Livro 50 anos

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As memórias da Paróquia do Santíssimo Sacramento


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As memórias da Paróquia do Santíssimo Sacramento


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Se o SENHOR n達o edificar a casa, em v達o trabalham os que a edificam; se o SENHOR n達o guardar a cidade, em v達o vigia a sentinela. Salmo 127


REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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Introducao

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A parรณquia somos nรณs


Sempre acreditei nas pessoas. São elas que sonham, que se agregam e tornam o que antes era improvável em realidade. Vivemos um tempo em que coisas são maiores que pessoas. Na balança da vida estamos perdendo espaço para a tecnologia e creio que é preciso, sempre que possível, colocar os pingos nos is. A paróquia do Santíssimo Sacramento não é a bela igreja de traços limpos construída com muito esforço no final da década de 60, mas a congregação de pessoas em torno de um ideal de vida cristã. A paróquia somos nós. É por este motivo, que ao idealizar um livro que celebrasse os 50 anos do Santíssimo procurei resgatar o espírito de comunidade. 12

Um livro é a história de um olhar. Representa a visão de quem o escreve ou organiza as informações. Por mais que ha ja uma atenção obstinada com a verdade histórica, um livro será sempre um um recorte, uma vez que é formado a partir da interpretação de seu autor. Este não é diferente. É produzido com muito amor e respeito à história de uma comunidade que neste ano de 2017 completa 50 anos, mas não é nada mais que um álbum de retratos. Um álbum que encanta por mostrar que somos uma só família. Uma família grande, com muitos irmãos, com encontros semanais, muitas vezes diários. Uma família que celebra seus melhores momentos com grandes almoços, jantares. Somos uma família que se a joelha, que se une em oração. Que também chora junto quando é preciso. Uma família que partilha o pão e que tem o privilégio de viver um milagre a cada celebração.

As fotos que compõem as próximas páginas representam alguns dos momentos mais especiais na vida de cada família, nossa primeira comunidade. Foi por meio da família que quase todos nós chegamos à Igreja do Santíssimo Sacramento. Nos braços de um pai e de uma mãe, de uma tia ou avó. Esse livro só tem uma missão: celebrar a família. A sua, a minha, a nossa. Por falar nisso - a família, como vai? Talvez algumas imagens desse livro nos sejam úteis para refletir sobre isso. Ali, cada gesto congelado pelas lentes de um fotógrafo - profissional ou amador - tem um sentido único. Na imagem de um batismo ficou para sempre registrada aquela família unida que hoje talvez não se veja com tanta frequência. O olhar cúmplice dos noivos em frente ao altar e sob as bênçãos do sacerdote diz muito sobre o amor que uniu aquelas duas vidas. Que importa que o tempo passou, as dificuldades foram grandes e hoje a paixão tenha dado lugar a uma vida menos vibrante? É hora de resgatar, de reavivar. Quantas histórias de casais que se conheceram na Igreja e por isso mesmo superaram todas as dificuldades? Está tudo ali, naquelas fotos. Basta se deixar levar por elas, orar e agradecer. E aquele menino sonhador que segurava a vela com o olhar curioso na Primeira Comunhão, ansioso por seu primeiro encontro com Jesus? Onde foi parar aquela fé singela, sincera, livre de questionamentos? Sempre é tempo de recomeçar.

Luis Fernando Carneiro


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Esse livro só tem uma missão: celebrar a família. A sua, a minha, a nossa. Por falar nisso - a família, como vai? Talvez algumas imagens desse livro nos sejam úteis para refletir sobre isso. Ali, cada gesto congelado pelas lentes de um fotógrafo - profissional ou amador tem um sentido único.


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Palavra do Paroco 17

A alegria de estar em comunidade


Como entender a descrição de “porta e caminho estreitos”, quando Jesus se referia à vida que levariam os apóstolos, discípulos, enfim todos os seus seguidores ? “Entrai pela porta estreita, porque larga é a porta e espaçoso o caminho, que conduz à perdição...” (Mt 7,13).

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Certamente fazia alusão à dificuldade dos caminhos pedregosos e estreitos, que na época recortavam a Palestina, o deserto e toda a Ásia Menor, ocultando serpentes venenosas e muitas vezes assaltantes. Na realidade, porém, referia-se à dificuldade da rejeição dos judeus e pagãos à crença de Jesus como Filho de Deus, ao modo de vida simples, fraterno, solidário e orante, posto em prática pelos discípulos. O estilo de vida dos discípulos contrapunha-se à permissividade e ao mesmo tempo à rudeza do mundo pagão em que viviam. Viver os ensinamentos de Jesus nesse meio exigia mudança radical e muita coragem. Impactava demais, gerava reações múltiplas, que iam da aceitação à perseguição cruel. De início, como sabemos, prevaleceu a perseguição, não raro a tortura e o martírio. Ainda assim, os apóstolos e seguidores pregavam o Evangelho com destemor, condenavam sem temor o paganismo e suas práticas permissivas. O Espírito Santo os guiava e lhes dava coragem.


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“Se alguém me quer seguir, renuncie-se a si mesmo, toma a cruz e siga-me.” (Mc 8, 34). “Sereis odiados de todos por causa do meu nome, mas aquele que perseverar até o fim será salvo.” (........). “No mundo haveis de ter aflições. Coragem ! Eu venci o mundo.” (Jo 16, 33). “Entretanto, aquele que perseverar até o fim, será salvo”. (Mt 24, 13). Deixamos a Santa Missa, cheios de bons propósitos, um a um vão ficando pelo caminho... Não é isso que acontece ? Verdade que o meio quase pagão e consumista em que vivemos pouco a juda. Verdade, que uma certa “imposição dos costumes”, a influência da televisão e da mídia em geral não colaboram, parecem pulverizar os bons propósitos. Chegamos a ter vergonha de externar nossa fé em público. A dificuldade, não raro, começa dentro da própria família. E os bons propósitos não vingam. Não é que sejamos necessariamente ruins, a “porta é estreita” porque somos fracos mesmo. Precisamos de a juda, frequência aos sacramentos, da intercessão da Virgem Maria e dos santos. Precisamos alimentar nossa fé.

A luta é permanente, relaxamos, caímos, nos arrependemos e levantamos. Mas se assim levarmos, cheios de boa-fé e propósito sincero, estamos no bom caminho; teremos sempre ao nosso lado a companhia de um Jesus infinitamente misericordioso, infinitamente compreensivo, pois conhece profundamente nossas limitações. Foi assim com Pedro, que negou a Jesus três vezes. Assim foi com Tomé, que não acreditou. Assim com Francisco de Assis, que antes levava vida dissoluta. Certamente são milhares os exemplos. Somos as ovelhinhas de Jesus, o Bom Pastor. (Lc 15). Ele não desiste e não quer perder uma sequer. Deixa as 99, para resgatar a que se perdeu ou está ferida, que pode ser eu próprio ou mesmo você. A porta é realmente estreita, mas sempre aberta. Porta e caminho estreitos referem-se à nossa fragilidade, às nossas limitações. A tentação da porta larga, do caminho confortável, florido e sedutor traem muitas vezes nossas próprias convicções. São a comodidade e o conforto do mundo, os apelos, o consumismo, a ambição, os prazeres sem medida. E o caminho do fiel católico acaba-se abrindo, não sem uma sucessão de renúncias. Ainda assim, em meio a todas as dificuldades, o católico enga jado é feliz. É feliz, porque sabe o que o espera, sabe diferenciar o valor dessa vida ridiculamente passageira (80 ou 100 anos, com muita sorte), da que vem depois, a vida eterna. Valendo a pena sempre, optar pelo caminho estreito, entrar pela porta estreita. Jesus é misericordioso. Pedro, o apóstolo, é exemplo clássico e nos consola. Todos somos um pouco Pedro. Em comovente episódio de sinceridade e profundo amor, Jesus pergunta a Simão Pedro três vezes: “Simão, filho de Jonas, amas-me mais do que estes ?” E Pedro responde sem vacilar, as três vezes: “Sim Senhor, tu sabes que eu te amo.” Na véspera da Paixão e Morte de Jesus, porém, Pedro covardemente o negou três vezes. Mas sabemos

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Foi assim há pouco mais de dois mil anos. Estamos no século XXI e o adágio “qualquer semelhança é mera coincidência”, aqui não se aplica. Apesar do mundo mais civilizado em que vivemos, mais desenvolvido e democrático, convivemos ainda com bolsões de intolerância e perseguição religiosa em vários continentes. Ser cristão autêntico, um católico fervoroso ou apóstolo da caridade e perseverar, continua a ser hoje um desafio, em meio a uma sociedade predominantemente materialista, também permissiva, hostil à espiritualidade, avessa às coisas de Deus. O católico consciente e enga jado sente-se como que remando contra a correnteza. É a porta e o caminho estreitos, a que já se referia Jesus nessas passagens:

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Finalizando, vale lembrar visão descrita por Santa Faustina, canonizada por João Paulo II, em 30/04/2000: “Vi duas estradas: Uma estrada Larga, atapetada de areia e flores, cheia de alegria e música e de vários prazeres. As pessoas caminhavam por essa estrada dançando e divertindo-se – estavam chegando ao fim, sem se aperceberem disso. E no final dessa estrada, havia um enorme precipício, ou seja, o abismo do inferno. Essas almas caiam às cegas na voragem desse abismo; à medida que iam chegando, assim tombavam. E seu número era tão grande que não era possível contá -los. E avistei uma outra estrada, ou antes, uma vereda, porque era estreita e cheia de espinhos e de pedras, por onde as pessoas seguiam com lágrimas nos olhos e sofrendo dores diversas. Uns tropeçavam e caiam por cima dessas pedras, mas logo se levantavam e iam adiante. E no final da estrada havia um magnífico jardim, repleto de todos os tipos de felicidade e aí entravam todas essas almas. Já no primeiro momento, esqueciam de seus sofrimentos.”

Pe. Osmair Prestes

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que se arrependeu amargamente. Jesus não o abandonou, é extremamente misericordioso, e assim com todos nós. Conhece como ninguém a natureza humana. São Pedro é o tipo de pecador, que Jesus ama. Quando caímos, Ele nos dá a mão, levantamos, Ele nos abraça. Deus não escolhe os mais perfeitos, capacita os escolhidos.

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O QUE FAZER DIANTE DELE?


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Vale insistir, leitor amigo, nada disso é fantasia ou imaginação que a catequese ou a Igreja implantou na minha, na sua cabeça. Longe dessa reflexão parecer tentativa de lavagem mental ou lance de autoa juda. A presença de JESUS, Deus e homem, corpo e sangue, alma e divindade na Hóstia Consagrada, é a mais pura, concreta e santa realidade. Não se trata de uma presençasímbolo, um “faz-de-conta”, a exemplo de uma imagem que me reporta à memória de alguém. Pensamento equivocado. Tratase da presença real e viva de JESUS RESSUSCITADO.

A letra de uma bela canção religiosa de Xororó (Chitãozinho e Xororó) não expressa bem a realidade: “Ah! Que bom seria! Ah! Como eu queria, conversar com você, Jesus...!”. É possível, sim, conversar com JESUS. Essa a nossa fé. Já vimos noutra reflexão (Alimente sua Fé, no 32: “Minutos valiosíssimos, quase inacreditáveis”), não custa relembrar em poucas palavras. Ocorre na Eucaristia o que a Igreja ensina como transubstanciação. Isto é, uma vez pronunciadas as palavras pelo sacerdote: “Isto é meu Corpo...” e “Isto é meu sangue...” (Mc 14, 22-24) sobre as espécies do pão e do vinho, já não temos mais pão nem vinho, e sim o CORPO E SANGUE DE CRISTO, VIVO. Só restam depois as aparências (gosto, forma, olfato...), que continuam de pão e vinho; as substâncias dessas espécies, porém, não são mais de pão ou vinho, e sim verdadeiramente Corpo e Sangue, alma e divindade de Jesus. Jesus completo, Deus e Homem. O que permanece, o que vemos e sentimos após a consagração são meros acidentes, e não devem nos confundir. Um milagre, é verdade, que deixa confusos muitos fiéis menos informados ou céticos.

alimente sua fé

Devem ser numerosos os momentos, da infância à idade adulta, em que sentiu o calor de um abraço amigo do seu pai. Muitas vezes lhe disse palavras de carinho filial, outras não, só o carinho, sem palavras. O amor ou carinho se expressa até melhor sem palavras. E essa outra experiência incrível. Relacionar-se, sonhar com abraço amigo de um PAI que nem é possível ver com esses olhos carnais, isso mesmo, mas é PAI também e infinitamente amigo, PAI de todos os pais. Já percebeu, é ELE mesmo, CRISTO JESUS presente na EUCARISTIA, aí bem pertinho no Sacrário, em quase todas as igrejas. Jamais dirá a você: “espere um pouco!”, “venha amanhã!”. E certamente fica magoado quando o fiel adentra a igreja e O ignora, pois além de Deus, é humano também, tem sentimentos como nós. Mas perdoa sempre e continua aguardando a minha, a sua visita.

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Dizia-me certa vez um jovem e amigo luterano, boa gente: “Já fui algumas vezes em casamentos da igreja católica. Essa coisa da Eucaristia de vocês me dá um nó na cabeça. É radical...”. Os luteranos também creem na presença de Jesus no pão consagrado, mas para eles o pão continua sendo pão. Outros irmãos evangélicos também creem na presença apenas simbólica de Jesus. Já nós católicos temos Jesus vivo, como diriam as crianças, “de verdade mesmo”. Quê privilégio! Nossa Eucaristia é radical, sim, porque Jesus quis assim, pode tudo. Ele foi radical, o Evangelho é radical. Salva-se na verdade, garante o céu e a eternidade quem radicaliza aqui na terra, não é fácil ser cristão. Oportuno lembrar Jesus fazendo alusão clara à Eucaristia: “Quem come a minha carne e bebe o meu sangue, tem a vida eterna; e eu o ressuscitarei no último dia.” Ouvindo isso muitos discípulos se escandalizaram e foram embora. Foi quando Jesus perguntou aos doze: “Quereis vós também retirar-vos?” Alguns apóstolos devem ter ficado perplexos, eram de pouca instrução. Mas Pedro, que confiava cegamente no Mestre respondeu por todos: “Senhor, a quem iríamos nós? Tu tens as palavras da vida eterna” (Jo 6, 52 a 59). Claro, a nós humanos e limitados a Eucaristia continua um mistério, é radical mesmo; milagre que põe à prova até mesmo a fé de muitos católicos. A propósito, afirma Pe. Paulo Ricardo, teólogo: “Não dizer toda a verdade sobre a Eucaristia, por medo de ferir sensibilidade alheia ou por ecumenismo, faz com que o católico incorra no pecado de omissão, pois esta é uma verdade a que todo cristão está obrigado (tem o dever moral) de revelar a quem lhe perguntar.” (RC.132). E mais, nossa Fé na Eucaristia independe de milagres inexplicáveis ou cientificamente comprovados. Existem vários (Milagre de

Lanciano - Alimente sua Fé no 15), mas não são essenciais à nossa Fé, acreditamos na presença real de JESUS na Eucaristia porque Ele próprio no-lo disse, e basta: “Isto é o meu corpo... Fazei isto em memória de mim!”. (Lc 22, 19). Ele tem palavra. Isso posto, o que fazer então diante do Sacrário, do Santíssimo exposto ou após receber Jesus vivo, tão verdadeiro, Deus todo poderoso, sapientíssimo, onipresente e infinitamente misericordioso? Como aproveitar ao máximo esse momento indescritível, extraordinário? Uma genuflexão, apenas um gesto de respeito é tão pouco! Se nada mais que isso, não temos noção da oportunidade que perdemos, do tempo que desperdiçamos. Já quem se coloca diante do Santíssimo ou comunga de coração aberto e humilde, FÉ à flor da pele, buscando ser tocado pelo PAI, vai se sentir calorosamente acolhido e abraçado. Em toda visita ao Sacrário e ao receber a Sagrada Eucaristia, amigo leitor, vale estar atento à pergunta que Jesus certamente fará a você, a mesma que fez a Pedro, três vezes: “Tu me amas...? (Jo 21, 15-17). E certamente repetirá o que disse a seus discípulos: “Vinde a mim todos vós que estais cansados e fatigados, e eu vos aliviarei.”(Mt 11, 28). São Pedro Julião, chamado “Apóstolo da Eucaristia” (Séc. XIX, na França), sugere dividir o encontro com Jesus Eucarístico em quatro tempos: a) Momento de adoração, reconhecê-lo como Deus todo poderoso, criador de todas as coisas, e infinitamente misericordioso. b) Momento de ação de graças ou agradecimento, tantos benefícios, tantas graças alcançadas, a vida, as alegrias, vitórias que a gente nem mais se lembra. c) Momento de intercessão ou pedidos, são tantas as necessidades pessoais, da


d) Momento de reparação, por tanta profanação e desrespeito, tanta injustiça praticada por seus filhos. Há fieis que comungam mecanicamente, minutos riquíssimos desperdiçados. Tudo bem que muitas vezes nos distraímos e cochilamos diante do Santíssimo, até mesmo após receber a Eucaristia na Santa Missa. Não nos damos conta de quem realmente aí se encontra. Somos fracos, cansaço, preocupações materiais muitas vezes fúteis. O Senhor sabe disso e nos perdoa certamente, conhece profundamente nossas limitações. Sabe que muitas vezes ora

“Senhor vigário, eu não sei ler, não sei falar direito, então eu olho para Ele e Ele olha para mim...”

prometemos e já descumprimos. Importa que humildemente me reconheça pecador e arrependido de tanta indiferença, que já mereço seu abraço. Em relação à Eucaristia, São Boaventura (doutor da Igreja), chegou a aconselhar: “ainda que friamente, aproxime-se, confiando na misericórdia de Deus”. Mas é preciso reagir à rotina que tende a depreciar tão grande mistério, pois posso vivê-lo até diariamente. É um encontro ao vivo sim, maravilhoso, e sempre renovado, sem medo de errar. Por outro lado, para agradar Jesus presente no Sacrário, o Santíssimo exposto ou co-

mungando, nem precisa de muita palavra, música ou canto, basta um coração aberto e humilde. Conta-se da vida de São João Vianei (o Cura D’Ars), fato que ele próprio em sua humildade costumavarelatar nas homilias. A tocar o sino do “Anjo do Senhor”, todos os dias, observava um camponês muito simples entrando em sua igreja; deixava nocorredor o machado, enxada e sacola, sentava-se no primeiro banco e ali ficava, sem livro, sem nada, sem falar. Passado muito tempo, curioso, o santo perguntou ao colono, já de saída: “Amigo, você não tem livro, não vejo você rezar, nem movimenta os lábios ...”. E o velho camponês encabulado: “Senhor vigário, eu não sei ler, não sei falar direito, então eu olho para Ele e Ele olha para mim...”. São palavras recentes do Papa Francisco: “Não nos esqueçamos de nos abrir a Ele e de contarlhe a nossa vida, confiar-lhe as pessoas e as situações. Ele nos espera, não para resolver magicamente nossos problemas, mas para nos fortalecer neles. Jesus não tira os fardos da vida, mas a angústia do coração; não nos tira a cruz, mas a carrega conosco. “Jesus sabe quanto a vida pode ser dura, desilusões e feridas do passado, fardos a carregar e incertezas e preocupações pelo futuro...” (Papa Francisco, Homilia do Ângelus, 09/07/2017). Finalizando, vale lembrar a mulher do Evangelho que sofria de grave hemorragia; devido a multidão, com dificuldade conseguiu aproximar-se de Jesus e pensava: “Se eu somente tocar na sua vestimenta, serei curada.” E conseguiu. Jesus percebeu e lhe disse: “Tem confiança, minha filha, tua fé te salvou; vai em paz.” (Mt 9, 20- 22). E a mulher ficou instantaneamente curada, porque tinha muita fé. Agora analise, amigo leitor, o privilégio extraordinário como católicos, não de tocar no manto de Jesus, mas pelo milagre da Eucaristia podemos tomar seu corpo nas mãos, tê-lo dentro de nós, vivo, inteiro, o próprio Jesus!

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família e de terceiros.

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Palavra de Dom Pedro Fedalto

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Oรกsis de graรงas


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Quero agradecer a Dom Manuel que fundou a paróquia com determinação, aos dez paróquia com determinação, aos dez párocos e aos paroquianos.

O Pe. Osmair é também Reitor do Seminário Propedêutico São João Maria Vianey, formando bem os futuros presbíteros, vivendo com os paroquianos. Quero destacar que a paróquia, sendo do Santíssimo Sacramento, mantém a adoração diária a Jesus Sacramento, que é um verdadeiro oásis de graças para os paroquianos, seminaristas, para Arquidiocese de Curitiba e Igreja. Apresento-lhe, Pe. Osmair, seminaristas e paroquianos minhas preces de ação de graças pelo Jubileu de Ouro da Paróquia e minhas cordiais felicitações. Curitiba, 18 de agosto de 2017

Dom Pedro Fedalto

palavra

A paróquia está muito conduzida pelo pároco Pe. Osmair José Prestes, tão bem aceito pelos paroquianos que participam na liturgia, pastorais e associações religiosas e na Adoração ao Santíssimo Sacramento, no Dízimo e tudo mais.

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Batismo 35

Onde tudo comeรงa


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A Igreja hoje 59

Pastorais e movimentos


Como mãe prestimosa, a Igreja tem grande preocupação em acolher seus filhos e filhas em segurança, no caminho da salvação. A Barca de Pedro, a Santa Igreja, busca abrigar todos, dedicando carinho especial aos mais afastados, pois Jesus deixou claro: “Não vim chamar os justos, mas os pecadores.” (Mc 2,17). Embora respeitando o livre arbítrio de cada irmão, a Igreja preocupase em oferecer a todos condições para um caminho seguro, remédio aos doentes, amparo e perdão aos que caem. Esse é o papel desde a Igreja Universal, da Igreja Doméstica e de cada cristão em particular.

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A Paróquia Santíssimo Sacramento (Comunidade de comunidades), além de cumprir o mandado de Jesus: “Ide por todo o mundo e pregai o Evangelho a toda criatura” (Mc 16, 15), busca responder a situações e necessidades diversas da vida cristã na comunidade. E o faz congregando os fiéis na missionariedade das PASTORAIS e MOVIMENTOS. Nas Pastorais, de iniciativa da Igreja particular ou da diocese, aprofundando na fé cristãos já enga jados na ação paroquial e que buscam ampliar a experiência com Deus. Nos Movimentos, de iniciativa e liderança geralmente de leigos com carismas próprios; nesse caso, grupos com caráter mais devocional e podendo envolver outras pastorais, são verdadeiras pontes de acolhida, abrindo oportunidade a que pessoas menos enga jadas, batizadas ou não, possam experimentar o encontro com Jesus. De qualquer forma, frequentar ou atuar nas pastorais ou movimentos é enga jar-se diretamente na nobre tarefa de evangelização, é assumir o papel da boa semente e da terra fértil, é ser árvore fértil produzindo bons frutos, unindo a fé às obras.

A seguir são apresentadas resumidamente as principais informações dos movimentos que compõem a Paróquia.


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Os movimentos sĂŁo verdadeiras pontes de acolhida, abrindo oportunidade a que pessoas possam experimentar o encontro com Jesus.


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A Pastoral do Leitorato iniciou com o nome de Pastoral da Liturgia em 2006 com a chegada à paróquia do padre Celso (hoje Bispo Dom Celso Marchiori). Antes disso diferentes Pastorais ficavam responsáveis pelas leituras de cada missa. Dom Celso deu uma outra forma de trabalho, formando uma equipe de paroquianos que se responsabilizavam e se preparavam para a proclamação da Palavra. Com a chegada do padre Fábio, a forma de trabalho foi mantida e o nome foi mudado para Pastoral do Leitorato. A Pastoral do Leitorato é composta de pessoas que emprestam sua voz a Deus para que Ele possa falar. Proclamam a Palavra de Deus, por isso os leitores precisam estar bem preparados para exercer este ministério. Não se lê de qualquer jeito, é necessário proclamar. O proclamador vai além de simples leitura. Medita a Palavra antes, deixa a Palavra penetrar na sua vida. Estuda o sentido do texto. Quando lê na celebração, as palavras não saem de um texto frio, mas do calor de seu coração.

Iniciação a vida cristã de adultos (Catecumenato) Esse movimento visa ser um caminho amplo para evangelização que proporcione usar dutos, já inseridos ou não na comunidade, um verdadeiro encontro com Cristo, por meio do anúncio da palavra de Deus e da vida sacramental, levando-os a uma conversão ao estilo de vida de Cristo e ao enga jamento na comunidade.

Iniciação a vida cristã de crianças e adolescentes É fundamental levar ao conhecimento das crianças e dos adolescentes a importância de Deus em suas vidas por meio da experiência e adesão à pessoa de Jesus Cristo,

do conhecimento vivência de sua palavra, da imitação do seu modo de vida. Assim é possível prepará-los para receberem Seu corpo e sangue pela primeira vez, e introduzindo os na vida de oração e na vida comunitária junto com seus pais.

Pastoral do Batismo As preparações para pais e padrinhos que buscavam batismo para seus filhos em nossa paróquia passou por um processo contínuo de transformação. A partir 2005, se deixou o tradicional curso e teve início às preparações personalizadas. A princípio está feito encontro, na casa dos pais e padrinhos e outro encontro na igreja, reunindo todos os casais que tinham participado do primeiro encontro em suas respectivas casas. A partir 2007, a preparação para pais e padrinhos passou a ser personalizada ou, ou seja nas casas. Em 2009, os agentes da pastoral do batismo de nossa paróquia fizeram parte da equipe da Arquidiocese que elaborou o manual com orientações para pastoral do batismo de crianças. Atualmente, continuamos com a preparação personalizada constando de dois encontros, pós natal, e quando procurados realizamos o encontro pré-natal (celebração da vida). Essa pastoral busca informar, instruir e conscientizar os pais e padrinhos para o sacramento do batismo, visando a introdução gradativa dos batizados às atividades e celebrações cristãs católicas da Igreja. Um dos pontos fundamentais é mostrar o compromisso que por meio dele se assume com Deus e com a comunidade e, principalmente, demonstrar que Sacramento não se resume apenas em batizar. É necessário vivenciar, testemunhar e ensinar os filhos e afilhados a serem cristãos autênticos e fiéis seguidores de Jesus.

a igreja hoje

Ministério do Leitorato

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Estudo bíblico permanente

Cerimonial

Permitir que Deus fale ao coração de cada participante por meio da leitura do estudo da Bíblia, para que desfrute em todas as áreas da sua vida, da comunhão com Ele, aprendendo que “toda escritura é divinamente inspirada é e proveitosa para ensinar, para repreender, para corrigir, para instruir em justiça”.

O objetivo do cerimonial é fazer com que a celebração do casamento na paróquia brilhe pela realização prática e principalmente pelo aspecto pastoral, preparando executando a cerimônia sem perder de vista a tradição litúrgica da Igreja Universal e os bons costumes da Igreja Particular.

Ministros extraordinários da Sagrada Comunhão

O Grupo de coroinhas foi fundado no ano de 2003 pelo seminarista Regis Soczek Bandil,hoje Padre Regis, Reitor do Seminário Menor São José, e Leonardo Ost Bento, do Grupo de Jovens Jesus Vive e Reina, a pedido de Pe. Idenando Ramos Sobrinho. Eles ficaram na coordenação durante o ano de 2003. Em 2004 assumiu a coordenação Marcia Lipinski, que ficou até 2012, tendo como apoio a Sras. Elenice P. C. Langer e Cristiana Nacif. Em 2013 assumiram a coordenação Maria Pureza SS e Ana Paula Bertol. Em todos esses anos o grupo teve incentivo de todos os Párocos: Pe. Idenando Ramos Sobrinho, Pe. Celso Antônio Marchiori, Pe. Fabio Oliveira Endler e atualmente por Pe. Osmair José Prestes.

Esse grupo de paroquianos colabora com os ministros ordenados no serviço extraordinário de distribuir a sagrada comunhão aos fiéis reunidos para celebração da Santa Missa ou celebração da palavra, bem como aos enfermos e idosos que não pode receber lá junto à comunidade reunida. 64

Liturgia É missão da Liturgia planejar e preparar as ações litúrgicas, de modo a permitir a participação ativa, consciente frutuosa dos fiéis, possibilitando assim um encontro verdadeiro entre Deus e seu povo.

Canto litúrgico A equipe de canto litúrgico prepara todas as músicas, hinos e salmos que são cantados da celebração, de acordo com cada tempo do ano litúrgico vivido pela igreja e dispor deste ministério para servir nas pastorais e grupos da comunidade.

Sacristãs É quem prepara as celebrações e os ritos, sobretudo do ponto de vista material, mantendo a limpeza, a ordem, a guarda, a conservação e o bom funcionamento dos espaços, dos objetos, das vestes, dos livros e dos diversos instrumentos. Tudo para que a igreja manifeste amor e reverência para Deus e seja sinal de pedágio, festa e alegria, preparando o povo para um verdadeiro encontro com Jesus.

Grupo de Coroinhas

As crianças e adolescentes que fizeram e fazem parte do grupo de coroinhas auxiliam nas funções básicas o padre os ministros no decorrer da missa e celebração da palavra, e são despertadas para o verdadeiro amor e respeito à Sagrada Eucaristia, levando-os a uma verdadeira espiritualidade em torno das coisas de Deus. No grupo eles aprendem a amar a Igreja, a conhecer a importância da Missa e auxiliam os Sacerdotes no serviço do Altar. O grupo é um celeiro de vocações.


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Movimento Vicentino

Ação missionária

Este movimento contribui por meio da a juda material (alimentos, roupas, sapatos, remédios, etc) aos mais necessitados de nossa comunidade ou de outros locais específicos, inclusive entrando em suas casas para levar a palavra de Deus e a semente do amor.

Esse movimento visa a organizar e realizar ação missionária de animação, formação, organização e cooperação missionário em todas as pastorais, grupos e movimentos da paróquia para criar uma consciência missionária a todos os batizados, renovando o ardor pelo anúncio de Jesus Cristo e de seu projeto todas as pessoas.

Pastoral da Saúde A missão é ir ao encontro das pessoas que sofrem, especialmente os enfermos e os idosos, para a judar, oferecer amizade, fazer companhia, dizer uma palavra de conforto que a jude as essas pessoas a resgatar a esperança de dias melhores e através das ações levar a palavra de Deus, educar e prevenir em relação às enfermidades e conscientizar cada pessoa dos seus direitos e deveres no sistema de saúde.

Ginástica para pessoa idosa O objetivo é proporcionar atividades físicas para idosos em diferentes modalidades, com abordagem criativa, bem como palestras e com informativo sobre saúde visando a melhoria da qualidade vida, o bem-estar físico social e emocional dos indivíduos.

Movimento ecumênico Com a missão de promover o diálogo em busca da unidade com as diversas denominações cristãs, o Movimento Ecumênico contribui para a construção de um mundo mais justo e fraterno, com as demais eles dois e pessoas de boa vontade.

Pastoral da comunicação Esta pastoral busca consolidar a missão da igreja por meio da comunicação para que ela seja um instrumento eficaz e a jude permanentemente as paróquias a cumprir sua missão de anunciar a Cristo de modo planejado, integrando esta mensagem de anúncio nesta nova cultura, criada pelas modernas formas de comunicação.

Pastoral familiar É fundamental nos dias atuais apoiar, defender e promover a família parte da realidade em que se encontra, para que possa existir e viver dignamente, estabelecer relacionamentos pessoais e familiares informar as novas gerações conforme o plano de Deus, na defesa da vida dos valores cristãos.

a igreja hoje

As ações na Paróquia do Santíssimo Sacramento tiveram início com a conferência vicentina, em 6 de dezembro de 1970. Com o carisma vicentino da caridade, tendo São Vicente de Paulo como patrono, atualmente são 10 vicentinos atendendo 16 famílias, 60 pessoas ao todo. Com doações da comunidade, são levados mensalmente auxílio material espiritual nas visitas.

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Movimento de irmãos É um movimento de leigos que agrega, preferencialmente casais unidos em matrimônio e integrados na comunidade para o os objetivos gerais do plano de pastoral da Diocese, além de motivar a luz a viver o evangelho levando amor de Deus ao próximo e a família.

Casais de segunda união Este movimento acolhe e encora ja os casais de segunda união, juntamente com seus filhos, a viver e desenvolver o relacionamento Cristo e a igreja com a oração, a escuta da palavra de Deus, a frequência à missa, a vida em comunidade, a educação cristã dos filhos, a caridade o serviço. 68

Legião de Maria Este movimento tem como princípio básico evangelizar por meio da visita das famílias, visando despertar nas pessoas a consciência da importância da palavra de Deus, da oração e do conhecimento e da devoção à Maria santíssima e promover o encaminhamento das pessoas visitadas para os trabalhos pastorais e movimentos.

Apostolado da oração É a pastoral que opera ativamente na espiritualidade da paróquia, promovendo iniciativas que a judem a comunidade a orar, incentivando principalmente as visitas ao Santíssimo Sacramento, participação ativa na missa, consagração das famílias ao sagrado Coração de Jesus, entronização da Imagem e o quadro do Sagrado Coração de Jesus nos lares.


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Ajuda os jovens a descobrir o sentimento de suas vidas e o projeto que Deus tem para cada um, cuidando do nascimento (Despertar), do discernimento (Discernir), do desenvolvimento (Cultivar) e do acompanhamento (Acompanhar) das diversas vocações que estão presente na vida da igreja.

Associação Madre Carmella de Jesus A associação tem como missão de testemunhar o amor salvífico de Cristo e de sua verdade por meio de um empenho constante a evangelização na educação, fornecendo apoio sócio-educativo na educação infantil, dando orientação humana e religiosa às famílias na educação de seus filhos.

Grupo de Jovens Vive e Reina no Santíssimo Sacramento O grupo visa evangelizar, formar, assistir, orientar e motivar jovens a partir da identidade da renovação carismática Católica, inserindo na vida da igreja e proporcionando a cada um a oportunidade de ter um encontro pessoal com Jesus, para que responda um chamado de Deus, tornandose protagonistas na igreja na sociedade. Durante o ano de 1994, o grupo de jovens da Paróquia ficou só em quatro jovens que se reuniram por um ano até meados de agosto de 1995 quando realizaram um retiro para jovens que frequentavam a missa. Com o empenho e dedicação característico dos jovens, reuniram convidados de outras paróquias e em um domingo 90 jovens celebraram o nascimento do Grupo Jesus Vive. Três anos depois, o grupo se filiou à renovação Carismática Católica.

O grupo de jovens definitivamente transforma nossas vidas. Aprendemos a ser igreja, temos a graça de vivermos a comunhão fraterna, de nos aprofundarmos nas coisas de Deus e crescermos na fé, a graça também de nos apoiarmos e contarmos com amizades verdadeiras, que têm como vínculo nosso maior amigo Jesus! A cada sábado, a cada encontro, a cada momento de vivência fraterna uma experiência única! Vale a pena ser de Deus, vale a pena ser igreja! Todos os sábados após a missa das 18h.

PASTORAL DO DÍZIMO A história da oferta do Dízimo remonta à origem da humanidade. No Brasil, a chegada da República trouxe a separação entre o Estado e a Igreja e como consequência a extinção do dízimo. Somente no início dos anos 70, os bispos no Brasil optaram pela implantação do dízimo como contribuição sistemática, de compromisso moral nascido de uma decisão pessoal e fixado de acordo com a consciência de cada um. Não há na Paróquia do Santíssimo Sacramento em Curitiba uma data precisa sobre a implantação do dízimo, mas desde 1967 o paroquiano Jone Zaneti fazia coleta de casa em casa das ofertas feitas pelos fiéis. Muitos anos mais tarde os paroquianos passaram a entregar sua contribuição diretamente na igreja, mas ainda sem pleno conhecimento das dimensões religiosa, eclesial, missionária e caritativa do dízimo.

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Animação vocacional

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Na prática, a Pastoral do Dízimo busca despertar e conscientizar as pessoas sobre as dimensões bíblica, teológico espiritual do dízimo, para que entendo se sensibilize sobre suas mãos habilidade para a comunidade onde vive participa, a judando os afazeres de Assis de partilha e assim que ele ficou responsáveis pela comunidade. A sistemática conscientização, em especial a orientação proposta no documento 106 da CNBB, vem despertando nos fiéis o sentimento de pertença à Igreja, vivida em uma comunidade de fé comprometida com sua missão evangelizadora. Hoje a Paróquia conta com apenas 297 dizimistas e pela providência Divina consegue as dimensões onde deve ser empregado. 72

Grupo de reflexão e oração nas casas Este grupo busca fazer acontecer igreja nas casas, por meio da reunião em nome de Jesus, com os amigos vizinhos e familiares para que Ele a ilumine a vida de todos por meio da leitura, mediação e partilha da sua palavra e dê forças para que todos possam viver no cotidiano da vida, o amor e o testemunho cristão.

TERÇO DOS HOMENS O Terço dos Homens iniciou-se em 16 de julho de 2008, conforme o Livro Tombo da Paróquia, com 15 participantes. O objetivo do terço é de que os homens sejam intercessores junto com Nossa Senhora, para que seu filho Jesus Cristo atenda às intenções pelo Papa, pela Santa Igreja, por nossa comunidade paroquial e as intenções particulares. Vários milagres já foram testemunhados diante das preces oferecidas. Na coordenação atual, uma média de 25 pessoas fazem parte do movimento. As reuniões são realizadas na Capela, ao lado da Paróquia, duas vezes por mês, nas se-

gundas e quartas segundas-feiras de cada mês, sempre às 20h. A missão do Terço dos Homens é resgatar para o seio da Igreja de Cristo, homens de todas as idades. É um exemplo de fé e devoção. A oração do terço, além de nos conduzir para a oração, leva-nos a meditar sobre os principais mistérios da redenção que Cristo nos oferece. Desta maneira também lembramos Maria de Nazaré, que assumiu a maternidade divina fazendo a vontade de Deus, dando-nos o Salvador. Este foi o jeito que o Pai escolheu para nos dar seu único Filho e, Ela, o exemplo de como recebê-Lo. Contamos com você, homem ou mulher de fé, a participarmos juntos nesta oportunidade que Jesus concede para nos encontrarmos com Ele e sua mãe.

Movimento das capelinhas O movimento das Capelinhas chegou a Curitiba no ano de 1937 e na Paróquia do Santíssimo Sacramento teve início no ano de 1967, sendo vigário na época o Pe. Simão Tadeu Malinowski. Neste ano jubilar de 2017 são 39 famílias que recebem a capelinha. O movimento aproxima seu participantes de Maria e Ela nos inspira cada dia para o serviço dedicado ao próximo. A devoção a Maria é o destaque do Movimento das Capelinhas. A visita de Maria nas casas é um excelente instrumental para incentivar a evangelização, despertar as vocações sacerdotais e religiosas, sendo um instrumento propagador da Palavra de Deus, favorecendo a união fraterna e a oração, especialmente o Terço. Devemos fazer com que todos os momentos de nossa vida sejam um aprendizado. Que aprendamos com Ela a dizer: “Eis aqui a serva do Senhor. Faça-se em mim segundo a tua palavra.” (Lc 1,38).


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A Fraternidade Eucarística Nossa Senhora do Santíssimo Sacramento, fundada em 19 de agosto de 1991, nasceu do desejo de alguns leigos serem adoradores, auxiliando as Irmãs Servas do Santíssimo Sacramento. Em novembro de 2005, as Irmãs fecharam o Convento em Curitiba. Em 2006, o local passou a ser o Seminário Santíssimo Sacramento, tendo como Reitor e Pároco da Paróquia Santíssimo Sacramento, Pe. Celso Antônio Marchiori. Ele propôs para a Sra. Mary Pereira a reabertura da Capela para Adoração Eucarística e que a Fraternidade assumisse essa missão, que foi aceita e perseverada. Em agosto de 2012 a Fraternidade passou a ser denominada Fraternidade Eucarística São Pedro Julião Eymard. Com a missão de adorar Jesus Eucarístico e formar espiritualmente os adoradores, a Fraternidade também realiza trabalhos manuais e outros eventos em prol do Seminário e da Paróquia. Atualmente há mais de cem adoradores. Devemos sempre lembrar que Jesus é o nosso melhor amigo e quer que atinjamos a maturidade espiritual, através da intimidade da oração. Depois da Missa, o melhor caminho é o nosso encontro com Ele na Adoração Eucarística, uma fonte de muitas graças! Vinde Adoremos!

Oficina de Maria A pastoral da Oficina de Maria teve início no dia quatro de agosto de 2005. Era um grupo formado por quatro senhoras que fazia orações e atendimentos individuais à comunidade. Hoje, fazem parte vinte senhoras se reúnem todas as terças-feiras das 14h às 17h. Além das orações que são solicitadas pela comunidade, elas fazem mantas e roupinhas de lã, tricô e crochê para doações a instituições carentes um trabalho totalmente voluntário.

Liga das mães de famílias de Schoenstatt A liga visa oferecer a cada mãe e a cada casal um caminho de renovação e de realização da sua missão invocação como casal e família cristã dentro da comunidade e no dia dia de suas vidas

Hora da Misericórdia Proporciona a experiência da infinita misericórdia de Jesus por meio da oração do terço da misericórdia Jesus Eucarístico, todas as sextas-feiras às 15h, devoção ensinada pelo próprio Jesus em suas aparições à Santa Faustina.

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Fraternidade Eucarística Nossa Senhora do Santíssimo Sacramento

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Oficina de oração e vida A oficina ensina e introduz as pessoas na vida de oração e na prática do Evangelho em todas as atividades ordinárias, através da meditação e da contemplação da palavra de Deus e dos ensinamentos de seu fundador.

É esta pastoral que contribui com a colhida com alegria, quem informa, orienta e visita os membros da comunidade, principalmente os imigrantes e os que vem pela primeira vez, promovendo a evangelização de todos sem distinção, colaborando na construção de uma sociedade justa, fraterna e solidária, como sinal do fortalecimento do reino de Deus.

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Pastoral da Acolhida

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Entrevista 79

um sacerdote entre nรณs


Prata da casa Na nossa vida ou na comunidade, é preciso sempre estarmos atentos para os nossos frutos. Eles revelam onde estamos, para onde iremos, o que estamos buscando. Nestes 50 anos da paróquia do Santíssimo Sacramento muitos frutos de amor e generosidade foram colhidos, mas talvez a vida de Régis Soczek Bandil seja a melhor síntese de uma comunidade que acolhe, desenvolve e que envia em missão.

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Filho de Roniomar e Ceslava, esse piá curitibano apaixonado por futebol e que morava ali pertinho, no Rivoli, tornouse padre para a felicidade de muitos. O caminho certamente não foi fácil para viver sua missão, mas as pessoas sempre elas - foram determinantes para inspirá-lo a ir em frente. Esse bate-papo com o Pe. Régis ensina muito sobre a importância de uma comunidade, de investirmos nos jovens, em semear palavras e exemplos bons. Que nos próximos 50 anos tenhamos a coragem de viver nossas vocações, conforme a vontade de Deus, mas sempre com dignidade, determinação e, como Pe. Régis faz questão de destacar, com muita alegria.


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entrevista


Quais foram os primeiros passos para descobrir sua vocação? Eu sempre tive envolvimento com a comunidade. Após a Crisma eu não me afastei e fui convidado a participar de um grupo de adolescentes, fui me envolvendo e foi nascendo uma vontade cada vez maior de estar na igreja, mas esse grupo não foi muito longe. O tempo passou e eu estava meio desorientado. Eu morava no Rivoli na época e num sábado de manhã, quando estava indo ao mercado, encontrei o Adriano Chyla, que era um conhecido meu do condomínio, e me disse: “por que você não participa do grupo de jovens?”. 82

Eu entrei no grupo de jovens, que era a sensação do momento, todo mundo queria fazer parte. Mas eu era novo, tinha 13 anos e o pessoal tinha 18, 20. Eu via eles lá na frente e falava: “meu Deus, quando que eu vou chegar lá?”. Esse era um grupo muito forte, muito realizador. Promovia festas, encontros e quanto mais eu me envolvia, mais as pessoas me perguntavam se eu não queria ser padre. Eu dizia que queria casar, namorar e ter filhos. Essa era a minha negativa, mas no fundo eu tinha esse desejo.

Todos apoiavam? Por incrível que pareça a gente recebe alguns baldes d´água de pessoas da própria comunidade. Ao invés de incentivar, afastam. As pessoas falavam que era muito difícil, que eu devia seguir outro caminho. Na época do Pe. João Ceconello aconteceu algo muito interessante. Nós tivemos um atrito com ele, que tinha

uma personalidade forte e nós, jovens, não cedíamos. Eu sofri com o grupo e pensava: “um padre fazendo isso?”. Claro que os dois lados estavam errados. Mas como aquele desejo de ser padre permanecia, a minha mãe um dia disse: “olha, se você quiser ser padre, você tem que ser diferente. Um padre diferente”. Isso ficou por muito tempo falando alto no meu coração.

Mas a vida continuou... Sim, aquele primeiro grupo de jovens foi até 1993. Foi um desgaste natural, o pessoal começou a se formar, a casar e foram entrando num outro ritmo de vida. Em 1994, eu, o Antônio, a ngela e o Rogério fizemos um retiro e reerguemos o grupo, agora com novos jovens. O Paulo, da Bene, o Rosano, a Ana, que a gente brinca que hoje são todos quarentões. O Wilson e o Vinícius, que faziam parte do primeiro grupo, permaneceram conosco. E foram entrando muitos jovens. O Sidney, a Cibele, a Monica e o Denis, o Dorli e a Tarsila e muitos outros.

Quais foram os diferenciais desse grupo? A gente focou mais na espiritualidade, de fazer retiro, vigílias, jejum. Isso fez a diferença, tanto é que no ano passado comemoramos 20 anos. Como era um grupo em que todos tinham a mesma idade, nós tínhamos os mesmos sonhos e nos apegamos muito na oração e na amizade. A gente se encontrava todo domingo na missa e na Master Pizza. Chegamos a contar com 100 pessoas, que para o padrão do nosso bairro é algo incrível. Eu já perdi as contas, mas mais de 30 casais foram formados nessa história de 25 anos.


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E qual foi o momento mais marcante?

O próximo passo foi entrar para o seminário?

Em 1998, quando tivemos uma experiência com a Renovação Carismática. Eu e o Antônio participamos num encontro em Rondinha com o Pe. Robert de Grandis, que era um pregador norteamericano famosíssimo. A gente se encantou e decidiu compartilhar com o grupo. Fizemos nosso retiro de primeiro anúncio em agosto. Essa era a época do Pe. Idenando, que de início não foi muito receptivo, mas depois nós o conquistamos.

Ainda não. Iniciei os acompanhamentos vocacionais e queria entrar para o seminário logo. Só que eu estava no quarto ano da faculdade de Serviço Social. Aí o Pe. Chemin me aconselhou: “Régis, espere um pouco. Vai ser muito útil para a Igreja essa tua faculdade”. E dito e feito. Eu terminei a faculdade em 2001 e continuei fazendo os encontros vocacionais. Eu brinco inclusive que eu tenho mestrado em encontros vocacionais porque fiz por três anos. E até hoje trabalho com isso!

Por conta do fervor do grupo, da Renovação Carismática, veio novamente a vontade de ser padre. Nessa época eu já estava na faculdade de Serviço Social, comecei a namorar, mas sempre com aquela pulguinha atrás da orelha. Eu via os padres lá no altar, a forma que eles atendiam o povo, a homilia, as funções sacerdotais me chamavam muito a atenção. E me perguntava: “por que não eu, um dia?”. Só que eu já estava trilhando aquele que era o caminho natural dos jovens da minha época. Mas nunca deixei de pensar no sacerdócio. A ponto da minha ex-namorada se incomodar quando eu falava dessa questão.

Sua decisão envolveu muita oração? Sim, e o momento decisivo foi quando fui para Aparecida do Norte e na frente da imagem de Nossa Senhora pedi para a Virgem: “Por favor me ilumine, porque eu não sei o que fazer da minha vida. Se é para casar ou para ser padre”. Voltei de lá determinado, terminei o namoro porque eu não queria enganá-la nem a mim mesmo.

Em 2002 entrei no seminário, fazendo Filosofia, no qual o reitor era o próprio Pe. Chemin.

Quais foram as pessoas decisivas na sua vida? Foram muitas e impossível citar todas aqui, mas vou citar três padres. Veja como é a mão de Deus. Em 2001 entrou na minha vida e na vida do grupo de jovens um padre chamado Sérgio Belmont, de Santa Maria (RS), que era amigo do Pe. Idenando. Ele veio passar as férias aqui em Curitiba e ficou um mês por aqui. Foi uma passagem relâmpago, mas ele era muito legal, era a pessoa que faltava para me impulsionar. Ele me cativou e disse que eu deveria, sim, ir em busca desse chamado. Em 1998 nós tivemos o fenômeno do Pe. Marcelo Rossi e ele tinha algumas características muito parecidas com a minha. Ele era apaixonado por futebol. Ele era corintiano e eu atleticano. Ele dizia que o fato de ser padre não o impedia de ir ao jogo e de torcer para o seu time. Eu fiquei muito feliz porque vi que poderia manter minha rotina. Ele havia se


Inspirado nele, no Pe. Sérgio e também no Pe. Idenando, eu segui em frente. Quando eu entrei no seminário e fui falar com o Pe. Idenando, ele me falou algo que até hoje está marcado no meu coração: “Seja obediente aos teus formadores e à Igreja. E saiba que você vai fazer um processo de discernimento vocacional. Se você decidir que não quer ser padre, não se preocupe”. Aquilo me tirou um peso das costas. Depois ele falou isso na frente da comunidade e então eu segui o meu caminho.

Não é fácil se tornar padre, certo? Terminei a faculdade de Serviço Social, depois entrei no seminário, fiz três anos de Filosofia e quatro de Teologia. Eu engatei três faculdades e na última já estava mais cansado.

Alguma vez pensou em desistir? Tive dificuldades, como toda vocação. Na Filosofia, tive uma disciplina chamada Lógica e tive que estudar muito. Acabou o semestre, meu pai veio me buscar, olhou para mim e viu que eu estava cansado. Quanto estava fazendo Teologia tive duas provações. Primeiramente em uma matéria chamada Profetismo, que fiquei em recuperação, e também meu pai que fez uma cirurgia do coração. Foram dificuldades muito próximas e eu precisei ter serenidade.

Eu fiquei pensando: “será que seu eu estivesse em casa ia ser melhor?”. Mas a minha família é muito presente, nós nos ajudamos muito e cada um fez sua parte. Deixar o Seminário seria precipitado, mas houve um questionamento normal diante de um problema.

As vocações diminuíram nos últimos tempos? Sou Reitor do Seminário e Coordenador do Serviço de Animação Vocacional (SAV) da Arquidiocese de Curitiba. Há menos vocações, mas elas são mais consistentes. Na minha época entrava muita gente sem saber o que queria. Hoje os que entram têm mais convicção. Tem menos, mas a perseverança é maior. Antes, para cada 100 jovens que entravam, um se tornava padre. Hoje, de cada 20 temos dois, três padres. Mas é claro que poderia ser melhor.

Quais fatores influenciam nesse quesito? Por incrível que pareça, acho que um ponto importante que contribui para a diminuição de jovens dispostos a seguir a vocação religiosa é a falta de testemunho de alegria dos padres. O padre deve ser um sinal de alegria. Veja, na minha vida houve três padres. Pe. Sérgio, Pe. Marcelo e Pe. Idenando. Se um deles me desse uma palavra de desânimo, eu não entraria. É um testemunho de alegria, de acolhimento e principalmente, mostrar que padre é normal. O padre vai ao cinema, tem amigos, vai ao jogo, faz exercícios, joga futebol. Terceiro ponto: as paróquias devem fazer trabalhos vocacionais. É preciso jogar a semente.

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formado em Educação Física e eu estava terminando uma faculdade. Ele havia terminado um noivado para seguir sua vocação. Quando eu conheci a história dele pensei comigo: “Se ele conseguiu, posso conseguir também”.

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E as famílias? Tem gente que reza para o filho do vizinho ser padre, mas nunca para o seu próprio filho, porque não se vê a vocação sacerdotal como uma realização de vida plena. Há doze anos trabalho com animação vocacional e o que mais me dói é a família que se opõe ao filho. Há um pensamento de que se vai perder o filho quando na verdade muitas vezes é o filho padre que cuida mais dos pais em geral, diferente da minha situação, na qual os filhos são todos presentes.

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O padre deve ser um sinal de alegria. Veja, na minha vida houve três padres. Pe. Sérgio, Pe. Marcelo e Pe. Idenando. Se um deles me desse uma palavra de desânimo, eu não entraria. É um testemunho de alegria, de acolhimento e principalmente, mostrar que padre é normal. O padre vai ao cinema, tem amigos, vai ao jogo, faz exercícios, joga futebol.

O senhor se tornou o padre diferente que a sua mãe pediu? Acredito que sim. Me sinto muito feliz, realizado, não sei o que seria da minha vida se eu não fosse padre. Atender o povo, escutar o povo, rezar a missa, dar os sacramentos me realiza. Eu me imaginava trabalhando com as multidões e hoje me vejo trabalhando com pequenos grupos. Já rezei missas com multidões, mas o meu sacerdócio é para pequenos grupos. Gosto do olho no olho, da conversa particular, da direção espiritual, da confissão. É assim que me realizo. A Igreja é isso, cada um com seu carisma se complementando.

A comunidade sempre apoiou sua decisão? No começo o pessoal desconfiava e pensava: “como esse piá que eu via aqui na catequese, que tinha namorada, que fazia bagunça quer ser padre?”. E aos poucos o pessoal da desconfiança foi migrando para o outro lado. Quando chegou minha ordenação todo mundo me apoio. O que eu tive de tapas nas costas, dizendo que rezaram por mim foi algo incrível. Acredito que eles tenham se


E hoje, sua família tem muito orgulho? Sim, meu pai e minha mãe têm muito orgulho por eu ser padre, mas são equilibrados no sentido de não esquecer dos meus dois irmãos. Minha mãe procura se cuidar para não chegar em um lugar e ficar falando que o filho dela é padre. Meu pai teve um AVC há uns anos atrás e fala pouco. Mas sempre estou brincando com ele, incentivando a falar e das poucas palavras que ele pronuncia, ele sempre se esforça para falar que eu sou padre.

Como um pai pode incentivar os filhos a participar da Igreja? Primeiro, os próprios pais precisam acreditar, mostrar para seus filhos a importância de se ter uma fé, uma religião, porque uma família sem Deus é uma família vazia. Acho muito importante mostrar para o jovem concretamente a importância do amor, da bondade, da honestidade. Desses valores que Cristo viveu e nos convida também. É preciso incentivar os filhos a viverem a experiência de comunidade. Esse é o papel dos pais, aqueles que incentivam e estão juntos. Muitas vezes o pai fala “vai para a igreja”, mas ele mesmo não vai.

Como é a comunidade ideal na sua visão? Para mim, a comunidade ideal é aquela na qual todos têm a sua função e a sua vocação e trabalham juntos. Uma comunidade em que o padre não está lá em cima, mas ao lado, trabalhando junto. É como se fosse um trem. O padre é o maquinista, mas nos outros vagões estão as pastorais, os movimentos, as pessoas que participam da igreja. O padre é o primeiro animador, mas sozinho não é nada. A paróquia vive com a união de todos.

Como o senhor procura viver a vida? Com muita alegria. Esses dias fui num velório vestido de padre e um senhor me olhou e disse: “você é o padre que vai à academia com seu pai e fica a aula inteira brincando com ele”. Acredito que esse é o jeito alegre, de conquistar. É preciso ser normal e saber se comunicar com as pessoas que vivem nesse tempo.

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convertido nesse sentido (Risos). Mesmo dentro da minha família, não era todo mundo que acreditava totalmente. Acho que é um processo normal.

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