About shoes #30

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De volta para o futuro

Arquitetura para o luxo

Especial Catwalk

Trilogia cult completa 30 anos

A maior loja da Dior na テ《ia

Preview do inverno 2016






About | US

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www.aboutshoes.com.br No twitter: @about_shoes No instagram: @aboutshoes facebook.com/AboutShoes C

Direção CriativA Júlio Rossi Castilho julio@editoranove.com.br

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De volta para o futuro

Arquitetura para o luxo

Especial Catwalk

Trilogia cult completa 30 anos

A maior loja da Dior na Ásia

Preview do inverno 2016

Capa Woman Foto: Carlos Contreras Styling: Júlio Rossi

De volta para o futuro

Arquitetura para o luxo

Especial Catwalk

Trilogia cult completa 30 anos

A maior loja da Dior na Ásia

Preview do inverno 2016

Capa Man Foto: Ricardo Hegenbart Styling: Geco Nihchke

Direção de redação Cristina Pacheco cristina@editoranove.com.br jornalismo Juliana Berwig jornalismo@editoranove.com.br DESIGN Antônio Corrêa Financeiro Sandra Klock sandra@editoranove.com.br FOTOS DE PRODUTOS Tiago Heckler REPRESENTANTE COMERCIAL Daniel Zimmermann (RS) daniel@midiazem.com.br Leandro Araújo (Franca/SP) leandrojaraujo@uol.com.br

Periodicidade: trimestral About Shoes é marca registrada. A revista About Shoes é publicada por Nove Editora Ltda. Rua Tristão de Alencar, 630 Novo Hamburgo, RS | CEP 93340-130 Fone: (51) 3595-8147 A empresa é comprometida com a responsabilidade ambiental, por isso a revista é impressa com papéis com certificação de manejo florestal responsável. CTP, impressão e acabamento: Gráfica Editora Pallotti

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Colaboradores Krika Martinez, Ary Filgueiras, João Henrique Joner, Carlos Contreras, Juliana Berwig, Lucas Martins de Mello, Diego Marcon, Geco Nihchke, Ricardo Hegenbart e Arno Duarte About Shoes não se responsabiliza pelos conceitos e opiniões emitidos nos artigos assinados. As pessoas que não constam do expediente da revista não têm autorização para falar em nome de About Shoes ou retirar qualquer tipo de material para produção de editorial caso não tenham em mãos carta atualizada e datada, em papel timbrado, assinada pela diretoria.



About | EDITOR'S LETTER

e humores Quanta coisa envolve o processo criativo! Para despertar o interesse do consumidor, do cliente, é preciso pesquisa - para dentro do dna de cada marca e também para o universo que anda alimentando as vontades coletivas. Pensamos isso quando nos deparamos com o colossal prédio da nova flagship store da Dior em Seul, uma verdadeira obra prima da arquitetura a serviço da moda. Projetada por Christian de Portzamparc, a construção é uma soma de tantos conceitos e referências que dão a dimensão de que, quando se tem um objetivo final claro, quanto mais ideias melhor. Nesta edição você vai encontrar matéria que fala sobre essa loja, recém aberta no bairro mais chique da Coreia do Sul. Pensamos nos processos criativos quando recebemos centenas de produtos, calçados e bolsas aqui na redação da revista e temos a difícil (e ao mesmo tempo ótima) tarefa de compor as produções para os editoriais. Analisamos os detalhes, admiramos os acabamentos e reconhecemos as personalidades de marcas que estão impregnadas em cada peça. As coleções para o verão trazem riqueza, ousadia, coragem, cores,

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texturas. Se o momento em que o mercado, o varejo e a indústria atravessam é de crise, que ela passe longe das nossas ideias! Que os índices ruins da economia afastem-se do nosso potencial de criar coisas belas - é para isso que estamos aqui. E para inspirar o próximo ciclo, trazemos novamente nosso caderno especial Catwalk, que já adianta as tendências que poderemos observar para a temporada de inverno do ano que vem. Entre a consolidação desta coleção de verão que começa a entrar no mercado e o lançamento do inverno, que não nos falte imaginação para pesquisar mais, somar mais referências, viajar, escutar novos sons, sentir aromas, acumular informação e conhecimento. Que esta edição da About Shoes possa ser um dos elementos de inspiração para este rico processo, que movimenta as ideias de quem cria, de quem vende, de quem ama sapatos como nós! Boa leitura! Cristina Pacheco diretora de redação



About | cartola 016 scraps: NOVAS PLATAFORMAS 018 scraps: SOLAS BRANCAS 019 coming soon 022 NOTAS: SHOPPING 023 new SHOES 024 new bAGS

036 TRENDS: PITON AGAIN 038 TRENDS: DUPLA PERFEITA 039 BEAUTY 040 LIFE: QUANTO É EU + VOCÊS 042 MODA FEMININA: HOT AND HOT 054 MOVIES: ESTAMOS DE VOLTA AO FUTURO? 058 DESIGN ESTRATÉGICO 060 EXHIBITION: SHOES - PAIN AND PLEASURE 062 GESTÃO: EXPERIÊNCIAS DO EXPERIENCIAL 064 ARCHITECTURE: JOIA DO ORIENTE 068 moda INFANTIL: SWEET SUMMER

064 025 NOTAS: DESIGN 026 COMER, COMPRAR, APRENDER 027 SKETCH: DILEMA DA MODA 028 MARKETING: GESTÃO DE CRISES 030 TRENDS: COLOR BLOCKING 032 TRENDS: NATURAL E CHIQUE 034 TRENDS: MAIS BRILHO

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076 KID'S TRENDS 078 MODA MASCULINA: BOYS WILL BE BOYS 089 BACKSTAGE 091 CATWALK: OUTONO INVERNO 2016 106 CONTATOS



About | GUEST LIST

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1. ARNO DUARTE é coach e consultor organizacional na Favoo Desenvolvimento Humano. Adora o que faz, mas não deixa de se aventurar em peças de teatro, videoclipes, música, fotografia, meditação ou em qualquer coisa que estimule expressão e criatividade. Acredita que o sentido da vida é amar e se divide entre projetos pessoais e profissionais buscando a felicidade autêntica nas 30 horas do seu dia. Escreve na revista sua coluna About Life. 2. JOÃO HENRIQUE JONER é sócio fundador da Vivendo Programas Experienciais, onde atua como consultor e facilitador da metodologia experiencial, apaixonado pela natureza e atividades de aventura. Natural de Novo Hamburgo, casado e com dois filhos, mora hoje em Canela-RS na Fazenda Sonho Meu, sede exclusiva para eventos corporativos. Nesta edição, fala sobre aprendizado pela experiência. 3. Lucas Martins de Mello começou a carreira como fotógrafo oficial na assessoria de imprensa da Prefeitura de Canoas e da Presidência da Câmara Federal. É fotógrafo de diversas casa noturnas e casas de espetáculo de Porto Alegre, tendo registrado shows de renome nacional e internacional. Desde 2012, vem se consolidando no mercado editorial de moda e publicidade. Na About Shoes, assina o editorial infantil de moda. 4. Nascido em Santiago, no Chile, Carlos Contreras atua como fotógrafo de moda no mercado editorial e publicitário desde 2007, trabalhando com as principais marcas e publicações da área. Seus trabalhos têm sido veiculados em revistas e jornais nacionais e internacionais. É colaborador assíduo dos editoriais da About Shoes e nesta edição, assina o ensaio de moda feminina que abre a revista. 5. Diego Marcon é cabeleireiro no ROHO e mora em Buenos Aires. Assina beleza de campanhas de grandes marcas e desfiles nacionais e internacionais. Tem sua carreira dedicada à beleza para moda e às noivas. É nosso colunista de beauty. 6. Curiosidade e dedicação são palavras-chave para falar da trajetória de Maria Augusta Medeiros. Começando pela Publicidade, especializou-se em Marketing e mais tarde em Design Estratégico. É uma caminhada natural para estar em dia com as

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demandas de sua área de atuação. Dirige o escritório Próximo Passo Design Estratégico Ltda, focado em redesenho estratégico e desenho de novos negócios. Nesta edição, fala que a crise pode ser momento de terapia para as empresas. 7. Talento da nova geração, o stylist Geco Nihchke, assina a moda do editorial masculino “Boys will be boys”. Nome frequente na ficha técnica de produções para sólidas marcas do setor calçadista, é conhecido por sua estética minimalista e imagens muito bem construídas para publicações como GQ Itália, Brainstorm, Revista Catarina, FFW e U+MAG. 8. Ricardo Hegenbart começou a fotografar ainda na faculdade de Comunicação Multimídia. Entre as observações cotidianas registradas com a máquina analógica até o reencontro com a tecnologia digital, em 2009, trabalhou como designer editorial para revistas. Foi quando desenvolveu seu maior fetiche: a paixão pelas publicações. Dessa experiência, refinou o olhar para além da foto. Gosta de contar histórias através dos cliques, atuando como um narrador que se envolve desde a concepção da ideia até a última cena. Estudou um ano em Londres, na Central Saint Martin. Assina o editorial masculino da edição. 9. Sócio Fundador da Business Press - Branded Content to Brand Relations, agência digital híbrida com 11 anos de mercado, sedes em Porto Alegre e Florianópolis, o baiano Ary Filgueiras é jornalista, bacharel em Comunicação Social com MBA em Marketing. Na sua bagagem, mais de 20 anos de experiência em Gestão da Reputação para marcas de diversos setores da indústria de bens de consumo como bebidas, alimentos, moda, calçados, confecção e cosméticos, assim como varejo, esporte, logística, construção civil, tecnologia da informação e setor metal mecânico. 10. Krika Martinez é jornalista, apaixonada por cinema e mora na Espanha. Nesta edição, fala sobre os 30 anos da trilogia De Volta para o Futuro. Ela é o tipo de pessoa que faria essa foto.




Chegue mais perto, o Klin farejou uma novidade para você!

Esperamos por você na Francal: Passarela 3 com a Rua H Stand 53/57

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Di Vitrini

| scraps

Mariotta

Bebecê

A volta do estilo dos anos 70 à moda aparece nas calças, saias, roupas com detalhes ricos em cores, bordados, nas estampas... e também nas plataformas, que encaram as coleções para o verão 2016 com muita propriedade. E desde a década que serve de referência para este comeback, as plataformas representam poder e confiança. Nomes como Biba, Terry Havilland e o mestre Salvatore Ferragamo criavam modelos excêntricos e até considerados ultrajantes para o conservadorismo ainda vigente. Mas era a época da redescoberta da liberdade, as mulheres (e até homens) se entregaram à sensação das alturas destes calçados. Feitos inicialmente com madeira, cortiça, ráfia e corda, logo as plataformas foram ficando mais elaboradas, ganhando acabamentos forrados, revestimentos com glitter, lantejoulas. Invadiram as pistas de dança e ampliaram a cartela de cores, trazendo tons fortes, vermelho, roxo, verde e metalizados como prata e dourado. Por volta de 1977, a música ditava a moda e as plataformas alcançavam 12 centímetros. Hoje, materiais variados podem entrar na composição de um mesmo modelo. Blocos de acrílico, tecidos, madeira com cabedal pregado, cortiça, mix de estampas ou cores. As plataformas para o verão 2016 voltaram para deixar o look poderoso e garantir uma dose de ousadia atrevida nas produções da temporada.

Zatz

Poder e

liberdade


DiadosPais.

Amor incondicional. Men’s shoes.


Di Vitrini

| scraps

Para quem ainda não percebeu, há algo de novo no reino da moda. Mais precisamente nos solados dos calçados da primavera-verão 2015 | Beira Rio Conforto 2016. Presentes na moda há mais de ano, os solados brancos são uma das principais características estéticas da próxima temporada quente. Um recurso próprio para os mais diferentes estilos de propostas - de cunhas altas a peças flat, sem falar em mocassins, sapatilhas, booties, mary janes, sneakers, chinelos, sandálias... Este é o principal legado certamente, o mais popular e acessível - deixado pela tendência esportiva que vem influenciando a moda há temporadas. Contudo, este detalhe não é tão novo assim, não! É descendente direto do Converse All Star, fabricado pela Converse Rubber Shoe Co. desde 1908 e mais recentemente dos tênis Vans (1966). Suas variações contam com formatações dentadas, serrilhadas e tratoradas, além é claro, do tradicional vulcanizado. Já os modelos mais expressivos - mais espessos - garantem destaque extra para aqueles que apostam no estilo.

Levine Dijean

Comfortflex

The white soles


about | coming soon

As texturas são importantíssimas para a estética da próxima temporada fria. Os designers tomaram partido de uma infinidade delas para garantir uma moda sofisticada e cheia de possibilidades. Estão em pauta combinações suaves ou intensas ficam perfeitas em um look total grey.

GREY’S LAND DE VOLTA À CARTELA DE CORES DO OUTONO-INVERNO 2016 OS PIGMENTOS CINZA

Imagem reprodução: Jason Wu

PREVEEM UMA TEMPORADA PARA LÁ DE ELABORADA

As peles têm especial destaque em uma estação fiel às suas características de temperatura. Pelos curtos ou longos – como os do carneiro da Mongólia – fazem parte da seleção nos lançamentos. Legítimas ou verdadeiramente falsas elas podem ser encontradas, também, em alguns calçados e em muitas bolsas.

A eterna relação entre os gêneros fica explicita em muitas propostas, mais uma vez. O estilo descomplicado de vestir dos homens pode ser encontrado na maioria das coleções. Certamente, este é mais um motivo para a relevante presença da paleta de cinzas nas propostas do período.


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The look CINZAS SOBRE CINZAS

DIFERENTES TEXTURAS E TONALIDADES GARANTEM ALTA

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CARGA DE MODERNIDADE AOS LOOKS CINZA

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1. Lanvin | 2. Miu Miu | 3. Stella McCartney | 4. Valentino | 5. Rupert Sanderson | 6. Bottega Veneta | 7. Tabitha Simmons | 8. Gianvito Rossi | 9. Dolce Gabbana | 10. Next | 11. Chloé | 12. Chanel | 13. Burberry | 14. Gucci | 15. Loewe | 16. Roger Vivier 11.

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Imagens: reprodução

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About | shopping

Prada para todos Não, não se trata da democratização da marca de Miuccia. Mas é que, assim como ela rompeu com as barreiras de gênero na moda, agora lança no mercado de beleza seis fragrâncias que não se encaixam em "para eles" ou "para elas". Les Infusions de Prada é a coleção que começou em 2007 com Infusion d'Iris, seguiu com Infusion d'Oranger em 2009 e Infusion de Vétiver, em 2010. O que foram na época lançamentos temporários agora voltam como produtos de linha, acompanhados por mais três perfumes: Infusion d'Iris Cèdre, Infusion d'Amande e Infusion d'Oeillet. Disponíveis em vidros de 100 ml e com frascos em tons pastel, os perfumes devem chegar a 500 pontos de venda pelo mundo.

Diferentes formas de fazer Paris recebe de 4 a 8 de setembro a incrível feira Maison&Objet, no pavilhão de exposições Paris Nord Villepinte. Há 20 anos decodificando o mercado internacional de casa e design, a feira permanece fiel ao seu pioneirismo e desta vez apresenta uma dinâmica de organização que prioriza estilos de vida e não mais por setores de produtos. Com uma gama completa de itens, de decoração, mobiliário, artigos têxteis, perfumes, produtos infantis, a mostra tem ainda painéis de tendências e exposições. Sob o tema "Fazer", apresenta painéis com enfoques no "Natural made", "Human Made" e "Techno Made".

Luxo rosado A empresa dinamarquesa Bang & Olufsen está comemorando com todo o estilo a chegada aos 90 anos. Fundada nos anos 20 e reconhecida por equipamentos de áudio de alta qualidade, ela volta-se a este período para a inspiração da coleção "Love Affair", composta por seis produtos que ganharam detalhes luxuosos de ouro rosado. A marca sustenta que seria importante que a coleção trouxesse uma paleta de tonalidades que expressassem o interesse em materiais elegantes. O ouro rosado, tradicionalmente simboliza o amor, tornou-se a escolha para toda a coleção. A peça mais simples custa 419 dólares e a mais cara, BeoVision Avant 85, pode ser comprada por cerca de 25 mil dólares.

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About | new SHOES

Jonathan Saunders

Como uma luva

Imagem: reprodução

formfitting boot

Super justa: materiais strech permitem dar forma máxima às botas. Tendência que deverá chamar atenção na próxima temporada. Liso e limpo: superfícies lisas – foscas ou brilhantes – garantem muito em termos de modernidade nas propostas do período. Visibilidade total: os saltos grossos são uma das referências estéticas mais importantes vistas em diferentes tipos de calçados. Em uma estação com características sazonais bem definidas como o próximo outonoinverno 2016, as botas são a grande atração e as novíssimas formfitting boots uma aposta e tanto para o período! Não importa a altura do cano – pelos tornozelos, meio da perna ou bem acima dos joelhos – o que realmente conta é sua capacidade desta bota de desenhar a perna como se fosse uma meia.

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About | new bags

Gucci

fall | winter 2016 Pela mão: As hand bags retomam a preferência dos designers e são a maioria dos lançamentos da temporada outonoinverno 2016. Efeito caixa: A rigidez é uma característica marcante de muitas propostas da estação. O resultado visual assemelha-se ao de uma caixa Detalhes a mais: As alças de correntes são detalhe recorrente nas peças e o flap – aba, tampa – praticamente, uma unanimidade.

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boxy style

Imagem: reprodução

As bolsas da nova temporada fria abrem mão dos formatos diferenciados que foram destaque na primaveraverão 2015 | 16 e apostam no tradicional. As hand bags com dimensões medianas são a principal aposta dos estilistas para compor seus looks. O fator decorativo é novamente uma característica marcante do período. As peças contam com bordados, aplicações, franjas, pedras, combinações de cores e materiais.


About | design

Criador e criatura Modelo de incrível sucesso internacional, Armando Cabral fez todo o circuito americano e europeu da moda. Nascido em Nova Guiné e criado em Portugal, ele agora se aventura no mercado calçadista. Sua marca, homônima, foi concebida e fabricada a partir de sua própria paixão ao longo da vida para o sapato. A marca revela uma perspectiva moderna e metropolitana, apresentando os paradigmas de um estilo de vida distintamente emparelhado com o próprio Armando - personalidade, estilo e individualismo. Uma fusão estética do minimalismo com uma abordagem clássica e cuidadosa atenção aos detalhes diferenciam a marca no mercado.

Diários secretos de Basquiat O artista Jean Michel Basquiat volta ao Brooklin, onde nasceu, sob a exposição “The Unknown Notebooks”. Morto aos 28 anos por uso excessivo de drogas no auge da fama, Basquiat foi de grafiteiro a pintor neo expressionista reconhecido. Em 160 páginas de anotações, fragmentos de poesias, letras de músicas, desenhos e observações pessoais, seus cadernos guardados agora vêm à tona no quarto andar do Brooklin Museum. As imagens icônicas da obra do artista estão presentes em várias notas destes achados, como esqueletos, coroas e rostos fazendo caretas. A exposição vai até dia 23 de agosto.

Provocação na realeza Os impecáveis jardins do Palácio de Versailles abrigam hoje mais do que sua beleza e sua história. Até 1º de novembro, acontece no local a exposição das obras impactantes do artista britânico-indiano Anish Kapoor. Polêmico e arrojado, o artista de 61 anos trouxe para Versailles obras como o C Curve, uma instalação de espelhos cujo reflexo deforma a imagem do castelo e seus jardins e o Dirty Corner (um imenso funil instalado entre pedras quebradas, também conhecido como Queen Vagina, que foi pichado por vândalos nos primeiros dias de exposição). A entrada é gratuita (menos nos dias de Grandes Eaux Musicales, de Jardins Musicaux e de Grandes Eaux Nocturnes) aboutshoes.com.br

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Foto: Gabriela Biló (divulgação)

About | food and drinks

Comer, comprar, aprender A super loja Eataly abre ponto em São Paulo e vira programa obrigatório para quem gosta de comida. Comer, comprar e aprender. Você vai ao Eataly para, com estes três verbos, interagir com todos os alimentos italianos que são oferecidos nessa mega loja que é uma loucura para os amantes da boa mesa. Tudo começou com um planejamento de três anos e a abertura da primeira loja em Turim, na Itália, em janeiro de 2007. De lá pra cá, já são hoje 29 lojas do Eataly no mundo. Quinze delas estão na Itália, nove no Japão, duas nos Estados Unidos, uma em Dubai, uma em Istambul e agora, uma em São Paulo. No endereço, que fica na Vila Nova Conceição, são 4.500 metros quadrados com 19 pontos de alimentação em meio a um mercado com mais de 7 mil produtos italianos ou de produtores locais que seguem as receitas tradicionais. Além das prateleiras

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completas, 13 restaurantes e bares já convidam para uma boquinha lá mesmo. Tem restaurante especializado em massa, pizza, carnes, peixes, frutos do mar, confeitaria, chocolateria, sorveteria, cafés e um bar de frutas e sucos, além do primeiro Nutella Bar do Brasil. Como para os italianos comer é sagrado, o Eataly criou um manifesto das coisas em que acredita. Entre elas: - A comida nos une. - O segredo para qualidade de vida? Produtos de qualidade. - Todos estão convidados: não importa se está lá para jantar ou comprar um pão, todos merecem a melhor experiência. - Quanto mais conhecimento você tem, mais aproveita.


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About | marketing Por Ary Filgueiras

Gestão de Crises Quando a crise atinge a imagem da sua marca nas mídias sociais

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m abril deste ano, uma consumidora do Recife, Cynthia Cabral, postou em seu perfil do Facebook uma reclamação polêmica contra a marca de calçados femininos Arezzo. Em pouco tempo milhares de curtidas no post, comentários negativos e compartilhamentos levaram a situação aos principais portais de notícias da internet. Até o fechamento desta coluna, dois meses após o ocorrido, foram mais de 78,6 mil curtidas, 571 comentários e mais de 107,9 mil compartilhamentos. No Google foi possível encontrar centenas de publicações entre portais de notícias, blogs e fóruns de todo o país sobre o caso. Uma crise de imagem que com certeza abalou a reputação da marca. Na publicação, a consumidora contou que a palmilha havia descolado no segundo dia de uso, o que considerou algo até possível de acontecer. No entanto, o que a deixou mais indignada foi levantar a palmilha do calçado e encontrar

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embaixo da marca Arezzo, uma estampa com a marca Via Uno. Ela publicou a imagem, comprovou o ocorrido e externou toda a sua indignação com a marca, sentindo-se lesada e deixando a entender que pagou Arezzo e levou Via Uno, quando no mercado a segunda custa bem menos que a primeira na loja. Crises de imagem são mais comuns nos dias de hoje devido ao poder que as mídias sociais conferem aos consumidores, razão pela qual torna-se ainda mais imprescindível para as marcas uma gestão profissional da sua reputação de forma contínua, com planejamento de ações preventivas e uma equipe preparada para a gestão de crise. Afinal, “shit happens”. No caso da Arezzo, apesar da marca ter cumprido o protocolo, respondido aos comentários negativos no Facebook, emitido um comunicado oficial reconhecendo o equívoco e comprometendo-se a rever seus processos internos para evitar novas falhas, a repercussão negativa poderia ter sido evitada. Ao analisar o caso no detalhe, nota-se na reclamação de


Cynthia o que de fato a motivou fazer o post: o tratamento recebido por ela na loja quando solicitou uma solução. Mais da metade do texto no seu post descreve a experiência negativa ainda mais o público. Ao final, a marca cedeu à pressão e com a gerente que a atendeu. E pelo relato, percebe-se que a recolheu todas as peças da coleção, ficando com a reputação profissional não estava capacitada para identificar a gravidade abalada. do problema de imagem. Ou seja, não houve uma preparação Segundo o Ibope Media, cerca de 92% dos potenciais dela para avaliação e contenção de problemas deste gênero, clientes utilizam a Internet como canal de pesquisa sobre protegendo a marca, maior patrimônio da Arezzo e o que empresas, produtos e serviços antes de efetivar uma compra. justifica os preços cobrados em seus produtos. O que se viu do Quantos dos potenciais clientes da Arezzo devem ter desistido seu atendimento foi somente aquela política padrão de trocas, baseada na lei e muito comum no varejo, que é de encaminhar o de comprar a marca ao encontrar estes casos na internet? Qual a percepção da Arezzo hoje diante destes ocorridos e o quão ela produto à fábrica para análise. A consumidora esbravejou com está próxima da sua imagem de valor percebido? esta opção. Acredito que o problema é muito maior do que a No maior site de reclamações da internet, o Reclame Aqui, realidade, que deve estar mais próxima a reputação da Arezzo está classificada do comentário da consumidora Cynthia como “NÃO RECOMENDADO”. A polêmica foi quando considerou até dentro de uma O período apurado é desde 21 de normalidade a palmilha do seu calçado do Twitter ao junho de 2012 a 31 de maio de 2015. descolar no segundo dia de uso, afinal, Constam 97,2% das reclamações Facebook em defeitos de fábrica em produção de atendidas, 43,4% solucionadas e volumes ocorrem. somente 29,2% voltariam a fazer questão de minutos grandes A resposta da Arezzo, diagnosticando negócio com a empresa. A maior parte o que provavelmente deve ter ocorrido chegando ao das reclamações verificadas são sobre para aparecer uma peça da Via Uno em qualidade dos produtos e atendimento Trending Topics um de seus calçados também vejo como (solado descolando, calçados abrindo com consumidores passível de ocorrer. Nós que trabalhamos na frente, atendimento ruim, etc) com o setor calçadista sabemos desta O caso da Cynthia, muito recente, comentando o possibilidade. A indústria calçadista não é o único de grandes proporções brasileira é uma das melhores produtoras envolvendo a Arezzo nas mídias sociais. ocorrido. de calçados do mundo. Sua falha maior Em 2011 houve outra polêmica, só no entanto é na gestão da imagem que no Twitter, quando lançou uma de suas marcas, que valorizam mais a moda estética de coleção com o título de Pelemania. Naquela época, ativistas ambientais boicotaram o lançamento pichando e pintando com comportamento e não a institucional de marca, aquela que dá segurança ao consumidor de que os casos de defeitos tinta vermelha diversas lojas da marca com o discurso de que de fabricação são eventuais, dentro da normalidade e que os animais não precisavam pagar o preço da moda e nem as raposas precisariam ser mortas em nome da beleza. A polêmica ele não será lesado por isso. Este é o recado dado pelas foi do Twitter ao Facebook em questão de minutos chegando ao mídias sociais e que o mercado americano já havia previsto antes mesmo de chegar à internet, razão pela qual crescem Trending Topics com consumidores comentando o ocorrido. vertiginosamente o Inbound Marketing e as agências de PR A situação piorou quando os administradores da fanpage da Arezzo apagaram os comentários dos consumidores inflamando naquele país. Uma marca com um plano de gestão da reputação bem estruturado com radiografia da imagem, avaliação das vulnerabilidades e política de proteção da marca tem condições de prever e reduzir crises, se recuperar mais rapidamente e, não raro, sair com uma imagem mais fortalecida. Sua marca está preparada para enfrentar um problema como este nas mídias sociais?

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About | trends 2.

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color blocking NOVAS COMBINAÇÕES ENTRAM EM CENA PARA TRAZER O CLIMA COLORIDO NAS COLEÇÕES DO VERÃO 2016 1. Loucos e Santos | 2. Tanara | 3. Mawi | 4. Color Shoes | 5. Alexander McQueen | 6. Linea Bella | 7. Crysalis | 8. Petite Jolie | 9. Vº73 | 10. Diane von Furstenberg | 11. Corsoundici | 12. Kowro Bags | 13. Fossil | 14. Levine | 15. Mariotta | 16. Swarovski | 17. Jorge Bischoff | 18. Marni

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Evento simultâneo

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natural e chique Sisal, cortiรงa, algodรฃo e rรกfia assumem postura

casualmente sofisticada nas peรงas da temporada quente 1. Kate Spade | 2. Esdra | 3. Vega Zaishi Wang | 4. Levine | 5. Empรณrio Mueller | 6. Usaflex | 7. Gerard Darel | 8. Michael Kors | 9. Petite Jolie | 10. Siempre Verde | 11. Devi Kroel | 12. Tory Burch | 13. Kate Spade | 14. Jorge Bischoff | 15. Tanara | 16. Bottero | 17. Ana Hickmann

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MAIS BRILHO

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O GLITTER ASSUMIU NESTA TEMPORADA O STATUS DE QUERIDINHO

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DA VEZ. PERMITA-SE AO EXAGERO E BRILHE MUITO! 1. Dune | 2. Moleca | 3. Ramarim | 4. Miu Miu | 5. Século Slim | 6. Christian Louboutin | 7. Loucos e Santos | 8. Menta e Hortelã | 9. Mariotta | 10. Vestígios | 11. Lança Perfume | 12. Kurt Geiger | 13. Edie Parker | 14. Chanel | 15. Anya Hindmarch | 16. Alexander McQueen | 17. Crysalis | 18. Zatz | 19. Chanel | 20. Mawi 15.

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Piton again Novamente as cobras desenhadas são uma das grandes propostas da estética da primavera-verão 11.

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1. Marni | 2. Ted Rossi | 3. Crysalis | 4. Azaleia | 5. Fendi | 6. Esdra | 7. Loewe | 8. Zatz | 9. Tanara | 10. Mariotta | 11. Gucci | 12. Marni | 13. Levine | 14. Ana Hickmann | 15. M.Officer | 16. Bottega Veneta | 17. Vizzano

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dupla perfeita Flores e poás ganham destaque em propostas solo ou em modelos que arranjam os dois padrões 12. 1. Loucos e Santos | 2. Betsey Johnson | 3. Kate Spade | 4. Capricho Shoes | 5. Eléia | 6. Jessica McClintock | 7. Rio de Luz | 8. Século XXX | 9. Vizzano | 10. Fendi | 11. Landmark | 12. Petite Jolie | 13. Dolce Gabbana | 14. Cherry | 15. Bluejoy by Dellay | 16. Usaflex | 17. M.Officer | 18. Fora D’Água | 19. Cecconello 13.

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About | beauty

Um olhar gráfico e abstrato Por Diego Marcon

Separe todas suas ferramentas (pinceis, esponjas e inclusive a ponta dos dedos), pois o inverno 2016 está mais gráfico e abstrato do que nunca. A despreocupação com formas perfeitas e retas sinaliza a tendência à maquiagem dos meses frios do próximo ano. O ponto forte são os olhos, e aí vale tudo. Começando pelo delineado rabiscado (como no desfile da Fendi), perdendo a famosa e, até então, desejada linha milimetricamente reta e perfeita. A sombra monocromática, apresentada na Kenzo ganha graça com traços realizados com a ponta dos dedos, deixando o

olhar mais orgânico e gráfico. Para o desfile da EudonChoi, formas geométricas, mescladas entre triângulos e círculos que preenchem as pálpebras, e a mistura de cores se encarregam de dar volume e profundidade. Já na passarela da Proenza Schouler, o tom negro perde um pouco do "ar carregado" e ganha forma de sobrancelha invertida concentrada no canto interno dos olhos e perde força nos cantos externos. Podemos dizer que para o inverno de 2016, a atenção está voltada aos olhos, como se fossem uma tela de um artista plástico, livre de qualquer regra.

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About | Life

Quanto é

Na busca incessante por resultado e sucesso, pensamos mais na competição do que na colaboração. Somos competitivos desde o ambiente familiar, passando pela formação escolar até as relações de trabalho. Lutamos uma guerra sozinhos e esquecemos que antes de tudo somos muitos, milhares, milhões, e que somados formamos um único organismo. Por Arno Duarte

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Somos o produto de uma soma. Em nossa origem, duas células se juntam e a vida surge, inexplicavelmente. Com o passar dos anos, nosso resultado se dá por outras operações matemáticas. Dividir passa a ser importante. Separar a minha parte do bolo, garantir uma fatia do mercado, dividir o lucro, subtrair despesas, reduzir esforços, cortar o elo mais fraco da corrente, até que se chegue ao último elo, que também será o mais fraco. Pouco se soma hoje em dia. Fomos criados para sermos individualistas, com necessidades únicas, vontades singulares, e assim desbravamos nossos caminhos. Células solitárias em busca de um fazer sentido para elas mesmas. Mas seres celulares só fazem sentido quando criam algo com outros seres, outras células. O crescimento só acontece quando algo se soma a nós, e se sozinho queremos evoluir, devagar vamos caminhar. A evolução se dá a partir de conexões externas, de experiências com o outro, de trocas, que na verdade são somas. A natureza humana é de cooperação, porém o que vemos hoje em dia são esforços cada vez mais escassos de construção coletiva. Nos isolamos na individualidade de nossos pensamentos, dos nossos escritórios, dos nossos empregos, cada um cuidando do seu propósito. E tudo bem ter um propósito individual, uma meta, um objetivo para chamar de seu. A pergunta é: o que aconteceria se você compartilhasse essa vontade com outras pessoas? E se outras pessoas tiverem objetivos semelhantes e vocês puderem somar competências para atingir o resultado de forma coletiva? Vejo muita gente com sonhos, vontade de fazer a diferença, mudar algo, transformar a vida das pessoas, mas diante da imensidão do mundo, se veem pequenos, frágeis e esmorecem frente ao tamanho dos desafios. Esquecem que ao se somarem a outras pessoas podem se tornar tão grandes quanto os obstáculos que querem transpor. Somados, nos tornamos um organismo vivo maior e mais inteligente. Sozinhos, simplificamos nosso potencial e estacionamos nosso crescimento. Meu convite é para que você pense em que momentos está somando na vida de alguém, ou se está permitindo que alguém se some a você. O autoconhecimento é um dos caminhos para a construção desses espaços de soma, de troca. Ao buscar a compreensão de quem somos, de nossos medos e limitações, do que nos distancia dos grupos, é possível se relacionar melhor com os outros, promovendo confiança, respeito, transparência, generosidade, lealdade e amor pelo que se faz. Trabalhemos então o que está limitando nossa habilidade de se relacionar, por um mundo com mais parcerias estratégicas, mais mentes conectadas, mais projetos colaborativos, mais somas de especialidades e de saberes, para que possamos compartilhar os resultados e sucessos da evolução em grupo.

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Sandal boot Crysalis e bolsa M. OFFICER


hot and hot

Por Carlos Contreras



Sandรกlia M. OFFICER e bolsa BLISSBAGS


Sandรกlia Ana Hickmann



Body SACADA Sandรกlia TANARA e scarpin e bolsaMILAA RAFITTHY


Look Iร DICE, brogue VIA MARTE e bolsa Sandรกlia APHRODITE LEVINE



Sandรกlia CECCONELLO


Sand谩lia VIZZANO e bolsa LINEA BELLA Fotografia: Carlos Contreras | Fot贸grafo Assistente: Lucas Martins de Mello | Assistente de fotografia: Raphael Plastina | Moda: Julio Rossi Beleza: Ana Ferrary | Modelo: Vanessa Donatto (Joy Model Management) Agradecimentos: FJ Praia (www.fjparia.com.br)


Sandรกlia Sร CULLO XXX e bolsa BLISSBAGS


About | movies

Por Krika Martinez

Ou será o passado? Ou melhor o passado bem passado dos faroestes? Não espera, é o futuro alternativo, mas que também é passado. Mas claro, antes temos que voltar ao passado, mas não tão passado como o velho oeste para voltar ao futuro, passado dos anos 80. Confuso?

Estamos De Volta ao Futuro?

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A

linha de tempo desta trilogia é assim de confusa, mas é apenas um dos grandes exemplos de como a ficção científica funciona. Ainda mais se pensamos que este tipo de gênero nos anos 80 não era visto com bons olhos e o primeiro filme da série conseguiu levar aos cinemas milhões de pessoas. Porque a criação deste filmes não ficou apenas no jogo das linhas de tempo e sim em tudo que as envolvem. Lá no início dos anos 80, Robert Zemeckis e Bob Gale se perguntaram: se voltássemos ao passado seríamos amigos de nossos pais? Com essa pergunta na cabeça, eles criaram um roteiro onde um jovem entrava numa geladeira e era jogado no passado. Que na verdade era o presente dos seus pais adolescentes. A ideia da geladeira foi congelada pelo perigo que poderia ser ter crianças tentando recriar o filme e se colocando num verdadeiro apuro. Mas depois de algumas mudanças de roteiro, um não sonoro de muitas distribuidoras e quase congelamento do projeto, um certo Steven Spielberg comprou a ideia. E comprou a ideia para realizar uma trilogia que bateu recordes de bilheteria e de venda de merchandising. Ao ponto de que mesmo na terceira entrega, a ruim, vendeu suficiente para fazer de todos os criadores milionários e grandes nomes de Hollywood. O que ninguém esperava destes filmes era que

na época o público não só mostrou interesse na compra do ingresso e do merchandising. Eles não esperavam que jovens, na época, marcassem no calendário a data 21 de outubro de 2015. Porque essa é a data do futuro que era alcançável por todos nós. O passado é algo inatingível. Porque mesmo em 1985, quando o primeiro filme foi lançado, sabíamos que as máquinas do tempo não existiam. Mas o futuro criado na segunda entrega era plausível. Porque poderia acontecer, poderíamos vivê-lo. Diferente de outras obras de ficção científica no cinema, este futuro não era de todo futurístico. Porque a graça do roteiro é que tudo que eles criaram para o futuro de 2015 já estava meio inventado. O posto de gasolina robotizado. Sim, na época as pessoas já podiam encher o tanque sem precisar da ajuda de outra pessoa. O laser disc já existia. A desidratação de alimentos também. Junte a imaginação e recebemos muitos exemplos do que o nosso futuro poderia chegar a ser, mesmo sendo conscientes de que era tudo ficção. Mas aí aqueles jovens, eu, da década de 80 e 90, não ficaram esperando. Criaram maneiras de pedir que isso acontecesse. Mas com os pés no chão, fomos criando grupos e imagens e usamos a internet para exigir que parte desse futuro se tornasse realidade. Para Marty e Doc o futuro já passou, mas para nós, que crescemos com os filmes, estamos apenas esperando o dia 21 de outubro chegar para poder dizer:

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- Graças aos deuses não nos temos que vestir assim! O ano era 2015, ou seja: o nosso presente, e assim como nós assistindo o filme, Marty fica embasbacado com as coisas que vê. Carros voadores, Tubarão 18 são apenas alguns dos objetos de culto que o filme criou que ainda estaremos esperando, mas há outros que já são realidade no nosso cotidiano. Diferente de outros filmes que já chegaram ao seu presente na ciência ficção cinematográfica, 2001 e Blade Runner por exemplo. O futuro de De Volta ao Futuro é colorido, brilhante e divertido. E por isso toda e qualquer empresa está tentando entrar no mercado com alguma memorabilia para comemorar

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esta data do nosso futuro presente. Porque não nos enganemos: há objetos criados para o filme que vem nos perseguindo até hoje. O Hoverboard, skate sem rodinhas, era o sonho de todos os skatistas. E adivinhem, está se tornando uma realidade. Há um projeto Kickstarter que está esperando a sua colaboração para que seja real. Entendam, a tecnologia existe. Já existem hoverboards. Mas o seu preço é tão caro que para criar um de verdade e colocá-lo à venda vamos ter que esperar um pouco mais. Até porque nenhuma grande empresa mostrou interesse pelo projeto.


tecnologias do passado que já estão no nosso presente Leitura da impressão digital já é mais que passado. E sim, era a maneira de abrir as portas em 2015 de 1985, mas hoje continuamos usando chaves e a tecnologia de leitura de retina sim que será o nosso futuro. As cirurgias plásticas. Não eram novidade na década de 80 e não são novidade hoje. Mas agora falamos de células ames para criar clones caso o nosso corpo envelheça demais. Carros voadores, não obrigada, com os problemas que podemos ter com os controladores aéreos apenas controlando aviões, vocês querem carros? Uma coisa de cada vez, tudo não pode ser. Antes, podemos pedir um pouco dessa tecnologia limpa de usar lixo como gasolina. De momento temos que agradecer que existem alguns carros elétricos. Os hidratadores de comida. Por favor, o Miojo existe a anos. Lixeiras que vão limpando o chão sem a ajuda de um humano? A minha Romba e seu sistema de leitura já faz isso desde 2012. Sistemas de leitura de previsão do tempo já são gratuitos em qualquer smartphone. Assim como os óculos de realidade virtual que se usam para jogos ou aquele que todos ainda tentamos entender, o Google Glass. Postos de gasolina automáticos já são uma realidade no Japão. Aqui na Europa basta um cartão de credito e as tuas próprias mãos. Drones são uma realidade e inclusive estão substituindo soldados em guerras. Só espero que os jornalistas não sejam substituídos por eles, também como prediz o filme. Um tênis que se amarre sozinho. Uma realidade do filme que ainda estamos esperando que aconteça, mas a Nike já prometeu que será real este ano. Isso sim: você deverá procurar uma máquina do tempo para voltar a 2012 e pagar uma reserva num

produto que será lançado só em outubro. Jaqueta que seca sozinha? A tecnologia Quick Dry ajuda os esportistas a não molharem a camiseta enquanto estão fazendo esporte. Cinemas de hologramas. Não obrigada. A tecnologia 3D é melhor e mais fácil de administrar em salas de cinema. Mas o susto de Marty com o tubarão de Tubarão 18 não é nada comparado às multidões que seguem a cantora Hatsune Miku. Sim, um holograma criado no Japão que tem milhares de seguidores e que no ano passado abriu os shows de Lady Gaga. Não impressionados, os americanos estão usando a tecnologia para trazer de volta cantores como Tupac para fazer medleys com qualquer um. Cafés temáticos, por favor, isso sempre existiu. Mas lembram da bicicleta ergométrica? Uma maneira de manter a linha e comer ao mesmo tempo certo? Certo, e vamos mais além, hoje em dia temos uma multidão de gadgets que nos ajudam a manter a linha lembrando do que consumimos e do quanto temos que gastar para ser esbeltos. E se você se esforçar bastante verá que até os faxes automáticos hoje são utilizados. Porque com um smartphone e uma impressora wireless temos o mesmo efeito. Claro que estes são alguns exemplos do que queremos e do que já temos. Mas a graça deste futuro estar chegando e saber que o cinema pode criar pequenas vontades que se transformam realidades. Não se enganem todos estes produtos futurísticos foram pensados com as mesmas empresas que colocaram a sua marca neles. Mas é com filmes como este que a semente da imaginação de jovens que hoje são adultos começou a ser germinada. Até porque no dia 21 de outubro sei que não serei a única ao olhar o relógio e pensar: DeLorean voador onde está você?

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About | design estratĂŠgico

Por Maria Augusta Medeiros

É no momento de crise que pode vir o impulso para desenhar novas estratÊgias e inovar

para a empresa

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omecei a fazer terapia num momento de crise. Até ali, sempre pensei que me conhecia bem e sabia o que fazer para resolver minhas questões. A crise era bem banal e reconhecível, meu ex-marido estava envolvido com uma garota 15 anos mais jovem. E olha que eu só tinha 35 anos, mas já sabia que casamentos não se desmancham por culpa dos outros, embora terceiros sejam a denúncia de que algo está errado. Na terapia, tive que me haver com meu protagonismo na história, entender as relações, entender melhor quem era meu sócio no casamento e por aí vai. Não foi uma tarefa simples. As conversas com o terapeuta, por dolorosas que fossem, começaram a apontar um rumo. Hoje, quando olho para trás, vejo que o que foi muito difícil na época, permitiu que eu me reposicionasse na vida e em todos os sentidos - trabalho, amigos, lazer, família, relacionamentos afetivos. Neste momento que tanto se fala em crise, podemos fazer um paralelo com o que acontece nas empresas. Teremos três grandes grupos: as que, mesmo ameaçadas por fatores externos, estão bem protegidas porque tem estruturas fortes, se conhecem e se renovam o tempo todo e as que não estão se olhando bem, descuidam de uma coisinha ali e outra lá porque estão confiantes que sabem como lidar com o mercado, com a equipe, com as finanças e não percebem os pequenos abalos estruturais ou até percebem vendas diminuindo, interesse menor dos consumidores pela marca, mas não encaram a questão. Ao lado, um grupo diferenciado: as novas empresas que estão causando rupturas no mercado. Encarar a questão é como fazer terapia. É pesquisar dentro e fora, é encontrar o verdadeiro problema. Feito isto, a solução é o inverso, simples assim. Bem, implementar a

solução, muitas vezes é bem difícil. Pesquisa de mercado, cenários de curto, médio e longo prazo, respeito ao DNA da empresa, redesenho de relações e estratégias, atualização de promessas para atender as novas demandas dos consumidores, auxílio de consultores para melhorar a capacidade de se olhar com outros olhos: as ferramentas são muitas. E a mais importante é a decisão genuína de assumir os riscos e se olhar. É esta decisão que garante que não haja fuga da terapia, quero dizer, do projeto de se reposicionar. O começo de tudo para um bom reposicionamento é uma pesquisa. Mas como na terapia, é preciso coragem porque vamos ouvir coisas que não queremos, mas também vamos ouvir todas as coisas boas que temos ou tivemos. É das coisas boas que se tira energia para descartar o que não vale mais e, reconhecendo e respeitando a trajetória, desenhar novas estratégias. Tenha certeza que você está falando toda a verdade aos seus consultores, tenha certeza que eles estão entendendo e interessados nos seus resultados e siga em frente. É permitido trocar de terapeuta até encontrar aquele que realmente ajuda a fazer a diferença, vale o mesmo para consultores, agências de pesquisa, de propaganda, de design estratégico, coaching ou o recurso que você decidir utilizar. E os que fazem a diferença são os que nos mostram novos caminhos ou pelo menos novos jeitos de andar pelos mesmos caminhos. Não são os que só dizem o que nos agrada. Eu continuo na terapia, por nenhum problema específco, mas porque somos organismos dinâmicos, como são as empresas. Entendi que investir em autoconhecimento é tão importante quanto investir em conhecimento, cursos, especializações.

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about | exhibition

A dor e a delícia Exposição no museu britânico Victoria & Albert explora o aspecto angustiante do uso dos sapatos.

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A dor pela beleza, quem nunca? Diante dessa dura (e irracional) constatação, a curadoria do museu Victoria & Albert, de Londres, abriu em junho a exposição “Shoes: Pleasure and Pain”, que fica em cartaz até janeiro de 2016. Na mostra são mais de 250 pares de sapatos, históricos e contemporâneos, muitos em público pela primeira vez, para mostrar modelos exóticos, extravagantes, obras de arte para os pés, itens que podem inspirar obsessão e euforia. A responsável pela seleção, Helen Persson, investigou coleções e acervos, públicos e particulares, esmiuçou guarda roupas, vasculhou tesouros e montou uma variedade que contempla desde uma sandália do Egito Antigo decorada com folhas de ouro até sapatos futuristas feitos em impressora 3D. Claro que ilustres shoelovers não escapariam desta exposição, e assim temos pares de Marilyn Monroe, Rainha Vitória, Sarah Jéssica Parker, Lady Gaga e Kylie Minogue, entre outras celebridades. Sapateiros famosos também estão contemplados com suas criações: Manolo Blahnik, Christian Louboutin, Jimmy Choo, para citar as três labels mais óbvias que não poderiam faltar. Segundo a curadora Helen Persson, a diversidade de modelos e épocas indica que o sapato tem uma simbologia que permeia os períodos históricos. “Sapatos são um dos aspectos mais notáveis na composição da vestimenta. Bonitos, esculturais, eles também são indicadores poderosos de gênero, status, identidade e até mesmo preferência sexual. Nossas escolhas em calçados podem ajudar a projetar uma imagem de quem queremos ser”, afirma. A exposição tem as alas “Transformação”, “Status” e “Sedução”, e cada uma delas discorre sobre uma forma diferente de impacto que os sapatos têm na composição e dinâmica social. Futuro e passado, elegância e excentricidade, plebeus e realeza, artistas pop e líricos, oriente e ocidente, íntimos ou revelados: aqui neste evento, todos têm algo em comum. Renderam-se às dores e aos prazeres por um magnífico par de sapatos.

Serviço: Ingressos: £ 12 (concessões disponíveis). | Reservas em vam.ac.uk/shoes ou pelo fone 0800 912 6961 (taxa de reserva se aplica)

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ABOUT | GESTÃO

Por João Henrique Joner

EXPERIÊNCIAS DO EXPERIENCIAL!

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m alguns anos trabalhando com desenvolvimento de pessoas e equipes, vários acontecimentos nos marcaram. E essas marcas têm relação muito forte com a capacidade das pessoas de surpreender com suas posturas, ações e reações às propostas. Lá em 2008, recebemos, em nossa sede, uma equipe de em torno de 100 profissionais de todas as funções de uma empresa para dois dias de treinamento experiencial, no qual todos os participantes vivenciariam situações análogas ao seu dia a dia de trabalho, justamente para trabalhar competências, desenvolver novos comportamentos e reforçar atitudes positivas. Com esse escopo de trabalho, tínhamos um cronograma de atividades seguidas de reflexões e depois aplicações dos novos conhecimentos. Tudo aconteceria ao redor de um acampamento onde os profissionais foram divididos em equipes e estas equipes eram responsáveis por gerir todo o tipo de recurso necessário para manutenção do bem-estar dos integrantes, da alimentação, do local para dormir e definição de tarefas. Foram dois dias muito intensos de emoções, aprendizados e ressignificação de valores. Mas, além de todos os objetivos propostos, uma coisa destoou muito positivamente. Tinha uma das bases de acampamento que era diferente, além de tudo que as outras também tinham, essa parecia ter algo mais. Tinha uma energia própria que foi expressa em cada detalhe de sua concepção. Um dos integrantes dessa equipe colocou alma no que fez, transcendeu o que foi pedido, deu de si o que

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tinha de melhor e não em seu benefício, mas sim do coletivo. Detalhes podiam ser vistos em todos os cantos, lixeiras feitas de capas de chuva separando orgânicos de lixo seco, avisos de segurança e de bom convívio afixados nas árvores. Tinha amor! A gestão da empresa que contratou o evento procurou descobrir quem tinha sido o protagonista dessa “diferença” em cuidar. Sim, era um jovem colaborador que trabalhava como auxiliar de expedição e gostou muito da oportunidade que a empresa deu para se desenvolver e estar junto aos seus colegas. Essa diferença gerou frutos, tanto para o jovem, como para a empresa, ele promovido para atuar junto ao almoxarifado e responsável por este setor; e a empresa por encontrar em seu quadro um colaborador com vontade de fazer a diferença. Esse ambiente cria uma maneira muito agradável de aprender sobre como desenvolver a equipe e suas as habilidades, tanto em grupo, como individuais, e sobre o gerenciamento dos processos. A diversão é um poderoso aspecto do aprendizado efetivo, com os participantes ficando mais abertos para a experiência e mais criativos ao participar dela. A experiência permite que os participantes assumam novos riscos, tentem novos papéis e cometam erros sem perigo ou custo. Os riscos são percebidos ao invés de serem reais. Cada pessoa, assumindo um risco, empurra outros a tentar algo fora da zona de conforto. Sempre existem indivíduos que brilham neste meio ambiente cuja liderança nunca foi notada no trabalho.



About | architecture

Jóia do oriente Com uma arquitetura elegante e curvilínea contrastando com linhas retas e limpas, a Dior abriu sua maior loja na Ásia, no coração do bairro mais chique de Seul.

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“P

ensei sobre tecidos, pensei sobre materiais, pensei sobre maleabilidade. Pensei sobre movimento, pensei sobre uma certa leveza.” Com estas ideias e conceitos, o premiado arquiteto Christian de Portzamparc, explica o projeto de sua autoria para a nova loja Dior, que abriu há poucas semanas em Seul, Coreia do Sul. Nascido em Casablanca, Marrocos, e formado pela Paris School of Fine Arts, Christian de Portzamparc tornou-se em 1994, aos 50 anos, o primeiro arquiteto francês a ganhar o prestigiadíssimo Pritzker Prize de arquitetura. Renomado urbanista, é conhecido por sua incessante busca por forma e sentido. “Queria chegar a algo que invocasse moda e invocasse Dior”, explicou ele à imprensa na abertura da loja. “É alívio, é movimento, sentimos a flexibilidade, a suavidade de um tecido e em algum lugar através do tecido, a suavidade de um corpo”. Ao mesmo tempo em que a porção do prêt-à-porter feminino ganhou a impactante forma orgânica do prédio, Dior Homme está imediatamente ao lado, em uma caixa reta e elegante, com paredes externas que reproduzem o padrão cannage registrado da marca. É como se dessa caixa emergisse uma estrutura gentil e delicada, com camadas de painéis brancos e metálicos, que fazem referência aos drapés da alta costura. A silhueta curvilínea do prédio, que lembra a forma de pétalas, dá o tom desta que é a maior flagship store da Dior em território asiático. A localização é uma esquina na região de Cheongdam-Dong, no Gangnam District, o bairro chique de Seul. Com seis andares envolvidos em aço e vidro, a obra leva assinatura de Peter Marino no projeto de interiores. Marino, arquiteto favorito nas lojas da Chanel mundo afora, já assinou o décor da Dior da Avenue Montaigne, em Paris. Aqui, ele abusa de vidro, laca, aço, espelhos, madeira, ondas incríveis e misturas criativas para despertar os sentidos. Luxo, na melhor concepção da palavra, está por toda a parte. A escada foi concebida como uma fita que se desenrola que leva os clientes para conhecer as coleções femininas do prêt-à-porter, artigos de couro, sapatos, joias, relógios e perfumes. A decoração privilegia elementos suspensos, expositores glamourosos de cristal e metal polido, que dão às peças de moda status de obras de arte. Na iluminação, perfeita e harmoniosa,

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destacam-se lustres onde os pendentes fazem alusão a franjas e correntes. Na seção masculina, assim como no exterior do prédio, linhas retas e um conceito cartesiano diferenciam da sinuosidade do lado feminino da loja. Uma galeria de arte, com um salão privado, exibe pinturas de Marc Polidori, entre outros. No piso superior, a surpresa é o Café Dior com assinatura do chef Pierre Hermé. Com esmero na escolha dos ingredientes e detalhes, o chef criou itens do menu exclusivamente para o local, que pretende agradar exigentes paladares com o melhor da pâtisserie francesa. A marca pretende experimentar a receptividade dos coreanos ao knowhow francês, que vem sendo demonstrado nos mercados de beleza e design e com o crescimento da procura pelas indústrias da moda e artigos de luxo. Seul é uma cidade tradicional, mas que vive período de rápido desenvolvimento. “Os coreanos estão interessados em nossos produtos e mostram-se sensíveis ao aspecto cultural de nossa marca”, disse Sidney Toledano, presidente da Dior. “Não é tanto o tamanho, mas a singularidade desta boutique, que pode ser descrito com alta-costura em si, que chama atenção neste projeto. Estamos investindo na clientela do futuro, nos dez ou vinte anos que estão por vir”, vislumbra o CEO.

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brindes e jogos pdvs

transfers e tatuagens

estampagem

embalagens

etiquetas 3D resinadas

sublimação impressão e recorte digital

3D peças técnicas

impressos

freqüencia


sweet summer

Por Lucas Martins de Mello

T-strap ORTOPÉ GLAM e chinelinho MENINA RIO


Espadrille KIDY


Gladiadora KIDY


Sandรกlia ORTOPร , dockside xadrez KEA e azul KLIN



Mocassim KEA e sandรกlia KIDY


Gladiadora KLIN


Slip-on MOLEKINHA, sandália DOK e tênis BEE HAPPY


About | kids trends

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color touch Bases neutras garantem destaque aos detalhes coloridos de chinelos e sandĂĄlias. O resultado promete estilo extra aos meninos antenados.

1. Le Toy Van | 2. Little Marc | 3. Dok | 4. Mini Rodini | 5. Timberland | 6. Klin | 7. Jarre | 8. Kea | 9. Stone Island 10. Molo | 11. Kidy | 12. Marvins Magic | 13. OrtopĂŠ | 14. Moschino | 15. Trancoso | 16. Klin

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mix total Juntas em um mesmo look, cores expressivas, estampas florais e listras garantem composições atrevidas para não passar despercebida.

1. Aleka | 2. Anthropologie | 3. Ilgufo | 4. Havaianas | 5. Kidy | 6. Simonetta | 7. Ortopé | 8. Lomography 9. Klin | 10. Zoobug | 11. Molekinha | 12. Ralph Lauren | 13. Oilily | 14. Pampili | 15. Tommy Hilfiger | 16. Fauchon aboutshoes.com.br

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Boys will be boys Fotografia Ricardo Hegenbart Styling: Geco Nihchke



Capotacco


Enzo Milano


Ferracini



Kildare


Ele Ou Ele


Kildare

Fotografia: Ricardo Hegenbart | Styling: Geco Nihchke | Grooming: Eric Maekawa | Modelo : Guilherme Pruss (JOY) | Retoucher: Marcio Moraes



M. Officer


about | backstage

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Propriedade básica Os modelos derivados do mocassim são básicos

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e transitam com toda propriedade entre os mais

Imagem: Valentino | reprodução

diferentes tipos de looks. 1. Enzo Milano | 2. Kildare | 3. Pipper | 4. Pegada | 5. Ferracini 5.

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o u to n o - inv e r n o 2 016 A palavra liberdade é determinante para o que foi apresentado pelos designers em suas coleções outono-inverno 2015-2016. Um flagrante e notável aumento da individualidade é o recado deixado em cada detalhe. Se existem pontos de convergência entre as estéticas propostas? Logicamente sim! Contudo, o mais importante a ser percebido no momento não é o fato de como cores, formas, materiais ou decorações apresentamse, mas sobre a expressão da sua singularidade – uma celebração do estilo pessoal. Tal posicionamento garante a ideia de uma moda multifacetada, plena de conteúdo e numerosa em termos de ofertas. Algumas coleções nos fazem pensar se estamos preparados para o que foi proposto – e, também, para o que virá. Elementos formais característicos de períodos variados foram transpostos para compor novas estéticas que têm um meio urbano cosmopolita qualquer como ponto comum. As décadas de 1930, 50, 60, 70, 80, 90, a Era Vitoriana e a Belle Époque, servem de inspiração para uma moda, decisivamente, contemporânea – as novas propostas não são meras reedições do passado! O gênero masculino, elementos etno-folclóricos – com destaque para o oriente médio – o sportswear, posicionamentos sociais – como os eco responsáveis e até políticos – ficaram explícitos durante as apresentações, intensificando o ecletismo do período.


O uso das cores é um dos grandes pontos em questão no período. Propostas monocromáticas e arranjos incrivelmente variados garantem destaque a uma paleta de pigmentos e tonalidades bastante invernais. Neste ponto estão em evidência as seleções de variados verdes, azuis e púrpuras – neste último grupo, além dos vinháceos, o violeta merece ser citado. Eventuais toques solares de vermelhos, amarelos, laranjas e rosas, cores primárias e suaves tons pastel – em

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Balmain AlexanderEmilio McQueen Pucci

Dolce Gabbana

Carven

Christopher Kane

Nina Ricci

Chloé

Michael Kors

Akris Miu Miu

Bally

Fendi

Alexander McQueen Jason Wu Marc Jacobs

Gucci Celine

Stella McCartney

Prada Emilio Pucci

Roberto Cavalli Calvin Klein

catwalk | cores

Pierre Hardy

que o grande destaque é o rosa pálido – fazem parte das escolhas dos designers. Branco e preto, além de aparecerem em versões solo, retomam as formatações ópticas de estações passadas e a paleta de cores terrosas – ocres, castanhos e marrons – mantém o destaque adquirido. O comeback à cartela do período fica por conta de algumas opções de diferentes intensidades de cinzas – do mais sutil ao mais escuro.


A próxima temporada fria mostra-se bem menos linear que a estação passada. Assim é interessante verificar com cuidado os materiais e suas diferentes aplicações. Uma seleção normalmente associada à estação fria – lãs, veludos e camurça – tem relevância no período entre muitas ofertas de jacquards (adamascados, tapeçarias, brocados) rendas e materiais gravados ou estampados em padrões exóticos – cobras e crocodilo, novamente, decisivos no período. Contudo, o mais importante é observar como estes se relacionam com superfícies lisas foscas ou envernizadas, acrílicos, látex, materiais strech e outros de aparência tecnológica. No momento, a busca do equilíbrio entre inovação e tradição parece ser a principal finalidade destas associações. Esta finalidade pode ser percebida em diferentes shows, tanto em Paris, como em Londres, Milão e Nova York – é um movimento global, com ação abrangente.

catwalk | MATERIAIS

Jason Wu

Derek Lam

Christian Dior

Emilio Pucci

Burberry

Michael Kors

Fendi Lanvin

Dries van Noten

Christopher Kane

Valentino

Haider Ackermann

Miu Miu

Stella McCartney

Takoon

Erdem

Proenza Schouler

A novíssima tecnologia de fusão têxtil coloca sobre as passarelas uma infinidade de tecidos híbridos. O recurso garante o mesmo efeito obtido no tingimento com efeito dégradé na própria estrutura do tecido, isto é, um tipo de tecido gradativamente transforma-se em outro – exemplo: cetim de seda em lã buclê. Outro material chama atenção nos lançamentos da edição outono-inverno 2016. A abundância de peles vai da básica e curta cow fur (pele de vaca) aos longos fios do cordeiro da Mongólia, passando por raposas, ursos, coelhos, coiotes entre alternativas. O uso exacerbado dos pelos é determinante na estética da temporada. Contudo, resgate do período fica por conta do glitter com proporções medianas. Dourado, prateado ou colorido ele promete fazer bonito nas peças, assim como, uma variedade materiais metalizados com acabamentos diversos. aboutshoes.com.br

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Chloé

Brian Atwood

Moschino

Prada

Marni Just Cavalli

Rochas

3.1 Phillip lim

Marc Jacobs

BCBG

Valentino

Christian Dior

Etro

Burberry

Estampas e padrões

Rouland Mouret

Salvatore Ferragamo

Brian Atwood O outono-inverno 2016 é mais uma estação com estética baseada na estamparia e coloca novamente em destaque as cobras desenhadas. Uma variedade de tipos – incluindo a tradicional python – está entre as principais padronagens, efetivamente destinadas, a calçados e bolsas. O desenho de lagarto (lizard), embora com uso bastante restrito, permanece uma opção sofisticadíssima. Os florais perderam a sazonalidade há algumas temporadas e, novamente, estão entre as principais escolhas dos designers, principalmente, para as roupas. Não há uma formatação específica no período, contudo, os contornos são bem definidos e as flores perceptíveis. Outras estampas figurativas de pássaros, estrelas e dragões, merecem ser citadas. As geometrias mantêm a evidência da estação passada.

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Desenhos simples – grids (quadriculados), listras e poás – ou elaborados, como arabescos e alternativas com acento etno folclóricos, dividem as atenções nos lançamentos. Assim como desapareceram das passarelas na última primaveraverão 2015 | 2016, as estampas de animais selvagens retornam às coleções, como por mágica. Os leopardos – em proporções e colorações reais – são, certamente, a primeira opção mas podemos encontrar zebras, tigres e girafas em peças pontuais. Pontualidade garantida, também, às impressões com influência de movimentos artísticos como street art, pop art, art nouveau e op art. E dos anos de 1970 o efeito dégradé transcende a simples pigmentação e coloca a disposição dos estilistas a supertecnologia de fusão têxtil.


catwalk | CALÇADOS

Gucci Pierre Hardy Balenciaga

As tendências do outono-inverno 2016 provam que esta é uma temporada com características típicas de uma estação fria. Assim, as botas têm grande destaque quando o assunto é calçado. Juntando-se a isso a ideia de singularidade que paira no período, há uma variedade imensa de estilos disponíveis. Quanto aos comprimentos temos: ankle boot – a maioria dos lançamentos – calf-length (midi), knee-length (pelo joelho) e over-the-Knee boot -, agora chamada de “super boot”. Quanto aos tipos: jodhpur, combat, chelsea, new rock, dress, bootie, riding, moto... ...em formatações tradicionais ou reestilizadas – como uma variedade de botas abertas. Mas a grande atração do momento parece ser mesmo a formfitting boot. Feita em material strech que veste como uma luva, isto é, como uma meia.

Haider Ackermann

Prada

Balenciaga

Marni

Chloé

Just Cavalli Louis Vuitton

Salvatore Ferragamo

Roberto Cavalli

Balenciaga Jason Wu Paul Andrew

Balmain

Kenzo

Orla Kiely

Estilo não muito aceito pelas brasileiras, a mary jane – sapato boneca – é uma estética resgatada no período e com certa relevância. Já os ultrafemininos scarpins permanecem em muitas coleções, assim como algumas sandálias e mules. Retomam o uso alguns tipos masculinos como, oxford, slipper, mocassin. Contudo, não com a mesma intensidade de temporadas passadas. Alguns detalhes são bastante importantes e caracterizam o período. Amarrações, saltos grossos, saltos transparentes, solados expressivos e tiras sling back, são recorrentes. Neste sentido o aspecto decorativo, também, é relevante e conta o uso de metais em profusão, franjas, pedras, broches, bordados, recursos de aparência artesanal – o patchwork é um grande exemplo – saltos especiais e, novamente, um apreço pelo color blocking. aboutshoes.com.br

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Jil Sander

Chloé

Miu Miu

Celine

Lanvin

Louis Vuitton

Balenciaga

Rochas

Hermés

3.1 Phillip lim

Roberto Cavalli

Burberry

Salvatore Ferragamo

Fendi

BCBG

catwalk |bolsas

Stella McCartney

Proenza Schouler Depois da ênfase em novos formatos da edição passada, as bolsas voltam ao tradicional, mas não perderam a graça. Mesmo com a maioria dos tamanhos variando de médios a pequenos – e bastante rígidas – as propostas chamam atenção pelos “extras”. O embelishment é uma característica marcante do período e as correntes servem de decoração na concepção de muitos designers. Com dimensões visíveis, são a atração principal de muitos modelos em versões de metal, acrílico e até propostas entremeadas com outros materiais. Já as franjas mantêm o apreço de outras temporadas e as peças de python (cobra desenhada)

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ou de pele parecem ser as grandes atrações do momento. Além disso, bordados, pedras, patchwork, metais e o moderníssimo uso da alta frequência, fazem diferença nas propostas. Entre os tipos de bolsas em destaque, as hand bags com proporções medianas e flap, são constantes em coleções com diferentes atitudes. Além destas há saddle bags, carteiras e hard cluthes, baguetes, algumas frame bags, hobos ou totes e eventuais satchels, folders e envelopes. Determinados modelos ganham opção de uso com alças longas – o que torna as peças mais versáteis.


Um tributo ao melhor do estilo dos anos hippie 60, boêmio e excêntrico, aos moldes britânicos. A flagrante inspiração indiana traz técnicas artesanais de matelassê e bordado originários de Durham incorporados em uma coleção festiva, cheia de energia e absolutamente cosmopolita. Com comprimentos pelo tornozelo e acima do joelho, a silhueta feminina, fluida e com toques românticos foi colorida em índigo, carmim, bordô, verde água, ocre e ferrugem.

BALENCIAGA_FW_PARIS_2016 097

BURBERRY_FW_LONDON_2016

Em cinza, preto, vermelho, ouro, rosa e turquesa, o talentoso Alexader Wang reinterpretou o DNA da Maison Balenciaga em uma de suas coleções mais bem sucedidas. Uma alta costura moderna e burguesa, mas com grampos de papel no lugar da linha, pinos no dos botões e detalhes provenientes de experiências tecnológicas. O resultado surpreendente e traz certa essência transgressiva do movimento punk nas entrelinhas, colocando a Casa em uma nova era.


CHANEL_FW_PARIS_2016 CHLOÉ_FW_PARIS_2016

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Um dos desfiles masi esperados da semana de moda reproduziu uma brasserie – cervejaria – no majestoso Grand Palais. A coleção da Chanel revisita os materiais, as cores, os padrões, o slingback – scarpin chanel – as luvas e as bolsas matelassadas da tradicional casa francesa. A nova silhueta assinada por Karl Lagerfeld consiste de uma pequena jaqueta usada com calças ou saias. Os vetidos pretos ornamentados com detalhes brancos são um dos detaques da coleção.

Claire Waight Keller equilibrou os gêneros em uma coleção romântica com toques masculinos. A silhueta esguia combina peças fluidas – vestidos, camisas e calças – com o rigor dos casacos de estética militar. Veludo, chiffon, jérsei, pele de carneiro, napa, lã, algodão, jérsei, rendas, seda, python, crepe e tweed asseguram destaque a diferentes texturas. As botas de cano alto amarradas com fitas de gorgorão de seda, ankle boots, saddle bags e cintos finos masculinos completam os looks.


DIOR_FW_PARIS_2016

Nesta coleção, Raf Simons abandonou o legado da Maison. Rigorosa, a estética da temporada abre mão da femme fleur – romântica e feminina – para garantir um novo senso de elegância a base de inovação. Elementos masculinos podem ser sentidos nas muitas propostas de ternos e casacos de grandes dimensões, servindo de pano de fundo para uma série de estampas geométricas. As bolsas trazem inspiração artística, já as botas-meias com saltos plexiglass deram o que falar.

CHRISTOPHER_KANE_FW_LONDON_2016

099 A visão original – e possível – do estilista inglês Christopher Kane traduz em preto, vermelho, azul cobalto, roxo e nude, as misteriosas leis do desejo e da atração. Fascinado pela ciência e seus mecanismos criativos, Christopher traduz esta matéria em estímulos visuais que expressam o poder da sedução sexual. Para tanto, toma partido de rendas, tule flocado, veludo, chiffon e crepe, para construir suas silhuetas ora alongadas e magras, ora fluidas e suaves.


DRIES_VAN_NOTEN_FW_PARIS_2016

Novamente o estilista Dries Van Noten faz uma mistura virtuosa de cores pictóricas e materiais opulentos. O resultado é barroco, contudo, ancorado ao presente, a uma visão moderna e atual, combinado com uma atitude leve e despreocupada. Uma sinfonia de referências e inspirações exóticas, na celebração de um estilo individual que parece ser único a cada look. Uma verdadeira ode aos espíritos não convencionais, capaz de interpretar e inspirar um senso de moda que é livre.

GIVENCHY_FW_PARIS_2016

100 Para comemorar os 10 anos como diretor criativo, Riccardo Tisci reinterpretou o estilo vitoriano à luz de uma estética moderna, combinando a perfeição do estilo alta-costura francesa com a estética das gangues metropolitanas latinas das chola girls. O talento do designer consegue cruzar ainda outras referências como uma quadra poliesportiva, computadores IBM, máquinas de pinball e música com batida étnica, para ambientar uma de suas melhores coleções para a célebre Maison.


GUCCI_FW_MILAN_2016

Alessandro Michele, novo diretor criativo da marca, está em busca de uma modernidade que se torne sinônimo de abstração temporal. Andrógina com acento vintage, a coleção assustou os corações apaixonados pela consagrado estilo Gucci. O designer brinca deliberadamente com as proporções e com os acessórios excêntricos. O resultado são combinações ousadas, em um mix de estilos contrastantes, de diferentes épocas, que rompem definitivamente com o passado da marca.

LOUIS_VUITTON_FW_PARIS_2016

101 Há um ano como diretor criativo da Louis Vuitton, Nicholas Ghesquière propõe uma coleção baseada nos comprimentos míni e midi, em que a silhueta estreita harmoniza-se com mangas bufantes, shapes oversized e saias retas. A cartela de cores privilegia o creme, branco, preto, bege, marrom, com toques de tangerina e vermelho. Peles, seda, cetim, couro, lamê, rendas, tweed, lã e jaquard estão entre os materiais empregados. Botas de camurça em patchwork e mary-janes de bico afinado compõem os looks.


PRADA_FW_MILAN_2016 PROENZA_SCHOULER_FW_NEW_YORK_2016

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Nesta temporada, Miuccia Prada celebra a beleza e a feminilidade, usando cores saturadas e tons pastel em uma vibe inspirada nos 60, em que pretende brincar com as aparências do que é verdadeiro ou falso. Compondo seu enredo conceitual, Miuccia usou um jérsei dublado para dar rigidez a um material naturalmente fluido. Com shapes de inspiração masculina em tailleurs com calças justas e mini vestidos de cintura alta, Prada trouxe acessórios como bolsas trompe l’oeil, luvas de couro, mocassins e botas com solas coloridas.

Lazaro Hernandez e Jack McCollough apresentarem no vazio museu Whitney (fechado ao público para reforma) seu desfile altamente experimental, que olha para o mundo da arte contemporânea não só como inspiração, mas como referência a um ambiente cultural. Trouxeram casacos de pele saídos de vernissages dos anos 40, ombros delineados com moicanos de raposa, vestidos com franjas e buscaram uma costura orientada para processos e manufaturas, como os bordados de lantejoulas. Os tamancos de feltro compuseram o estilo na coleção.


Hedi Slimane segue sua jornada rock’n’roll, com olhos de Siouxsie Sioux, boca de Marilyn Manson e cabelos de Debbie Harry, em uma mescla de anos 80 e 90. Groupies, meninas punks e frágeis que vestem vestidos com jaquetas de motoqueiro, usam couro, peles, tule, tweed, lã, lantejoulas, metal, rendas, seda, nylon, lurex, veludo. A cartela é restrita a preto, branco, prata, vermelho, azul. Estilo fica completo com botas de couro, strappy sandals, bolsas pequenas com corrente geométrica e spikes, gargantilhas de couro ou metal.

VALENTINO_FW_PARIS_2016 103

SAINT_LAURENT_FW_PARIS_2016

Os designers Maria Grazia Chiuri e Pierpaolo Piccioli buscaram em duas mulheres a inspiração da coleção. Emilie Flöge e Celia Birtwell, musas de Gustav Klimt e Ossie Clark, são emblemáticas. A primeira libertou as mulheres do espartilho e a segunda ainda e criou inclusive a estampa de dragão que decorava um vestido trapézio preto. Com rendas, feltro, lã, crepe, tule, chiffon, pele, fio de metal, couro, tricô, entre outros materiais, Valentino apostou em uma cartela de preto, ouro, pastel, marfim, cinza, azul, azul claro, verde e rosa. Destaque para botas de couro e verniz com ziper.


Burberry

Ferragamo

Lanvin

Dior Homme

Burberry Bottega Veneta

Versace Louis Vuitton

Dries van Noten

Gucci

Valentino

Roberto Cavalli

Les Hommes

Louis Vuitton

MENSWEAR_FW | 2016 104

A moda masculina para a temporada outono-inverno 2016 pode ser definida em apenas uma palavra: wearable. Aquela linha mais experimental de estações passadas foi deixada de lado. Este é um traço comum na maioria das coleções onde fica nítido o desejo dos designers por tornarem suas coleções o mais usáveis possível – e confortáveis, também – tanto para ocasiões formais, como para a roupa casual do dia a dia. Outro aspecto corrente é o destaque dado aos materiais. Diferentes texturas criam um verdadeiro pachtwork de possibilidades, alternando opções visivelmente tradicionais, como uma variedade de tweeds, com materiais desenvolvidos por tecnologias de ponta. Já a seleção de pigmentos agrada em cheio ao gênero. Preto, cinza, marinho, verde, bordô e opções terrosas garantem segurança aos looks. As atitudes que contam para o homem do período determinam diferentes estéticas. Entre propostas há intenções minimalistas, abordagens góticas, referências folks, acentos militares e, talvez a mais interessante de todas, aquelas que fazem alusão a uma postura andrógina.


Emporio Armani

Jil Sander

Calvin Klein

Fendi

Dries van Noten

Prada

Dolce Gabbana

Raf Simons

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Dries van Noten

Mihara Yasuhiro

MENSWEAR_FW | 2016

Neill Barret

Dsquared

Gucci

Lanvin

Lou Dalton


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