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Vale a pena visitar Bom Jardim?
Bom Jardim merece ser mais visitado e entrar de vez no roteiro dos viajantes. mas a cidadezinha tem pou- cas opções de restaurantes e as pousadas são muito simples, nada pode ser comparado a Bonito, no mato grosso do Sul. Bom Jardim ainda está em fase de consolidação turística.
O tour de um dia é uma ótima opção pra quem está hospedado no malai manso, mas não quer deixar de conhecer alguns dos atrativos da região. Outro local interessante é a Chapada dos guimarães. mas antes, pudemos apreciar o maravilhoso lago do manso.
O Lago do Manso está localizado a 86 km de Cuiabá a uma altitude aproximada de 361 metros acima do nível do mar. Formado pela água represada da usina hidrelétrica, trouxe para o estado de mato grosso, em conjunto com a termelétrica, a autossuficiência em energia elétrica bem como uma nova e inédita opção de lazer náutico e aquático, a poucos quilômetros da capital. O lago do manso, com a Serra do Navio ao fundo, forma um cenário comparável às mais paradisíacas baías marinhas. Todo este esplendor possui águas calmas, quentes e transparentes.
Todo o encanto do lago é um convite para banhos naturais, mergulhos, atividades náuticas, dentre muitos outros atrativos que o lugar dispõe.
Pela beleza natural, pela imensidão das águas, pela facilidade de acesso através da rodovia bem conservada, o lago do manso é um grande atrativo turístico com uma das mais belas paisagens de mato grosso. Hoje já possui alguns condomínios residenciais fechados e uma boa estrutura de acesso ao lago. a região, borda do Planalto Central Brasileiro, situase sobre uma das mais antigas placas geológicas do planeta. Há cerca de 500 milhões de anos, havia uma camada de gelo no local. Há 300 milhões de anos, tudo era mar. Há 150 milhões de anos, um deserto encobriu a área. Há 64 milhões de anos, foi a vez de uma densa vegetação servir de alimentos aos animais pré-históricos até sua extinção. e há 15 milhões de anos, temos a modificação mais marcante, ou seja, o surgimento da Cordilheira dos andes que fez com que a planície pantaneira afundasse, criando então a Chapada.
No dia seguinte, fomos conferir os cenários paradisíacos da Chapada dos guimarães. O relevo do lugar caracteriza-se pela presença de grandes encostas e escarpas de arenito vermelho que vão de 600 a 800 metros de altitude. este complexo rochoso apresentase em cânions e ruínas de curiosas formas diferentes.
Nas paisagens da região é possível observar marcas deixadas no arenito, achar fósseis de conchas do mar, ossos de dinossauros e até ver dunas do antigo deserto. atualmente, a universidade Católica de goiás vem desenvolvendo ampla pesquisa nesses sítios arqueológicos, que incluem pinturas rupestres, cerâmicas, artefatos de caça e demais utensílios.
Orquídeas, bromélias, ipês, jatobás, babaçus, buritis, perobas e diversas flores de tamanho, cor e forma compõem a rica flora do cerrado brasileiro, que é predominante na Chapada dos guimarães. além das flores, árvores frutíferas aparecem em grandes quantidades, tais como o pequizeiro, o cajuzinho e a mangabeira. Por isso, é possível comprar, em vários restaurantes e lanchonetes, compotas de doces caseiros dessas frutas típicas. As plantas medicinais usadas na fitoterapia também são bastante encontradas no cerrado.
Outro fator importante para a composição dessa riqueza natural é o clima da região que é tropical (quente semiúmido), com duas estações bem definidas. A de chuvas (primavera e verão) e da seca (outono e inverno), quando ocorre a friagem, que é a inversão da massa polar sobre o continente, podendo provocar uma queda na temperatura, que normalmente varia de 12 a 25, para 5 graus. O total pluviométrico anual
Bugio e Siriema são vistos aos bandos pelas florestas do cerrado no MT situa-se entre 1800 e 2000mm. Os garimpeiros que ateiam fogo no solo para aumentar a ação dos aparelhos que detectam ouro, os religiosos que acendem inúmeras velas nas proximidades das cachoeiras do parque e os churrascos e tocos de cigarros acesos dos imprudentes turistas que visitam o local têm sido as principais atividades causadoras de incêndios. vale ressaltar que não existe registros históricos das áreas alteradas pela ação do fogo ou sua origem, o que dificulta quantificar as perdas ambientais e desenvolver recursos preventivos com maior eficácia. Em alguns casos, entretanto, a causa dos incêndios foi atribuída a fenômenos naturais, tais como descargas elétricas. mas estes casos são bem reduzidos, uma vez que após o início desses focos de incêndio as chuvas que caem acabam por apagá-los. a preservação do cerrado está diretamente ligada à elevada variação de espécies da fauna nacional que ocorrem na Chapada dos guimarães. Onça-pintada, veado-campeiro, macaco bugio, anta, tamanduá-bandeira, tatu-canastra e o lobo-guará são alguns exemplos dessa rica fauna.
É também comum ver emas e seriemas atravessando as estradas que cortam o Parque, que é um corredor natural de migração de aves. muitas dependem, inclusive, dos altos paredões de arenito para fazerem seus ninhos, como as maritacas, andorinhões e araras-vermelhas.
Frutas e outros tipos de alimentos leves são essenciais para repor as energias das caminhadas, que normalmente duram mais de três horas. Pelo forte calor, os horários de 11 às 14 horas são desaconselháveis para iniciar qualquer passeio.
Bem em frente ao portão de entrada e posto de controle do iBama está o principal cartão postal do Parque Nacional da Chapada dos guimarães: a Cachoeira do Véu de Noiva, queda d’água de 86 metros situada no meio de um enorme cânion, repleto de vegetação e com vários mirantes, onde pode-se ver bandos de maritacas voando ao entardecer. e ainda experimentar, no restaurante local, um dos melhores pratos típicos do mato grosso: a galinhada, que vem a ser pedaços
Formada pelas águas do Córrego Coxipozinho, a cachoeira de 86 metros de altura é cercada por paredão de arenito num vale em forma de ferradura refogados de frango caipira com muito alho, cebola e açafrão na mesma panela onde depois se cozinha o arroz.
Na mesma trilha do véu de Noiva encontram-se as demais cachoeiras do Parque. a Cachoeirinha, com 15 metros de queda d’água, é muito frequentada por turistas porque possui uma praiazinha de areia e lanchonete com boa infraestrutura. Seguindo 50 metros acima, depara-se com a cachoeira dos Namorados, que fica bem escondida e talvez por isso tenha este nome. um pouco mais para dentro do Parque está a cachoeira Sete de Setembro, com ótimo poço natural para banho. Descendo mais, vem a cachoeira do Pulo, que o próprio nome já identifica sua principal característica. Não há quem resista a um mergulho em suas águas geladas. Para os mais aventureiros, as cachoeiras dos malucos e das andorinhas são de mais difícil acesso, pois suas trilhas têm descidas e subidas que exigem maior vigor físico e cuidado. Não menos interessantes são as cachoeiras do Degrau, Prainha e Piscina Natural. mas nem só de cachoeiras vive a Chapada dos guimarães. Outro local maravilhoso é o morro São Jerônimo que, com 860 metros de altura, é o ponto mais alto do parque. Do seu topo é possível ver a capital
Cuiabá e toda a planície pantaneira. Com aproximadamente nove quilômetros, é a mais longa trilha de dentro da unidade de Conservação. São trechos tortuosos de rochas, mais uma travessia de um bosque e pequenas escaladas para se atingir o cume. No seu caminho estão as formações rochosas do Jacaré de Pedra, mesa de Sacrifícios, altar de Pedra e o Chapéu do Sol. ainda na parte inferior do parque está situada a Casa de Pedra. uma gruta de arenito sitiada dentro da vegetação e cortada pelo pequeno córrego que merece ser registrada fotograficamente.
Na parte superior do parque encontram-se os principais mirantes da Chapada, como a Cidade de Pedra, que é o local predileto das araras-vermelhas, facilmente vistas nas primeiras horas da manhã ou ao entardecer, quando alçam grandes voos entre os paredões dos penhascos lá existentes. e o Paredão do eco, que permite um visual incrível da formação rochosa da Chapada.
O último ponto turístico a ser citado dentro do Parque Nacional é o Curral de Pedras. Formação rochosa que os antigos moradores percorriam transportando a boiada. São pedras gigantes elegantemente espalhadas numa das planícies do cerrado.
Para quem pensa que as belezas naturais da região terminam aí, respire fundo para pegar mais fôlego e seguir em frente. Fora do parque há muito o que se ver. a começar pela caverna arue Jari, que na tradição indígena dos Bororós significa Morada das Almas. A enorme abertura dessa caverna dá ampla visão para árvores e cipós, que contrastam com o escuro universo do seu interior. em uma de suas muitas entradas há um lago de cor azul que é um convite ao banho. mas vale avisar que o sol entra dentro da gruta por volta das três horas da tarde, o que faz com que a água seja extremamente fria. O mergulho ajuda a recarregar as energias para os longos cinco quilômetros de retorno da trilha. a melhor hora para fazer essa caminhada é pela manhã, quando o sol não está muito forte. vale citar que muitas maritacas residem na entrada da gruta onde o lago se localiza, devendo-se então fazer uma aproximação mais silenciosa para quem gostaria de vê-las e, quem sabe, fotografá-las. a arue Jari está cadastrada na Sociedade Brasileira de espeleologia como a segunda maior caverna do país com 1100 metros de extensão. Fica a 46 km do centro da cidade da Chapada dos guimarães.