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NSI NÚCLEO DE SERVIÇOS INTEGRADOS Ano 16 - nº 94 AUTOP 2022 SUCESSO DE PÚBLICO E NEGÓCIOS • Conheça os novos Fiat FastBack, Hyundai HB20 e Honda HR-V • A saúde dos motoristas e a segurança do tráfego • Tecnologia e conforto estão chegando na linha pesada CADERNOCONFIRASSA

Conta-giros

Tecfil nomeia Thomas Bärmann como CEO

A Tecfil, uma das maiores fabricantes de filtros automotivos da América Latina, anunciou a contratação de Thomas Bärmann como CEO (Chief Exe cutive Officer). O executivo será responsável por desenvolver estratégias, impulsionar a inovação e implementar novas iniciativas para dar suporte ao crescimento da empresa. Nascido na Alemanha, Bärmann é engenheiro mecânico formado pela universidade Fachhochschule Nürnberg e tem MBA em Gestão Empresarial pela ESPM.

Monroe apresentou amortecedores e novas tecnologias na Autop 2022

Os visitantes da 17ª edição da Autop puderam conferir os últimos lançamentos de amortecedores para as linhas leve e pesada da Monroe para modelos das marcas General Motors, Toyota, Mercedes-Benz, Volkswagen e Fiat. A empresa também expôs as novas tecnologias de componentes como bieleta, bucha de barra estabilizadora, coxins para amortecedor, terminal axial, buchas, kit reparo para junta homocinética e kit para amortecedor. A participação na Autop incluiu ainda uma palestra de Juliano Carreta, supervisor de treinamento da Monroe e Monroe Axios, sobre as novas tecnologias em suspensão e amortecedores.

Dana levou nova linha de lubrificantes para a Autop 2022

Fornecedora de sistemas originais de transmissão e sistemas de pro pulsão eletrificados, a Dana trouxe para o mercado de reposição uma nova linha de óleos lubrificantes Spicer para eixos diferenciais. Lança dos na Autop 2022, os produtos, de acordo com a empresa, foram “de senvolvidos para atender as mais rígidas especificações e garantem máxima proteção para engrenagens, rolamentos e retentores, além de economizar combustível e reduzir as emissões de CO2”.

ZF Aftermarket lança cilindro de embreagem da TRW

Como parte da ampliação do portfólio da marca TRW, a ZF Aftermarket anunciou o lançamento de um cilindro mestre de embreagem para a li nha pesada. O componente pode ser aplicado em ônibus, micro-ônibus e caminhões Worker da VW Caminhões e Ônibus equipados com motores Cummins, MAN e MWM (tanto Euro 3 quanto Euro 5) e que tenham sido fabricados a partir de 2004.

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Conta-giros

Sampel lança 40 itens para suspensão automotiva

O portfólio da Sampel recebeu novos itens na linha de suspensão. Os lançamentos incluem buchas, suporte do amortecedor, limita dor de torção, bucha do eixo, suporte do câmbio e kit amortecedor com rolamento. Segundo a empresa, os produtos atendem diver sos modelos e estão disponíveis para consulta no catálogo online e no catálogo eletrônico. As informações podem ser obtidas no endereço www.catalogosampel.com.br

Schaeffler mostra inovações em feira mundial

Em sua primeira participação como expositora na IAA Transportation, feira global do setor de transporte e logística, a Schaeffler apresentou soluções com foco na preservação do meio ambiente. Seus produtos incluem acionamentos elétricos para motocicletas, eixos elétricos para picapes de até 7,5 toneladas e sistemas e componentes para ele trificação de grandes caminhões. Outro foco é o uso de células de combustível no setor de logística para longas distâncias.

Meritor completa 12 anos de presença na Copa Truck

A Meritor Brasil, fabricante de eixos e sistemas de drivetrain, alcançou a marca de 12 anos de presença na Copa Truck. De acordo com Fernando Martinez, engenheiro especialista de produto da empresa, ela contribuiu, durante este período, com melhorias significativas para a competição. Uma delas foi a redução de mais de 100 kg no peso geral dos veículos que usam seus equipamen tos. “Desenvolvemos carcaças especiais, diferenciais menores e mais compactos, semi-eixos e extremidades mais leves e cardans mais robustos, trazendo para as pistas o nosso conhecimento, além de reter muito aprendizado com a categoria”, afirma.

Nakata informa atualizações de produtos

A Nakata disponibilizou para download as tabelas com seus produtos após a última atualização. De acordo com a empresa, são mais de 40 itens, entre modelos de cruzeta, bieleta e ban deja. Os arquivos com as informações podem ser acessados no endereço catalogonakata.com.br.

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Conta-giros

Driveway celebra aniversário de 70 anos

A indústria de autopeças Driveway aproveitou o pe ríodo de realização da Au top 2022 para celebrar em Fortaleza uma data impor tante: suas sete décadas de atuação no mercado. Para marcar a comemoração, a empresa ofereceu um al moço para seus principais clientes e para represen tantes de empresas do se tor automotivo da região Nordeste. Os convidados foram recebidos por Paulo Mosna, diretor comercial da Driveway, e Olympio Piolla, gerente nacional de vendas.

Corteco realiza logística reversa de embalagens

A Corteco, marca do Grupo Freuden berg e uma das principais fornecedo ras de componentes para o mercado automotivo de reposição, está reali zando logística reversa das embala gens de seus produtos em parceria com a Eureciclo, uma das principais certificadoras de logística reversa do país. Com essa iniciativa, a empresa já reinseriu na sua cadeia produtiva 9,29 toneladas de embalagens em um ano.

A Trizeta da Volda é diferenciada

Para Agnaldo Aparecido Pereira, analista de pesquisa e gestão de portfólio: “As trizetas (tripeça ou tripoide) da marca Volda são confeccionadas com o mais alto padrão de qualidade, utilizando como matéria-prima aço carbono de alta resistên cia a abrasão e deformação, atendendo a várias normas como a ISO, a IATF etc. Os rolamentos utilizados têm formato de agulha, o que aumenta a resistência à carga mecânica, diminuindo a fadiga e aumentando a durabili dade. Nossas trizetas também possuem identificação do lote de fabricação, possibilitando o rastreamento desde a produção até chegar ao nosso cliente. Maria Caldas, su pervisora do setor de qualidade conta as novidades dessa peça para esse ano: “No ano de 2022, buscamos aumen tar nosso portfólio de atendimento, visando atender de forma gradativa modelos com grande circulação nacional, destacando lançamentos de trizetas para o novo Polo 1.0 TSI, Nissan Kicks 1.6 CVT e o Virtus 1.0 e 1.6.”

Uma dica da Volda sobre a trizeta é que com o passar do tempo, quanto mais o carro roda, não estranhe se esta peça apresentar sinais de desgaste. Em alguns casos, é possível sentir oscilações quando o veículo está aci ma de uma certa velocidade, podendo ser confundida com a necessidade de ali nhamento e balanceamento. Se o problema for o desgaste da trizeta, fique atento, pois se ela escapar da tulipa pode até causar um buraco na parte em que a roda motriz do câmbio está situada e causar grande prejuízo.

Conta-giros

Marelli apresenta nova geração de sistema de partida

A Marelli apresentou a nova geração do seu sistema de partida a frio ECS (Ethanol Cold System). Segundo a empresa, o produto trou xe redução de custos, conta com novos itens de segurança e mantém o sistema aquecido den tro dos níveis de emissões exigidos pela legis lação. A primeira versão do sistema de partida a frio da Marelli foi apresentada no Brasil em 2007 e sua estreia ocorreu em 2015, equipando os motores FireFly da Fiat. O recurso garante que motores de veículos abastecidos apenas com etanol funcionem sem problemas em dias mais frios, com temperaturas de até 8°C negativos.

Monroe Amortecedores fez sessão de autógrafos na Autop 2022

Os visitantes que passaram pelo estande da Monroe no dia 18 de agosto, durante a Autop 2022, puderam conversar e ganhar um brinde autogra fado do piloto de testes Cesar Urnhani. O apresentador e palestrante fez o lançamento do seu livro “A Fonte” em duas sessões de autógra fos durante a feira. Segundo a Monroe, a região Nordeste é estratégica para o seu plano de crescimento e conta com 989 pontos de vendas.

Dana destaca qualidade dos braços de suspensão Spicer

Segundo a indústria de componentes automotivos Dana, os braços de sus pensão Spicer, que fazem parte do seu catálogo de produtos, “oferecem total confiabilidade ao mercado de reposição, garantindo procedência de renome internacional ao varejista e excelente qualidade ao reparador na hora da manutenção veicular”. Também conhecido como braço oscilante, esse componente promove a união entre o chassi e a suspensão que su porta a roda, controlando a geometria do veículo em movimento. “É quase imperceptível para os leigos, mas desempenha papel crítico na segurança e conforto dos motoristas”, ressalta a Dana.

ZM levou para a Autop linhas elétrica, de direção e suspensão

A ZM, fabricante de relés de partida, alternadores, polias, induzidos, rotores, es tatores, fixadores, cruzetas e motores de partida, apresentou na Autop, pela pri meira vez para a região Nordeste, sua linha mecânica. Lançada recentemente, ela é composta por parafusos e porcas de roda e itens do sistema de suspensão como bieletas, pivôs de suspensão e terminais axiais e de direção. “Sabemos que as regiões Norte e Nordeste são importantes polos de fabricação de veícu los e consumo de autopeças, por isso, acreditamos ser muito importante estar presente nesse momento de retomada, indo de encontro ao público presencialmente para que ele possa conhecer as novas linhas”, ressalta Poliana Zimmerman, coordenadora de Marketing da ZM.

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Conta-giros

Universal Automotive Systems destaca produtos de limpeza

Usada nas peças metálicas contra ferrugem, umidade ou oxida ção, a linha de produtos da UNI1000, marca do Grupo Universal Automotive Systems, auxilia no desempenho e na manutenção do automóvel. Disponível tanto para mecânicos quanto para proprie tários de veículos, ela inclui desengripante, descarbonizante, si licone, limpa contatos, graxa multiuso e álcool em gel - todos em embalagens de 300 ml aerossol.

Novum e Lubrax juntas no Ceará, Maranhão e Piauí

A Vibra, responsável pela marca de lubrificantes Lubrax, informou que des de do último dia 1º de outubro a Novum Distribuidora, com sede em Fortaleza (CE), passou a ser distribuidor autorizado e exclusivo para re presentar toda a linha Lubrax. Ela também será responsável pela comercialização dos lubrificantes e por todo o processo ao público atacadista e aos postos de combustíveis da marca nos estados do Ceará, Maranhão e Piaui. Com o foco exclusivo da força de vendas da Novum, os resultados e a agilidade serão ainda melhores. Para mais informações acesse o QRCOD.

Continental tem nova coordenadora de vendas

A Continental, empresa que desenvolve tecnologias e serviços em mobilidade sustentável, anunciou a executiva Gabriela Pavanelli como nova coordenadora de vendas do Departamento Comercial. Depois de oito anos liderando o setor de marketing da companhia, a profissional terá sob sua responsabilidade a administração das áre as de vendas, clientes e representantes regionais do aftermarket da divisão ContiTech. Esta última, comandada por Paulo Lira, que tem o cargo de Sales Manager Automotive Aftermarket South America.

O Catálogo Online Busca Na Rede e as ferramentas em sua plataforma

O sistema conta com relatórios de pesquisas de produtos não encontrados pelos usuários. Assim, a empresa pode ter a oportunidade de oferecer esses produtos buscados. Outra ferramneta é a busca de produtos por placas de automóveis padrão ou Mercosul. A plataforma destaca que consulta por placa apenas auxilia na pesquisa de produtos compatí veis com a montadora, modelo e ano. Por isso, as características do veículo devem ser sempre levadas em consideração na hora de procurar por produtos adequados. www.buscanarede.com.br

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Do projeto à realidade: conheça a história de Cláudio e Liana Holanda, da Sertões Off Road, referência no segmento de reparação automotiva

Ajudar no desenvolvimen to dos empreendimentos é o objetivo do Sebrae e o Selo de Qualidade é uma das ini ciativas criadas para que isso se concretize. Ele foi lançado para avaliar o nível de maturidade do Sistema de Gestão dos negó cios participantes e contribuir para a melhoria de desempenho dos processos, de qualidade no atendimento aos clientes e de padrões de segurança e susten tabilidade nas empresas.

Ao longo dos anos, empresas de diversos segmentos foram con templadas com o projeto e se tor naram casos de sucesso, a exem plo da Sertões Off Road, oficina mecânica com foco em 4x4 e afins, com atuação em Fortaleza/CE. Convidamos o casal Cláudio Ho landa (conhecido no mercado como Cláudio Toyota) e Liana Holanda, sócios da Sertões Off Road, para falar sobre a experiência de ter o Sebrae/CE como parceiro nessa história de pioneirismo no segmen to de reparação automotiva.

Conhecimento e prática: caminhos para a transformação

Cláudio relatou que a Sertões Off Road já existe há mais de duas dé cadas e o ponto de partida foi dado com o apoio de pessoas que aju daram o projeto a sair do papel.

Afinal, foi com esse auxílio que ele teve condições de criar a oficina, comprar os materiais necessários e sair do antigo emprego para dar continuidade ao seu sonho.

Nesse sentido, Liana Holanda aproveitou para mencionar o Sebrae como uma parceria es sencial durante essa trajetória.

Foi a partir dos treinamentos e consultorias que ela conseguiu sistematizar o funcionamento da empresa para gerar respostas rápidas e certeiras.

Além disso, Liana destacou o potencial que os especialistas do Sebrae têm em mostrar no vos caminhos. O contato com a equipe foi fundamental para que a empresa implementasse so luções tecnológicas e saísse à frente da concorrência, servindo como referência.

Em sua fala, Cláudio resumiu a iniciativa do Sebrae em duas pa lavras: transformação e assertivi dade. Ele reforça que esse apoio recebido ao longo dos anos foi fundamental para tomar decisões bem pensadas e com foco nos ob jetivos estabelecidos.

O casal ratificou que o Selo de Qualidade Sebrae contribui para um melhor direcionamento do negócio, funcionando com um

programa de validação e chancela fundamental para que o mercado se torne cada vez mais evoluído. O empreendimento de Cláudio e Liana foi o primeiro a ser certi ficado com o Selo no segmento de reparação automotiva. Essa conquista, segundo Cláudio, fez com que empresas concorrentes enxergassem a Sertões Off Road como uma referência no setor.

O Selo de Qualidade Sebrae junto ao crescimento de pequenas empresas

O Selo de Qualidade Sebrae atuava, inicialmente, com foco em empreendimentos de hospe dagem, alimentação fora do lar e eventos, e expandiu seu alcance para pequenos negócios nos seg mentos de saúde e bem-estar e reparação automotiva.

Deseja fazer parte desta revo lução corporativa? Fique atento ao site do Sebrae e inscreva-se quando as vagas estiverem aber tas novamente! Para saber mais, ligue para a central de serviços no número 0800 570 0800.

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A QUALIDADE DE UM Distribuidor autorizado Tecnologia de produtos originais para montadoras, com competitividade e agilidade também para o mercado de reposição. SE APLICA! PRODUTO ORIGINAL NÃO SE DISCUTE www.pecicero.com.br Faça revisões em seu veículo regularmente.

Brasileiros na Alemanha

Maior feira de autopeças do mundo, a Autome chanika Frankfurt, re alizada na Alemanha entre os dias 13 e 17 de setembro, teve a sua edição de 2022 marcada pelo retorno dos contatos face a face. Após o cancelamento em 2020 e uma edição compac ta em 2021 devido à pandemia, o evento deste ano reuniu 2.800 empresas de mais de 70 países. Os representantes das 33 em presas expositoras do pavilhão brasileiro (ABR, Aesa, Ampri, Au tolinea, Brasfit, Centralsul, Click Automotiva, Durametal, Farj, Hes cher, IAM, Iguaçu, Indisa, Marília, Maringá, Master Power, Mecpar, Metalmatrix, MIC, Mobensani, Partium, Progeral, Quinelato, Ra nalle, Reserplastic, Rio Riosulen se, Sampel, Shana, Suporte Rei, Thor, Vannucci e Vetore) puderam fazer as tradicionais reuniões de venda e prospecção e acompa nhar as novidades. Uma delas foi a seção “Innovation4Mobility”, de dicada a soluções de mobilidade.

“Fomos com o objetivo de expan dir as exportações dos nossos produtos e buscar novas tecno logias. Fizemos bons contatos e pudemos conhecer mais do mer cado europeu e as tendências”, afirma Leticia Eleutério, gerente de vendas da Ranalle. A empre sa fez sua primeira participação na Automechanika Frankfurt, em conjunto com a Brasil Auto Parts (BAP). A Click Automotiva, que produz tampas e válvulas, veio para o evento com foco no cresci mento das suas exportações, que já representam 20% do fatura mento. “Fizemos bons contatos e temos a expectativa de aumentar a nossa participação nesse mer cado”, comenta Roney Engholm, gerente de vendas da companhia. A Zen, assim como a Corteco, esteve presente com um estan de próprio. “Este evento tem um foco muito forte em negócios. A Zen participa da Automechani ka Frankfurt há décadas e, após quatro anos de pausa devido à pandemia, novamente pude

mos reencontrar nossos clien tes presencialmente”, declara a empresa. Durante os dias de evento, a Corteco América do Sul marcou presença no estande da empresa na Automechanika. A executiva Talita Souza, gerente de Vendas exportação Améri ca do Sul, esteve com a equipe alemã para atender aos clientes do Brasil e também dos outros países da América do Sul, que estiverem presentes no evento. A Automechanika Frankfurt também é uma das feiras mais importantes do segmento para a Rio. “É através dela que com partilhamos e estreitamos rela cionamento com parceiros co merciais de diversos países. A edição de 2022 foi excelente para a Rio e estamos entusiasmados com as oportunidades de negó cios geradas nos cinco dias de evento”, afirma. Bruna Ern, coor denadora de vendas exportação.

A próxima edição da Automecha nika Frankfurt está marcada para setembro de 2024.

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Várias empresas nacionais estiveram presentes e fizeram bonito na maior feira de autopeças do mundo
Internacional

Transporte bem o seu cãozinho de estimação!

Para quem não sabia, no dia 26 de agos to é comemorado o Dia Mundial do Cachorro. Sim, eles têm uma data só para eles! E se no pas sado a grande preocupa ção dos proprietários de veículos era apenas com a segurança das crianças, muitos casais, hoje, têm um animal de estimação que é praticamente como um filho. Por isso, apro veitando a data o aplicativo Zul+ divulgou algumas dicas para o transporte desses novos mem bros das famílias. Mas antes de passar essas dicas, lembramos que o primeiro cui dado é com as exigências legais. O artigo 252 do Código Brasileiro de Trânsito (CTB), proíbe levar animais à esquerda do motorista (no colo ou perto do vidro) e en tre os braços ou as pernas. Quem desrespeita comete uma infração média. Já o transporte em partes externas (na caçamba de uma pi cape, por exemplo) do veículo é proibido pelo artigo 235 do CTB e constitui uma infração grave. Os motivos para as proibições são óbvios, mas os números dão uma noção melhor dos riscos que o

transporte inadequado de um cão traz para ele e para as pessoas.

Um teste realizado em 2014 pelo Centro de Tecnologia da segura dora Allianz (AZT, da sigla em ale mão) revelou que um animal solto em um carro andando a apenas 40 km por hora se transforma em um projétil com 40 vezes o seu peso. Ou seja, um pug de apenas 7 kg, na batida, é arremessado com uma força de 280 kg. Uma cruel dade extrema com o animal e um perigo enorme para quem estiver no carro com ele.

E falando neste mesmo pug de 7 kg, os testes do AZT mostraram que este é o peso máximo para um cão ser levado no carro preso apenas com uma coleira. Acima disso, ele precisa estar dentro de uma caixa apropriada. Ago

ra, vamos ao resumo que fizemos sobre as dicas do Zul+:

• O ideal, como já disse mos, é manter o animal em uma caixa de transporte. E é importante que ela tenha espaço para acondicioná-lo com conforto, para que a viagem não vire um moti vo de estresse, se ele ficar muito apertado.

• O cachorro precisa ser acompanhado durante toda a viagem, ele pode ficar enjoado com a movimentação do automó vel. Se isso acontecer, a recomen dação é fazer uma parada.

• Também é necessário prestar atenção na temperatura, já que os bichinhos são mais sensíveis que os humanos. Em condições mais frias, vale até levar uma manta para manter o cão aqueci do durante o percurso.

• Por fim, o aplicativo sugere que o dono consulte um veterinário para avaliar qual a melhor forma de realizar o transporte, conside rando as características específi cas do seu animal.

O Zul+, plataforma que tomou a iniciativa de reunir as dicas de transporte para os cachorros foi criado em 2017.

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Com base em informações fornecidas pelo aplicativo Zul+, reunimos dicas de como garantir que o cachorro viaje no carro com conforto e segurança. Confira
Segurança dos pets

Tema importante

Até julho deste ano, cerca de 13 mil acidentes de trânsi to registrados em rodovias brasileiras tiveram como causa principal ou secundária questões relacionadas à condição de saúde dos motoristas, no momento da ocorrência. Esse volume de coli sões, capotamentos e outros de sastres deixou como saldo 13.744 feridos e 881 mortos - números que representam um aumento de quase 20% em relação ao mesmo período do ano passado.

A conclusão é da Associação Brasileira de Medicina de Tráfego (Abramet), que chama a atenção dos condutores e autoridades para a importância da prevenção à saúde na redução de acidentes nas vias e rodovias brasileiras. Com base na catalogação de da dos coletados pela Polícia Rodo viária Federal (PRF), os médicos do tráfego reuniram os acidentes em categorias mais recorrentes, entre elas a falta de atenção, a ingestão de álcool e substâncias psicoativas, a sonolência do con dutor e o mal súbito.

“As condições de saúde dos condutores são extremamente relevantes para a segurança do trânsito. Observamos que um terço dos mortos e feridos nas rodovias monitoradas pela PRF, só nos primeiros sete meses de 2022, podem ter sido aco

metidos por problemas como déficit de atenção (permanente ou circunstancial), deficiências visuais, distúrbios de sono e comprometimento motor ou de raciocínio” pontua Antonio Meira Júnior, presidente da Abramet. Para ele, a saúde do condutor é um aspecto que deve ser con siderado no âmbito de ações e políticas públicas destinadas à redução dos indicadores e re força o estímulo à realização periódica do exame de aptidão física e mental pelo motorista, mecanismo considerado decisivo para a redução da mortalidade no trânsito. Além de campanhas permanentes de conscientização e fiscalização, Meira Júnior de

fende a prevenção adotada pelos médicos do tráfego.

A falta de reação ou resposta tar dia ou ineficiente ao volante, à pro pósito, foram as duas principais causas de mortes e ferimentos, segundo o levantamento. Cerca de 5.100 pessoas ficaram feridas e outras 314 morreram este ano em razão da falta de resposta imediata às circunstâncias que comprome teram a direção. Outros 4.200 fe ridos e 274 óbitos nas rodovias fo ram motivados pela total ausência de reação do motorista.

“Diversos fatores podem com prometer o tempo de reação, jul gamento, visão e dificuldades no processo da informação e memó ria de curto prazo do condutor”,

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Problemas na saúde de motoristas causaram pelo menos 13 mil sinistros em rodovias do Brasil, alertam médicos do tráfego
Saúde

alerta o diretor científico da Abra met, Flávio Adura. Segundo ele, através de orientações e aconse lhamentos, o médico do tráfego pode auxiliar na identificação de motoristas com risco de se envol verem em acidentes de trânsito e auxiliá-los a dirigir com seguran ça. “É muito importante afastar da direção de um veículo condutores que possuem problemas de saúde que interfiram na direção veicular segura”, acrescentou. A ingestão de bebida alcoólica é a terceira causa mais frequente, no que diz respeito à saúde de quem conduz. Por causa dela, os acidentes deixaram 2.233 feridos e mataram 111 pessoas entre ja neiro e julho deste ano. “Sabe-se que o álcool compromete o refle xo dos motoristas. Se fosse ape nas isso, já não seria pouco, mas ele também reduz a capacidade de percepção da velocidade e dos obstáculos, a habilidade de con

trolar o veículo e a visão periféri ca, prejudica a capacidade de divi dir a atenção e aumenta o tempo de reação”, alerta Flávio Adura. Outra condição de saúde que mais aparece no levantamento é o sono. Quando insuficiente, é causa fre quente e muito importante da so nolência diurna, sendo capaz de causar acidentes graves. Este fa tor motivou, segundo a PRF, 124 mortes e deixando 1.758 feridos, no período analisado. Completam o trabalho, o chamado mal súbito - perda de consciência devida mais frequentemente a doenças cardio lógicas (infarto, arritmias) e neu rológicas (AVC, convulsões) -, com um total de 390 mortos e feridos. Em termos globais, as informações contemplam apenas os sinistros registrados nas estradas e rodovias sob supervisão da PRF. Não foram contabilizados, portanto, transtor nos em colisões que aconteceram em pistas, ruas e avenidas dos

centros urbanos. Com isso, avalia o presidente da Abramet, “o qua dro poderia ser até pior, pois um número importante de colisões não entra nas estatísticas”. Segundo os dados analisados, 83% dos sinistros foram moti vados exclusivamente pelo cha mado fator humano. Além das causas relacionadas direta ou indiretamente à situação clínica dos condutores (fadiga, stress, cansaço, déficit de atenção ou comprometimento do raciocí nio), são comuns as fatalidades relacionadas à imprudência ou transgressão às leis de trânsito.

“Os sinistros de trânsito são eventos não intencionais, evitá veis, causadores de lesões físicas e emocionais. Neste trabalho ve rificamos que é possível atribuir ao ‘fator humano’ a causa de 83% deles. Do restante, 5% se devem ao ‘fator veículo’, 10% ao ‘fator via’ e 2% ao ‘fator ambiente’. Den tre estes fatores intervenientes e causadores dos sinistros, por tanto, o comportamento huma no é destacadamente o grande responsável, até mesmo porque como a manutenção é respon sabilidade do condutor, as falhas no veículo devem ser vinculadas também ao fator humano” co mentou o diretor científico.

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Ela agora também tem um “carrão”

A reboque de outras montadoras, a Fiat finalmente trouxe para o mercado um SUV médio. Carro se destaca principalmente pelo design de coupé, com a traseira rebaixada

“Ao longo dos seus 46 anos, a Fiat não parou de se reinventar”. Essa auto-referência da monta dora que hoje é líder de vendas no Brasil, sobre sua atuação em nosso mercado, faz todo sentido.

Ela coleciona, desde o 147, carro que a despeito de todos os seus problemas foi inovador por ser o primeiro modelo com motor transversal do país, várias ações pioneiras. A empresa ditou uma tendência com o Uno Mille, ve

ículo que ajudou a consolidar o mercado de “carros populares” com motor 1.0. E com a linha Ad venture, fez as outras montado ras apostarem nos “SUVs fake”, modelos comuns que simulavam uma capacidade off road.

Mas especificamente no seg mento de SUVs, de picapes mé dias e modelos maiores como um Hyundai Creta ou uma Toyota SW4, por exemplo, a Fiat só mais recentemente resolveu lançar

suas opções, bem depois de vá rias concorrentes. Foi assim pri meiro com o Pulse e agora com o Fastback. Como a própria mon tadora diz, “o modelo é o maior representante do reposiciona mento da Fiat no mercado”. Por “reposicionamento”, entenda-se entrar no universo dos carros mais altos e espaçosos que vi raram o sonho de consumo da maioria dos brasileiros.

Uma particularidade do carro da

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Fiat Fastback

Fiat é o fato de ser um coupé, ter mo que designa modelos com a traseira mais rebaixada e a porta traseira mais deitada. Segundo a fábrica, esse visual dá mais “es portividade”. É uma característi ca incomum entre seus concor rentes (como o Hyundai Creta, do qual já falamos, o Nissan Kicks ou o Volkswagen T-Cross). A ver se esse design vai agradar os consumidores do segmento.

Em relação ao espaço interno, o Fastback tem um porta-malas com 600 litros de capacidade, “maior comprimento, largura e abertura de acesso entre os con correntes”, segundo a Fiat. Pelo que pudemos ver, é verdade: Creta, Kicks e T-Cross oferecem números na casa dos 400 litros. Mas é bem verdade, também, que todos têm versões de entra

da mais em conta que o modelo da Fiat, que começa custando R$ 129.990 (veja todas as versões no fim da matéria).

Toda a linha Fastback usa mo tores turbo. As versões Audace e Impetus são equipadas com o

Turbo 200 Flex com potência de 130 cv com etanol (125 cv com gasolina) e torque de 200 Nm. Há também uma versão limitada, chamada de “Edition Powered by Abarth”, que usa o Turbo 270 Flex com a potência de 185 cv

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Versões, equipamentos e preços

com etanol (180 cv com gasolina) e 270 Nm de torque. Os motores trabalham em conjunto com um câmbio CVT, nas versões com Turbo 200, e um automático de 6 marchas no Turbo 270.

As versões vêm de série com itens como sistemas de assis tência à direção (ADAS), freio de mão eletrônico, paddle shifters (borboletas no volante para troca de marcha) e central multimídia de 8,4 ou 10,1 polegadas. Entre os acessórios opcionais estão rodas de liga leve escura de 17 polegadas, kit farol de neblina, som JBL, rebatimento elétrico do retrovisor, frisos pintados, ta pete de porta-malas com bordas elevadas, protetor de soleira, engate de reboque integrado e transbike para engate.

O ADAS tem as seguintes fun cionalidades: frenagem auto mática de emergência, que evita colisões contra veículos à frente; alerta de mudança de faixa, que auxilia o motorista em caso de saída da pista em que está, e a comutação automática dos fa róis, que define entre o farol alto e baixo automaticamente.

Audace

Traz como itens de série o sis tema ADAS, controle de estabi lidade e tração, airbags frontais e laterais de tórax e cabeça, ro das de liga leve de 17”, freio de mão eletrônico com Auto Hold, ar-condicionado automático e digital, paddle shifters (borbo leta no volante), sensor e câme ra de estacionamento traseiros, wireless charger, central multi mídia com tela de 8,4” com pa reamento sem fio, carregador por indução e faróis e lanternas Full LED.

Preço sugerido: R$ 129.990

Impetus

Além dos itens disponíveis na Audace, traz bancos revestidos em couro, acabamento interno escurecido, sensor de estacio namento dianteiro, pintura bico lor com teto em preto, faróis de neblina dianteiros com função cornering lamps, roda esportiva com acabamento diamantado de 18”, retrovisores externos com

rebatimento elétrico, tapetes de carpete, painel de instrumen tos digital de 7 polegadas, cen tral multimídia com tela de 10,1 polegadas com Apple Carplay e Android Auto sem fio. Preço sugerido: R$ 139.990

Edition Powered by Abarth

Todos os itens disponíveis nas outras versões mais rodas es portivas de liga leve 18” com pintura escurecida e o motor mais potente.

Preço sugerido: R$ 149.990

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desliga o motor em situações de parada no trânsito para reduzir o consumo de combustível), car regamento por indução (sem fio) da bateria do celular, câmera tra seira, sensor de estacionamento traseiro e acendimento automá tico dos faróis.

O SmartSense, pacote de segu rança da Hyundai, ganhou fun ções adicionais no novo HB20. Dentre eles estão o Assistente de Centralização em Faixa (mo nitora a posição do veículo em relação à sinalização horizontal de trânsito e ao que vai à frente, mantendo-o centralizado na faixa de rodagem), que está disponível na versão Platinum Plus, e o As sistente de Tráfego Cruzado Tra seiro. Este último ajuda a evitar colisões ao sair de uma vaga em ré, usando radares que detectam quando um veículo se aproxima. O sistema emite um aviso sonoro e freia o carro, se necessário. Também passou por mudanças o HB20S, a versão sedã do HB20. O carro teve redesenhados a grade frontal, os faróis, o para-choque dianteiro, os para-lamas diantei ros e o capô. E assim como seu “irmão”, ficou um pouco mais comprido: ganhou 6,5 cm a mais. Segundo a Hyundai, as mudan ças no design dos carros tiveram como referência as linhas de mo delos mais sofisticados e maio res, como o Tucson e o Elantra. Falando especificamente do HB20S, um recurso exclusivo dele é o Smart Trunk, sistema de abertura do porta-malas por aproximação. Com este sistema, quando o condutor está com as mãos ocupadas, basta se apro ximar com a chave no bolso. O carro emite alarmes sonoros e destrava e abre o porta-malas automaticamente.

Preços e versões - HB20

1.0 Sense (transmissão manual)

1.0 Comfort (transmissão manual)

1.0 Limited (transmissão manual)

1.0 TGDI Comfort (transmissão manual)

76.690

79.990

85.490

93.790

1.0 TGDI Comfort (transmissão automática) 99.390

1.0 TGDI Platinum (transmissão automática) 105.390

1.0 TGDI Platinum Plus (transmissão automática) 114.390

Preços e versões - HB20S

1.0 Comfort (transmissão manual)

1.0 Limited (transmissão manual)

1.0 TGDI Comfort (transmissão automática)

85.890

91.390

105.290

1.0 TGDI Platinum (transmissão automática) 111.790

1.0 TGDI Platinum Plus (transmissão automática) 120.990

32 - Auto Revista Ceará
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O campeão mudou

Carro mais bem sucedido da Honda no Brasil, o HR-V ganhou uma nova geração com mais tecnologia e, para as versões mais sofisticadas, um motor turbo

Lançado no Brasil em 2015, o HR-V, modelo mais vendi do da Honda Automóveis no País, ganhou nova geração. O mo delo tem quatro versões e duas motorizações: EX, EXL, equipadas com o motor 1.5 DI i-VTEC aspi rado, e Advance e Touring, com o inédito 1.5 DI VTEC Turbo. No design externo, faróis e lan ternas de LED são de série em todas as versões. Elas também têm em comum rodas de alumí nio com aro 17. Já no interior, os bancos são dotados do Sistema de Estabilização Corporal, uma tecnologia antifadiga. O espaço para as pernas dos ocupantes do banco traseiro cresceu 35 mm em relação ao HR-V anterior. O sistema de ar condicionado di gital traz um novo tipo de difu sores. Eles permitem aos ocu

pantes escolher entre o fluxo normal de ar e um fluxo disper so, que cria uma cortina de ar entre os vidros laterais e o teto sem atingir diretamente o corpo e minimiza o calor transferido ao interior do veículo pelas su perfícies envidraçadas. Outra novidade do New HR-V é a abertura do porta-malas sem o uso das mãos, disponível na versão Touring. Basta simular um chute sob um dos sensores de movimento abaixo do para -choque traseiro para que a tam pa abra automaticamente. Além disso, o porta-malas também tem a função Walk Away Close: antes de pegar a carga, o usuá rio aperta um botão na moldura inferior da tampa. Depois dele retirar o objeto e se afastar do veículo, a tampa do porta-malas

se fecha automaticamente.

O motor 1.5 DI i-VTEC tem po tência máxima de 126 cavalos a 6.200 rpm, com etanol ou gaso lina. O torque máximo é de 15,8 kgfm a 4.600 rpm (etanol) e 15,5 kgfm a 4.600 rpm (gasolina). De acordo com o Programa Brasi leiro de Etiquetagem (PBE), os New HR-V com o motor 1.5 aspi rado têm consumo na cidade de 8,8/12,7 km/l (etanol/gasolina) e, na estrada, de 9,8/13,9 km/l.

Já o 1.5 DI VTEC Turbo tem potên cia máxima de 177 cavalos a 6.600 rpm, tanto com etanol como ga solina, e o torque máximo de 24,5 kgfm de 1.750 a 4.500 rpm (etanol ou gasolina). Também de acordo com o Programa Brasileiro de Etiquetagem (PBE), as versões Advance e Touring têm consumo na cidade de 7,9/11,3 km/l (eta

36 - Auto Revista Ceará
Honda HR-V

nol/gasolina) e, na estrada, de 8,8/12,6 km/l. O câmbio CVT, que equipa todas as versões, ofere ce simulação de sete marchas. Para as versões EXL Sensing, Ad vance e Touring estão disponíveis paddle shifts no volante. Todas as versões trazem de série o pacote Sensing, de segurança e assistência à condução. Ele traz os seguintes recursos: ACC (Controle de cruzeiro adapta tivo) – Auxilia o motorista a manter uma distância segura em relação ao veículo detectado à sua frente. Ele conta com o Low Speed Follow, que permite a manutenção da dis tância do veículo à frente mesmo em baixas velocidades; CMBS (Sistema de frenagem para mitigação de colisão) – Aciona o freio ao detectar uma possível coli são frontal. Ele é capaz de detectar e identificar pedestres e veículos que estejam no mesmo sentido ou no sentido oposto. Bicicletas e motocicletas também podem ser detectadas pela câmera; LKAS (Sistema de assistência de permanência em faixa) – Detecta as faixas de rodagem e ajusta a direção com o objetivo de auxi liar o motorista a manter o veí culo centralizado; RDM (Sistema para mitigação de evasão de pista) – Detecta a saída da pista e ajusta a direção com o objetivo de evitar acidentes;

AHB (Ajuste automático de farol) – Comutação noturna automática do farol (baixo e alto) de acordo com a necessidade.

Preços, versões e equipamentos

EX

Faróis Full LED, botão de partida (Start/stop Engine), modos de di reção Normal e ECON, rodas de alumínio aro 17”, ar condicionado automático com dupla saída na traseira, duas portas USB para os passageiros do banco traseiro, central multimídia 8” touchscre en com Android Auto e Apple Car Play sem fio, painel digital TFT de alta resolução de 4,2 polega das, bancos revestidos em tecido, banco traseiro bipartido 60/40, seis airbags, pacote Sensing, HDC (controle de descida em rampa), LaneWatch (assistente para redução de ponto cego), câ mera de ré, rebatimento elétrico dos espelhos retrovisores, EPB (freio de estacionamento ele trônico com função Brake Hold) e alerta de pressão dos pneus (TPMS).

Preço: R$ 142.500,00

EXL

Todos os equipamentos da ver são EX mais bancos revestidos em couro, Smart Entry (destra vamento por aproximação da chave), espelho retrovisor ele trocrômico, faróis de neblina em LED, volante revestido em couro com paddle shifts, apoio de braço central no banco traseiro, twee ters dianteiros e sensores de es tacionamento traseiros. Preço: R$ 149.900,00

Advance

Todos os equipamentos do EXL mais myHonda Connect, carre gador de celular por indução, pai

nel digital TFT de alta resolução de 7 polegadas, ar condicionado automático dual zone, modos de direção (ECON, Normal, Sport), para-choques esportivos, pontei ra dupla de escapamento, função Tilt-Down no retrovisor direito, sensores de estacionamento dianteiros e sensor de chuva.

Preço: R$ 176.800,00

Touring

Todos os equipamentos do Ad vance mais banco do motorista com acionamento elétrico, par tida remota do motor, abertura automática do porta-malas por sensor de movimento com fun

ção de fechamento (Walk Away Close), molduras externas black piano, lanternas escurecidas e tweeters traseiros (2).

Preço: R$ 184.500,00

38 - Auto Revista Ceará

COMBUSTÍVEL DO

O hidrogênio é uma das alternativas em estudo pela indústria automobilística para produzir veículos eficientes e com zero emissão de gases tóxicos

Que tal um sistema de pro pulsão automotivo que use uma fonte de energia abun dante no planeta e não seja po luente? Esse tem sido o sonho de 10 entre 10 indústrias do se tor automotivo, preocupadas em agradar consumidores cada vez mais exigentes (especialmente nos países do Primeiro Mundo) em relação ao uso de tecnologias que não agridam o meio ambien te nem contribuam ainda mais para o problema do aquecimen to global. E é nesse contexto que algumas das montadoras estão avaliando o uso do hidrogênio como combustível alternativo aos derivados de petróleo. Esse gás tem uma vantagem in

discutível, em comparação com produtos como gasolina ou die sel: seu processamento, para obtenção da energia necessária para mover o veículo, tem como resultado apenas vapor de água, ao invés dos vários poluentes de rivados do processo de combus tão dos dois últimos. Diante desse forte apelo, grandes marcas de automóveis estão dando os pri meiros passos na direção de um futuro carro a hidrogênio. Pode -se dizer que uma das mais avan çadas é a japonesa Toyota. Ela co mercializa, em alguns mercados, o modelo Mirai. Nos Estados Uni dos, por exemplo, ele tem opções que variam entre 50 mil e 66 mil dólares (algo entre aproximada

mente R$ 260 mil e R$ 350 mil).

Lançado em 2014, o Mirai não teve o mesmo impacto, em termos de vendas, que outros modelos am bientalmente corretos da Toyota, como os híbridos ou os equipa dos com baterias elétricas. Isso se deve por um motivo específico: obter e armazenar o hidrogênio para abastecer o carro ainda é uma tarefa cara e complexa. De acordo com a base de dados H2 Stations (h2stations.org), o nú mero de postos de abastecimen to do gás, em todo o mundo, é de pouco menos de 700.

O Toyota Mirai até que tem boa autonomia: roda cerca de 500 km com um tanque de hidrogênio. Além disso, abastecer completa

40 - Auto Revista Ceará
Inovação

mente o modelo não é caro, custa em torno de 80 dólares, nos Es tados Unidos. O problema, como dissemos, é encontrar com faci lidade um local para reabastecer. Esse desafio, no entanto, não impede o investimento de outras grandes marcas na tecnologia. A Hyundai, por exemplo, comer cializa, também nos Estados Unidos, o Nexo. O modelo custa aproximadamente 59 mil dólares e consegue, com o tanque cheio, rodar mais que o Mirai: sua auto nomia passa dos 600 km. Outras marcas, como Audi, Mer cedes-Benz e BMW, estão com projetos nesse segmento, mas apenas com protótipos. E a Honda, que tinha colocado no mercado o sedã Clarity, um híbrido plug-in que funciona com um motor elé trico movido pela energia obtida pelo hidrogênio ou vindo da toma da, resolveu encerrar a produção no ano passado, devido à baixa demanda. Como se vê, essa tec nologia ainda está mais para uma aposta do que uma realidade. Mas é fato que está caminhando.

Experiências no Brasil Apesar do mercado nacional não ter evoluído muito nem no uso

em massa de veículos elétricos a bateria, temos iniciativas na área de mobilidade a hidrogênio. Em maio deste ano, a indústria química White Martins e a Toyota firmaram parceria para forneci mento de hidrogênio destinado ao uso em unidades do Mirai. A ação, no entanto, é um estudo e as empresas não informaram qualquer meta de exploração de mercado, em médio prazo. E falando em projetos e promes sas, a montadora chinesa Higher Bus anunciou a intenção de fabri car no Ceará, a partir de 2024, uni dades de ônibus a hidrogênio. Para um veículo grande e com trajetos pré-definidos e sem necessidade de uma rede capilarizada de pos tos de abastecimento, a tecnologia já se mostra mais viável. É esperar

para ver se realmente começare mos a encontrar, com certa facili dade, modelos movidos a hidrogê nio circulando pelas ruas.

Carro a hidrogênio, na verdade, é elétrico

Um aspecto interessante sobre a tecnologia de motor automo tivo a hidrogênio é que apesar do gás ser inflamável, o proces so de obtenção da energia não vem da sua combustão com o oxigênio, como acontece com a gasolina e o diesel. O oxigênio é usado, mas a sua combina ção com o hidrogênio acontece através de uma reação química que gera eletricidade e vapor de água como resultados.

O carro a hidrogênio funciona, portanto, com um motor elé trico. A diferença é que a car ga que o move não vem de uma bateria e sim da reação química que combina o hidrogênio com o oxigênio. Por não haver qualquer processo de combustão, o motor é silencioso e totalmente livre de emissões de gases poluentes, exatamente como acontece com o carro elétrico a bateria. E em relação a este último, o modelo a hidrogênio ainda tem algumas vantagens adicionais: o tempo de reabastecimento é de poucos minutos e não é preciso explo rar minérios como cobalto e lítio para fazer uma bateria.

42 - Auto Revista Ceará

Audi confirma entrada na

Fórmula 1 em 2026

Í

cone mundial do automobi lismo de alta performance, a montadora alemã Audi anun ciou que estará na Fórmula 1 a partir de 2026. Ao que tudo in dica, a decisão tem a ver com a meta de associar sua marca com a série de novidades que a com petição irá implantar a partir da quele ano, quando novas regras técnicas serão aplicadas para deixa-la mais sustentável. Dentre as mudanças previstas estão o uso de combustíveis sin téticos (hidrogênio, por exem plo) e motores híbridos. “Além disso, a Fórmula 1 estabeleceu a meta ambiciosa de ser uma competição neutra em carbono até 2030”, acrescenta a Audi, jus tificando seu interesse em fazer parte do desenvolvimento das novas tecnologias. Vale ressaltar, ainda, que a Porsche, empresa de modelos de alta performance, também cogita a possibilidade de entrar para a Fórmula 1 pelos mesmos motivos que levaram a Audi a tomar a decisão.

A partir de 2026, as unidades de potência dos carros da Fórmula 1 deverão ser formadas por um motor elétrico, bateria, unidade de comando eletrônico e um motor a combustão. O motor elétrico será quase tão potente quanto o motor a combustão, que tem 1,6 litro e uma potência de cerca de 400 kW (algo em torno de 543 cavalos).

Outra razão para a entrada na competição, de acordo com a Audi, é que ela realiza provas em todos os mercados consi derados relevantes pela marca.

“A série de corridas é um dos eventos esportivos de maior al cance do mundo. Em 2021, mais de 1,5 bilhão de telespectadores assistiram. A Fórmula 1 é popu lar em mercados importantes, como China e Estados Unidos, e a tendência continua a aumentar – mesmo entre os grupos mais jovens”, diz a empresa. E como alemão não brinca em serviço quando o assunto é efi ciência, a unidade de força a ser usada no carro de Fórmula 1 da Audi ganhou um centro de pes quisa de última geração da di visão Audi Sport Motorsport em Neuburg, no país de origem da marca. Já existem bancadas para testes de motores a combustão,

motores elétricos e baterias. Os preparativos adicionais estão sendo feitos em termos de pes soas, edifícios e infraestrutura técnica e tudo vai estar pronto até o fim de 2022. Além disso, uma empresa específica foi criada, como subsidiária da Audi Sport, para o projeto.

A eficiência da Audi em modelos de competição com propulsão sustentável já lhe dá muito ca cife para a entrada na Fórmu la 1. Em 2020, por exemplo, ela desenvolveu o RS Q e-tron para participar do Rally Dakar, uma das provas de resistência mais difíceis do mundo. Já na estreia as três unidades do modelo usadas na prova conseguiram completar, juntas, um percurso de 24 mil km. Considerando o desafio de abastecer um motor elétrico em pleno deserto, foi uma conquista memorável.

44 - Auto Revista Ceará
Um dos principais interesses da montadora é associar sua imagem ao novo momento que a prova irá iniciar, com foco em combustível não poluente e uso de motorização híbrida
Fórmula 1

O primeiro SUV da Ferrari

A marca italiana se rendeu à tendência mundial de demanda por carros de grande porte. Mas seguiu a sua tradição, fazendo um modelo impressionante com motor V12 de 725 cavalos

Nós já falamos, em outras edições de Auto Revista Ceará, de carros dos so nhos que eram, ao mesmo tem po, superesportivos e bastante espaçosos, mas eles nunca ti nham a logomarca da Ferrari, a lendária montadora italiana. O motivo disso é que a empre sa só resolveu se render agora à tendência mundial por SUVs e modelos cada vez maiores. Pela primeira vez, em seus 75 anos de

história, ela colocou no mercado o Purosangue, um carro grande de quatro portas e quatro lugares. Vamos dar, a seguir, mais deta lhes desse marco na indústria de modelos de alto desempenho. Como a própria Ferrari explica, ela só fazia carros de uma ca tegoria que chama de 2+2 (dois bancos dianteiros e dois trasei ros menores) e com apenas duas portas. E fazer o Purosangue foi um desafio, por causa da confi

guração tradicional dos seus mo delos. A questão principal é que carros superesportivos de outras marcas adotam o layout com o motor na frente e a caixa de câmbio acoplada a ele, diferen temente da marca italiana, que sempre colocou o motor na par te traseira. A configuração com motor dianteiro, diz a empresa, resultaria em “uma distribuição de peso abaixo da ideal para proporcionar uma dinâmica e

46 - Auto Revista Ceará
Carro dos sonhos

um prazer dentro dos padrões de excelência com os quais os clientes e entusiastas da Ferra ri se acostumaram”.

A solução encontrada foi um mo tor montado mais perto do meio do carro, ou seja, mais recua do, e com a caixa de câmbio na traseira. Já as engrenagens que transferem a potência para as ro das não partem do câmbio e sim da parte da frente do motor. Isso garante, segundo a fábrica, “uma transmissão 4x4 exclusiva” e ofe rece uma distribuição de peso de 49%-51%, que os seus engenhei ros consideram ideal para um carro esportivo com “motor cen tral dianteiro”, como ela chama a posição do motor no modelo. Agora, caro leitor, imagine um carro grande, com porte de SUV, e um motor V12 de 725 cavalos de potência. Assim como a ino vação na posição dos sistemas propulsores, a Ferrari também mostrou sua capacidade técnica no desempenho do modelo. Não bastasse toda essa potência, o motor, que trabalha com uma

transmissão de oito velocida des, pode fornecer 80% de tor que mesmo em baixas rotações (apenas 2.100 rpm). Esse torque máximo, aliás, também merece registro. É de aproximadamente 73 kgf. Só para efeito de com paração, um carro da Fórmula 1 tem 800 cavalos de potência e cerca de 80 kgf de torque.

Em relação à dirigibilidade, den tre os recursos do Purosangue estão direção independente nas quatro rodas e sistema de sus pensão ativa que combina um motor elétrico com um amorte cedor hidráulico de alta preci são. Essa suspensão usa acele rômetros e sensores de posição em cada canto da suspensão. O modelo também é equipado com um controlador ABS desenvolvi do para lidar com superfícies de baixa aderência e que usa infor mações do Controle Eletrônico de Estabilidade (ESC) para estimar com mais precisão a velocidade do carro e com isso determinar a meta de deslizamento para as quatro rodas durante a frenagem.

A cabine do veículo, outro desa fio para a Ferrari, já que é o pri meiro de grande porte da marca, também veio com inovações. As portas traseiras abrem no sen tido inverso ao das dianteiras. Com isso, quando todas as qua tro estão abertas, o espaço para movimentação é bastante gene roso. O cockpit do motorista é quase exatamente espelhado no lado do passageiro. Segundo a Ferrari, “isso cria uma sensação incomparável de envolvimento emocional para o passageiro da frente, auxiliado e estimulado por uma tela de 10,2” que fornece to das as informações necessárias para ajudá-lo a participar da ex periência de direção”. O sistema de som é um Surround High-End Burmester 3D que fez sua es treia em um veículo Ferrari como equipamento padrão. Agora, o precinho do gigante da Ferrari. Achamos, em sites internacionais, que o mode lo custa “a partir” de 400 mil dólares. Considerando o valor do real em relação à moeda norte-americana, nos últimos meses, daria algo perto de R$ 2,1 milhões. Isso, vale ressal tar, é o preço lá fora. No Brasil, é preciso incluir impostos, fre te e outros custos. Resumindo, o carro sai por um preço ainda mais surreal por aqui.

Auto Revista Ceará - 47

Automobilismo

Vamos falar sobre automobilismo esportivo!

Nesta edição de Auto Revista Ceará estreia a coluna do consagrado ex-piloto Nonô Figueiredo, uma das maiores autoridades do Brasil em competições

Nonô Figueiredo

Ex-piloto, consultor de automobilismo esportivo e fundador da equipe Cobra Racing Team

Caros

amigos, em primeiro lugar gostaria de me apre sentar. Meu nome é Flávio Figueiredo, tenho 51 anos de idade e desde os meus 13 anos estou envolvido em um espor te chamado automobilismo. Em 1984, quando comecei a competir no kart, no Kartódromo de Inter lagos, na cidade de São Paulo, to dos me chamavam de Nonô, meu apelido de infância. Desde então, no automobilismo, fiquei conhe cido como Nonô Figueiredo. No período de 1984 a 2018 atuei de forma contínua como piloto, transformando minha paixão em profissão. Competi no kart, fui campeão brasileiro e duas vezes campeão paulista, depois com peti na Fórmula Ford americana e na Fórmula 3 italiana até o mo mento em que me decidi por focar em carros de turismo e não mais em monopostos. Nessas catego rias, fui bicampeão brasileiro da

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Fórmula Uno, campeão brasilei ro da Stock Car Light, vice-cam peão inglês do Vectra Challenge e participei por 15 anos segui dos da Stock Car, onde consegui três vitórias e 29 pódiuns. Venci provas importantes na Porsche Cup além de ter sido vitorioso no Campeonato Brasileiro de Mar cas (2016) e conquistar o título de vice-campeão brasileiro nessa competição em 2017. Desde 2018 trabalho com um jo vem piloto na Stock Car. O nome dele é Bruno Baptista, hoje um dos principais pilotos da nova ge ração. Meu papel com ele é cola borar em todos os aspectos pos síveis para que se torne campeão da categoria. Além disso, esta beleci em 2021 a Cobra Racing Team, uma equipe de dois carros na categoria TCR South America. A TCR South America é um mo delo de campeonato de carros

de turismo que está entre os que mais crescem no mundo. Atualmente existem mais de 30 competições de TCR espalha das por diversos países, sen do o principal o WTCR (World Touring Car Cup, o campeonato mundial). O carro usado no TCR South America pode participar em todas as provas, mesmo em outros continentes.

O conceito TCR já está muito con solidado e um dos aspectos mais importantes dele é um regula mento que permite a carros de diversas marcas competirem em igualdade de condições técnicas.

Isso acontece graças a um siste ma de controle de performance que determina uma regulagem de altura x peso x mapa do motor para cada marca. Com isso, hoje temos diversas marcas impor tantes participando das provas, como Audi, Honda, Hyundai, Peu

geot, Link CO, Cupra, Alfa Romeo e Toyota entre outras. Os carros possuem uma potência aproxi mada de 380 cavalos de potência e uma performance melhor que a dos que correm na Stock Car.

Os carros da Cobra Racing Team são da marca Audi e usamos o modelo RS3, desenvolvido pela Audi Sport na Alemanha. Por ser um campeonato sul-ame ricano, nós corremos no Bra sil, na Argentina e no Uruguai. Em 2021 fomos vice-campeões com o piloto Rodrigo Baptista e na temporada atual contamos com os pilotos Gabriel Lus quiños e Adalberto Baptista. Usarei esse espaço para con tar a vocês diversos detalhes do campeonato de TCR, da equi pe Cobra Racing Team e dividir também minha opinião sobre o automobilismo em geral.

Um grande abraço a todos

50 - Auto Revista Ceará

Galaxie 500

OGalaxie 500 tem suas ori gens nos Estados Unidos, país sede da Ford, a fábrica que criou e trouxe ao público a li nha Galaxie. Em 1959, a montadora lançou o modelo 500 como a versão top de linha do Fairlane, até então o mais cobiçado sedã da marca. Uma característica do modelo é a presença constante de imponen tes motores V8 debaixo do capô. No Brasil, o primeiro Galaxie 500 saiu da linha de montagem em 16 de fevereiro de 1967. O carro já tinha chamado a atenção do público brasileiro no fim de 1966, no 5º Salão do Automóvel de São Paulo, e marcou sua época por ser o primeiro automóvel de pas seio da Ford fabricado no país. O motor V8 e o câmbio de três marchas formavam um conjunto mecânico robusto e ao mesmo tempo macio, proporcionando uma condução confortável, mes mo nas pavimentações de péssi ma qualidade da época. A gran de carroceria media 5,4 metros de comprimento e 1,99 m de lar

gura (de maçaneta a maçaneta). Os cromados dos pára-choques conferiam ainda mais brilho ao elegante modelo, ao mesmo tempo grande e esguio, com um desenho harmonioso em boa parte garantido pela frente com dois pares de faróis dispostos na vertical. A traseira demonstrava claramente a grande “virtude” do porta-malas, que era a capacida de de acomodar muita bagagem. Ajudado pela excelente direção hidráulica e pela ergonomia do painel, o Galaxie se tornava mui to prazeroso de dirigir.

Em 1969, o carro ganhou seu pri meiro “parente direto”: o Galaxie LTD, uma versão ainda mais confor tável e com direito a teto de vinil - um item que o seguiria até o fim de sua jornada e se tornaria um dos itens de acabamento mais lembrados e emblemáticos da linha Galaxie. No mesmo ano, surgem dois opcionais para a família: o ar condicionado e o câmbio automático. Este último marcou época por ser o primeiro em um automóvel nacional.

Em 1970, chega ao mercado a versão básica, com o nome de Galaxie (sem o número 500), conhecido como Standard. Não possuia direção hidráulica, ar condicionado, rádio ou relógio. Em 1971, surge o LTD/Landau, a versão top de linha do Galaxie. O carro tinha um adorno em for mato de “S” na coluna traseira. A idéia era lembrar as elegantes carruagens francesas de luxo chamadas Landau (a pronúncia em francês é “landô”, mas aqui no Brasil a palavra ganhou o som de como se escreve mesmo). O vi dro traseiro (vigia) no Landau era pequeno, diferentemente dos que equipavam o Galaxie 500 e o Ga laxie LTD, de proporções maiores. Em 1980, sai de linha o Galaxie 500, ficando no mercado apenas o LTD e o Landau. Em 1981, o LTD deixa de ser fabricado, ficando apenas o modelo Landau. Em fevereiro de 1983, o último Ford Landau deixa a linha de monta gem, com apenas 125 veículos produzidos nesse ano.

54 - Auto Revista Ceará
Clássicos
Arnóbio Tomaz

Rally dos Sertões

O maior da história

Edição comemorativa dos 30 anos do Rally dos Sertões homenageou o bicentenário da independência do Brasil e percorreu as cinco regiões país

56 - Auto Revista Ceará
Competição

Duração de 15 dias, 7.202 km percorridos em 14 cidades de oito estados (Paraná, São Paulo, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Tocantins, Piauí, Maranhão e Pará) de todas as re giões do Brasil. Essa foi a edição de 30 anos do Rally dos Sertões, uma das provas mais importan tes do universo off road nacional e que foi realizada entre os dias 26 de agosto e 10 de setembro. Por causa da comemoração pelas três décadas, o tempo da prova foi quase o dobro do normal, que tra dicionalmente é de oito dias.

A prova deste ano uniu 308 com petidores, sendo 14 estrangei ros de sete países e contou com a participação de 12 mulheres. A faixa etária dos participantes foi bem vasta, com o mais jovem de apenas 18 anos e o mais velho, 67. Os pilotos guiaram motos, carros, quadriciclos e UTVs. Esta última sigla, para quem não está familia rizado, vem de Utility Task Vehicle e é usada para definir veículos bastante rústicos que estão entre um automóvel e um quadriciclo. Unindo a disputa com o turismo, o Rally dos Sertões teve largada

e chegada em locais inéditos. Foz do Iguaçu, cidade da Tríplice Fron teira (Brasil-Argentina-Paraguai) e de um complexo de cataratas que atrai muitos visitantes, foi o ponto de largada. E para manter a tradição de terminar em uma cidade litorânea (o que já havia acontecido em 23 das 29 edições realizadas), a chegada foi na cida de de Salinópolis, no Pará, local com muitas belezas naturais. Devido à extensão do rali (a maior em três décadas de disputa, se gundo a Dunas Race, empresa organizadora), foram criadas duas provas para quem não pôde fazer o percurso completo: Ser tões Sul e Sertões Norte. Foi ressaltada, no material de divul gação, a enorme distância per corrida nos chamados trechos especiais, que é onde os pilotos têm seus trajetos cronometrados e vence quem chegar primeiro (fazendo todo mundo voar baixo): cerca de 4.300 km.

Além da grande extensão, a edi ção número 30 do Rally dos Ser tões teve como um dos desta ques a participação do navegador Youssef Haddad como tripulante solitário. Para quem não está fa miliarizado com esse universo, nas categorias de carros e UTVs as equipes são formadas por du plas: um piloto e um navegador.

Este último tem a responsabili dade de ir acompanhando o tra jeto para orientar o piloto, garan tindo que ele não se perca.

O navegador Youssef Haddad re solveu mudar de função e pilotou sozinho uma picape Mitsubishi

L200 Triton. Para se orientar,

Auto Revista Ceará - 57

contou com a ajuda de um siste ma semelhante ao usado pelos competidores de motos (que não conseguem ter um navegador pelas limitações do veículo de duas rodas). Este sistema é uma planilha em forma de rolo que vai avançando por meio de um comando junto ao volante. Consi derando as dificuldades que en frentou com seu pioneirismo, o competidor teve um desempenho bom: chegou em 10º lugar. Outra contribuição importan te para o rali foi a participação feminina. Apesar do número reduzido, em relação ao total de competidores, as mulheres mostraram sua capacidade nos pódios. Moara Sacilotti, pilotan do uma Yamaha WR 450F, con quistou o título da categoria Moto Over. Nos UTVs, Pamela Bozzano (que contou com o marido como navegador), levou a melhor na categoria UT3, para modelos com menor preparação. Entre os car ros, a equipe de Christina Xavier, navegadora de uma Mitsubishi L200 Triton guiada pelo piloto Alessandro Tozoni, conquistou o primeiro lugar na classe Super Production. Por fim, a também navegadora Josiane Koerich, fi cou em segundo lugar na cate goria T1 Brasil junto com o con dutor Pedro Prado Neto em uma Ford Ranger V8.

CAMPEÕES DO RALLY DOS SERTÕES 2022

CARRO

T1 FIA - Lucas Moraes/Kaique Bentivoglio - Toyota Hilux Overdrive

Brasil - Mauro Guedes/Filipe Palmeiro (Portugal) - Ford Ranger V8 Production T2 - Paulo Cesar Bertolini/Anderson Bertolin- Mitsubishi L200 Protótipo - Paulo Goes/Jefferson Teixeira - Mitsubishi RS EVO

Superproductions - Alessandro Tozoni/Christina Xavier - Mitsubishi L200 Pró

- Paulo Marcondes/Ricardo Medeiros - Mitsubishi L200

MOTO

58 - Auto Revista Ceará
T1
Brasil
MOTO 1 - Martin Duplessis (Argentina) - Honda CRF 450RX MOTO 2 - Bissinho Zavatti - Honda CRF 450RX MOTO 3 - Rodrigo Sallum - Husqvarna FE 450 MOTO OVER- Moara Sacilotti - Yamaha WR 450F MOTO RALLY BR - Tiago Wernersbach - Honda CRF 250F SELF - Marco Antonio Pereira - KTM 450 EXC CRF - Tiago Wernersbach - Honda CRF 250F UTV UTV 1 - Rodrigo Varela/Matheus Mazzei - Can-Am Maverick UTV 2 - Gustavo Zanforlin/Lauro Sobreira - Can-Am Maverick UTV 3 - Pamela Bozzano/Enio Bozzano - Can-Am Maverick UTV OVER 45 - Rui Gengnagel/Luis Venson - Can-Am Maverick UTV OVER PRO - Edu Piano/Solon Mendes Can-Am Maverick

O “SOL

ARTIFICIAL” DOS CARROS

Veja o que está sendo desenvolvido, em termos de tecnologias de iluminação automotiva, para garantir a segurança à noite, que é o período mais crítico para os acidentes de trânsito

Enquanto

aqui no Brasil o LED, aos poucos, começa a se popularizar entre os carros, a indústria mundial já está de olho no futuro. Bem dis tantes das lâmpadas halógenas, os itens de iluminação de faróis e lanternas prometem - se os projetos puderem ser implemen tados, economicamente - um re sultado cada vez mais eficiente e que vai facilitar a vida e aumentar a segurança de motoristas, pas sageiros, ciclistas e pedestres. Ou seja, todo mundo que pode estar envolvido com a movimen tação de um veículo à noite.

Para quem não está familiariza do com o termo, lâmpada haló

gena é aquela clássica, que ainda equipa considerável parte dos faróis dos carros brasileiros. Ela funciona através de um filete me tálico que, quando recebe a pas sagem de corrente elétrica, libe ra luz e calor. É a tecnologia mais antiga (por isso a mais barata) e menos eficiente que temos hoje. As lâmpadas LED, por sua vez, são parecidas com as que te mos em casa. Duram mais, ilu minam melhor, mas são mais caras. Por isso seu uso é mais comum em carros de faixas de preços mais elevados.

Mas o que as indústrias já estão tentando desenvolver e popula rizar são produtos ainda mais

eficientes que as LEDs automo tivas usadas hoje. Vale ressaltar que embora as LEDs só este jam chegando agora nos carros brasileiros, a tecnologia não é recente, foi criada na década de 1990 e está nos automóveis mundiais desde 2010. O Audi A8

foi o primeiro modelo a vir com todo o sistema de iluminação composto por LED.

Uma das novidades em desen volvimento, no sistema LED, é a lâmpada com múltiplos chipsdiferentes das LEDs convencio nais, que têm apenas um. Den tre os recursos que as lâmpadas multi-chip oferecem estão o fato de poderem ser controladas in

60 - Auto Revista Ceará
Componente

dividualmente e desligar e ligar de acordo com as condições de dirigibilidade, se adaptando à necessidade do motorista. Além disso, essas lâmpadas têm duas vantagens importantes em rela ção às LEDs convencionais: têm luz com mais densidade, resul tando em maior brilho, e dissi pam melhor o calor. E se no farol dianteiro o que é importa é muito brilho e grande alcance, na parte traseira do veí culo a meta é ter luzes que sejam visíveis, permitam mudanças de tonalidades e sejam adaptáveis a projetos de design. Por isso, as pesquisas, nessa parte, estão si tuadas na tecnologia OLED. Uma das vantagens da OLED é que ela

é flexível, permite curvatura côn cava e convexa. É possível, por exemplo, criar uma lanterna com módulos tridimensionais. Mas os melhoramentos nas lâm padas automotivas vão além dos LEDs. Marcas de carros de luxo como Audi e BMW têm carros com farol de diodo a laser. Um deles, o i8 Coupe, oferece uma luz dez vezes mais brilhante que a de um modelo com LED convencional.

Para se ter ideia da potência de um sistema ótico como esse, um feixe de laser pode atingir até 600 metros de visibilidade, o dobro da distância dos faróis de LED.

Muitas dessas novidades e me lhorias no universo de sistemas de iluminação automotiva já es

tão até mais acessíveis nas lojas de autopeças e acessórios, mas nunca é demais lembrar que nem sempre o fato de um carro estar equipado com luzes LED, ao invés de halógenas originais, significa que trará mais seguran ça para as ruas e estradas. Por isso, mudanças na configu ração original do farol não podem mais ser feitas desde a resolução nº 667/17, do Conselho Nacional de Trânsito (Contran). Segundo o órgão, “é proibida a substituição de lâmpadas dos sistemas de iluminação ou sinalização de ve ículos por outras de potência ou tecnologia que não seja original do fabricante”. Além disso, “é ve dada a instalação de dispositivo ou equipamento adicional lumi noso não previsto no sistema de sinalização e iluminação veicular estabelecido nesta resolução”. O rigor com esse componen te, em relação a mudanças não homologadas pelas fábricas, se justifica: de acordo com a Confe deração Nacional do Transporte (CNT), 46,7% das mortes em aci dentes no trânsito acontecem em plena noite (depois do anoitecer, quando não há mais qualquer lu minosidade vinda do sol), contra 39,5% em pleno dia.

Auto Revista Ceará - 61

Cadastro positivo

Prêmio de bom comportamento

Para estimular a conscientização coletiva sobre a importância de um trânsito mais seguro e civilizado, programa traz benefícios para motoristas que respeitam as leis

ÉDirigir

da forma correta, obe decer as regras e ter preo cupação especial com com ponentes mais vulneráveis como pedestres, ciclistas e motociclistas. Essas são diretrizes básicas da educação de trânsito que todo mo torista de carro, caminhão ou ôni bus ouve desde quando começa o processo para receber sua Carteira Nacional de Habilitação (CNH). E até agora, a única forma de conter excessos, para quem não assimila va as instruções, era através da pu nição, principalmente com multas e apreensão da carteira. Desde setembro último, no en tanto, os órgão de trânsito têm um novo instrumento, dessa vez através de recompensas, para convencer os motoristas a se comportarem melhor no volan te. Entrou em vigor o Registro Nacional Positivo de Condutores (RNPC). A iniciativa é uma parce ria entre o Ministério da Infraes trutura, a Secretaria Nacional de Trânsito (Senatran) e o Serviço Federal de Processamento de Da dos (Serpro) e promete criar um sistema de benefícios para quem não cometer infrações dentro do intervalo de, no mínimo, um ano. Um dos componentes do programa é o selo “Parceiro do Bom Condu tor”, que será disponibilizado pela Senatran a empresas privadas e

órgãos federais, estaduais e mu nicipais que tenham interesse em aderir ao RNPC. As recompensas para os bons motoristas podem ser, por exemplo, descontos em taxas de serviços, condições dife renciadas para locação de veículos e contratação de seguros, preços menores em pedágios e estacio namentos e oferta de cashback (crédito recebido pela compra de um produto ou serviço).

A adesão ao RNPC, tanto para os motoristas quanto para quem vai conceder os benefícios, é voluntária. Para os conduto res, isso significa aceitar que o nome seja incluído em um ca dastro positivo de condutores, disponível no endereço portal servicos.senatran.serpro.gov. br. Neste mesmo site podem ser consultados os parceiros do programa, que informam, em

suas respectivas páginas, que recompensas são oferecidas.

O RNPC fixou o dia 13 de outu bro como data de início da con cessão das recompensas por parte de parceiros que resolvam participar. Para os motoristas, uma possível perda do selo de bom comportamento acontece nos seguintes casos: quando for atribuída a eles alguma pon tuação na carteira por infração de trânsito, quando tiverem seu direito para dirigir suspendido, se a CNH for cassada ou es tiver com validade vencida há mais de 30 dias e, por fim, se o motorista cadastrado estiver cumprindo pena privativa de li berdade. Segundo a Senatran, a lista de condutores aptos a participarem do programa será atualizada sempre no oitavo dia útil de cada mês.

62 - Auto Revista Ceará

Novo olhar

Crescimento sustentável

Fortalecer o segmento das oficinas é fundamental para o sucesso de toda a cadeia produtiva, incluindo lojas de autopeças, distribuidores e fabricantes

Asituação

econômica nacio nal vem provocando, para a maior parte da população, uma grande dificuldade de aqui sição de veículos novos. Uma das consequências que se pode veri ficar, diante desse cenário, é que a frota de veículos do Brasil está ficando, a cada dia, mais obsoleta. Ao mesmo tempo, todos sabemos que a manutenção automotiva é um item de consumo de primeira necessidade. Logo, quando ela se faz necessária, os proprietários de veículos não têm como pos tergar esse gasto. Somando-se a isso o fato da frota circulante estar mais velha e a demanda por peças e serviços ser por ne cessidade e não por escolha, con seguimos justificar o momento fantástico que o mercado de re paração automotiva está vivendo. Essa realidade atual do mer cado está gerando um cresci mento acelerado das empresas que buscam atender a demanda latente. Porém, muitas vezes, neste esforço de crescer, o fatu ramento das empresas é impac tado pela falta de uma estrutura organizacional suficiente para permitir a transformação das boas vendas em lucro.

Uma pesquisa recente mostrou

que 55% dos donos de oficinas são ex-mecânicos, ou seja, pro fissionais que muitas vezes não têm a preparação necessária para assumir a função de ges tores de empresas. Então, para vários deles falta uma visão es tratégica que os faça investir em pessoas capazes de realizar as partes burocráticas de controle e garantam, com isso, a sustenta bilidade dos negócios.

Quando o aquecimento do mer cado se depara com o despreparo das empresas, aquilo que deveria ser bom passa a ser um desas tre. Grande parte delas, na busca por faturamentos mais altos, fa lha nos quesitos produtividade e controle. Isso as leva para situa ções de risco, ou seja, ao invés de crescerem, elas apenas incham. Por outro lado, quando a de manda elevada encontra empre sas profissionais e preparadas, o resultado tem sido fantástico. Isso pode ser percebido, por exemplo, no elevado grau de de senvolvimento de algumas em presas com abertura de novas unidades. Há também empresas que surgiram no mercado com um perfil que já é bastante pro fissional e lucrativo.

Gostaria de destacar que as ofi

cinas representam a porta de entrada de recursos na cadeia de reparação automotiva. Logo, quanto mais profissionais fo rem essas empresas de serviço, mais fortalecido será todo o seg mento, considerando autopeças, distribuidores e fabricantes. O problema da falta de gestão nas oficinas, portanto, não é somente delas, mas sim de toda a cadeia.

A equação para o sucesso inclui os seguintes fatores: potenciali zar o momento do mercado aque cido com a profissionalização das oficinas (por meio de qualificação gerencial), racionalizar proces sos, implantar controles, fazer investimentos em inovação, trei nar pessoas e gerar lucro.

Em que nível da cadeia produtiva você está? Qual tem sido seu pa pel no fortalecimento dessas em presas de reparação? Potencia lizar este momento atual de alta demanda trabalhando o subsis tema de forma colaborativa trará reflexos saudáveis em médio e longo prazo. O mercado pode até desaquecer, no futuro, mas a cul tura de gestão profissional será sempre uma mola de sustenta ção saudável do segmento.

Faça sua parte!

Sucesso..

72 - Auto Revista Ceará
Claudio
Araujo claudioaraujo@secrel.com.br www.exitotreinamento.com.br

Felipe da Silva Frutuoso

Técnico em Manutenção Automotiva, Engenheiro Mecânico, Mestre em Ciências Físicas Aplicadas, doutorando em Engenharia Mecânica, possui vasta experiência em manutenção industrial, pesquisas em motores de combustão interna e combustíveis alternativos, assim como em emissões veiculares. Atualmente é Especialista Técnico do SENAI-CE e Professor dos cursos de Engenharia da Estácio.

Afinal, o Etanol é uma jabuticaba que funciona somente no Brasil ou uma solução energética viável para mobilidade sustentável?

No artigo passado discutimos a sobrevida dos motores à combustão com o uso em larga escala de veículos à propulsão elétrica. A conclusão é que precisamos diversificar as fontes energéticas, inclusive para mobilidade, principal mente em países onde a renda média da população é baixa e, portanto, novas tecnologias demoram mais a serem utilizadas em larga escala. No caso da eletrificação da mobilidade, além do custo dos veí culos elétricos serem inacessíveis para maioria da população, há a questão do investimento em infra estrutura de recarga, que num país de dimensões continentais necessita de ainda mais investimento público e privado.

Dentre as opções de diversificação que temos dis poníveis, uma que vem sendo apontada como mais viável há muito tempo é o Etanol, até porque temos expertise nacional de aproximadamente meio século. Antigamente conhecido como álcool, surgiu na déca da de 70 como uma alternativa a crise do petróleo, sendo o Brasil o único país do mundo que adotou em larga escala em sua frota circulante a utilização do chamado na época “álcool hidratado”. O termo “hi dratado” vem do pequeno percentual de água, de cerca de 5%, que é adicionada ao combustível.

cana de

Com a estabilização dos preços do petróleo, a ga solina voltou a ser atrativa em termos financeiros e, em contrapartida, o etanol sofria com variação de preços na entressafra, fora a questão de os usi neiros destinarem a cana para produção de açúcar quando possuíam lucros melhores com a exporta ção da commodity, causando até desabastecimento

76 - Auto Revista Ceará
Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial PELO FUTURO
DO
TRABALHO
Figura 1. Etanol da
açúcar. Fonte: https://brasilescola.uol.com.br/geografia/etanol.htm.

dos postos em alguns períodos, gerando descon fiança dos consumidores e causando uma queda na demanda do álcool hidratado. A produção con tinuou, pois, desde 1933, pela Lei nº 737, nossa gasolina comum possui obrigatoriamente um per centual de etanol como estratégia para diminuir a dependência da importação de petróleo e aumentar a octanagem – propriedade que mede a resistência do combustível em entrar em auto ignição sob al tas pressões e temperaturas. Hoje o percentual é de 27% de álcool anidro (este composto por 99% de álcool), ou seja, a cada 1L de gasolina comum, são 0,730L de gasolina e 0,270L de álcool anidro. A pro dução de Etanol voltou a aumentar consideravel mente quando foi lançada a tecnologia flex em 2003 no Brasil, onde os veículos com essa tecnologia po deriam ser abastecidos com etanol ou gasolina em qualquer proporção de mistura. Atualmente, o Bra sil é o maior fabricante de etanol a partir da cana -de-açúcar do mundo e o segundo maior produtor mundial, perdendo apenas para os Estados Unidos (que produzem o combustível a partir do milho).

sentam uma saída para reduzir a poluição. Nota damente, o etanol emite muito menos monóxido de carbono (CO) que a gasolina, fora que, ao ser anali sado todo o ciclo de vida do etanol produzido a par tir da cana-de-açúcar, o dióxido de carbono (CO2) emitido pelo motor de combustão interna após a queima do etanol é capturado de volta da atmosfera durante a fase do plantio da cana-de-açúcar, zeran do a emissão desse gás de efeito estufa.

Os governos de todo o mundo correm para descar bonizar suas economias, onde a mobilidade contri bui com boa parte das emissões. O Brasil é consi derado exemplo em sustentabilidade energética, segundo a Empresa de Pesquisa Energética (EPE), 85% da matriz elétrica nacional é proveniente de fontes limpas, cenário bem diferente do restante do mundo, onde fontes poluentes representam boa parte da matriz energética. Para reverter esse ce nário, países Europeus apostam na eletrificação de suas frotas, impondo inclusive prazo para encerrar a fabricação de veículos com motores à combustão. Porém para que seja possível essa transição, é ne cessário alto investimento em infraestrutura elétri ca e de recarga para os veículos, além de descarbo nizar a matriz energética.

Figura 2. Histórico da produção de etanol. Fonte: http://www.biodieselbr.com/energia/alcool/etanol.htm.

Nas últimas décadas, a preocupação com o meio ambiente e a intensificação das mudanças climáti cas trouxeram a discussão de como reduzir a emis são de poluentes e de gases de efeito estufa, grande responsável pelo aquecimento global. Em termos de emissões veiculares, os biocombustíveis apre

Em um país de dimensões continentais e com a renda per capita baixa como o Brasil, esse plano se torna praticamente impossível. Precisamos de so luções em que possamos utilizar a infraestrutura existente. Pensando dessa forma é preciso investir no desenvolvimento de tecnologia na indústria da cana-de-açúcar para produção de etanol. O CEO do grupo Cosan, Luiz Henrique Guimarães, anunciou recentemente que a Raízen, referência global em bioenergia, prevê a implementação de 20 plantas de etanol de segunda geração até 2030 no Brasil. E por que esse é um bom caminho? Segundo cál culos da Unica, União da Indústria da Cana, ao se considerar todo o ciclo de vida do etanol – incluin do o plantio e colheita da cana, seu processamen to, transporte e distribuição, além de utilização nos carros – um veículo abastecido exclusivamen te com a gasolina regular brasileira, com 27% de etanol anidro, emite em média 131 gramas de CO2 por quilômetro, contra apenas 37 g CO2/km quando

Auto Revista Ceará - 77
Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial PELO FUTURO DO TRABALHO

abastecido integralmente com o etanol hidratado de cana. Esse valor é menor do que um modelo elé trico a bateria (BEV) na Europa, pois ao carregar as baterias, a energia elétrica consumida provém da matriz energética que atualmente em sua maioria não vem de fonte renovável, é calculado a emissão de poluentes na geração da energia de recarga, que para este caso fica em 54 g CO2/km – e emitiria 35 g CO2/km se fizesse uso da matriz energética mais limpa gerada no Brasil, onde cerca de 64% vem de hidrelétricas, 9% de biomassa, 9% de eólica e 2% de solar. O veículo híbrido flex, como o Toyota Corolla produzido no país desde 2019, apresenta a melhor relação de eficiência: abastecido só com etanol tem emissão de 29 g CO2/km.

Obviamente o motor de combustão interna operan do com etanol emite poluentes, como os óxidos de nitrogênio (NOx), aldeídos e Hidrocarbonetos (HC), que são regulados no Brasil pelo CONAMA – Con selho Nacional do Meio Ambiente – através do PRO CONVE – Programa de Controle de Emissões Vei culares – que no caso para veículos leves está na

fase 7, chamado L7, e em 2025 está previsto entrar em vigor a fase L8, com limites de emissões ainda mais rígidos, desafiando as montadoras no desen volvimento tecnológico dos motores e forçando uma hibridização leve para que as emissões fiquem den tro dos limites regulamentados. Para os países da Europa, Japão e alguns outros países em que não há clima nem terra disponível para o plantio da cana-de-açúcar, a renda média da população consegue absorver o nível mais alto de preços que os veículos eletrificados impõem e a ex tensão territorial é reduzida, entre outros fatores, a eletrificação direta faz bastante sentido. Por isso vemos países como a Inglaterra banir a produção de motores à combustão até 2030. Já para países como Brasil e Índia, que estão entre os 10 maio res fabricantes de automóveis do mundo, possuem renda média da população baixa, terras disponíveis para plantio da cana, grande extensão territorial e baixa capacidade de investimento em infraestrutura para recarga de veículos elétricos, o Etanol é uma saída viável para descarbonizar o setor de mobi lidade, e em conjunto com uma hibridização leve, consegue alcançar eficiência energética de emis são de CO2 semelhante ao de um veículo elétrico. O Brasil já é considerado um país de matriz ener gética limpa, e para liderar a descarbonização do setor de mobilidade através do Etanol, é preciso que o assunto seja tratado como de segurança energética, com estratégias de investimento, pes quisa, desenvolvimento de tecnologia e exportação desta, como uma alternativa pronta à eletrificação, utilizando a infraestrutura de abastecimento e dis tribuição existente, com o biocombustível deriva do da cana-de-açúcar como protagonista de uma mobilidade ambientalmente amigável em relação aos derivados de petróleo, contribuindo para a re dução do aquecimento global e utilizando a frota existente de motor de combustão interna com um combustível renovável.

78 - Auto Revista Ceará
Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial PELO FUTURO DO TRABALHO Figura 3. Toyota Corolla Cross, SUV médio que possui versão híbrida. Fonte: https://www.toyota.com.br/modelos/corolla-cross/.

Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial PELO FUTURO DO TRABALHO

Oferta automotiva - 4º tri - senai barra do ceará

Turma curso Unidade Turno inicio previsto Investimento

23.413

Diagnósticos dos sistemas automotivos avançados

24.459 Diagnósticos dos sistemas automotivos avançados

25.645 Diagnósticos dos sistemas automotivos avançados

24.064 Eletricista de automóveis

25.591 Eletricista de automóveis

25.594 Eletricista de automóveis

25.595 Eletricista de automóveis

25.596 Eletricista de automóveis

25.597 Eletricista de automóveis

24.220 Eletricista de automóveis

24.467 Eletricista de automóveis - ead

25.613 Eletricista de automóveis - ead

24.389 Injeção eletrônica diesel

24.398 Injeção eletrônica flex

25.245 Injeção eletrônica de motocicletas

24.454 Mecânico de ar condicionado automotivo

24.455 Mecânico de ar condicionado automotivo

24.260 Mecânico de manutenção de motocicletas

24.264 Mecânico de manutenção de motocicletas

24.267 Mecânico de manutenção de motocicletas

25.584 Mecânico de manutenção de motocicletas

25.585 Mecânico de manutenção de motocicletas

25.589 Mecânico de manutenção de motocicletas

Barra Manhã 10/24/2022 R$ 290,00

Barra Noite 10/24/2022 R$ 290,00

Barra Noite 11/21/2022 R$ 290,00

Barra Tarde 10/31/2022 R$ 1.190,00

Barra Manhã 10/24/2022 R$ 1.190,00

Barra Noite 10/24/2022 R$ 1.190,00

Barra Tarde 11/21/2022 R$ 1.190,00

Barra Noite 11/16/2022 R$ 1.190,00

Barra Noite 12/5/2022 R$ 1.190,00

Sobral Noite 10/26/2022 R$ 990,00

Barra Semi Presenc. 11/7/2022 R$ 500,00

Barra Semi Presenc. 10/24/2022 R$ 500,00

Barra Noite 11/7/2022 R$ 850,00

Barra Noite 10/17/2022 R$ 890,00

Juazeiro Diurno 10/8/2022 R$ 550,00

Barra Noite 11/7/2022 R$ 1.050,00

Barra Tarde 10/17/2022 R$ 1.050,00

Barra Tarde 10/24/2022 R$ 1.250,00

Barra Manhã 10/17/2022 R$ 1.250,00

Barra Noite 10/17/2022 R$ 1.250,00

Barra Tarde 11/7/2022

R$ 1.250,00

Barra Noite 11/7/2022 R$ 1.250,00

Barra Tarde 12/5/2022 R$ 1.250,00

25.612 Mecânico de manutenção de motocicletas Barra Noite 12/5/2022 R$ 1.250,00

21.900 Mecânico de manutenção de motocicletas Sobral Noite 10/3/2022 R$ 990,00

25.248 Mecânico de manutenção de motocicletas Juazeiro Noite 10/3/2022 R$ 1.050,00

25.608 Mecânico de manutenção em motocicleta - ead Barra Semi Presenc. 10/10/2022 R$ 550,00

24.435 Mecânico de motor e câmbio - álcool e gasolina Barra Tarde 10/10/2022 R$ 1.090,00

24.436 Mecânico de motor e câmbio - álcool e gasolina Barra Noite 10/24/2022 R$ 1.090,00

25.644 Mecânico de motor e câmbio - álcool e gasolina Barra Manhã 11/16/2022 R$ 1.090,00

24.199

Mecânico de suspensão, direção, freios e alinhamento de direção e rodas

Barra Noite 10/10/2022

24.204 Mecânico de suspensão, direção, freios e alinhamento de direção e rodas Barra Tarde 10/10/2022

25.601 Mecânico de suspensão, direção, freios e alinhamento de direção e rodas

25.606

Mecânico de suspensão, direção, freios e alinhamento de direção e rodas

23.328 Mecânico de veículos diesel

25.569 Mecânico de veículos diesel

25.573 Mecânico de veículos diesel

25.574 Mecânico de veículos diesel

25.496 Pintor de automoveis

25.547 Descomplique sua bike

Barra Noite 11/16/2022

Barra Tarde 12/5/2022

Barra Tarde 10/24/2022

Barra Noite 10/31/2022

Barra Tarde 11/16/2022

Barra Noite 12/5/2022

Barra Noite 12/5/2022

R$ 1.090,00

R$ 1.090,00

R$ 1.090,00

R$ 1.090,00

R$ 890,00

R$ 890,00

R$ 890,00

R$ 890,00

R$ 1.050,00

Maracanaú Noite 10/17/2022 R$ 290,00

Mecânica de bicicletas Maracanaú

Descomplique sua bike - ead

sua bike

Técnico em manutenção automotiva

Técnico em manutenção automotiva

Técnico em manutenção automotiva

10/17/2022

Tarde 11/14/2022

Noite 12/1/2022

Barra Tarde 10/10/2022

Barra Noite 11/7/2022

Barra Tarde 10/10/2022

450,00

100,00

385,00

+ 17X R$ 332,78

+ 17X R$ 332,78

+ 17X R$ 332,78

Auto Revista Ceará - 79
25.548
Noite
R$
25.551
Maracanaú
R$
25.467 Descomplique
Juazeiro
R$
24.445
Matrícula
25.656
Matrícula
25.657
Matrícula

Nossa vida depende dele

ra descer, todo santo ajuda”. Esse ditado aju da a explicar porque, ainda nos tempos das carroças, começou a existir a preocupa ção com algum mecanismo que freasse as rodas para evitar, em declives, que alguém se machu casse. Nascia ali a ideia em torno de um sistema de freios veicular. Naquela época, o recurso se limi tava a uma alavanca ao alcance do condutor que tinha, perto da roda, um dispositivo de madeira chamado “sapata”. Quando necessário, a pessoa em cima da carroça pressionava essa alavanca, encostando a sa pata na roda e, com a pressão, a fazia diminuir a velocidade. Ape sar de muito rudimentar, pode

-se dizer que esse raciocínio é o “pai” das lonas de freio, com ponentes que são usados até hoje. Vamos explicar, a seguir, um pouco do funcionamento do sistema de freios. Ele é um dos componentes mais importantes em um veículo, atualmente, por que é o responsável por fazer a desaceleração das altas veloci dades que são obtidas por moto res cada vez mais potentes. Para começar, fazendo a analogia com freio da carroça, o freio atual mantém a necessidade de que o motorista faça pressão, mecani camente, para acioná-lo (a exce ção fica por conta dos sistemas autônomos, que não vamos abor dar aqui porque ainda são muito raros). Ao invés da alavanca, usa

mos um pedal conectado ao sis tema, que passa a força da nossa perna para as quatro rodas. Nesse caminho entre o pedal e as rodas, vários componentes exercem a função de amenizar a força necessária, pelo motorista, para fazer a frenagem, e garantir uma pressão uniforme em todas as rodas (se ela não fosse igual mente distribuída o carro pode ria, por exemplo, sair de lado em uma frenagem). Uma das peças, nesse processo, é chamada de servo freio. Através do vácuo de ar em uma câmara, localizada no compartimento do motor, ele multiplica a força que vem do pedal. Esse vácuo, vale ressal tar, só é criado quando o motor está funcionando - por isso que o

80 - Auto Revista Ceará
“P
O sistema de freios do veículo está entre os componentes que precisam de prioridade zero, com manutenção periódica ao menor sinal de problema. Saiba mais sobre esse componente
Componentes I
PASTILHA CUBO DE RODA SAPATA DE FREIO

pedal do freio fica duro quando o veículo está desligado. O componente seguinte na ca deia é o chamado cilindro mes tre. Ele tem em seu interior um fluido (o famoso óleo de freio, cujo nível a gente precisa ficar verificando periodicamente) e assim como o servo freio, atua como um multiplicador de força. A pressão mecânica, vinda do pe dal do motorista (e ajudada pelo vácuo do servo freio) é converti da em pressão hidráulica sobre o fluido. Através de um conjunto de pistões e dutos, a força é distri buída para as rodas. Dependendo do veículo, essa força chega às rodas dianteiras e aciona os chamados discos de freio. Trata-se de componentes conectados às rodas que, quando recebem a pressão, comprimem duas pastilhas. Fazendo uma comparação, o processo é o mes mo daquelas duas borrachas de freio que pressionam as laterais do aro de uma bicicleta, só que no caso dos veículos as pastilhas são de uma liga metálica, mate rial muito resistente. Dissemos que há diferença por que existem modelos com dis cos também nas quatro rodas. A maioria, no entanto, (infelizmen te) ainda usa nas rodas traseiras

as lonas de freios, componentes sobre o qual falamos no início do texto. Nesse sistema, existe uma peça chamada tambor de freio, para o qual as lonas (são duas por tambor) são pressionadas. O princípio é parecido com o das sapatas de madeira nas carro ças. Por ser mais rudimentar, não é tão eficiente quanto o dos discos de freios.

Vale ressaltar que, assim como os discos nas quatro rodas, a evo lução do sistema de freios trouxe vários recursos adicionais. Um deles é o ABS, que atua eletroni camente (mesmo com o motoris ta pisando no pedal) para ameni zar a força quando necessário e evitar o travamento das rodas. Há ainda os sistemas de condução autônoma, capazes de acionar o freio automaticamente diante da detecção, através de sensores, do risco de uma colisão.

Para que o veículo se mantenha sempre seguro, em relação ao sistema de freios, o proprietário precisa acompanhar com frequ ência os principais componentes. Se o fluido estiver com nível bai xo, por exemplo, por causa de um vazamento, vai haver problema na transformação da força mecâ nica para hidráulica, e esta últi ma não vai chegar com pressão suficiente às rodas. Além disso, discos, pastilhas e lonas de freio se desgastam com o uso e têm vida útil limi tada. É preciso verificar o esta do de todos esses componentes através de revisões periódicas no sistema ou se for detectado algum sinal de desgaste. Confi ra, a seguir, algumas dicas para manter o veículo com os freios sempre em dia.

• Frenagens fortes em curvas devem ser evitadas. Além do ris co de derrapagem, elas desgas

tam precocemente as peças do sistema de freio. O ideal é redu zir a velocidade ainda enquanto a estrada ainda é reta;

• Por mais estressante que seja o trânsito, ficar arrancando com o carro e dando freadas bruscas, além de aumentar o consumo de combustível, é outro processo que diminui a vida útil dos componen tes do freio. O ideal é evitar;

• O freio de mão deve ser usado apenas para segurar o carro pa rado. Puxar a alavanca dele em outra situação traz risco de der rapagem ou capotamento, além de desgastar os pneus;

• Frenagem em ponto morto, quando o carro está em uma des cida, jamais deve ser feita. Ela traz vários problemas: aumenta o consumo de combustível, tira a aderência dos pneus e força os discos, pastilhas e lonas de freio, causado desgaste precoce e aquecimento;

• Dificuldade ou barulho duran te a frenagem, pedal muito duro ou suave demais, fluido de freio baixando de nível, o carro puxan do para um lado, tudo isso são indicativos de que é preciso fazer uma revisão em todo o sistema. Se algum desses sinais aparece rem, não demore a levar o carro para a oficina.

82 - Auto Revista Ceará

AUTOP REÚNE EMPRESÁRIOS E PROFISSIONAIS DO SETOR AUTOMOTIVO EM FORTALEZA (CE)

Segundo os organizadores, evento recebeuaproximadamente 33 mil visitantes e a geração e prospecção de cerca de R$ 100 milhões em negócios

Após

uma pausa devido à pandemia de coronavírus, foi realizada entre os dias 17 e 20 de agosto a 17ª edição da Feira Nacional de Autopeças, Motopeças, Acessórios, Equipa mentos e Serviços (Autop). Ao lado da Autonor, de Recife, e da Autopar, de Curitiba, a feira está consolidada como um dos maio res eventos regionais do seg mento automotivo do Brasil. De acordo com o Sistema Sin copeças/Assopeças/Assomotos do Ceará (SSA/CE), realizador da Autop, a edição deste ano foi um grande momento para a retoma da dos negócios no setor, que tem por tradição estabelecer os con tatos presencialmente para apre sentar as soluções e produtos das empresas. Participaram repre sentantes das principais marcas

do setor de autopeças e serviços da área automotiva do Brasil.

Ao longo dos quatro dias de even to, foram recebidos mais de 33 mil visitantes (o maior número regis trado em 16 edições, segundo os organizadores) e 230 marcas ex positoras. Em volume de negócios gerados e prospectados, foi ultra passada a marca de R$ 100 mi lhões, segundo o SSA-CE. “Com participação de mais de 60 cara vanas, a Autop superou nossas expectativas”, afirmou o presiden te da entidade, Ranieri Leitão. Ele destacou que essas carava nas empresariais, vindas de todo o Brasil através de uma parceria com distribuidores e com o Ser viço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas no Ceará (Sebrae/CE), representaram um grande diferencial no fomento à

realização de vendas durante a feira. Além disso, Ranieri lem brou o foco em capacitação do evento, com a realização de mais de 90 palestras.

Vale ressaltar a presença, na Autop, do setor de autopeças de todo Brasil, como reparadores, representantes, varejistas e dis tribuidores. Destaque, também, dentre as ações realizadas na fei ra, para a parceria da Auto Revista com o Senai Ceará em dois espa ços (leia matéria na página 96). Outro ponto forte da Autop foi o lançamento da segunda edição da Autop Off Road, versão exclu siva da feira para o universo dos veículos de trilhas. A data da re alização já foi definida: 12 a 15 de outubro de 2023. De acordo com o SSA/CE, a Autop Off Road tem como principais objetivos promo

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Autop 2022
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ver a integração entre os aficio nados por esse universo e gerar negócios para as empresas do segmento. A expectativa é de que ela entre no calendário oficial dos eventos automotivos mais importantes da região Nordeste.

A excelente estrutura do Centro de Eventos do Ceará, onde a Au top foi realizada, e sua organiza ção também foram pontos altos do evento. Ficou nítido que a cada edição os organizadores procu ram aprimorar cada vez mais as condições da feira. Isto ficou claro na opinião dos expositores, como pode ser conferido nesta matéria.

Para os negócios, a realização de um evento de forma presen cial foi um dos aspectos mais importantes da Autop 2022, na avaliação de Plínio Fazol, geren te de marketing da Tecfil. “Estava todo mundo com muita vontade de fazer uma feira presencial, precisávamos nos encontrar e ter oportunidade para conver sar”, afirmou. Segundo ele, as tecnologias existentes hoje para encontros online ajudam, mas elas não resolvem todas as de mandas. “Tem dias que você pre cisa ver seu cliente olho no olho. E a Autop deu essa oportunidade de falar com muita gente, trocar opiniões. Para a gente é sempre muito produtivo”.

Luiz Pedro Ferreira, diretor de marketing e comunicação da Dana, avaliou que a realização da Autop representa a superação dos problemas que o setor enfrentou no período de pandemia, com a falta de suprimentos, e a transfor mação dos desafios em oportuni dades. “O mercado de reposição sempre foi forte e pujante e para nós a presença na Autop foi um motivo de orgulho”, destacou.

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Luiz Zapa, gerente de vendas nacional da Dayco, frisou outro ponto importante relacionado ao momento em que a Autop foi re alizada. “A feira veio para confir mar o forte de volume de vendas que o setor de reposição nacional está vivendo depois da pande mia”, disse.

Consolidando-se como boa vitrine para as empresas, a Autop foi pal co para o início de uma ação na cional da Mahle. Eduardo Spilla, diretor geral do aftermarket, afir mou que a iniciativa, uma campa nha chamada “Mahle, juntos pra valer!”, representa uma transfor mação da empresa, que está bus cando mais aproximação com os profissionais de reparação. “Nada melhor para isso do que estar na Autop, mostrando nossos produ tos e nossa capacidade de ajudar quem está na ponta, que são os mecânicos”, declarou. Evandro Tozati, head de vendas e marketing para a América do Sul, acrescentou que a Mahle, duran te o período de pandemia, ouviu o mercado, considerando todos os elos da cadeia (distribuidores, varejo e aplicadores), e resolveu investir na oferta de capacita ção para os mecânicos nos seus produtos e nas novas tecnologias que vem desenvolvendo e que ela está oferecendo com o aumento do seu portfólio.

Outra empresa que aproveitou a Autop para estreitar o contato com os mecânicos foi a Monroe. Ivan Furuya, head de sales e marke ting, explicou que a feira foi uma oportunidade de se aproximar dos profissionais para ajudar na sua estratégia de fortalecimento no Nordeste. “É uma região estraté gica para nós”, destacou.

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Maurício Valdivino, analista de Marketing & Comunicação sê nior da SKF, também lembrou a importância do Nordeste. “É uma das regiões onde a SKF mais cresce no Brasil e existe um po tencial enorme para ampliarmos a nossa parceria neste mercado estratégico”, afirmou.

Ainda sobre o cenário do merca do nordestino, Eduardo Zanetti, analista de marketing da Sun, afirmou que a Autop foi um im portante cenário para mostrar, na região, a evolução tecnológica do setor automotivo. “Estão ocor rendo algumas mudanças, a re paração está chegando a um ní vel mais elevado e as tecnologias estão chegando com muito mais força. A gente vê que o Nordes te está se preparando cada vez mais para absorver isso”.

Quem também ressaltou a im portância da Autop e celebrou a presença na feira foi a Au thoMix. “A participação da Au thoMix na Autop 2022 foi muito importante para a consolidação da marca junto ao mercado de autopeças e motopeças do Nor deste. Agradecemos a todos que puderam nos visitar neste importantíssimo evento”, disse a empresa em comunicado.

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Destaque na Autop!

Parceira tradicional de uma das maiores feiras de autopeças do Brasil, Auto Revista Ceará esteve presente com muitas atividades em seu estande e com o apoio a palestras de capacitação

Aparticipação de Auto Revista Ceará para contribuir com o sucesso da Autop 2022 se deu em dois formatos. O primeiro foi uma parceria com o Senai Ceará atra vés do qual, no espaço Arena do Conhecimento Franklin Felício, foram realizadas várias palestras técnicas. A iniciativa teve o apoio da distribuidora Bezerra Oliveira e das fábricas IRB, NGK, Cofap, Kit & Cia, Bastos Juntas e Wega. As palestras realizadas duran te os quatro dias da feira conta ram com profissionais e experts do setor automotivo. Participa ram os influenciadores digitais Tales Domingues (Dr. Carro), Júlio Frison, Maicon Klein, Lu ciano Guedes e Marcos Bezer ra (diretor da Bezerra Oliveira). Também estiveram presentes no espaço de formação os profes

sores do Senai Geilson Pereira Leitão, que falou sobre motoci cletas e suas manutenções, Ju célio Ferreira, cujo tema da pa lestra foram os motores diesel e suas tecnologias e Raul Ewerton Ferreira Marques, que abordou o sistema elétrico automotivo. A outra forma de presença na Autop foi no estande oficial da Auto Revista Ceará, no qual fica ram expostos equipamentos (um motor diesel, um quadro elétrico e uma moto) fornecidos pelo Se nai Ceará. Além disso, profes sores do Senai estiveram à dis posição dos visitantes para tirar dúvidas e fornecer informações sobre os componentes presen tes no estande e outros itens e sistemas automotivos. O espa ço também representou uma oportunidade para que os visi

tantes pudessem conhecer ain da mais a Auto Revista Ceará.

“Tivemos uma grande satisfa ção com a procura por nosso estande. Recebemos pesso as de toda a região Nordeste interessadas em obter mais capacitação técnica, conhe cer melhor nossa publicação e colaborar com informações do setor automotivo”, afirmou a direção da Auto Revista Cea rá. Ressaltam, também, que as palestras na Arena do Conheci mento tiveram grande procura por parte do público, formado principalmente por reparado res, donos de oficinas e de lojas de autopeças - não só de For taleza e do interior do Ceará, mas dos estados do Maranhão, Piauí, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Bahia e Paraíba.

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Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial PELO FUTURO DO TRABALHO

Moto dos sonhos

Modelo da fábrica italiana faz jus ao nome

“Amoto

naked esportiva ao alcance de todos”. É assim que a italiana Du cati, uma das maiores fábricas do mundo no segmento de mo tocicletas de alto desempenho, define a nova versão da Monster, um modelo que, como o nome anuncia, tem um desempenho capaz de assustar quem está acostumado à moderação de uma moto comum, daquelas que encontramos nas ruas brasilei ras. Com seu motor de 937 cilin dradas (quase o mesmo volume do motor de um carro compacto) de 111 cavalos, ela vai de 0 a 100 km por hora em 3,5 segundos e consegue chegar a uma velocida de máxima de 226 km/h. Com preço sugerido de quase 87 mil reais, a Monster 937 está mais para uma moto dos sonhos, já que apenas aficionados do universo

de duas rodas seriam capazes de trocar um SUV como o Fiat Pul se, por exemplo, (cuja versão de entrada custa um valor próximo de R$ 95 mil, apenas R$ 8 mil a mais) por um veículo de duas ro das como o modelo da Ducati. Para quem não está familiarizado com o termo, a categoria naked, à qual a Monster, pertence, é ca racterizada por motos com au sência de carenagem ao redor do motor - o que o deixa em evidên cia, ressaltando a esportividade. Ainda nesse quesito, seu quadro (o equivalente ao chassi de um automóvel, ou seja, a estrutura fixa sobre a qual os componen tes da moto são montados), é de alumínio e teve como base a Pa nigale V4, modelo de corrida da Ducati. Na traseira, a moto conta também com um subchassi que usa a tecnologia GFRP (Glass

Fiber Reinforced Polymer, ou Polímero Reforçado de Fibra de Vidro), uma estrutura cujo objeti vo é garantir uma combinação de leveza e robustez.

A nova versão da Monster veio para substituir a 821 (o número tam bém vem do total de cilindradas do motor). Dentre os muitos recursos que não poderiam faltar em uma moto cujo preço quase chega aos 90 mil reais, estão freio ABS, Con trole de Tração e Controle de Whe elie (sistema que evita empinadas) ajustáveis, Launch Control (recur so para garantir arrancadas rápi das, comum em motos superes portivas), Riding Modes (modos de condução) para adaptar o veículo a diferentes gostos e necessidades, tela full-TFT de 4,3” com gráficos de leitura imediata e sistema Qui ck Shift Up & Down (para trocas de marchas sem embreagem).

Na preocupação com detalhes, o novo modelo teve as laterais es treitadas para facilitar a vida do piloto. Com isso, segundo a fábri ca, ele consegue colocar os pés no chão com segurança quando a motocicleta estiver parada. O as sento tem 82 cm de altura, mas há um com 80 cm disponível como opcional. Se o motociclista quiser ainda mais esportividade, um kit de rebaixamento da suspensão permite reduzir a altura do banco ainda mais, para 775 mm.

Segundo a Ducati, a primeira ver são da Monster foi lançada em 1993 e o modelo soma mais de 350 mil unidades produzidas desde a sua primeira apresentação.

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Gestão e controle

Haroldo Ribeiro

Consultor especialista em prevenção de perdas e gestão de estoques para o varejo Brasileiro e sócio da Max Result Consultoria de Resultados. haroldo@marxresult.com.br

Levante essa bandeira

É preciso, cada vez mais, divulgar a importância do trabalho dos profissionais da área de prevenção de perdas para a lucratividade das empresas

Durante

20 anos atuando como consultor no Brasil, na área de prevenção de perdas e riscos operacionais e na elaboração de projetos voltados para redução das perdas e des perdícios nas empresas de vare jo, tenho visto e acompanhado de perto a evolução de vários seg mentos. Em especial o de super mercados, no qual há empresas interessadas e antenadas para tornar seus negócios ainda mais lucrativos e competitivos e com o menor índice possível de perdas em suas operações. Por outro lado, o que chama mui to a atenção é que esse grau de interesse ou de prioridade das empresas para implantar uma área de prevenção de perdas que gere resultados efetivos ainda parece engatinhar, no que se re fere a sair da teoria, da vontade de fazer, para uma objetiva e de terminada implantação.

Esse retardo e essa falta de ati tude são, sem dúvida, fatores que justificam a pouca evolução da área de prevenção de perdas e o baixo reconhecimento da impor tância dos profissionais respon sáveis por ela - e os resultados que eles podem gerar. As conse quências disso se refletem dire tamente nos índices das pesqui sas de avaliação das perdas: ano a ano, eles sobem cada vez mais e assustam as áreas estratégicas das empresas.

O que falta, então, para a área de prevenção de perdas decolar? O que falta para que os profissio nais dessa área sejam reconheci dos como valiosos e estratégicos que, de fato, são? E ainda, o que é preciso fazer para impulsionar a tomada de decisão, por parte das empresas, para implantarem sua área de prevenção de perdas? Recentemente vimos acontecer em nossa cidade um dos maiores

eventos de prevenção de perdas já realizados, no qual consegui mos a atenção de um público de quase mil profissionais de dife rentes áreas de várias empresas. Todos estavam interessados em entender um pouco mais essa ci ência da recuperação de lucros. O evento realizado pode ter sido um grande passo para a quebra de um paradigma e para a busca da disseminação das oportunida des que a aplicação dos concei tos da prevenção de perdas pode gerar em uma empresa. Como integrantes dessa área, devemos aproveitar o êxito da iniciativa e levantar cada vez mais alto a sua bandeira, fazendo com que as empresas possam enxergar mais longe e entender que qualquer investimento nela será converti do em resultados. A responsabi lidade é de cada um de nós que fazemos a prevenção de perdas acontecer..

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Caminhão 100% elétrico

Novo modelo promete economia por km rodado e menor custo de manutenção em relação a caminhões movidos a diesel com características de peso e capacidade de carga similares

de 8,6 ton - pouco mais que o do bro da capacidade do iEV1200T.

Para justificar sua boa expectati va de vendas para o novo modelo, a Jac Motors alega que após a pandemia de coronavírus o mer cado registra um aumento da de manda por transporte urbano de mercadorias, com o e-commerce e a cultura do home office. Além disso, a empresa vê uma preo cupação maior, por parte do se tor de logística, com o que hoje é chamado de políticas de ESG (do inglês Environmental, Social, and Corporate Governance, ou Gover nança Corporativa Ambiental e Social, em português).

Depois de uma entrada bas tante efusiva no mercado brasileiro que não apre sentou os resultados esperados, a chinesa Jac Motors reformu lou sua estratégia, fechou algu mas concessionárias e a partir de 2019 resolveu investir princi palmente no lançamento de au tomóveis de passeio e veículos comerciais movidos a sistemas de propulsão 100% elétricos, um nicho ainda incipiente por aqui. Nessa linha, o caminhão E-JT

12,5 é o 11º produto que a mon tadora traz para o nosso mercado com essa opção. Segundo a fábrica, a chegada do veio após pedidos de fro tistas que haviam adquirido o iEV1200T, caminhão com peso bruto de 8,5 toneladas, e, “satis feitos com seu rendimento”, dis seram querer uma opção para roteiros logísticos que exigiam maior capacidade de carga. O E-JT tem peso bruto de 12,5 to neladas e capacidade de carga

Essa nova abordagem tem relação com as ações das empresas cujos objetivos vão além de finanças saneadas e lucro. Iniciativas ESG estão mais ligadas ao que pode ser feito em prol da sociedade e do meio ambiente, por exemplo.

“As empresas querem que seus produtos sejam transportados de forma mais sustentável”, diz a Jac, acrescentando que “o E-JT 12,5 é a resposta imediata para essa difícil equação”.

E falando em matemática, o ca

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Jac E-JT 12,5

minhão da Jac custa quase R$ 700 mil reais. O preço é menor que o do Vokswagen e-Delivery 14, um concorrente com carac terísticas próximas. Mas é quase R$ 300 mil maior que o Delivery 13.180, também da Volkswagen, que roda com motor a diesel. É preciso fazer um bom plane jamento, considerando tanto a questão ambiental quanto o risco de variações no preço da energia elétrica e do combus tível, para tomar a decisão de comprar o veículo.

Em relação a dados técnicos, se estiver com a carga máxima (8,6 toneladas), o E-JT 12,5 tem au tonomia de 150 km. O número aumenta para 180 km, se a carga útil for de 70% do patamar má ximo. Com o veículo vazio, o sis tema de bateria consegue chegar a um percurso de até 250 km. Já sobre o abastecimento de ener gia, se o caminhão estiver com somente 20% de carga e for li gado a um carregador comum (corrente AC) ele precisará de 13 horas para ficar completamente abastecido. Já com um sistema de carga rápida (corrente DC) e na mesma situação (20% de ba teria), ele chega à capacidade máxima em 55 minutos - “duran te, por exemplo, a hora do almo

ço do motorista”, lembra a Jac. Como principais itens, o E-JT 12,5 é equipado com air bag du plo, freios com ABS, controle ele trônico de tração e estabilidade (TCS + ESC), Auto Hold (imobiliza o veículo em aclives e declives), freio de estacionamento eletrôni co, banco do motorista com sus pensão pneumática, Hill Assist (assistente de partida em ram pa), corte de tensão e destra vamento de portas pós-colisão, ar condicionado digital, câmera panorâmica 360 graus, sensor de estacionamento traseiro, câmera de ré, DRL (luzes com LED diurno), vidros e trava das portas com acionamento elétri co e central multimídia com tela vertical de 12 polegadas e espe lhamento de celular. Agora, uma vantagem incontestá vel do modelo, por ser elétrico: o custo de manutenção em relação a similares a diesel. Veículos elé tricos não têm componentes como câmbio, embreagem, bicos injeto res, bomba de injeção, óleo, filtros, aditivos e correias. Tudo isso conta bastante, principalmente consi derando que um modelo de carga roda muito. Segundo a Jac, o gasto com esse quesito é a metade rela tivo ao caminhão equivalente com motor a combustível.

O motor elétrico do E-JT 12,5 de senvolve 235 cv de potência, com aproximadamente 107 kgf de torque máximo. Segundo a Jac, esse torque faz o modelo, mes mo com a carga de 8,6 toneladas, subir uma rampa com até 20% de inclinação como se estivesse va zio. Já o sistema de transmissão tem duas marchas: uma primei ra, reduzida, que tira o veículo da inércia, e outra que é acionada a partir de 30 km por hora. Segun do a montadora, essa diferença é para poupar energia nas arran cadas, já que o torque do motor é muito forte e não há necessidade de usar toda essa força no dia-a -dia do trânsito urbano.

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Componente Pesados

Melhorando aos poucos

Vários equipamentos de conforto e tecnologia que já são comuns nos carros estão disponíveis para modelos da linha pesada, mas eles ainda raramente vêm como itens de série

Farol alto inteligente, assis tente de fadiga, assistente de ponto cego, assistente de faixa de rolagem, assistente de partida em rampa, freio de es tacionamento eletrônico, sensor de chuva e de iluminação, pilo to automático preditivo, painel digital, volante multifuncional, carregamento por indução e es pelhamento para smartphone, iluminação em led, geladeira e ar condicionado digital. A reunião de todos esses equipamentos em um único veículo é facilmente en contrada no segmento de carros de luxo, mas saiba, caro leitor, que tudo isso está presente em um caminhão: mais precisamen te o Actros, modelo topo de linha da Mercedes-Benz. Caminhões como o Actros são as vitrines do que pode oferecer, hoje, um exemplar da linha pesa da que faça parte das categorias mais sofisticadas. Citando outra marca, a linha Constellation, da Volkswagen, tem recursos como suspensão pneumática da cabi ne com 4 bolsões e transmissão de 12 velocidades automatizada. Ou seja, além de oferecer mais conforto para enfrentar a dureza das estradas, o caminhão livra o motorista da tarefa cansativa de

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ficar passando marcha. E como opcional, a Volkswagen ainda tem para seus modelos a função “Predictive Shifthing” que faz a seleção de marchas de maneira inteligente, de acordo com a rota, para economizar combustível. Que mais? Prevendo nossa pre cária infraestrutura, nos pontos de parada das estradas brasi leiras, o Actros permite trans formar a cabine em um mini quarto de hotel. O caminhoneiro pode descansar na cama que fica atrás dos bancos desfrutando de um aquecedor ou de um ar condi cionado (dependendo do que ele precisar) que funcionam à noite, com o veículo parado. Isso dá uma mostra de que vai muito longe o tempo em que a profissão de caminhoneiro sig nificava passar dias ou até se manas em um veículo rústico, barulhento e com poucos itens de conforto. A tecnologia chegou ao universo da linha pesada, aju dando a facilitar a vida dos moto ristas e seus ajudantes. Mas será que ela chegou a todos os mode los, inclusive os mais básicos que rodam todo dia nas cidades? Auto Revista Ceará fez uma pes quisa procurando entre as prin cipais marcas do mercado na cional (além da Mercedes-Benz, Volkswagen, Iveco e Hyundai) para saber se seus produtos mais “baratos”, ou seja, os cami nhões menores com peso até 3,5

toneladas também oferecem re cursos para aumentar o conforto e facilitar o trabalho dos profis sionais que lidam com o veículos todo dia. Caminhões com esse peso podem rodar nas ruas e são muito usados pelas empresas de entrega. Pelo que vimos, nessas linhas mais básicas urbanas, al gumas coisas estão mudando, mas bem aos poucos, ainda.

O ar condicionado, por exemplo, um item que deveria ser conside rado essencial (principalmente em uma cidade nordestina como Fortaleza ou Recife, por exem plo), é de série em pelo menos dois modelos urbanos, entre os pesquisados: o Volkswagen Deli very Express e o Mercedes-Benz Sprinter Chassi. Já em um Hyun dai HR, por exemplo, ele não vem de fábrica na versão de entrada.

A diferença de preço entre o HR com ar condicionado e o sem o acessório não é grande: gira em torno de 8 mil reais.

A questão é saber se empresá

rios de empresas de entrega, na hora de compor a frota, vão se lembrar do conforto dos motoris tas e comprar um caminhão com ar condicionado. Um Volkswagen Delivery Express ou um Merce des-Benz Sprinter Chassi, que já não têm mais opção sem este acessório, custam em torno de R$ 280 mil e R$ 212 mil, respec tivamente. Já um HR com ar fica na casa dos R$ 150 mil - como dissemos em torno de R$ 8 mil a mais que a versão básica sem ar. Vale ressaltar que embora tenha mos falado apenas do ar condi cionado, pela sua importância, os caminhões urbanos básicos tam bém podem vir com acessórios típicos dos carros, como sistema multimídia e vidros elétricos, por exemplo. Mas a realidade permi te uma conclusão, em relação ao universo da linha pesada. Com parativamente, no Brasil, os ca minhões estão em situação pare cida com a dos carros na década de 1980, quando itens de conforto e tecnologia já eram conhecidos, mas eram restritos aos modelos mais caros e luxuosos.

E falando em luxo e preço alto, uma curiosidade: o Actros, mo delo topo de linha da Merce des-Benz que traz os recursos que citamos (e vários outros), custa quase o mesmo que uma Ferrari, algo em torno de 1 mi lhão de reais.

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Qual o valor da sua empresa?

Por acaso você saberia me dizer qual o valor da sua empresa? Antes de respon der, leia mais uma vez a pergun ta! Mas não a entenda no valor financeiro do negócio. A questão levantada aqui não é te fazer en tender quanto vale a sua empre sa, mas sim o valor dela perante o seu cliente. Afinal existem dois conceitos para “valor”.

O primeiro refere-se ao custo financeiro do seu negócio caso ele fosse adquirido por oura empresa. Qual seria o valor to tal a ser pago por um possível comprador. E a isso soma-se a estrutura de sua empresa, sua carteira de clientes, o valor de faturamento anual, sua equipe e claro, quanto gera de lucro! Mas um importante conceito so bre “valor” é aquele no qual seu cliente percebe como diferencial. É na verdade o faz escolher, den tre tantos outros negócios, justa mente a sua empresa. E, apesar de ser algo ex-tre-ma-men-te importante ( assim mesmo, com silabas separadas para enfatizar

) a imensa maioria dos empre sários mal saberia dizer qual é o valor do seu negócio.

Mas, isso não é desmérito, afinal, fala-se muito pouco a respeito, ou, se alguém já buscou saber um pouco mais não colocou o tema como prioridade. Mas de agora por diante, após a leitura desse artigo quero que reflita, mas reflita mesmo, com profun didade e busque lá no fundo de sua alma, qual o verdadeiro valor do seu negócio.

Inclusive, vou até facilitar para você! Afinal, pode não parecer tão fácil assim em um primeiro momento, e por isso vou dar o meu próprio exemplo, visto que aplico aquilo que falo.

O maior valor da minha empresa, que é de consultoria, e por isso atendo a outras empresas e não ao cliente final, é a transforma ção, ou seja, o meu cliente, que pode ser desde uma montadora, a uma concessionária, distribuidor, revenda de seminovos ou oficina mecânica, sabe que pode contar com o auxilio de um especialista

no setor automotivo para mudar significativamente o seu negócio. Esse é meu maior valor! E por isso invisto em melhorar cada vez mais no meu entendimento sobre o segmento automotivo e assim poder causar transforma ções cada vez mais profundas nas empresas que atendo. Pode parecer simples, mas não é, mas ao menos eu tenho um norte de onde preciso investir para me lhorar ainda mais a minha entre ga de valor para meu cliente. Agora quero que pense e reflita bastante a respeito de algumas questões. Qual o valor do seu negócio? Por qual motivo seu cliente te contrata? Será que ele só está com você pela vantagem do preço? Será que seu serviço é tão bom mesmo, que o preço co brado será irrelevante? Será que o que você oferta está alinhado com o que o seu cliente busca? Ao responder com sincerida de essas perguntas você enfim achará o valor do seu negócio!

Até o próximo artigo!

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Alexandre Costa Cconsultor especializado em inovação para o setor automotivo, palestrante e diretor da Alpha Consultoria alpha@alphaconsultoria.net
Novo mercado

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