica. Para que a crítica seja benéfica, ela

que o outro também passa pela mesma coisa. Todos temos as mesmas sensações de angús tia, de insegurança, só que algumas pesso as guardam para si, o que as fazem se sentir ainda mais solitárias. Também é essencial ter aliados por perto, quem não tem se torna mais vulnerável e sofre mais.

tem que ser feita de uma forma construtiva. Deve estar focada em um determinado com portamento e não fazer julgamento ou ata que à pessoa. Precisa garantir que ela (a te mida crítica!) e o que está acontecendo são coisas diferentes. Aí, sim, você passa a bola para a pessoa chutar para o gol. Dessa for ma, evita-se o embate e o criticado provavel mente terá mais facilidade de aceitar o que está sendo dito. A crítica que te inclui como pessoa e que mistura as coisas corre o sério risco de se tornar autocrítica com o passar do tempo. Não é alguma coisa que você fez e, pode reparar, o erro se torna você!

DC: Com bastante autocompaixão. Sociali zar é como um músculo, que ficou um ano e meio sem ser exercitado. Então, temos que começar devagar a voltar com os compro missos sociais. Temos visto uma coisa mui to triste acontecendo com os adolescentes. Eles vivem uma fase vulnerável da vida e passaram todo esse tempo longe da escola, dos amigos, das festinhas... A incidência de depressão e ansiedade é enorme. E essa vol ta foi acompanhada de todo o tipo de difi culdade, crises de pânico, medo, fobias. Du rante esse período em que ficamos em casa perdemos habilidades socioemocionais. Crianças e adolescentes chegaram a regre dir em suas questões. O que temos que fa zer agora é ter consciência de que proble mas como esses podem acontecer, que ao sair de casa podemos sentir mais preguiça, ansiedade, insegurança a mil, e temos que ter autocompaixão para compreender esse momento. A única coisa que não deve acon tecer é desistir, porque quanto mais tempo a gente paralisa diante da ansiedade, mais ansiosos ficamos. A ansiedade se alimenta da nossa paralisia, assim como a autocríti ca. Meu conselho para quem está com difi culdades de voltar a socializar é... insista! n

J.P: A solidão aumentou com a pandemia, co mo reverter isso no pós-pandemia?

J.P: E a crítica, como recebê-la de forma positiva?

OUTUBRO | NOVEMBRO 2021 J.P 51

Só no PAGODINHO

Mais diverso e misturado com sertanejo, axé, forró, funk e rap, o pagode encabeça as preferências populares na onda de lives inaugurada com a pandemia e agora lidera as apresentações presenciais

Não há tempo ruim para o pagode. O estilo musical governa o samba desde pelo menos 1978, quando a carioca Beth Carvalho começou a iluminar os artistas do hoje chamado pagode de raiz, ou mais particularmente a partir de 1991, quando a ver tente do pagode romântico tomou dianteira na indústria musical brasileira, com o lançamento do primeiro álbum do grupo paulistano Raça Negra. Hoje mais diverso e misturado (inclusive em fusões com outros estilos musicais, como sertanejo, axé, forró, funk, rap etc.), o pagode tem encabeçado parte das preferências populares na onda de lives inaugurada com a pandemia e agora lidera a ainda controversa volta às apresentações presenciais. Somente em São Paulo, estão anunciados para os meses de outubro e novembro shows de mesa (com promessas de distanciamento e ou tras precauções contra o coronavírus) de Alexandre Pires, Sorriso Maroto, Turma do Pagode, Jorge Aragão, Jeito Moleque, Mumuzinho e Di Propósito. Em setembro, já haviam voltado aos palcos Péricles, Pixote, Salgadinho, Xande de Pilares, Diogo Nogueira, Menos É Mais, Rodriguinho e Belo, entre outros.

52 J.P OUTUBRO | NOVEMBRO 2021

POR PEDRO ALEXANDRE SANCHES

Acima, Todynho,Péricles,Thiaguinho,Ludmilla,JojoAlexandrePires,Liniker,MumuzinhoeMaríliaMendonça

Outra prova do êxito da fórmula mista é dada pelo sambista paulista Péricles, participante da invenção do pagode romântico com o grupo Exaltasamba e dono de uma vitoriosa carreira solo a partir de 2011. Não há fronteiras para ele, que neste ano lançou o álbum de pagodes histó ricos Minha História – Onde Tudo Começou, em trio com Chrigor (outro ex-Exaltasamba) e Le andro Lehart (fundador do Art Popular e o prin cipal compositor de pagodes românticos dos anos 1990). Sem preconceitos, Péricles grava parcerias com rappers (como Drik Barbosa, em “Calma, Respira”, e Projota, em “Homem Invisí vel”), emepebistas(Djavan, “Deserto da Ilusão” ,

Acima, Negra Li, Gloria Groove, Wesley Safadão e Jojo Todynho

MISTURA DE RITMOS

O rol de misturas musicais pagodeiras é am plo. Thiaguinho gravou “Presente do Céu” com a popstar drag queen Gloria Groove, “Cansar Você” com a diva pop Luísa Sonza, “Tô Indo Embora Também” com a dupla sertaneja Bruno & Marrone, “Miopia Ocular” com o rapper Rael, “Pretinho Tipo A” com o axezeiro Léo Santana, “Serei Luz” com a banda de reggae Natiruts, “Um Dia Bom, um Dia Besta” com a popstar Sandy e “Um Novo Amanhã” com o rapper Edi Rock, dos Racionais MC’s. O grupo Menos É Mais di vidiu “Amor Falsificado” com a femineja Marília Mendonça. Ferrugem se encontrou com a rapper Negra Li em “Eu Preciso Ir”. A Turma do Pagode criou o pagofunk “O Brasil Tem Que Te Ver” com MC Kevinho e o forró-pagode “Puxa, Agarra e Beija” com os Aviões do Forró. Dilsinho dividiu “Santo Forte” com o sertanejo Luan Santana. São apenas alguns entre muitos exemplos.

ou Marcelinho Freitas, ex-Sem Compromisso, em “Ainda Sei Te Amar”).

JUNTO E

MISTURADOeLiniker,“OMelhor

O crossover é valorizado a ponto de a funkeira Ludmilla ter lançado um disco só de pagodes român ticos (Numanice), além de flertar com o gêne ro em faixas gravadas com pagodeiros como Ferrugem (“De Rolê”), Thiaguinho (“Amor Difícil, Só Vem!”), Sorriso Maroto (“Não É Por Maldade”), Di Propósito (“Te Amar Demais”) e Vou pro Sereno (“Teu Segredo”).

OUTUBRO | NOVEMBRO 2021 J.P 53 LIMA/DIVULGAÇÃO;CAROLINELIMA/DIVULGAÇÃO;LÉOMENDONÇA/DIVULGAÇÃO;SANDRONAHAS;MAURÍCIOFOTOS FREEPIKDIVULGAÇÃO;MAGALHÃES/DIVULGAÇÃO;RODOLFODIMITROW;PEDROFIORAVANTE/DIVULGAÇÃO;BRUNO

Um dos principais fatores a garantir a per manência do pagode entre as músicas mais ou vidas no país é a cultura hoje dominante do fea turing (ou feat), quando um artista convida outro para fazer participação especial numa gravação. Como cada vez mais esses encontros ocorrem en tre artistas de gêneros musicais distintos, públi cos de nichos diferentes são atraídos simultanea mente e ampliam a circulação de cada um deles. De quebra, no Brasil esse hábito tem criado sub gêneros híbridos que ganham apelidos como pa gonejo, pagofunk, sambanejo e assim por diante. Nesse pique, por exemplo, o grupo Di Propósito faz sucesso com o pagodão “Pesou o Rolê”, gravado com a funkeira Jojo Todynho e o grupo de axé Har monia do Samba. O pagodeiro Dilsinho fez parceria pagone ja com Henrique & Juliano (“Sogra”), pagofunk com MC Kevinho (“Rola um Love”) e daí adiante.

do Mundo”), artistas pop (o veterano “cafona” Luiz Ayrão, “Oxitocina”, ou a banda de rock Biquíni Cavadão, “Janaína/Coti diano”), sambistas veteranos (Alcione, “Man gueira É Vintage”, um EP de músicas de Adoni ran Barbosa ao lado dos Demônios da Garoa), sertanejos (Marcos & Belutti, “Perturbado” , Jorge & Mateus, “Trinta Graus”, Marília Men donça, “Vai por Mim”), funkeiros (MC Livinho, “Já Deu”), forrozeiros (Wesley Safadão, “Fogo na Roupa”) e, claro, pagodeiros (o ex-colega de Exaltasamba Thiaguinho, em “Seja Bem-Vinda” ,

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No alto, à esq., Zeca Pagodinho. Acima, grupo Raça Negra

BOOM NOS ANOS 1990

FESTA AFRO-BRASILEIRA

Para além dos sucessos do momento, o pa gode tem história no Brasil. Remotamente, o nome surgiu como sinônimo de festa e cantoria entre africanos e afro-brasileiros escravizados e/ou quilombolas, no período colonial. Nem sempre esteve relacionado ao samba, como aconteceu nos anos 1960, quando o gênio cai pira mineiro Tião Carreiro criou a vertente do pagode de viola. O termo atrelou-se definitiva mente ao samba a partir dos pagodes festeiros do bloco carnavalesco carioca Cacique de Ra mos, na segunda metade dos anos 1970.

JUNTO E MISTURADO

POSSATO/WASHINGTONMENDONÇA/DIVULGAÇÃO;SANDRODIVULGAÇÃO;FOTOS FREEPIKPESSOAL;INSTAGRAMREPRODUÇÃOLIMA/DIVULGAÇÃO;LÉODIVULGAÇÃO;

A esse chamado “pagode de raiz”, profunda mente carioca, veio se contrapor o pagode ro mântico dos anos 1990, mais espalhado pelo Bra sil, mas com grande concentração em São Paulo e caracterizado pela entrada de instrumentos até então vetados no samba, como teclados, sinte tizadores, guitarras, baixos etc. Rejeitado pelos sambistas “puros” e pela elite cultural brasileira, esse novo estilo aproximava o pagode carioca de diversos gêneros da música pop internacional, como o soul da gravadora americana Motown, o rhythm’n’blues e o rock, além da variação nacio nal do samba-rock, iniciada por Jorge Ben Jor no fim dos anos 1960. Apelidado pejorativamente de “pagode mauricinho”, era, no entanto, invenção de artistas negros de origem pobre.

Celebrado por artistas como Beth Carvalho e Tim Maia, o Cacique ganhou projeção nacional na voz de Beth, que passou a gravar aquela nova ge ração de compositores com enorme sucesso, em “Vou Festejar” (1978) e “Coisinha do Pai” (1979), ambas de Jorge Aragão com parceiros, “Cacique ando” (1983), de Noca da Portela, “Camarão Que Dorme a Onda Leva” e “Jiló com Pimenta” (1983), de Zeca Pagodinho e Arlindo Cruz. Nessa safra, consagraram-se o ex-forrozeiro pernambuca no Bezerra da Silva e os sambistas cariocas Zeca Pagodinho, Jorge Aragão, Jovelina Pérola Negra, Almir Guineto, Luiz Carlos da Vila e o grupo Fun do de Quintal (de onde saíram Arlindo Cruz e Sombrinha). “Pagode de fundo de quintal” virou outro codinome do gênero, por causa do local onde costumavam acontecer as rodas de samba da época. Entre as inovações trazidas por essa turma, estavam a ênfase na percussão, a substi tuição do surdo pelo tantã, imaginada por Sere no, do Fundo de Quintal, e do cavaquinho pelo banjo (mais comum até então na country music dos Estados Unidos), por Almir Guineto.

Na enxurrada de “hit makers” surgidos na geração 1990, destacaram-se os paulistas Raça Negra (“Cigana, Cheia de Manias”), Negritude Junior (“Cohab City”, “Tanajura”), Art Popular (“Ôa, Ôa”, “Pimpolho”, “Temporal, Amarelinha, Agamamou”), Exaltasamba (“Telegrama”, “Me Apaixonei pela Pessoa Errada”, “Tá Vendo Aque la Lua”), Katinguelê (“Recado à Minha Amada” , “Inaraí”), Cravo e Canella (“Lá Vem o Negão”), Os Travessos (“Tô Te Filmando – Sorria”), Sen sação (“Oyá”), Soweto (“Derê”), Sem Compro misso (“Mariana Parte Minha”) e Eliana de Lima (“Desejo de Amar”), o mineiro Só pra Contra riar (“A Barata”, “Essa Tal Liberdade”, “Mineiri nho”), os cariocas Molejo (“Caçamba”, “Cilada” , “Paparico”, “Dança da Vassoura”), Grupo Raça

Alexandre Pires e Xande de Pilares. Abaixo, Mumuzinho, Ferrugem e Ludmilla

n

Um novo renascer das cinzas se consolidou com a volta de “Cheia de Manias”, do Raça Negra, como tema de abertura da novela glo bal A Dona do Pedaço (2019). Aí já havia mais uma geração de pagodeiros, com Ferru gem, Dilsinho, Ludmilla, Mumuzinho, Vitinho, Tiee e Darlan e grupos como Di Propósito, Menos É Mais, Vou pro Se reno, Grupo Clareou, Melanina Carioca e o sul-mato-grossense Atitude 67. To dos praticam o intercâmbio entre ritmos musicais, gravam prioritariamente álbuns ao vivo e investem tudo no romantismo aprendido com a geração 1990. É sempre tempo de pagode.

O grupo de rap romântico Sampa Crew inventou o rap-pagode com “Eterno Amor” .

VOOS SOLOS

Foi a geração 1990 também que ousou ini ciar experiências de fusão com ritmos de fora dos domínios fechados do samba. Raça Negra pagodeou rock (o “Tempo Perdido” da Legião Urbana, o “Pro Dia Nascer Feliz” do Barão Ver melho), MPB (“Vida Cigana”, lançada por Tetê Espíndola) e dois discos inteiros de sucessos da jovem guarda. Negritude Junior homena geou Roberto Carlos (Ao Som do Roberto) e transformou o boi-bumbá amazonense de Pa rintins (“Tic Tic Tac”). Art Popular integrou pagode com música latino-americana (“Vestida de Doida”), moda sertaneja (“Fricote”, grava da com João Paulo & Daniel) e funk (“Reque brabum”). Só pra Contrariar regravou Titãs (“Go Back”), Tim Maia (“Um Dia de Domin go”), Fábio Jr. (“Eu Me Rendo”), Jorge Ben Jor (“Ive Brussel”) e Mamonas Assassinas. Molejo cantou a MPB de João Bosco (“Linha de Pas se”). O grupo Só Preto sem Preconceito armou uma versão sambista para o “Rap da Diferen ça”, lançado pelos funkeiros cariocas MC Marquinhos e MC Dollores.

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Explorado pela indústria musical (e televisi va) até a completa exaustão, o pagode românti co encolheu a partir de 1998, mas sobreviveu ao baque por intermédio de artistas que desmon taram suas bandas para iniciar carreiras solo. Alexandre Pires saiu do Só pra Contrariar. Belo abandonou o Soweto para o estrelato solo. Do Exaltasamba saíram Péricles e Thiaguinho. Neti nho de Paula deixou o Negritude Junior. Rodri guinho emergiu d’Os Travessos. Leandro Lehart ergueu carreira mais experimental a partir do Art Popular. Em 2016, o supergrupo Gigantes do Samba surgiu da reunião de Alexandre Pires, Luiz Carlos (do Raça Negra) e Belo. Poucos gru pos persistiram sem interrupção, casos de Raça Negra, Molejo, Pixote e Swing & Simpatia, e ou tros poucos ascenderam a partir da primeira de cadência do pagode romântico, como Jeito Mo leque, Da Melhor Qualidade, Revelação, Sorriso Maroto e Turma do Pagode.

(“O Teu Chamego”, “Tô Legal”) e Os Morenos (“Marrom Bombom”).

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A atriz não poderia ficar de fora da edição que celebra os 15 anos da J.P . Afinal, Taís foi escolhida para estampar a capa da revista número 1. E foi nossa cover girl outras quatro vezes. Talentosa, engajada e à frente do tempo, ela está sempre por perto. Desta vez, Torquatto foi o responsável por reverenciar sua beleza. “Apostei em uma tendência muito for te novamente que é essa pele iluminada, real, em que você usa primer, base e corretivo, e fica com esse efeito de transparência. Esse é o trunfo desse make. Além de coordenar a cor da sombra com o batom, tom burgundy, que tem força e, ao mesmo tempo, um romantismo urbano.”

58 J.P OUTUBRO | NOVEMBRO 2021

FERNANDO TORQUATTO já transformou todo mundo que importa – aqui e lá fora. Só vai sossegar depois de clicar Madonna

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60 J.P OUTUBRO | NOVEMBRO 2021 DIVULGAÇÃOVECTEEZY;FOTOS

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62 J.P OUTUBRO | NOVEMBRO 2021

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64 J.P OUTUBRO | NOVEMBRO 2021

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Uma seleção de marcas e designers independentes, e seus produtos cheios de charme e afeto

LINGERIE SUSTENTÁVEL

Convidar a mulher a se livrar do padrão imposto pela sociedade e a colocar seu bem-estar em primeiro lugar. Essa é a proposta da marca de roupa íntima Gio conda, da artista e empreendedora Cínthia Santana, que tem como diferencial a preocupação com a matéria-prima, os processos, a transparência e o conceito transmitido por meio do conteúdo produzido nas redes sociais. Com peças de modelagem simples e confortáveis, feitas de malha 100% algodão orgânico e tingidas naturalmente, a marca incentiva a autoinvestigação e o auto cuidado através da sabedoria da ginecologia natural, já que as fibras naturais são melhores para o conforto e saúde do corpo feminino.

Formada em design de moda pelo Istituto Marangoni em Milão, Elisa Par pinelli, 30 anos, trabalhou como estilista em grandes marcas, como Prada e Versace, até se redescobrir como designer de joias. “O conceito da joia em não seguir tendências ou estações é o que aprecio muito, pois é sobre criar histórias, peças com sentimentos e não algo sazonal.” Inspirada nos anos que morou na Itália, pelos movimentos art nouveau e déco e por suas raízes brasileiras, Elisa procura trabalhar de uma forma ética e consciente em sua marca homônima. Com uma produção em baixa escala, a designer traz o con ceito upcycling ao reutilizar objetos e materiais descarta dos para criar, junto com o cliente, peças únicas e com novo significado.

@ELISA.PARPINELLI

J.P DE OLHO

Apaixonada por desenho desde pequena, a designer e ilustradora recifense Mariana Belém sempre teve vontade de experi mentar outras superfícies e levar sua arte para o cotidiano das pessoas. Em 2018, concretizou esses desejos quando criou a Maroca Desenha, onde aplica seus delicados traços em objetos através da pintura à mão com pincéis, bico de pena ou de ilustrações em decalques. “A mensagem do meu trabalho é espalhar amor. Uma sementinha que eu plante no cotidiano de alguém vai florescer, e isso é muito bom.”

“Nosso ponto de partida foi trabalhar a moda e a arte como ferramentas de transformação social e empoderamento feminino”, diz Olivia.

O resultado desse processo colaborativo são peças de linho para vestir e para a casa com bordados preciosos e cheios de história.

O Projeto Fio, das designers Olivia da Silveira, Ana Luiza Nigri, Marina Canesin Bittencourt e Leticia Ozorio, nasceu há quatro anos com o intuito de fazer uma moda contrária à automação da produção e à exploração do trabalho feminino. Com as técnicas de arte-terapia, as cariocas atuam em comu nidades do Rio de Janeiro capacitando mulheres na técnica do bordado e fazendo com que elas encontrem não só uma fonte de inspiração na arte, mas também de renda.

DIVULGAÇÃOFOTOS

A Lá do Mato nasceu em 2015, em um momento em que os produtos natu rais e artesanais ainda eram vistos como coisas alternativas demais. “Foi com os sabonetes que nós conseguimos abrir o diálogo e mostrar que mudanças eram possíveis”, diz a criadora da marca, Eloísa Toguchi, que por sete anos trabalhou na indústria de cosméticos e estudou aromaterapia. Responsável pela criação, pelas fórmulas e produção, a artesã, que é umbandis ta, trabalha com sua intuição, com seus guias, com pedidos de clientes e respeitando seu tempo para criar os produtos. “Meus processos são todos bem naturais, genuínos, orgânicos e res peitosos comigo, eu preciso estar me sentindo bem para criar e até para produzir, não me cobro para isso, as criações nascem naturalmente.”

@PROJETOFIO

@LADOMATO

ARTE NO DIA A DIA

TECENDO HISTÓRIAS

@MAROCADESENHA

PRODUÇÃO NATURAL

MODO DE VIDA

Tão festejado em Comporta como é em Trancoso, suas duas moradas, e com o talento de imprimir charme em tudo o que faz, Fernando Droghetti, o Jacaré, mostra sua casa de pescador no destino mais hype da Europa

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DE SOL A SOL

Droghetti escolheu viver em uma única estação: o verão. Ele se divide entre os dias quentes de Trancoso, na Bahia, de outubro a maio, e a outra metade do ano em Comporta, Portugal. “Há anos eu queria passar mais tempo na Comporta, pegando esse verão da Europa, que é uma delícia, e acabei montando um restaurante também com o pretexto de trabalhar e, claro, poder ficar mais”, conta ele, que comanda o Jacaré da Comporta por lá e, por

Fernando

POR LUCIANA FRANCA FOTOS JOYCE PASCOWITCH

Acima, Fernando Droghetti, o Jacaré, na porta da antiga casinha de pescador na Comporta. Na decoração, garimpos da região de Alentejo

aqui, os restaurantes Jacaré do Brasil e Floresta.

Os ambientes traduzem o olhar garimpeiro de Jacaré: ele visita as “velharias”, como são chamados os antiquários em Portugal, para deixar a casa com a cara do lugar onde ela se encontra

O principal traço que define Jacaré, como ele é conhecido, é o charme que imprime em tudo o que faz, em todos seus negócios, na vida pessoal, em suas casas. A morada no vilarejo português não deixa dúvida de seu gosto sofisticado, mas, ao mesmo tempo, descompromissado. “Era uma casinha antiga de pescador, que estava abandonada, e transformei, fiz dois quartos, uma suíte, e fui decorando com

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MODO DE VIDA

coisas da região. Ainda tenho esse olhar de garimpo, desde o tempo em que tinha loja. Visito todos os antiquários, as velharias, como chamam por aqui, e vou comprando aquilo que mais se identifica com a região em que estou, que é a alentejana.” É uma casa portuguesa, com certeza. “Gosto de chegar num lugar que tem a cara do lugar, a identidade de onde está. Não gosto quando fazem uma decoração mexicana na Grécia e vice-versa, ou você está na Bahia e tem uma decoração de Hampton”, diz.

Além da óbvia beleza de suas praias, é a energia da Bahia que encanta esse morador de Trancoso. Já em Comporta, o clima de roça, de fazer parte de uma pequena vila, é o que mais o atrai. Jacaré conta que o vilarejo português era uma fazenda agrícola que pertencia a uma única família até 2014 e compara o destino com uma mistura de Trancoso e Punta del Este, no Uruguai. Feliz é esse caçador de verão que há anos trocou São Paulo e o mercado financeiro para viver em dois endereços muito charmosos à beira-mar. E continua fazendo jus ao apelido que ganhou na infância: “Quando era criança, já tinha a boca grande e estava sempre sorrindo”. n

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No alto, muitos tecidos, como os de sacos de farinha, decoram e dão cor à casa de Comporta. Nos cômodos, um mix de louças antigas, objetos de palha e diversos achados charmosos

EM MEIO À NATUREZA

No alto da serra, cercado apenas pela beleza do verde e pelo som calmante de 12 nascentes d’água, está um refúgio com janelões e portas de vidro para que nada do encanto do lado de fora se perca. Dentro do recinto, as conversas e risadas acontecem em torno de um menu especial, pensado nos mínimos detalhes para agradar os hóspedes. Da grande porta de vidro da cozinha é possível avistar quem se diverte na deliciosa piscina e no jardim.

Essa poderia ser a cena perfeita de um filme, mas o destino existe e fica em um condomínio em Santo Antônio do Pinhal, na Serra da Mantiqueira (SP). Trata-se de um refúgio da MATUETÉ VILLAS, portfólio de casas espetaculares da MATUETÉ, produtora de viagens sob medida. Criada em 2005, a empresa oferece uma experiência única de hospedagem, com todos os serviços planejados especialmente para seu gosto. Esqueça, portanto, tudo o que você sabe sobre aluguéis de temporada, a Matueté Villas vai além. “Adaptamos e preparamos cada casa para receber os hóspedes, cuidamos de tudo, do cardápio às compras, pensando em cada detalhe especialmente para o cliente, desde a delicadeza da roupa de cama até

O achado descrito acima é a VILLA 8, no coração da Mantiqueira, a 200 km da cidade de São Paulo. São seis suítes divididas em blocos para manter a privacidade, que acomodam até 12 pessoas, em um projeto moderno, assinado pelo arquiteto Gui Paoliello. Para completar a proposta, a equipe da casa é espetacular e inclui uma cozinheira de mão-cheia. “Ela sabe

mesclar o melhor da culinária local com os clássicos que todos apreciamos no dia a dia”, conta o proprietário do oásis.

A temporada fica ainda mais especial com a ex periência batizada de Noites da Mantiqueira, uma degustação de queijos, goiabadas e outras delí cias feitas por pequenos produtores da região que são um verdadeiro achado. Com a chegada do Natal e do Réveillon, eis um convite irresistível para viver dias memoráveis neste refúgio cerca do pelos prazeres da vida na montanha.

a geleia favorita, e ainda cuidamos da organização de atividades e passeios”, explica Bobby Betenson, um dos fundadores da Matueté. Não é preciso se preocupar com nada: é como estar hospedado em um hotel cinco-estrelas, mas absolutamente privativo.

+ MATUETEVILLAS.COM | @MATUETEVILLAS POR MORGANA BRESSIANI

BRATKE/DIVULGAÇÃOCACAFOTOS

J.P VIAJA

Boa notícia para os enófilos que andam sonhando com uma roadtrip pelos Estados Uni dos. O FOUR SEASONS inaugurou recentemente um hotel cercado pelos vinhedos de NAPA VALLEY. Detalhe: o destino tem sua própria vinícola comandada pelo premiado enólogo Thomas Rivers Brown. Entre uma degustação e outra, os viajantes aproveitam mergulhos em uma piscina com vista para campos bucólicos, massagens e delícias gastronômicas no restaurante comandado pelo chef Erik Anderson. +FOURSEASONS.COM

RADAR

POR ADRIANA NAZARIAN

72 J.P

Jantar em uma estufa cinematográfica em Portugal, novo hotel em Napa Valley e muito mais

VINDIMA

Na próxima visita a MYKONOS, vale colocar o NÕEMA na lista de restaurantes da vez. Escondido em uma ruela mais tranquila na região de Chora, o endereço é a empreitada mais recente de Richard Ca ring, restaurateur e cofundador do Soho House, que tem hits como The Ivy e Annabel’s no portfólio. Construído em torno de um pátio delicioso, o local mistura restaurante, bar e pista, todos inspirados no espírito livre das ilhas Cíclades. A comida, sob o comando de Athinagoras Kostakos, é pensada para ser compartilhada entre amigos, no melhor esquema taverna, mas com um toque supercontemporâ neo – das louças ao uso dos ingredientes locais. +NOEMAMYKONOS.COM

OUTUBRO | NOVEMBRO 2021 J.P 73

ORA, POIS

Há sempre um bom moti vo para visitar PORTUGAL , como o novo ÉVORA FARM , em ALENTEJO . Em uma propriedade de 11 hecta res cercada por prados a perder de vista, o hotel reúne cantinhos deliciosos para aproveitar o ritmo slowtravel que reina na região. Tem pomar, spa com banho turco, pisci nas externa e interna e restaurante focado nos ingredientes locais. E, se a ideia for uma temporada alentejana com ainda mais privacidade, o destino ofe rece cinco vilas privativas.

SELVA SELVAGEM

+SUSANABALBOHOTELS.COM

Para quem busca experiências únicas na natu reza, eis um convite irrecusável. O XIGERA fica dentro de uma reserva no BOTSUANA , com vis ta para cenário mágico do DELTA DO OKAVANGO. São 12 suítes, piscina, spa holístico e casa na árvore que faz a gente querer teletransporte imediato, além, claro, de experiências mági cas pela região. Vale dizer que o hotel, sonho antigo de uma família sul-africana, é uma verdadeira declaração de amor à África: o projeto é todo sustentável e há uma curadoria única de obras de arte e artesanatos locais.

+XIGERA.COM

SALA DE ESTAR

DIVULGAÇÃOFOTOS

E JÁ QUE O ASSUNTO É PORTUGAL…

Imagine jantar em uma estufa cinematográfica com mais de 2 mil plantas. Inaugurado este ano dentro do hotel Rio do Prado, o THE MARKET MAN tem dado o que falar na região de Óbidos. As plantinhas em questão são usadas nas criativas receitas criadas pelo chef Bruno Marques – o chips de beringela com mel e canela e o polvo caramelizado com molho agridoce e ervas frescas estão entre as boas pedidas.

Mais um motivo para visitar MENDOZA assim que as fronteiras reabrirem. No ano que vem, o destino ganha um hotel intimista no melhor estilo Winemaker’s House. No comando está Susana Balbo, a primeira enóloga argentina – daí o nome, SUSANA BALBO UNIQUE STAYS –, que tem como missão fazer os viajantes se sentirem em casa. Além de uma série de experiências sensoriais, o local oferece spa com tratamentos à base de ervas locais, suítes com lareira e restaurante tipicamente argentino.

POR KIKI GARAVAGLIA

Para comemorar esta edição de 15 anos, te ria que escrever algo diferente, especial... Mas sobre o quê? Fui olhar as centenas de textos, para me inspirar. Teria que ser um destino mágico, único! Fiquei horas relendo, vendo, lembrando de tantos lugares maravilhosos... Mas qual? Claro, passeando num junco (es pécie de barco asiático) particular, na baía de Ha Long, no golfo de Tonkin, no Vietnã. Éra mos quatro amigas, cada qual na sua luxuosa cabine, com uma simpática sala de estar, sala de jantar e dois deques superiores. Os juncos vão deslizando lentamente pelo mar de águas verde-claras translúcidas por causa das algas marinhas nesta parte “onde o dragão entra no oceano” – nome dado à baía vietnamita. Fo mos até as grutas de Sung Sot, com estalac tites gigantescas formando colunas imensas com figuras estranhas num teto iluminado por focos de luz que entram por fendas, com pletamente diferente de tudo que já havia vis to. Depois, passeamos pela gruta de Pak Ou, com milhares de figuras de budas deixadas por antigos viajantes como oferendas, e se

74 J.P OUTUBRO | NOVEMBRO 2021

VIAJANTE INSACIÁVEL, KIKI GARAVAGLIA JÁ CORREU O MUNDO, MAS AINDA TEM MUITO LUGAR PARA CONHECER. SÓ TEM MEDO DE MORRER SEM ANTES IR AO SRI LANKA

PESSOALARQUIVOFOTO

guimos deslizando pelo mar, passando por várias pequenas ilhas, algumas cheias de maca cos e pássaros que se abrigam nas encostas dos morros. Saltamos nas ilhas de Dinh Huong e na Ga Choi tentamos subir até o mirante on de tem um templo sagrado: subida íngreme, longa, queríamos chegar lá, mas desistimos, exaustas! Voltamos para o barco frustradas e nos sentindo umas anciãs. Seguimos de vol ta em direção à baía de Ha Long, já escure cendo, e notamos que outros juncos começa ram a chegar para passar também uma noite na tranquilidade e na proteção da baía. Após o jantar a bordo do nosso barco Valentine –menu vietnamita delicioso– ficamos conver sando do lado de fora e resolvi subir sozinha para o deque superior, para aproveitar ao má ximo aquele momento. Fiquei observando as estrelas, as pequenas luzes dos outros juncos, cada um mais interessante que o outro, sem pre com as velas em formato de asas de bor boletas. Uma noite mágica, silenciosa, ape nas o barulhinho do mar batendo no casco do barco: agradeci a Deus por estar naquele momento, naquele lugar, numa noite estrela da, realmente um privilégio jamais esqueci do. Dedico esse dia da minha vida à revista J.P porque, graças a ela, do cumentei essa linda lembran ça desse lindo lugar do nosso lindo planeta. n

Difícil escolher um destino especial para celebrar 15 anos de registros de viagens na J.P . O eleito? O passeio de barco no Vietnã

POR AÍ

UM QUERIDO DIÁRIO DE BORDO

Sempre viajei – e muito. Com 2 anos, já es tava na Argentina. Mas, graças à revista J.P, passei a prestar atenção a certos detalhes, já que sabia que teria de escrever um texto descritivo do lugar. Ainda bem, pois quando quero me lembrar de uma cidade, de um país, é só eu dar uma olhada no texto que escrevi.

Quem conhece Deus, quem sabe que Deus está presente, este, sim, pode chegar. Milhões começam a corrida, mas só quem tem certeza termina.

CONHECER

Um discípulo perguntou ao mestre: “Qual a diferença entre você e eu?”.

visualizar da direita para a esquerda

CABALA

POR SHMUEL LEMLE shmuel@casadakabbalah.com.br

CERTEZA ABSOLUTA

IudResh

Muitos pregam a crença em Deus, mas será que conhecemos Deus? Sentimos sua presença constantemente? Estamos em consciência divina a cada passo? Per cebemos a mão de Deus nas pressões da vida?

Áin

OUTUBRO| NOVEMBRO 2021 J.P 75

Tenha certeza na luz do Criador, certeza no processo, certeza de que não importa o quanto as coisas possam estar complicadas, você tem força para superar tudo. Porque você sabe que Deus está presente, dentro de você, dentro de todos nós.

O mestre respondeu: “Você acredita em Deus, enquanto eu conheço Deus”.

Quem “acredita” em Deus não chegou lá.

LEÃO (23/7 a 22/8)

Na saúde, pode haver algum problema. Quanto às finanças, especulações devem ser evitadas.

HORÓSCOPO

quinzena é ótima para novos projetos.Para assuntos do coração, oportunidades para estabelecer relacionamentos no início do mês por meio de uma boa comunicação e uma abordagem mais ousada. As perspectivas são excelentes para a saúde e não haverá problemas graves. Em finanças, a segunda quinzena traz lucros.

Energia de Outubro

GÊMEOS (21/5 a 20/6)

A segunda semana é favorável para a resolução de problemas com oportunidades de sucesso. Para assuntos do coração, o mês requer boa comunicação. Você tem que ser flexível e sentimental se quiser ter sucesso e harmonia nos relacionamentos. Possibilidade de gravidez.

76 J.P OUTUBRO | NOVEMBRO 2021

Mês de conflitos. Não permita que as coisas saiam do controle. Em assuntos do coração, os relacionamentos enfrentarão uma situação difícil, mas a ajuda de amigos a torna menos séria.Assuntos familiares também não serão fáceis com irmãos. Quanto à saúde, a previsão é boa. É importante reduzir a ansiedade durante a retrogradação de Mercúrio.

Para o canceriano, sucesso na execução de empreendimentos.novosAsegunda

(21/3 a 20/4)

TOURO (21/4 a 20/5)

CÂNCER (21/6 a 22/7)

Outubro traz o fim de várias retrogradações (Plutão, Saturno, Mercúrio e Júpiter) e, com isso, os resulta dos sobre o que reavaliamos durante o período estacionado. No dia 6, teremos o fim de Plutão retrógrado, que nos impulsionou a reavaliarmos mudanças profundas. Agora podemos viver os frutos dessas trans formações. No dia 7, Vênus entra no signo de Sagitário, trazendo habilidade para darmos mais sentido e liberdade aos nossos relacionamentos. No dia 18, com o fim de Mercúrio retrógrado a eficiência na comu nicação nos favorece outra vez. Ainda neste dia, o fim de Júpiter retrógrado passa oficialmente a beneficiar tudo o que diz respeito ao coletivo e à sociedade. Dia 23 marca o início da temporada de Escorpião, que desperta em nós a capacidade de regeneração e transformação. Por fim, no dia 30, Marte em Escorpião nos impulsiona a lutar por tudo aquilo que desejamos com voracidade. Tenham um bom mês!

* Confira a previsão de novembro no site Glamurama, a partir de 1º/11

Ariano, deixe os astros fazerem o seu trabalho, não é o momento de começar novos projetos, mas, sim, de avaliar sementes que já foram plantadas.Em assuntos do coração, uma situação importante deve ser esclarecida e alguns pontos resolvidos.Quanto à saúde, sem problemas. Já com as finanças, os aspectos não são tão bons: poupe!

O mês tem boa evolução para o taurino. Se você precisa que as coisas avancem, será assim. Em assuntos do coração, algum desentendimento é previsto, seja razoável para encontrar um meio-termo. Quanto à saúde, as posições planetárias são boas e isso o manterá longe dos problemas. Em finanças, aspectos

astrais como Mercúrio retrógrado não são benéficos. Especulações e investimentos não dão lucros.

POR SARA KOIMBRA ILUSTRAÇÕES PAULO VON POSER

fazer exercícios de empreendimentos.iniciaradequadososEmfortalecimento.finanças,aspectossãoparanovos

Outubro pede que você se concentre em seus objetivos antes de tomar decisões. Casais devem estar preparados para algumas transformações na vida amorosa. Quanto à saúde, haverá pequenos contratempos que podem ser tratados. Em finanças, os aspectos astrais não são propícios e isso inviabiliza os investimentos.

Para Emsemseroutubrocapricorniano,oprometeagradávelecomplicações.assuntosdocoração,

OUTUBRO | NOVEMBRO 2021 J.P 77

Grandes coisas podem ser alcançadas por meio da generosidade e do bom relacionamento com seus contatos. Para assuntos do coração, boas oportunidades nas parcerias amorosas. A segunda semana do mês é propícia para novos economiasprecisegraves.Quantorelacionamentos.àsaúde,semproblemasJánasfinanças,talvezvocêsacardinheirodesuasparaasdespesas.

PEIXES (20/2 a 20/3)

planos para o futuro em sua vida afetiva podem estar em alta a partir da segunda semana do mês, como casamento, por exemplo. Quanto à saúde, sem grandes problemas. Nas finanças, o mês é propício e as instituições financeiras serão muito úteis caso precise de apoio.

AQUÁRIO (21/1 a 19/2)

Para assuntos do coração, o mês será agradável e você será capaz de entrar em novos relacionamentos. Haverá romance e sensualidade. Quanto à saúde, sem grandes demandas. Nas finanças, investimentos serão muito lucrativos.

As emoções serão dinâmicas para os aquarianos. O mês é favorável para viagens de lazer com familiares. Em assuntos do coração, os relacionamentos terão conflitos durante a

Se concentre em seus relacionamentos com respeito. Para os assuntos do coração, outubro será agradável e com bom suporte. Vênus proporcionará o romance necessário. Quanto a saúde, cólicas renais e dores lombares podem surgir: lembre-se de beber água e de

SAGITÁRIO (22/11 a 21/12)

CAPRICÓRNIO (22/12 a 20/1)

LEIA AS PREVISÕES SEMANAIS EM GLAMURAMA.COM

Para o escorpiano, conflitos e adiamentos em suas atividades. Entretanto, no aspecto profissional, você contará com o apoio dos colegas. Para assuntos do coração, suas obrigações profissionais podem perturbar o relacionamento: saiba separar. Pequenos problemas de saúde poderão exigir alguma assistência. Em finanças, tente evitar grandes investimentos.

VIRGEM (23/8 a 22/9)

LIBRA (23/9 a 21/10)

terceira semana do mês. Quanto à saúde, doenças respiratórias exigirão atenção durante a retrogradação de Mercúrio. Nas finanças, as configurações não são positivas para iniciar novos projetos até novembro.

Aspectos de Vênus trarão novas aberturas e ajuda para superar todos os obstáculos.

ESCORPIÃO (22/10 a 21/11)

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Nietzsche pensa rápido que a natureza é a verdade. Para Hadot, “é preciso lembrar que aos olhos de Nietzsche o conhecimen to está normalmente a serviço da vida, de modo que nossas representações são fun ções de nossas necessidades vitais”. Aí re meter-se à vida natural.

ROBERTA SENDACZ É FORMADA EM JORNALISMO E FILOSOFIA, ESPECIALIZADA EM FILOSOFIA CONTEMPORÂNEA E EROTISMO

O véu de Ísis deixa um buraco: de segre do da natureza, passa a mistério da existência, cada vez mais asmática. Não se levanta o véu de Ísis, apesar de ser transparente, insinuando a atenção para se comunicar. A na tureza se mexe aqui e acolá e, até este momento, aceita dialogar com o mal-estar do mundo traiçoeiro. São 25 séculos, repetimos, e se tra ta de uma natureza histórica que, ao longo do tempo, pede atenção.

A poderosa Ísis ENTRE LENÇÓIS

Desde a antiguidade egípcia (mais de 3 mil a.C.) que a figura da deusa Ísis personifica a natureza. “Ísis é ou a terra ou a nature za”, dizem os relatos pelos lados de lá; são 25 séculos pesquisados pelo filósofo francês Pierre Hadot. No livro O Véu de Ísis, ele as socia a natureza filosófica com os filósofos gregos, como Platão e Aristóteles, os epicu ristas e os estoicos. Além disso, havia Árte mis, a irmã gêmea de Apolo, como a Ísis da Grécia. A imagem é a de uma mulher cober ta por um véu. O corpo como um todo e o rosto são ofuscados ao passo que nuances deles aparecem revelados. “Ela segura na mão direita inclinada uma cornucópia don de escapam, entre outras coisas [...] um sapo, uma serpente e uma borboleta”, conta Hadot na obra. Ísis também fala em nome das ar tes e do progresso das ciências. É lembrada por Goethe, Rousseau, Schelling e Schiller e pelo romantismo alemão, que, vira e mexe, tentam desvendar seus segredos, pedindo o auxílio da natureza. Para Schelling, ela é um relógio. Para Goethe, é a analogia entre a vida na natureza e a vida na arte. Dando

um passo à frente, Hadot flexiona um aforis mo de Heráclito (540-470 a.C.) para comple mentar a figura da “noiva”: “A natureza ama ocultar-se”. Francis Bacon reclama: “Não se comanda a natureza senão lhe obedecendo”.

Aparece em cena a figura da physis em Ho mero (séc. 8 a.C.). Platão e Aristóteles apre sentam physis como o âmago da natureza que, por sua vez, equivale ao infinito. No sé culo 13, encontra-se a seguinte afirmação: a natureza há de obedecer a alma. No século 19, a natureza está de fato relacionada com a arte. Na pintura Le Déjeneur Sur L´herbe, de Édouard Manet, a mulher nua aparece como representante da natureza. O corpo é a pre sença carnal do quadro, o enaltecimento, sem dúvida, da grande mulher.

Os tsunamis não cabem entre molduras, não nos quadros. Nin guém se desliga da natureza. É, toda via, a maioral e de seja ordem na casa. Poderosa Ísis! n

78 J.P OUTUBRO | NOVEMBRO 2021

POR ROBERTA SENDACZ

OUTUBRO | NOVEMBR O 2021 J.P 79 Obtenha os endereços e telefones das marcas aqui listadas através do aplicativo gratuito Siter. No aplicativo, basta escanear este código de barras: facebook.com/revistajp @revistajp@revistajp MARCAS DO MÊS Alé Alvarenga + ALEALVARENGA.COM Antonio Bernardo +ANTONIOBERNARDO.COM.BR Bottega Veneta +BOTTEGAVENETA.COM Breton +BRETON.COM.BR CJ Fashion +CJFASHION.COM Dior +DIOR.COM Etel +ETEL.DESIGN Gaem +GAEM.COM.BR Loja Teo +LOJATEO.COM.BR Lumini +LUMINI.COM.BR Marchon +MARCHON.COM Riachuelo +RIACHUELO.COM.BR St. James +SAINTJAMES.COM.BR YSL +YSL.COM RODRIGO POLACK Colaborador habitual da casa, trouxe seu olhar apurado para compor o styling de Luísa Sonza ROSE LUNA Manicure oficial da J.P há mais de uma década, cuidou das garras de Luísa Sonza PEDROSANCHESALEXANDRE Ele mostra que o pagode continua em alta e flerta com outros gêneros FERNANDA GRILO Editora do site Glamurama, assinou a Última Página com a Pequena Lo MAURICIO NAHAS Parceiro há 15 anos, o fotógrafo é responsável pelo ensaio de comemorativocapa CARTAS@GLAMURAMA.COM J.P NAS REDES AGRADECIMENTOS PESSOAL;ARQUIVONAHAS,MAURICIOFOTOS PESSOALINSTAGRAMREPRODUÇÃO @luizaortizz Uhuuuu capa linda e poderosa. Voa alto Thai!!! @maraorti Thai aí uma pessoa criativa talentosa!!e @mariaribeiro Musa! estranha@juliana_meio_ Thai de Melo, vc é pura inspiração. Sejamos destemidas! @psiroberta THAI PARA BRILHAR ISSN 1980-3206 9 771980 320006 00173

J.P: QUANDO VOCÊ MENTE?

PL: Sou tímida. As pessoas se as sustam com isso e acham que você está fazendo piada o tempo todo. O ser humano tem seu momento introvertido. Quando recebo elo gios na rua, fico feliz, mas tímida.

J.P: QUAL O LIMITE ENTRE O HUMOR E O ESCRACHO?

PL: Escutar música todos os dias. Vou do gospel ao eletrônico, do sertanejo ao rap.

PL: Quando não quero sair e man do aquele “vou ver e te aviso”.

J.P: MOMENTO MAIS

PL: Ser uma mulher que leva as informações para as pessoas tentando ter uma sociedade mais inclusiva, com respeito, empatia e amor.

PL: De um churrascão...

POR FERNANDA GRILO

J.P: COMO GOSTARIA DE MORRER?

PL: Continuar no humor, mas de outras formas: na TV, para conquistar outro público, além de sempre poder falar sobre a impor tância da inclusão e fazer com que a sociedade tenha uma mudança de visão e atitude.

80 J.P OUTUBRO | NOVEMBRO 2021 ÚLTIMA PÁGINA

J.P: MINEIRO COME QUIETO?

PL: Come, principalmente na vida amorosa.

J.P: SONHO DE INFLUENCER?

J.P: O QUE NÃO SAI DA SUA

PL:VERDADEIRA?

J.P: UMA FRASE?

PL: Massa, no geral, risoto, lanche e estrogonofe – eu amo.

J.P: COM O QUE GASTA PL:DINHEIRO?

PL:BRILHANTE...

Sou observadora desde criança. Quando estava com amigos, eu os imitava dançando na balada e a gente ria muito, mas não era uma crítica. Fui ficando mais observadora, a psicologia me ajudou nisso.

Festeira do tipo que não nega um convite, a comediante Pequena Lo não vê a hora de a pandemia acabar para sair com os amigos e curtir um churrasco em família. São nesses encontros que ela faz suas performances cômicas, que mobilizam mais de 10 milhões de fãs nas redes sociais, e reproduz com humor e originalidade o dia a dia, os perrengues e as situações que todo mundo vive. Aos 25 anos, a psicóloga mineira Lorrane Karoline Batista Silva viralizou em 2020 e hoje é a pessoa que faz todo mundo rir com representatividade, autoestima e, quem diria, uma pitada de timidez.

PL: As festas universitárias. Já passei por poucas e boas, aquela época foi incrível. Não sabia o que estava fazendo ali e mesmo assim chegava em casa ao meio-dia. Isso porque a festa estava “ruim”.

O próximo conteúdo que vou criar. Não posso pensar muito no futuro porque sou ansiosa, mas os projetos que vou fazer para o meu público estão sempre em meus pensamentos.

J.P: SER UMA MULHER QUE QUEBRA TABUS É...

PL: Dormindo talvez, sem sofrimento.

J.P: UMA SAUDADE?

J.P: O QUE NINGUÉM SABE

J.P: UMA EXTRAVAGÂNCIA?

J.P: MANIA?

Com looks para entrevistas e premiações; coisas de comer: pizza, petiscos, vinhos, presentes...

J.P: COMO CONSEGUE MOSTRAR A REALIDADE NOS SEUS VÍDEOS DE FORMA TÃO

PL: O senhor é meu pastor e nada me faltará.

PL: Séries. Agora é Round 6 ou um filme clichê bem romântico.

J.P: O QUE TE FAZ RIR?

PEQUENA LO: Adoro memes, o Whindersson Nunes, a Tatá Wer neck... Ri muito dos memes que rolaram durante o colapso digital [quando Facebook, Instagram e WhatsApp saíram do ar no início de outubro]. Apesar do desespero, ser viu para relaxar no momento em que não estava acontecendo nada.

PL: Sempre gostei de trabalhar falando de situações e não de pessoas. Quando você critica o outro já não é humor, mexe com a autoestima, condições físicas, e ninguém é perfeito. Falar do outro antes de se olhar é complicado.

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PL:CABEÇA?

J.P: VÍCIO?

J.P: QUAL COMIDA TE FAZ QUEBRAR A DIETA?

SOBRE VOCÊ?

A virada de chave no início de 2020 [quando seus vídeos viraliza ram], e as vezes que saí em revistas e programas de TV. Foi um grande passo para a representatividade.

J.P: O QUE NUNCA DIZER PARA OUTRA PESSOA?

PL: Algo sobre a condição física dela. A gente nunca sabe o que o outro está passando, é preciso ter mais empatia. Quando você afeta e critica a condição física de alguém, a insegurança vem à tona.

PEQUENA LO

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