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Terremoto
Laura Bettini
Era o fim e seguia o silêncio da sua voz derretido seu desmando seu retorno e riso devagar e sempre demanda revolta invenção de desculpas
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Resisto ao risco de ser rendida de olhos vendados evitando açúcar calma atenção
A vida é tensa lá fora mas intensa dentro e somos abrigo apesar das brigas bote salva-vidas
Na exaustão do afogamento embora com sede
Cedo
Agora aqui em terra firme mais firme que sempre em paz sob seu abalo sistemático sísmico sentido de perto reverberação da distância quilométrica retaliando minha boca como fonte de desgosto sacrificando minha pele para expiar espelho
Parece um terremoto tremer incertezas de consolo Medida de segurança para o temor de amar demais