Transformação HISTÓRICA
EXPEDIENTE
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Publisher: Renato Delfino Rodrigues
Diretor-Presidente: Leandro Melnick
Produção: Andréia Silva
Diretor Institucional: Milton Melnick
Textos: Cristina Rispoli d’Azevedo Camila Kila Tatiana Gappmayer
Diretor de Desenvolvimento de Produto: Juliano Melnick
Diagramação: Douglas Victor Menezes Revisão: Márcio Cavalli Fotos: André Nery Diego Calovi Jonas Adriano
Diretor de Incorporação: Marcelo Guedes Diretor Administrativo e Financeiro: Daniel Matone Diretor Técnico: João Rubem Piccoli Filho Marketing de Relacionamento: Marieli Oliari
Tiragem: 500 exemplares
Rua Dona Augusta, 333 Porto Alegre/RS
REVISÃO DE CONTEÚDO DA HISTÓRIA DO INTERNACIONAL NO EUCALIPTOS: ARQUIVO HISTÓRICO SPORT CLUB INTERNACIONAL Arquivista coordenadora: Yzara Menegaz Arquivista: Aline Duarte BIBLIOTECA ZEFERINO BRAZIL – FECI (FUNDAÇÃO DE EDUCAÇÃO E CULTURA DO SPORT CLUB INTERNACIONAL) Bibliotecária: Ana Maria Bicca MUSEU DO SPORT CLUB INTERNACIONAL – RUY TEDESCO – SETOR DE PESQUISA HISTÓRICA Assistente de pesquisa Cesar Marcelo Caramês da Silva
entra em campo!
AGORA É O SEU TIME QUE
Seja bem-vindo ao Grand Park Eucaliptos, um empreendimento único, que gerou a transformação que Porto Alegre precisava para receber a Copa do Mundo
de 2014! Um lugar que já nasce com uma imensa bagagem histórica e emocional – elementos que o tornam ainda mais grandioso e especial.
Prepare-se para viver os seus dias de glória. A partir de agora, serão só conquistas! Em uma região totalmente privilegiada, no coração do bairro Menino Deus e com vista para o Guaíba. São sete torres de apartamentos amplos e
modernos e uma infraestrutura de lazer inédita na região, com todo conforto e segurança que a sua família merece. O Grand Park Eucaliptos foi pensado
em todos os seus detalhes para surpreender suas expectativas de moradia e transformar os seus sonhos e a sua maneira de viver.
SUMÁRIO
I
PREFÁCIO
8
IV
MEMORIAL EUCALIPTOS
46
VII
PRODUTO
X
CLIENTE
66
96
II
HISTÓRIA
10
V
PROJETO
51
VIII
XI
PAISAGISMO
INSTITUCIONAL
III
TRANSFORMAÇÃO DO MENINO DEUS
VI
88
100
IX
OBRA
42
54
S U S T E N TA B I L I D A D E
XII
ENTORNO
106
92
I
PREFÁCIO
TRANSFORMAÇÃO QUE VIABILIZOU A COPA DO MUNDO EM PORTO ALEGRE A origem do Grand Park Eucaliptos
Ao analisar suas possíveis fontes de
do Mundo de 2014. A partir do mo-
ter decidiu, para se capitalizar, ven-
está diretamente relacionada à Copa
mento em que o Brasil foi escolhido para receber a maior competição de
futebol do planeta, Porto Alegre era
uma forte candidata para ser uma das cidades-sedes dos jogos esportivos, com dois times de renome nacional e
um dos principais polos do país, assim
como Belo Horizonte, Rio de Janeiro e São Paulo. Para isso, precisava viabilizar um estádio que atendesse aos
requisitos da Federação Internacional de Futebol (Fifa).
Os dois estádios disponíveis na capital gaúcha, naquela época, eram o Beira-Rio e o Olímpico, e ambos estavam
defasados. Entretanto, o Sport Club Internacional apresentou uma propos-
ta de renovação do seu estádio para atender às exigências necessárias e,
assim, foi escolhido para sediar jogos
der o terreno do antigo Estádio dos Eucaliptos, que ocupava um quar-
teirão inteiro no coração do Menino Deus. O problema era que o plano
diretor da região permitia apenas construções de até nove metros de altura e isso fazia com que a área,
por maior que fosse, tivesse um va-
conseguiu reformar seu estádio permitindo, assim, a transformação necessária para que Porto Alegre recebesse a Copa do Mundo. É um terreno completamente diferenciado, com um projeto bonito de sete torres residenciais e uma praça com memorial histórico de acesso público. À volta, uma maioria de casas e pré-
lor menos representativo. A alterna-
dios pequenos, o que garante uma
de Vereadores uma lei especial para
andares mais baixos do empreendi-
aquele quarteirão específico. Com
ra fantástica. Tudo isso em um bairro
do, permitindo edificações de até 33
parques e de todas as facilidades pos-
tiva encontrada foi criar via Câmara
vista linda para a cidade mesmo dos
mudar o regime do plano diretor para
mento. Além disso, uma infraestrutu-
um gabarito de altura maior aprova-
nobre, próximo do Centro, da orla, de
metros de altura, o terreno passava
síveis.
a ser extremamente valorizado pelo mercado imobiliário e atingia um preço de mercado muito mais interessante para o clube gaúcho.
O Grand Park Eucaliptos marca a nossa entrada em um bairro onde nós ainda não tínhamos obra construída. É um empreendimento magnífico que
da competição. Por ser um estádio
A fim de vender a área do antigo está-
nos enche de orgulho e abre as por-
vestimentos públicos. Era o clube que
vel, o Internacional promoveu um leilão
Porto Alegre.
privado, o Beira-Rio não receberia inprecisava prover recursos para viabilizar a obra.
8
investimento e bens disponíveis, o In-
o bem. Com esses recursos, o clube
dio da forma mais transparente possípúblico e nós, da construtora e incor-
poradora Melnick Even, arrematamos
tas para ingressarmos na Zona Sul de
Milton Melnick
9
II
HISTÓRIA
DEVOÇÃO AO MENINO DEUS
Foto: Instituto Histórico e Geográfico do RS / Divulgação
Foto: Acervo Laudelino Medeiros / www.prati.com.br
Exposição agropecuária do Menino Deus em 1910
S
ituado na região centro-sul de
foi inaugurada em 1853. O que hoje
Devido à sua importância para o centro
Deus é considerado o mais
cidade, a Getúlio Vargas e a José de
volta de 1870, uma linha de transporte
Porto Alegre, o bairro Menino
antigo arraial da cidade, pois foi o
primeiro território reconhecido como agrupamento semi-independente do Centro, com o qual mantinha rela-
ções comerciais e administrativas.
Localizado ao sul do riacho Ipiranga, atual Arroio Dilúvio, ficava junto às antigas terras de posse de Sebas-
tião Francisco Chaves, na Estância São José.
O bairro tem esse nome em função da
devoção ao Menino Deus, introduzida pelos açorianos, que resultou na cons-
trução de uma capela em estilo gótico junto à praça de mesmo nome e que
12
Avenida Getúlio Vargas em 1950
são duas importantes avenidas da
Alencar, eram duas trilhas desbravadas em mato cerrado que foram aber-
tas por volta de 1840 e onde tinham algumas chácaras.
As festas natalinas da Capela do Me-
urbano, o Menino Deus recebeu, por público coletivo chamada de maxam-
bomba, que transitava sobre trilhos de
madeira. Por sua ineficiência, logo foi substituída pelos bondes puxados a burro, em 1873.
nino Deus costumavam atrair morado-
Residencial desde a sua origem, o
formação. As casas erguidas ao redor
amplas e belas casas que pertenciam
res do Centro e de outros bairros em da praça e a abertura de novas ruas
impulsionaram o desenvolvimento da região. Nos anos de 1970, porém, a capela foi demolida para dar lugar à
atual igreja de arquitetura moderna, até hoje uma importante referência do bairro.
Menino Deus sempre foi um bairro de
a uma camada da população de maior poder aquisitivo e que desfilava por suas ruas em finas carruagens. Des-
tacava-se também como o bairro mais movimentado da Capital, em função
de suas festas paroquiais e pela ins-
talação, em 1888, do hipódromo Rio-
ruas Botafogo e Saldanha Marinho. Em 1909, foram construídos no local pavilhões para exposições agropecuárias. Vinte anos depois, era fundado o Grêmio Náutico Gaúcho (GNG), tradicional clube do bairro, que possui uma área de mais de 11 mil
m2
consagrada
ao esporte e lazer. Outra construção que contribuiu para aumentar ainda mais a movimentação da região foi a construção do Estádio dos Eucaliptos, inaugurado em março de 1931. Por volta de 1940, o Menino Deus sofreu sua primeira grande modificação física e urbana, em decorrên-
Bairro Menino Deus no início do século XX
cia da canalização do arroio Dilúvio,
rissimo e criou o Centro Municipal de
O aterro da avenida Praia de Belas,
tava alocada uma vila conhecida como
que ocasionava graves enchentes.
onde hoje está localizado o Parque Marinha do Brasil, no final dos anos 50 e início dos anos 60, possibilitou
o prolongamento da avenida Borges de Medeiros, ampliando o acesso ao bairro e facilitando a sua expansão e urbanização.
A canalização do arroio Cascata, nos
anos 70, foi outro fator de valorização do Menino Deus. Uma nova configu-
ração surgiu com o chamado Projeto Renascença, executado pela prefeitura municipal entre os anos de 1975
e 1979, que abriu a avenida Erico Ve-
Cultura na área onde, antigamente, esIlhota.
Considerado um bairro de classe média alta, estima-se que, atualmente, o
Menino Deus abrigue uma população de mais de 30 mil habitantes. Com tan-
tas alternativas de comércio, cultura, gastronomia e lazer, é um dos bairros mais frequentados pelos porto-alegrenses, que costumam valorizar muito também as praças e ruas arboriza-
das da região e o clima marcado pela proximidade com o Guaíba e o pôr do
sol que só ele é capaz de proporcionar.
Foto: Hugo Freyler / www.prati.com.br
Grandense, que funcionava entre as
INTERNACIONAL NO
A evolução do clube no seu primeiro estádio 14
Arqueiro Milton, do Internacional, vibra com o tento de Bodinho - Grenal de 1954 (3x1)
F
Fotos: Arquivo histórico Sport Club Internacional
undado em 1909, durante mais de 20 anos o Sport Club Inter-
nacional não teve sede própria.
Desde 1912, os treinamentos eram re-
alizados em um local alugado, conhe-
cido como Chácara dos Eucaliptos.
Em 1928, porém, o proprietário decidiu vender o terreno e deu prazo para que
o Inter o desocupasse. O Conselho Deliberativo chegou a cogitar o fecha-
mento do clube, em função do entrave. Entretanto, o número crescente de Registro de recibos de pagamento de sócio efetivo, em 1929
torcedores e a conquista do primeiro estadual, no ano anterior, fizeram
com que a opção fosse descartada.
O então presidente, Ildo Meneghetti, sugeriu a construção de um estádio próprio. A intenção era achar um es-
paço no bairro Menino Deus, onde era
a Chácara, para conservar as origens, já que a comunidade havia sido, até o momento, o sustentáculo do Inter.
A procura foi exitosa e os dirigentes
encontraram um terreno na rua Silveiro, próximo à José de Alencar. Meneghetti iniciou uma campanha, com a venda de 500 ações, para que os Obras de refor
sócios pudessem contribuir para a
ma para a Co
pa do Mundo
de 1950
compra do espaço e a construção do
estádio, além do apoio da iniciativa privada. A proposta deu certo e a aquisição foi concretizada em 1929. Dois anos depois, em 15 de março de 1931,
foi inaugurado o Estádio dos Eucaliptos. O nome foi mantido em referência
às mudas de eucalipto trazidas pelo ex-presidente Oscar Borda, da Escola
Técnica de Agricultura de Viamão. A
partida inicial foi um Grenal, vencido pelo Inter por 3 a 0.
No Eucaliptos começaram as mudanças no clube, com os jogadores rece-
bendo remuneração e sendo contra-
tados pela habilidade, principalmente (2) Jogo Internacional
x Portuguesa (0),
em 1951
pessoas mais simples, pobres e ne-
gros, o que caracterizou o Inter como
o “Clube do Povo”. Nessa época, também teve início a rivalidade com o Grêmio. Nos anos 40 surgiu o time co-
nhecido como Rolo Compressor, que inaugurou uma nova era do futebol gaúcho. A equipe participou de nove
campeonatos estaduais, dos quais
ganhou oito, com nomes como Nena,
Russinho, Carlitos e, especialmente, Tesourinha.
A partir de 1944, o estádio recebeu o nome oficial de Ildo Meneghetti, em homenagem ao seu fundador. O Euca-
liptos tinha, inicialmente, um pavilhão de madeira na rua Silveiro e uma ar-
quibancada de tijolo e cimento no lado oposto. Com o sucesso do Rolo Com-
pressor, o presidente Abelard Jacques
Noronha decidiu investir no estádio, realizando estudos e projetos para reforma. Em 1947, o presidente Paulino de
Vargas Vares lançou a campanha de
ampliação, com a venda de cadeiras
cativas. A verba arrecadada possibilitou a construção de um pavilhão com
cozinha, vestiário, refeitório, biblioteca e sala de jogos.
Para a Copa do Mundo de 1950, o pavilhão da Silveiro também passou a ser de concreto, por exigência da
Confederação Brasileira de Despor-
tos (CBD), aumentando a capacida-
de. Com a renovação da estrutura das arquibancadas do estádio, o Eu-
caliptos sediou dois jogos da Copa, sendo o primeiro estádio gaúcho a
receber partidas de Mundial. Após o fim do Rolo, o Inter contou com o Ro-
linho, ou Máquina do Teté, em alusão ao treinador Francisco Duarte Júnior,
que em 1950 montou uma equipe tão boa quanto a anterior. O time de
Paulinho, Salvador, Oreco, Bodinho, Larry, entre outros, venceu mais cinco dos seis campeonatos gaúchos consecutivos.
15
MASCOTE E HINO SURGIRAM NA ÉPOCA DO ESTÁDIO Nos anos 50, os jornais criaram a figu-
candidatos, sendo que o vencedor foi
para relacionar o Inter como o time do
positor, ele morava em Porto Alegre
ra de um negro com camisa colorada
povo. Com o tempo, o personagem se tornou o Saci, que hoje se caracteriza
como mascote do clube. No final da década, o Internacional sentiu neces-
sidade de ter uma canção formal de celebração dos sentimentos colora-
dos. O clube, então, decidiu fazer um concurso para a escolha do hino, que
desde 1943, quando veio em turnê
com um grupo e se apaixonou pela
cidade. A composição do Celeiro de Ases ocorreu após um jogo em que o
Inter perdia para o Aimoré por 3 a 0, em 1957. Após a partida, Silva sen-
tou em frente à máquina de escrever e criou as estrofes de louvação ao clube.
Tesourinha retira as redes após o último jogo, em março de 1969
Fotos: Arquivo histórico Sport Club Internacional
contou com a participação de muitos
o carioca Nélson Silva. Cantor e com-
16
Equipe completa na despedida do Eucaliptos, em 1969
Transformação
DO EUCALIPTOS AO NOVO BEIRA-RIO
O último jogo no Estádio dos Eucaliptos foi disputado em 26 de março de
1969, quando o Inter ganhou do time mais antigo do país, o gaúcho Rio Grande, por 4 a 1. O velho ídolo Tesourinha, aos 47 anos, entrou no final da partida, jogou alguns minutos e, após
o término, arrancou a rede de uma das goleiras como recordação, ao som da
“Valsa do Adeus”. Nos 38 anos de Eucaliptos, o Colorado ganhou 16 dos seus 44 títulos regionais, além de ter
vencido 15 dos 24 Campeonatos Porto-Alegrenses.
a venda do estádio e o clima de mudança na cidade como uma oportunidade única de lançar um projeto diferenciado, a incorporadora arrematou o terreno. A intenção era contribuir com a evolução do Menino Deus e, ao mesmo tempo, resgatar a história da região e preservar a memória do Estádio dos Eucaliptos, que foi vital na transformação do bairro. O montante da venda foi utilizado pelo Inter para concretizar as obras de modernização do Beira-Rio, a fim de adaptá-lo às exigências da Federação Internacional de Futebol
Em 2008, os conselhos Consultivo e
(Fifa). Com as melhorias promovidas,
ram a autorização de venda do Eu-
numeradas, área de lazer, entre outras,
2010. Um leilão foi realizado e, entre
lhidos para sediar a Copa do Mundo
ck Even foi a vencedora. Entendendo
cinco jogos do Mundial.
Deliberativo do Internacional aprova-
que incluíram nova cobertura, cadeiras
caliptos, concretizada em agosto de
o Beira-Rio foi um dos estádios esco-
as 11 empresas participantes, a Melni-
de 2014. No local, foram realizados
Títulos ER A
D O
EU C A L IPTOS
1934 a 1955 – Campeão da cidade de
Porto Alegre por 15 vezes
1934 – Campeão Gaúcho 1940 – Campeão Gaúcho
1941 – Bicampeão Gaúcho
1942 – Tricampeão Gaúcho
1943 – Tetracampeão Gaúcho
1944 – Pentacampeão Gaúcho 1945 – Hexacampeão Gaúcho 1947 – Campeão Gaúcho
1948 – Bicampeão Gaúcho 1950 – Campeão Gaúcho
1951 – Bicampeão Gaúcho
1952 – Tricampeão Gaúcho
1953 – Tetracampeão Gaúcho 1953 – Campeão do Torneio
Quadrangular Régis Pacheco (Bahia)
1955 – Campeão Gaúcho 1961 – Campeão Gaúcho
1969 – Bicampeão Gaúcho
REFERÊNCIAS OSTERMANN, R. A. Meu Coração é Vermelho. Porto Alegre: Mercado Aberto, 1999. 154 p. REVISTA GOOOL. Porto Alegre: Cycnus, ed. 141, 2009. SPORT CLUB INTERNACIONAL. Disponível em: < http://www.internacional.com.br/conteudo?modulo=1&setor=1&secao=191 >. Acesso em 24 jun. 2015. SPORT CLUB INTERNACIONAL. Disponível em: < http://www.internacional.com.br/conteudo?modulo=1&setor=1&secao=345&subsecao=114 >. Acesso em 25 jun. 2015.
17
Rolo Compressor O histórico time colorado da era Eucaliptos
N
a década de 40, o Internacio-
opções e podia selecionar os melho-
do Rolo era mesmo Carlitos, Tesourinha, Al-
futebol gaúcho com a forma-
zação do clube, que passou a pagar
perdeu o campeonato de 1946. Em 42, bateu
nal assumiu a supremacia no
ção de um time extremamente ofensi-
vo, denominado Rolo Compressor. O
nome foi criado por Vicente Rao, que
foi jogador do clube na década de 20, rei momo de Porto Alegre por 22 anos
e se tornou um insuperável animador de torcida, além de ter criado as pri-
meiras escolinhas de futebol do Inter. O time surgiu após a chegada à presi-
dência de Hoche de Almeida Barros, conhecido como Rocha. Houve cerca
de quatro ou cinco rolos, de 1940 a
1948, em que foram conquistados oito dos nove campeonatos estaduais. A
primeira formação contou com um nome que deflagrou o restante: Car-
litos, o maior goleador da história do futebol do Rio Grande do Sul, com 485 gols marcados.
A superioridade do Inter se devia à
inserção de negros no grupo a partir de 1928, prática adotada pelo Grêmio apenas em 1952. Como não tinha res-
trições, o Colorado contava com mais
18
res jogadores. Com a profissionali-
bonificações, atletas de classe média baixa também puderam aceitar convi-
tes para atuar. Ainda assim, o salário não era elevado e muitos mantinham
outros empregos. Por isso, os treinos ocorriam aos finais de tarde, para que
os jogadores que trabalhavam de dia
pudessem participar. Naquela época,
ainda não havia tanta preocupação com preparo físico e a concentração ocorria apenas em dias de jogos im-
portantes, no Hotel Cassino, em Belém Novo.
Uma das formações mais marcantes,
ainda que disposta no antigo sistema
clássico de dois zagueiros, uma linha média de três e um ataque com cinco
– dois pontas, dois meias e um centroavante – foi o Rolo Compressor de
1942. A equipe contava com o golei-
ro Ivo Winck, os dois zagueiros Alfeu e Nena, os três médios Assis, Ávila e
Abigail e o ataque de Tesourinha, Rus-
sinho, Villalba, Rui e Carlitos. O núcleo
feu e Nena. O time atuou de 1939 a 1950 e só
o recorde gaúcho e brasileiro com 108 gols na temporada.
Ainda nos anos 40, o Internacional teve um
retrospecto avassalador contra o rival: em 28 Grenais venceu 19, empatou cinco e
perdeu quatro, marcando 87 gols e levando 49. Em 1945, conquistou o hexacampeona-
to estadual (de 1940 a 1945), sendo que em 1942, 1943 e 1945 de forma invicta. O
título inédito de hexacampeão gaúcho foi conquistado na Timbaúva, estádio do For-
ça e Luz, jogando contra o Pelotas. A partir de então, o apelido de Rolo Compressor
ganhou fama e os grandes clubes do eixo Rio-São Paulo apareciam com propostas milionárias, mas os jogadores se recusa-
vam a sair de Porto Alegre. O grupo era
como uma grande família, adorada pelos torcedores e também pela imprensa. O
time mais ofensivo de todos os tempos já surgido no Rio Grande do Sul durou praticamente toda a década de 40 e teve como
sucessor o Rolinho, comandado pelo inesquecível Teté, nos anos 50.
Fotos: Arquivo histórico Sport Club Internacional
O Rolo Compressor (time do Internacional) na década de 40. De pé, a partir da esquerda: Pedrinho, Mascrinha, Pirillo, Alfeu, Carlitos, Risada e Brandão. Agachados: Tesourinha, Russo, Rui e Rubens
19
Formações e conquistas 1939
Iniciou-se a formação do primeiro
1942
Rolo Compressor, que contava
Ricardo Diez, que passou a focar
com Júlio, Alfeu e Risada; Brandão
na preparação física do Rolo. Des-
(Nenê), Magno e Levi; Tesourinha,
cobriu o zagueiro Nena, que foi
Ruy, Acácio, Castilhos e Carlitos.
contratado, assim como o goleiro
Pirillo também estava na equipe,
Ivo e o meia Abigail. Por iniciativa
mas foi vendido ao Penharol.
do técnico, foi criado o Departa-
1940
Entraram Assis no lugar de Brandão e Pedrinho no de Levi, além de Marques como atacante no lugar de Pirillo. Os demais oito foram mantidos. O campeonato estadual foi conquistado após duas vitórias, por 4 a 1 e 2 a 1, diante do Grêmio Bagé.
Foi contratado o técnico uruguaio
mento Médico. Russinho não gostou do novo método de trabalho, não participou da pré-temporada, perdeu a titularidade e anunciou que largaria o futebol. Sócios e diretoria ficaram a seu favor e Diez acabou pedindo demissão. Foi substituído por Orlando Cavedini. No estadual, o time venceu o Floriano por 10 a 2 e 4 a 1.
1941
Houve duas grandes contratações:
1943
Russinho decidiu largar o futebol
1945
1946
o centromédio Ávila, do Brasil de
e seguir carreira como advogado.
Pelotas, e o centroavante argen-
Continuou, como conselheiro,
Totó, Hormar e os uruguaios Cacho
rendimento devido ao desgaste. O
tino Villalba. O atacante Brandão
participando da vida política do
Perez e Eduardo Volpi. O goleador
Inter contratou o técnico argentino
também voltou ao clube. O Inter
clube. Em seu lugar entrou Joane,
Villalba foi para o Palmeiras e, em seu
Carlos Volante, o que não impe-
ganhou novamente o estadual,
trazido de São Paulo. As finais do
lugar, veio Adãozinho, jovem aspiran-
diu a derrota para o Grêmio no
com vitórias de 9 a 2 e 6 a 2 sobre
estadual foram contra o Guarani
te que faria história. O Inter procurava
estadual.
o Rio Grande.
de Cachoeira, sendo que o Inter ganhou por 3 a 0 e 7 a 1.
20
Foram contratados Hermínio Brito,
um substituto para Assis, que havia descuidado do preparo físico, e trouxe do Grêmio o meia Ivo Aguiar.
O time apresentou queda no
1947
1948
1949
no ano anterior, acrescida do re-
Rolo Compressor começou com
co encerrou a geração de craques
torno de Villalba, do argentino Fan-
a vitória histórica de 7 a 0 sobre o
do Rolo e uma década de vitórias,
diño e da efetivação de Ilmo como
Grêmio na disputa do Metropolita-
dando lugar ao Rolinho.
titular, conquistou o estadual. Em
no. Depois, ganhou de 2 a 1 e 5 a
decisão acirrada, o grupo venceu
1 do Grêmio Santanense, con-
o Floriano de Novo Hamburgo por
quistando o estadual. O time era
1 a 0 na prorrogação.
composto por Ivo, Nena e Ilmo;
A mesma equipe base que perdeu
O último ano de conquistas do
Alfeu, Viana e Abigail; Tesourinha, Villalba, Adãozinho, Fandiño e Carlitos.
A venda de Tesourinha para o Vas-
REFERÊNCIAS SPORT CLUB INTERNACIONAL. Disponível em: < http://www.internacional.com.br/conteudo?modulo=1&setor=1&secao=4 >. Acesso em 25 jun. 2015.
21
Copa do Mundo no Eucaliptos
22
Fotos: Ed Keffel
A
Copa do Mundo de 1950, pri-
doação de material e mão de obra para
sediada em seis estádios e
O gramado foi cercado por tela e am-
meira realizada no Brasil, foi
contou com a participação de 13 seleções em 22 jogos. Desses, dois foram
disputados no Estádio dos Eucaliptos.
Na época, Porto Alegre não possuía a infraestrutura necessária para rece-
ber partidas desse porte, nem havia
estádio que atendesse aos critérios mínimos exigidos pela Federação Internacional de Futebol (Fifa). Com a
promessa da Confederação Brasileira de Desportos (CBD) de que a cidade receberia jogos da Copa, o Cruzeiro, com seu Estádio da Montanha, e
o Internacional, com o Eucaliptos, se
candidataram para sediar as partidas.
Após reuniões, foi feita a opção pelo estádio do Inter.
concretizar as melhorias no Eucaliptos. pliado nos dois sentidos, passando a medir 108 metros de comprimento e
72 metros de largura; dois túneis para o acesso dos jogadores ao campo fo-
ram construídos; postes de iluminação foram instalados, bem como cabines para a imprensa. Foi feita, ainda, uma arquibancada de concreto e derrubada a antiga, de madeira, o que elevou
a lotação máxima do estádio de 10 mil para cerca de 35 mil torcedores, conforme exigência da Fifa.
A inauguração do novo Eucaliptos, que ocorreu como evento-teste para a
Copa, foi em 25 de junho de 1950, com um grande festejo e amistoso contra o Grêmio. Houve desfiles de atletas dos
Originalmente, a capital gaúcha rece-
departamentos esportivos do Inter,
e França, França e Bolívia, e Bolívia e
ronáutica. Também foram conduzidas
de vir à Copa, reclamando das gran-
clubes da primeira divisão do futebol
um jogo e outro no Brasil. A partida
turnino Vazelotti, ofereceu um cartão
disputada em Belo Horizonte, e Porto
nacional, que retribuiu o agrado. Em
co, contra Iugoslávia e Suíça.
guração da reforma e, primeiramente,
A CBD, então, solicitou que o Inter re-
ter contra o São José. Venceu a equipe
beria três jogos do Mundial: Uruguai
puxados pela banda musical da Ae-
Uruguai. A França, entretanto, desistiu
bandeiras dos órgãos esportivos e dos
des distâncias que percorreria entre
gaúcho. O presidente do Grêmio, Sa-
entre Bolívia e Uruguai acabou sendo
de prata como homenagem ao Inter-
Alegre ficou com dois jogos do Méxi-
seguida, houve o corte da fita de inau-
alizasse adequações, principalmente para alteração nas dimensões do gra-
mado e ampliação da capacidade do estádio. A prefeitura contribuiu com
foi realizado um jogo dos juvenis do In-
colorada, que recebeu a taça Manoel Osório da Rosa. Depois, no Grenal, o
Grêmio ganhou por um a zero, com gol marcado por Ariovaldo.
Troca de flâmulas entre os jogadores de Iugoslávia e México
23
O evento foi considerado um sucesso
menos de 3.500 torcedores acompa-
meiro jogo da Copa no Estádio dos
Mundial. A seleção mexicana teve que
quarta-feira, jogaram as seleções do
Porto Alegre, pois o árbitro considerou
parte do grupo do Brasil, com a Suí-
México e da Suíça, exigindo a troca da
facultativo em Porto Alegre e o comér-
realizado, então, um sorteio no estilo
precisasse trabalhar naquela manhã,
do campo. O México venceu e cedeu
que ansiava por acompanhar o jogo
camiseta, vermelha como a dele mas
de 11.078 pessoas. A partida terminou
esquerdo. Como a seleção mexicana
e, três dias depois, começava o pri-
nharam a partida, o menor público do
Eucaliptos. No dia 28 de junho, uma
jogar com o uniforme do Cruzeiro de
México e da Iugoslávia, que faziam
pequena a diferença entre as cores do
ça. O serviço público decretou ponto
vestimenta de uma das equipes. Foi
cio também aderiu, para que ninguém
cara ou coroa para decidir o mando
o que foi festejado pela população,
o direito de a Suíça jogar com sua
do Mundial. O público no estádio foi
com uma vistosa cruz branca no lado
em 4 a 1 para a Iugoslávia, que depois
não contava com uniforme reserva,
acabou sendo eliminada pelo Brasil no Maracanã, em 1º de julho, por 2 a 0.
O segundo jogo da Copa no Eucaliptos ocorreu em 2 de julho, quando
precisava atuar com camisetas de um
dos clubes locais. O Inter não poderia emprestar o seu, pois também era vermelho; o Grêmio também não, pois sua sede era longe do local do jogo.
Iugoslávia 4 x 1 México 28/06/1950
Iugoslávia
Time: Mrkusic, Horvat, Stankovic, Zeljko Cjakovski, Jovanovic, Djajic, Mihajlovic, Mitic, Tomasevic, Bobek e Zlatko Cjakovski Técnico: Milorad Arsenijevic
México
Time: Carbajal, Gutierrez, Gomez, Ortiz, Cuburu, Roca, Septien, Naranjo, Casarin, Perez e Velasquez Técnico: Octávio Vial
Árbitro: Reginald Leafe (Inglaterra)
Assistentes: Gunnar Dahlner (Suécia) e Karel van der Meer (Holanda)
Gols
Iugoslávia: Bobek (aos 20 min), Zeljko Cjakovski (aos 23 min), Zeljko Cjakovski (aos 51 min) e Tomasevic (aos 81 min) México: Ortiz (aos 89 min, de pênalti) Público: 11.078 pessoas
24
Fotos: Ed Keffel
Suíça 2 x 1 México 02/07/1950
Suíça
Foi escolhido o uniforme do Cruzeiro,
A Copa de 1950 foi a única decidida
ao Eucaliptos, cuja camiseta tinha lis-
sil, após vencer Espanha e Suécia,
localizado no bairro Azenha, próximo
tras verticais em azul e branco. Além
da distância menor, também contribuiu para a escolha a proximidade do ani-
Time: Hug, Neury, Bocquet, Lusenti, Eggimann, Quinche, Tamini,
versário do Cruzeiro, que completaria
Técnico: Franco Andreoli
rior, mexicanos e cruzeiristas já haviam
México
trangeira convidada a visitar o Estádio
Antenen, Friedlaender, Bader e Fatton
37 anos em 14 de julho. No dia anteestreitado laços, com a delegação es-
Time: Carbajal, Gutierrez, Roca, Gomez, Ochoa, Ortiz, Naranjo,
da Montanha. O clube porto-alegrense
Técnico: Octávio Vial
misa usada em uma Copa. A simpatia
Árbitro: Ivan Eklind (Suécia)
cha. O México foi a única seleção a
Flores, Casarin, Borbolla e Velasquez
foi o segundo do Mundo a ter sua camexicana se refletiu na torcida gaú-
Assistentes: Gunnar Dahlner (Suécia) e Sergio Bustamante (Chile)
jogar duas vezes em Porto Alegre e,
Gols
beu a preferência do público no jogo
Suíça: Bader (aos 10 min) e Antenen (aos 44 min) México: Casarin (aos 89 min) Público: 3.580 pessoas
mesmo goleado pela Iugoslávia, rece-
contra a Suíça. Apesar da torcida, os suíços venceram os mexicanos por 2
a 1, mas depois foram eliminados pelo Uruguai por 3 a 2.
em um torneio quadrangular. O Braperdeu o último jogo e o título quando
precisava apenas empatar com o Uruguai, que tinha vencido os suecos mas
empatado com os espanhóis. No dia 16 de julho, 200 mil pessoas foram ao
Maracanã acompanhar a final. O primeiro tempo ficou em 0 a 0. No segundo, a seleção do Brasil saiu na frente
com gol de Friaça, aos dois minutos. O Uruguai, porém, conseguiu fazer dois gols e acabou com a alegria dos
brasileiros, que almejavam conquistar a taça na primeira Copa do Mundo em
casa. O episódio entrou para a história do futebol como Maracanaço, uma das maiores zebras de todos os tempos.
REFERÊNCIAS FEDERAÇÃO INTERNACIONAL DE FUTEBOL. Disponível em: < http://www.fifa.com/worldcup/matches/round=208/match=1225/index.html#overview#nosticky>. Acesso em 24 jun. 2015.
25
Foto: Acervo do Museu do Grêmio Foot-Ball Porto Alegrense
GRE
26
Grenal 152 no estádio Eucaliptos – Internacional 0 x 3 Grêmio
NAIS
Estádio foi palco de grandes clássicos
O
futebol é uma paixão dos
so, Domingos, Artigas, Coró e Nenê. A
maior clássico esportivo dos
vel, Penha, Miro, Risada, Ribeiro, Mag-
brasileiros, e o Grenal é o
gaúchos. Desde a fundação do Internacional, no começo do século pas-
sado, os dois maiores times do Rio Grande do Sul passaram a se enfren-
tar, tornando o Grenal um marco para as duas torcidas. Nos dias desses jo-
gos, gremistas e colorados se reúnem com amigos e familiares para torcer
pelo time do coração e se vangloriar no caso de vitória contra o rival.
O Internacional é o time que mais venceu Grenais disputados no Estádio dos Eucaliptos. Dos 54 jogos realizados entre 1931 e 1968, foram 24
vitórias do Inter, 22 do Grêmio e 8 em-
pates. O primeiro clássico no estádio ocorreu em 15 de março de 1931, na
inauguração do Eucaliptos, com vitó-
ria por 3 a 0 do Inter. No amistoso de abertura, Javel marcou os três gols no time do Grêmio, formado por bons
jogadores como Lara, Luiz Carvalho
e Foguinho. O Tricolor contava ainda com Sardinha, Sardinha II, Dario, Rus-
escalação do Inter trazia, além de Jano, Moreno, Nenê, Ross, Honório e
Ricardo. Na ocasião, o Colorado rece-
beu uma taça pela vitória sobre o rival. Grenais amistosos eram continuamen-
te realizados na época. Em 1947, por exemplo, houve excesso de disputas entre as equipes, tornando o clássi-
co trivial, pois havia jogo entre Inter e Grêmio todos os domingos. Depois de algum tempo, os Grenais passaram a ocorrer apenas em campeonatos ou
em alguma comemoração. O Grêmio
contou com um ataque que marcou época. Em 1932 e 1933, o quinteto formado por Laci, Artigas, Luiz Carvalho, Foguinho e Nenê avançava sobre
os adversários. Na década de 40, en-
tretanto, o Inter assumiu a hegemonia
nos clássicos com o Rolo Compressor, com craques como Tesourinha, Rus-
sinho, Vilalba, Rui e Carlitos. De 40 a 45, os times se enfrentaram 28 vezes,
sendo que o Inter ganhou 19, empatou cinco e perdeu quatro.
27
Foto: Rudi Schwantes
Grenal 147
O maior número de gols feitos em
No Eucaliptos ocorreram algumas das
Eucaliptos também é do Inter: foram
no clássico 59, quando o Inter venceu
Grenais disputados no Estádio dos
98 gols colorados e 84 do Grêmio. É também colorado o maior artilheiro da
história dos clássicos, o inesquecível
Carlitos. O atacante marcou 42 gols em 62 clássicos disputados. Ao lado do mítico Tesourinha e do oportunista Adãozinho, formou talvez o maior ataque do Inter em todos os tempos, no
Rolo Compressor. Jogador da década de 1930, o atacante gremista Luiz Carvalho, com 17 gols em 29 clássicos, é
considerado o maior artilheiro do time em Grenais.
maiores goleadas em Grenais, como
o Grêmio por 5 a 2. Em 13 de agosto de 1939, o time colorado era compos-
to por Pirillo, Carlitos, Risada, Alfeu, Rui, Levi, Magno, Castilho e Júlio. Já
no Grenal 153, o Grêmio fez 5 a 1 no Inter. O jogo ocorreu em 21 de agosto de 1960, em que o Tricolor jogou com
nomes como Ortunho, Vieira, Milton, Juarez, Gessy e Airton Pavilhao. O último Grenal no Estádio dos Eucalip-
tos ocorreu em 12 de maio de 1968,
quando o jogo acabou empatado em 1 a 1.
Primeiro gol de Larry em Grenais, na decisão do campeonato de 1954, no estádio dos Eucaliptos Internacional 3 x 1 Grêmio
28
29
30 Foto: Larry - arquivo pessoal
Larry “
“O Eucaliptos foi a minha casa no Rio Grande do Sul”
Sou natural de Nova Friburgo (RJ),
de cima. O público entrava por bai-
A simplicidade no contato com o pú-
ma amadora. O Fluminense me viu
campo, as pessoas também ficavam
parado na rua. A Maria Luíza (esposa)
onde comecei jogando futebol de forjogando e me convidou para atuar no
clube. Mas eu estava focado no vesti-
bular e só quando fui ao Rio de Janeiro prestar as provas é que compareci ao
clube, que estava me esperando. Fi-
quei no Fluminense por quatro anos, até receber a proposta do Inter para
vir a Porto Alegre, em 1954. Por mais de um ano morei no Estádio dos Eu-
caliptos, onde ficavam os jogadores vindos de outros estados. A estrutura era precária, sem nenhum conforto. Os
dormitórios ficavam abaixo das arquibancadas; no banheiro não havia chu-
veiro elétrico, apenas um cano, com água fria para o banho. Foram meus colegas de quarto jogadores como Bodinho, Chinesinho e Salvador. Este,
pela altura avantajada, não cabia na
cama e precisava colocar os pés em um caixote para dormir.
Apesar das dificuldades, lembro com carinho da época em que o convívio
com colegas e vizinhos tornava o
ambiente quase familiar. Antes dos jogos, o grupo se concentrava no Eu-
caliptos. O setor em que os jogadores ficavam era de frente pra rua, na parte
xo e podia interagir com a gente. No mais próximas dos atletas. Os vizinhos do estádio e torcedores conver-
savam com os jogadores e inclusive nos convidavam pra comparecer em almoços, jantares e mesmo aniversá-
rios. E eu ia, mesmo que fosse fora
da Capital, como em uma ocasião em que fui a um aniversário em São Sebastião do Caí.
O futebol naquela época era diferente. Tinha uma coisa gostosa, as pessoas se envolviam muito. Eu conversava
com todo mundo, ia na casa das pessoas. Havia uma intimidade, que era um componente importante na nossa
vida, e que hoje em dia seria quase impossível. O contexto do futebol pro-
duzia esse tipo de relacionamento. Era uma simplicidade, não se transformava o jogador de futebol em alguém in-
tocável, era completamente diferente. Só guardo boas lembranças dessa época. O Eucaliptos foi a minha casa no Rio Grande do Sul. Lá nós éramos
como se fosse uma família. Foram mo-
mentos maravilhosos da minha vida, pois tive uma convivência fantástica com várias pessoas.
blico mantenho até hoje, quando sou carrega na bolsa cartões feitos pelo Inter, onde constam a inscrição ‘Ídolos Eternos’, que eu autografo e en-
trego a quem quiser uma lembrança.
Outra precaução dela é levar sempre caneta para uso em tecido, no caso de algum fã desejar a assinatura na camiseta.
Mesmo não jogando mais, sempre me mantive presente na vida do Inter. Tive
contato com jogadores importantes da era atual, como Fernandão e D’Ales-
sandro, que são pessoas simples. Têm alguns jogadores que, pelo fato
de aparecerem na televisão, no jornal, acham que têm que se tornar importantes. Eu, talvez pela minha estrutura
familiar, pois minha família sempre foi humilde, nunca tive isso. Sempre via que aquilo ali era um componente da minha vida como jogador. O fato de
eu ser conhecido não me dava o direito de agir como bem entendesse. Por que eu devo fazer isso? Por que eu não tenho que tratar as pessoas da
”
mesma maneira que elas me veem? Elas estão vendo o Larry jogador, não estão interessadas no resto.
31
“Entre as lembranças de jogos, um
deles tem lugar especial na minha me-
mória. Em um domingo de partida no
Eucaliptos, minha filha nasceu. Maria Luíza estava grávida e chamou uma
moça do atletismo do clube para al-
que me emocionou. Eu saí de campo e chorei, pois foi uma das coisas mais gratificantes que vivi. Os jogos no Eucaliptos ocorriam
moçar lá em casa. Chegando lá, ela
tanto durante a semana quanto nos
casa. A vizinha avisou que ela havia
na, normalmente as partidas eram
deduziu que ia para o hospital. A atle-
Paulo e Rio de Janeiro. Nos finais
momento em que me preparava para
como Grenais. Lembro que esses
mação, acabei discutindo com o juiz e
vel, devido à qualidade de ambas
a tempo de ver Zilda Maria chegar ao
importantes, para mim, foi o clássi-
percebeu que a Luíza não estava em
finais de semana. No meio da sema-
saído de mala com a mãe, de táxi, e
contra times de fora, como de São
ta foi até o estádio e me avisou, no
de semana, ocorriam jogos locais
entrar em campo. Nervoso com a infor-
jogos eram duros, de altíssimo ní-
fui expulso. Corri então para o hospital,
as equipes. Uma das partidas mais
mundo.
co que deu o título do Campeonato
O jogo em que errei dois pênaltis, perdendo o Campeonato Gaúcho de 1958
para o Renner, e ainda assim fui aplau-
dido pela torcida, foi o momento mais fantástico da minha vida. O campo estava molhado e escorreguei na hora
de acertar a bola. Apesar da frustra-
32
ção, recebi o apoio dos colorados, o
Citadino ao Inter, no final de 1955. O Colorado venceu por 3 a 1, com gols de Bodinho (2) e Jerônimo. O grande jogador do Inter na época, para mim, foi Oreco, que era lateral mas atuava em qualquer posição quando necessário.”
Foto: Larry - arquivo pessoal
Jogos marcantes
Amizade e homenagem “Além das boas recordações sobre os momentos em campo, carrego tam-
bém a amizade com alguns colegas. Uma delas me rendeu até homena-
gens. Ensinei o centroavante Flávio
Estilo e conquistas “Eu era chamado de ‘Cerebral’, pois
Pan-Americano, o placar foi 7 a 1 para
e a capacidade intelectual para plane-
Chinesinho e outro de Bodinho. A final
olhava para um lado e jogava a bola
te por 2 a 2, o que foi suficiente para
Internacional foram importantes, sem
Teté, campeão invicto do Pan-Ameri-
sempre utilizei a habilidade com os pés
contra a Argentina terminou em empa-
pro outro. Para mim todos os jogos do
consagrar o time do treinador colorado
dúvida alguma. Mas o Pan-Americano
cano do México.)
tas que tive como jogador e uma das
mais importantes do futebol brasileiro de todos os tempos, pelas circunstâncias. (A equipe brasileira, formada em
grande parte por jogadores do Inter, foi para o Pan em que a Argentina, que estava com a equipe principal e havia
ganhado o campeonato anterior contra o time principal do Brasil, se considerava favorita. A seleção gaúcha,
entretanto, foi o centro das atenções.
O time estreou com vitória de 2 a 1 so-
bre o Chile. Em um jogo contra a Costa Rica, até então a grande surpresa do
de, que tinha um potencial enorme e precisava de orientação. E eu dei essa orientação.
Almeida da Fonseca, mais conhecido
Quando foi jogar na Europa, ele se
O conhecimento foi passado adiante
e deu a ele o nome de Larry. Depois,
quando foi jogar no Rio. Flávio não ti-
temente nos encontramos com Flávio,
tar a nossa casa. Ele jogava na mesma
tenho uma notícia pra te dar: me casei
bol, se você joga na mesma posição
teve um filho homem, de novo, e botei
jogar no lugar do outro. Eu não fazia
esse reconhecimento.”
como Flávio Bicudo, a marcar faltas.
casou com uma alemã, teve um filho
por ele, que ensinou a técnica a Zico,
voltou a jogar em São Paulo. Recen-
nha família, então começou a frequen-
que veio com outra surpresa. ‘Larry,
posição que eu e, geralmente, no fute-
de novo em São Paulo, minha mulher
já pensa que o cara está querendo
teu nome, de novo’. Foi emocionante
o Brasil, com três gols de Larry, três de
jar jogadas e enganar o adversário. Eu
de 1956 foi uma das grandes conquis-
isso. Via que ele era um rapaz humil-
No retorno a Porto Alegre, a equipe foi recepcionada por uma multidão de
torcedores. Fomos recebidos também pelo vice-presidente da República, João Goulart, no Rio de Janeiro, e no
Palácio do Catete vimos o presidente Juscelino Kubitschek e entregamos o
Jarrito de Ouro. Após o campeonato, fui convocado pela Seleção, junto com
Oreco, e participei de jogos pela Europa. Recém-casado, após passar cerca de um mês no México, fiquei apenas
uma noite com a esposa e em seguida embarquei para a Europa, onde passei mais 40 dias.”
33
II
HISTÓRIA
Kenny Braga
“
Eucaliptos: uma grande história O velho estádio do Internacional, o dos
e 1950. Nos anos de 1940, o famoso
referência ao presidente do Interna-
no Deus, foi, durante 38 anos de apro-
praticamente invencível, conquistando
sima homenagem ao engenheiro que
e do Estado. E, na década de 1950,
lizado o sonho da construção do novo
do de Francisco Duarte Junior, o Teté,
quadrados, entre as ruas Silveiro, Ba-
Teté foi o técnico da Seleção Brasileira,
Barão de Guaíba. O clube gastou na
Pan-Americano realizado no México,
parcelados. Meneghetti foi presidente
o Internacional conquistou o apreço de
nando-se mais tarde patrono do clube,
‘Clube do Povo’. Multidões que, aos
nador do Estado.
Eucaliptos, localizado no bairro Meniveitamento efetivo pelo clube, palco de grandes conquistas coloradas. Os
eucaliptos transplantados do estádio
anterior do Inter, no bairro da Azenha,
comprado em 1912, só espalharam energias positivas nas arquibancadas e no gramado. Tão positivas que já na
sua inauguração, em 1931, assinalada pela realização de um Grenal, o
Internacional venceu por 3 a 0, com
gols do meia-direita Javel Moraes Silveiro, coincidentemente homônimo da
rua do novo estádio. Oswaldo Rolla,
ex-jogador e ex-técnico do Grêmio, que participou do jogo inaugural do estádio, lembrou em entrevista para o jornal Zero Hora, publicada em 5 de março de 1969, que naquele clássico Javel estava endiabrado.
A história do Internacional no Eucaliptos seria marcada, até o final dos anos 60 do século passado, por momentos
consagradores do futebol do clube,
principalmente nas décadas de 1940
34
time do Rolo Compressor se tornou
cional no ano da inauguração. Justís-
os títulos de hexacampeão da cidade
empenhou seu prestígio para ver rea-
o time do Internacional, sob o coman-
estádio, numa área de 20 mil metros
também assustava seus adversários.
rão do Cerro Largo, Campos Cartier e
representada por gaúchos, campeã do
transação 220 contos em pagamentos
em 1956. Com tantas vitórias e títulos,
do Internacional de 1929 a 1934, tor-
multidões, passando a denominar-se
vereador, prefeito da Capital e gover-
domingos, encantavam-se com as
Desde o início da construção do Está-
atuações de jogadores extraordinários
como Alfeu, Nena, Ávila, Tesourinha,
Russinho, Rui, Carlitos, Oreco, Salvador, Bodinho, Larry, Rui, Odorico e tantos outros.
Construção e reformas
dio dos Eucaliptos o clube contou com a ajuda indispensável de Meneghetti, que inclusive cedeu a maquinaria da firma na qual se associara, a Dahne,
Mazzi e Cia, para a movimentação de terra. Em reformas posteriores, também ajudou. Compartilhou o esforço
O templo do futebol colorado na rua
de outro dirigente abnegado do clube,
dos Eucaliptos, mas seu nome oficial,
truiu o pavilhão social do estádio, todo
Silveiro era conhecido como Estádio
Abelard Jacques Noronha, que cons-
entretanto, era Ildo Meneghetti, em
de concreto, em 1943. Sem essa e ou-
tras obras, o Eucaliptos não teria condi-
sua receita destinava-se à construção
foi anunciada a substituição de Urruz-
Mundo de 1950, disputados em Porto
tunidade de se projetar nacionalmente
nas arquibancadas e não importava
ções de abrigar dois jogos da Copa do Alegre.
Nas quase quatro décadas em que o Internacional mandou seus jogos no
Eucaliptos, o estádio ganhou novas
acomodações, com o aporte de recursos obtidos de diversas formas, inclusive com a campanha de venda de
títulos pagos mensalmente. E grandes
presidentes participaram desse esforço comum, como Meneghetti, Abelard
Jacques Noronha, Afonso Paulo Feijó, Gildo Russowsky, Frederico Arnaldo
Balvê e José Alexandre Záchia. Além do apoio da direção, na época o clube
teve também torcedores apaixonados como Vicente Rao, que em 1940 criou
o Departamento de Propaganda e Cooperação, a primeira torcida organizada no Rio Grande do Sul.
Talentos e despedida Nos anos 60, com exceção de 1961
e 1969, o Internacional ficou carente de títulos, já que a maior parte de
do Beira-Rio. Mas não perdeu a oporcom a participação no Torneio Roberto Gomes Pedrosa e depois na Taça de Prata. E também soube valorizar jovens talentosos que vestiram pela primeira vez a camisa vermelha no gramado do Eucaliptos, como Bráulio,
Dorinho, Claudiomiro, Sergio Galocha, Scala, Sadi, Pontes e Tovar. Após a
inauguração do Beira-Rio, dia 4 de abril de 1969, o talento desses jovens
teria mais espaço para brilhar num time
reforçado por jogadores recém-contratados em outros estados, como o ponteiro-direito Valdomiro Vaz Franco.
Poucos dias antes da inauguração do Beira-Rio, a torcida despediu-se do Eucaliptos num amistoso do Internacional com o Rio Grande, convidado pelo
presidente Carlos Stechmann. O clube mais antigo do Rio Grande do Sul foi
derrotado por 4 a 1. Mas os gols não
foram tão emocionantes como a surpresa da festa de despedida do estádio, quando, aos 69 minutos do jogo,
mendi por Tesourinha. Foi um delírio
ao torcedor saber se o craque fora de
série do Eucaliptos nos anos 40 tinha
ou não fôlego e pique para driblar seus marcadores. Ao final da partida, ele
e Carlitos, outro monstro sagrado do time do Rolo Compressor, retiraram a
rede de uma das goleiras. E foi cantada a Valsa do Adeus, emocionando a todos os presentes, principalmente Stechmann, que ajudou muito para que
o time, sob o comando de Daltro Menezes, reconquistasse em seguida o título gaúcho em 1969. O presidente contava com a valiosa colaboração do seu vice
de futebol, Aldo Dias Rosa, que se cercou de colaboradores talentosos, como
Ibsen Pinheiro, Paulo Portanova, Clau-
dio Cabral, Hugo Amorim e Ivo Corrêa Pires.
Os 38 anos de atividade profissional do futebol do Internacional no Eucaliptos
”
são indissociáveis da história do clube
e da cidade de Porto Alegre, em evolução permanente.
35
II
HISTÓRIA
Lauro Quadros
“
Um repórter no Eucaliptos Não há dúvida de que o ponto mais
Alcindo e Volmir, time base do título
não havia entrevistas coletivas, por
sor, mas eu era uma criança (nasci em
1966, no Chile, quando o Rio Grande
os jogadores estavam nus, alguns ta-
alto do Eucaliptos foi o Rolo Compres1939). Ivo, Alfeu e Nena; Assis, Ávila
e Abigail; Tesourinha, Villalba, Adãozinho, Bóris e Carlitos: o Rolo Compressor. Mas houve, também, o grande
time da década de 50, conhecido como Rolinho, que foi tetracampeão gaúcho em 53 e novamente campeão em 55:
do Sul, treinado por Carlos Fröner, representou o Brasil.
O Eucaliptos foi palco de Grenais históricos. Lembro de uma goleada do Inter
no começo da década de 50, com a vi-
tória do Colorado por 5 a 1, com o time
La Paz, Florindo e Oreco; Paulinho,
do Rolinho. Mas houve épocas de vitó-
nho, Larry, Jerônimo e Chinesinho (ou
em fases intercaladas. Na década de
goleadas do time do Teté, inclusive em
do Internacional e depois de liderança
peão do Pan-Americano do México, em
caliptos.
Salvador e Odorico; Luizinho, Bodi-
rias tanto do Inter quanto do Grêmio,
Canhotinho). E aí eu assisti a grandes
50 e 60, houve o momento de liderança
Grenais. O grupo foi base do time cam-
do Grêmio, também na época do Eu-
1956, quando o Rio Grande do Sul representou o Brasil. Sou amigo de muitos deles até hoje, como o Larry, vindo
em 1954 do Rio de Janeiro, que é um dos meus melhores amigos. Ele, sua esposa Maria Luiza e os filhos.
Mas há o Grêmio, que ganhou 12 de 13 títulos nas décadas de 50 e 60. Pri-
meiro com Oswaldo Rolla, o Foguinho, Airton, Ortunho, Calvet, Elton, Milton, Gessi e Juarez: esse time vai de 1956 a 60, pentacampeão. De 62 a 68, o Tricolor foi heptacampeão com Everaldo, Cléo, Sérgio Lopes, Babá, Joãozinho, 36
conquistado na Copa O’Higgins, em
Grandes jogadores passaram pelo estádio. Na década de 40, o destaque foi
Tesourinha, que jogou também na Seleção Brasileira. Na década de 50 teve
o Oreco, também de Seleção; o Larry foi outro destaque.
Proximidade com os jogadores Há os momentos sentimentais na vida de repórter no Eucaliptos: a intimidade
nos vestiários com os jogadores, de
1959 a 1969, quando passei a comentarista e foi inaugurado o estádio Beira -Rio. Era uma época diferente, em que
exemplo. A gente entrava no vestiário,
pando a genitália com a toalha, discretamente, ou na banheira térmica ou no
chuveiro. Acontecia, até, de entrevistar jogador pelado, muitas vezes, na intimidade do vestiário. A relação era mais
próxima, era maravilhosa, valia pro Inter e pro Grêmio também.
Essa proximidade era muito maior do que hoje, em que há treino secreto,
entrevista coletiva, uma coisa muito
glamourizada e distante. Não estou dizendo que hoje está errado. Tem que
contextualizar: cada época é uma época, é diferente. Não que seja melhor ou
pior, mas eu tenho reminiscências que me remetem a essa proximidade, que
era muito gostosa. As pessoas se tornavam amigas mesmo.
Lembro-me bem de como a torcida
ficava perto do gramado. Hoje nós temos o Beira-Rio, que foi palco da Copa
do Mundo, a Arena do Grêmio, estádios modernos. Naquele tempo, era
um estadiozinho com capacidade mínima e o ‘bafo na nuca’ do torcedor. Mas
o Eucaliptos foi uma referência, junto com o Olímpico, inaugurado em 1954.
Foto: Larry - arquivo pessoal
II
HISTÓRIA
Lasier Martins Eucaliptos, início das glórias do Inter Este é o título que o jornalista e políti-
Ildo Meneghetti, que foi o grande benfei-
tidores dos Eucaliptos, que o Inter es-
de do Sul, Lasier Martins confere ao
seu estádio.”
Figueiró e contratando outro, o Oswal-
co, atualmente senador pelo Rio GranEstádio dos Eucaliptos. Segundo ele, foi ali que teve início a grandeza do
Internacional, que passou a ter o seu próprio estádio, começou a formar um
grande time, que foi o Rolo Compressor, sediou jogos da Copa do Mundo de
1950 e começou a criar o clima para a
construção do Beira-Rio. “Foi, de fato, a alavanca do Inter”, afirma.
Lasier conta que viveu muito intensamente a história do Sport Club Internacional de Porto Alegre porque foi setorista do clube – jornalista que se encarrega
de determinada fonte de notícias – por um longo tempo, quando começou na crônica esportiva, em fevereiro de 1960. “O que posso dizer é que o Estádio dos Eucaliptos significa o momento em que o Internacional se torna grande, porque,
fundado em 1909, o clube não teve campo até 1931. Ele vivia de favor, jogando
em campos emprestados. Foi graças ao
38
tor do Inter, que o clube passou a ter o Como bom jornalista que é, Lasier tem excelente memória e lembra de datas
e fatos específicos que ocorreram durante os 38 anos em que o Internacional jogou no Estádio dos Eucaliptos,
inclusive o Grenal de estreia do campo,
vencido pelo time da casa por 3 x 0. “O primeiro jogo que eu vi nos Eucaliptos
tava dispensando o treinador Pedrinho
do Rolla. “Foi um momento marcante, um furo de reportagem”, orgulha-se. “Informei em primeiríssima mão, em
um daqueles telefones pretos da época. Liguei e entrei em sessão extraordinária na Rádio Guaíba para comunicar a demissão do técnico e anunciar o nome do substituto.”
também foi um Grenal, em 1955, com
No ano seguinte, em 68, outro episódio
vamos em Montenegro, viemos a Por-
jogo fantástico, nunca vou esquecer”,
o meu pai, que era colorado. Nós morá-
to Alegre e vimos o Inter ser campeão estadual. Lembro até hoje da escalação: La Paz, Florindo, Oreco, Mossoró, Odorico, Lindoberto, Luizinho, Bodinho, Larry, Jerônimo e Chinesinho”, recorda em detalhes.
Momentos inesquecíveis
memorável para o jornalista. “Foi um
garante. Era o confronto entre Inter e Cruzeiro, de Minas Gerais. “Naquela época, o Cruzeiro estava crescendo.
Tinha Piazza, Tostão e Dirceu Lopes
no time. Mas o Inter ganhou e o Bráulio fez um gol incrível. Ele era o meia-
direita do Inter, o chamado ‘garoto de
ouro’. Ele recebeu a bola, matou no
Em 1967, o momento marcante para o
peito, deu um balãozinho no zagueiro
do antigo massagista Moura, nos bas-
emendou e fez o gol. Uma loucura!”
então repórter foi descobrir, por meio
e, antes que bola caísse do outro lado,
Lasier Martins como repórter de campo, na beira do gramado do antigo Estádio dos Eucaliptos
Condições de infraestrutura Lasier relata que o gramado era bom, mas o Estádio dos Eucaliptos em si era
simples e os vestiários, muito modestos.
Havia uma arquibancada grande de ci-
mento e, acima dela, ficavam as cabines de rádio, o que, segundo ele, acarretava sérios problemas aos jornalistas. “Para
chegar às cabines, os narradores e comentaristas precisavam passar no meio
da torcida. Logo, ao dizerem algo que não agradava – e as pessoas daquela
época acompanhavam o jogo pelo radinho portátil –, sofriam muita repressão”,
comenta. “O narrador Samuel Madureira Coelho, da Rádio Gaúcha, que era
muito contundente na crítica e bom comentarista, quase foi agredido mais de
uma vez. Sofria pressões e vaias constantemente. E os repórteres de campo, como eu, também passavam por poucas e boas. Era só fazer uma pergunta mais ousada ou indiscreta para a torcida vaiar e xingar a gente.”
O Estádio dos Eucaliptos também tinha
concentração, conforme Lasier. Abai-
xo das arquibancadas, havia alguns quartos e vários jogadores moravam
ali, principalmente os que vinham do
Interior. “Afinal, naquela época, joga-
dor não ganhava o que ganha hoje”, ressalta. Havia ainda uma cancha de
basquete, pois, na época, o Inter disputava o Campeonato Citadino de Basquete. “O vestiário dos visitantes era à
esquerda, lá no fundo do campo, junto à rua Barão do Guaíba. Era uma casa de alvenaria, pequena e bastante precária.”
Despedida do estádio Para Lasier, o momento de despedida
do Estádio dos Eucaliptos foi um misto de tristeza e euforia. “Tristeza porque
era o encerramento de uma era do Internacional. E euforia porque a casa nova enchia de orgulho”, destaca. O
jogo de despedida foi em uma quartafeira à noite, no final de março de 69.
“Foi contra o time do Rio Grande e o Inter ganhou de 4 x 0. Lembro até hoje
da torcida toda aplaudindo os jogadores de pé.”
39
II
HISTÓRIA
Carlos Rosito
“
A última partida no velho Estádio dos Eucaliptos Estive durante a infância e a juventude
na (EBA) e na Escola de Engenharia
A ala direita, Paulistinha e Clori, foi uma
por dois motivos: pela proximidade da
de Engenharia Civil em 1965, e em
bel, substituindo Teotônio e Hermes
relacionado ao Estádio dos Eucaliptos residência dos meus pais e pela minha
atividade profissional como locutor esportivo das rádios Difusora e Farroupilha.
Residimos na primeira metade dos
anos 40 numa chácara no alto do
2015 completamos 50 anos de formatura. O José Francisco Duarte Neto, o
Neneco, atualmente reside no mesmo
apartamento da Barão do Guaíba, em
que morou seu pai – o inesquecível Teté, com a família.
morro do Menino Deus, que havia per-
Minha primeira lembrança dos Euca-
próxima do estádio da rua Silvério. Na
ficou conhecido como o Grenal em
tencido ao velho Borges de Medeiros,
segunda metade dos anos 40, passamos a residir na rua José de Alencar, menos de 500 metros dos Eucaliptos.
Nos anos 50, mudamos para um prédio na rua Barão do Guaíba, onde o capitão José Francisco Duarte Junior,
o famoso Teté, residia com sua família. Teté, grande treinador do Nacio-
liptos é de um Grenal em 1946, que que o ‘Beresi chorou’. O Inter tinha o famoso Rolo Compressor: Ivo; Nena e Ilmo; Viana, Ávila e Abigail; Tesourinha,
Russinho, Adãozinho, Villalba e Carlitos. Anos mais tarde me tornei amigo do Mario Beresi, e participávamos das
animadas ‘peladas’ no Grêmio Náutico Gaúcho, aos sábados à tarde.
nal, Internacional e campeão Pan-A-
Em 1949, assisti ao não menos famo-
com a Seleção Brasileira, então re-
série de seis títulos seguidos do Rolo
mericado em 1956, na Costa Rica,
presentada pelos gaúchos. Nos anos 1960, mudamos para a rua Oscar Bittencourt, próxima ao Estádio dos Eucaliptos. Fui colega de dois filhos
de Teté na Escola Brasileira America-
40
da UFRGS. Nos formamos no curso
so Grenal em que o Grêmio quebrou a Compressor, com gol de Geada, no início do primeiro tempo. A esquadra
Tricolor alinhou: Sergio, Clarel e Joni;
Hugo, Nelson Adams e Danton; Paulistinha, Clori, Geada, Gita e Detefon.
surpresa do treinador Otto Pedro Bum(este jogava com uma rede para prender os cabelos).
Em 1950, em companhia de meu saudoso pai, assisti nos Eucaliptos, ao jogo pela Copa do Mundo entre México
– tinha no gol o histórico Carbajal – e à então Iugoslávia. Em meados dos anos
1950, tornei-me locutor de turfe na Rádio Difusora, emissora associada, da
qual o principal diretor era meu tio Salvatore Rosito. Na Rádio Gaúcha, nossa “concorrente”, havia na época um
outro fantástico narrador, Luiz Macedo,
que foi um dos fundadores e titulares da MPM propaganda, ao lado de Petrônio e Mahfuz.
Tive a oportunidade de transmitir o
último páreo no velho Hipódromo dos
Moinhos de Vento, onde também narrei o Bento Gonçalves vencido pelo
extraordinário Estensoro, e o primeiro páreo no novo Hipódromo do Cristal.
Em tal atividade tornei-me amigo de José Pinheiro Borda, presidente da
Comissão de Corridas do Jóquei Clu-
Da esquerda para direita: Carlos Rosito, Lasier Martins e Estevam Romano, no estádio Eucaliptos
be, mais tarde presidente do Jóquei Clube por diversos anos, exercendo
simultaneamente a presidência do
Conselho Deliberativo do Internacional.
No início dos anos 1960, a Rádio Difusora foi vendida e trocou a transmissão das corridas de cavalo pelo
futebol e esportes amadores. Passei a transmitir jogos de basquete, vôlei, corridas de automóvel e também as
partidas de futebol, onde tive oportunidade de fazer novas e honrosas amizades tanto no Grêmio como no
com a mesma e maravilhosa companheira, Teresa.
Havia, na época, um programa esportivo de boa audiência na Rádio Difusora,
na hora do almoço. Eu apresentava um comentário diário ‘Bola Alta - de Alber-
to Junior’ (meu pseudônimo artístico). Após, entrava no ar outro programa
ráveis, como a ‘Doe um Tijolo’ e ‘Doe
um Saco de Cimento’ para a construção do Novo Beira-Rio. Creio que, por
este fato, muitos torcedores gremistas imaginavam que eu era colorado e, de
certa forma, me olhavam de esgueira
quando narrava os gols do Internacional.
esportivo que cada dia referia-se a um
Sempre fiz um grande esforço para
na época: Grêmio, Internacional, Cru-
minha preferência pelo Tricolor, e até
dos clubes de futebol de Porto Alegre
não deixar aflorar nas transmissões
zeiro e São José.
hoje mesmo entre parentes e amigos
Nas quartas-feiras, era transmitido o
mais próximos, há dúvidas. Muitos insinuam que, no fundo, sou mesmo é
Internacional.
programa ‘O Internacional Informa a
Na nova atividade de locutor de futebol,
era apresentado pelo Armindo Antônio
Depois de mais de dez anos na Difu-
dinário. Ranzolin deixou a Difusora e
pilha, a mais potente emissora do Rio
sumir a apresentação do programa. In-
tor esportivo titular e tive a oportunida-
mos abertamente como era hábito na
Estádio dos Eucaliptos e a partida inau-
solidificou-se ainda mais a amizade
com José Pinheiro Borda, que passou a acumular a presidência do Conselho do Internacional com a da Comissão de
Obras para a construção do novo estádio Beira-Rio. Estabeleci também uma
grande amizade com dom Edmundo Kunz, bispo auxiliar de Porto Alegre,
colorado doente que assistia muitas
vezes às partidas da minha cabine, e que em 1971 viria a oficiar o meu casamento. Deu sorte e ainda estou casado
Torcida’. Inicialmente este programa
colorado.
Ranzolin, um colega e amigo extraor-
sora, fui convidado pela Rádio Farrou-
coube a mim, além de substitui-lo, as-
Grande na época. Passei a ser o locu-
teressante que, embora não revelásse-
de de narrar a última partida no velho
época, éramos o Ranzolim e eu simpa-
gural do Beira-Rio.
tizantes do Grêmio.
Em 1971, já com 30 anos, e atuando
”
Conjuntamente com José Pinheiro
mais fortemente em minha profissão
mos no programa campanhas memo-
dor, deixei Porto Alegre.
Borda e dom Edmundo Kunz, realiza-
principal de engenheiro e administra-
41
III
TRANSFORMAÇÃO DO MENINO DEUS
MENINO DEUS EM CONSTANTE TRANSFORMAÇÃO
O
mais antigo bairro de Porto Alegre, depois do Centro Histórico, é marcado por uma longa
história de avanços e de modificações
que promoveram o desenvolvimento e elevaram a busca por imóveis no Me-
nino Deus. Já na década de 1930, a
conclusão do Estádio dos Eucaliptos pelo Sport Club Internacional alavan-
cou o movimento na área, atraindo mais pessoas para essa região com forte
Outro empreendimento que pôde ser
seguimento nos anos seguintes, com a
viabilizado com a chegada da Copa
atração de serviços e empreendimentos que diversificaram e atenderam às necessidades da população crescente do bairro, como, por exemplo, a construção do Hospital Mãe de Deus. Uma nova fase de transformações na área ganhou força com o anúncio da Copa do Mundo de 2014 no Brasil e
característica residencial. Contudo, a
de Porto Alegre como uma de suas
ocorreu nos anos 1940, com a canalimomento era a causa de enchentes na
bilidade e de qualificação urbana que
foi a duplicação da avenida Tronco, ainda não finalizada. Com 5,3 km de extensão, o projeto prevê a instalação de ciclovia, corredor de ônibus e paisagismo na região, contribuindo para melhorar o trânsito na Zona Sul da Capital e na sua conexão com as demais áreas da cidade. A infraestrutura energética também foi priorizada no pacote de obras do Mundial de Fu-
primeira grande transformação urbana
sedes oficiais. Para receber o evento, governos municipal e federal uniram
tebol, com a inauguração da subes-
zação do arroio Dilúvio, que até aquele
esforços para realizar projetos de mo-
tação Menino Deus do Grupo CEEE.
localidade.
deixaram legados não apenas para o
A expansão da cidade nessa área teve
42
Cultura. Diversas ações tiveram pros-
Menino Deus, mas para toda a cidade.
continuidade nas décadas seguintes
No entorno do Estádio Beira-Rio, foram
obras, como a criação do Parque Ma-
avenida Edvaldo Pereira Paiva (com
avenida Borges de Medeiros, possíveis
tro até o viaduto Pinheiro Borda), do
ampliaram a conexão de outras zonas
Cacique e do viaduto Pinheiro Borda.
to a abertura e a extensão de ruas iam
de jogos, as medidas aprimoraram o
como o conhecemos hoje, outras ini-
transportes coletivos, possibilitando
infraestrutura da região, como a cana-
sul de Porto Alegre e o Centro Histórico
Cascata, responsável por inúmeros ala-
nino Deus, impactando positivamente
co Verissimo e do Centro Municipal de
res.
com a concretização de importantes
finalizadas as obras de duplicação da
rinha do Brasil e o prolongamento da
5,8 km de extensão, indo do Gasôme-
devido ao aterro do lago Guaíba, que
corredor de ônibus da avenida Padre
ao Centro da capital gaúcha. Enquan-
Além de melhorar o acesso nos dias
traçando os contornos do Menino Deus
fluxo de veículos e de passageiros dos
ciativas valorizaram e aperfeiçoaram a
uma comunicação eficaz entre a parte
lização, na década de 1970, do arroio
e uma circulação mais eficiente no Me-
gamentos, e a definição da avenida Eri-
na qualidade de vida de seus morado-
Com capacidade para atender a mais do que o dobro do pico de demanda estimada para o Beira-Rio, o complexo beneficia, ao todo, cerca de 150 mil pessoas dos bairros Assunção, Cristal, Menino Deus, Praia de Belas e Santa Tereza. E as mudanças não pararam com a Copa. Há pouco tempo, foram iniciadas as modificações do binário nas avenidas Praia de Belas e Borges de Medeiros, que colaboram para a mobilidade na região. Além disso, foi entregue a revitalização do Parque Marinha do Brasil, com nova iluminação, recuperação das quadras esportivas e monitoramento por câmeras, garantindo mais segurança aos usuários e moradores do Menino Deus e de toda a Capital.
“As obras realizadas para a Copa do Mundo de 2014 deixaram um legado importante para a mobilidade urbana. Eram projetos que estavam parados há cerca de 30 anos e que qualificam a vida dos cidadãos.” Mauro Zacher
SECRETÁRIO MUNICIPAL DE OBRAS E VIAÇÕES
MELNICK EVEN PROMOVE MELHORIAS NO BAIRRO “As melhorias em infraestrutura e em mobilidade urbana, promovidas pela Melnick Even no entorno do empreendimento, facilitam e promovem maior segurança à circulação de pedestres e veículos e solucionam problemas históricos de alagamento.” Cláudia Lima
GERENTE DE LANÇAMENTOS DA MELNICK EVEN
A preocupação com a qualificação
Dona Sofia (da Silveiro até a rua Dona
é uma ação permanente da Melnick
da Dona Sofia até a José de Alencar),
do entorno de seus empreendimentos Even e não foi diferente com a cons-
trução do Grand Park Eucaliptos. Com o foco na inovação e no bem-estar dos
porto-alegrenses, a empresa fez a do-
ação de um terreno de 4.417 m² para a criação de uma nova e diferente pra-
ça pública: o Memorial Eucaliptos. O espaço oferece à cidade um ambiente
que alia lazer, convívio e preservação das histórias ocorridas no Estádio dos
Eucaliptos. Além disso, a companhia realizou a drenagem nas ruas Barão
do Guaíba e Silveiro e na avenida José de Alencar, com o objetivo de solu-
cionar os problemas de alagamentos registrados nessa área, e o rearranjo
geométrico e funcional na interseção da José de Alencar com a Silveiro.
Implantou ainda o sentido único de circulação nas ruas Silveiro (desde a José de Alencar até a Otávio Dutra), na
Augusta) e na Dona Augusta (a partir com a adequação do pavimento e dos raios de giro para a movimentação de
grandes veículos. Nessas vias instalou, também, toda a sinalização vertical e horizontal necessária para garantir a segurança de todos.
Entre as medidas executadas pela construtora, estão a colocação de
abrigos para as paradas de ônibus na região próxima ao Grand Park Euca-
liptos e o capeamento asfáltico de 5
cm de espessura em trechos das ruas Dona Sofia e Dona Augusta, inclusi-
ve, com a correção de deformações existentes no pavimento de pedra irregular. Com essas iniciativas, a Mel-
nick Even contribui para a melhoria do
fluxo de veículos e acesso ao bairro,
trazendo mais conforto e agilidade ao dia a dia dos moradores do Menino Deus.
45
IV
MEMORIAL EUCALIPTOS
Memória
DO FUTEBOL GAÚCHO PRESERVADA
A
o doar um terreno de 4.417 m²
à Prefeitura de Porto Alegre para a criação de uma nova
praça na cidade, a Melnick Even reforça seu compromisso permanente de
promover melhorias em espaços públicos, contribuindo para a qualidade de
vida e o bem-estar das pessoas. Através de uma parceria com a Secretaria Municipal do Meio Ambiente (Smam), a
empresa dá continuidade às diferentes ações de sustentabilidade que realiza.
Localizado junto ao empreendimento
Grand Park Eucaliptos, na parte mais nobre da área onde antes ficava o Es-
tádio dos Eucaliptos (o primeiro campo esportivo do Sport Club Internacional) – entre as ruas Silveiro, Barão do Cerro e Barão do Guaíba –, o ambiente foi pensado desde o início como um lugar único na Capital gaúcha: um memorial
voltado para o resgate das importantes histórias futebolísticas que ali ocorreram.
46
Para colocar a visão da Melnick Even em prática, a companhia contratou o
escritório Benedito Abbud Arquitetura
Paisagística, de São Paulo, para desenvolver o conceito do projeto, par-
tindo da ideia central de recuperar, preservar e valorizar a memória dos
acontecimentos que tiveram o Estádio dos Eucaliptos como cenário. Assim
nasceu o Memorial Eucaliptos, criando um diálogo inovador entre espaços públicos e privados. Uma das preocupa-
ções que norteou todo o planejamento do complexo foi a de buscar a susten-
tabilidade social, cultural e ambiental, visando à manutenção da história do estádio e destacando as riquezas naturais ali existentes.
Além de playground acessível, acade-
mia para a terceira idade e áreas de
convivência e de lazer com caracte-
rísticas que remetem a outras praças de Porto Alegre, gerando uma identifi-
cação e apropriação imediata do memorial pelos usuários, o local possui
um grande gramado, lembrando um
campo de futebol, uma arquibancada simulada com bancos e um amplo ambiente para receber as recordações
das partidas e da antiga estrutura do Eucaliptos e mantê-las vivas na lembrança das pessoas.
O resgate histórico está presente no
extenso piso para a instalação da cal-
çada da fama, com 40 espaços para eternizar os nomes de atletas, jorna-
listas, comentaristas e personagens relevantes para o futebol gaúcho, e
em seis totens espalhados pela praça,
com informações sobre as principais atividades que se desenrolaram no es-
tádio, como os Grenais mais significa-
tivos, a formação do Rolo Compressor do Internacional na década de 1940 e os jogos da Copa do Mundo de 1950, que tiveram o Eucaliptos como palco.
PROPOSTA CONCEITUAL DA PRAÇA
“O Memorial Eucaliptos foi um projeto desafiador que resgata a riqueza histórica do local, mantendo a memória do estádio viva para a população. A Melnick Even sente-se honrada não apenas em construir, mas também em preservar a história da cidade.” Marcelo Guedes
DIRETOR DE INCORPORAÇÃO DA MELNICK EVEN
47
Gol 48
A idealização do memorial incluiu ain-
da a preservação de algumas plantas presentes no terreno e a utilização de elementos que fizeram parte do está-
dio. Com projeto executivo efetuado
DE PLACA
deu nome ao campo de futebol também foi conservado, reforçando a proposta de cultivar a memória referente ao estádio.
pela Creare Paisagismo, da Capital
Outro diferencial da iniciativa envol-
pécies como pitangueira, jacaran-
originais e a sua colocação no memo-
guaimbê e grama-esmeralda. Um dos
rências ao futebol foram empregadas
gaúcha, foram usadas na praça es-
veu a recuperação das duas goleiras
dá, pitanga-anã, araçá, buganvília,
rial, que é um espaço aberto. As refe-
eucaliptos plantados na área e que
também em outros ambientes, como a
PROPOSTA CONCEITUAL DA PRAÇA
criação de um túnel feito de arcos com trepadeiras que lembram as traves do gol e ampliam a sensação de envolvimento com o esporte ao longo da região de passeio e de circulação. O apelo histórico inédito da praça, aliado
“O Memorial Eucaliptos recupera uma história que algumas gerações de Porto Alegre sequer sabem. Além dos benefícios que uma praça traz, como o convívio, um espaço para se exercitar, passear e estar, ela faz um resgate dessa história recente que está um pouco esquecida e do próprio bairro.”
ao oferecimento de uma grande área para lazer, convívio e prática de exercícios, fazem do Memorial Eucaliptos um novo marco no bairro Menino Deus
Bibiana Müssnich
ENGENHEIRA AGRÔNOMA, DIRETORA DA CREARE PAISAGISMO
e em Porto Alegre.
49
V
PROJETO
TUDO SE TRANSFORMA
A
área onde foi construído o
que abrigasse o memorial do está-
caráter de conexão muito im-
essa homenagem a toda população
Grand Park Eucaliptos tem um
portante com a cidade. Afinal, é o ter-
reno do antigo Estádio dos Eucaliptos, que mexe com as emoções e os sentimentos de todo mundo que gosta de futebol; não apenas torcedores, mas
também esportistas, historiadores, jornalistas e mais uma série de pessoas.
Consciente disso, a construtora e incorporadora Melnick Even logo percebeu que precisava reservar um espaço
para preservar parte desse patrimônio e manter acessa a memória de conquistas vividas ali.
A partir daí, surgiu a ideia de desta-
car uma parcela do terreno, em torno de 20%, para construir uma praça
dio. E a área escolhida para prestar
gaúcha foi simplesmente a mais nobre da localização: a frente da rua Silveiro.
Os outros 80% do terreno, que somam
17 mil m2, foram destinados ao empreendimento, que precisava ser residen-
cial conforme estabelecido pelo plano
diretor da cidade, e ter até 33 metros de altura. A primeira decisão foi manter a área inteira e construir um único
empreendimento. Afinal, um quarteirão inteiro na vida de uma empresa é algo muito raro, ainda mais em uma área central consolidada, no meio de um
bairro tão valorizado como o Menino Deus.
51
“Um quarteirão inteiro em pleno bairro Menino Deus, tendo o lago Guaíba e o pôr do sol como anfitriões.” Juliano Melnick
DIRETOR DE DESENVOLVIMENTO DE PRODUTO DA MELNICK EVEN
Ao todo, sete torres foram contempla-
de uso comum, formando um gran-
sendo um subsolo de estacionamento,
organizados em núcleos – uma área
das. Cada uma com 13 pavimentos, o térreo e 11 andares de apartamen-
tos. Com quatro unidades por andar, um total de 308 apartamentos. A fim
de que o público final fosse o mesmo,
para contribuir com o convívio social entre eles, a Melnick Even decidiu
desenvolver o Grand Park Eucaliptos para um público de famílias formadas por casais com um ou dois filhos, que
é a média da Capital. Com diferentes tamanhos de plantas – 99 m2, 127 m2
e 158 m2 –, criou-se a oportunidade
de receber famílias em etapas de vida distintas.
O térreo é onde foi projetada a imensa infraestrutura de lazer, que tem
um pórtico de entrada e uma piscina majestosa para receber moradores e
visitantes. Ao redor dela, foram distribuídos os diversos atrativos, todos
52
de resort urbano. Os espaços foram
esportiva, com quadra poliesportiva e quadra de tênis; um miolo de piscinas adulto e infantil, com decks, e espaços
de wellness; e uma área infantil, com brinquedotecas, playgrounds e salão
de jogos teen – e, a partir deles, criouse meeting points, ou seja, pontos de
encontro entre as pessoas do condomínio, como o bar localizado junto às piscinas.
Para receber amigos e familiares com
conforto e segurança, o Grand Park Eucaliptos previu ainda vagas de estacionamento para visitantes e aces-
so com porte cochère. O resultado de tanta comodidade e sofisticação foi um enorme sucesso de vendas, o
que fez com que a segunda fase do
empreendimento fosse antecipada e entregue com a primeira.
VI
OBRA
GRANDIOSO EM TODOS OS SENTIDOS
M
ais de 65 mil m2 de constru-
foram ganhando forma, com estrutura
iniciativa foi criar uma central de lixo
tos, estacionamentos e lazer –, sem
de 17 mil m2 de extensão. A
de vedação, o reboco e, por último, o
disponível para a comunidade, sendo
outra, com centrais de distribuição de
ção em um terreno de mais
grandiosidade do Grand Park Eucalip-
tos pode ser traduzida em dimensões, mas também em sentimentos e emo-
ções. Iniciada em março de 2012, a
obra transformou o antigo Estádio dos Eucaliptos em um empreendimento inédito e exclusivo, com completa infraestrutura de lazer, total segurança e uma vista surpreendente, em uma das regiões mais valorizadas da cidade: o bairro Menino Deus.
A primeira etapa da obra foi justamente
uma das mais importantes: a desocupação do terreno. Foram três meses de
trabalho destinados a separar e guardar com cuidado antigas goleiras, portões, janelas, ladrilhos e, inclusive, um pe-
daço da arquibancada. Relíquias que ajudam a preservar a história do está-
dio, que será resgatada pelo Memorial dos Eucaliptos, uma das atrações mais aguardadas do empreendimento.
Posteriormente, foram feitas as fundações e, simultaneamente, as sete torres
que compõem o Grand Park Eucaliptos
54
em concreto armado, depois alvenaria revestimento em pastilhas cerâmicas. Cada torre conta com 13 pavimentos,
sendo um subsolo de estacionamentos, o térreo e 11 andares de apartamentos. Com quatro apartamentos por andar, são 308 unidades no total.
Durante a Copa do Mundo, muitas equi-
pes de TV e reportagem visitaram a obra para relembrar a história do antigo estádio. Estudantes e professores das faculdades de Engenharia também foram re-
cebidos para ver de perto a construção.
Aos poucos, a comunidade do entorno, curiosa, procurava saber mais informações sobre o empreendimento.
Aliás, uma série de ações foi realizada
pensando no bem-estar da vizinhança, de forma a minimizar os incômodos gerados por uma obra. As calçadas e
ruas, por exemplo, eram lavadas duas vezes por semana para eliminar a po-
eira e manter as vias limpas. Sempre houve um relacionamento muito próximo dos engenheiros com os morado-
res e comerciantes da região. Outra
reciclável durante a obra, que ficava de responsabilidade da Melnick Even
organizar, coletar, separar e transportar os resíduos, em parceria com em-
presas devidamente cadastradas e autorizadas.
Aproximadamente, 150 empresas ter-
ceirizadas participaram das diferentes etapas construtivas do Grand Park Eucaliptos. Para gerenciá-las, uma
equipe de cerca de 50 profissionais da Melnick Even esteve permanentemente acompanhando a obra e admi-
nistrando em torno de 400 empreiteiros em suas respectivas funções.
Realizar uma obra complexa como a
do Grand Park Eucaliptos, conciliando a quantidade de atrações que o em-
que uma interferisse no andamento da
materiais espalhadas pelo canteiro de obras e o uso constante de guindastes móveis para transportá-los.
Um dos principais diferenciais da obra,
que recebeu destaque em Práticas Sus-
tentáveis do Sinduscon Premium 2012 e o prêmio Top de Marketing ADVB/RS 2011 na categoria Construção Civil, é
a implantação de um sistema de reservatório de detenção de águas pluviais sob piso elevado para a irrigação dos
jardins. São bacias que ficam sobre
grande parte da laje do térreo, que per-
mitem a armazenagem temporária de águas da chuva e sobre as quais ficam
canteiros e plantas que captam a água subterrânea por capilaridade.
preendimento possui, e ainda cumprir
Dessa forma, o resultado não podia ser
cução, exige muita organização e pla-
gue ser um empreendimento grandioso
rigorosamente o cronograma de exenejamento. Por isso, a equipe de engenharia precisou ser bastante eficiente
ao elaborar e coordenar um plano de ação e logística para que a obra fluísse
em suas diferentes áreas – apartamen-
outro. O Grand Park Eucaliptos conseem todos os sentidos: em suas características e dimensões, em sua carga
emocional e histórica, em seus atrativos
de lazer e em seus recursos de sustentabilidade.
“Uma obra complexa que exigiu muita dedicação e empenho por parte de toda a equipe de engenharia para se concretizar.” João Rubem Piccoli Filho DIRETOR TÉCNICO DA MELNICK EVEN
Terraplanagem
Fundações e estruturas da torre Guaíba
56
Estrutura da torre Menino Deus em destaque
Vista geral da estrutura das torres
“Foi uma honra e um orgulho muito grande ter participado deste projeto, que transformou um local histórico da cidade em um empreendimento com a mesma magnitude e beleza.” Anderson Tavares
GERENTE-GERAL DE OBRAS DA MELNICK EVEN
Elevação da estrutura em concreto armado
Elevação da alvenaria de vedação
58
Vista geral das alvenarias
InĂcio do reboco externo e da estrutura da ĂĄrea de lazer
59
“Uma equipe totalmente dedicada em transpor do papel para a realidade uma obra grandiosa como essa, que faz jus à história e importância do terreno onde foi construída.” Paulo Osório
GERENTE-GERAL DE OBRAS DA MELNICK EVEN
Avanço das impermeabilizações e execução das piscinas
Conclusão do reboco externo e início do revestimento com pastilhas
60
Vista geral das fachadas
Aplicação de pastilhas cerâmicas nas fachadas
61
“Um projeto desafiador ao qual fomos completamente absorvidos por tudo que ele representa. Realmente grandioso.” Alexandro Zat
ENGENHEIRO DA MELNICK EVEN
Início do paisagismo da praça da fonte
Paisagismo do playground
62
Pavimentação e paisagismo na área central
Paisagismo da piscina adulto
63
“Contamos com a união e a determinação de toda a equipe para a conclusão dessa obra, que nos trouxe muita experiência e aprendizado.” Andrigo Tavares
ENGENHEIRO DA MELNICK EVEN
Pavimentação e paisagismo na área das quadras
Vista geral das fachadas. Em destaque, a torre Guaíba
64
Vista do paisagismo na área central
Profissionais da Menlick Even que contribuíram para a construção do Grand Park Eucaliptos
65
VII
PRODUTO
RESORT URBANO EM GRANDE ESTILO
U
nobres em cores sóbrias e elegantes.
Roseli Melnick
E já que a ideia é receber bem a família
Um projeto arrojado, moderno, com li-
para a cidade, em uma zona ca-
mam um resort urbano, foram dispostas
O revestimento externo das torres é em
com uma história importante
rente por novas ofertas imobiliárias. Esse foi o ponto de partida para criar o Grand
Park Eucaliptos, um empreendimento único em Porto Alegre, que reúne em um só lugar sete torres de apartamen-
tos, uma completa e diferenciada área
de lazer, um memorial e uma praça que resgatam as principais conquistas vivi-
das no antigo Estádio dos Eucaliptos em
uma área nobre e totalmente valorizada pelos porto-alegrenses, que tem o lago Guaíba e o pôr do sol como anfitriões.
Pensado para atender a um público família, seja qual fosse a sua etapa de
vida, a escolha foi optar por uma multiplicidade de produtos. Assim, o Grand
Park Eucaliptos oferece três tipologias de plantas adaptáveis: 99 m2 com três dormitórios, 127
m2
inteira, as atrações de lazer, que for-
no térreo do empreendimento de forma a agradar e entreter pessoas de todas
as faixas etárias. São brinquedotecas, playgrounds, salão de jogos teen, pis-
cina adulto e infantil, solarium, quadra poliesportiva, quadra de tênis, salão de
jogos adulto, cinema, salões de festas temáticos, além de uma série de praças
e espaços ao ar livre junto às privilegiadas áreas verdes do Grand Park Euca-
liptos. Para os cuidados com a beleza, saúde e bem-estar, beauty care, fitness,
piscina térmica, raia de 25 metros, sauna e spa. E quem não quiser perder
tempo com deslocamentos para fazer
reuniões, tem um office à disposição. Áreas que propiciam um convívio extremamente saudável entre os moradores.
com três suítes ou
Um ponto importante priorizado por esse
com quatro suítes ou três suítes e living
visual proporcionado pela localização do
duas suítes e living ampliado, e 158 m2 estendido, todas elas com setores absolutamente organizados, com áreas
sociais, íntimas e de serviços muito bem definidas. Dessa forma, o em-
preendimento oferece oportunidades distintas para que os seus moradores possam escolher a que mais se adapta ao seu estilo de vida.
66
mas formem um conjunto harmonio-
“Um projeto arrojado, moderno, com linhas arquitetônicas contemporâneas e infraestrutura completa de lazer.”
m grande terreno, especial,
projeto arquitetônico é a preservação do terreno. A disposição das torres é interca-
lada, o que favorece a integração com a natureza e visuais interessantes de todos os lados. Além disso, esse fator contribui também para a circulação de ventos e
uma insolação perfeita em todos os apartamentos, além de garantir ao empreendimento permeabilidade com a cidade.
nhas arquitetônicas contemporâneas. pastilhas cerâmicas brancas e marrons, materiais nobres que fazem um
pano de fundo muito tranquilo e permi-
tem criar composições diferenciadas nesse jogo de claros e escuros para
que as torres não fiquem todas iguais, so entre si. São elementos duráveis e
Além delas, peles de vidro que permi-
tem uma integração muito abrangente entre as áreas internas e externas dos
apartamentos, com amplas esquadrias de PVC branco, que é o que tem de mais atual e duradouro.
Vale destacar ainda a preocupação que a construtora e incorporadora Melnick Even sempre teve para que esse novo empreendimento tão impactante conversasse e se relacionas-
se bem com o entorno e a vizinhança do bairro. Com esse objetivo, optou por viabilizar uma praça e um memo-
rial esportivo que resgatam eventos historicamente importantes para a so-
ciedade gaúcha. Um espaço cercado de muito verde, que atende não ape-
nas os moradores, mas acolhe toda a comunidade.
ARQUITETA
Sal達o de festas
69
Legenda
70
Cinema
Office
Sal達o de festas pub
71
72
Espaรงo gourmet
73
Brinqued達o 74
Sal達o de festa infantil
Brinquedoteca
75
76
Sal達o das quadras
77
Sal達o de jogos jovem 78
Quadra poliesportiva e quadra de tĂŞnis de saibro
SalĂŁo de jogos adulto
79
80
Family Space
81
82
Piscina aquecida com raia de 25 m
83
VII
PRODUTO
DIFERENCIAL QUE AGREGA VALOR E ESTILO
C
om ampla área externa para
O sistema de sinalização segue um
das conforme o conceito do projeto,
o Grand Park Eucaliptos rece-
denciais de alto padrão desenvolvido
lação, com tinta especial fotolumines-
espaços de uso condominial,
beu um projeto de Wayfinding Design, desenvolvido pelo /STUDIOMDA, sob coordenação do gerente de Projetos da Melnick Even, Ernani Magalhães. A principal premissa do wayfinding é utilizar-se dos recursos de sinalização para auxiliar na orientação dos usuá-
rios, com o objetivo de tornar o trajeto mais seguro e agradável para quem o percorre.
O encaminhamento das pessoas no
empreendimento do Menino Deus é
direcionado por meio de sistema de placas e totens que levam às diferen-
exclusivamente para a Melnick Even, com alguns toques de personalização entre um e outro. O modelo de placas,
por exemplo, é uma sobreposição de dois materiais: uma placa de PVC como bastidor e uma chapa dobrada de alu-
mínio sobreposta, com o pictograma e
o detalhe do negativo vazados. Ambas recebem pintura automotiva, de forma que a personalização das peças fica
por conta da cor da placa de PVC, que recebe os mesmos tons do empreendimento. Já as informações textuais são feitas de adesivo em recorte eletrônico.
tes torres e aos ambientes de lazer. O
O sistema de pictogramas utilizado
pavimento de garagem, que compre-
dimentos, mas foi desenvolvido exclu-
fluxo foi todo organizado, incluindo o ende todo o subsolo abaixo das tor-
res. O conceito do projeto carrega o
DNA da construtora e incorporadora: discreto, sóbrio e agrega valor à arquitetura e às áreas comuns e de interiores.
84
padrão para empreendimentos resi-
também é padrão entre os empreen-
sivamente para os produtos Melnick Even, o que confere originalidade aos
projetos. A fonte moderna serifada ga-
rante mais sofisticação e legibilidade. As placas de sinalização de emergência são outras que foram desenvolvi-
respeitando todas as normas da legis-
cente, que brilha no escuro. Os totens, direcionados para as torres do Grand
Park Eucaliptos, estão alocados junto aos canteiros projetados pela equipe de paisagismo do empreendimento.
Outro projeto de sinalização desen-
volvido para os empreendimentos Melnick Even é o de padronização dos estacionamentos. Afinal, a grande maioria dos condôminos têm o es-
tacionamento como principal porta de acesso às unidades. Ao criar esse sis-
tema, a ideia é fazer com que o cliente
perceba a identidade da construtora e incorporadora desde a sua chega-
da ao empreendimento. É uma forma de comunicar a empresa. Por isso,
são usadas as cores do logotipo da Melnick Even na pintura de paredes, pilares e boxes, além de um sistema
de sinalização padrão para indicação de fluxos, boxes e acessos aos elevadores.
Placas de sinalização por todo o empreendimento
Sinalização para indicação de fluxos, boxes, acessos aos elevadores e às torres
VIII
PA I S A G I S M O
Natureza CONTATO DIRETO COM A
O
projeto paisagístico do Grand
Park Eucaliptos busca aproveitar ao máximo as caracterís-
ticas únicas do empreendimento, que conta com amplas áreas de jardim e de
lazer. A proposta, desenvolvida em par-
ceria pelos escritórios Benedito Abbud
e Creare Paisagismo, segue a linguagem contemporânea da arquitetura e
usa todos elementos a seu favor –, o
palmeira jerivá, pitangueira, camboim, grumixama, jabuticabeira, paineira-rosa, quaresmeira e suinã foram integradas às árvores do perímetro do terreno e da praça adjacente, a fim de formar um verde contínuo. O projeto atende às exigências da Secretaria Municipal do Meio Ambiente (Smam).
entorno, as vistas do terreno e a história
Os ambientes de lazer foram cuida-
dade de ambientes e experiências aos
recreação, desenvolvimento saudável
um ponto alto na vida do condomínio.
lescentes e pessoas mais velhas, além
do local –, a fim de criar uma multiplici-
dosamente projetados pensando em
moradores, tornando as áreas externas
das crianças, áreas de estar para ado-
As espécies foram selecionadas para compor o cenário ao ar livre e manter um jardim sempre bonito e prático, com
baixa necessidade de manutenção. Es-
88
pécies nativas como aroeira-mansa,
de piscina, quadras e área gourmet para todas as idades. Tudo envolto ao verde e a uma paisagem exuberante.
“Esperamos que os moradores vivam e aproveitem muito a vida ao ar livre, desfrutem do verde e do meio ambiente.” Benedito Abbud
ARQUITETO PAISAGISTA
IX
S U S T E N TA B I L I D A D E
Harmonia COM O MEIO AMBIENTE
U
m empreendimento grandioso
detenção de águas pluviais sob piso
Park Eucaliptos exige também
de irrigação ascensional, que foi des-
e impactante como o Grand
cuidados proporcionais às suas dimensões e qualidades. Afinal, a urbanização de uma região atinge diretamente
o grau de impermeabilidade do solo, o que ocasiona, entre outros fatores, a quebra do ciclo natural das águas e o aumento do volume de escoamento.
Preocupada em buscar soluções téc-
nicas para a preservação do meio
ambiente e o bem-estar das gerações futuras, a construtora e incorporado-
ra Melnick Even desenvolveu para o Grand Park Eucaliptos dois projetos de
detenção de águas pluviais: o primeiro deles, um sistema de reservatório de
92
elevado integrado a um reservatório taque em Projetos e Práticas Susten-
táveis do Sinduscon Premium 2012; e o outro, reservatórios de detenção pluvial em terraços de cobertura não
habitados, que recebeu destaque Tecnológico do Sinduscon Premium 2014.
Os reservatórios de detenção de
águas pluviais são dispositivos de armazenamento que retêm águas das
chuvas por um determinado período
de tempo. O propósito deles é reduzir os picos de vazão a níveis aceitáveis pela rede pública disponível, o que
atenua os riscos de alagamentos nas grandes cidades.
“Um empreendimento dedicado à sustentabilidade, com projetos eficientes que já renderam uma série de prêmios.” Ernani F. de Magalhães GERENTE DE PROJETOS DA MELNICK EVEN
Sistema integrado garante o
armazenamento de รกguas da chuva,
que irrigam os jardins por capilaridade
SISTEMA DE RESERVATÓRIO DE DETENÇÃO DE ÁGUAS PLUVIAIS SOB PISO ELEVADO INTEGRADO A RESERVATÓRIO DE IRRIGAÇÃO ASCENSIONAL A primeira solução encontrada foi utilizar um reservatório laminar sob as
áreas livres estruturadas pelo piso elevado do pavimento térreo, compondo o sistema de reservatório de detenção
de águas pluviais sob piso elevado integrado a reservatório de irrigação as-
censional. O resultado desse método integrado é a criação de um reservató-
rio permanente de águas de irrigação e um reservatório de detenção. Juntos,
eles atingem uma capacidade de mais de 600 m3.
O reservatório de detenção é disposto em oito bacias localizadas sob o piso
elevado do pavimento térreo, com uma lâmina de água de 10 cm de altura. As
águas pluviais da superfície do empreendimento são retidas nessa lâmina de água durante as fortes chuvas e esco-
am por gravidade para o ponto de saída, aumentando o tempo de retorno à rede pública e reduzindo os riscos de
inundações junto ao ponto mais baixo do quarteirão, localizado na esquina das ruas Silveiro e Barão de Guaíba.
Já o reservatório permanente de águas
de irrigação retém as águas de chuva
para irrigação das áreas de jardim localizadas sobre ele. Novas chuvas voltam a carregar a lâmina de água de
irrigação, repondo a água consumida durante a estiagem. Em tempos de
94
1. CHUVA 2. DETENÇÃO 3. IRRIGAÇÃO ASCENSIONAL
seca, quando o reservatório de irrigação esgotar sua capacidade antes de
novas chuvas de reposição, o sistema é retroalimentado por água da rede
pública. Cabe destacar que o sistema
de lâmina d’água sob piso elevado confere significativo efeito de isolamento térmico, reduzindo em até 50%
AS ÁGUAS PLUVIAIS SÃO RETIDAS NA LÂMINA DE ÁGUA E ESCOAM POR GRAVIDADE PARA O PONTO DE SAÍDA, AUMENTANDO O TEMPO DE RETORNO À REDE PÚBLICA E ATENUANDO INUNDAÇÕES
a transmissão de calor à laje inferior e
atenuando em até 3,8% a irradiação térmica ao seu entorno.
O aspecto inovador do sistema de reservatório de detenção de águas pluviais sob piso elevado está exata-
mente em juntar esses recursos em um método integrado, somando as vanta-
gens da detenção de águas pluviais às vantagens do sistema de irrigação e reaproveitamento de águas de chu-
va, tornando-se uma proposta totalmente voltada para a sustentabilidade. O método apresenta um rol de benefí-
cios ambientais, econômicos e sociais. A detenção de águas pluviais que ate-
nua o risco de inundações, a redução do consumo de água potável com o reaproveitamento das águas de chuva para irrigação, a viabilização de áreas
vegetadas sobre laje impermeabiliza-
da e a restauração da biodiversidade
urbana são, certamente, os principais benefícios que o sistema agrega à sociedade.
COMPOSIÇÃO DA LÂMINA DE ÁGUA, COM PISO ELEVADO, TUBO DE IRRIGAÇÃO E TERRA, ELEMENTOS INTEGRANTES DO SISTEMA DE IRRIGAÇÃO ASCENSIONAL
Método construtivo das coberturas não habitadas permite a implantação de bacias de detenção de águas pluviais
RESERVATÓRIOS DE DETENÇÃO PLUVIAL EM TERRAÇOS DE COBERTURA NÃO HABITADOS A segunda solução encontrada foi utilizar dispositivos de retenção nos
terraços do Grand Park Eucaliptos, criando os reservatórios de detenção pluvial em terraços de cobertura não
nas coberturas, que são dimensionadas em forma de lâminas inundáveis de 10 ou 15 cm de altura. As águas pluviais recolhidas nas lâ-
habitados. O sistema utiliza o princípio
minas de cobertura durante as fortes
origem, redução do investimento no
tubos de queda pluviais para o ponto
chuva.
à rede pública. O controle do volume
As coberturas não habitadas dos em-
diâmetro de saída, devidamente cal-
de controle na fonte, com retenção na
chuvas escoam por gravidade pelos
transporte e acúmulo das águas de
de saída, localizado na ligação pluvial
preendimentos Melnick Even têm, em
e vazão é feito pelo estreitamento do
tica para o projeto e dimensionamento de reservatórios de detenção pluviais. O empreendimento no Menino Deus possui sete reservatórios de detenção nos terraços de cobertura.
Dentre os muitos benefícios conferidos pelo projeto, vale destacar a criação de um sistema alternativo de detenção
de águas pluviais, com baixo impacto ambiental; atendimento à legislação vigente, às normas brasileiras e às boas
culado.
práticas construtivas; obtenção da re-
lhantes: terraços com lajes imperme-
A ideia original dos reservatórios de
com aumento do tempo de retorno,
aderida, isolamento térmico e piso
bertura não habitados foi concebida
de brita. Esse método construtivo, que
Eucaliptos e, depois, foi replicada para
a implantação de bacias de detenção
mostrou uma alternativa simples e prá-
geral, características técnicas semeabilizadas em manta asfáltica dupla
detenção pluvial em terrações de co-
constituído por uma camada de 5 cm
pela primeira vez para o Grand Park
não utiliza telhados e calhas, permite
outras obras da Melnick Even, pois se
tenção das águas de chuva na origem, atenuando a vazão de pico e a velo-
cidade de fluxo e diminuindo os riscos
de inundações; a contribuição para restaurar o ciclo natural das águas e controlar as oscilação dos níveis de rios e riachos.
95
Paixão O
QUE ULTRAPASSA GERAÇÕES
em chegar logo ao Beira-Rio impediu
de atualmente no bairro Santana, em
Agripino Rolan Bezerra e,
depois perceberam se tratar do za-
pequeno para o número de habitan-
lesionado e por isso não jogaria na-
imóvel maior, que oferecesse infraes-
ra do Inter e deixou colocar pra fora
bom espaço interno e localização
não entendíamos o porquê. A rivalida-
outros, foram encontrados no Grand
tindo. A diferença é que, na época,
do local ajudou na decisão, conforme
comenta.
do o Eucaliptos. “A localização foi o
O arquiteto recorda da década de 70,
escola, shopping, parques, etc. Mas é
presente na vida de Miguel
tória do novo Eucaliptos. Não mais o estádio, mas o empreendimento cons-
truído no terreno, que conta com um
espaço para preservar a memória da antiga casa colorada. A paixão pelo Inter, que vem de berço, o arquiteto repassa à família, formada pela esposa Aline Bonezi e pelos filhos Cathari-
na, de 6 anos, e os gêmeos Isadora e Rafael, de 4.
Por influência da mãe, ele, a irmã e o pai se tornaram colorados. “Ela era fanática, não perdia nenhum jogo. Em
partidas importantes, acendia uma vela em cada canto. E não dava ou-
tra: vitória do Inter!”, recorda. Em sua estreia no Beira-Rio, em 1975, o torce-
dor acompanhou o Grenal que daria o título do Campeonato Gaúcho ao In-
ter, por 1 a 0. Antes, porém, enfrentou um pequeno contratempo. “Meu pai estava perdido, errou e entramos na
torcida azul. Felizmente, conseguimos chegar até o lado do Inter e no final do jogo comemorar mais um título.” situação
inusitada
ocorreu
quando Bezerra, ainda adolescente, ia com amigos para o estádio do Inter assistir a um Grenal. Esperavam o ôni-
bus até que o condutor de um carro lhes ofereceu carona. A empolgação
96
CLIENTE
Internacional sempre esteve
agora, ele também será parte da his-
Outra
X
que reconhecessem o motorista, que
um apartamento, segundo o torcedor,
gueiro gremista Oberdan, que estava
tes. Por isso, decidiram procurar um
quele dia. “Estávamos com a bandei-
trutura adequada para as crianças,
do carro, acenando. Ele só ria e nós
privilegiada. Esses requisitos, entre
de sempre existiu e continuará exis-
Park Eucaliptos. Além disso, a história
não se tinha o medo que se tem hoje”,
Bezerra, mesmo não tendo frequenta-
quando o Inter se destacava com craques como Figueroa, Valdomiro e Falcão. Mas o jogador que mais gostava
era Escurinho, goleador da equipe. “Uma vez, estava caminhando na rua
com meus pais quando um Chevette parou logo à frente. Falei pra minha mãe: ‘Olha ali, é o Escurinho’. Então
apareceu de dentro do carro um crioulo com o maior sorriso que eu já tinha
visto, me abanou e deu um sonoro ‘oi’. Que exemplo de simplicidade! Ele era demais! Chorei quando morreu”.
A paixão colorada influenciou inclu-
sive a esposa, que se dizia gremista
mas acabou trocando de lado. “Foi no Mundial de 2006 que ela se rendeu. Aí saímos pra comemorar o títu-
lo. Agora é mais colorada ainda em
função das crianças, que só querem saber do Inter”, conta. A família resi-
principal motivador, perto do trabalho, claro que o fato de lá ter jogado o Rolo
Compressor pesou muito também”. Sócio do clube, o torcedor tenta fre-
quentar o estádio quando possível, com a esposa e os filhos. No novo en-
dereço, a uma pequena distância do Beira-Rio, a intenção é aumentar as idas à casa colorada.
Em um local que já surge com tantas memórias do passado, ele e a famí-
lia agora almejam construir uma nova
história de vida, no presente. “Espero que possamos criar boas relações e
novas amizades. A expectativa é que tenhamos um ótimo local para todos
e quem sabe poder fazer quase tudo ali, como ter aulas de futebol, dança,
academia, etc. Dar esse conforto e diversão pra gurizada e pra nós, sem sair de casa e com toda a segurança será maravilhoso”, projeta.
X
CLIENTE
Família
C
urtir o empreendimento em
mais seguidamente. Além disso, so-
Quando o assunto é futebol, porém,
jetivo dos membros da família
casa. “Fiz psicologia, mas adoro deco-
eles. A torcida é mista. Jouberto é
ra são elementos convidativos a ficar
de um grande amigo do pai, o João,
bom vinho”, descreve. “Sou canceria-
“Nasci em 1958 e, na década de 60,
ao extremo. Se depender de mim, não
onato que disputava. Não tinha como
família. Esse é o principal ob-
Ebersol, que irão morar no Grand Park Eucaliptos. Naturais de Pelotas, no sul
do Estado, Helenise e Jouberto Ebersol são casados há 28 anos. Dessa
união nasceu Marcus Vinícius, hoje com 24 anos de idade. Em 1993, Jouberto veio para Porto Alegre fazer resi-
dência médica no Hospital de Clínicas.
Apenas dez anos depois, Helenise e o filho vieram de muda para a capital gaúcha e a família voltou a morar junto.
Na busca por um imóvel, compraram, por um acaso, um apartamento no Menino Deus.
“É um bairro plano, muito central e de
fácil deslocamento para qualquer ou-
tro ponto de Porto Alegre”, enumera Jouberto as vantagens. Habituados à
região, ao sentir vontade de se mudar para um apartamento maior, em um
prédio com mais infraestrutura, não pensaram em momento algum em abrir mão da localização. “Nos apaixonamos pelo Menino Deus, tanto é que essa foi a principal condição para a nossa mudança, que o novo endereço também fosse no bairro”, reforça a matriarca.
A ideia de ter um espaço maior era
justamente para acomodar melhor a
família e ter todos por perto. Helenise queria ter um quarto a mais disponível para que sua mãe pudesse visitá-los
98
APAIXONADA PELO MENINO DEUS
nhava em poder ter adega e lareira em
não há um consenso comum entre
ração. Ao meu ver, a adega e a larei-
gremista por influência do pai Holly e
em casa. Acender o fogo e tomar um
que sempre foi fanático pelo Tricolor.
na, uma pessoa muito família. Caseira
o Grêmio ganhava tudo que é campe-
saímos nunca.”
ser diferente”, constata.
O filho Marcus Vinícius e a namora-
Já Helenise é a única gremista de uma
reside com a família, estudam para
torciam para o Inter: o pai, a mãe e,
mais espaço para se preparar para as
to implicante”. “Eu não me importava
berto também tinha o seu desejo par-
a torcer contra o Internacional só por
da Amanda, que atualmente também
família inteira de colorados. Todos
concurso e também precisavam de
principalmente, o irmão, “que era mui-
provas. Como ninguém é de ferro, Jou-
com futebol até que um dia comecei
ticular. “Meu grande sonho sempre foi
causa do meu irmão”, confessa.
morar em um lugar onde tivesse piscina térmica”, revela ele.
Filho de dois gremistas, Marcus Viní-
cius tornou-se tricolor naturalmente.
Em meados de 2011, ainda na fase de
Hoje, Amanda é a colorada “infiltrada”
nhecimento do empreendimento e foi
ação. “Acho ótimo! Vou para a janela
pré-lançamento, a família tomou co-
logo visitar o local. “Saímos de lá com a decisão tomada e a compra encaminhada”, relata Jouberto. Aos pou-
cos, a família foi curtindo o processo de esperar o Grand Park Eucaliptos
ganhar vida. “Sempre que saíamos para caminhar, passávamos lá para ver como estava”, recorda Helenise. Sobre o resultado, são todos unâni-
mes. “Estou maravilhado! Vai bem ao encontro das nossas expectativas”, garante o médico.
na família, mas se diverte com a situcomemorar os gols do Inter”, vibra a torcedora.
Da antiga residência, apenas o quadro de Nossa Senhora, que foi presente da
mãe de Helenise feito por um artista plástico de Pelotas, e um jogo de mesa
e duas cadeiras, que é de Dubai, seguem para o novo endereço. Além, é
claro, do melhor amigo da família, o Shad, cachorro da raça Shih-tzu que
compartilha dessa história há dois anos e meio.
XI
INSTITUCIONAL
QUALIDADE E INOVAÇÃO COMO MARCA REGISTRADA
C
om 22 anos de atuação no mer-
cado gaúcho, a Melnick Even é
uma das maiores construtoras
e incorporadoras do Rio Grande do Sul. Reconhecida como líder em imóveis de
alto padrão, tem a qualidade e a inova-
atingir maior qualidade do produto aliado à redução de custo.
Focada em realizar projetos inovadores com alto padrão de execução e atendimento, a empresa foi pioneira
ção como marca registrada.
ao lançar o Personal System, primeiro
Com a sustentabilidade inserida em
a preço fechado do Brasil. Da mesma
seu planejamento estratégico, a em-
presa tem um compromisso firmado com o meio ambiente e a sustentabilidade do planeta, seja na escolha de materiais, na seleção de fornecedores, no gerenciamento de resíduos durante as obras, no uso de tecnologias que promovam a eficiência energética e a
redução de desperdícios ou em proje-
tos como o Plano Ambiental instituído no Ponta da Figueira Marina. A política
sistema de personalização de imóveis forma, foi precursora ao lançar o primeiro e único empreendimento residencial com canais navegáveis do Sul do país: o Ponta da Figueira Marina, em Eldorado do Sul. O ineditismo e a ousadia de suas ações têm rendido excelentes frutos para seus clientes, investidores, parceiros e para a sociedade como um todo, além de importantes prêmios.
de qualidade da Melnick Even busca
Nos últimos 12 anos, a Melnick Even
tivas dos clientes através da melhoria
duscon Premium, 6 Top de Marketing
satisfazer as necessidades e expecta-
continua dos processos construtivos,
ambientais e gerenciais, buscando
soma mais de 30 premiações: 16 SinADVB/RS, 4 Top Ser Humano ABRH -RS, Prêmio Ser Humano da ABRH-
Certificações
Abiqua 2004
100
ISO 9001 2000
Nacional; Campeã de Inovação da Re-
vista Amanhã, Destaques do Ano do
Jornal do Comércio, Mérito Ambiental
Henrique Luiz Roessler da Revista Ecologia & Meio Ambiente RS e Prêmio
Qualidade América do Sul da Associação Brasileira de Incentivo à Qualida-
de (Abiqua). Além disso, já configurou no ranking das 500 Maiores do Sul, da Revista Amanhã.
A Melnick Even é certificada ISO 9001
desde 2001 e classificada com nível A
“Um empreendimento que já nasce cheio de histórias para contar e cercado de emoções, o que o torna ainda mais especial.” Leandro Melnick
DIRETOR-PRESIDENTE DA MELNICK EVEN
pelo Programa Brasileiro de Qualidade e Produtividade no Habitat (PBQP-H). Em 2007, a construtora e incorpora-
dora ampliou ainda mais o seu ramo
de atuação com a criação da Eixo-M, companhia de serviços de engenharia que veio para fortalecer a cadeia de valor, tendo a qualidade e o cumprimento de prazos como premissas. Consolidada, a empresa figura atualmente entre os principais players da construção civil.
Premiações
PBQP-H NÍVEL A
Mérito Ambiental 2011 e 2013
Top de Marketing 2004, 2005, 2011 e 2014
Top Cidadania 2010
Top Ser Humano 2003, 2004, 2005 e 2009
Destaque da Indústria 2008
Campeã da Inovação 2012
Sinduscon Premium 500 Maiores do Sul 2010, 2012 e 2013 Empresa do Ano de 2012
101
Foto: Fabiano Panizzi
XI
INSTITUCIONAL
PELO BEM-ESTAR E LAZER DA CIDADE
A
Melnick Even é uma empresa
pliou os resultados positivos da cons-
mações da cidade. Por isso,
padrão no Rio Grande do Sul e foi des-
que trabalha com as transfor-
ao mesmo tempo que constrói empre-
endimentos funcionais e sustentáveis,
assume o compromisso de promover constantemente melhorias em áreas públicas e, assim, contribuir para o
bem-estar, o lazer e a qualidade de vida dos porto-alegrenses.
A sustentabilidade faz parte do DNA da empresa. Com uma série de iniciativas consolidadas ao longo dos anos,
a Melnick Even conseguiu reduzir sig-
nificativamente os impactos ao meio ambiente. O conjunto de práticas e estratégias, que inclui a criação de um
núcleo especial para trabalhar o planejamento de ações sustentáveis, am-
102
trutora e incorporadora líder em alto taque do Sinduscon Premium 2013.
A iniciativa, denominada Comitê de Sustentabilidade da Melnick Even,
consiste em reunir, por meio de fóruns
de discussão e trabalho, colaborado-
res de diferentes setores da empresa
para coordenar e implementar ações planejadas e coerentes. Dividida em
Entre os resultados obtidos, destacam-se a aplicação do Checklist de Sustentabilidade em obras da Melnick Even (GT Produto); o monitoramento ambiental de consumos de água, energia e resíduos, educação ambiental e redução de consumo (GT Obras); gerenciamento do Plano de Gestão de Resíduos da Construção Civil e implantação dos sistemas de coleta seletiva em
grupos de trabalho (GTs), cada equipe
canteiros e de coleta seletiva comu-
vas áreas de competência para seg-
responsabilidade
grandes temas: Fornecedores, Indica-
de praças, assim como a realização
Produto, Resíduos, Sede/Institucional
na Praça e campanha do agasalho
utiliza as expertises de suas respecti-
nitária (GT Resíduos); programas de
mentar as soluções focadas em oito
como Empreiteiro Parceiro e adoção
dores, Inventários de Carbono, Obras,
dos eventos Páscoa na Praça, Natal
e Social.
(GT Social).
socioambiental
Foto: Divulgação / Even
PRAÇAS DE QUALIDADE Já é prática comum a Melnick Even adotar praças e revitalizá-las com
o mesmo rigor de qualidade de seus empreendimentos. Adotada em
2013, a praça Carlos Simão Arnt, mais conhecida por praça da Encol, ganhou uma série de melhorias da empresa, como novos brinquedos
e equipamentos, duas áreas fitness – uma destinada a exercícios com pesos e outra especialmente projetada para pessoas da terceira idade –, totens de sinalização e um PetPlay, espaço cercado para cachorros poderem brincar, correr e se divertir à vontade.
Além da Encol, a Melnick Even adotou também a praça Athos Damas-
ceno Ferreira, entre as ruas Coronel Bordini e Quintino Bocaiúva, no Moinhos de Vento; a praça Bela Vista, entre as ruas Engenheiro Antônio Rebouças e Engenheiro Veríssimo de Matos, nos altos da Bela Vis-
ta; a praça Garibaldi, entre a avenida Erico Veríssimo e a rua José do Patrocínio, na Cidade Baixa; a praça Japão entre a alameda Coelho
Neto e a rua 14 de Julho, e duas rótulas, a das avenidas Nilo Peçanha e Ipê e a das avenidas Saturnino de Brito e Ipê.
A praça da Encol conta com equipamentos modernos e uma série de privilégios, originários de uma total reformulação realizada pela Melnick Even
104
INCENTIVO AO ESPORTE A fim de promover a qualidade de vida por meio do esporte, a Melnick Even
investe em torneios e competições esportivas. Entre os eventos apoiados em 2014 pela empresa estão o 2º Open Melnick Even de Beach Tennis, realizado
na praça da Encol; a 2ª Copa Imama de Tênis, na Sogipa; o Aberto de Tênis
do Rio Grande do Sul, em que promoveu o Melnick Even Pro-Am, torneio que integrou a programação do Challenger gaúcho, na Sogipa; o torneio de du-
plas masculinas Melnick Even Rick Tênis, nas quadras da Academia de Tênis Rick Fontoura; e o Aberto de Tênis da Sogipa.
PÁSCOA E NATAL SOLIDÁRIOS Tradição na Melnick Even, os projetos Páscoa na Praça e Natal na Praça costumam reunir em praças adotadas pela empresa crianças e jovens de escolas públicas municipais e estaduais, com o objetivo de promover atividades de lazer e, assim, proporcionar a elas momentos de alegria e des-
contração nessas datas comemorativas. Em sua décima edição, o Natal na Praça de 2014 contou com a participação de mais de 400 pessoas, que
puderam aproveitar a programação com direito a esportes, gastronomia e show musical. Cerca de 40 crianças da Escola Estadual Hiroshima, de Eldorado do Sul, vibraram com os presentes entregues pelo Papai Noel.
105
XII
ENTORNO
COMPLETO DE A A Z
U
m lugar que tem o mais belo pôr do sol, próximo a impor-
tantes centros comerciais e de
lazer, o Grand Park Eucaliptos está lo-
calizado em um ponto nobre da capital
gaúcha, a poucos metros do Parque Marinha do Brasil e da orla do Guaíba. Uma região fortemente influenciada
Gonçalves Dias; a sede esportiva do Clube do Comércio de Porto Alegre, na avenida Bastian; e o ginásio Tesourinha, na avenida Erico Veríssimo. Quando o assunto é cultura, a região do entorno do empreendimento tam-
tanto pelo esporte quanto pela cultura.
bém não deixa nada a desejar e ofe-
Apenas três quadras separam o em-
a exposições, shows e teatros. Criado
preendimento do principal cartão-pos-
tal da cidade. Ou melhor, três quadras e um parque maravilhoso. Essencialmente esportivo, o Marinha do Brasil
tem, em 70,7 hectares de extensão, aparelhos de ginástica, campos de futebol sete, pistas de atletismo, ciclismo, patinação e skate; quadras
rece uma série de espaços destinados na década de 70, o Centro Municipal de Cultura, Arte e Lazer Lupicínio Rodrigues, na avenida Erico Veríssimo, abriga o Atelier Livre, de artes plásticas, a Biblioteca Pública Municipal Josué Guimarães, o Teatro Renascença, a Sala Álvaro Moreyra e o Saguão de
cique. Inaugurada em maio de 2008,
a nova sede dedicada a preservar e divulgar a obra do artista brasileiro configura-se como um referencial ar-
quitetônico não apenas para a cidade, mas também para o país. Trata-se da
primeira edificação do arquiteto português Álvaro Siza no Brasil.
Além de toda essa influência cultural e
esportiva, o Menino Deus é um bairro muito bem abastecido pelo comércio
de bens e serviços, próximo a dois dos principais shopping centers da cidade,
o Praia de Belas Shopping e o Barra Shopping Sul. Também tem fácil acesso às principais redes de supermer-
cados, o Zaffari Menino Deus, na rua
Exposições.
Múcio Teixeira, e o Nacional, da aveni-
e vôlei, além de recantos infantis e
Já em direção ao Centro, pela orla do
quantidade de lojas de rua, mercados
A fauna do local é composta por di-
um local para espetáculos e eventos
e pequenas tartarugas. De sua área
gre. Localizado no Parque Maurício
em bosques, onde são encontradas
o seu nome escolhido por votação po-
como canafistulas, ingás, jambolões,
Com capacidade para cerca de 70
de basquete, futebol de salão, tênis espaço cívico com espelho d’água.
Guaíba, está o Anfiteatro Pôr do Sol,
versas espécies de pássaros, peixes
a céu aberto e gratuitos em Porto Ale-
total, 11 hectares foram transformados
Sirotsky Sobrinho, o espaço, que teve
árvores nativas e espécies exóticas
pular, foi inaugurado em maio de 2000.
jerivás e timbaúvas.
mil pessoas, já recebeu, entre outros
A influência do esporte, entretanto, é
ainda mais forte quando considerada a proximidade do Grand Park Eucalip-
tos com o estádio Beira-Rio, do Sport Club Internacional; o tradicional clube Grêmio Náutico Gaúcho, na avenida Praia de Belas; o Centro Estadual de
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Treinamento Esportivo (CETE), na rua
eventos, shows de Maria Rita e Vanessa da Mata, além da gravação do quarto DVD da banda mineira de pop rock Jota Quest – Até Onde Vai. E não termina aí! Em direção contrária, rumo ao bairro Cristal, está a Fundação Iberê Camargo, na avenida Padre Ca-
da José de Alencar. Isso sem contar a de bairro, postos de conveniência e demais facilidades à disposição.
Opções gastronômicas não faltam. De pequenos bares a sofisticados restaurantes, tem para todos os gostos e paladares. Como se tudo isso não
bastasse, ainda é um bairro assistido por uma das instituições de saúde
mais bem conceituadas da Capital, o Hospital Mãe de Deus. Referência no
atendimento médico-hospitalar de alta complexidade, possui mais de 30 anos
de atividades e reconhecida equipe de
profissionais qualificados, corpo clínico especializado e os melhores recursos tecnológicos para a saúde.
Foto: Divulgação
PARQUE MARINHA DO BRASIL
A ideia de transformar a área de 70,70 hectares em parque nasceu do desejo da população de reintegrar a cidade ao
lago Guaíba. É um parque essencialmente esportivo, com quadras de futebol de salão, tênis, vôlei, basquete, pistas de patinação, skate, atletismo e ciclismo; aparelhos para ginástica, campos de futebol 7, com recantos infantis e espaço cívico com espelho d´água. Inaugurado em 9 de dezembro de 1978.
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Av. Borges de Medeiros, 2.035 (51) 3231.0168
Foto: Ivo Gonçalves/PMPA
ANFITEATRO PÔR DO SOL
Importante equipamento de lazer que comporta grandes espetáculos, conta com área toda aberta, valorizando ao
Av. Edvaldo Pereira Paiva, s/nº
máximo os aspectos naturais do espaço e permitindo o livre acesso do público à cultura e ao lazer. Com capacidade para 50 mil pessoas assistirem a grandes espetáculos ao ar livre e à beira do Guaíba, desfrutando de umas das mais belas vistas da cidade.
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Foto: Elvira T. Fortuna
FUNDAÇÃO IBERÊ CAMARGO
Um dos pontos culturais e turísticos mais charmosos da capital gaúcha. Referência na arquitetura mundial, a instituição
promove exposições de arte moderna e contemporânea. Abriga ainda o acervo de obras e documentos do artista, ateliê de gravura, uma loja e um café, de onde se tem uma vista privilegiada para apreciar o pôr do sol.
www.iberecamargo.org.br Av. Padre Cacique, 2.000 (51) 3247.8000
Foto: Divulgação / DECISION BUSINESS SCHOOL - FGV
DECISION BUSINESS SCHOOL - FGV
Fundada em 1993, foi a primeira empresa fora do eixo Rio-São Paulo a se tornar parceira da Fundação Getúlio Vargas para descentralização de seus cursos, aproximando seus melhores e mais modernos cursos de MBA e pós-graduação em nível de especialização, aperfeiçoamento e atualização dos profissionais gaúchos.
http://mgm-portoalegre.fgv.br Av. Praia de Belas, 1.510 (51) 3027.3040
Foto: Divulgação / HMD
HOSPITAL MÃE DE DEUS
Reúne em um só local diversos serviços e especialidades, como diagnóstico, oncologia, cardiologia, neurologia, cirur-
gias, traumatologia e medicina da mulher. É o único hospital do Sul do país com a dupla certificação ONA 3 e JCI, que comprova seu compromisso com rigorosos padrões internacionais de segurança e assistência ao paciente.
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www.maededeus.com.br Rua José de Alencar, 286 (51) 3230.6000
Foto: Divulgação / Praia de Belas Shopping
PRAIA DE BELAS SHOPPING
Fundado há 24 anos, o Praia de Belas registra um grande processo de reinvenção. Em três pisos, possui 235 lojas de
todos os segmentos, cinco restaurantes e seis salas do GNC Cinemas operadas com tecnologia de última geração. O shopping tem localização privilegiada e oferece 2.500 vagas de estacionamento.
www.praiadebelas.com.br Av. Praia de Belas, 1.181 (51) 3131.1700
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Foto: Divulgação / Grêmio Náutico Gaúcho
GRÊMIO NÁUTICO GAÚCHO
A sede social, no coração do Menino Deus, oferece uma estrutura completa para fazer do clube a sua segunda casa. Além de possuir uma escola infantil, que atende crianças de 1 a 6 anos, conta com uma moderna academia e diversas modalidades esportivas. Oferece o espaço ideal para qualquer tipo de evento, com toda infraestrutura necessária.
www.gngaucho.com.br Av. Praia de Belas, 1.948 (51) 3230.3000
Foto: Divulgação / Sport Club Internacional
ESTÁDIO BEIRA-RIO
O Beira-Rio é a casa dos colorados. Palco das grandes conquistas do Sport Club Internacional, o estádio passou por um amplo processo de modernização e foi a sede gaúcha da Copa do Mundo de 2014. Conhecido como ‘Gigante’, tem capacidade superior a 50 mil torcedores, que podem assistir com total conforto aos jogos do campeão de tudo.
www.internacional.com.br Av. Padre Cacique, 891 (51) 3230-4600
Foto: Divulgação / Costela no Roletche
COSTELA NO ROLETCHE
Peças inteiras de costela assando em uma grelha giratória (rolete) por no mínimo cinco horas, fazendo com que a car-
ne fique macia e deliciosa. O carro chefe sempre foi e sempre será a costela de boi, mas também oferece no rodízio, costela de suíno, porco pururuca e paleta de cordeiro. Clima familiar e refeição gostosa!
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www.costelanoroletche.com.br Rua Marcílo Dias, 965 (51) 3235.1896
Foto: Divulgação / NB Steak
NB STEAK – BEIRA-RIO
A casa sempre foi padrão em atendimento e é reconhecida como o melhor restaurante de carnes de Porto Alegre. É um misto de churrascaria-rodízio com steak house. Entre as carnes, as grandes estrelas do lugar, há doze cortes provenientes de fazendas do Rio Grande do Sul e do Uruguai, entregues à mesa quando solicitados pelo cliente.
www.nbsteak.com.br Av. Edvaldo Pereira Paiva, s/nº Parque Gigante do Beira Rio (51) 3232.7622
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Foto: Divulgação / ppppppp
TACO PUB
Existem três maneiras de comer a deliciosa pizza da Taco Pub: à la carte, tele-entrega e com a pizzaria móvel que leva os garçons e os pizzaiolos para sua festa. A casa abre todos os dias, a partir das 18h, e oferece um cardápio com mais de 50 sabores de pizzas, as melhores cervejas e quatro mesas oficiais de sinuca.
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www.tacopub.com.br Av. Getúlio Vargas, 989 (51) 3061.3035
Foto: Divulgação / Oficina do Açaí
OFICINA DO AÇAÍ
Há seis anos, a Oficina do Açaí é a melhor opção de alimentação saudável e gostosa no bairro Menino Deus. Além do melhor açaí de Porto Alegre, aqui você também encontra lanches e refeições balanceadas e nutritivas com o clima superdescontraído do restaurante.
www.oficinadoacai.com.br Av. Getúlio Vargas, 1.138 (51) 3072.0545
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Foto: Divulgação / Confeitaria Quero Mais
CONFEITARIA QUERO MAIS
Referência de qualidade e satisfação desde 1991, a Confeitaria Quero Mais é tradição no bairro Menino Deus. Possui um amplo menu de tortas, doces, salgados e oferece almoço. A empresa preza por qualidade e oferece opções variadas para os paladares mais exigentes. No espaço de eventos, oferece toda estrutura de pessoal e serviços.
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www.confeitariaqueromais.com.br Rua Botafogo, 700 (51) 3232.1540
Foto: Divulgação / Via Vêneto Galeteria
VIA VÊNETO GALETERIA
Há 20 anos, é o tradicional ponto de encontro das famílias do bairro Menino Deus. Tem localização privilegiada e salões
perfeitos para encontros de negócios e alegres reuniões familiares. A tradição da culinária italiana em galetos e massas, a dedicação para bem servir e a segurança fazem parte do sucesso da casa. Oferecem também o serviço de tele-entrega.
www.viavenetogaleteria.com.br Rua José de Alencar, 501 (51) 3233.4111
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Foto: Divulgação / ppppppp
VINHOS DO MUNDO
A loja possui mais de 1.000 rótulos originários dos mais diversos países, além de vários produtos de delicatessen.
Aliando tradição ao que há de mais novo no mercado, oferece o melhor ambiente para proporcionar uma excelente experiência de compra. Possui ambiente climatizado, estacionamento próprio, segurança no local e profissionais especializados sempre prontos para prestar um bom atendimento.
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www.vinhosdomundo.com.br Av. Getúlio Vargas, 1.135 (51) 3232.4820
Foto: Raul Krebs
BAH
Parte do Grupo Press gastronomia, o Bah é o primeiro restaurante brasileiro especializado na cozinha contemporânea
do RS. Pratos como o tortéi de charque desfiado com farofa de biscoito de amaretto ou a costela gaúcha assada com farofa de erva-mate são destaques do cardápio. Hoje, é conhecido no Brasil todo pela cozinha criativa, alto padrão de
www.grupopress.com.br Avenida Diário de Notícias, 300 (51) 3247.3000
qualidade e projeto arquitetônico arrojado.
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SERVIÇOS
ACADEMIAS | ESPORTES Academia Bio Fitness www.academiabiofitness.com.br Av. Getúlio Vargas, 760 (51) 3231.6368 Academia Master Fitness Center www.masterfitnesscenter.com.br Av. Botafogo, 300 (51) 3232.1180 Academia Sal da Terra www.saldaterra.com.br Rua José de Alencar, 609 (51) 3233.1270 CETE – Centro Estadual de Treinamento Esportivo www.sel.rs.gov.br Rua Gonçalves Dias, 628 (51) 3233.6644 Espaço Via Corpus www.espacoviacorpus.com.br Rua Marcílio Dias, 723 (51) 3012.1221 Estádio Beira-Rio www.internacional.com.br Av. Padre Cacique, 891 (51) 3230.4600 Pilates Motriz www.pilatesmotriz.com.br Rua Saldanha Marinho, 30 (51) 3231.1661 Raia Sul – Unidade Menino Deus www.raiasul.com.br Av. Bastian, 164 (51) 3232.3844 Rye Sports www.patinsrye.com.br Av. José de Alencar, 1.182 (51) 3330.1104
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Vera Machado Viagens e Turismo www.veramachado.com.br Rua Miguel Couto, 888 (51) 3231.4442
CHAVEIROS Chaveiro do Menino Deus www.chaveirodomeninodeus.com.br Rua Botafogo, 558 (51) 3231.9508 Tele-chaveiro Botafogo www.telechaveirobotafogo.com.br Rua Botafogo, 242 (51) 8483.6764
CLUBES Clube do Comércio de Porto Alegre – sede esportiva www.clubedocomerciopoa.com.br Av. Bastian, 164 (51) 3231.5438 Grêmio Náutico Gaúcho www.gngaucho.com.br Av. Praia de Belas, 1.948 (51) 3230.3000
CONVENIÊNCIA Barra Shopping Sul www.barrashoppingsul.com.br Av. Diário de Notícias, 300 (51) 4003.4171 Casa de Carnes Moacir www.casamoacir.com.br Rua Silveiro, 272 (51) 3231.7666
AGÊNCIAS DE TURISMO
Shopping Praia de Belas www.iguatemi.com.br/ praiadebelasshopping Av. Praia de Belas, 1.181 (51) 3131.1700
Phd Turismo www.phdtur.com.br Rua Antenor Lemos, 57, sala 701 (51) 3028.3838
Vinhos do Mundo www.vinhosdomundo.com.br Av. Getúlio Vargas, 1.135 (51) 3232.4820
EDUCAÇÃO | ESCOLAS Cultura Inglesa www.culturainglesa.com.br Av. Getúlio Vargas, 983 (51) 3223.3120 IMED – Faculdade Meridional www.imed.edu.br Av. Bastian, 121 (51) 3232.1800 Talenthos – Escola de Música www.talenthos.com.br Rua Dona Augusta, 517 (51) 3231.9495 UP Idiomas www.upidiomas.com.br Av. Getúlio Vargas, 646 (51) 3024.8774 Wizard www.wizard.com.br Rua Silveiro, 281 (51) 3013.7137 Yázigi www.yazigi.com.br Rua Botafogo, 713 (51) 3013.1908
ESTÉTICAS Mirage Intercoiffure www.mirageintercoiffure.com.br Rua Múcio Teixeira, 933 (51) 3085.3900 Não + Pêlo www.naomaispelo.com.br Rua José de Alencar, 880 loja B (51) 3273.7517 Nova Estética Urbana www.novaesteticaurbana.com.br Rua José de Alencar, 581 (51) 3276.5050 Studio Hair International www.studiohair.com.br Av. Getúlio Vargas, 1244 (51) 3231.6163
Trend Hair www.trendhair.com.br Av. Getúlio Vargas, 1.671 (51) 3093.0393
FARMÁCIAS Agafarma www.agafarma.com.br Av. Getúlio Vargas, 866 (51) 3061.1696 Bulla Manipulação www.bulla.com.br Av. Getúlio Vargas, 1.603 (51) 3233.1444 Central do Diabético www.centraldodiabetico.com.br Av. Getúlio Vargas, 326 (51) 3286.2323 Farmácia Spengler www.farmaciaspengler.com.br Rua Antenor Lemos, 36 (51) 3231.7744 Farmácia Pague Menos Rua José de Alencar, 460 (51) 3219.2122 Panvel Farmácias www.panvel.com Rua José de Alencar, 399 (51) 3233.5733 Rua Múcio Teixeira, 680 (51) 3235.3064 Quiron Farmácia www.farmaciaquiron.com.br Av. Getúlio Vargas, 1511 (51) 3230.3200
Arte in Fiori www.arteinfiori.com.br Rua Itororó, 171 Fone: (51) 3508.9879
GALERIAS DE ARTE | TEATROS Centro Municipal de Cultura, Arte e Lazer Lupicínio Rodrigues Avenida Érico Veríssimo, 307 (51) 3289.8051 Fundação Iberê Camargo www.iberecamargo.org.br Av. Padre Cacique, 2.000 (51) 3247.8000 Teatro Nilton Filho www.teatroniltonfilho.com.br Rua Grão Pará, 179 (51) 3028.3663
GASTRONOMIA Armelin Confeitaria www.armelin.com.br Rua Gonçalves Dias, 230 (51) 3233.7909 Bauru Country www.baurucountry.com.br Av. Getúlio Vargas, 181 (51) 3227.2322 Bell Vedere Restaurante Praça Menino Deus, 81 www.bellvedererestaurante.com.br (51) 3022.4705
FLORICULTURA
Bentô Sushi Lounge www.sushibento.com.br Av. Bastian, 323 (51) 3779.0323
Art Fashion Floricultura www.artfashionfloricultura.com.br Rua Caldwell, 742 (51) 3250.3423
Cannes Frutos do Mar www.cannesfrutosdomar.com.br Av. José de Alencar, 578 (51) 3233.9642
Cia Sanduíches www.ciasanduiches.com.br Av. Getúlio Vargas, 1.430 (51) 3231.6666 Confeitaria Maranghello www.confeitariamaranghello.com.br Rua Almirante Gonçalves, 286 (51) 3233.3788 Av. Getúlio Vargas, 1598 (51) 3231.6471 Confeitaria Quero Mais www.confeitariaqueromais.com.br Rua Botafogo, 700 (51) 3233.2646 Costela no Roletchê www.costelanoroletche.com.br Rua Marcílio Dias, 965 (51) 3235.1896 Churrascaria e Galeto Menino Deus Rua José de Alencar, 651 (51) 3232.2628 Churrascaria e Galeteria Ravenna Rua José de Alencar, 661 (51) 3231.9122 Croasonho www.croasonho.com.br Av. Getúlio Vargas, 1.010 (51) 3232.3253 Estrela Gaúcha www.estrelagaucha.com.br Av. Getúlio Vargas, 1.243 (51) 3232.3203
Koori Sushi www.koorisushi.com.br Rua Silveiro, 75 (51) 3377.3016
Taco Pub – Pizza e Bilhar www.tacopub.com.br Av. Getúlio Vargas, 989 (51) 3061.3035
Live Sushi www.livesushi.com.br Av. Getúlio Vargas, 561 (51) 3085.8548
Via Veneto Galeteria www.viavenetogaleteria.com.br Rua José de Alencar, 501 (51) 3235.3530
HOSPITAIS | CLÍNICAS MÉDICAS
Nihon Sushi www.nihonsushi.com.br Av. Getúlio Vargas, 820 (51) 3372.7072
Centro Clínico Mãe de Deus www.maededeus.com.br Rua Costa, 30 (51) 3230.2600
Oficina do Açaí www.oficinadoacai.com.br Av. Getúlio Vargas, 1.138 (51) 3072.0545
Hospital Mãe de Deus www.maededeus.com.br Rua José de Alencar, 286 (51) 3230.6000
Pão da Nona www.paodanona.com.br Av. José de Alencar, 1.365 (51) 3233.3599
HOTÉIS
Restaurante e Churrascaria Forno e Fogão www.fornoefogao-rs.com.br Rua Silveiro, 120 (51) 3233.5534 Restaurante Lepajan www.restaurantelepajan.com.br Rua José de Alencar, 775 (51) 3231.0580
Forneria Gaúcha www.forneriagaucha.com.br Rua Barão do Guaíba, 679 (51) 3013.2912
Restaurante Tirol www.restaurantetirol.com.br Rua José de Alencar, 520 (51) 3233.7898
Freio de Ouro Churrascaria www.freiodeourochurrascaria.com.br Rua José de Alencar, 460 (51) 3029.5857
Sorveteria La Bambina www.facebook.com/ SorveteriaLaBambina Av. Getúlio Vargas, 1.059 (51) 3233.7098
Lavanderia Menino Deus Rua Barbedo, 271 (51) 3219.9012
OUTROS SERVIÇOS
NB Steak www.nbsteak.com.br Av. Edvaldo Pereira Paiva, s/nº (51) 3232.7622
Restaurante Clube do Comércio Av. Bastian, 178 (51) 3233.8138
Lavanderia Fuji Rua José de Alencar, 698 (51) 3223.3625
Blue Tree Towers Millenium www.bluetree.com.br Av. Borges de Medeiros, 3.120 (51) 3026.2200 Hotel Coral Tower Express www.coraltower.com.br Av. Getúlio Vargas, 318 (51) 3226.5536
FAMURS www.famurs.com.br Rua Marcílio Dias, 574 (51) 3230.3100 Fórum Central de Porto Alegre Rua Mario L. Veras Vidor, 10 (51) 3224.1580 Tribunal de Justiça do Estado do RS www.tjrs.jus.br Av. Borges de Medeiros, 1.565 (51) 3210.6000 Tribunal Regional Eleitoral www.tre-rs.jus.br Av. Padre Cacique, 96 (51) 3230.9600 Tribunal Regional do Trabalho www.trt4.jus.br Av. Praia de Belas, 1.100 (51) 3255.2000
LAVANDERIAS Fast Clean Lavanderia www.fastclean.srv.br Rua José de Alencar, 998 (51) 3029.1535 Lavanderia Chuá www.lavanderiachua.com.br Rua Múcio Teixeira, 680 (51) 3231.8515 Rua Botafogo, 829 (51) 3233.3722 Av. Getúlio Vargas, 362 (51) 3226.9966
PET SHOPS | CLÍNICAS VETERINÁRIAS
Cia Animal www.cianimal.com.br Av. Getúlio Vargas, 654 (51) 3223.0103 Hospital Veterinário Lorenzoni www.hospitallorenzoni.com.br Av. Getúlio Vargas, 217 (51) 3221.4239 Pet Shop Cusco Amigo www.petshopcuscoamigo.com.br Rua Marcílio Dias, 825 (51) 3026.3236 Pet Shop Molecão www.petshopmolecao.com.br Rua Barão do Triunfo, 90 (51) 3062.9977 Pet Center Av. Getúlio Vargas, 1.676 (51) 3233.7299 Ponto do Cão www.pontodocao.com Av. Padre Cacique, 930 (51) 3232.4251
PRAÇAS | PARQUES Anfiteatro Pôr do Sol Av. Edvaldo Pereira Paiva Parque Marinha do Brasil www2.portoalegre.rs.gov.br/smam Av. Borges de Medeiros, 2.035 (51) 3231.0168
SUPERMERCADO
A Terra dos Bichos www.aterradosbichos.com.br Av. Érico Veríssimo, 1.214 (51) 3028.6642
Supermercado Nacional www.nacional.com.br Rua José de Alencar, 998 (51) 3954.1276
Bicho Pet Store www.bichopetstore.com.br Av. Ganzo, 633 (51) 3398.5648
Zaffari Menino Deus www.zaffari.com.br Rua Múcio Teixeira, 680 (51) 3235.2222
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