2014 ano 05
# 025 00025 9 7 72179 848035
ISSN 2179-8494
R$ 20,00
Preview Summer 2015 Cores e desejos de verão
Arquitetura & Moda Periferia + ostentação Zaha Hadid para o shoemaker Stuart Weitzman
Quem tem medo do rolezinho?
2014 / 2015
DESIGN DE CALÇADOS, ACESSÓRIOS E COMPONENTES; .................................. GESTÃO E POSICIONAMENTO DE MARCAS PARA VAREJO E INDÚSTRIAS; .................................. PESQUISA DE TENDÊNCIAS; .................................. INTELIGÊNCIA DE MERCADO.
about | editor’s letter
Vivemos de desejos. Todos nós: para avançar na vida, para conquistar bens materiais e emoções, para usufruir de uma existência que almeja mais do que a subsistência. Hoje, é realidade alimentar nossos desejos através, inclusive, de vontades coletivas. Temos anseios particulares, mas também queremos ser contemplados nos desejos do momento. Esta edição da About Shoes aborda, em momentos diversos, faces distintas dessa verdade. Desejamos exclusividade, e uma das nossa dicas da edição é um bar incrível e exclusivo em Roma que só se entra com senha (que é trocada a cada período). Desejamos design, e para isso, veja a matéria sobre as lojas do shoemaker Stuart Weitzman projetadas pela arquiteta Zaha Hadid, em que as suas características linhas orgânicas criam ambientes acolhedores e surpreendentes. Queremos aceitação, pertencimento, inclusão. Marina Cézar, nossa colunista que a cada edição
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desvenda uma nuance do comportamento de consumo, fala em sua coluna sobre os rolezinhos e a vontade que uma galera emergente vem manifestando de ser, fazer, ter. Uma vez atendidas suas necessidades básicas, esses jovens agora querem marcas, querem ostentação, querem viver a vida e consumir. O desejo primordial da edição, no entanto, está na moda, como não poderia deixar de ser! Acompanhando os pré-lançamentos, apresentamos aqui as novas coleções de calçados e acessórios que irão fazer das vitrines brasileiras verdadeiras geradoras de vontades. Inspire-se na revista, use as informações a seu favor, alimente seus desejos, permita-se sonhar e realizar. Divirta-se e boa leitura! Cristina Pacheco diretora de redação
PRIM / VER 2015
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2014
# 025
ISSN 2179-8494
00025
ISSN 2179-8494
R$ 20,00
9 7 72179 848035
00025
ISSN 2179-8494
ano 05
# 025
R$ 20,00
9 7 72179 848035
www.aboutshoes.com.br No twitter: @about_shoes No instagram: @aboutshoes facebook.com/AboutShoes
2014
ano 05
# 025
00025
ano 05
R$ 20,00
9 7 72 1 79 84 8 03 5
2014
Direção CriativA Júlio Rossi Castilho julio@aboutshoes.com.br Preview Summer 2015 Cores e desejos de verão
Arquitetura & Moda Periferia + ostentação Zaha Hadid para o shoemaker Stuart Weitzman
Quem tem medo do rolezinho?
Capa Woman Foto: Fabian Gloeden Tiragem: 4.500 exemplares
Preview Summer 2015 Cores e desejos de verão
Arquitetura & Moda Periferia + ostentação Zaha Hadid para o shoemaker Stuart Weitzman
Quem tem medo do rolezinho?
Capa Man Foto: Carlos Contreras Tiragem: 4.500 exemplares
Preview Summer 2015 Cores e desejos de verão
Arquitetura & Moda Periferia + ostentação Zaha Hadid para o shoemaker Stuart Weitzman
Quem tem medo do rolezinho?
Special Cover Foto: Lucas Martins de Mello Tiragem: 1.000 exemplares
Direção de redação Cristina Pacheco cristina@aboutshoes.com.br jornalismo Juliana Berwig juliana@aboutshoes.com.br DESIGN Antônio Corrêa antonio@aboutshoes.com.br José Roveda Jr. contato@rovedajr.com comercial Régis Saraiva regismsaraiva@gmail.com
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Financeiro Sandra Klock sandra@aboutshoes.com.br FOTOS DE PRODUTOS Tiago Heckler Periodicidade: bimestral A revista About Shoes é marca registrada de About Editora Ltda. About Editora é uma empresa comprometida com a responsabilidade ambiental, por isso a revista é impressa com papéis com certificação de manejo florestal responsável. CTP, impressão e acabamento: Gráfica Editora Pallotti
Colaboradores Krika Martinez, Marina Seibert Cezar, Carlos Contreras, Júlia Isoopo Piccoli, Ramão Reichert Jr, Diego Branco, Ary Filgueiras, Geco Nihchcke, Diego Marcon, Fabian Gloeden, Lucas Martins de Mello About Shoes não se responsabiliza pelos conceitos e opiniões emitidos nos artigos assinados. As pessoas que não constam do expediente da revista não têm autorização para falar em nome de About Shoes ou retirar qualquer tipo de material para produção de editorial caso não tenham em mãos carta atualizada e datada, em papel timbrado, assinada pela diretoria.
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014 DESIGN 016 food & drinks 018 shopping 020 scraps: o poder do jeans 021 coming soon 023 new bags 024 scraps: walking sandals 025 new shoes 026 insight: eu, você e o rolezinho 029 sketch: miu Miu
058 030 pop: 20 anos de britpop 032 TRENDS: CALÇADOS E BOLSAS DO VERÃO 033 market: evolução e revolução 035 branding: seu calçado fala? 039 ideas: cultura é fonte da moda 042 moda: preview summer 2015 054 movies: melhores filmes de sexo
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021 058 retail: moda + arquitetura 062 moda infantil 068 kids’ trends 070 moda masculina: already hot 078 prêmio direções abicalçados 080 MEN’S TRENDS 082 men’s list 084 FORECAST: DESFILES internacionais 096 BEAUTY 097 DIRECTIONS 098 LAST PAGE
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about | guest list
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1. Marina Cezar é mestre em Moda, Cultura e Arte, doutoranda em Ciências Sociais e coordena o Grupo de Pesquisas e Tendências Comportamentais do Centro de Design da Universidade Feevale. Aqui na About, traz sua análise e visão para inspirar novas ideias na coluna Insight. Nesta edição, Marina fala sobre as polêmicas que envolvem os rolezinhos e a inclusão da classe C nos redutos da elite. 2. Lucas Martins de Mello começou a carreira como fotógrafo oficial na assessoria de imprensa da Prefeitura de Canoas e da Presidência da Câmara Federal. É fotógrafo de diversas casa noturnas e casas de espetáculo de Porto Alegre, tendo registrado shows de renome nacional e internacional. Desde 2012, vem se consolidando no mercado editorial de moda e publicidade. Na About Shoes, assina o editorial infantil de moda. 3. Nascido em Santiago, no Chile, Carlos Contreras atua como fotógrafo de moda no mercado editorial e publicitário desde 2007, trabalhando com as principais marcas e publicações da área. Seus trabalhos têm sido veiculados em revistas e jornais nacionais e internacionais. É colaborador assíduo dos editoriais da About Shoes e nesta edição, assina o ensaio masculino. 4. A jornalista Krika Martinez começa a ter ideias sobre o que escrever nos lugares mais inusuais. No supermercado, no banco, dirigindo… depois de um tempo ela pega papel e caneta e acaba com uma lista interminável de filmes vistos e ainda por ver para preparar um artigo. Desta vez a inspiração começou na mais típica conversa de bar e acabou com uma lista dos filmes mais e menos emblemáticos da história do cinema sobre sexo. 5. Juliana Berwig é jornalista e adora cultura pop e outras bobagens. Ela consome todas as mídias, absorve informações de muitos estilos e repercute o que vê com seu estilo “bittersweet”. Nesta edição, ela fala dos 20 anos do auge do britpop, movimento musical que mexeu com as estruturas da cena dos anos 90 depois da deprê do grunge. 6 Ramão Reichert Jr, diretor criativo e publicitário da Bureau Design é um profissional obstinado. Adora viver intensamente
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tudo que cultiva em sua vida, trabalho, família e amigos. Na About Shoes, colaborou com o artigo sobre mercado de ontem, hoje e como estamos nos preparando para o que vem por aí. O designer Diego Branco colaborou no artigo. 7. Fabian Gloeden, fotógrafo, é além de tudo um criador de imagens. Mas ele faz muito mais. Seu olhar começa na escolha da modelo para cada trabalho e finaliza na supervisão do tratamento. Nesta edição, ele assina a capa e o editorial de moda feminina que apresentam o verão 2014/15. 8. Júlia Isoppo Piccoli tem a moda no sangue. Filha e neta de estilistas, seguiu a carreira acadêmica, fez mestrado em Portugal e hoje dá aulas de moda inspirando jovens universitários, onde gosta de falar sobre processo criativo e ferramentas que exercitem a criatividade. Viajar é sempre sua opção, conhecer o mundo e novas culturas. Busca experiências em tudo que faz e tenta compartilhar com as pessoas próximas a ela. Nesta edição da About Shoes, ela escreve sobre a cultura como fonte para moda. 9. Sócio Fundador da Business Press - Brand Relations, agência híbrida com dez anos de mercado, sedes em Porto Alegre e Florianópolis, o baiano Ary Filgueiras é jornalista, bacharel em Comunicação Social com MBA em Marketing. Na sua bagagem 20 anos de experiência em estratégias de Branded Content e Brand Relations para diversos setores da indústria de bens de consumo como bebidas, moda, calçados, confecção e cosméticos, assim como varejo, logística, construção civil, tecnologia da informação e setor metal mecânico. 10. Vê em seu avô o seu maior exemplo, ouve diversas vezes a mesma música, guarda cartas e faz questão de comprar as flores que receberão o final de semana. Talento da nova geração, o stylist Geco Nihchke, em sua segunda colaboração com a About Shoes, assina a moda do editorial “preencher”. Nome freqüente na ficha técnica de produções para sólidas marcas do setor calçadista, é conhecido por sua estética minimalista e imagens muito bem construídas para publicações como GQ Itália, Brainstorm, Revista Catarina, FFW e U+MAG.
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about | DESIGN
Um de 50 A marca UNOde50 propõe aos consumidores de joias e bijuterias exatamente isso: peças exclusivas que são feitas apenas 50 modelos de cada, artesanalmente. Quando você compra uma delas, sabe que a produção em pequeníssima escala faz com que cada produto seja único. A marca foi fundada em 1990 por um grupo de designers que pretendiam quebrar o paradigma do volume de produção, apostando em joias com um estilo distinto. A técnica artesanal é um dos pilares da filosofia da marca, que tem sua base em Madri, Espanha, e vende em diversas lojas pela Europa (e também pelo site). Os itens da marca têm em comum o uso de um metal que traz uma textura feita a mão, e depois que são criadas, as pelas ganham banho de prata e combinações com couro, resignas, vidro e outros materiais.
Albergues que sua mãe ficaria Design é cultura, é criatividade e é, também, sinônimo de conforto. Já pensou em hostels com uma decoração impecável e design dos sonhos? Foi lançado na internet um guia para orientar os viajantes que gostam de pechinchas mas não abrem mão de design. O Hostelworld, site que faz parte do Grupo WRI (Web Reservations International) traz opções de hospedagens charmosas, preços competitivos e acomodações de conforto e qualidade. São os chamados hostels com design, estabelecimentos feitos com concepção, configuração e projetos com ambientes bem decorados, objetos criativos e com diversas temáticas. Junto a tudo isso, encontramos a valorização de espaços pelo design com muita cor, arte, cultura e projetos de decoração muito bem pensados. Alguns desses hostels são procurados não só pela estrutura de acomodação, mas também para servir de espaços para exposições de arte e fotografia, festas e outras finalidades. Na seleção do site estão destinos como Roma, Lisboa, Amsterdam, Buenos Aires, Santiago e até Split, na Croácia. www.brazilian.hostelword.com
Luxo pelo ar A rede de hotéis de luxo Four Seasons está prestes a ampliar sua experiência de elegância e sofisticação pelos ares. Está previsto para 2015 o início das operações do Four Seasons Jet, um Boeing 757 completamente remodelado para traduzir a linguagem de conforto e exclusividade que os hóspedes apreciam. No lugar dos 233 assentos do avião, esta aeronave foi configurada para apenas 52 passageiros, que poderão usufruir da gastronomia, entretenimento e amenidades como conexão wi-fi. Os itinerários serão igualmente especiais. O primeiro roteiro, em fevereiro de 2015, será uma volta ao mundo durante 24 dias, para nove destinos com acomodações, é claro, nos hotéis e resorts Four Seasons. Em abril, a excursão luxuosa será focada no universo das artes, passando por seis cidades em 16 dias e apreciando os mais incríveis museus e teatros da Europa.
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VERテグ 2015
RAFITTHY.COM.BR
about | food & drink
Experiência em drinks Nottingham Forest, em Milão, não é apenas um bar de drinks. Ainda que seja um estabelecimento pequeno, sua fama tem sido grande, proporcionalmente à sua carta criativa de bebidas. Se você pretende comer, aqui não é o lugar, mas para beber algo, vale a pena (inclusive esperar por uma mesa, especialmente se for quinta-feira à noite). O proprietário Dario Comini, com anos de experiência, incutiu princípios de química e de gastronomia molecular no preparo de suas alquimias, ou melhor, seus drinks. Tanto sua técnica como seu talento cordial em bem receber foram repassados à equipe, e a soma de drinks fabulosos a um bom atendimento colocou o lugar no postode melhor bar de Milão. Viale Piave, 1 Milan, Italy
O mais famoso bar secreto Eleito pelo site World’s 50 Best Bars como um dos melhores de 2014, o The Jerry Thomas Project é mais que um bar. Criado em homenagem a Jerry Thomas, um bartender que viveu há dois séculos e é um mito entre os entendidos do assunto, o lugar pretende evocar o verdadeiro espírito speakeasy dos anos 20. Ali, só se entra com senha, e ela muda com frequência (dica: tem uma contrasenha no site thejerrythomasproject.it). Tem regras: só aceita pagamento em dinheiro, precisa fazer reserva, não se deve falar alto nem dormir sobre as mesas, pode fumar moderadamente, só entra um no banheiro de cada vez e ali, o barman está sempre certo e sua palavra é a lei. O site Like a Local considera que aqui se fazem os melhores coqueteis de Roma e uma vez que você entrou, será levado para o incrível mundo as misturas alcoólicas com as criações do menu. Vicolo Cellini 30, Rome, Italy
Talento & reconhecimento O restaurante Maní, em São Paulo, não é novo: ele abriu em 2006 e na época ficou famoso porque uma das sócias era a apresentadora Fernanda Lima. Os anos passaram e hoje, o Maní está ainda mais famoso por outros motivos, que ficam dentro de sua cozinha e na alma de seu cardápio. Helena Rizzo, proprietária ao lado do marido Daniel Redondo, ele também chef, foi aclamada este ano como a melhor chef mulher do mundo, uma distinção do The World’s 50 Best Restaurants. Ex-modelo que trocou as passarelas pelas cassarolas e estagiou em muitas cozinhas da Europa, Helena assina com Daniel o menu do Maní, e as características de sua gastronomia são leveza, frescor e criatividade. A apresentação que anunciava sua conquista destacou que a habilidade de Helena de conciliar tradição e técnicas contemporâneas é parte talento e parte experiência. Rua Joaquim Antunes, 210, Pinheiros, São Paulo
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about | SHOPPING
Antuérpia revelada
Meca da indústria da moda, cidade belga apresenta talentos, investe em formação e indústria e constrói uma história consistente de sucesso, que resulta em um varejo com regras únicas.
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Antuérpia não é tida como uma cidade cosmopolita. Abrigando algo como meio milhão de habitantes, não é uma metrópole e em algumas áreas, tem até um jeito vagaroso e pós-industrial. Mas, há um setor que é ágil, pujante, representativo e atrai os olhares de todo o mundo: mais de 20 mil pessoas trabalham na indústria da moda, movimentando mais de sete bilhões de euros por ano. Especialistas apontam que a educação é o ponto de partida deste ciclo. Em 2013, o excelente departamento de moda da Royal Academy of Fine Arts in Antwerp completou 50 anos, o que foi inclusive saudado com um comunicado coletivo dos seus egressos mais notáveis, os estilistas que compõem o festejado grupo Antwerp Six: Ann Demeulemeester, Dries Van Noten, Dirk Bikkembergs, Walter Van Beirendonck, Dirk Van Saene e Marina Yee. Além disso, a moda também é o foco principal do Flanders Fashion Institute, que promove a indústria do setor e organiza informações, palestras, conferências relevantes. No entanto, a construção de uma história e um legado registram justamente que foi a leveza por estar escrevendo uma jornada nova o maior trunfo dos Antwerp Six. É o que pensa Veerle Windels, um dos mais respeitados jornalistas de moda da Bélgica. “Estes estilistas puderam apresentar algo tão diferente do que estava acontecendo nas capitais mais tradicionais porque não tinham o peso de uma herança. Eles criaram coisas genuinamente novas porque estavam
começando do zero”, define. Este senso de originalidade migrou para o varejo da cidade, que é variado, interessante, criativo e sofisticado. Em um universo em que as lojas replicam suas padronizações de layout, cheiro, música e mix de produtos não importa se em Sydney ou São Paulo, estar na Antuérpia revela uma diferença refrescante, um lugar para descobrir itens originais, onde as regras são diferentes. Um destes pontos é justamente fruto da parceria de dois dos Antwerp Six. Walter Van Beirendonck e Dirk Van Saene são os mentores da loja DVS, que oferece uma experiência íntima, bela e pessoal de consumo. Além - claro - das linhas dos dois estilistas, a loja apresenta novos e excelentes nomes, como Sofie d’Hoore e Monsieur Maison. A curadoria de moda é precisa e focada. Não há abundância de peças e você não precisa garimpar para encontrar algo incrível: a ideia é que todas as peças sejam especiais. O espaço, no segundo andar, acima da magnífica loja de calçados Cocodrillo, é todo em madeira e com teto alto, com destaque merecido para as roupas. No ambiente, uma atmosfera quase caseira se mistura a elementos originais do prédio imponente, combinados ao mobiliário contemporâneo do designer holandês Maarten Baas. As mesas baixas de madeira com figuras de cerâmica foram feitas pelo próprio Van Saene que, depois de 30 anos na cena vanguardista belga, demonstra ter criado seu próprio pequenos universo. DVS | Schuttershofstraat 9, 2000 | Segundo andar | Antuérpia | Bélgica
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Sinal de alerta
Quando o velho e - sempre passarelas é, normalmente, - bom denim sobe às mesmo sendo senso comum um sinal de alerta, pois habitat natural! Assim umana moda, este não é seu que também não costumam avalanche de artigos jeans acaba ganhando destter versões feitas em aque, virando tendência.
Depois de surgir na França no século XVII, vestir trabalhadores de minas por volta de 1870, tornou-se popular na cultura pop americana nos anos de 1950 quando a calça jeans virou símbolo de protesto contra o conformismo Tabita Hollywood tem muito a ver com isso. Eram preferidas por jovens e, muitas vezes, proibidas em cinemas, restaurantes e usá-las cotidianamente era inaceitável.
Verazzi
Crysalis
Lança Perfume
Nos anos 70, virou moda e nos 80, começava a era do jeans griffado. Valentino, Pierre Cardin, Givenchy: todos licenciaram seu nomes famosos à industria das calças jeans. Yves Saint Laurent chegou a dizer: "I wish I had invented blue jeans" (“Eu gostaria de ter inventado o blue jeans”). O tecido duro e desconfortável usado por Levi Strauss em suas Five Pockets ganhou cara nova na década de 1980 quando o casal Marithé François Girbaud resolveu o problema beneficiando as peças acabadas em máquinas de lavar usando pedras. O resultado foi estrondoso, um marco na indústria de moda. Entretanto, foi Calvin Klein que deu ao jeans a amplitude de moda que alcançou. Estima-se que o consumo mundial de “brim” - que tem como característica marcante o tingimento com anil - esteja acima de 3 bilhões de metros lineares por ano, sendo Brasil um dos principais produtores, com uma capacidade des produção acima de 600 milhõe de metros.
about | coming soon A moda da próxima temporada fria apodera-se de motivos folclóricos em estampados, aplicações, patchwork e bordados. Mas, o artesanato, profundamente enraizado na tradição, entra na cena da estação de uma maneira nova. O ar bucólico, comumente relacionado ao tema, foi substituído por uma postura bastante urbana.
A cartela de cores mistura pigmentos suaves e intensos, claros e escuros, mas sempre com ares invernais. Há espaço para misturar diferentes texturas, padronagens e acabamentos. Neste processo, os acessórios têm importância fundamental nos looks. Muitos assumem papel de destaque nas composições.
NEO FOLK
Depois de temporadas longe das passarelas uma nova ONDA FOLK pode ser percebida nos lançamentos do OUTONO-INVERNO 2015
Esta tendência é diferente da cena boho que estamos acostumados a acompanhar. O folk da vez tem mais a ver com o dia que com a noite – traz uma atitude despreocupada. O acento folclórico do momento assume duas diferentes posturas: a perimeira é minimalista, limpa e com linhas simples; a segunda mais carregada, mais embelezada.
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Burberry
Koutour
Waldrip
Burberry Waldrip
the look NOVO FOLCLORE
Natascha Zinko
Ivy Kirzhner
A CHAVE para montar um belo LOOK FOLK nesta temporada ĂŠ dosar cores, texturas e padronagens, cuidando para que o resultado seja URBANO
Nicholas Kirkwood para Peter Pilotto
Burberry Eugenia Kim
Fendi
Kalmanovich
Vionnet Vionnet
Charlotte Olympia
about | new bags
Imagem: reprodução
outono|inverno: 2015 personalidade
Bolsas – e também calçados – ganham destaque nas propostas do outono-inverno sendo determinantes para a estética do período
mixagem
Blocos de cores, texturas e padronagens retornam à moda depois de breve ausência nos acessórios das últimas temporadas
size matters A temporada fria de 2015 caracteriza-se por uma oferta bastante diversificada de bolsas. Surpreendem os diferentes formatos, dos tradicionais a formas incomuns; as estruturas, das maleáveis às rígidas; os tamanhos – do PP ao extragrande – e a variedade de estilos. As clutches fazem parte da seleção e aquelas com proporções avantajadas chamam especial atenção pela modernidade.
Dries van Noten
clutch
As carteiras parecem ser o tipo de bolsa preferido dos designers para compor seus looks no momento. Há uma para cada hora e ocasião
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O conforto nunca foi tão chique!
Mesmo se você ama ou detesta as sandálias ortopédicas estilo Birkenstock, não há como negar a atual influência delas quando se trata de tendências de calçados. As peças com palmilhas anatômicas - e consequentemente solados anatômicos - apareceram em muitas Usaflex coleções já na primavera-verão do ano passado e junto com as walking sandals (papeetes) são a tendência mais cool da temporada quente de 2015!!!
Com seus solados de cortiça mole, fôrma espaçosa e tiras grossas ajustáveis com fivelas, a resistente e a mais confortável sandália do mundo além de uma das mais feias Concebidas pelo tode sapateiro aledos os mão Konrad Birkenstempos tock, em 1897 para - está confecção persopro vivendo um ra pa nalizada e em 1902 renascimento, dução industrial, que conquisum renascimento taram o mundo no final da elegante. década de 1960 - elas O icônico modelo spring 2013 da Céline, cratêm esta formatação vejado de cristais e forrado de pele, chadesde 1964 - passaram mou atenção até dos menos interessados da granola ao glam. A leitura hippie e virou verdadeiro objeto de desejo entre foi deixada de lado... os fashionistas. De lá para cá, a elite das ta marcas - Givenchy, GiambattisValli, Marni, Lanvin, Prada Miu Miu... - vem criando versões, reinventando, a famosa sandália. As versões bombadas podem chea mais de £ 600 (R$ 2.236,08), Cristófoli gar no entanto, há aqueles que argumentam que suas variantes simplificadas - as mais tradicionais deste estilo - são a maneira chique 24 I aboutshoes.com.br para encará-las. Wirth
about | new SHOES
Imagem: reprodução
the mid boot nobuck
Campeão dos campeões, o nobuck permanece na cartela dos materiais da próxima temporada fria em peças de estilos diversos
estilo chave
franjas
Detalhe mega atraente que garante “movimento” a calçados e bolsas, as franjas continuam mais em dia que nunca com a moda Faz algumas temporadas que as botas com altura midi – medida que fica, aproximadamente, na metade entre o tornozelo e a batata da perna – prometem fazer diferença na moda. E parece que no outonoinverno 2015 elas são a bota da vez. Pode variar o estilo, o tamanho dos saltos, os materiais, as cores e os detalhes, mas o comprimento do cano mais moderno da próxima temporada fria é exatamente este.
amarrações
Isabel Marant
As tiras de amarrar são artifício recorrente em muitas botas propostas para o próximo outono-inverno 2015
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about | insight
Por Marina Seibert Cézar
Desde os tempos mais primórdios da civilização, há registro de tensões sociais pelo simples fato de haver diferentes classes. No recorte contemporâneo e local, não podia ser diferente. O que inicialmente temos que reconhecer antes das provocações que vou propor, é que nossa classe considerada financeiramente elitizada é na realidade uma grande replicação dos gostos estrangeiros. Talvez um resquício da colonização no qual ainda carregamos um sentimento mal resolvido que nos faz pensar que, por definição, o que vem de fora é sempre melhor. Até porque, por muito tempo a aquisição de produtos externos foi atrelada a algo de maior dificuldade no acesso e consequentemente mais exclusivo, reforçando a distinção para legitimar uma separação social. Dessa lógica, o público da classe C naturalmente também almeja esses símbolos de status, todavia, a apropriação é verdadeira só de um lado, pois esses jovens são renegados pelas próprias marcas, que possuem o pensamento fincado nas posições de elite. Sendo que aqui no Brasil, esse conceito está cada vez mais escorregadio. As periferias estão clamando por novas ofertas, e na contramão, o mercado insiste em ignorá-las. Não se pode cair na tentação de querer colocá-los em uma vala comum e achar que todos fazem parte da geração “nem-nem” – que aliás, isso sim é uma perspectiva social de proporções futuras preocupantes e que poucos estão se dando conta em rearranjar esses adolescentes que nem trabalham e nem estudam enquanto há tempo. Mas sim, muitos se dedicam ao trabalho, é dali que vem o dinheiro, certamente não na mesma proporção do que é excessivamente mostrado nas mídias através dos MCs que em pouco tempo ganharam fortunas, essas pessoas são exceções. A grande maioria ainda tem o seu mísero e inconstante salário, só que isso nem sempre significa abster do consumo supérfluo e da supervalorização das marcas originais. Muitas empresas ainda se confundem ao caracterizar seu público com o que gostariam que fossem com o que de fato é. Idealizam um perfil de consumidor abstrato demais, fundamentado em características irreais e fora dos contextos da sua realidade.
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No modelo mais aristocrático possível, a nossa nobreza se afronta com essa aproximação do povo. É síndrome de realeza.
Batalhas urbanas Nesse sentido, os confrontos dos jovens das comunidades em shoppings da cidade que ocorreram no início do ano foram premeditados. Convenhamos, este assunto somente ganhou a comunicação de massa quando os encontros começaram a ocorrer nos espaços de compra de luxo. Aí então a discussão foi para outro patamar. Curioso é que, quando esses dois âmbitos sociais se encontraram, ninguém soube o que fazer. Nem mesmo a classe C. Muitos falaram que isso ocorreu porque aqueles jovens não têm pra onde ir. Pode ser, mas suspeito que mesmo que existissem espaços públicos seguros e gratuitos de cultura, eles iriam fazer seus rolezinhos lá. Os shoppings privados não foram uma escolha aleatória. É o lugar mais propício que se tem de consumo e invariavelmente de fronteiras sociais. Mesmo os mais simples, há sempre uma elitização velada já que não há lixo no chão nem som alto em cada loja, muito menos buzina ou alguma intempérie climática. Como resposta, as classes mais altas ainda estão com um sentimento de invasão porque não conseguem mais assegurar a demarcação antes tão facilmente distinta pela quantidade de tvs que se tinha na casa. Eles estão perdendo aqueles referenciais, já que hoje não é coisa de rico viajar de avião, comprar produtos estrangeiros ou adquirir marca. A nova visibilidade da população mais pobre desafia as normativas de distinções sociais e obriga uma vontade de ajuste por parte desses que se sentem ofendidos. E no modelo mais aristocrático possível, a nossa nobreza se afronta com essa aproximação do povo. Síndrome de realeza. E a periferia na plateia, ri à toa. Ao passo que é a exclusividade e o acesso a poucos que demarca a distinção que a elite tanto se apega, vem a pergunta: como saber dividir esses espaços? Lembremos que o mesmo sentimento de invasão que aflorou nos mais ricos é compartilhado com um jovem local de uma cidade estrangeira que precisa tolerar nossos adolescentes de classes altas ávidos por consumo, buscando alguma legitimação social. Muitos alegam que são contra o funk por exemplo, não porque seria uma linguagem vinda das ruas, mas porque abominam a ostentação. Então proponho uma reflexão pela noção da alteridade: os que dizem isso, certamente só trocam de celular quando o aparelho estraga e não tem mais conserto, correto? Também nesse viés, consideram o carro apenas uma ferramenta de trabalho e escolhem aquele que ocupa o menor espaço no trânsito e o que menos impacta na natureza. E sem dúvida as poucas peças no guarda-roupa são meramente funcionais e repetitivas. Sim, o significado de ostentação é bastante relativo. Seria tão inútil quanto tentar discutir a subjetividade sobre o que é a prioridade na vida de cada um. O que é claro na nossa sociedade é que está profundamente enraizado cultivarmos no material a forma de mostrar nossos valores. E quem não condizer com esse pensamento se torna um desviante. Extra, extra!!! Acreditem: a atriz Lucélia Santos foi flagrada andando de ônibus! Vai ver que ela empobreceu por falta de trabalho, só pode. É, nossa noção de riqueza é completamente distorcida. Num país onde o filho tem vergonha porque seu pai é gari, ao passo que o outro sente orgulho porque o seu tem um carrão, mesmo desempregado ou pior, que conseguiu por meios não convencionais de renda honesta, algo tem de errado. A situação de poder que criamos é diretamente relacionada com o ganho financeiro. O próprio auto reconhecimento é carregado de desvalorização. A relação de
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Numa realidade onde a miséria está na educação e o luxo na aparência, os jovens do rolezinho meramente se condicionam a esse modo de pensamento.
hierarquia não é baseada no que se faz de bem para o coletivo na sociedade, mas por uma dimensão econômica. É assustador pensar que as empregadas domésticas só agora começam a ter direitos, mesmo que sob os resmungos de seus patrões – pessoas que adoram receber seus décimos terceiros e aproveitar suas férias. Agora dessa ótica, pensemos: esses adolescentes que tomaram os centros de compras fizeram esse tipo de aparição porque lhes foi ensinado que a imagem é a expressão mais eficiente na nossa sociedade. Numa realidade onde a miséria está na educação e o luxo na aparência, eles meramente se condicionam a esse modo de pensamento. Não estão nada descolados da perspectiva de outras classes, apenas potencializaram uma consciência coletiva, da sua maneira. Eles foram doutrinados a acreditar que o signo mais eficiente para essa expressão é o consumo. Porque mais legal do que se encontrar com amigos é conseguir estacionar bem na frente para legitimar pelo seu carro, a sua posição. Mesmo que tenha sido em prestações intermináveis e para isso, abriu mão de estudar ou viajar. A exposição faz parte do novo empoderamento, numa tentativa de atingir as expectativas estéticas que nosso contexto social tanto hipervaloriza. Nessa perspectiva, a família que mesmo podendo se manifestar controversa a ficar gastando dinheiro, é orgulhosa em poder dar toda a superficialidade antes impensada. Da mesma forma, precisamos nos produzir para entrar numa loja de luxo caso contrário, poderemos ser mal atendidos ou mesmo ignorados. Nos sentimos no dever de comprovar visualmente que podemos bancar um produto daqueles, que somos merecedores de usa-lo, nesse universo de valores que corresponde muito maior do que questões financeiras. Temos uma insegurança inexplicável em nos expressarmos conforme as normativas. É engraçado de perceber que alguns proclamam com grande orgulho que desprezam programas como Big Brother, mas passam horas navegando nos perfis dos outros para saber o que fizeram. Ok, podem não carregar uma enorme corrente dourada no pescoço, mas é inquestionável transitar por aquele restaurante badalado e não fazer check in virtual para que seus seguidores saibam disso. Não ouve de forma ensurdecedora o som no carro rebaixado e cheio de adesivos, mas organiza e escolhe entre dezenas, aquela melhor foto do filho pequeno para sugerir uma cena do cotidiano. E essas mesmas pessoas que evitaram naquele meio tempo, ir ao shopping para garantir não encontrar com os praticantes do rolezinho, ficaram três horas na fila para a abertura da Forever 21. Ou seja, meramente questões de contexto e proporcionalidade... Nossa falta de empatia e excesso de etnocentrismo nos cega e torna intolerante, não permitindo enxergar visões diferentes de mundos. Gosto de acreditar que estamos atingindo um excesso de insegurança visual tão extremo que por conta disso, estejamos entrando num novo ciclo de hábito de consumo, muito mais consciente. Nem tanto só pela questão ambiental, mas de adotar um pensamento mais japonês de produção, por assim dizer. Ou seja, fazer algo como se fosse pra você mesmo, sendo da melhor qualidade possível para durar o máximo de tempo, e num preço justo. E que a aparência seja meramente uma consequência do fazer bem feito e não para convencer uma compra efêmera. Desafio? Pra nós, possivelmente.
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about | POP
e t n e z m e a v v i l t a i t in
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No ano em que o britpop tomou as paradas musicais de assalto, somente duas bandas interessavam ao mundo: Blur e Oasis. Em 1994, Kurt Cobain já havia manchado a parede do teto de casa com seus miolos e o trono de novo messias do rock estava sem dono. Não demorou muito para que um grupo de ingleses marrentos – com suas melodias assoviáveis e guitarras distorcidas – disputasse o posto com amor à causa e um punhado de canções inesquecíveis.
Dos subúrbios mais cinzas da Inglaterra para o estrelato em escala global, uma espécie de revival musical dava as cartas no início da década de 90. Com uma rebeldia meio torta e com canções com arranjos radiofônicos que ecoavam o melhor de ícones como Beatles, David Bowie e The Smiths, o britpop era a trilha sonora perfeita para quem deixava a melancolia grunge de lado e tentava respirar ares menos pesados. Ao contrário da turma de Seattle – que mostrava letras atormentadas e rejeitava com unhas e dentes o rótulo de ídolos – os meninos ingleses queriam o oposto e deram ao público o que ele mais desejava: barulhos, brigas, polêmicas, romances, intrigas... No ano em que completa 20 anos do seu auge, o movimento segue deixando suas marcas na cultura pop, influenciando uma geração de novos músicos e reverenciando o legado de ídolos que continuam mostrando ao mundo o valor de arranjos simples e versos desconcertantes.
Apesar de manter seu poderio por quase toda a década, foi em 1994 que o britpop mostrou a sua força. De um lado, o Oasis lançava o poderoso “Definitely Maybe”. Do outro, o Blur chegava ao topo da parada britânica com o festivo “Parklife”. Além de hits devastadores e riffs arrepiantes, a disputa entre as bandas era um show à parte e fazia a festa dos tablóides ingleses, sempre ávidos pelo pior das celebridades. As bandas chegaram até mesmo a lançar singles na mesma semana, apenas para ver as coisas esquentarem. "Country House", do Blur, ficou na frente de "Roll With It", do Oasis e a guerra foi declarada em público, com Liam Gallagher desejando que os rivais morressem de Aids. No ano passado, as intrigas foram oficialmente encerradas nos palcos, com Noel Gallagher e Damon Albarn tocando juntos em um evento beneficente. “Posso dizer hoje que aquela briga toda foi tão patética quanto duas canções pop realmente muito ruins", disse
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o guitarrista ao Guardian. Mas nem só de Oasis e Blur vivia a cena inglesa. Nas capas do semanário NME – a mais importante revista musical do planeta, não por acaso britânica – Pulp, Suede, Stone Roses, Supergrass, Ash, Travis e Verve também mostravam com quantos refrões pegajosos se fazia um sucesso de verdade. As meninas tinham vez com a explosão do Elastica, cuja vocalista andrógina Justine Frischmann circulava por Londres de mãos dadas com o líder do Blur. A invasão do britpop às rádios do mundo ainda influenciaria a moda com seu visual dândi e estilo mod revisitado. O filme “Trainspotting”, lançado pelo diretor Danny Boyle em 1996, ajudou a marcar a estética do movimento, sobretudo por trazer na trilha sonora alguns de seus nomes mais conhecidos ao lado de uma inquietante onda eletrônica que começava a chamar a atenção do planeta. Para marcar de forma definitiva os 20 anos do britpop, a
respeitada BBC Radio 6 abriu uma votação – da qual mais de 30 mil pessoas participaram – para eleger a canção que melhor definiu o movimento. No primeiro lugar do ranking, ficou a cultuada “Common People”, do Pulp, música que assumiu o status de hino da geração ao contar a história de uma estudante rica com dificuldades para viver como “as pessoas normais”. Na sequência da lista, que gerou discussões acaloradas entre os ingleses, estavam “Bittersweet Symphony (do Verve), “Don’t Look Back In Anger” (Oasis), “Wonderwall” (Oasis) e “Parklife” (Blur). Sim, duas décadas depois de seus dias de glória, o estilo não saiu dos ouvidos britânicos. Os mais saudosos ainda esperam que uma provável parceria entre Noel e Damon possa restabelecer a ordem das coisas no mundo do rock n’ roll. Enquanto isso, ouvem o novo disco do Coldplay e seguem reclamando que seus ídolos já não são mais durões como antes. E tudo isso enquanto o chá não esfria.
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about | new trends
R.J. Graziano Levine
Beira Rio
Dolce & Gabbana Benedetta Bruzziches
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do verão, o ca mais um de ssi a a e
Estamp a flores em clá p
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Juicy Couture Barbara Kras
De Manta
Jorge Bischoff
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M. Officer
about | market
A revolução e evolução das coisas
Por Ramão Reichert Jr.
Nossas empresas são eficientes o suficiente para sobreviver às mudanças do cenário de mercado? Ou ainda lutam para sobreviver diante de tantos desafios? A primeira revolução que contribuiu nas alterações de rota no cenário calçadista foi a migração das exportações para a China. Durante algumas décadas, o que mais escutávamos de todos os envolvidos no setor era o seguinte: “nossos clientes estão migrando para China, mas em breve retornarão, pois a qualidade deles não atenderá às exigências dos grandes compradores internacionais. Com a melhora do câmbio, o mercado deve normalizar e os volumes de exportação voltarão ao normal.” Este foi um período longo de “ilusão consciente”, vivido coletivamente. Diversas empresas tinham o hábito de atender o mercado nacional somente nos períodos de baixa da exportação, e se retiravam no momento em que as vendas no mercado externo estavam em alta. Mas alguns fugiram à regra. Muitas empresas se dedicaram ao mercado nacional, algumas desenvolveram um ótimo trabalho de gestão de marca e outras não, pois sua cultura era a de exportação. A segunda revolução que aconteceu praticamente no mesmo período e que modificou o cenário de consumo no Brasil foi a entrada da internet e do crescimento do e-commerce, iniciando uma nova era nos hábitos dos brasileiros. Falamos de um crescimento de aproximadamente 5.000%. Pulamos de menos de 0,5 bilhão de reais faturados em 2001 para cerca de 25 bilhões de reais até o final de 2013. Saímos de 1,1 milhão de compradores para mais de 40 milhões de consumidores online neste mesmo período. Estamos falando de um pulo de 0,6% da população para casa de 20%, e isso é extraordinário! Este ano é a primeira vez que a categoria de moda e acessórios liderou o ranking dos produtos mais vendidos na internet. Tentador e crescente mercado interno O terceiro movimento importante foi o aumento da taxa de população, que fez crescer o consumo no mercado interno. Grandes redes de lojas surgiram e se multiplicaram em diferentes regiões do território nacional, principalmente nas capitais e cidades com maior potencial de consumo. Agora é a vez das grandes redes do varejo internacional: muitas delas já estão entre nós e muitas outras ainda irão aterrissar no Brasil, pois somos o 5º país mais atrativo para as multinacionais do varejo de moda. Diante destes cenários, diversas indústrias do setor deixaram suas marcas de lado. Algumas por definição estratégica e outras pela falta de conhecimento - ou então pelo motivo mais antigo, a “ ilusão consciente”. Marcas ícones de moda ficaram no esquecimento. Desconhecidas dos consumidores da nova geração, hoje são marcas fantasmas, lembradas apenas pelos donos, ao contrário das labels que se movimentaram na direção correta, fazendo a gestão de suas marcas e o design adequado de produto. Alguns casos até verticalizando a distribuição e expandindo com franquias. Estas alinharam seus negócios no ponto central do sucesso: marca versus consumidor. Com algumas décadas de experiência e aprendizado, quem sabe ainda há tempo de mudarmos o drive dos negócios e os discursos que escutamos ao longo destes anos. Grupos repetem inúmeras vezes as mesmas coisas: que estamos em crise, que o mercado está difícil, que o mercado de calçados não está mais sendo um bom negócio, que fábricas estão quebrando e tantas outras coisas que não vale a pena continuar mencionado. É o eco do pessimismo. Não existe mais espaço para estes pensamentos do passado, é preciso estar atento às inovações, oportunidades, concorrentes, marcas novas de outros segmentos de moda e, principalmente no, o futuro. As empresas devem investir nas suas marcas de maneira correta, buscar a identidade de seus produtos com o design alinhado à estratégia da empresa. Protegendo sua marca e seu business para as próximas décadas de muitas mudanças. 33 I aboutshoes.com.br
O amanhã de ontem é agora Por Diego Branco
Já reparou como as propagandas online parecem cada vez mais direcionadas à você? Na sociedade em rede, a conectividade será o ponto de partida para novas formas, seja para colaborar, socializar ou inovar. É sobre a criação de liberdade, autonomia e oportunidade, aproximando consumidores, criando desejo de consumo focado na experiência de compra e aumentando o engajamento em mídias sociais. É uma revolução extraordinária. Um mundo conectado em tempo real que abre oportunidades além da nossa imaginação. E se você pudesse conhecer seu consumidor, saber onde ele está, do que ele gosta, e o que ele compra, e ainda poder oferecer a ele um produto que ele ainda nem sabe que quer? Pode parecer coisa de ficção científica, mas isso não é o futuro. Isso está acontecendo agora, e quem fornece essas informações é o próprio consumidor, através de aplicativos que compartilham localização, ferramentas de busca, mídias sociais e muito mais. O assunto é extenso, mas nada que uma breve pesquisa não possa servir de ponto de partida. Monitore seu cliente, pesquise sobre seu cliente, minimize riscos e faça com que ele tenha a melhor experiência possível quando se relacionar com a sua marca.
Salvatore Ferragamo
Virenzza Ek Thongprasert
Aur茅lie Bidermann
Valentino Levine
Bottega Veneta
Dolce & Gabbana
Usaflex
Zeket
Alexander McQueen
Jorge Bischoff Anzettuto Rosantica
r a l o s r o c
nja a r la da. o o, pora d a im tem n a da e s do ejo na des i Ilum e os ad v in Azaleia
Zilla Crist贸foli
Marc by Marc Jacobs
I love flats
about | branding
Seu calçado fala? O calçado que fala é aquele que traz em si uma causa, conta uma história verdadeira e constrói uma marca.
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Por Ary Filgueiras
ma das maiores pérolas que eu ouvi em reuniões estratégicas quando a pauta era trade marketing foi a argumentação de que o calçado não falava. Isso ocorreu quando as opções apresentadas para as vitrines não diferenciavam o produto dos outros: “Calçado não fala. Ele jamais irá dizer que aquela cópia ao seu lado não possui as mesmas qualidades características que justificam o seu preço.” A frase foi para provocar a criatividade, desafiar as barreiras dos pequenos tags, pdvs, ventosas, slatwalls, sinalizadores, que não gritavam os diferenciais que justificassem o preço mais alto, o valor agregado. Que empresário disse isso? Eu não conto, mas o importante é saber que hoje isso já não é mais uma verdade. Já existe, sim, o calçado que fala. Ele responde ao consumidor, por exemplo, que o sapato aparentemente igualzinho a ele ao seu lado é muito mais barato porque não tem a mesma tecnologia, não utiliza materiais de qualidade, não tem garantia de fábrica, não tem marca. Ainda assim, quando tudo parece ser igual e a marca não aponta nenhum diferencial de status, ele fala da empresa que está por trás dele, sua idoneidade, transparência, compromisso com colaboradores, práticas de sustentabilidade, respeito com o planeta, a sociedade e o consumidor. Dá dicas de uso e combinações de estilos de roupa para usá-lo, exalta o seu uso em outros países ou centros da moda e cita até personalidades da mídia que o estão usando, como descreve notícias com ele que foram publicadas em jornais de grande credibilidade, revistas e blogs especializados em moda. E como se já não bastassem todos esses argumentos diferenciais para comprá-lo, ele agora fala também sobre experiências gastronômicas, viagens marcantes, livros encantadores, filmes interessantes, séries de tevê de sucesso, peças teatrais inesquecíveis, equipamentos tecnológicos fantásticos, aplicativos úteis e divertidos para o seu smartphone, as melhores bebidas, as melhores festas, passeios e esportes incríveis de experimentar, entre outras coisas boas da vida possíveis de se fazer com ele ou não. Não, não é uma nova tecnologia de ponto de venda, nem um novo software revolucionário implantado no cabedal de algum
calçado tecnológico. É o trabalho de evolução e extensão dos materiais estáticos da publicidade para falar do seu produto. É o complemento das suas ações mais básicas de marketing para vender. Básicas e importantes, fundamentais, mas sozinhas são completamente mudas. O calçado que fala é aquele que traz em si uma causa, conta uma história verdadeira e constrói uma marca. Hoje, em meio ao ambiente online, onde perguntas, conversas e buscas por informações são constantes, sem a produção de todos os conteúdos citados acima, além dos materiais de ponto de venda, que assumem importância militar dentro das fábricas, o calçado fica silencioso na vitrine, mudo, estático e igualzinho àquele que divide espaço na vitrine ao seu lado. Nos Estados Unidos, a produção de conteúdos para marcas e produtos, ou o chamado Marketing de Conteúdo, não é novidade e já é utilizada há anos. Atualmente representa 19% dos orçamentos de mais da metade dos profissionais de marketing das empresas de lá, segundo estudo apontado pela CMA - Content Marketing Association, que indica também ser o principal investimento dos anunciantes já em 2014, recebendo 19% do orçamento, enquanto que eventos com 15%, TV 14%, online 11% e mídia impressa 10%. Das 131 marcas pesquisadas, 51% planejam aumentar os investimentos em conteúdo ainda este ano, mesmo se o orçamento não tiver crescimento. São marcas e produtos querendo falar. A principal razão para o aumento dos investimentos em conteúdo está no resultado alcançado no engajamento do consumidor e construção da marca. É portanto na qualidade e amplitude dos conteúdos desenvolvidos por ela, onde estão os pensamentos e interesses dos consumidores, e que vão além do produto em si, mas obviamente com seus valores no contexto, que fica claro o seu diferencial. Em um universo onde produtos e serviços tradicionais e a participação no mercado estão desaparecendo como vantagens competitivas, a inovação e o empreendedorismo dentro da própria empresa em setores de comunicação, marketing e tecnologia exigem atitudes disruptivas para provocar de fato uma mudança e até fazer um calçado falar. Seu calçado fala?
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Rarities
Paula Cademartori
Rolex Luxfor
Mississipi
Linea Bella Chloé Marni
RAL
Suzana Santos
NA TU
m Ton te s xtu ne ra utr s, os re g co an rte ha se m ap de lic sta aç qu õe e s.
Cravo e Canela
co
Virennza
Slow and Steady Wins The Race
Zeket
Tonya Hawkes Valentino Werner 36 I aboutshoes.com.br
Givenchy
Rafitthy
Poster art by Luis Saguar
about | ideas
Cultura como fonte de inspiração Por Júlia Isoppo Piccoli
Um dos grandes desafios do mercado de moda brasileiro contemporâneo está em como diferenciar os produtos nacionais dos concorrentes estrangeiros. Surge então uma poderosa ferramenta para fortalecer uma marca: nossa cultura. O Brasil é um país de cultura muito rica e diversificada, com nuances visíveis em nossas metrópoles, ruas e pessoas. Isso pode ser muito valioso em um mercado onde as marcas insistem em replicar a moda e a cultura internacional, mas como? As palavras de ordem são: Identidade Cultural! Apropriar-se de uma cultura regional é algo comum no mercado da moda, tão comum que diversas empresas estrangeiras já buscam inspiração nos saberes e fazeres brasileiros para criarem suas coleções. E isso faz sucesso. Essa busca começa na criação de uma coleção: desenvolvida de forma harmoniosa e levando em consideração alguns aspectos como o perfil do consumidor,
O Brasil tem uma realidade nutrida pela vitalidade criativa e produtiva, pelos paradoxos culturais e pelas dinâmicas sociais surpreendentes, às vezes contraditórias e dramáticas.
imagem da marca, tema-conceito e proposta de materiais. Aliado a isso, imprimir uma identidade central na coleção é fundamental. É aí que entram o Brasil e seus regionalismos. Cria-se uma identidade para os produtos, que só é possível se destacarmos a apropriação cultural e de saberes locais. Ou seja: a cultura regional é a temática do projeto e ela que guiará as escolhas e a coordenação de cores, materiais, estampas, modelagens e confecção dos produtos e assim, agregar valor cultural à coleção. Vale destacar que muitos designers utilizam a apropriação cultural como forma de diferenciar seus produtos, ainda que de maneira artesanal. Eles buscam resgatar saberes e fazeres locais por meio de comunidades ou pessoas que desenvolvam trabalhos manuais, privilegiando o resgate cultural na execução do produto, que pode, sim, ter identidade cultural e ser produzido em escala industrial. Sem dúvida o Brasil possui uma realidade nutrida pela vitalidade criativa e produtiva, bem como pelos paradoxos culturais, pelas dinâmicas sociais surpreendentes - às vezes contraditórias e fortemente dramáticas. Isso permite a criação de produtos com um toque dessa realidade brasileira. Ou seja, a cultura nos permite uma mistura de elementos, a exploração de recursos e por consequência a criação de produtos autorais e que valorizam as vocações regionais.
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Shourouk
sweet & chic
Anya Hindmarch
Iluminado e animado, o laranja invade os desejos da temporada.
Vizzano
Cristofoli
Cecconello
Swash
Werner
Lightray Werner
Balenciaga
Emilio Pucci
Esdra Zatz
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Anndra Neen
sT ERLI SIL VERNG
Marie Laure Chamorel
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A od p el rata os pa de ra lei a ins no pi ite ra e ob pa ril ra ho o em di a.
Eddie Parker
Loucos e Santos
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Werner Eddie Borgo
Noor Fares
Michael Kors
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Rauwolf Tabita Paco Rabanne
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Vestido e colete Apartamento 03 e calรงado Cecconello
Por FABIAN GLOEDEN
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Blazer Carina Duek, body Larissa Minatto, saia Tessuti e sandรกlia Levine
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Blusa Tufi Duek, camisa Esse, saia Ronaldo Fraga. Calรงado Luxfor
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Macacรฃo Maria Bonita, blusa Thierry Mugler. Bolsa Cristรณfoli e sandรกlia Guilhermina
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Top Apartamento 03, calça Single. Peep toe Bebecê e bolsa Anna Gouveia
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Casaco Jonathan Scarpari, saia Animale, cinto Gucci. Bootie Bottero
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Vestido Tufi Duek e sandรกlia Lanรงa Perfume
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Vestido Apartamento 03 e sand谩lia Crist贸foli
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Calรงa e casaco Apartamento 03, top La Posh e sandรกlia Lanรงa Perfume
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Fotografia: Fabian Gloeden | ORGstudio - orgs.com.br | Fotógrafo Assistente: Alexandre Pinto | Modelo: Maria Laura (JOY Model Management) | Beleza: Diego Marcon | Moda: Julio Rossi | Stylist: Geco Nihchke | Assistente de produção: Valentina Asmus | Agradecimentos: Tag de Lux, Zarô Boutique, Estile e Me Gusta Brechó
Blazer e saia Afghan sobre saia Enzo, soutien La Rouge e sandália Luxfor
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about | Movies
O CINEMA EXPLICA... OU TENTA
Você não sabe nada sobre sexo? Então, por favor, não se assuste com o que o cinema vem colocando nas telas desde os anos 30. E especialmente não se assuste com a lista descrita neste artigo: pense e tenha a mente aberta para o que o mundo vê como transgressão, humor, sadismo ou ate o mais puro romantismo moderno.
Por Krika Martinez
“Ninfomaníaca”, de Lars von Trier, e seu polêmico cartaz com os personagens tendo orgasmos: filme narra a história de uma viciada em sexo
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A
gora deixemos algumas coisas claras. O sexo no cinema pode render muita discussão, até porque o cinema se usa deste “instinto básico” para vender. O que é correto, o que é moral, o que deveria ou não ser exposto nos filmes? No fundo não interessa porque o que o cinema coloca nas telas é a visão de um roteirista e de um diretor sobre a curiosidade que eles tinham. E especialmente devemos agradecer, ou em muitos casos não, aos atores que colocaram a pele para estas cenas. Por exemplo, no filme “O Iluminado” do diretor Stanley Kubrick, ele coloca uma morta saindo de uma banheira e seduzindo Jack Nicholson numa cena que não tinha sexo, mas deixava claro o que aconteceria depois. Vocês dirão: isso era coisa do filme que tinha toda essa vibração estranha de um clássico do cinema de terror nos anos 80. E eu explico: não, isso foi um pesadelo de Kubrick que ele tratou diretamente no filme. O cinema e o sexo estão extremamente ligados, mas sejamos abertos a quem o está contando e o porquê. Woody Allen e o sexo deveriam ter um livro que explicasse o que ele entende por sexo e as relações entre pessoas ou animais. Até porque ele foi dos primeiros diretores a admitir e deixar claro que seus filmes são um exemplo do que é a sua vida e vice versa. Assim, fica mais fácil se você assistir a todos seus filmes e, lá no final da lista, assistir “Tudo que Você Sempre Quis Saber Sobre Sexo”. Este filme, de 1972, foi escrito por Woody Allen usando como base o livro de mesmo título, de autoria de um médico que buscava exatamente isso: explicar todas as suas dúvidas sobre sexo. O filme é divertido, sexy, estranho e não deixa as coisas claras. Como todo bom filme de Woody Allen. Agora, o sexo no cinema é muito mais antigo do que você imagina, e não estamos falando de filmes pornográficos (isso, meus amigos, é quase tão antigo como o cinema). O primeiro filme pornográfico, datado e assistido apenas por aqueles que podiam permitir-se na data de 1896 é “Le Coucher de la Mariee”, uma cena de 7 minutos onde uma mulher está tirando suas roupas para entrar na banheira e o banho que se seguia. Sim! Isso era a coisa mais pornográfica que se podia encontrar nesta época. Hoje temos um exemplo de como esse cinema pornográfico mudou e nos mudou. A estreia como diretor do ator e músico Joseph Gordon-Levitt (o filme “Don Jon”) é a visão de um jovem, o típico New Jersey Boy dos dias atuais, sobre o sexo real sempre comparado com o que ele assiste na pornografia. Aprender a diferenciar as duas coisas e saber usar o sexo real e intimista como prazer de verdade é o jogo deste filme que nos mostra como a exploração do sexo no nosso cotidiano mudou a nossa visão do que é sensual e prazeroso durante uma relação sexual. Para clássicos modernos sobre a pornografia, tenha em mente que você precisa assistir os filme “Boogie Nights” e “Lovelace”. No primeiro, a visão masculina do mundo da pornografia nos anos 70
e no segundo a visão feminina dessa mesma era. Mas o cinema está longe de querer entender a pornografia no nosso cotidiano e sim de reviver imagens e sentimentos do que você, eu e os cineastas entendemos por sexo. E se você quiser analisar as relações sexuais e seus sentimentos, temos que buscar a respostas no cinema europeu e indie. Porque eles se deram o trabalho de ver o sexo pelo lado do pensamento e não só da cena para vender. Agora, se você quer rir e reviver experiências anteriores, busque no cinema norte americano as referências mais diretas e divertidas. Até porque são os ianques que são capazes de rir e nos fazer rir de um “Virgem aos 40 anos” tentando começar sua vida sexual ou de jovens hormonizados que buscam a sua primeira relação com mesmo ímpeto e mesmas risadas. Estamos falando da comédia como pano de fundo para mostrar que as experiências podem se repetir e são parecidas. “Virgem aos 40 anos”, de 2005, usa uma fórmula semelhante a “Porky’s”, de 1982, em que temos o nome de um strip bar que até hoje mantém suas portas abertas por ter recebido um grupo de jovens em plena puberdade buscando não ser um virgem de 40. A puberdade pode ser o espaço mais confuso porque muitas vezes não há a coragem de perguntar ou ter as portas abertas para o tema do sexo. E assim como na vida real, o cinema cria anedotas ou dramas sobre o tema. Todos vimos, ou ouvimos falar, de “American Pie” e como os jovens americanos não populares conseguem ou não superar a virgindade. Mas e se você for jovem, já fez sexo e simplesmente não quer perguntar a ninguém o que é isso e se o que você esta sentindo é normal ou não? Pois então temos o primeiro exemplo de como os filmes indies entraram no tema e romperam barreiras (americanas). “Kids”, de 1995, conta como os jovens se comportavam sexualmente, mas como esse comportamento estava disseminando o vírus da AIDS entre adolescentes de Nova York. Para cada 5 filmes divertidos sobre sexo, temos um que coloca o dedo na ferida. Especialmente agora que a abertura para o tema é maior e se usa desta para contar belas histórias, como a de “Clube de Compras Dallas”, último ganhador do Oscar, que conta como em 1985 a luta contra o vírus da aids se misturava com a luta contra as grandes indústrias farmacêuticas americanas, que controlavam o acesso às medicações. E tratar o sexo é muito antigo, não só no cinema como na vida real. Em 1880, o doutor Mortimer Granville inventou o primeiro vibrador. Isto não é filme: é a realidade. Ele era um especialista no tratamento da histeria feminina. O tratamento que ele usava? Estimulação clitoriana e pélvica em pacientes que buscavam a sua tranquilidade nas mãos deste médico, que acaba sofrendo com uma tendinite. Buscando a solução para o seu problema, ele descobriu o alívio para muitas mulheres de ontem e hoje. Este momento na história está retratado no filme “Histeria” de 2011 e, sim, ele é levado para o lado romântico e
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Para cada 5 filmes divertidos sobre sexo, temos um que coloca o dedo na ferida.
quase bobinho, mas não há nada melhor que ver como as mulheres encontraram o prazer como solução para seus casamentos pouco estimuladores. Mas estes são “problemas” que todos podemos nos deparar na vida real, que nos fazem identificar com os personagens e aceitar mais ou menos um filme. Mas aí vem o cinema indie e diz: vamos apertar a ferida outra vez. “As Sessões” de 2012 nos mostra um jovem de 38 anos que decide que é hora de perder a sua virgindade. Uma história real: Mark tem uma vida normal apesar de estar na horizontal devido a uma paralisia e preso às noites a um pulmão de metal. Ele não pode se mover e não pode interromper o seu tratamento noturno porque isso o levaria à morte. A maneira como ele busca a ajuda de uma terapeuta sexual para sentir prazer e colocar o sexo na sua vida é trazida por este belíssimo filme de Ben Lewin. Mas o que se vendeu como uma historia real (mas não comum) nas telas de cinema, não vendeu tanto na bilheteria. A lista de filmes que mais chamaram a atenção do público nas bilheterias sempre inclui os que se vendem como “aqui tem sexo e parece que foi de verdade”. Como “The Brown Bunny” de 2003 onde o diretor e protagonista do filme levarão até a tumba se a cena de felação do filme é real ou uma simulação. Sim, amigos, este fator fez com que este filme indie levado aos cinemas cult e quase esquecido pela crítica e bilheterias voltasse com força a partir dessa dúvida e vendesse milhões em sua segunda edição nas telas do cinema e na sua venda de DVDs. O que em 1996 “Crash - Estranhos Prazeres” tentou e não conseguiu. Uma campanha marqueteira milionária para vender um filme em que seus protagonistas só conseguiam chegar ao clímax sexual se estivessem envolvidos num acidente automobilístico. Conseguimos com este filme apenas que o nome David Cronenberg entrasse em nossas vidas para nos trazer outros filmes, não tão sexuais, incríveis. Em Crash também descobrimos um novo James Spader, que por muitos anos ficou marcado como o malvado que todos amamos no cinema. Vê-lo como um ser que busca na destruição o prazer só viria a ser superado pela sua atuação em “Secretary”. Onde uma jovem, recém-saída de um hospital mental por histeria, encontra um trabalho como secretária de um advogado exigente que, para corrigir os erros de ortografia que ela faz em suas cartas, usa métodos sadomasoquistas. A dependência entre os dois personagens acaba revelando amor em um universo estranho, mas que, na verdade corresponde a uma grande parte da população mundial tendo em base que o filme mais esperado para 2015 é “Cinquenta Tons de Cinza”, baseado no livro de mesmo título que vendeu mais de 31 milhões de cópias em todo o mundo e promete muitas palmatórias, correntes e cordas. O que estimula o sexo nos cinemas não são apenas os acidentes de carro, os virgens ou não ou o sadomasoquismo. Em “Fur”, temos uma
pequena visão da vida da fotógrafa Diane Arbus e do amor que sente pelo seu vizinho que sofre de uma doença mais conhecida como a síndrome do lobisomem. Sim, amigos, ela se sente extremamente atraída por seu vizinho que tem o corpo totalmente coberto de pelos. No final dos anos 50, vemos como essa atração luta com o seu casamento perfeito e a sua vida perfeita e ganhamos de presente um estimulante mundo estranho. Isso sim: o estranho do filme é um belíssimo Robert Downey Jr., coberto dos pés à cabeça por peles e pelos que nos faz entender o que é uma boa atuação e como ela transparece mesmo embaixo de toneladas de maquiagem. Mas, nos últimos anos o cinema está mais interessado no que são as obsessões sexuais que são apresentadas nas telas com pessoas que estão tentando viver com esse tipo de comportamento. Diferente do que vemos em “Último Tango em Paris”, onde Marlon Brando chocou as telas com a dor de haver perdido um amor e começando um tórrido e sórdido caso com uma jovem que, além de aprender sobre sexo, está presa numa relação de amor e ódio e o uso de margarina como lubrificante para o sexo anal. O cinema atual entra mais no que cada personagem sente e suas relações, não só sexuais. Em 2011 tivemos “Shame”, onde um viciado em sexo recebe a visita de sua irmã e o seu problema acaba se transformando em uma teorização da sua obsessão com o sexo casual e a pornografia. E no ano passado tivemos os dois volumes de “Ninfomaníaca”, dirigido por Lars Von Trier, que teve que realizar dois filmes em que a protagonista conta suas experiências sexuais para que de alguma maneira entendamos como é viver com esta condição. Nos dois casos, temos mais força nos sentimentos graças aos dois protagonistas dos filmes que nos permitem entender essa maneira de viver o sexo de forma obsessiva. Mas dentro do mundo do cinema, os cineastas que fizeram estes filmes acabaram dividindo seu mundo em duas partes: antes e depois dos seus filmes mais sexualmente ativos. No caso de “Ninfomaníaca”, Lars Von Trier não é um novato na arte de mostrar o sexo no cinema e de como ele é importante ou mesmo de como ele move a vida das pessoas. Por exemplo, em “Anticristo” ele chega a nos mostrar em primeiro plano como uma mãe sentindo-se culpada pela morte de seu filho (ele cai de uma janela enquanto ela esta tendo relações sexuais) corta com uma tesoura a causa desse sofrimento. Sim, ela corta o seu clitóris na frente das câmeras e se você tem sorte e está assistindo o filme em casa, pode parar o DVD um momento e ir tomar um ar. Ou como no meu caso, dentro de uma sala de cinema, dividir com os espectadores muitos “ai, vixe, e jesuis”. No caso de Shame, Steve McQueen não só conseguiu chamar a atenção mas entrou naquela fase dos diretores onde eles podem fazer o que querem e nos surpreendeu em 2013 com o incrível filme “12 Anos
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“Shame”, com Michael Fassbender: a partir deste filme, o agora premiado Steve McQueen passou a fazer o que quer na indústria do cinema
de Escravidão”, ganhou o Oscar, ganhou a crítica e agora fará o que quiser da sua carreira. Seja o que for que mova o sexo no cinema também não podemos esquecer dos filmes que falam muito sobre o tema. Em 1989 “Sexo, Mentiras e Videotape” traz às telas sexo e mentiras que contamos para ser felizes e tudo gravado em VHS com uma verborragia sexual e também uma forte tensão sexual que a todo o momento nos faz pensar se muitas vezes a sexualidade não está mais ligada na sensualidade de estar falando sobre o tema. Porque me perdoem os fãs do filme, mas as partes de falar sobre sexo são mais interessantes que o momento em que eles realmente estão realizando o ato. Mas assim, temos vários filmes que falam e nos deixam na tensão sexual até o momento da realização, sexual claro. Para este tipo de filme, a atriz preferida é Kate Winslet, a Rose de Titanic, que na sua lista de trabalhos tem por exemplo “Foi Apenas um Sonho”, onde falar de sexo era feio, mas todos estavam pensando nisso e em como a vida nos anos 50 era chata. “O Leitor”, onde ela está lutando entre um processo por crimes de guerra e ao mesmo tempo tendo um caso com um estudante de direito e onde o ato não é mais chamativo que a tensão que existe entre os dois. Logo, e não estou escrevendo em ordem cronológica de filmes e sim em nível de excitação verbal: temos “Pecados Íntimos” onde num subúrbio típico americano vemos como uma homem e uma mulher lutam contra a tentação de se jogar na cama com outro. Mas claro, estamos falando da Rose de Titanic, a doce jovem rica que, cansada da sua vida, se joga nos braços de um jovem pobre que entrou por engano no navio, mas que se transforma no amor da sua vida e num dos filmes de maior
bilheteria da história. Num caso mais maduro e mais longo de vida no cinema, temos Juliane Moore. Que nos fez rir com a sensualidade em “O Grande Lebowski”, nos fez ver o desespero de tentar seduzir o seu vizinho gay em “Direito de Amar”, nos fez sofrer com “Pecados Inocentes” e está em 5 dos filmes citados acima! E os atores? Quais são os homens do mundo do cinema que romperam as barreiras do sexo nas telas? Então, aí está uma das coisas que eu nunca entenderei deste mundo cinematográfico, retirando o caso James Spader, porque a resposta é: qualquer um que queria deixar de ser o namoradinho da América para se transformar no Gala cinematográfico padrão. Porque a lista pode ser bem simples e longa. Mas lembrem que muitos têm cenas de sexo, mas a tensão sexual é muito maior nos diálogos, pensem por exemplo em: Tom Cruise antes e depois de “Entrevista com o Vampiro” Richard Gere antes e depois de “Gigolô Americano” George Clooney antes e depois de “Irresistível Paixão” Robert Redford antes e depois de “Entre Dois Amores” Este artigo poderia continuar com muitos mais nomes marcantes e maneiras diferentes de ver o sexo e o que é mais aceito ou não nas telas de cinema. Até porque aqui só coloquei metade de uma lista pensada para tentar explicar o que é esse tabu nos filmes. Mas no final acabamos com a sensação de que o tabu no cinema já não existe como antigamente e mesmo naquela época sempre havia os transgressores que buscavam não só chocar, mas mostrar como o mundo e a diversidade sexual pode nos deixar belas historias. Ou não, e para isso a lista de filmes com bizarrices sexuais poderia ser tão grande ou maior que esta. Mas isso fica pra outras páginas.
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about | retail
Moda + arquitetura O designer de calçados Stuart Weitzman pediu à icônica arquiteta iraquiana Zaha Hadid para criar o novo conceito de suas lojas. Contudo, apenas cinco endereços – dos mais de 100 pontos de venda próprios espalhados pelo mundo – contarão com a visão inovadora da arquiteta. Depois de Milão e Hong Kong, Roma, Beijing (Pequim) e Nova York estão entre as prioridades da marca.
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A flagship store de Milão fica no número 10 da sofisticadíssima Via Sant’Andrea. Ela faz parte do famoso quadrilatero della moda, região do comércio de luxo da cidade, juntamente, com a Via Montenapoleone, a Via della Spiga, a Via Manzoni e a Corso Venezia. O endereço foi escolhido como o local de estreia para o novo design das lojas por sua reputação como um dos destinos de compras mais desejados do planeta. O espaço com 280m² é um verdadeiro marco no varejo de calçados. Nele, é possível perceber a ideia marcante de “arte total” – mesma essência do art nouveau. Zaha Hadid estabeleceu ali os princípios formais que deverão ser repetidos em outras lojas – o que já aconteceu em Hong Kong. A proposta é um diálogo fluido e vital entre a geometria e a matéria, criando um ritmo absolutamente irresistível do piso ao teto. Tudo isso balizado por fundamentos de ergonomia e funcionalidade. A arquiteta dividiu o conceito de design da Stuart Weitzman em elementos invariantes e adaptativos. Isto permite a cada projeto estabelecer interações específicas em outras localidades ao redor do mundo, contudo, sem perder as diretrizes capazes de permitir que cada endereço possa ser reconhecido como um espaço característico da marca. Flagship - ou carro-chefe é um termo naval que significa “o mais importante membro ou líder de um grupo”. A expressão tem uso metafórico no varejo e outros segmentos. É usada como adjetivo que determina o produto mais relevante ou altamente considerado, local ou serviço, oferecidos por uma empresa, por uma marca. Uma flagship store é algo como a “loja âncora” ou “loja conceito” de uma rede de varejo. 59 I aboutshoes.com.br
Firmado em uma paleta de pigmentos monocromáticos sutis, o projeto cria uma paisagem interior a ser descoberta. Curvas, dobras e reentrâncias foram moldadas a partir da visão inovadora e única de Hadid. A justaposição destes elementos distintos define as diferentes áreas da loja e pretende apurar o relacionamento entre o cliente e a coleção. O resultado é uma verdadeira experiência espacial garantida por uma combinação complexa de tecnologias de construção e acabamentos. Os expositores modulares curvos – que também servem de assento – e os elementos de visualização independentes que foram construídos a partir de fibra de vidro e banhados em ouro rosa, capturam os olhares. Já a precisão das complexas linhas sinuosas, que dominam o ambiente, gera pontos focais e outras áreas de exposição. A fantástica iluminação e outras inovações, tal como as telas com sensores de presença que se transformam em espelhos funcionais, contribuem para esta ser uma experiência de varejo one-of-a-kind. A colaboração com Zaha Hadid Architects é um componente importante da expansão de varejo global estratégico da marca Stuart Weitzman no setor de luxo. Mas não só isso, o escritório e a marca pretendem, ainda, reinventar a relação que existe entre moda e arquitetura. E ao que tudo indica estão no caminho certo.
Por LUCAS MARTINS DE MELLO
Dockside DIVERSテグ e peep toe ORTOPASSO
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Sandalinha KIDY
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Bonequinha KLIN
Jaqueta, tric么 e bermuda SQUAD. T锚nis DIADORA
Casual PIPPER
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Sandália MENINA RIO e sapatilha PAMPILI
T-shirt RICHARDS, tricô ZARA, calça ELLUS, calçado e mochila FREEWAY
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Do alto: KLIN e KIDY
Camisa polo FRED PERRY, Bermuda SQUAD, abotinado KILDARE e mochila NORDWEG 66 I aboutshoes.com.br
Casual PIMPOLHO T-shirt e calรงa CALVIN KLEIN, moletom JOHN JOHN e casual M. OFFICER
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about | TRENDS
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1. Kea 2. Bibi 3. Kidy 4 e 5. Ortopé 5. Le Fantimy 6. Ortopasso 7. Pitchos
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pezinhos arejados As sandálias para os meninos são charmosas, confortáveis e trazem atributos funcionais. Fechamentos com fivelas e velcros dão o acabamento em materiais macios e resistentes. 6
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about | TRENDS
Verão delicado Nos tênis, sandálias e sapatilhas, as meninas apostam nos detalhes para deixar a temporada mais charmosa. Laços, brilhos, pedrarias ou materiais metalizados estão entre os favoritos do período.
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1. Ortopasso 2. Diversão 3. Bibi 4. Kidy 5. Bibi 6. Amoreco 7. Ortopé 6
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Por CARLOS CONTRERAS
Camisa ADIDAS, t-shirt TRITON, callรงa JOHN JOHN, cinto CARMIM e casual abotinado KILDARE
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T-shirt CALVIN KLEIN, windbreaker FILA, calรงa DIESEL e casual PEGADA 71 I aboutshoes.com.br
Jaqueta, tric么 e bermuda SQUAD. T锚nis DIADORA
Casual PIPPER
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T-shirt RICHARDS, tricô ZARA, calça ELLUS, calçado e mochila FREEWAY
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Parka, t-shirt e bermuda SQUAD. Mocassim FREEWAY
Casaco MANDI, camisa BASE, calรงa CARMIM e casual PIPPER
Camisa polo FRED PERRY, Bermuda SQUAD, abotinado KILDARE e mochila NORDWEG 76 I aboutshoes.com.br
T-shirt e calça CALVIN KLEIN, moletom JOHN JOHN e casual M. OFFICER
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Fotografia: Carlos Contreras | style: Julio Rossi | beauty: Diego Marcon |Assistente de Fotografia: Márcio Gonçalves | Modelo: Lucas Kehl (Ford Sul) | Agradecimentos: Grupo Moda Viva – Caxias do Sul
Poster art by Luis Saguar
about | PRÊMIO
Iniciativas reconhecidas A segunda edição do Prêmio Direções Abicalçados, em abril, ressaltou empresas com as melhores práticas nas categorias de Marketing, Industriais, Design e Internacionais, premiando estratégias que impulsionam o desenvolvimento do setor calçadista.
O momento é de maturidade da indústria calçadista nacional, declarou o presidente-executivo da Associação Brasileira das Indústrias de Calçados (Abicalçados), Heitor Klein. “É importante destacar aqui as empresas e personalidades que encontram nesta atividade a realização do seu empreendedorismo e de suas carreiras profissionais”, disse o executivo. O intuito da premiação é tornar as boas práticas, evidenciadas com este reconhecimento, exemplos e modelos para outras empresas e profissionais engajados no processo de desenvolvimento da competitividade do setor calçadista nacional. Entre os cases vencedores, alguns se destacam pela inteligência comercial, outros pelas estratégias industriais e de produtividade, e alguns apontam essencialmente a criatividade que norteia lançamentos de campanhas e, de modo especial, produtos. A Kidy, indústria de
calçados infantis de Birigui/SP, venceu na categoria design pelo lançamento do inovador tênis Sticky, um calçado que aumenta de tamanho, atendendo a duas numerações. Na mesma categoria, mas dentro do segmento empresa de micro/pequeno porte, a vencedora foi a Usthemp, de Lageado/RS, que apresenta um calçado com design criativo, utilização de matéria-prima sustentável (jeans) e conquista os consumidores por um alinhamento aos desejos do momento. Na premiação de marketing, a marca Jorge Bischoff levou o prêmio pela campanha Celebration, uma ação integrada que teve a presença do designer como o articulador entre os públicos, valorizando o ofício de sapateiro como a essência de uma grife de calçados. Na mesma categoria, em grande empresa, a Rafarillo ganhou com a ação que tem como ponto central a figura do jornalista esportivo Milton Neves.
Confira a lista dos vencedores Direções de Design Médio/grande porte: Kidy Birigui Calçados Indústria e Comércio Ltda Micro/pequeno porte: Usthemp Indústria e Comércio de Calçados e Confecções Ltda Direções de Marketing Médio/grande porte: Rafarillo Indústria de Calçados Ltda Micro/pequeno porte: Bischoff Creative Group Direções Industriais Médio/grande porte: Calçados Bibi Ltda Micro/pequeno porte: Indústria de Calçados Dian Pátris Ltda
Direções Internacionais Médio/grande porte: Amazonas Produtos Para Calçados Ltda Micro/pequeno porte: Ghetz Exportadora e Importadora Ltda Destaque Direções Jornalista: Camila da Veiga da Silva – Jornal Exclusivo/Grupo Sinos Projeto de Sustentabilidade: Sindicato da Indústria de Calçados, Componentes para Calçados de Três Coroas – Conhecimento Nunca é D+ Sindicato: Sindicato da Indústria de Calçados de Igrejinha Personalidade do Setor: Anderson Birman - Arezzo
about | men’s trends
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Das passarelas para as ruas: os modelos abotinados são os preferidos dos designers mais modernos. Tendência que pode ser aplicada para os mais diferentes estilos de calçados. 1. M Officer 2.Mormaii 3.Cavalera 4.Freeway 5.Kildare Billy Reid| Christopher Raeburn | Prada | Missoni | Kenso
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Tudo azul A cartela de azuis tem feito grande sucesso entre os homens. O motivo certamente estå na facilidade de compor peças com diferentes nuances do pigmento. O total look Ê mais que moderno. 1. Golden Goose 2. J Crew 3. Kildare 4. Majestic 5. Dolce & Gabbana 6. Cavalera 7. Vilebrequin 8. M. Officer 9. Paul Smith 10. Diadora 11. Girard Perregaux 12. Balmain 13. Maison Martin Margiela 14. Etro 15. Pegada 16. Freeway 17. Paul Smith 82 I aboutshoes.com.br
GECO NIHCHKE
STYLIST
WWW.GECONIHCHKE.COM.BR
FOTO: RICARDO HEGENBART
A primavera-verão 2014 | 2015 mostra-se uma estação criativa – em muitos casos surpreendente – e cheia de alternativas. Um verdadeiro antídoto para a morosidade da última temporada fria e sua grande oferta de commodities. Esta ruptura garante à moda um ar fresco, um ar renovado. E os designers estão perfeitamente conscientes que precisam equilibrar suas criações – equalizando conteúdo e o uso – e oferecer o que há de mais extraordinário dentro de seus limites. As principais tendências buscam referências nas artes, nos esportes, no folclore e em uma atitude romântica renovada por uma postura bastante sensual. A forma feminina é celebrada naturalmente nas coleções. Uma figura relaxada, mas extremamente elegante, toma conta do período em versões ora claramente minimalista, ora declaradamente maximizada por elementos estruturais e decorativos. E esta é a ordem dada a tudo que está relacionado com a moda na estação, incluindo calçados, bolsas e acessórios. Por Júlio Rossi
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shiny happy people O caminho para a felicidade – e para um estilo extra glam – é brilhar! Este foi o recado dado pelos estilistas em muitas coleções. Tecidos com alto brilho e decorações iridescentes deixam a primavera-verão ainda mais quente.
Altuzarra
Christian Dior
Lanvin
Marc Jacobs
Rochas
Tom Ford
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stamping me As estampas permanecem em grande alta na moda primavera-verão 2014 | 2015. Entre as opçþes, encontramos as eternas padronagens de flores, geometrias diversas, pequenos animais, folhagens e motivos tribais.
Derek Lam
Dries van Noten
Miu Miu
Nina Ricci
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moda arte Prepare suas tintas, pincéis e latas de spray! Nesta temporada, a moda busca inspiração na arte. Art nouveau, pop art, arte de rua, arte clássica... Uma tendência chave que deverá ser sentida também no próximo outonoinverno 2015.
Nina Ricci Céline
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sportif Guarde esta tendência: os esportes irão influenciar a moda por temporadas. Sua presença sobre as passarelas é marcante e traz o universo de cores, materiais e detalhes, das quadras, pistas, raias e ginásios para a roupa nossa do dia-a-dia.
Gucci
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Christopher Kane
Proenza Schouler
Pleats please A forma como eles apareceram sobre as passarelas é um verdadeiro mistério. Os plissados tornaram-se os mais improváveis musos da moda nesta temporada. Aparecem em vestidos, saias e são propostos na diagonal, na vertical, em forma radial, em seda, tule ou couro.
Sonia Rykiel
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Giambatista Valli
Rachel Zoe
romantic sheer A formatação tradicional do romântico foi alterada pelos designers nesta temporada. A ordem agora é misturar uma boa dose de sensualidade aos looks com esta atitude. Ah! Uma boa dose de transparência é recomendada para um resultado mais que surpreendente.
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Nina Ricci
As coleções masculinas da primavera-verão 2014|2015 apresentadas em Londres , Milão e Paris primam pela diversidade – pela diversidade criativa – em que o conforto é o mediador em muitas propostas. A odisséia estética dos homens parece ter sido mantida por designers que levam o estilo do gênero a novos limites e se recusam a estabelecer como regra seus estereótipos... Algumas marcas bastante tradicionais foram obrigadas a rever seu DNA para não ficar longe desta nova ordem. Com os códigos renovados, a figura proposta é forte – quase intimidadora – extremamente sedutora e tem nas estampas florais a base para um acento romântico, em período em que a energia atlética e o conforto, também, são fatores considerados.
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Alexander McQueen
Junya Watanabe
in bloom As estampas florais são uma das principais características da moda masculina do período. Há um pouco de tudo e tudo pode ser misturado à vontade, sem restrições. O look total flower é tão moderno quanto perigoso.
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Prada
Gucci
relaxed suit Uma evolução? Uma revolução? Após quase uma década de trajes extremante estruturados, os propostos para a primavera-verão 2014 | 2015 trazem um conforto flagrante à primeira vista. Sinal dos tempos... Há mais espaço dentro dos paletós e das calças.
Nina Ricci Z Zegna
Gucci
Salvatore Ferragamo
Kris Van Assche
the jacket A influência esportiva é notória também no guarda roupas dos homens. Além da bomber jacket – que se mantém em forma há várias temporadas – as jaquetas com acento náutico fazem bonito no período
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Emporio Armani
Givenchy
Kris Van Assche
Jil Sander
big shorts Depois do tamanho reduzido de outras estações, os shorts recuperam alguns centímetros nas bainhas. Estes verdadeiros bermudões – amplos e que beiram a altura dos joelhos – são sinônimo de modernidade absoluta.
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about | beauty
simples assim... Entre as semanas de moda internacionais – lançamentos que inspirarão nosso outono-inverno 2015 – uma nova palavra ecoou entre os iniciados: normcore. É um fenômeno contracultural identificado por uma empresa de previsão de tendências chamada K-Hole que preconiza um “anti-estilo”, o termo é usado para distinguir aqueles que se vestem de uma maneira totalmente convencional. Em termos de moda, normcore é exatamente isto: design sem detalhes e anônimo. Segundo as análises, há uma exaustão na tentativa de parecer diferente. “As pessoas estão realmente cansadas da obrigação de parecerem diferentes de todos ao seu redor”. A atenta designer Miuccia Prada já entrou
de cabeça na onda do normcore, pelo menos, no que se refere à beleza de seu desfile fall 2014. A inspiração veio da fusão dos mundos de Luchino Visconti e Pina Bausch. O hair dresser Guido Palau criou o coque de bailarina prestes a entrar no palco, e a beauty artist Pat McGrath, carregou os cílios das modelos com uma espessura amadora... Já um toque de sombra azul aplicado nas pálpebras de maneira descompromissada confere um ar hiper-normal. Para dar um toque final normcore, McGrath deixou os modelos pintarem seus próprios lábios de vermelho, isto para criar uma impressão de realidade –“tingidos com um toque de imperfeição”.
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about | directions
A
ALA (48) 3939-3000 www.calcadosala.com.br Amoreco (51) 3067-4636 www.amorecokids.blogspot.com.br Anna Gouveia (51) 3587-8797 www.annagouveia.com.br Anzetutto (51) 3587-2491 www.anzetutto.com.br Azaleia (51) 3543-1000 www.azaleia.com.br
B
C
Cavalera (51) 3582-2329 www.cavalera.com.br Cecconello (51) 3546-8100 www.ceconello.com.br Contramão (48) 3265-0112 www.contramao.com.br CRAVO E CANELA (51) 2101-0700 www.cravocanela.com.br Crysalis (51) 3546-8400 www.crysalis.com.br
DAKOTA (54) 3281-8090 www.dakota.com.br DIADORA (51) 3035-4500 www.diadora.com.br Diversão (54) 3285-2030 www.calcadosdiversao.com.br
E
EMME (54) 3285-1480 www.emme.com.br Esdra (51) 3551-0203 www.esdradesign.com.br
P
Freeway (16) 3711-7000 www.freewayshoes.com.br
G
Pampili (18) 3643-2300 www.pampili.com.br Pegada (51) 3393-2700 www.pegada.com.br Pipper (16) 3712-6100 www.pipper.com.br PITCHOS (18) 3645-7333 www.pitchos.com.br
GUILHERMINA (51) 3599-4290 www.guilhermina.ind.br
I
I LOVE FLATS (51) 3097-0059 www.iloveflats.com.br
Ballasox (51) 3038-3333 www.lojaballasox.com.br BARBARA KRÁS (48) 3265-6900 www.barbarakras.com.br Bebecê (51) 3546-8000 www.bebece.com.br BEIRA RIO (51) 3584-2200 www.calcadosbeirario.com.br Bibi (51) 3512-3344 www.bibi.com.br Bottero (51) 3543-5400 www.bottero.net Bull Terrier (16) 3720-0211 www.bullterrier.com.br BRADDOCK (16) 3713-3100 www.braddock.com.br
D
F
Ortopé (51) 3065-9900 www.ortope.com.br
K
kea (18) 3644-4955 www.kea.com.br Kidy (18) 3643-2500 www.kidy.com.br Kildare (51) 3593-7833 www.kildare.com.br Klin (18) 3643-7000 www.klin.com.br KOWRO BAGS (34) 3338-3527 www.kowro.com.br
R
Rafitthy (51) 3598-4300 www.rafitthy.com.br RENATA MELO (48) 3265-6800 www.suzanasantos.com.br
S
Século XXX (48) 3265-6100 www.seculoxxx.com.br Suzana Santos (48) 3265-6800 www.suzanasantos.com.br
T
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TABITA (51) 3545-1600 www.tabita.com.br Tches (51) 3273-8512 www.tchesbrazil.com
LANÇA PERFUME 0300 140 6900 www.lancaperfume.com.br Linea Bella (51) 3583-2028 www.lineabella.com.br Levine (51) 3546-3086 www.levine.com.br Loucos e Santos (51) 3549-9300 www.loucosesantos.com.br Luxfor (51) 3565-2223 www.luxfor.com.br
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Verazzi (51) 3565-1559 www.verazzi.com VIRENZZA (18) 3021-1074 www.virenzza.com.br Vizzano (51) 3584-2200 www.vizzano.com.br
M
MENINA RIO (48) 3265-1100 www.meninario.com.br Mississipi (54) 3281-8080 www.mississipi.com.br M.OFFICER (51) 3035-1004 www.mofficer.com.br MORMAII (51) 3035-4500
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Werner (51) 3546-7123 www.wernercalcados.com.br Wirth (51) 3564-8000 www.wirth.com.br
N
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O
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Beyond fashion
Charles James foi um costureiro que consegui ver materializar suas exigências pessoais em cada peça, cada detalhe, cada ponto. Cristobal Balenciaga – que diga-se de passagem não era dado a elogios – considerou James em sua época “o único no mundo que tem elevado a couture de uma arte aplicada para uma arte pura”. Já Christian Dior o chamou de “o maior talento da minha geração”, além de ter creditado a ele a inspiração para o seu New Look. No entanto, James não é lembrado – não foi imortalizado – como Chanel ou Yves Saint Laurent, apesar de ter sido um destes pragmáticos revolucionários que desempenham um papel descomunal na história da moda, mudando a maneira como as mulheres se vestem. O “America’s First Couturier” era inglês e entre idas e vindas, daqui e dali, passou um tempo estudando em Paris – 1930 – mas foi principalmente um designer autodidata, princípio que o responsabilizava contundentemente por suas criações e o que lhe dava uma fé messiânica em sua singularidade. Poderia levar até dois anos para entregar uma peça, caso ela não estivesse ao seu gosto, caso não estivesse perfeita. Sua obsessão pelo apuro permitia, inclusive, dispensar certas clientes quando acreditava que elas não o levariam ao seu ideal. Não era maldade ou esnobismo, era puro profissionalismo. O jovem James era um vanguadista, sua alfaiataria engenhosa contava com cortes “off-grain” (enviesados), costuras deslocadas, drapeados assimétricos e detalhes que são impossíveis de serem
revelados em uma fotografia. Cecil Beaton – um de seus grandes amigos – até tentou, mas conseguiu captar “apenas” a fantasia de sua criações. Sua genialidade total era reservada para as poucas mulheres que vestiam suas roupas. Em quatro décadas, ele entregou somente 2 mil peças. Neste mesmo período, o atelier de Balenciaga confeccionou 12.000 conjuntos. O designer considerava a figura feminina imperfeita, “intrinsecamente errada”. Com um senso de proporção quase sobrenatural, passou a corrigir as suas “falhas” com recursos técnicos e estéticos. Através dos tempos, idealizou formas inovadoras que modificavam a silhueta criando anatomias surpreendentes. Mas James, normalmente, não recebia o crédito por suas apostas. Ele propôs a famosa linha “A” dez anos antes de Saint Laurent desenhá-la para a Dior. Com uma vida agitada – gastava mais que faturava – Charles Wilson Brega James morreu pobre, devendo 6 meses de aluguel, sem terminar o livro de memórias que estava escrevendo – pretendia chamá-lo “Além da moda” – e sozinho... Toda a saga deste escultor de roupas – segundo ele próprio: o maior costureiro no mundo ocidental – está na nova mostra do MET (Charles James Beyond Fashion), em Nova York. Além das raríssimas peças expostas em um “ball room” que ilustram toda sua trajetória, há esboços, manuscritos, simulações em 3D e braços robóticos que escaneiam suas criações mais fantásticas. A exposição pode ser vista até 10 de agosto de 2014. www.metmuseum.org
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