Brilho de um Ăcone
Propriedade + delicadeza
Especial Catwalk
Swarovski faz 120 anos
A moda do inverno 2016
Preview do verĂŁo 2017
About | EDItoR'S LEttER
e sensibilidade Acione todos os seus sentidos. Na busca por respostas ou fórmulas para atravessar o pantanoso terreno da instabilidade econômica, armadilhas podem estar camufladas sob conselhos práticos, repetição de processos antigos ou sob o refúgio naquilo que “sempre funcionou”. Vivemos mais uma fronteira da nova ordem mundial e é tempo de reavaliar, discutir, pesquisar, encontrar novos caminhos. O consumo mudou. Não (apenas) pela diminuição do dinheiro circulante, mas também porque nas camadas que impulsionam o comportamento de compra, algo está mudando. Na edição passada já falamos do lowsumerism, e agora vale pensar sobre a geração de desejos de consumo entre youngsters, os jovens de todas as idades que, com suas atitudes, inspiram o mundo. Eles querem identificação e respondem com engajamento, querem relevância, respeito, criatividade. Enxergam marcas como símbolos que podem - porque não - carregar valores humanizados, mas exigem delas comportamento de acordo. Na ciranda das marcas, produtos, coleções e lançamentos, o ano de 2016 começa com as novas propostas de inverno sendo colocadas no tabuleiro. Aqui nessa edição, separamos uma
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seleção dos melhores produtos - sempre com foco nos calçados e acessórios - que sinalizam os fundamentos da temporada. Além disso, artigos e matérias trazem na revista caminhos, questionamentos e insights para quem trabalha no mercado da moda ou simplesmente faz dela sua forma de expressão. Na convergência com manifestações como cinema, música, arte ou até gastronomia, formam-se movimentos que produzem os diálogos multidisciplinares tão salutares e inspiradores. Preparamos o mindset para o próximo verão, já. Com atenção ao circuito internacional da moda e observando figuras iconoclastas no estabelecimento das novas estéticas, o caderno especial Catwalk direciona os radares para frente, destacando não só materiais, padronagens e cores, como também modelagens importantes. Entre o novo ano com energia, equilibrando o lado mais apaixonante e emocional da moda com a racionalização que o conhecimento de qualidade pode proporcionar. Absorva nosso conteúdo, inspire-se, divirta-se. E aproveite sua leitura! Cristina Pacheco diretora de redação
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www.aboutshoes.com.br No twitter: @about_shoes No instagram: @aboutshoes facebook.com/AboutShoes Direção CriAtivA Júlio rossi Castilho julio@editoranove.com.br Direção De reDAção Cristina Pacheco cristina@editoranove.com.br Brilho de um ícone Swarovski faz 120 anos
Propriedade + delicadeza A moda do inverno 2016
Especial Catwalk
Preview do verão 2017
Brilho de um ícone
Swarovski faz 120 anos
Capa Woman Foto: Carlos Contreras
Propriedade + delicadeza
A moda do inverno 2016
Especial Catwalk
Preview do verão 2017
Capa Man Foto: Manoela D’Ávila
eDição Juliana Berwig jornalismo@editoranove.com.br DeSiGN José roveda Jr. contato@rovedajr.com FiNANCeiro Sandra Klock sandra@editoranove.com.br FotoS De ProDUtoS tiago Heckler rePreSeNtANte CoMerCiAL Daniel Zimmermann (rS) daniel@midiazem.com.br Leandro Araújo (Franca/SP) leandrojaraujo@uol.com.br
Periodicidade: trimestral About Shoes é marca registrada. A revista About Shoes é publicada por Nove editora Ltda. rua tristão de Alencar, 630 Novo Hamburgo, rS | CeP 93340-130 Fone: (51) 3595-8147 A empresa é comprometida com a responsabilidade ambiental, por isso a revista é impressa com papéis com certificação de manejo florestal responsável. CtP, impressão e acabamento: Gráfica editora Pallotti
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CoLABorADoreS Krika Martinez, Márcio Porcher, Maria Augusta Medeiros, João Henrique Joner, Carlos Contreras, taís Andrade, Juliana Berwig, Lucas Martins de Mello, Diego Marcon, Manoela D’Ávila, Daniele Wickert e Arno Duarte About Shoes não se responsabiliza pelos conceitos e opiniões emitidos nos artigos assinados. As pessoas que não constam do expediente da revista não têm autorização para falar em nome de About Shoes ou retirar qualquer tipo de material para produção de editorial caso não tenham em mãos carta atualizada e datada, em papel timbrado, assinada pela diretoria.
011 NOTAS: DESIGN 014 NOTAS: FOOD AND DRINKS 016 NOTAS: SHOPPING 018 NEw SHOES 019 COMING SOON 022 SCRAPS: ROSA QUARTZO
033 MARKETING: lIçõES DA TOyOTA 034 TRENDS: PRATA 036 TRENDS: METAIS 037 TREINAMENTO: CRESCER NA CRISE 038 ART: A IlUSTRADORA FERNANDA GUEDES 040 lIFE: lIbERDADE PARA vIvER 042 MODA FEMININA 054 MOvIES: NOvO QUENTIN TARANTINO 056 ExHIbITION: bARbIE NO MUSEU DE PARIS 058 bEAUTy: RUIvOS PóS vERãO 060 ICON: 120 ANOS DO bRIlHO MAIS FAMOSO DA MODA
060 019 023 NEw bAGS 024 SCRAPS: POINTED FlATS 026 SCRAPS: STRETCH bOOTS 027 DESIGN ESTRATéGICO 028 POP: KANyE wEST 030 TRENDS: AZUIS 032 TRENDS: vERMElHOS
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062 MODA INFANTIl 068 KID'S TRENDS 070 MODA MASCUlINA 080 MEN'S TRENDS 082 MEN'S lIST 083 CATwAlK: PREvIEw vERãO 2017 098 CONTATOS
About | GuESt LISt
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1. Márcio Porcher é estilista de calçados com mais de 15 anos de experiência, já atuou em marcas como Dumond, cravo&canela, Via Uno e Tches Brazil, ajudando a conectar seus produtos com seu público, incrementando vendas e o reconhecimento das marcas. Mais recentemente fundou a iLoveFlats, uma startup de vendas online e atualmente trabalha como consultor na M Porcher Design, com foco em Direção criativa e Gestão de coleções de Moda.
6. DieGo MArcoN, nosso colunista de beauty, é cabeleireiro e trabalha na Portrait Peluquería, em Buenos Aires, onde mora atualmente. Assina beleza de campanhas de grandes marcas e desfiles nacionais e internacionais. Tem sua carreira dedicada à beleza para moda e às noivas.
2. ArNo DUArTe é coach e consultor organizacional na Favoo Desenvolvimento humano. Adora o que faz, mas não deixa de se aventurar em peças de teatro, videoclipes, música, fotografia, meditação ou em qualquer coisa que estimule expressão e criatividade. Acredita que o sentido da vida é amar e se divide entre projetos pessoais e profissionais buscando a felicidade autêntica nas 30 horas do seu dia.
7. curiosidade e dedicação são palavras-chave para falar da trajetória de MAriA AUGUSTA MeDeiroS. começando pela Publicidade, especializou-se em Marketing e mais tarde em Design estratégico. É uma caminhada natural para estar em dia com as demandas de sua área de atuação. Dirige o escritório Próximo Passo Design estratégico Ltda, focado em redesenho estratégico e desenho de novos negócios. Nesta edição, reflete sobre o planejamento das empresas que querem crescer - e as que não querem.
3. JoÃo heNriQUe JoNer é sócio fundador da Vivendo Programas experienciais, onde atua como consultor e facilitador da metodologia experiencial, apaixonado pela natureza e atividades de aventura. Natural de Novo hamburgo, casado e com dois filhos, mora hoje em canela-rS na Fazenda Sonho Meu, sede exclusiva para eventos corporativos. Nesta edição, estimula que a crise seja vista como um período para investir em treinamento.
8. MANoeLA D’ALMeiDA descobriu cedo na vida que suas paixões são surfar, viajar e fotografar. Já percorreu países exóticos fotografando pessoas interessantes, atléticas e com diferentes experiências de vida. Assim, aprendeu a usar sua sensibilidade para captar a beleza singular de cada indivíduo. Manu realmente acredita nas fantasias que cria nos seus editoriais e vídeos de moda. Nesta edição, ela é responsável pelo editorial de moda masculina.
4. LUcAS MArTiNS De MeLLo começou a carreira como fotógrafo oficial na assessoria de imprensa da Prefeitura de canoas e da Presidência da câmara Federal. É fotógrafo de diversas casa noturnas e casas de espetáculo de Porto Alegre, tendo registrado shows de renome nacional e internacional. Desde 2012, vem se consolidando no mercado editorial de moda e publicidade. Na About Shoes, assina o editorial infantil de moda.
9. Sempre de olho nas estreias mais bacanas do cinema, KriKA MArTiNeZ desvenda o particular universo de Quentin Tarantino nesta edição da About Shoes. como admiradora confessa do diretor, a colunista – que mora em Barcelona, na espanha – prepara os espectadores para o novo filme do realizador, ‘os oito odiados”. em suas páginas, ela ainda enumera os aspectos mais marcantes na obra do americano.
5. Nascido em Santiago, no chile, cArLoS coNTreraS atua como fotógrafo de moda no mercado editorial e publicitário desde 2007, trabalhando com as principais marcas e publicações da área. Seus trabalhos têm sido veiculados em revistas e jornais nacionais e internacionais. É colaborador assíduo dos editoriais da About Shoes e nesta edição, assina o ensaio de moda feminina que abre a revista.
10. Amante das artes desde criança e apaixonada por cores, DANieLe WicKerT está sempre atualizada nas novas tendências e em tudo que envolve beleza. com formação pelo instituto Llongueras, de Buenos Aires, a ruiva ainda é desenhista, publicitária, estudante de Letras e o que mais envolver a criatividade. Nesta edição, ela assina o beauty do editorial masculino.
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About | design
estranho mundo
estilo ao mar Para provar que o design pode realmente estar em todos os lugares, a celebrada galeria francesa Boom-Art mostra uma edição limitada de pranchas de surfe que promete enlouquecer os colecionadores de arte. Conhecida por seus cobiçados artigos – sempre lançados em edições limitadíssimas – a casa criou uma linha de artigos em colaboração com a gigante europeia no segmento esportivo UWL. A série – chamada de “504” – valoriza boards com estampas em suas superfícies, com especial destaque para pinturas e desenhos com a assinatura de grandes artistas, como Gustav Klimt e Jan Davidsz. Uma ideia tão inusitada só poderia ser exclusiva: cada modelo conta com apenas 10 unidades, que são feitas manualmente. Além disso, as peças carregam um certificado de manufatura, assim como uma bolsa específica e ganchos para fixação na parede.
Entre fevereiro e maio, o Museu da Imagem e do Som (MIS), em São Paulo, será ocupado por uma das exposições mais aguardadas do ano – pelo menos entre os fãs da sétima arte. Através da mostra “O Mundo de Tim Burton”, o trabalho do diretor americano é desvendado através de inusitados ângulos, apresentando desde rabiscos de infância até a sua carreira consolidada como realizador em Hollywood. A iniciativa ainda reúne cerca de quinhentos itens particulares, como desenhos, pinturas, fotografias, fotos, storyboards, bonecos, maquetes, fantasias e objetos de sua vasta filmografia, que inclui obras como “Edward Mãos de Tesoura”, “O Estranho Mundo de Jack”, “Batman” e “Os Fantasmas Se Divertem”. Além disso, o espaço destaca uma série de projetos pessoais não realizados e pouco conhecidos que revelam o talento de Burton como artista, ilustrador, fotógrafo e escritor.
em nome da arte Em 2002, o diretor criativo da Bottega Veneta, Tomas Maier, lançou um projeto ousado para mostrar todo o potencial artístico da maison italiana: o “Art of Collaboration”, iniciativa que convidava fotógrafos de renome mundial e artistas contemporâneos para colaborar com a marca a cada estação. Depois de 13 anos de parcerias estreladas – incluindo trabalhos assinados por ícones como Annie Leibovitz, Peter Lindbergh, Steven Meisel e Juergen Teller – a maison lança um livro para colecionadores com mais de mil imagens inspiradoras. Em “Bottega Veneta: Art of Collaboration”, os admiradores da tradicional casa podem conferir em detalhes peças que ilustram com perfeição a elegância estética modernista da grife europeia. A publicação chega às lojas do mundo inteiro através da Rizzoli, famosa pelos seus impecáveis livros de arte, com preço médio de cerca de R$ 550.
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ABOUT | FOOD AND DRINK
RÚSTICO E COM ALMA Na contramão do agito de Punta Del Leste, uma cidade pacata e praticamente sem atrativos caiu nas graças dos food hunters de plantão que visitam o Uruguai nos meses de calor. Em Pueblo Garzon, vilarejo escondido nas planícies do país e distante apenas 64 quilômetros de um dos balneários mais badalados da América Latina, se esconde o El Garzon, mítico restaurante comandado por um dos chefs mais premiados do mundo, o argentino Francis Mallmann. Excêntrico e genial, Mallmann é uma das estrelas do célebre seriado “Chef ’s Table”, do Netflix, em que conta sua trajetória e suas incursões gastronômicas pelos recantos da Patagônia. Voltando a falar de Garzon: do lado de fora, a construção rústica parece não ser muito convidativa, sensação que se esvai ao passar pela entrada principal e avistar o fantástico universo desenhado por uma das mentes mais criativas da gastronomia internacional. A ambientação do salão principal impressiona com suas mesas antigas que convivem em perfeita harmonia com livros e revistas de arte – colocando elementos como culinária e história em primeiro plano. O charmoso pátio em estilo espanhol revela uma bela piscina onde se pode se apreciar uma elaborada carta de bebidas. Além disso, a área externa ainda destaca inventivos queimadores de lenha, uma das paixões de Mallmann, conhecido por sua intensa relação com o fogo. Para deixar a experiência ainda mais interessante, os visitantes podem se hospedar no local, já que a casa dispõe de cinco quartos luxuosos, todos decorados com uma interessante mistura de rusticidade e requinte.
Chegou a coleção que você tanto esperava!
Outono Inverno 2016: a melhor coleção da história da Klin.
A N ATÔ M I CO
Venha conferir de perto: Couromoda - Boulevard 2, nº 83 /klin
/klin_oficial
/klinoficial
klin.com.br
about | shopping
inspiração feminina Uma nova marca de calçados desenvolvida pelo Grupo Bottero está na mira das consumidoras neste começo de ano. Ao lançar uma nova etiqueta para o público feminino, a empresa aposta na Verofatto, cujos calçados devem privilegiar os desejos de uma fashionista que busca estar em dia com as tendências mais quentes de cada temporada. “Vimos o surgimento de uma nova mulher: empreendedora, feliz, apaixonada e acima de tudo, dona de si. Esta nova consumidora tem domínio de moda e busca se vestir e calçar bem. A Verofatto vem para atender exatamente este novo nicho de mercado”, afirma Roberto Bianchi, responsável pela imagem institucional da empresa. Produzida em couro e direcionada aos públicos A e B, o requinte dos modelos ainda está presente nas embalagens, com produtos envoltos em papel seda, além de um saco personalizado para conservação. Para a estação mais fria do ano, a marca chega às vitrines com cerca de 100 produtos, entre bolsas, cintos e sapatos. Com diferentes construções, se destacam sapatilhas, scarpins, coturnos, ankle boots e botas, além de uma linha elegante, naturalmente confortável e casual, que envolve mocassins, oxfords e alguns modelos com viés mais esportivo. A temporada ainda traz as famosas botas over the knee, botinas de bico quadrado e redondo, assim como artigos com uma textura de couro mais cheia e com gomos estofados, que proporciona um toque gostoso. “A consumidora encontrará modelos com franjas, zíperes, barbicachos, lasers, enfim, tudo o que é a tendência para o inverno”, destaca a estilista da grife, Carla Dal Bosco. As bolsas também chamam a atenção em modelagens diferenciadas, assim como os cintos, definidos entre finos, médios e largos.
Vitrine cobiçada Com um projeto ambicioso, a Saks Fifth Avenue prepara para o segundo semestre deste ano a inauguração de uma loja voltada exclusivamente para o segmento calçadista. O ponto de venda estará instalado no Greenwich, mais precisamente no mesmo quarteirão da filial de roupas e acessórios femininos da empresa. Em um espaço de 1,3 mil metros quadrados, a varejista tem como objetivo apresentar as principais marcas de sapatos do mundo para um público exigente – incluindo peças exclusivas para as “shoelovers” de plantão. “Esta não será somente uma loja de calçados, mas um espaço que deve abrir um volume nunca antes explorado nesta área”, afirma o CEO Marc Metrick, lembrando ainda que a rede foi a primeira grande multimarcas da cidade a oferecer um andar exclusivo para os produtos.
016 aboutshoes.com.br
Barba
Sorriso
Estilo
COM KILDARE, Nテグ TEM ERRO.
about | new shoes
Para o verão 2017
Mixed soul: A estética do verão 2017 faz uma mistura da moda de décadas passadas. Os anos 70, 80, e 90 ganham novas formatações nos lançamentos. Naturalmente: Alguns materiais naturais permanecem em destaque nas peças . É o caso da cortiça que ganha diferentes usos nas peças da temporada.
Chloé Imagem: reprodução
Rainbow style
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Rede fashion: Um detalhe bem particular pode ser visto nas propostas. As redes são um resgate que os designers trouxeram para embelezar roupas, calçados e acessórios. As várias opções de cores disponíveis na cartela têm uma única função, dar vida às peças inspiradas no arco íris. Determinadas propostas chegam a harmonizar nove pigmentos diferentes. Um estilo que traz de volta a alegria perdida pela moda nos últimos anos. Clare Waight Keller, da francesa Chloé, foi quem melhor interpretou o estilo espectral nas coleções da temporada.
about | coming soon
ESTÉTICA DA ALEGRIA
A primavera-verão 2016/2017 resgata a alegria típica das temporadas quentes com uma profusão de cores e padronagens
Imagem: reprodução
A cartela de cores da temporada quente é grande e conta com pigmentos de diferentes intensidades – dos pastel aos néon. Contudo, são aqueles mais vivos que imprimem na temporada um clima de alegria como há muito não se via nos lançamentos.
A estamparia, também, é uma tendência marcante e as listras são padrão indispensável para a maioria dos designers. Diferentes harmonias de cores, larguras e orientações (verticais, horizontais ou enviesadas) conferem ainda maior uso às listras.
O artesanato é outro ponto de resgate no período. A técnica não importa – crochê, macramê, tricô, cestaria... – o importante é ter um visual humanizado, tipo hand made, mesmo que o processo não seja manual.
Tommy Hilfiger aboutshoes.com.br
Lanvin
Gucci Stella McCartney Jil Sander
Stella McCartney
the look RASTA CHIC
Furla
Chloé
AS CORES VIVAS DA BANDEIRA DA JAMAICA, SÃO TENDÊNCIA A SER SEGUIDA NO VERÃO 2017 Valentino
Marni
Rachel Comey
Elena Ghisellini
Prada
Gucci Roger Vivier
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Sergio Rossi
Imagens: reprodução
Marni
aboutshoes.com.br 021
do ano
Stéphanie
Werner
Modare
Dior
Emporio Armani
Fendi
Tudo na vida baseia-se em movimentos de ação e reação. Segundo estudos coordenados com os principais birôs mundiais de tendências, para suprir demandas culturais e de comportamento a Pantone defende sua cartela de cores para o ano de 2016. A principal delas, eleita como a cor de 2016 (aliada ao azul Serenidade) é Rosa Quartzo, ícone cromático da suavidade e delicadeza. O tom pastel abre uma paleta de cores suaves que, na palavra da diretora executiva do Pantone Colour Institute, Leatrice Eiseman, surgiu do desejo de se desconectar da tecnologia. “As cores dessa temporada nos transportam para um lugar mais feliz e ensolarado, onde nos sentimos livres para expressar a nossa versão mais espirituosa e real. Com nossa cultura ainda cercada por tantas incertezas, nós continuamos a ansiar por tons mais suaves que proporcionam uma sensação de calma e tranquilidade”, relatou ela ao portal WWD. Além do Rosa Quartzo, também foram anunciadas as outras nove cores que integram o novo top 10. Destacam-se na paleta os tons suaves, escolhidos meticulosamente por uma razão psicológica, garante Leatrice. “O fato da tecnologia ter se tornado tão esmagadora e presente 24h por dia realmente criou grande parte da necessidade por essas cores aconchegantes e mais leves”, explicou.
Ermanno Scervino
A cor
Sephora
| scraps
Esdra Macadâmia
Tches
ABOUT | NEW BAGS
Bottega Veneta
Estética quente
Tamanho do verão: Apesar da variedade disponível, as proporções de medianas a pequenas são as preferidas para as bolsas na primavera-verão 2016|17. No detalhe: Os modelos estruturados, com alças médias e
Imagem: reprodução
The “it” factor
constante em coleções com diferentes atitudes. Independência: A maioria das peças mantém certa independência dos calçados, em termos de cores e de material. Contudo, alguns designers apostam no contrário! A maior tendência da primavera-verão 2016|17 – quando o assunto são bolsas – não se refere ao seu tamanho, sua forma, sua rigidez ou mesmo, à cor das peças. O padrão de crocodilo sim é importante! É a característica mais marcante do período nos lançamentos e foi Veneta como uma de suas grandes propostas. aboutshoes.com.br 023
| SCRAPS
Pointed
Alexander Lewis
FLATS
Venso
Derek Lam
Com a capacidade de alongar a silhueta de forma simples - e com um toque certeiro de sofisticação, as sapatilhas de bico fino retornam aos holofotes na próxima temporada fria. Em modelagens tradicionais, os modelos da vez recebem uma bossa a mais: amarrações que sobem os tornozelos. A tendência - também conhecida como lace up - já havia marcado presença em desfiles importantes, em especial Michael Kors e Alberta Ferreti, que apostaram no estilo para deixar o verão com uma elegância a mais. Ao esbanjar versatilidade, o sapato pode ser combinado de inúmeras maneiras e ganha ares sofisticados e casuais com a mesma facilidade. Na cartela de cores, há espaço para tonalidades neutras e para a intensidade de rosas, vermelhos, azuis... Para Dumond deixar os calçados ainda mais interessantes, muitas grifes ainda combinam os laços delicados com recortes estratégicos e aplicações de metais. Nos sites de streetstyle, a moda segue em alta e demonstra todo o seu poder ao surgir como protagonista de produções inspiradoras. Cecconello
Michael Kors
Stéphanie Classic
A bicharada não vai largar do seu pé. O novo Ortopé Troca Tiras Zoo vem com 2 tirinhas extras de Velcro®, para você usar quando quiser.
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Tênis e botinha, sandália, sapatinho: ortope.com.br
Stretch boots
Alberta Ferretti
| scraps
Crysalis Dior
Via Marte
MSGM
Eleia
Dior
Cecconello
Werner
Sinônimo de estilo, as stretch boots são uma opção e tanto para esquentar os dias frios. Nas passarelas, as botas surpreenderam em versões ousadas - em comprimento midi ou acima dos joelhos. Para modelar as pernas com perfeição, os modelos surgem em materiais sintéticos extremamente maláveis e em uma variedade de estilos que promete acender qualquer produção sem muito esforço. O látex ganha espaço nobre entre as propostas desfiladas nas semanas de moda e sugere uma estação onde os calçados não passam despercebidos - com direito a tonalidades intensas e acabamentos que lembram o verniz. Na lista de apostas de grifes poderosas, como Christian Dior, Alexander McQueen e Calvin Klein, os modelos ainda receberam estampas marcantes e saltos que dão um show à parte. As texturas também chamam a atenção na temporada, com espaço para superfícies lisas, matelassadas e até mesmo com elementos que remetem ao interessante handmade do patchwork. O conforto é evidente em cada pequeno detalhe dos modelos, que sugerem um inverno quente e repleto de sensualidade.
about | design estratégico
Qual é o tamanho do seu campo de atuação?
Fundamental saber o quanto queremos crescer e que estratégias serão adotadas para que isso aconteça. Por Maria Augusta Medeiros
Meu pai é um homem do campo, de gerações ligadas ao campo. Foi ouvindo e observando como negociava, como tomava decisões de comprar ou não uma determinada área de terra que me preparei para o mundo dos negócios. Uma estratégia chamava minha atenção: comprava apenas áreas que confrontassem com as dele. Se oferecessem alguma longe, nem ia olhar. Por outro lado, eu via um tio que comprava terra onde aparecesse um bom negócio e andava sempre de um lado para o outro supervisionando as fazendas, encontrando capatazes, construindo ou reformando uma pequena base para fazer funcionar aquela nova aquisição. Estamos falando de estratégias e limites para crescimento, de estilo administrativo, de característica pessoal do empreendedor. Entender como funcionamos, até onde nossas pernas e olhos alcançam para construir e gerenciar um negócio é fundamental tanto para o sucesso quanto para evitar frustrações. No livro “Feito Para Crescer: Expandindo Seu Negócio na Esquina ou no Mundo”, Arthur Rubinfeld, arquiteto da expansão da Starbucks, conta sobre o crescimento mundial da rede e dá lições sobre o que é essencial para o sucesso de um novo empreendimento. E o subtítulo sinaliza sobre as possibilidades de tamanho: na esquina ou no mundo. O primeiro capítulo trata de pensar grande, pensar diferente, pensar novos conceitos e não plagiar a concorrência. Já o segundo tem a proposta de que o plano de expansão deve ser delineado desde o começo, o que permite atacar com velocidade e crescer rapidamente quando opta-se por esta decisão, tudo isto tendo clareza de orçamento e retorno sobre o investimento, reforçando que a decisão pode ser crescer até um determinado tamanho. O foco
do livro é o varejo. O terceiro capítulo destaca a escolha do ponto, mas se decodificarmos o ponto de venda como acesso ao produto, poderemos usufruir de boas ideias também para a indústria. O quarto capítulo finaliza com a importância de revigorar conceitos permanentemente. Este livro é de 2005. De lá para cá a Starbucks, que na ocasião estava em pleno crescimento, passou por uma crise. Howard Schultz, que acompanhava a empresa como presidente do conselho, percebeu que alguma coisa não andava bem, mesmo continuando a abrir uma cafeteria atrás da outra. Em 2008, decidiu reassumir o posto de CEO, depois de 8 anos afastado. O que ele farejou foi que a marca estava começando a perder o rumo e identificou isto pela perda de rentabilidade. Tomando decisões difíceis, como diminuir o tamanho para mais tarde voltar a crescer, conduziu a empresa no período da crise que abalou o mundo, recuperando rentabilidde e imagem. Cortes e ajustes foram feitos com cuidado para não empobrecer o conceito, nem diminuir os serviços esperados. Mais ainda, atuando para recuperar o propósito da marca. Esta parte da história foi contada por Howard em 2011 no livro “Em frente! Como a Starbucks lutou por sua vida sem perder a alma”. Quanto você quer que a sua empresa cresça? Sua estratégia permite que isto aconteça? Ou ela já está no tamanho que você pretende e, neste caso, como vai a rentabilidade e otimização dos recursos? E se ela tiver crescido desordenadamente? Você está preparado para os passos de correção de rota? Experimente ler os dois livros. Eles se complementam e inspiram. E voltando ao início do texto, houve um momento que as possibilidades de comprar terras vizinhas acabaram, meu pai havia chegado na cerca do confrontante que também era comprador ou, no mínimo, não iria vender. O que ele fez: parou de comprar e voltou o pensamento para a obtenção do melhor resultado com a área existente. Há muito ele tinha decidido até onde queria chegar. Meu tio continuou comprando, já que a disposição dele permitiu uma estratégia muito mais elástica. Faça um mapeamento do seu estilo e interesse. Se conhecer como empreendedor e decodificar a história que as suas estratégias contam ajudarão muito na tomada de decisões futuras. aboutshoes.com.br 027
about | pop
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it's all about Kanye Com um peCuliar senso estétiCo, o músiCo mais falado do mundo segue inCansável na arte de lançar moda e se envolver em polêmiCas Por Juliana Berwig
Gênio criativo, marido de Kim Kardashian, aspirante a estilista, amigo de Paul McCartney, rapper famosão, futuro presidente dos Estados Unidos… Sim, descrever Kanye West não é tarefa das mais simples. Ao manter seu nome sempre sob os holofotes com uma visão particular do mundo da fama, o astro não poderia ter um nome mais apropriado – seu misterioso significado seria “o único”, em somali. “Eu sou o ser humano número um da música. Isso quer dizer que qualquer pessoa que esteja viva e respirando é a número dois”, já declarou sem falsa modéstia. Desde o início da carreira – quando ainda era conhecido como produtor de gente como Alicia Keys, Janet Jackson e Jay-Z – o artista já mostrava uma talento acima da média para fazer canções poderosas, o que no futuro lhe renderia nada menos do que 21 prêmios Grammy na estante de casa. Em um cenário pop tão previsível, entre refrões pegajosos e performances rebolantes, Kanye parece ciente de seu papel de superstar do momento: o de oferecer letras provocantes, declarações polêmicas e atitudes controversas – e tudo isso com uma embalagem impecável. Com a missão de escrever o perfil do músico para a edição da revista Time que divulgava a poderosa lista das pessoas mais influentes do mundo em 2015, o bilionário sul-africano Elon Musk preferiu ir direto ao ponto. “O cara não acredita em falsa modéstia, e ele não deveria. A crença dele em si mesmo e em sua inacreditável persistência levou-o até onde ele está hoje”, comentou. De fato, ao analisar a carreira do astro, o excesso de autoconfiança e sua notória arrogância parecem ser a base de um império que vai muito além da música – e com direito a declarações bombásticas a cada aparição pública. Afinal, que outro sujeito agradeceria a si mesmo ao ganhar um prêmio importante ou ainda se compararia a Jesus Cristo? E foi justamente ao adotar o codinome “Yeezus” – uma clara referência ao filho de Deus – que Kanye caiu de vez nas graças do grande público – ainda curioso para saber detalhes do seu casamento com Kim Kardashian. Com o álbum de mesmo nome, o músico apostava em uma sonoridade obscura e experimental, o que o levou ao topo das paradas com direito a um lugar cativo nas capas das principais publicações musicais sob a alcunha de “o cara”.
Sim, o menino que vinha das quebradas de Chicago havia conquistado o planeta. Nada mal para um garoto pobre que largou a escola para viver fazendo rimas – e com o aval dos pais, que se separaram quando ele tinha apenas três anos de idade. Apesar de ter deixado os estudos para depois, o erro foi reparado no ano passado, quando ganhou o título honorário de “doutor” pelo Instituto de Arte da cidade em que cresceu. A honraria foi concedida por conta da alma inquieta do criador, sempre empenhado em inventar novas estéticas, seja para as capas de seus discos ou para as suas hipnóticas apresentações ao vivo. “Compor com Paul McCartney, ser capa da revista Time como pessoa influente e agora este diploma… No processo, encontrei pessoas que acharam que poderiam me deixar para trás, mas eu sou Kanye West”, declarou na ocasião. Por falar no ex-Beatle, a parceria com o inglês aconteceu mesmo depois do músico declarar por aí que Coldplay era melhor que o quarteto de Liverpool, e a canção “FourFiveSeconds” – que ainda contava com os vocais da musa Rihanna – chegou a ganhar até mesmo um videoclipe com belas imagens em preto e branco. Como artista, não chega a ser surpreendente que Kanye ainda use a moda para expressar toda a sua criatividade. Com passos ousados e sempre pronto para lançar tendências, o rapper tem construído um estilo próprio usando casacos de moletom, camisetas oversized, camisas jeans, calças amplas e botas de aventura – que tiveram um significativo incremento de vendas desde que passou a adotá-las como uniforme diário. Ao lado da Louis Vuitton já desenhou uma badalada linha de calçados e, atualmente em parceria com a gigante Adidas, assina uma interessante linha de roupas esportivas. A ideia é simples: oferecer peças com design autoral a preços acessíveis. Por conta deste objetivo, se define como uma espécie de “Robin Hood da moda” e, diante das críticas, se diz perseguido pelo mundinho fashion por não ser homossexual. Ok, ficou claro que Kanye adora dar uma forçada de barra, não é mesmo? Entre desfiles cheios de celebridades e shows lotados de fãs, o rapper recentemente revelou seu plano mais ousado: concorrer ao cargo de presidente dos Estados Unidos em 2020. Quem duvida do objetivo ególatra do sujeito, que é amigo de Barack Obama, pode se surpreender. aboutshoes.com.br 029
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Delfina Delettrez
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about | MaRKEtING
O que aprendi sObre desenvOlvimentO cOm a tOyOta Observar OutrO segmentO de mercadO pOde trazer insights e nOvas ideias para Os negóciOs dO calçadO. Por Marcio Porcher
Há algum tempo tomei conhecimento do livro “Sistema Toyota de Desenvolvimento de Produtos” e como já tinha o entendimento de que o sistema de produção de calçados é muito parecido com as montadoras de automóveis, achei interessante ler e tentar encontrar insights para usar na criação e desenvolvimento das minhas coleções. O fato é que logo nas primeiras páginas, pude entender que são muitos os pontos de conexão e aqui compartilho alguns que podem ser aplicados na sua marca.
CoNhECER o aMbIENtE:
Os engenheiros da Toyota, responsáveis por novos projetos, chegam a rodar mais de 80 mil km pelo território Americano dirigindo carros dos concorrentes, conversando com donos de carros da categoria e vivenciando as reais necessidades das famílias em uma viagem longa, com crianças e muita bagagem. Somente depois de passar por esta experiência, é que eles iniciam o desenvolvimento do novo veículo. Trazendo pra realidade das coleções de calçados, é fundamental entender e conhecer onde os consumidores ou consumidoras irão utilizar seus produtos. O clima é predominantemente quente ou frio? O uso é para o dia-a-dia ou ocasiões especiais? A pessoa caminha longas distâncias ou utiliza o carro para se deslocar? São pontos muito importantes que ajudam a direcionar a criação de um novo modelo.
Custo ≠ valor:
Para os engenheiros da Toyota, entender o que realmente é percebido como importante pelo consumidor final é fundamental. Eles dedicam muitas horas em reuniões criticando cada pequeno aspecto, cada componente do projeto. Para eles, tudo o que não tem valor percebido pelo cliente é considerado um custo e deve ser eliminado! Devemos organizar o desenvolvimento de produto para se ter tempo para discutir cada produto com a área de custos da empresa, ouvindo sugestões de melhoria em processos e componentes. Diversas vezes, nos surpreendemos com as ideias que surgem e o impacto delas na redução do preço final do calçado.
análise do ConCorrente:
No mercado automotivo, os engenheiros estudam os modelos dos concorrentes em todos os aspectos, do tamanho do porta-malas aos itens de série e acessórios. Esta análise irá dizer se o modelo deverá ter motor 1.0, se terá ar-condicionado, vidros elétricos nas 4 portas, etc. E determina também qual o preço que o modelo pode custar, considerando seus concorrentes diretos. Assim também nós precisamos estruturar nossas coleções, entendendo quanto pode valer nosso produto, considerando o modelo e as matérias-primas utilizadas, mas também com quais marcas queremos concorrer e quanto o consumidor está disposto a pagar por um produto. Sei que não existem fórmulas perfeitas, mas já tive a oportunidade de aplicar estas ideias em várias empresas e posso dizer que adotar estes ensinamentos no desenvolvimento de novas coleções ajudará a aumentar as chances de sucesso para a sua marca, em um mercado que a cada dia torna-se mais competitivo e mais profissionalizado.
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efeito intenso Para deixar o inverno com atitude extra, calçados e acessórios recebem metais
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AbOUT | TREINAmENTO
Crise é oportunidade de CresCimento Com pensamento de que a difiCuldade pode ser sazonal, empresas investem em CapaCitação Como um time em pré-temporada.
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Por João Henrique Joner
dia a dia como consultor e facilitador permite-me observar que algumas empresas estão se saindo muito bem no confronto com a crise e conseguindo aproveitar as oportunidades do momento seguindo numa crescente com resultados que, além de positivos, são muito animadores. Crises são cíclicas, e numa visão não otimista e sim realista, são oportunidades para que os melhores tomem uma postura diferenciada e prosperem. Acredito que momentos de crise são essenciais para sairmos da zona de conforto e mudar. Este é o caminho de adaptação e continuidade do crescimento.
A CRISE TRAZ OPORTUNIDADE PARA SEU NEGÓCIO? Em momentos de crise, a eficiência é uma questão de sobrevivência e as empresas buscam melhorar seus controles. Nos momentos econômicos desfavoráveis, como o atual, as empresas precisam adotar soluções que tenham impacto estrutural, como a manutenção do caixa, a reprogramação dos investimentos, o redimensionamento da equipe/ jornada de trabalho, estratégias comerciais eficientes e ajustes nos processos produtivos. O movimento natural e imediato das empresas num cenário de retração econômica é partir para os cortes orçamentários. Claro que isso precisa ser feito, mas é importante considerar de que forma e quais custos cortar. Vendo como oportunidade a maior disponibilidade de tempo das equipes, é possível focar as atenções para reuniões e treinamentos. Nas reuniões internas, a discussão de alternativas de inovação fortalece a empresa na medida em que reforça sua competitividade e anima o grupo para a construção do futuro. Também podem ser feitos treinamentos com temas diversos, desde a área técnica até a comportamental.
VIVA PARA O APRENDIZADO “Nunca perca a oportunidade de aprender com uma dificuldade. Aprender geralmente é destruir uma visão e construir uma nova perspectiva.” (Roberto Shinyashiki). Como estratégia de médio e longo prazo, o momento de instabilidade econômica é uma oportunidade para se investir em treinamentos, aproveitando o tempo dessa menor demanda para motivar e mudar a forma de pensar e agir dos funcionários. “As empresas que já têm a visão de que a crise é sazonal aproveitam para investir na capacitação de seus colaboradores pensando no futuro. É como um time em pré-temporada”. (Rômulo Santos). Por fim, notícias ruins estão por todos os lados, na mídia, nas rodas de conversa, aonde você for! Não devemos nos abalar e muito menos esperar que os problemas se resolvam sozinhos. Aproveite a oportunidade e faça que as mudanças mais importantes aconteçam, e não se perturbe ao ponto de ameaçar sua sobrevivência. A crise é o momento de dar consistência, mostrar solidez e de progredir pessoal e empresarialmente.
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Força criativa Com desenhos Carregados de emoção, Fernanda guedes retrata Figuras do Cotidiano em ilustrações de traços inConFundíveis Por Juliana Berwig
No meio da agitação da rotina de todos os dias, quantas vezes não tiramos alguns poucos segundos para imaginar com seria a vida daquela pessoa que acabamos de avistar ao atravessar a rua? Com esta ideia em mente, a ilustradora Fernanda Guedes teve uma ideia ousada no final de 2011: lançar um livro contando as interessantes histórias que gente que nunca conheceu. Para acompanhar cada uma das elaboradas biografias de “Amigos Imaginários”, um desenho marcante chamava a atenção do leitor, curioso para saber sobre homens e mulheres que sequer existem no mundo real – ou será que existiriam? Ao manter uma curiosidade genuína sobre a vida alheia, o trabalho sintetiza a forma de criação da artista, que encontra inspiração nas pequenas coisas do dia a dia: um penteado, uma estampa, uma fotografia...
Desde a infância – e influenciada por uma família que acreditava na arte como forma de expressão – a criadora utiliza seu talento para retratar as emoções humanas, sobretudo as femininas. Por conta disso, seus desenhos frequentemente vão parar nas capas de revistas influentes e com uma verve fashionista – entre Vogue, Elle e Marie Claire – além de campanhas publicitárias premiadas nos maiores festivais do planeta. Muito além do Brasil, seus trabalhos já foram expostos em países como Estados Unidos, Inglaterra, Austrália, Espanha e Japão. Recentemente, Fernanda – que mora e atua em São Paulo – passou a dedicar-se à pintura de murais e à streetart, atividades que não pretende parar tão cedo, como revela nesta entrevista para a About Shoes.
Você se define com autodidata quando o assunto é desenho? Quando começou a se interessar por ilustrações e de onde vem este amor pela arte? Desde muito pequena eu desenho. Na minha família, várias pessoas desenhavam: minha irmã mais velha, meus primos, meus tios... Sempre curti muito arte, ilustração, revista ou qualquer outra coisa que chegasse até as minhas mãos com imagens bonitas. Mais tarde, quando eu fui sentindo a necessidade de me informar mais, fui atrás dos grandes mestres da pintura para tentar entender sobre história da arte. Além disso, a partir do momento em que comecei a trabalhar com isto, percebi que cada trabalho trazia uma determinada pesquisa, que me levava a conhecer outras técnicas ou aprender sobre diferentes artistas. Como é seu processo criativo? O que te inspira: uma fotografia, uma peça de roupa, uma pessoa que você vê na rua... Qual o seu processo de partida no momento da criação? Isso varia muito, pois enxergo uma diferença entre os trabalhos que me são encomendados e os que eu faço em meu tempo livre. No caso profissional, o processo é mais longo e vem acompanhado de várias demandas. No meu atelier não tenho acesso à internet, não pesquiso nada, tento ficar só com aquilo que eu acumulei na minha cabeça. Estou sempre criando, tudo que estou vendo me inspira: pode ser uma pessoa, um penteado, uma estampa, qualquer coisa. De alguma forma as coisas ficam na minha cabeça e, em algum momento, elas saem e viram outra coisa. O universo feminino é uma constante em seus trabalhos. De que forma busca inspiração para retratar mulheres interessantes e com traços tão fortes? Eu acho que principalmente em mim. Uma das maiores inspirações sou eu mesma e em todos os processos que fui passando até me transformar na pessoa que sou hoje. A minha vida está toda nos meus trabalhos, mas não posso negar que as mulheres são realmente a minha maior inspiração.
O mundo da moda aposta cada vez mais no poder das ilustrações para criar ainda mais desejo em torno dos seus produtos. Como enxerga esta relação entre arte e consumo? Eu acho ótimo, afinal para que ficar se restringindo? Hoje em dia são tantas as plataformas, tantas as maneiras de se fazer as coisas ao misturar foto, ilustração, pintura... Recentemente você vem se dedicando a pintura de murais e a streetart. O que estas linguagens agregam ao seu estilo? Mais simplicidade, basicamente. Na arte urbana eu aprendi a ampliar e ao mesmo tento simplificar o meu desenho para que ele possa ser entendido de longe. Esta experiência tem sido encantadora, renovadora, inspiradora e empoderadora, por mais que eu não goste dessa palavra. De repente você está andando na rua e tem um desenho seu pintado lá no alto, bem grandão... Aliás, eu fico feliz toda vez que vejo meu trabalho em algum lugar. Para mim, é uma grande felicidade que eu possa estar trabalhando com isso até hoje. Quem são seus ícones na arte e o que inspira você atualmente? Atualmente, o que mais tem me inspirado é a questão de gênero e todas as causas relacionadas às mulheres. Eu tenho realizado alguns trabalhos bem legais dentro destes temas. Além disso, ainda tenho um projeto que é bem focado no sexo e que também tem muito a ver com colocar a mulher em uma posição de controle e de absoluto poder sobre seu corpo. Nesta fase atual, alguns ilustradores que eu vim a conhecer tardiamente me influenciam, especialmente os relacionados ao universo dos quadrinhos eróticos. E na moda, o que te influencia na hora de criar? É ver as pessoas na rua. Eu ando muito por São Paulo e isso me dá a oportunidade de ver os mais diversos tipos de gente. Meu atelier fica na Sé, bem no centro da cidade e ali é um banquete de gente maravilhosa, uma verdadeira festa de cores.
about | life
Liberdade de ser quem se é Você já deVe ter ouVido aquelas frases prontas, do tipo: “precisamos mudar a educação para o mundo melhorar”, blá blá blá, mas Você já percebeu que seus filhos, sobrinhos, primos, e até Você na uniVersidade ou pós-graduação, seguem estudando no mesmo modelo de ensino que seus aVós frequentaram? como mudar se não estamos mudando nada?
Por Arno Duarte
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Q
uanto mais estudo sobre educação e comportamento humano em comunidades e organizações, mais percebo que as soluções que a sociedade precisa para superar a diversidade de crises que enfrenta, passam, necessariamente, por aprendermos desde a infância, sobre a “liberdade de ser”. O sistema educacional não permite que sejamos quem queremos ser. Ele foi concebido para formar trabalhadores que sustentem o modelo de produção de bens e serviços. Em verdade, nem bem sabemos que podemos ser diferentes do que nos ensinam. Há um desrespeito à nossa curiosidade e individualidade desde cedo. A natureza questionadora da criança é sufocada pela formação escolar padronizada, na qual aprendermos tudo com outras pessoas, em instituições formatadas e conteúdos pré-definidos. Só precisamos seguir a rotina de ir para a escola diariamente, responder a chamada, sentar, produzir textos, cálculos, fórmulas e esperar a sirene tocar para voltarmos para casa. Assim como numa indústria, onde as pessoas batem ponto, produzem e aguardam pela sirene que avisa quando do final do turno de trabalho. Não se estuda para aprender algo novo e preenchedor. Estudamos para satisfazer o sistema, para passar no vestibular ou conseguir um emprego. Não que isso seja ruim, mas porque a essência da construção do ser e do saber acaba sendo substituída pelo modelo de vida predominante na sociedade? Se o meu ser é construído a partir de necessidades externas e do que outros me dizem que devo aprender, passo a responsabilidade das minhas transformações internas para o que está fora de mim. Mudar, melhorar e evoluir deixa de ser responsabilidade minha e passa a ser do mundo. Se eu não tenho é porque alguém não me deu, se eu não sei é porque ninguém me ensinou, se eu não faço é porque ninguém me ajuda. Ter liberdade de ser implica também na responsabilidade de ser. A função das instituições de ensino, desde a escola primária até
as universidades, deveria ser de estimular as pessoas, de qualquer faixa etária, mas principalmente as crianças, a serem os responsáveis pelo que querem aprender. Professores seguem sendo valiosos, mas na função de facilitadores do conhecimento, guiando os menos experientes pelas descobertas e novos aprendizados. Quando sou responsável pelo que eu quero aprender, passo a ser responsável por quem eu sou, quem eu quero ser, pelo que quero viver, por onde quero viver e pelas transformações necessárias no mundo com o qual me relaciono. O mesmo vale para organizações, onde se espera que o líder dê orientações e direção, quando na verdade cada empregado deve assumir a liberdade e responsabilidade de ser líder de sua vida profissional. Acabar com a corrupção, terrorismo, guerras, violência, racismo, machismo e outros problemas, só acontecerá quando nos tornarmos responsáveis por nossa evolução e passarmos a usufruir da própria liberdade de ser. Vamos assumir que isso não é problema dos outros, mas nosso, como coletivo, e passaremos a cooperar em busca de soluções. Felizmente, o conceito do que é educação vem se transformando organicamente em muitas escolas, com a revisão do modelo de aprendizagem e inclusão de provocações como auto liderança, criatividade, mobilização e cooperação. Mas é preciso insistir. O processo de reconstrução deste modelo enfrentará resistências, pois tira a maioria de nós da agradável “zona de conforto” de ter o controle sobre o que é ensinado aos mais novos. A atual geração de estudantes e futuros empreendedores quer buscar o aprendizado. Eles percebem o conhecimento como um desafio, e precisam buscar soluções para este desafio. Escolas e organizações precisam estar preparadas para dar liberdade total para estes seres naturalmente curiosos e inquietos, facilitando e estimulando o desenvolvimento pleno do potencial humano disponível. A liberdade trará a responsabilidade e as soluções necessárias para as transformações individuais que o mundo precisa. aboutshoes.com.br 041
Top BOTSWANA, saia CALVIN KLEIN COLLECTION, boottie LEVINE e bolsa KOWRO BAGS
property and sensitivity Fotografia: Carlos Contreras Beauty: Taís Andrade
Vestido IÓDICE, sandália CECCONELLO e colar SACADA
Top DESIGUAL, calรงa LUCIDEZ, scarpin MILAA e bolsa MACADร MIA
Top SACADA, saia IÓDICE e plataforma VIZZANO
Vestido SACADA e lace up sandal CECCONELLO
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Vestido DESIGUAL, oxford VEROFATTO e bolsa LINEA BELLA
Calça LUCIDEZ, top e bijou SACADA e abotinado MILAA Fotografia: Carlos Contreras | Modelo: Natalia Mallmann (LOV) | Styling: Júlio Rossi | Assistente de fotografia: Rafael Plastina | Beauty: Taís Andrade | Agradecimentos: Showroom Maria Helena (Iódice, Sacada, Lucidez, Botswana), Showroom Sling Comércio (Calvin Klein Collection) e Desigual
about | movies
Um TaranTino é bom (mas oiTo são odiosamenTe maravilhosos) Com a estreia de “os oito odiados, o diretor mais inventivo dos últimos anos retorna aos holofotes
Por Krika Martinez
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m 1963, no interior do Tennessee, nos Estados Unidos, nascia Quentin Tarantino, aquele que viria a se transformar na grande revolução do cinema norte-americano na década de 90. Aos quatro anos de idade, ele se mudou para a Califórnia seguindo os passos de sua mãe e começou a crescer como um jovem nerd normal – tanto que na adolescência conseguiu um trabalho como atendente numa videolocadora. Sim, esses locais onde íamos procurar os lançamentos em VHS para assistir na sala de casa quando não exista Netflix. Na época, o cinema dos astros negros estava sempre na tela e com o “boom” dos filmes de kung fu, Tarantino ia ao cinema com um diferenciado senso crítico, já que assistia de tudo um pouco. E ao consumir o que podia, acabou descobrindo o que viria a ser a fórmula do filme perfeito. Sim, isso existe, e embora suas produções agradem mais ou menos, sempre funcionam bem, seja na bilheteria ou diante da crítica.
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No prestigiado Festival de Sundance, em 1992, o desconhecido diretor apresentava o seu primeiro longa-metragem, “Cães de Aluguel”. A história era simples: um assalto a banco onde tudo dá absolutamente errado. A carga emocional dos personagens era o diferencial da trama, que muitos até hoje tentam copiar, mas não conseguem. Desta forma, Tarantino se transformou no menino de ouro de Hollywood e, entre o susto do sucesso e a vontade de criar algo novo, se passaram dois anos até que ele e um grande estúdio lançaram “Pulp Fiction - Tempo de Violência”. Resgatando grandes atores desconhecidos, como John Travolta, o filme chamou tanto a atenção que alçou seu diretor ao estrelato. Neste momento, a crítica abriu os olhos para tudo que tinha o nome do realizador. Assim, Tarantino ainda se dedicou aos roteiros, trazendo à tona realizadores com talento, mas que não tinham boas histórias para contar, como “Amor à Queima Roupa”, de Tony Scott, e “Assassinos por Natureza”, de Oliver Stone.
Amado por uns e odiado por outros, Tarantino mudou a estética do cinema, com marcas tão evidentes que os fãs não se cansam de reconhecer seu estilo em cada cena. Em seus filmes sempre há carros da General Motors. Os closes servem para demonstrar as emoções dos personagens, seja uma mão ou um tremor nos olhos. Alguma mala ou maleta é parte essencial do enredo. Ah, e sempre há uma cena onde os protagonistas são trancados dentro de um porta mala. As referências a cultura pop em seus filmes são tão vastas que muitas vezes o diretor tem que explicar quais são elas aos seus fieis espectadores. Além disso, tem seus atores fetiche, como Samuel L. Jackson e Tim Roth. Os filmes assinados por Tarantino ainda costumam estar separados por capítulos ou simplesmente contados como livros – com prólogos e prefácios. As trilhas sonoras não são somente bem cuidadas e pensadas, mas criadas para que a atmosfera seja a correta para cada segundo de fotograma.
Western x kung fu Um dos encantos dos filmes de Tarantino é que a base de seus roteiros vem das grandes obras do cinema clássico. O trabalho do diretor bebe na fonte dos grandes filmes de westerns e de kung fu, que tiveram seus anos dourados e depois foram esquecidos. O projeto “Grindhouse – Planeta Terror”, de 2007, em que trabalhou com Robert Rodrigues – é um exemplo de como um gênero estava esquecido e foi trazido a tona por ele. Depois do filme, várias produções se valeram do estilo “horror trash 70’s” do longa-metragem e uma leva de títulos parecidos chegou aos cinemas. Já “Bastardos Inglórios”, de 2009, nos fez rir e encontrar um pouco de vingança em relação aos nazistas alemães sem ofender nenhum lado da história – e ainda com uma estética típica dos anos 40. Com “Django Livre”, o diretor resgatou o western com toda a força que o gênero tinha na década de 50. E finalmente chegamos aos “Oito Odiados”, que também bebe do estilo, mas que conta o que acontecia nos Estados Unidos depois da grande guerra civil norte americana. Para se ter uma ideia de sua força, o projeto deste novo “bangue bange” foi anunciado em 2014. Desde então, diferentes produtoras procuraram projetos similares e só em 2016 há nada menos que oito filmes nos mesmos moldes estreando no cinema. Isso, minha gente, porque todos os estúdios sabem que, se o diretor recriar o formato, uma legião de fãs que estava buscando algo do gênero nas telonas deve vir com ele. E tudo bem que seus filmes já não são tão bombásticos como no princípio da carreira – até porque já estamos acostumados à sua estética e ao seu bom trabalho – mas sempre que buscamos algo interessante, sabemos que podemos encontrar algo em suas produções. E uma última coisa importante sobre Tarantino: diferente do que os nossos pais nos vendiam – que para ser bom em algo tínhamos que ir a universidade e estudar muito – ele aprendeu seu ofício assistindo uma porção de filmes – bons ou ruins. Ah, e o próprio diretor afirma que não existem filmes ruins, existem apenas filmes que as pessoas não entendem. aboutshoes.com.br 055
about | exhibition
Menina de ouro Pela Primeira vez, BarBie ganha exPosição em um museu de Paris dedicado ao design e à moda
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ascida em 1959, a icônica Barbie ganha uma exibição de 10 de março a 18 de setembro no Museu de Artes Decorativas em Paris, evidenciando duas leituras para sua história: como um brinquedo universalmente conhecido e como uma sinalizadora de mudanças históricas e sociológicas. Nos 1,5 mil metros quadrados do espaço, 700 bonecas estarão perfiladas e relacionadas a obras de artistas contemporâneos, documentos, jornais, fotografias e vídeos que contextualizam as “vidas” da Barbie, cuja trajetória se alimenta de diversas influências. Além de ser um brinquedo infantil, a boneca é considerada o reflexo de uma cultura e sua evolução. Ao ser primeiro associada ao lifestyle americano, ela encarnou uma dimensão mais universal ao abraçar o desenvolvimento social, político e cultural, defendendo novas causas, questionando estereótipos, posicionando-se de forma autônoma e independente, com as ambições do tempo em que vivemos. Sua história começou inspirada em Barbara Millicent Roberts, filha da fundadora da Mattel, Ruth Handler. A menina não estava interessada em bonecas de papel ou brinquedos que representassem crianças, e sim, mulheres de verdade. Ruth convenceu equipes da empresa a desenvolver a boneca, que nunca teve uma idade determinada e logo passou a incorporar vários papeis femininos. Ela é estudante, enfermeira, aeromoça, veterinária, paleontóloga, motorista, professora, médica, bailarina – e passou por mais de 150 postos de
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trabalho. Ela também se candidatou a presidência dos Estados Unidos quatro vezes e, em 1965, foi até mesmo astronauta – ao passo que Neil Armstrong esperou até 1969 para conquistar o espaço. O design da boneca foi inspirado em uma personagem de quadrinhos pornô alemã, chamada Bild Lilli e, se fosse uma mulher de verdade, teria 1,68 metro de altura, 50 centímetros de cintura, 69 de busto e 73 de quadril. De acordo com o jornalista americano Jerry Oppenheimer, o designer que fez a boneca era viciado em sexo e criou as medidas dela de acordo com gostos pessoais. Símbolo de estilo e elegância, Barbie ganhou figurinos assinados por mais de 70 estilistas de alta costura, como Giorgio Armani, Thierry Mugler, Christian Lacroix, Jean Paul Gaultier e Christian Louboutin, entre outros. Para a confecção das suas roupas foram usados mais de 95 milhões de metros de tecido e os números relacionados aos acessórios também impressionam: a boneca já teve mais de 1 bilhão de pares de sapatos e joias avaliadas em US$ 600 mil. Além disso, Andy Warhol – papa da pop art – fez seu retrato e imortalizou seu status na moda e no imaginário popular. Atualmente, estima-se que sejam vendidas 172.800 Barbies por dia no mundo, ou seja, duas por segundo. Sim, o encanto da personagem sobre as novas gerações segue inabalável e não dá sinais de cansaço. Ainda que sua silhueta simbolize um estereótipo de corpo inalcançável para a maioria das mulheres, Barbie segue como um exemplo de figura feminina forte, independente e dona do seu destino.
Barbie De 10 de março a 18 de setembro Musées des Arts Décoratifs 107, rue de Rivoli Paris
ABOUT | BEAUTY
THE REDHEADS NAS PASSARELAS, AS RUIVAS SE DESTACARAM COMO IDEAL DE BELEZA COM UM TOQUE CERTEIRO DE ATITUDE Por Diego Marcon
Que tal sugestões de cabelos para o inverno 2016? A aposta, eu diria, está no “ruivo lavado”, tom que podemos notar em algumas modelos, em especial Madison Stubbington e Emmy Kruger, entre outras. O tom avermelhado surgiu como uma tendência muito forte para o verão que já está aí e, como o ruivo costuma ser uma tonalidade que desbota facilmente, a próximaestação fria sugere uma novidade: uma cor que desbotou dos banhos de mar e dos dias de sol à beira da piscina, fazendo uma “extensão natural” de sua tonalidade.
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about | icon
Na beleza etérea de pedras perfeitamente lapidadas, a moda encontrou um complemento irresistível para incrementar ainda mais sua arquitetura de sonhos. Criada em 1892 pelo jovem cientista Daniel Swarovski – um visionário que cresceu cortando vidros na pequena fábrica de seu pai – a empresa austríaca Swarovski mudaria para sempre o cenário fashionista ao mostrar cristais sintéticos fabricados com uma técnica revolucionária de produção – até hoje mantida em sigilo e de conhecimento de poucos membros da família. A ideia do artesão era nobre: criar um “diamante para todos” a partir de uma máquina de corte automático preciso, simetricamente facetado e muito superior ao processo manual. Dos salões de jazz americanos às casas de alta costura parisienses, não demorou muito para os vestidos surgirem recobertos de brilhos intensos que refletiam a empolgação dos anos 20. Mais tarde, ao emprestar seu apelo de luxo para grandes maisons, a companhia consolidaria seu império, que atualmente inclui itens como joias, óculos, bolsas, canetas e artigos de decoração. No começo do século passado, a marca encontrou uma de suas vocações mais célebres: a parceria com ícones da moda. Entre as primeiras estilistas que se renderam ao poder dos cristais Swarovski, Coco Chanel e Elsa Schiaparelli ajudaram a elevar o poder da marca, que aos poucos caía nas graças de criadores do mundo inteiro. Apesar de atuar ao lado de designers renomados, a parceria com Christian Dior foi a mais célebre da marca no começo de sua trajetória fashionista. No começo dos anos 50, o francês trabalhou ao lado do neto do fundador, Manfred, e do joalheiro Francis Winter com a intenção de criar uma pedra especial para adornar suas peças logo após o sucesso do chamado “New Look”, estilo que pretendia trazer elegância e feminilidade as mulheres do pósguerra. A inspiração para a peça desenvolvida a seis mãos foi o esplendor do século 18 e o resultado foi um produto que reluzia as cores do arco-íris. Por lembrar as noites da Escandinávia, a pedra ficou conhecida como “Aurora Boreal” e é um dos grandes sucessos da empresa até os dias de hoje.
“O brilho dos cristais Swarovski não é um fenômeno recente. Ele tem sido uma parte integrante da arte, da moda e da decoração dos séculos 19 e 20. Os cristais da marca têm a capacidade de iluminar o corpo, esta é a sua atração e o seu fascínio”, destaca a lendária Suzy Menkes, colunista da poderosa Vogue. Para celebrar o fascínio de seus 120 anos de existência, a companhia lança um livro que, além de reunir toda a sua história, enche os olhos de quem admira a imponência de joias preciosas. Nas páginas da publicação, editada pela emblemática Rizzoli, a trajetória da companhia é revelada em cada pequeno detalhe – das icônicas luvas de Michael Jackson aos lustres do Metropolitan Opera House, em Nova York, passando pelas cortinas do Oscar e as obras de Zaha Hadid. A obra ainda mostra criações do celebrado “Coletivo Swarovski”, programa comandado por Nadja Swarovski que apoia designers emergentes em diferentes partes do mundo, bem como ensaios exclusivos e imagens de arquivo nunca divulgadas pela empresa.
Brilho eterno (e incontestรกvel) Ao completAr 120 Anos, swArovski segue iluminAndo os pAssos dA modA com peรงAs desejAdAs nos quAtro cAntos do mundo
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Casaco ZARA, calรงa COCA-COLA CLOTHING, camisa e tricot H&M e bota PEGADA
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Calça DIESEL, camisa e blazer CALVIN KLEIN COLLECTION e abotinado SAMELLO
Fotografia: Manoela D'Almeida (Bandits Graphiks) | Modelo: Gilberto Fritsch (Ford Models Sul) | Styling: Júlio Rossi | Assistentes de fotografia: Dyogo Amorim e Bruno Meira | Grooming: Daniele Wickert | Tratamento de imagem: Carlo Barros
Coat e colete CALVIN KLEIN COLLECTION, camisa Iร DICE, calรงa COCA-COLA CLOTHING, bolsa GOLDMAN e bota PIPPER
about | backstage
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THINK BLUE! A CARTELA DE AZUIS ESTÁ EM ALTA E É UMA DAS PREFERIDAS 4.
DOS HOMENS. ALÉM DISSO, AZUL É A COR QUE ELAS MAIS GOSTAM DE VER NELES 1. Olympikus | 2. Kildare | 3. Coca-Cola Shoes | 4. Enzo Milano | 5. Mormaii | 6. Star Tech
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Michael Kors
ABOUT | MENS LIST
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Valentino
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12. Prada
Dries van Noten
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SMART COAT CASACOS LONGOS, DE ESTILOS DIVERSOS, SUBSTITUEM JAQUETAS E BLAZERS NOS LOOKS CASUAIS MASCULINOS DO OUTONO-INVERNO 2016. 1. Burberry | 2. OLK | 3. Gucci | 4. Alexander McQueen | 5. Scotch & Soda | 6. Italianinho | 7. Enzo Milano | 8. Canada Goose | 9. DSquared 10. Kildare | 11. A.P.C. | 12. Leatherwood | 13. Ferricelli | 14. Kildare | 15. Alexander McQueen
082 aboutshoes.com.br
p r im a v e ra - v e rã o 2 017 A modA tem A grAnde quAlidAde de se trAnsformAr A cAdA seis meses e, de tempos em tempos, promover revoluções mAis intensAs. em novA York, londres, milão e pAris, A primAverA-verão 2016 | 2017 pretende ser mAis um período de mudAnçAs significAtivAs - pelo menos este é o intuito sobre As pAssArelAs. umA temporAdA ricA em propostAs cromáticAs e silhuetAs híbridAs, formAtAdAs por usos deslocAdos do trAdicionAl. os cruzAmentos estéticos hAbilmente promovidos pelos designers mAis influentes buscAm umA AbordAgem conceituAl que não se detém rigidAmente A um único estilo ou conjunto formAl. umA mAneirA singulAr de perceber - de usAr - inclusive, herAnçAs cArActerísticAs de outros momentos históricos. este AprimorAmento estético tem espAço em propostAs cAsuAis ou nAquelAs que se AproximAm muito dA AltA costurA. A finAlidAde destA Ação é somente umA, A buscA por umA novA elegânciA que deverá ser consumidA por umA novA gerAção ávidA por AtuAlizAções.
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Emilio Pucci Burberry
Comme des Garçons
Joseph
Burberry
catwalk | cores
Céline
Prada
Giambattista Valli
Marni
Altuzarra
Casadei
Chloé
A Détacher Céline Zimermann
Alberta Ferretti
Marchesa
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Bottega Veneta
Balmain
Louis Vuitton
Brian Atwood
Prada
As estações quentes do ano têm sido um período de mais ofertas em termos de cores. O que não será diferente na primavera-verão 2016 | 2017. Os pigmentos retomam a importância que tiveram em outras temporadas, definindo muito da estética do período e sua intensidade é fator determinante nas peças. Em termos de uso, o preto mantém sua ação sobre as passarelas. Quando não está sozinho nas peças, divide espaço com uma infinidade de opções. Praticamente em todas as coleções há espaço para a “não cor”. Já seu oposto, o branco – branco-branco desta vez – é alternativa bastante presente nos lançamentos e chama atenção sua força nos total looks. Na sequência, cada cor da cartela conta com variações – geralmente de 3 a 4 – mais claras ou escuras, mais ou menos vibrantes. É o caso do vermelho, pigmento que tem tido uma participação muito estável nas seleções de cores das últimas temporadas. Mesmo caso da cartela de azuis que conta com opções como navy, carbono e o claro e acinzentado, french sky blue. Os ocres e castanhos permanecem com boa cotação e foram os primeiros a aparecer no e-commerce da temporada. As nuances laranjas vêm com alternativas que vão de uma versão
Boss
Max Mara
Christian Dior
pastelada à terracota. Contudo, a vibrante tangerina salta aos olhos! As opções amarelas seguem esta mesma linha, assim como o teal green – verde azulado – que já estava em destaque nas cruise/resort collections de 2016. A paleta de rosas mantém a importância entre os pigmentos. Além do quartzo (cor do ano eleita pela color brand Pantone), o fúcsia, o bubble gum e o bois de rose (rosa antigo) estão disponíveis. Já entre os verdes, o bandeira e o sulfuroso são os destaques. Há ainda uma cartela de vinháceos e violetas, bem como uma seleção bastante moderna composta pelos neutros, nudes (rosados e tans) e cinzas. Best matches: O vermelho é protagonista em uma das harmonias mais vistas sobre as passarelas. Combinado ao french sky blue e ao branco, dá vida nova ao clássico bleu-blanc-rouge (navy style) do verão passado. Já os mix estilo rainbow agrupam até nove diferentes cores o que pode justificar uma cartela tão grande! Outra associação em ordem faz referência às cores da bandeira jamaicana. Preto, verde, amarelo e vermelho garantem destaque ao estilo rastafári.
catwalk | MatERIaIS
Balenciaga
Trussardi
Giambattista Valli Dolce & Gabbana
Manish Arora
Akirs
Ballin
Prada Antonio Marras
Marni
Alexander McQueen
3.1 Phillip Lim
Sergio Rossi
Chloé
Michael Kors
Rochas A estabilidade adquirida por muitos materiais nas últimas estações deixa a seleção sem grandes novidades. As superfícies lisas – com sua aparência minimalista – permanecem como referência de modernidade, tanto para calçados, como para bolsas e vestuário. Na sequência, a camurça é o destaque. Um material que perdeu a sazonalidade e se estabeleceu como unanimidade na atual estética. Talvez a boa nova do momento seja a maior visibilidade adquirida pelos acabamentos metalizados – seu uso ganha ainda mais expressão com as inúmeras texturas disponíveis. O efeito froissé (amassado) é o grande destaque do momento, contudo, há opções craqueladas, texturas escamadas, envernizadas, cintilantes e o liso total, specchio. Embora ainda bastante presente, o ouro não é a preferência do período. A prata também assume o primeiro lugar no quesito em roupas, calçados, bolsas e acessórios. O cobre é um metal de entrada nesta estação e deverá aumentar seu uso nas próximas edições. Já as alternativas coloridas têm menor uso, mas garantem estilo extra às peças. Materiais rústicos naturais permanecem disponíveis na cartela e têm uso considerável nos lançamentos. Couros, madeira, sisal, ráfia e cortiça dão continuidade a uma estética bastante conhecida e muito
Gianvito Rossi
Dolce & Gabbana
Pierre Hardy
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popular. Já o verniz deixou de ser comercial há algum tempo, mas sem dúvida, é um dos materiais com maior estabilidade no mundo da moda e parece ter mais destaque nos lançamentos nesta temporada. Os têxteis permanecem como alternativa aos materiais tradicionais. Entre eles, o mais popular é mesmo o denim que aparece, aqui e ali, em peças de estilos variados. O mais moderno é o cetim de seda e o mais luxuoso, a renda. Mas a cartela de materiais não para por aí. O vinil transparente – incolor ou tonalizado – volta à seleção da temporada como detalhe sofisticado. O mesmo ocorre com as telas de nylon, um recurso que permite reproduzir nos calçados a transparência tão em moda nas roupas. Para finalizar o glitter é novamente uma aposta quente e um dos primeiros a chegar nas ofertas do e-commerce. Best matches: Duas das principais combinações de materiais propostas para a primavera verão 2016 | 2017 envolvem os metalizados. A primeira combina estes com a camurça. O resultado do choque entre as superfícies é um dos mais sofisticados dos últimos tempos. A segunda faz um mix de diferentes metais – prata-ouro ou cobre-ouro-prata – com efeitos surpreendentemente modernos.
Lanvin
Prada
Nicholas Kirkwood Gianvitto Rossi
Suno
catwalk | padronagens
Valentino
Giorgio Armani
Thakoon
Chanel
Dolce & Gabbana
Issa
Max Mara
Gucci
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Dolce & Gabbana
Coach Michael Kors
A primavera 2016 | 2017 é mais um período com uso extremado de estampas. Efetivamente, muitas propostas ficam restritas ao vestuário, mas podem servir de inspiração na hora de garantir um recurso extra para calçados e bolsas. Os padrões geométricos continuam em alta. Dentro desta perspectiva, as listras são uma unanimidade entre os designers em versões múltiplas – estreitas, médias, largas, combinadas, multicoloridas ou bicolores. As listras “montadas” – tipo patchwork – são um recurso sofisticado que marca a estética da temporada. Já as propostas com acento étnico não são propriamente uma novidade, mas sim uma realidade bastante comercial. Poás, xadrezes – entre eles o gigham – estrelas e motivos retrôs variados completam as opções. Os desenhos botânicos – flores e folhas – novamente são senso comum. Os motivos florais da temporada servem de inspiração para estampas, bordados e aplicações. Entre eles não há um padrão de tamanho ou uma cor dominantes, contudo uma novidade é destaque em algumas coleções. O chintz (traduzido para o português como chita), um pequeno floral indiano bastante colorido, é a opção moderna da vez. As folhas têm formatação mais básica, com proporções visíveis e, geralmente, bicolores.
Propostas manchadas ganham visibilidade sobre as passarelas. O tiedye é uma das preferidas por determinados estilistas. Outros escolheram pinceladas rápidas e pingos para estampar suas peças e alguns optaram por um efeito de marmorização ou brushing. Propostas figurativas de animais, como cavalos, girafas, elefantes e leões, desbancaram as animal prints – praticamente ausentes das passarelas. Contudo, a estampa do píton é uma referência em calçados e bolsas, assim como as escamas de cobras não desenhadas. Na pauta há ainda algumas text prints. Propostas marketeiras – manuscritas ou não – que além dos logotipos e nomes das marcas trazem endereços, slogans e mensagens diversas. Print blocking: A quantidade de ofertas é tamanha que possibilitou uma alternativa estética no período. O print blocking coloca juntos grandes blocos de estampas de diferentes formatações – cores, tamanhos, estilos... O resultado é riquíssimo e muito visto nos lançamentos. Misturar diferentes cobras em uma mesma peça também é ação comum entre os designers, recurso utilizado, principalmente, em calçados e bolsas.
catwalk | calçados
Chloé Bottega Veneta
Alexander McQueen
Calvin Klein
Miu Miu
Gianvito Rossi
Louis Vuitton
Alberta Ferretti
Bottega Veneta
Calvin Klein
Rochas
Bottega Veneta
Gucci
Balmain
Mary Katrantzou
Stella McCartney
Nicholas Kirkwood
A disponibilidade não poderia ser pouca em uma estação com tamanha oferta de cores, materiais e padronagens. Mas os lançamentos trazem recados determinantes para a moda. A quantidade de modelos flat nos desfiles determina vida longa às peças rasteiras, contudo, os saltos medianos – por volta de 5 cm – são a referência modal do período, em formatações blocadas ou delicadas, tipo kitten heel. Já os solados retomam o destaque de outros tempos. Meias-patas, preferencialmente altíssimas, tipo layer style, chamam atenção, juntamente com um maior número de plataformas e as “aterrorizantes” flatforms – algumas com acento oriental – são uma realidade que persiste. As frentes finas continuam em destaque e determinados designers propõem dianteiras mais alongadas e alguns optanram por uma clara orientação western (country). Os modelos open
Burberry Prorsum
pointed – finos abertos, com alturas e estilos variados – são a grande novidade do período, a mais moderna. Uma proposta elaborada que merece apostas. Já as peças arredondadas são commodities na temporada e o uso das sempre sofisticadas frentes quadradas foi ampliado. A temporada não descarta qualquer estilo de calçado. Assim, além de uma infinidade de sandálias há uma abundância de chinelos, sabots, mules, botas, open boots, booties, scarpins, sapatilhas, masculinos (oxford, slipper e mocassim), tênis, espadrilles e as temidas walking sandals (papeetes). Pelos lançamentos, esta será mais uma estação em que as ornamentações contam – e contam muito. Desta maneira, há espaço para bordados, patches, apliques de flores e laços, uso de metais variados, franjas, vazados, amarrações e recursos artesanais.
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Dries van Noten
Kate Spade
Christian Dior Chloé
Fendi
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Tory Burch
Bottega Veneta
Gucci
Christian Siriano
Louis Vuitton
Narciso Rodriguez
Jill Haber
Baja East
catwalk | bolsas
Simone Rocha
3.1 Phillip Lim
A inventividade do verão passado foi transformada em uma estética banal, com fórmula segura, mas extremamente bela. Contudo, algumas propostas seguem uma linha funny – divertida – e tiram as bolsas desta linearidade. As alternativas são muitas e parece não haver restrições de estilos na estação. Logicamente há aspectos comuns entre os lançamentos. A preferência por tamanhos pequenos é um deles, mas a disponibilidade não exclui proporções “PP”, médias e grandes. Outra preferência fica com os modelos que apresentam flap (aba) – e as alças de correntes são um plus a ser considerado. Com relação à rigidez das peças,
a maioria apresenta-se bastante estruturada. Somente algumas clutches, bucket bags, hobos (sacos) e pochetes mostram uma maior desestruturação. Se há algo que transforma qualquer bolsa lançada no período em uma “it bag” é o material. O padrão de crocodilo – menos ou mais expressivo, em colorações diversas – é uma característica decisiva nos lançamentos da primavera-verão 2016 | 2017. Outro atributo marcante na temporada são as decorações, como apliques, patches, metais, bordados, patchworks exóticos e alguns detalhes hand made.
balenciaga_SS_PaRiS_2016 | 2017
Com um toque de leveza, Alexander Wang mostrou em seu último desfile para a marca francesa uma coleção em tons de marfim para celebrar a estação quente. Entre transparências delicadas, babados ousados e recortes estratégicos, a grife ainda mostrou flats com aplicações de rendas. “Em uma casa que é conhecida pela inovação, eu quis pensar sobre as formas com simplicidade, de uma forma artesanal e com um toque de alta costura”, declarou o criador.
buRbeRRy_SS_londReS_2016 | 2017
089 Em meio a trench coats clássicos e blazers de corte impecável, a grife apostou em uma miscelânea de referências – com destaque para elementos românticos e esportivos. Um sutil toque militar também se sobressaiu nas peças do período, com direito a cordões metálicos bordados pela mesma empresa que adorna os trajes da família real britânica. De acordo com o diretor criativo da marca, Christopher Bailey, a intenção era mostrar peças sem referências de estação – no melhor estilo “seasonless” – evidente em modelagens repletas de conforto.
CHANEL_SS_PARIS_2016 | 2017 CHLOé_SS_PARIS_2016 | 2017
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Com inspiração no glamouroso universo das viagens, a Chanel aponta para uma estação repleta de estampas que não passam despercebidas. Os acessórios criados pelo kaiser Karl Lagerfeld ganham peso extra, com espaço para as tradicionais bolsas em matelassê da maison, passando por minibags e mochilas, além de uma incrível linha de malas. Entre os calçados, chamam a atenção sandálias com detalhes em vinil e papetes com luzes de led sobre os solados.
Pelas mãos da diretora criativa Clare Waight Keller, a mulher da grife perdeu sua aura delicada para surgir mais confiante na temporada de inverno. Com influências dos anos 70 e com um toque militar, a marca mostrou vestidos longos, casacos pesados e uma alfaitaria moderna que brinca com coletes e gravatas de acento masculino. Na cartela de cores, há espaço preto e branco, assim como nuances de terra e variações de cinza. Nos pés, botinhas de cano médio completam as produções com sofisticação.
christian_dior_ss_Paris_2016 | 2017
Em seu último desfile para a Dior, Raf Simons exalou um leve perfume vitoriano – mas sem deixar a modernidade de lado. Com peças que insinuavam uma “suavidade impactante” – nas palavras do próprio criador – a marca valoriza sobreposições de telas estruturas delicadas com um toque underwear. Os casacos, de cetim ou tricô, ganharam barras propositalmente irregulares. Para completar as produções, a escolha foi por scarpins de bico finíssimo – com acabamento em verniz.
Como um “car crash”, o estilista propõe uma moda caótica para os dias quentes. Na passarela, brincou com as formas e surpreendeu pelo intenso uso das cores – sempre com um toque “artsy”. Nas peças, borrões de tinta, estampas geométricas e patchwork de rendas ganham espaço nobre, assim como brilhos holográficos e detalhes em vinil. As modelagens são assimétricas – com direito a peças com aspecto “destroyed” – e mix de estampas marcantes. Nos pés, a opção é por tênis futuristas com detalhes em néon e repletos de elásticos aparentes.
christoPher_kane_ss_londres_2016 | 2017
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dries van noten_ss_Paris_2016 | 2017
De olho no glamour das estrelas do passado, a marca aposta em uma mulher ousada para definir o figurino dos dias quentes. A modelagem tem um pé nos anos 50, evidente em saias midi, ternos em alfaiataria e bustiês estruturados. Entre os acessórios, o destaque fica por conta de luvas e meiascalças que mais parecem tatuagens e bolsas de mão em versões lisas ou estampadas. Além disso, o estilista ainda apostou em plataformas altísssimas.
givenchy_ss_new york_2016 | 2017
092 Envolto em uma atmosfera reflexiva, onde uma trilha sonora formada por música religiosa e performances criadas pela artista Marina Abramovic davam o tom, Ricardo Tisci comanda um show para aguçar os sentidos. Na lista de apostas, camisolas com renda e chambres de seda se misturam a alfaiataria austera, solta e ampla para os dias quentes. A cartela de cores valoriza os básicos, entre preto, branco e um discreto off-white. Além disso, as produções são arrematadas por sandálias com amarrações.
gucci_SS_milão_2016 | 2017
Sob o comando de Alessandro Michele, a Gucci mostra um verão inspirado no universo da escritora francesa Madeleine de Scudéry. Os temas botânicos aparecem com força, dos bordados aos estampados, e sempre com uma delicada aura vintage. Em um verdadeiro mix de padronagens, o criador sugere transparências etéreas e detalhes artesanais. Nos pés, a opção foi por mocassins com cara de mules e meias-patas com amarrações.
Ao olhar para dentro de si, a marca – ainda sob o comando de Alber Elbaz – é puro requinte. O nome e o endereço da maison estampados com a letra do próprio estilista ao lado de desenhos de bolsas, sapatos, colares e vestidos chamaram a atenção entre as peças – todas em uma sofisticada alfaiataria. A estação ainda mostra sobreposições interessantes que sugerem um contido toque grunge. O brilho surge em peças carregadas de lantejoulas. Entre os calçados, a opção é por abotinados com ponteiras elegantes e botas de cano médio e aspecto amassado.
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Com um cenário tecnológico, a casa celebra um verão em sintonia com o futuro. “Estamos todos vivendo em uma nova dimensão, tentando integrar aspectos digitais, virtuais e cibernéticos a nossa vida real”, destaca o diretor criativo da marca, Nicolas Ghesquière. Desta forma, os “cyberpunks” usam jaquetas de motoqueiro e saias bordadas com metais. A sandálias ganharam plataformas e as mini bags chegam como nova peça desejo da grife.
Subvertendo os clássicos tradicionais, a marca mostra uma estação repleta de atitude. Em um verdadeiro ensaio sobre ternos de saia e casacos adornados por desenhos gráficos e listras verticais, a maison aposta no poder dos detalhes. Na lista de escolhas, ainda há espaço para xadrezes, tweeds e tricôs. O couro também chama atenção. Os acessórios são parte essencial da coleção, com peças que mais parecem enfeites de Natal. Para dar o toque final, a maison chama a atenção para a elegância atemporal de sandálias com tornozeleiras metalizadas.
Arte, moda e um alerta social! As obras de artistas como Brancusi, Modigliani, Braque e Picasso inspiram esta coleção da grife que tem como cenário de fundo o continente negro e suas problemáticas sociais. A região evoca uma beleza selvagem e tribal, que faz a narrativa de uma moda que espelha um caldeirão de referências culturais. As roupas narram uma verdadeira viagem que busca recursos entre o sonho e a realidade, na tradição da costura italiana fundida ao artesanato africano e a arte modernista do começo do século XX.
PROENZA_SCHOULER_SS_NEw yORk_2016 | 2017 095
VALENTINO__SS_PARIS_2016 | 2017
A vibrante cultura espanhola foi o ponto de partida da grife para mostrar as novidades para o calor. Em babados incríveis e fitas negras que formavam laços delicados, a marca destaca produções com silhuetas intrigantes. Os ombros de fora não passam despercebidos e celebram uma moda “cool & fresh”. A cartela de cores sugere os inabaláveis preto e branco, que ainda ganham a companhia de vermelhos quentes. Nos pés, a opção é por scarpins de bico fino.
Balamin
Fendi
Astrd Anderson Paul Smith
Saint Laurent
Hermès
Gucci
Burberry
Berluti
Todd Snyder Dolce & Gabbana
Prada
MENSWEAR_SS_2016 | 2017 096
A moda masculina da primavera-verão 2016 | 2017 busca num conforto extremamente sofisticado as diretrizes para a temporada. Os designers trouxeram de volta uma cartela de cores tradicionais, formas modernizadas - as calças amplas são um bom exemplo - e uma série de acessórios surpreendentes. Algumas peças são determinantes na estética do momento, entre elas as camisas no estilo dos anos de 1950, os macacões, os shorts, as jaquetas estilo bomber e uma gama de peças de inspiração oriental. As propostas trazem um homem bastante visível, visualmente presente. A delicadeza e transparência das rendas provocam diferentes efeitos, ao contrário das estampas florais e listras já incorporadas, há temporadas, ao guarda roupas masculino.
Gucci
Bottega Veneta
Dunhil
Yohji Yamamoto
Dries van Noten
Givenchy
N.21 Craig Green
Valentino
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Canali
Walter Van Beirendonck
E. Tautz
Louis Vuitton
MENSWEAR_SS_2016 | 2017
Dries van Noten
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A
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BEBECÊ (51) 3546-8000 www.bebece.com.br BEIRA RIO (51) 3584-2200 www.calcadosbeirario.com.br BIBI (51) 3512.3344 www.bibi.com.br BOTTERO (51) 3543-5400 www.bottero.net
C
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D
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E
ELÉIA (51) 3546-3728 www.eleia.com.br ENZO MILANO (51) 3563-4392 www.enzomilano.com.br ESDRA (51) 3561-7700 www.esdradesign.com.br
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F
M
R
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FIREZZI (51) 3568-3888
MALU (51) 3552-2500
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G
MENINA RIO (48) 3265-1100
RENATA DELLA VECCHIA
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MILAA (51) 3127-2227
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I
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S
FERRICELLI (16) 3707-6200
GOLD MAN (51) 3587-5855
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J
JORGE BISCHOFF (51) 3549-9300 www.jorgebischoff.com.br
K
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MACADÂMIA (11) 3019-0950
MODARE (51) 3584-2200 MONFERRARO (51) 3546-1928 www.monferraro.com.br MORMAII (51) 3035-4500
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N
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O
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Z
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