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COORDENAÇÃO
Luiz Fernando de Lima Paulo
CONCURSOS PARA
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Escola de Sargentos das Armas
TEORIA SIMPLIFICADA DE ACORDO COM O ÚLTIMO EDITAL DO CONCURSO Q U E STÕ E S G A B A R I TA DA S E C OM E N TA DA S
A U TO R E S
Juliana Figueiredo Wagner Pietropoli Rafael Marques Cristiane Machado DISCIPLINAS
• Português • Matemática • História • Geografia
140 Questões Comentadas Desafio RIDEEL APROVAÇÃO
Esta Obra Interativa de Estudos espera completar o que faltava para o aluno ser aprovado no concurso da EsSA (Escola de Sargentos das Armas). Neste livro, os autores procuraram transmitir, por meio do Fixe Fácil – teoria didática simplificada – e das questões comentadas, o conhecimento da área dos concursos militares. Propusemos também o Desafio Rideel, um grupo de questões consideradas, segundo a avaliação dos autores, de trabalhosa resolução. Conhecendo, por exemplo, os temas preferidos das provas da EsSA, evitam-se surpresas na hora da prova. Acreditamos que a leitura atenta deste livro já faça parte do processo de preparação para o seu ingresso na EsSA! Estudar sempre! A Editora
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Teoria simplificada e quest천es de concursos
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Teoria simplificada e questões de concursos
ExpEdiEntE Presidente e editor Italo Amadio diretora editorial Katia F. Amadio editora-assistente Mari de Barros Projeto gráfico Reverson R. Diniz diagramação Adriana Aguiar Santoro imPressão Braspor Gráfica e Editora Ltda.
dados internacionais de Catalogação na publicação (Cip) Angélica ilacqua CRB-8/7057
Concursos para EsSa – Escola de Sargentos das armas – São Paulo : Rideel, 2015. (Passe nos concursos militares) Vários autores 1. Serviço público - Brasil - Concursos 2. Língua portuguesa - Problemas, questões, exercícios I. Série 15–0565
CDU–35.08 (079.1) Índice para catálogo sistemático: 1. Serviço público - Concursos
ISBN 978-85-339-3521-1
© 2015 - Todos os direitos reservados à
Av. Casa Verde, 455 – Casa Verde CEP 02519-000 – São Paulo – SP e-mail: sac@rideel.com.br www.editorarideel.com.br Proibida a reprodução total ou parcial desta obra, por qualquer meio ou processo, especialmente gráfico, fotográfico, fonográfico, videográfico, internet. Essas proibições aplicam-se também às características de editoração da obra. A violação dos direitos autorais é punível como crime (art. 184 e parágrafos, do Código Penal), com pena de prisão e multa, conjuntamente com busca e apreensão e indenizações diversas (artigos 102, 103, parágrafo único, 104, 105, 106 e 107, incisos I, II e III, da Lei no 9.610, de 19-2-1998, Lei dos Direitos Autorais). 135798642 0615
Sobre esta obra Esta obra é um Guia Interativo de Estudos, que traz esquemas de teoria abrangentes e uma coletânea de questões comentadas, organizadas segundo sua complexidade. A obra ainda compreende um grupo de questões mais complexas, um desafio para aqueles alunos que já leram os esquemas de teoria e estudaram todas as questões comentadas. O conteúdo está dividido em partes, por disciplina, e dentro dela, duas seções: o Fixe Fácil (esquemas práticos de teoria) e o Para começar (questões comentadas). Os comentários em cada questão são claros e objetivos, pois foram desenvolvidos por autores experientes na área dos concursos. PRÁTICA PARA O CONCURSO DA ESSA te • Para complementar os seus estudos, leia na introdução des livro os “9 Passos para aprovação em concurso público”. e o • Resolva as questões e só depois utilize o gabarito comentário para conferir a sua resolução. stas • Mantenha-se atualizado por meio da leitura de jornais, revi e sites. Normalmente o tema pedido na prova de redação tem
por base algum acontecimento recente. área • Acompanhe as informações dos demais concursos da militar. de • Às vésperas da prova, é proveitoso fazer uma revisão todo o conteúdo deste livro. Pesquisas revelam que passam em concursos aqueles que são mais treinados para isso!
Para críticas, sugestões e elogios, contate-nos pelo canal: sac@rideel.com.br Muito obrigado! Estudar sempre! Palavras do nosso coordenador: Luiz Fernando de Lima Paulo “É melhor nadar, andar e voar como um pato do que voar como uma águia, compreende?”
Sumário Os 9 passos para aprovação em concurso público ........................................................IX
PORTUGUÊS Fixe Fácil .................................................................................................................................................19 1. Leitura, interpretação e análise de textos ....................................................................................... 19 2. Fonética, ortografia e pontuação ............................................................................................................ 20 3. Morfologia .................................................................................................................................................................. 28 4. Morfossintaxe ......................................................................................................................................................... 29 5. Noções de versificação................................................................................................................................... 35 6. Teoria da linguagem e semântica........................................................................................................... 37 7. Introdução à literatura ...................................................................................................................................... 39 8. Literatura brasileira ............................................................................................................................................ 39 9. Redação ...................................................................................................................................................................... 46 10. Nova ortografia da língua portuguesa............................................................................................. 46 Para começar .......................................................................................................................................47
MATEMÁTICA Fixe Fácil .................................................................................................................................................59 1. Teoria de conjuntos numéricos ................................................................................................................ 59 2. Funções ....................................................................................................................................................................... 63 3. Função afim e função quadrática ........................................................................................................... 65 4. Função exponencial e função logaritmica....................................................................................... 69 5. Equações, inequações, mmc, mdc ......................................................................................................... 71 6. Trigonometria .......................................................................................................................................................... 73 7. Análise combinatória......................................................................................................................................... 75 8. Probabilidade .......................................................................................................................................................... 77 9. Noções de estatística ....................................................................................................................................... 80 10. Sequências Numéricas................................................................................................................................ 81 11. Matrizes, determinantes e sistemas lineares ............................................................................. 82 12. Geometria Plana ............................................................................................................................................... 87 13. Geometria espacial ......................................................................................................................................... 89 14. Geometria analítica ....................................................................................................................................... 93 15. Números complexos ...................................................................................................................................... 97 16. Polinômios .............................................................................................................................................................. 99 17. Equações polinominais ............................................................................................................................102 Para começar .................................................................................................................................... 105
HISTÓRIA Fixe Fácil .............................................................................................................................................. 115 1. Expansão marítima europeia ...................................................................................................................115 2. Sistema colonial português na América ........................................................................................116 3. As Reformas Pombalinas (1750-1777) ........................................................................................117
4. Crise do sistema colonial e movimentos de rebeldia ..........................................................118 5. Transferência da corte e suas consequências .........................................................................118 6. O processo de independência e sua consolidação ..............................................................119 7. O primeiro reinado (1822 - 1831) .....................................................................................................120 8. O período regencial (1831-1840) .....................................................................................................121 9. O segundo reinado (1840-1889) .......................................................................................................122 10. Primeira república (1889-1930) ......................................................................................................123 11. A era Vargas (1930 – 1945) ..............................................................................................................124 Para começar .................................................................................................................................... 125
GEOGRAFIA Fixe Fácil .............................................................................................................................................. 135 1. Território nacional .............................................................................................................................................135 2. O Espaço brasileiro .........................................................................................................................................139 3. Políticas territoriais: meio ambiente ...................................................................................................149 4. Modelo econômico brasileiro ..................................................................................................................150 6. Políticas territorias e regionais...............................................................................................................157 Para começar .................................................................................................................................... 159
Os 9 passos para aprovação em concurso público Luiz Fernando de Lima Paulo
Anualmente milhares de candidatos disputam vagas em diversos cargos públicos. Além da estabilidade, buscam-se bons salários. Mas o que diferencia o candidato aprovado do reprovado? Pode ser que o nível de preparação seja um componente importante para a aprovação. Para se preparar o aluno pode recorrer a aulas presenciais ou on-line, aulas particulares, material didático direcionado, livros, entre outros. Com estudo frequente e planejado, ao longo dos meses, e algumas técnicas que permitem facilitar o processo de fixação do conhecimento aumentam a chance de aprovação na prova do tão almejado concurso público. Uma das dicas é ler jornal, pois o candidato precisa conhecer os fatos e as notícias que certamente serão tema das provas de redação discursiva. Outra dica é esquecer a relação número de candidatos por vaga. Estima-se que cerca de 15% dos candidatos estejam preparados para o concurso público. Os demais são “aventureiros”.
Outros dois bons ingredientes são a seriedade e a persistência, pois cada dia de estudo é mais conhecimento adquirido. Agora vamos aos 9 passos para a aprovação, que têm eficácia comprovada! Leia atentamente cada passo e alcance o sucesso! Passo 1: Foco e decisão Escolher a área pública em que se deseja trabalhar para o resto da vida é muito importante. A escolha certa evita desperdício de tempo de estudo e de dinheiro. Há muitos cargos interessantes na mesma área, e as disciplinas pedidas no edital são muitas vezes as mesmas. Os concursos da área fiscal, por exemplo, têm características peculiares que diferem muito do conteúdo programático das carreiras da área policial e da dos tribunais.
Caso não saiba em que área pública deseja trabalhar, sugere-se que o candidato estude as disciplinas básicas dos concursos. Por exemplo: Língua Portuguesa, Raciocínio Lógico, Informática, Direito Constitucional e Direito Administrativo. Depois do edital, o aluno complementará com a legislação exigida e as demais disciplinas. Assim cerca de 80% do conteúdo será estudado antecipadamente. Passo 2: Planejamento “Não basta estudar para ser aprovado. É fundamental saber como estudar.” Planejamento leva o candidato à eficiência, ao ganho de tempo, à facilidade de aprendizado. O planejamento começa com a resposta a algumas perguntas básicas: Quais disciplinas são pedidas no edital para o cargo publico que desejo? Quantas horas por dia para os estudos? Quantos dias por semana? Como me preparar? Qual o melhor material? Em quais disciplinas tenho menos conhecimento? De acordo com estudos feitos, o tempo ideal em aulas preparatórias é de 3 a 4 horas diárias; o tempo de estudo em casa, ou pós-aula, é de 4 a 5 horas de estudo. O candidato deve jogar as disciplinas em que tem mais dificuldade nos dias com mais horas de estudo. É importante ressaltar que a quantidade de horas de estudo está diretamente relacionada ao nível do concurso público. Concursos com grande número de candidatos normalmente oferecem provas de nível de dificuldade elevado. Importante: No planejamento dos estudos é fundamental prever alguns momentos de lazer para o descanso. Mas, se quiser e achar necessário, utilize alguns dias de férias e feriado para intensificar os estudos.
O Promotor de Justiça Norberto Avena, especialista em concursos públicos, destaca algo que todos os candidatos devem ter em mente: “Geralmente, quem passa não é nenhum gênio, mas aquele que persevera”. Passo 3: Identificando as dificuldades “Estudar mais o que não gosta representa a aproximação ao seu objetivo.” O candidato deve fazer a seguinte pergunta: As disciplinas de que gosto são as mais exigidas no concurso em que pretendo ser aprovado? As disciplinas em que se tem maior afinidade são aquelas cujo aprendizado é mais fácil e prazeroso. Normalmente é a disciplina que costuma ter o maior número de acerto nos concursos. A preparação para o concurso público é fundamental para que o candidato identifique em que disciplina se tem mais dificuldade. Dica: Ao identificar as disciplinas em que tem mais dificuldade, o candidato poderá montar um quadro de estudo semanal, dedicando 20% a mais de estudo nessas disciplinas.
Passo 4: Método das Metas Semanais (MMS) “As metas são fundamentais para o aprimoramento da coragem para cumpri-las.” Técnicas de estudo ensinam suas metodologias. Quando me preparei para alguns concursos públicos, algo que funcionou para mim foi o que chamo de método das metas semanais. É um método de estudo que ajuda a definir a quantidade de horas disponíveis de estudo no período de uma semana. Com o número de horas definido, o candidato deverá cumpri-lo obrigatoriamente. No MMS as disciplinas exigidas no edital do concurso são estudadas ao longo da semana. Ao final, o candidato deverá quantificar novamente as horas e distribuí-las ao longo da outra semana, focando sempre o conteúdo programático.
Exemplo: Carlos identificou na sexta-feira que poderá estudar 20h (não computar o período de aulas presenciais). Em seguida, ele montou a seguinte agenda: 2h na segunda-feira, 3h na terça-feira, 2h na quarta-feira, 5h na quinta-feira e 3h na sexta-feira. Até sexta-feira, Carlos cumpriu 15h de estudo, mas ele havia previsto 20h. O que deverá fazer? Uma dica é que ele distribua as 5 horas no sábado e domingo e estude outras disciplinas ou faça exercícios. O método só será eficiente se houver fidelidade ao cumprimento das metas estabelecidas. Este método traz muita disciplina, além de que o seu planejamento semanal será sempre revisado. Atenção: Estabelecer metas que possam ser cumpridas, ou seja, metas dentro da capacidade física e mental. Se o candidato propuser 20h, não poderá fazer 30h.
Para funcionamento do MMS, pede-se que o candidato ao se planejar respeite sua rotina. Outro aspecto importante no MMS é o alto rendimento nos estudos. O candidato deverá ter a atenção completamente voltada para a disciplina: sem se distrair com a TV, computador, celular. Importante: A cada 2 horas de estudo faça um intervalo de 15 minutos. Entre os períodos do dia, fazer um intervalo de 1 hora para as refeições. Nesse intervalo, pede-se que evite falar sobre o conteúdo das disciplinas ou provas. Mesmo em redes sociais!
Passo 5: Como montar o quadro de estudo semanal “As conquistas na vida surgem com estratégia e planejamento.” 1. Identifique o cargo ou área do concurso. 2. Observe no edital as fases do concurso, as etapas eliminatórias e classificatórias e anote-as. Distribua as fases eliminatórias ao longo da semana.
3. 4.
5. 6.
Para os concursos públicos com exigências físicas, o período de preparação dependerá da condição inicial do candidato, porém, sugere-se que seja realizada em um período de 120 dias para o nível iniciante. (Émerson Friano e Luiz Fernando de Lima Paulo. Passo a passo ilustrado, sua aprovação no teste físico. 1. ed. São Paulo: Editora Rideel. p. 15). Preencha o número de horas que poderá estudar ao longo da semana (MMS). Analise as disciplinas e a quantidade de questões dos últimos dois concursos. Essa análise permite que o candidato saiba que disciplinas são mais exigidas no concurso. Ao montar o quadro de estudo semanal, consegue-se distribuir os estudos de acordo com as disciplinas mais exigidas. Dedique-se mais às disciplinas em que tem mais dificuldade. Avalie o conteúdo exigido em cada disciplina. A disciplina de português, por exemplo, apresentou maior número de questões nos últimos concursos. Importante:
Para a semana seguinte é fundamental que se ajuste o número de horas disponíveis para o estudo (MMS), priorizando sempre aquelas em que se exige mais dedicação para o aprendizado. O quadro de estudo semanal pode sofrer muitas mudanças na quantidade de horas de estudo. Nesse método, a fase eliminatória do teste físico dos concursos deverá ser observada diariamente, pois o período de preparação é importante. Atente-se para a saúde, mantenha a conduta ilibada e prepare-se adequadamente para o teste físico.
Saiba que... O índice médio de reprovação nos testes físicos varia de 40% a 60%.
Passo 6: Descansar “Hoje já não durmo para descansar, durmo para sonhar.” Walt Disney
Segundo estudos científicos, não se consegue manter a mesma atenção após alguns minutos de estudo. Mas, se for preciso estudar muito, o que fazer? Depois de duas horas de estudo ininterruptas, levante-se por 15 minutos. Relaxe tomando um copo d´água, coma algo leve, converse com alguém, deite se quiser, ou converse com os amigos nas redes sociais. O importante é usar esse tempo para relaxar. Mas nada de aumentar o tempo de descanso! Passo 7: O material didático aliado à aula “Mergulhe no que você não conhece como eu mergulhei. Não se preocupe em entender, viver ultrapassa qualquer entendimento.” Clarice Lispector
Este livro oferece todo o conteúdo para a preparação ao concurso da EsSA, que ajudará a complementar as videoaulas ou as aulas presenciais. Este material foi desenvolvido para o candidato que não quer perder tempo nem desperdiçar dinheiro. Passo 8: Conhecimento = Entendimento + Memorização “Pouco conhecimento faz com que as pessoas se sintam orgulhosas. Muito conhecimento, que se sintam humildes.” Leonardo da Vinci
O entendimento de um assunto pode se tornar mais rápido quando o candidato assiste a uma aula expositiva. Em sala de aula, é fundamental que se anotem todos os detalhes. Após a aula, seguindo os passos anteriores, leia o conteúdo deste livro junto com as anotações de aula. Segundo estudos, a memória auditiva é a mais eficiente. Além de que as dúvidas dirimidas levam a uma economia de tempo.
Assistir a videoaulas ou estudar sozinho com bons livros? Se o candidato conhece bem os assuntos exigidos no edital do seu concurso, vale a pena revisar a matéria por meio de videoaulas ou estudo em grupo. Independentemente da aula, o livro é sempre um bom aliado. Seja no papel ou em meio digital, eles estão por aí, abordando vários temas. Importante: Não dificulte o seu aprendizado. Caso não consiga progresso estudando sozinho, busque um bom cursinho preparatório. As dúvidas podem atrapalhar o aprofundamento no assunto, tirando do aluno a oportunidade de aprender mais em pouco tempo. Ganhar tempo ainda é um dos maiores investimentos.
Passo 9: Busque o equilíbrio “Não tenha pressa, mas não perca tempo.” José Saramago
É difícil falar em equilíbrio quando se está prestes a tomar uma decisão muito importante na vida. Não existe receita de bolo para alcançar o equilíbrio; talvez a proposta em algumas religiões seja o de aceitar a vida com mais tranquilidade. Aluno, a dica é: Seja honesto consigo mesmo! Se não entendeu algo, pergunte. Se não souber algo, pergunte. Tenha coragem de aceitar as próprias limitações!
Sucesso! Estudar sempre!
HIsTÓrIa
Rafael Marques de Jesus Oliveira Possui graduação em História pela Fundação Instituto de Ensino para Osasco (UNIFIEO). Atualmente atua como coordenador do núcleo pedagógico no ensino básico e desenvolve pesquisas no campo da história do período colonial, analisando o cotidiano alimentar de escravos na Bahia do século XVIII. Tem experiência na área de ensino básico, bem como na área de preparação de estudantes para vestibular e concursos públicos.
Fixe fácil 1. Expansão marítima europeia 1.1 Principais características Causa: do século XII em diante, a Europa assistiu a uma grande expansão das atividades comerciais no continente. Essa expansão, ao ampliar a concorrência entre os grandes mercadores, gerou a necessidade de buscar novos mercados. Sabendo-se que a Índia possuía o comércio de especiarias de alto valor comercial na Europa, os mercadores europeus foram em busca de rotas que os levasse à Índia. Porém, a dominação pelos turcos otomanos da única rota terrestre possível, levou-os a buscarem alternativas pela via marítima iniciando com isso a expansão marítima dos séculos XV e XVI. Pioneirismo português e ibérico: diferentes causas levaram os portugueses e espanhóis a serem os primeiros a expandirem seus domínios via oceano atlântico. Entre eles a posição geográfica, a ascensão comercial dos países ibéricos no séculos XIII e XIV; no caso de Portugal podemos ainda apontar a centralização política precoce, as rivalidades políticas com Castela e a aproximação política entre o rei e os grupos mercantis então em ascensão. Invasões estrangeiras: naturalmente, após as expansões terem levado os reinos ibéricos a descobrirem a América, outros reinos manifestaram o interesse de dominar as terras do novo mundo. Os franceses, por exemplo, tentaram, ainda no século XVI, aliando-se às tribos tamoias e tupinambás, invadir o Rio de Janeiro, e fundaram a França Antártica. Após serem expulsos em 1567, fundaram mais ao nordeste da colônia a França equinocial, uma nova colônia onde foi erguido o forte de Saint Louis, em homenagem ao então rei Luiz XIII. Hoje essa região é a famosa capital do Maranhão. A garantia da dominação das terras brasileiras foi tentada de diversas formas, porém, a falta de recursos da coroa em empreender a defesa custosa do território levou-a a adotar o sistema de capitanias hereditárias, já utilizado em suas outras colônias. Esse sistema funcionava através da doação de capitanias (terras) de norte ao sul da colônia para donatários responsáveis por garantir sua efetiva ocupação e domínio, fazendo, entre outras coisas, doação de sesmarias (porções de terras dentro da capitania) a pessoas de sua confiança. Embora o sistema tenha falhado, algumas capitanias progrediram (São Vicente e Pernambuco), desenvolvendo uma produção econômica que estimulou o povoamento da região. Os tratados de limites: em função das grandes distâncias abrangidas pelo processo de expansão marítima de Portugal e Espanha, naturalmente, esses reinos encontraram pelo caminho diversas terras antes desconhecidas na Europa. E como a já antiga rivalidade entre os dois reinos os impelia muitas vezes ao estado de crise diplomática, a Igreja constantemente interferia em suas relações a fim de mediar os conflitos. Dessa forma, a Igreja lançava mão do uso de tratados que determinavam a posse das terras encontradas e as que possivelmente se haveria de encontrar, a fim de garantir a paz diplomática entre os dois reinos. Daí terem sido criados diversos tratados de limites:
a) Tratado de Alcáçovas (1479): estabeleceu, além da paz entre os dois reinos, que as terras por descobrir ao sul das ilhas Canárias pertenceriam a Portugal, e as localizadas ao norte, inclusive as próprias Canárias, aos espanhóis;
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b) Bula Inter Coetera (1493): determinava que todo território descoberto a 100 léguas a oeste das ilhas de Cabo Verde pertenceria à Espanha e as terras localizadas a 100 léguas ao leste, aos portugueses; c) Tratado de Tordesilhas (1494): não aceitando as definições do tratado anterior, os portugueses reivindicaram um novo tratado, que ampliasse o alcance de seus domínios, o que levou à reformulação do anterior de 100 para 370 léguas.
2. Sistema colonial português na América 2.1 Estrutura socioeconômica A estrutura socioeconômica do período colonial foi marcada pela articulação da grande propriedade monocultora, em que o principal meio de exploração era o trabalho escravo, cujo objetivo primordial era a produção voltada para o mercado externo europeu. A mão de obra escrava: a fim de que a exploração econômica do novo mundo fosse lucrativa e atrativa ao homem europeu, era necessário resolver três questões básicas: como garantir mão de obra para a produção colonial, sendo que a adversidade climática bem como a hostilidade de alguns grupos indígenas ameaçavam a vida dos invasores; como garantir uma produção em que os custos altos da viagem e do transporte não atrapalhassem a lucratividade do negócio colonial; e, por fim, onde conseguir oferta de mão de obra já que as populações nativas não assimilavam a lógica de produção voltada para o mercado e não para as necessidades imediatas. A preexistência de um grande mercado escravista na África, bem como o contato do homem português com o continente durante a busca pelas Índias orientais, levaram ao início da exportação de homens e mulheres escravos para Portugal já no século XIV. Diante disso, os portugueses progressivamente adotaram a mão de obra escrava africana na América em substituição ao nativo indígena. O homem e a mulher africanos eram submetidos à condição de cativos, explorados sem qualquer remuneração; submetidos à vivência escrava em um ambiente estranho, e a um convívio com homens e mulheres de nações igualmente estranhas. Dessa forma, os três problemas iniciais estavam resolvidos e a lucratividade da exploração colonial estaria garantida por mais três séculos de colonização. Propriedade monocultora: a grande propriedade era o mecanismo pelo qual o povoamento da América estava garantido por parte dos portugueses, ainda às voltas, naquela época, com a ameaça de invasores estrangeiros. Também ela foi o meio pelo qual foi possível viabilizar a produção de gêneros alimentícios que garantissem o retorno financeiro e, portanto, a lucratividade de toda a empresa colonizadora. Assim, como a colonização era realizada através da distribuição da posse, por parte da coroa portuguesa, de largas porções de terra, garantia com isso seu domínio sobre o território; e, a fim de possibilitar a produção em larga escala para o mercado europeu, optou-se pela produção monocultora, isto é, de um único gênero tropical, o que tornou possível a lucratividade da exploração. Mercado externo: a expansão marítima europeia ocorreu em consequência do crescimento do mercado comercial europeu. Assim, os navegantes europeus, intencionavam alcançar as Índias orientais em sua expansão pelo mar, a fim de lá encontrar especiarias, que nada
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mais eram que produtos, em sua maior parte, condimentos, que tinham pouca ou nenhuma produção no solo europeu. Com a descoberta acidental da América, território constituído de clima diverso do europeu e, portanto, passível da produção de gêneros tropicais de alto valor na Europa, a colonização se voltou a montar aqui a estrutura necessária para atender unicamente o objetivo de abastecer o mercado comercial europeu com esses gêneros de alto valor comercial. Consequentemente, a estrutura colonial se baseou no grande latifúndio escravista e monocultor, pois era a melhor solução para a produção em larga escala.
3. As Reformas Pombalinas (1750-1777) 3.1 Causas principais das reformas Com a queda da mineração, a economia colonial sofreu repercussões que afetaram as relações comerciais com a metrópole. Diante da consequente queda de suas receitas, a coroa iniciou uma série de medidas que buscaram centralizar o controle político sobre a colônia a fim de mais bem extrair seus recursos econômicos. Nesse contexto surgiu a figura de Sebastião José de Carvalho de Melo, o futuro Marques de Pombal, escolhido como ministro pelo rei D. José I. As reformas políticas empreendidas pelo Marques de Pombal tiveram por objetivo implantar as práticas mercantilistas no âmbito da administração da colônia. Tais medidas eram somadas com a tentativa de trazer para a colônia um estilo de governo inspirado nos reis ilustrados da tradição do Iluminismo que então ainda se formava. AS PRINCIPAIS REFORMAS Criação de estímulos à produção do Norte e Nordeste: Pombal também criou a companhia do Grão-Pará e Maranhão, cujo objetivo consistia em estimular a produção de gêneros alimentícios no Norte e Nordeste. Através dessas companhias seria possível recuperar a agricultura canavieira, algodoeira e o incremento da exportação de produtos. Expulsão dos jesuítas: preocupado em inibir o crescimento de áreas da colônia em que a atuação dos colonos fosse autônoma, Pombal buscou cercear os poderes daquele que ele mesmo considerou “um Estado dentro do Estado”: os jesuítas. Assim, Pombal, em 1759, expulsou os padres jesuítas da colônia com o confisco de suas propriedades, escravos e bens variados.
• Mudança da sede do governo geral do Brasil de Salvador para o Rio de Janeiro (1763)
Pombal acreditava que o índio era de fundamental importância para a preservação do território colonial de ameaças estrangeiras. Ele acreditava que, se a coroa fosse capaz de fazer os índios se identificar com os interesses da metrópole, seria possível manter as fronteiras protegidas, principalmente na região Norte, menos populosa. Por isso, Pombal proibiu a escravização do índio, estimulou os casamentos mistos entre brancos e indígenas e perseguiu a influêncioa dos jesuítas sobre a educação destes.
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4. Crise do sistema colonial e movimentos de rebeldia 4.1 Principais causas da crise Causa: a crise do sistema colonial ocorreu como consequência de um conjunto complexo de fatores. Um dos principais foi a queda do poder absolutista na Europa. Esse poder era importante para a manutenção do sistema colonial pois era sido capaz de manter o Estado militarizado, conservando o poder antigo dos aristocratas, mantendo o funcionamento forçado do exclusivo colonial e garantindo, portanto, a manutenção do sistema colonial. Porém, à medida que o sistema colonial entrava em crise, a coroa aumentava suas arrecadações, o que aumentava a insatisfação popular. Tais insatisfações culminavam em movimentos de rebeldia, em que alguns chegavam a lutar por projetos de emancipação política dos domínios da metrópole. É importante ressaltar que muitos movimentos de rebeldia ocorreram por outras razões, mais ligadas ao desenvolvimento econômico da colônia portuguesa, que aos poucos produziu uma diversificação social que aumentou o choque de interesses entre os setores que representavam a coroa (comerciantes, autoridades civis etc.) e os interesses dos colonos (proprietários de terra, artesãos, mineradores, comerciantes de escravos ligados à importação etc.).
Revolta dos Beckman (1684) Guerra dos Mascates (1710) Revolta de Vila Rica (1720) Guerra dos Guaranis (1753-1756) Inconfidência Mineira (1789) Conjuração Baiana (1798)
5. Transferência da corte e suas consequências 5.1 Causas Quando Napoleão Bonaparte iniciou sua expansão militar pelos países inimigos da Europa, pretendia realizar um cerco continental que bloqueasse o abastecimento do império britânico. Porém, ainda existia um país que permanecia livre: Portugal. Imediatamente, as tropas napoleônicas marcharam no final de 1807 em direção a Portugal, no entanto, o príncipe regente, e toda a corte, resolveu fugir para sua colônia na América, deixando para trás a população portuguesa. A abertura dos Portos: a abertura dos portos às nações amigas (1808) foi a primeira medida tomada por D. João quando chegou à colônia. A expressão nações amigas se referia à Inglaterra, que naquele momento aumentava seus interesses pelo mercado colonial português. A crescente presença dos ingleses na vida política da colônia naquele momento ganhava corpo, já que a marinha britânica havia oferecido à corte proteção durante a viagem da Europa para a América. Com a abertura dos portos, a colônia rompia com o exclusivismo colonial, o que contrariou o interesse dos comerciantes reinóis presentes na colônia e animou os proprietários rurais.
PASSO A PASSO ILUSTRADO – SUA APROVAÇÃO NO TESTE FÍSICO O concurso público é composto muitas vezes por mais de uma etapa. A Editora Rideel, preocupada em prepará-lo para alcançar a aprovação em concursos de carreira de segurança pública e forças armadas, apresenta esta obra que visa orientar como conseguir o sucesso no exame de aptidão física. Cada capítulo aborda um tipo de teste físico exigido nos editais e, para exemplificar, fotos ilustram, passo a passo, como deve ser a correta execução. Os autores realizaram cada exercício identificando a dificuldade de sua execução e orientando para que o candidato obtenha o melhor resultado. Conciliar os estudos para a prova objetiva com o preparo físico adequado possibilitará a tão sonhada aprovação no concurso.
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TEORIA SIMPLIFICADA DE ACORDO COM O ÚLTIMO EDITAL DO CONCURSO Q U E STÕ E S G A B A R I TA DA S E C OM E N TA DA S
Especificações Formato: 170 mm x 240 mm No de páginas: 168 Miolo: offset 90 g Capa: cartão 250 g
ISBN: 978853393521-1
Capa: Sergio A. Pereira Fotos: Rawku5/SXC, Corel Professional Photos, Valter Campanato/ABr
Esta obra está estruturada em capítulos, as disciplinas. Cada capítulo compreende duas seções. A primeira, o Fixe Fácil (ou teoria simplificada), em que o estudante encontrará a teoria sistematizada da disciplina; a segunda, o Para começar (começando a fixar o conhecimento), em que estão reunidas questões gabaritadas e comentadas de vários concursos para a EsSA. Por fim, um desafio com 5 questões complexas e, em seguida, o gabarito. Primorosamente elaborada, traz informações por meio de uma leitura agradável e interativa. Os autores fundamentaram a resposta do gabarito oficial por meio de uma linguagem fácil, dando dicas e indicativos para o aluno não cair em pegadinhas. Acredite, passar no concurso da EsSA é possível!