2º SEMESTRE/2011
Geração
verde
Um novo futuro depende deles
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você aprende com o mundo
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Expediente A Província Marista Brasil Centro-Sul atua nas áreas de educação, solidariedade, saúde, editorial e comunicação. A PMBCS está presente nos Estados do Paraná, Santa Catarina, São Paulo, Mato Grosso do Sul, Goiás e Distrito Federal. Sua forma de atuação busca, por meio de processos educacionais, uma efetiva contribuição social e cultural, posicionando-se na defesa e promoção dos direitos das infâncias e juventudes. Desenvolver equilibradamente, afetividade e inteligência, dimensão comunitária e social, valores humanos e cristãos é a proposta da instituição.
PRESIDENTE DAS MANTENEDORAS: Ir. Dario Bortolini SUPERIOR PROVINCIAL: Ir. Davide Pedri SUPERINTENDENTE ABEC/UCE: Paulo Serino de Souza REDE DE COLÉGIOS: Ir. Paulinho Vogel, André Garcia, Isabel Cristina Michelan Azevedo, Vani Sant'ana COMUNICAÇÃO E MARKETING (ABEC/UCE): Patrícia Fatuch, Pollyana D. Nabarro, Alexandre L. Cardoso, Silvia S. Tateiva, Kelen Y. Azuma, Patrícia L. Egashira, Fábio Egg Mais, Tiago Ienkot COMUNICAÇÃO E MARKETING (COLÉGIOS): Bruna Finkensieper Gonçalves, Bruno Bonamigo, Caroline Damin Mertens ,Cláudia Cristina Batistela Francisco, Cristiane Rufino Santos, Daliane
BRASÍLIA • Colégio Marista de Brasília - Educação Infantil e Ensino Fundamental SGAS 609 CONJ A - Bairro Asa Sul - Brasília - DF - 70200-690 - (61) 3442-9400 Colégio Marista de Brasília - Ensino Médio - SGAS 615 CONJ C - Bairro Asa Sul Brasília - DF - 70200-750 - (61) 3445-6900 CASCAVEL • Colégio Marista de Cascavel - Rua Paraná, 2680 - Centro - Cascavel PR - 85812-011 - (45) 3036-6000 CHAPECÓ • Colégio Marista São Francisco - Rua Marechal F. Peixoto, 550L - Chapecó - SC - 89801-500 - (49) 3322-3332 CRICIÚMA • Colégio Marista de Criciúma - Rua Antonio de Lucca, 334 - Criciúma SC - 88811-503 - (48) 3437-9122 CURITIBA • Colégio Marista Paranaense - Rua Bispo Dom José, 2674 Seminário Curitiba - PR - 80440-080 - (41) 3016-2552
Anziliero Teston, Eros Augusto Asturiano Martins, Eziquiel
Colégio Marista Santa Maria - Rua Prof. Joaquim de M. Barreto, 98 - Curitiba - PR 82200-210 (41) 3074-2500
Machado Ramos, Fábio Silvestrini Aparício, Katia Macedo Dias
GOIÂNIA • Colégio Marista de Goiânia - Avenida Oitenta e Cinco, n. 1440
Kely Cristine de Souza, Luana Mendonça Dias dos Santos, Mayara
St. Marista - Goiânia - GO - 74.160-010 - (62) 4009-5875
Amaral Haudicho, Raquel Aline Bortoloso, Renato Mobaid Pereira
JARAGUÁ DO SUL • Colégio Marista São Luís - Rua Mal. Deodoro da Fonseca, 520 Centro - Jaraguá do Sul - SC - 89251-700 - (47) 3371-0313
Campos, Samira Damásio Dutra
Rua Imaculada Conceição, 1155 Prado Velho – Curitiba – PR Prédio Administrativo PUCPR – 8º andar CEP: 80215-901 Tel.: (41)3271-6500
JOAÇABA • Colégio Marista Frei Rogério - Rua Frei Rogério, 596 - Joaçaba - SC 89600-000 - (49) 3522-1144 LONDRINA • Colégio Marista de Londrina - Rua Maringá, 78 - Jardim dos Bancários - Londrina - PR - 86060-000 (43) 3374-3600 MARINGÁ • Colégio Marista de Maringá - Rua São Marcelino Champagnat, 130 Centro - Maringá - PR - 87010-430 - (44) 3220-4224 PONTA GROSSA • Colégio Marista Pio XII - Rua Rodrigues Alves, 701 - Jardim Carvalho - Ponta Grossa - PR 84015-440 - (42) 3224-0374
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RIBEIRÃO PRETO • Colégio Marista de Ribeirão Preto - Rua Bernardino de Campos, 550 - Higienopólis - Ribeirão Preto - SP - 14015-130 - Fone:(16) 3977-1400
Em Família | 8ª Edição | 2º Semestre 2011
SÃO PAULO • Colégio Marista Arquidiocesano - Rua Domingos de Moraes, 2565 Vila Mariana - São Paulo - SP - 04035-000 - (11) 5081-8444 Colégio Marista Nossa Senhora da Glória - Rua Justo Azambuja, 267 - Cambuci São Paulo - SP - 01518-000 - (11) 3207-5866
CAPA: Mirela Schreck Welter, Gabriel Weiand, Lucas Petry Heck, Marina Gabriela Maia, alunos do Colégio Marista Pio XII, Novo Hamburgo - RS FOTO: D'Contreras - ILEXPHOTO
A Revista Em Família é uma publicação da Editora Ruah para a Rede Marista de Colégios, com distribuição dirigida aos pais e colaboradores. Visite o blog da revista e envie sua opinião: www.maristaemfamilia.com.br
EDITOR: Luís Fernando Carneiro | DIAGRAMAÇÃO: Goretti Carlos | PUBLICIDADE: Ariane Rodrigues | R. Casemiro José Marques de Abreu, 706 – Ahú – Curitiba/PR – CEP: 82200-130 – Fone: (41) 3018-8805 | www.editoraruah.com.br | Quer anunciar? Entre em contato conosco pelo fone (41) 3018-8805 ou pelo site www.editoraruah.com.br Todos os direitos reservados. Todas as opiniões são de responsabilidade dos respectivos autores.
Primeira impressão
Vazio que extermina,
Amor que sustenta Por Ir. Paulinho Vogel
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esquisas recentes indicam que nosso planeta já não consegue mais recompor os recursos naturais consumidos pelos seres humanos. Se continuarmos com o ritmo voraz de consumo atual, em poucos anos exterminaremos todas as possibilidades de vida no planeta. Somos a geração de seres humanos que mais consome futilidades, ou seja, consumimos sem precisar e, não raras vezes, por puro prazer, hábito, vontade ou desejo. A cultura do descartável nos leva ao consumo inconsequente. Angustiados, buscamos preencher um vazio com coisas que, na verdade, aplacam a angústia
momentaneamente e não nos levam à satisfação plena. Nosso planeta não está sendo exterminado pelo fato de existirem muitos seres humanos ou por estes necessitarem cada vez mais de artefatos para se manterem. A responsabilidade não se deve às necessidades básicas da modernidade, que nos faz utilizar cada vez mais os recursos naturais. A responsabilidade pelo extermínio da vida no planeta está no vazio existente na alma dos seres humanos que aqui vivem. O reflexo da sede e do vazio na alma dos seres humanos está na ausência dos pequenos gestos que,
frequentemente, não nos damos conta, como um abraço aconchegante, uma palavra de conforto, um gesto surpreendente ou um olhar carinhoso e terno. Este vazio se faz presente quando não acolhemos ou não somos acolhidos pelas pessoas que nós amamos, e quando não educamos nossos filhos para a alteridade, para a empatia e para o desejo de ver o outro feliz antes de nós mesmos. Na escravidão do tempo, certos gestos custam demais. Bauman (2001), descrevendo nossa época, diz: “O que conta é o tempo, mais do que o espaço que lhes toca ocupar; espaço que, afinal, preenchem apenas ‘por um momento’”. A salvação da vida em nosso planeta está nas mãos do pai, da mãe, do professor, do educador, enfim, dos responsáveis pelas futuras gerações. Preencher os corações das crianças, adolescentes e jovens, com gestos de amor, fazendo-os perceber que, mais importante que a própria felicidade, é enxergar nos olhos do outro que sua felicidade depende de gestos concretos de acolhida, de proteção, de amparo e de tempo “perdido” / investido. Assim se constróem identidades seguras e sólidas que encontram a própria felicidade não nas futilidades de cada esquina, mas dentro si mesmos, a partir dos gestos de amor vivenciados no seio da família.
Ir. Paulinho Vogel é Diretor Executivo da Rede Marista de Colégios
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Entrevista
Quando o lixo vira arte e vida
O artista plástico Vik Muniz fala sobre como o lixo pode se transformar em obra de arte apreciada no exterior e mudar a vida de toda uma comunidade Por Vivian Albuquerque
Quando começou este seu trabalho tão diferenciado? Quando resolvi deixar o Brasil e viver em Nova York. Minha ideia era abrir a mente para o mundo artístico, mas o que acabou acontecendo foi bem mais que isso. Comecei a produzir séries fotográficas que conquistaram o público por trabalhar com materiais nada ortodoxos: macarrão, algodão, pó, terra. Compúnhamos as imagens e eu fotografava. Uma foto, assim como uma pintura, não só mostra um tema, mas o material com que foi representado. Quanto mais distante o material do tema proposto,
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icente José Muniz, o Vik Muniz, nasceu em São Paulo em uma família da classe média. Seus pais, um garçom e uma telefonista, com certeza nunca imaginaram que um dia seu filho – numa mudança para Nova York – poderia se tornar um ícone da arte pela fotografia, com trabalhos expostos nos mais importantes museus do mundo. Na década de 80, Vik decidiu estudar inglês em Chicago. Foi para ficar apenas seis meses, mas, numa visita a Nova York, se apaixonou e por lá acabou ficando e levando com ele o nome do Brasil, com uma arte nada convencional. Usando materiais como chocolate, açúcar, sucata e lixo, ele retrata pessoas e reproduz conhecidas obras de arte, provando que tudo, até mesmo o que ninguém mais quer, pode virar obra de arte “de valor”. Este ano, o documentário que mostra o trabalho do artista plástico brasileiro com catadores de material reciclável em um dos maiores aterros sanitários do mundo concorreu ao Oscar. Apesar de toda a torcida brasileira, a estatueta não veio. Mas Vik, mais uma vez, conseguiu sensibilizar o mundo por meio da sua arte, trazendo à tona discussões sobre sustentabilidade e olhar solidário.
mais inspirador será o engajamento entre o espectador e a imagem. Em várias de suas fotos você reproduz obras de arte já conhecidas. Poderia explicar o porquê desta escolha? Procuro trabalhar com o que o próprio espectador traz para esse seu encontro com a imagem. Por isso tem de ser algo que ele reconheça. Os temas acabam sendo algo já digerido e subestimado por ele. Não raro, desenho o que quero reproduzir, vou a um museu ou faço de cabeça. Trabalho com séries para não precisar dizer tudo de uma só vez. Trabalho com materiais
diversos ao mesmo tempo e nunca encerro uma série definitivamente; elas vão se extinguindo naturalmente. O filme "Lixo Extraordinário" tornou seu trabalho ainda mais conhecido por nós, brasileiros. Ali, poderíamos dizer que além da matéria-prima – lixo – você ainda teve as pessoas como grande componente de inspiração? Eu queria mudar a vida de um grupo de pessoas usando o material com que lidam no dia a dia. Assim surgiu a ideia de transformar lixo em
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Entrevista "O momento quando uma coisa se transforma em outra é o momento mais bonito. A combinação de sons se transforma em música. E isso se aplica a tudo.” Vik Muniz
arte e reverter a venda das fotos em recursos para aquela comunidade. O aterro do Jardim Gramacho atende a pelo menos 2,5 mil famílias. Pessoas que passam o dia ali, entre os caminhões e as pilhas de lixo, para ganhar R$ 50,00. Eram pessoas que nem sequer tinham fotos delas. E o momento mágico se deu quando uma coisa se transformou em outra; o lixo se transformou na imagem delas. Como foi o trabalho de criação destas obras que acabaram ganhando o mundo de forma tão especial? Fiz os retratos das pessoas e depois as convidei para trabalhar comigo no estúdio, “pintando” suas próprias fotos. Muitos nunca tinham se visto em uma foto e, de repente, estavam vendo seus retratos reproduzidos com materiais que eram, ao mesmo tempo, o sustento do dia a dia. Estar envolvido em projetos sociais, para mim, é fundamental. O lixo é uma boa matéria-prima para a arte, afinal? O lixo é dinheiro. A gente perde muito dinheiro com ele. Quem mexe
com o lixo ou tem muito dinheiro ou não tem nenhum. Muitas vezes, quando convido as pessoas para verem meu trabalho no galpão que temos no Brasil, elas se assustam porque entram e só veem montanhas e montanhas de lixo e sucata. Mas fotografamos com uma câmera 8X10, a uma distância de 20 metros. Só quando se sobe na torre é que se vê a obra no meio daquilo tudo. Por isso é tão bacana. Conseguimos criar o retrato de um catador que, como o lixo que está ali, ninguém conhece. Você tem essa preocupação constante de aproximar a arte do maior número de pessoas. A resposta parece óbvia, mas mesmo assim perguntamos: por que? Uma grande obra de arte deve transcender barreiras espaciais, temporais e linguísticas. Deve utilizar a universalidade dos sentidos e buscar, incentivar, a cumplicidade entre as pessoas. Não há como manter o provincianismo intelectual, no qual a arte internacional fala um dialeto próprio e tão distante do público, sob o risco da condenação do popular e do culto a um produto que seja fruto do isolamento. O artista não pode dizer que faz arte só para si. A arte deve se inspirar em experiências pessoais, mas ter a capacidade de transmitir essas mesmas experiências em um âmbito universal. O filme “Lixo Extraordinário” foi resultado de três anos de trabalho e tem um apelo muito forte com o público por causa do emocional. Você vê lágrimas nos olhos de quem assiste. E isso a arte não pode deixar de fazer: emocionar.
LIXO EXTRAORDINÁRIO Um pouco sobre o documentário premiado internacionalmente O documentário “Lixo Extraordinário” acompanha o trabalho de Vik Muniz em um dos maiores aterros sanitários do mundo: o Jardim Gramacho, na periferia de Duque de Caxias, Rio de Janeiro. Lá, ele fotografa um grupo de catadores de materiais recicláveis, com o objetivo inicial de retratá-los. Segundo o dicionário, “lixo” significa qualquer material considerado inútil, supérfluo, e/ou sem valor, gerado pela atividade humana. Antes de chegar ao Jardim Gramacho, Vik Muniz e os diretores do documentário não esperavam encontrar nada muito diferente disso, mas se surpreenderam ao conhecer pessoas cativantes e cheias de dignidade, como o Tião, jovem presidente da Associação de Catadores do Aterro Metropolitano de Jardim Gramacho, ou o Zumbi, catador que, resgatando os livros do lixão, acabou montando uma biblioteca.
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Sustentabilidade ĂŠ
sobrevivĂŞncia. Que ta
uma questĂŁo de tal fazer a sua parte?
Lucas Petry Heck, Marina Gabriela Maia, Mirela Schreck Welter, Gabriel Weiand, alunos do ColĂŠgio Marista Pio XII, Novo Hamburgo - RS
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as compras do supermercado, ela não utiliza mais sacolas, mas as caixas de plástico, que sempre leva no porta-malas. Em casa, cascas, restos de produtos orgânicos e até as folhas do quintal vão direto para o minhocário. E os cuidados não param por aí. “Opto por produtos sem embalagens ou de refil. Quando isso não é possível, escolho as de menor impacto. Um exemplo? Gosto de sabão líquido concentrado, mas ainda opto pela caixa de papelão, porque a embalagem se degrada com mais rapidez. Jamais levo uma bandeja de isopor para casa, opto pelo presunto cortado na hora e embalado apenas no plástico. Além de ter mais sabor, não fico pensando nos 450 anos – no mínimo, que o isopor levaria para se degradar no meio ambiente”, conta Joana Bicalho, de Brasília, mãe dos alunos Marcela, 16, e João Pedro, 14, do colégio Marista João Paulo II, da Rede Marista do RIo Grande do Sul. É pouco? Pois saiba que eles ainda levam as embalagens que não há como evitar para o supermercado, que as entrega para uma cooperativa
de reciclagem; mantém um relógio na parede do banheiro, para administrar o tempo e a consciência sobre o consumo; e fazem compras semanais, no lugar das mensais, para evitar o consumo desnecessário. “Percebi que, quando comprava mensalmente, consumia muito mais e ainda perdia muitos produtos por data de vencimento”, explica. Mas estas dicas, segundo Joana, são muito individuais. “Muitas vezes, algo que é facilmente adaptável no meu dia a dia, não se enquadra na vida de uma outra pessoa”, confirma. “O caminho é passar a observar o nosso excedente. Tudo o que sobra não
nos pertence e, por isto, pode passar a não mais ser desperdiçado. Todos nós podemos reduzir nosso consumo em 40%, sem prejuízo à nossa qualidade de vida. O famoso menos que vale mais”, garante. A preocupação com a sustentabilidade é tanta que até o trabalho de Joana tem profunda ligação com o tema. Ela é uma das idealizadoras e consultoras da Empresa Responsável (www. empresaresponsavel.com), consultoria que ensina empresas a trabalharem com o chamado Marketing Verde. “Sempre trabalhei com publicidade e propaganda e, mesmo antes de diálogos sobre os impactos do consumis-
SUSTEN… O QUÊ? Veja como surgiu e se popularizou o termo sustentabilidade Na década de 70, o chamado Clube de Roma, formado por personalidades interessadas em discutir temas cruciais para a sobrevivência humana, encomendou ao MIT – Instituto de Tecnologia de Massachusetts – um estudo que culminou no relatório “Os Limites do Crescimento”. O texto tratava de problemas como energia e escassez de recursos naturais, entre tantos outros itens importantes para nossa vida. E o que ficou comprovado foi que nosso modo de consumo e descartabilidade era ambientalmente inviável. Na época houve um lobby contrário à ampliação da consciência, mas o assunto, a tal da “sustentabilidade”, aos poucos foi ganhando peso político, econômico e social. Hoje, o tema é central em muitos encontros globais. Exemplo disso é a Conferência Rio + 20, programada para 2012, no Rio de Janeiro. Ela discutirá a Economia Verde, assunto que compartilha as atenções com a Logística Reversa, que trata do uso do lixo para novas produções, por meio da reciclagem.
PRECISO MESMO DISSO? COMO PENSAR VERDE NO DIA A DIA “O caminho é simples e prazeroso”, garante Joana. “É preciso ‘passar a olhar, vendo’. Ou seja, perceber nossos hábitos de maneira sistêmica. Sair da máquina do consumismo, e começar a observá-la, optando em benefício próprio, e da coletividade. Não se permitir ser manipulado pela mídia, bem como aproveitar o leque de ofertas para escolher algo de fato bom para nossas vidas. Não permitir que a correria do dia a dia nos leve a viver de forma automática, sem perceber nossas relações e nossas escolhas. Daí, começar a perceber e se questionar: preciso de fato disto? Hoje, 60% do volume de um carrinho cheio do supermercado vira lixo em apenas 15 dias. O mundo produz de lixo, por dia, o equivalente a 15 montanhas do tamanho do morro Pão-de-Açúcar. Estamos trocando nossas paisagens verdes por montanhas de lixo.”
mo na finitude dos recursos naturais, já me sentia incomodada com o estímulo crescente ao consumo e descartabilidade. Canalizei, à época, meu trabalho para a ‘venda de serviços’, exatamente pela preocupação que tinha com este tipo de propaganda. Em 2003, decidi fazer meu mestrado em Planejamento e Gestão Ambiental, e estudar profundamente os ganhos empresariais em investir no Marketing Verde. Percebi, então, uma enorme brecha na propaganda e no marketing: convencermos os consumidores de que os ‘produtos do bem’ fazem o bem para todos, em cadeia.”
SUSTENTABILIDADE E ECONOMIA Para a mãe e consultora, a sustentabilidade – termo da moda e até já meio banalizado – tem sido erroneamente vista como algo inatingível, que exige fortes mudanças, levando-nos ao menor conforto e a altos gastos. “Mas não é nada disto”, afirma. “Sustentabilidade ambiental e social não devem impactar negativamente na sustentabilidade econômica. Por exemplo: ao invés de abrirmos mão da claridade
de um ambiente para economizar energia, devemos abrir uma grande janela para iluminação natural. Outro exemplo: quando optamos pela fruta à caixa de suco, abrimos mão daquela praticidade que nos foi vendida, mas ganhamos em saúde e, consequentemente, qualidade de vida. Na verdade, devemos vender sustentabilidade como o conceito de saber viver, optar pelo bom, pelo respeito a si mesmo, numa escolha certa e inteligente. Com certeza, estamos num movimento importante. As escolas e seus projetos contribuem para isso. As empresas, forçadas pela necessidade de se mostrarem responsáveis socialmente, têm mandado seus executivos para cursos de pós-graduação em gestão socioambiental, ampliando o diálogo de necessidades e possibilidades. Fala-se muito mais em slow-life, qualidade de vida, tempo para a família e para a saúde. Tudo isto está virando moda e dados mostram que as pessoas que optam por este tipo de vida dependem menos dos médicos e se aproximam mais da família. Convivem mais, gastam menos e gastam certo, e por isto ampliam o ser ao ter.”
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Educação que
transforma Como as escolas e universidades podem fazer a diferença
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ensando em contribuir não somente com a comunidade acadêmica, mas com a sociedade em geral, a Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR) vem trabalhando num projeto participativo de transformação socioambiental, com a criação de um Núcleo de Sustentabilidade. “O que queremos é concentrar esforços no estudo de modalidades de integração entre os conhecimentos técnico-científicos e os conhecimentos sociais, políticos, ambientais e gerenciais para proporcionar a todos um ambiente mais equilibrado”, explica o professor da área de Engenharia Ambiental e um dos idealizadores do Núcleo, Altair Rosa. Segundo o professor, a sustentabilidade hoje está inserida em várias disciplinas dos diferentes cursos da universidade. Uma preocupação principalmente quando o que se vê é o uso saturado do tema, ou a própria má utilização. “A sustentabilidade é vista como moda ou marketing, mas
o sentido real, o significado, ainda é pouco conhecido pela população. Falta compromisso da sociedade em querer se informar, ou então por realmente em prática ações que possam concretizar o emprego da teoria. Sustentabilidade trata do desenvolvimento que satisfaz as necessidades do presente, sem comprometer a capacidade de as futuras gerações satisfazerem suas próprias necessidades. O desenvolvimento não pode ocorrer ‘a qualquer preço’”, alerta. “Sustentabilidade implica numa equação entre demanda, necessidade e desenvolvimento. Nosso planeta está apresentando evidentes sinais de desequilíbrio ambiental. O novo paradigma do desenvolvimento sustentável sugere, de um lado, uma reorientação deste modelo no sentido de um uso mais racional e responsável dos recursos naturais e, de outro, uma ampliação da participação da sociedade nos processos de tomada de decisão.” É dentro deste contexto, que o
social e eficiência econômica. Ela traduz em ações o conceito de desenvolvimento sustentável. A implantação dela não é um único acontecimento, documento ou atividade, mas sim um processo contínuo no qual a comunidade aprende sobre suas deficiências e identifica inovações, forças e recursos próprios ao fazer as escolhas que a levarão a se tornar uma comunidade sustentável”, conclui.
professor da PUCPR traz novamente à tona a Agenda 21, muito em voga nos jornais tempos atrás, mas hoje mais discreta. “A Agenda 21 é um programa de ação para o meio ambiente e o desenvolvimento. É composto de 40 capítulos que constituem a mais abrangente tentativa já realizada de promover, em escala planetária, um novo padrão de desenvolvimento, conciliando métodos de proteção ambiental, justiça
CONSCIÊNCIA PLANETÁRIA “A educação para a sustentabilidade é algo sempre presente na proposta de Educação Infantil dos colégios maristas”, diz Ana Lúcia Souto, assessora educacional da Rede de Colégios Maristas da Província Marista do Brasil Centro-Sul. “Nosso currículo é dividido em dimensões e uma delas é a Consciência Planetária, que diz respeito a todas as formas de vida. Sou assessora na área de Ciências da Natureza. Não é um conhecimento científico, como um fato apenas, mas algo que tem de estar inserido na nossa realidade diária para a sustentabilidade do planeta.” Para exemplificar parte do trabalho feito nas escolas, Ana Lúcia fala
sobre o Congresso Virtual Interdisciplinar Marista, realizado no ano passado, quando foi comemorado o Ano da Biodiversidade. “Discutimos com os alunos assuntos como as mudanças climáticas, a escassez dos recursos naturais, usando como base o relatório da ONU, com números dos últimos 50 anos. Os alunos escolheram um tema e, sobre ele, escreveram artigos científicos, propondo várias ações.” Entre os artigos, vários deles publicados no endereço www.marista.org. br/congressobio, está um que fala sobre o uso exagerado das sacolas plásticas, com o sugestivo nome: "Que Saco!". Para ilustrá-lo, os alunos fizeram fotos de árvores, nas quais as folhas foram substituídas por sacolas plásticas. “A proposta de Champagnat era transformar a sociedade, tornando-a mais justa para todos: pessoas, animais, meio ambiente”, conclui Ana Lúcia. “E isso depende de todos nós.”
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Na prática Como fazer a sua parte no dia a dia por um planeta melhor
QUAL A PROCEDÊNCIA DO QUE VOCÊ COMPRA? De nada adianta trocar sacolas plásticas por uma “ecobag” se ela for feita no Vietnã. Todos os materiais têm prós e contras; o vidro, por exemplo, é 100% reciclável, mas é pesado e a logística de reutilização exige alto consumo de água e energia. O plástico é retirado de matérias-primas não renováveis, mas seu processo de produção não gera resíduos. Para escolher entre produtos, é preciso adotar um conjunto de critérios que inclua durabilidade e adequação ao uso. Design sustentável é aquele que usa menos matéria-prima, processos industriais e energia.
TUDO BEM DEIXAR O CARRO EM CASA ÀS VEZES? Manter o carro em ordem para evitar emissões desnecessárias de dióxido de carbono é lei. Deixá-lo em casa nos trajetos servidos por transporte coletivo, ainda que apenas fora dos horários de pico, é melhor ainda, pois o ônibus e o metrô já circulam regularmente.
XÔ, DESCARTÁVEIS! Coador de pano, sacola de pano. Introduzi-los em sua rotina não requer nenhuma grande mudança. Melhor, você produz menor quantidade de lixo. E no trabalho, desconsidere os copos descartáveis. Vá de caneca. É muito mais charmoso e bem menos nocivo para o meio ambiente. No Colégio Marista de Brasília todos os alunos adotaram essa ideia com muito sucesso. É POSSÍVEL REDUZIR O CONSUMO Regrinhas fáceis para reduzir o consumo de luz e água em casa: mantenha as instalações elétricas em dia; escolha eletrodomésticos certificados; use ferro a vapor e acumule roupas para passar de uma vez só; instale a geladeira longe de fontes de calor, como o fogão, que a fazem trabalhar mais; pinte as paredes de cores claras, que refletem luz; mantenha luminárias e lustres limpos para evitar a perda de luminosidade; use lâmpadas fluorescentes ou de vapor de sódio; desligue o monitor do computador quando parar de trabalhar; ensaboe toda a louça antes de ligar a torneira elétrica.
FRUTA DA ESTAÇÃO: A ESCOLHA MAIS SÁBIA Transportar alimentos por longas distâncias gera mais poluição do que trazêlos de perto; manter comidas em freezer ou estufa consome mais energia do que conservar alimentos frescos por poucos dias. Logo, dar preferência aos frutos da época e alimentos produzidos no cinturão de sua cidade são maneiras simples de contribuir para a redução da poluição atmosférica. De quebra, você ajuda a garantir a sobrevivência de pequenos produtores e comerciantes, que perderam espaço nas últimas décadas para as grandes redes do varejo. EXPERIMENTE CONSERTAR, TROCAR OU DOAR Pense bem: é mesmo necessário trocar o celular porque um modelo novo chegou ao mercado? É importante ser eficiente no uso das coisas, consertando-as quando preciso. Antes de se desfazer de algo, considere alternativas como feiras e sites de troca. Ou destine a quem precisa: de livros e móveis a eletrônicos, sempre há uma instituição disposta a receber doações. DÊ UMA CHANCE PARA OS ALIMENTOS ORGÂNICOS Sim, eles são, por enquanto, mais caros e, em alguns casos, mais difíceis de achar do que o fruto da agricultura e da indústria regulares. Mas vale a pena desembolsar mais e sair em busca de feiras e mercados que comercializem produtos naturais. O cultivo de alimentos sem agrotóxicos ou pesticidas envolve um manejo mais racional dos ciclos da terra e de resíduos; alimentos não processados – açúcar mascavo, sal marinho, arroz e farinhas integrais – poupam a energia do processo industrial. SERÁ QUE EU PRECISO MESMO DISSO? Você precisa mesmo de mais uma saia preta? E de uma calça jeans? Cultivar uma atitude racional diante do ato da compra é a primeira lição. É isso o que ensina o Instituto Akatu, ONG voltada à difusão da ideia de consumo consciente. Uma simples lista feita em casa previne compras desnecessárias no supermercado. E um exame honesto do armário mostra se você precisa mesmo de mais um sapato.
Fonte: Revista Vida Simples e Instituto Akatu / Ilustrações: João Gabriel Vanz
Olhar
Em caso de
despressurização Cuide do seu espírito, do seu humor. Arrume seu cotidiano. Estando quite consigo mesmo, vá em frente e mostre aos outros como se faz
Carlos Contreras
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Por Martha Medeiros | Ilustração Mariana Poczapski
E
u estava dentro de um avião, prestes a decolar, e pela milionésima vez na vida escutava a orientação da comissária: "Em caso de despressurização da cabine, máscaras cairão automaticamente à sua frente. Coloque primeiro a sua e só então auxilie quem estiver ao seu lado". E a imagem no monitor mostrava justamente isso, uma mãe colocando a máscara no filho pequeno, estando ela já com a dela. É uma imagem um pouco aflitiva, porque a tendência de todas as mães é primeiro salvar o filho e depois pensar em si mesma. Um instinto natural da fêmea que há em nós. Mas a orientação dentro dos aviões tem lógica: como poderíamos ajudar quem quer que seja estando desmaiadas, sufocadas, despressurizadas? Isso vem ao encontro de algo que sempre defendi, por mais que pareça egoísmo: se quer colaborar com o mundo, comece por você. Tem gente à beça fazendo discurso pela ordem e reclamando em nome dos outros, mas mantém a própria vida desarrumada. Trabalham naquilo que não gostam, não se esforçam para manter uma relação de amor prazerosa, não cuidam da própria saúde,
não se interessam por cultura e informação e estão mais propensos a rosnar do que a aprender. Com a cabeça assim minada, vão passar que tipo de tranquilidade adiante? Que espécie de exemplo? E vão reinvindicar o quê? Quer uma cidade mais limpa, comece pelo seu quarto, seu banheiro e seu jardim. Quer mais justiça social, respeite os direitos da empregada que trabalha na sua casa. Um trânsito menos violento, é simples: avalie como você mesmo dirige. E uma vida melhor para todos? Pô, ajudaria bastante colocar um sorriso nesse rosto, encontrar soluções viáveis para seus problemas, dar uma melhorada em você mesmo. Parece simplório, mas é apenas simples. Não sei se este é o tal "segredo" que andou circulando pelos cinemas e sendo publicado em livro, mas o fato é que dar um jeito em si mesmo já é uma boa contribuição para salvar o mundo, esta missão tão heróica e tão utópica. Claro que não é preciso estar com a vida ganha para ser solidário. A experiência mostra que as pessoas que mais se sensibilizam com os dilemas alheios são aquelas que ainda têm
muito a resolver na sua vida pessoal. Mas elas não praguejam, não gastam seu latim à toa: agem. A generosidade é seu oxigênio. Tudo o que nos acontece é responsabilidade nossa, tanto a parte boa como a parte ruim da nossa história, salvo fatalidades do destino e abandonos sociais. E, mesmo entre os menos afortunados, há os que viram o jogo, ao contrário daqueles que apenas viram uns chatos. Portanto, fazer nossa parte é o mínimo que se espera. Antes de falar mal da Caras, pense se você mesmo não anda fazendo muita fofoca. Coloque sua camiseta pró-ecologia, mas antes lembre-se de não jogar lixo na rua e nem de usar o carro desnecessariamente. Reduza o desperdício na sua casa. Uma coisa está relacionada com a outra: você e o universo. Quer mesmo salvá-lo? Analise seu próprio comportamento. Não se sinta culpado por pensar em si próprio. Cuide do seu espírito, do seu humor. Arrume seu cotidiano. Agora sim, estando quite consigo mesmo, vá em frente e mostre aos outros como se faz.
Martha Medeiros é escritora e colunista dos jornais Zero Hora e O Globo.
BRASÍLIA - EM
Feita para você Nesta edição reforçamos o compromisso com uma edu-
Marista, mas tem como grande diferencial a apresenta-
cação planetária, focada nas necessidades globais, mas
ção deste caderno exclusivo. Nas próximas páginas você
principalmente voltada para uma atuação local de nos-
encontra as histórias, personagens, projetos e ideias do
sos alunos e suas famílias. Da mesma forma, a Em Família
Colégio Marista de Brasília. Divirta-se e participe com seu
é uma revista que circula em todos os colégios da Rede
filho desta grande aventura do conhecimento.
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Com a palavra
José Leão da Cunha Filho - Diretor Educacional
Cada vez melhor Q
uando se amplia o olhar sobre o que seja educação de excelência, o Maristão é, sem dúvida, a melhor escola de ensino médio de Brasília. E está melhorando. Vem aprovando mais e melhor nos últimos vestibulares. Há maior oferta de eventos acadêmicos que colaboram para alargar os horizontes intelectuais de nossos alunos. Há também melhoria da qualidade das atividades que aportam os estudos e incrementam o desempenho escolar dos alunos. Nesta edição da revista Em Família, duas matérias versam sobre iniciativas que fazem parte de uma das estratégias decisivas para o futuro de nossos estudantes: a internacionalidade. Vamos apontar brevemente esses rumos. Em 2011, três eventos acadêmicos sinalizam os rumos que o Maristão está tomando em relação à internacionalidade. Em primeiro lugar, a II
SIM (Simulação Internationali Marista). Este ano a SIM contou com a participação de alunos do 9º Ano do Maristinha, estendendo o interesse por assuntos internacionais aos futuros alunos. Em segundo lugar, em outubro, o Maristão sediou o MIB (Modelo Intercolegial do Brasil) com participação dos melhores alunos das Simulações dos Colégios de Brasília. Por fim, em novembro, o Colégio também será sede do TEDx Asa Sul, importante evento sobre inovação e futuro, inspirado e licenciado pelo TED, evento internacional bastante conhecido. Em abril de 2012 terá início um projeto de pesquisa sobre recursos hídricos no Brasil a na Nova Zelândia. O estudo será realizado por professores e alunos do Maristão e da Newlands College, de Wellington. Esse estudo envolverá as disciplinas de Geografia e Biologia, no Maristão, e Geografia e Ecologia, na Newlands College. Nos
meses de abril a junho, um de nossos professores e dois alunos estarão na Nova Zelândia para a primeira etapa do projeto. Nos meses seguintes, os estudos serão desenvolvidos com apoio da internet e por videoconferência. Em outubro será a vez de recebermos os colegas da Newlands College. Ainda no primeiro semestre de 2012, um professor e alguns alunos irão conhecer os programas e projetos das engenharias da Universidade de Kyoto, no Japão. Essa iniciativa está sendo definida com a participação de um pesquisador brasileiro vinculado àquela Universidade. Nesta mesma perspectiva, contatos já estão sendo feitos com o objetivo de ampliar o intercâmbio científico para os EUA e para a Espanha, provavelmente. Iniciativas como essas certamente colaboram para elevar ainda mais a excelência acadêmica do Maristão.
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abril 2011 nº 204
Saia do quadrado
Alunos falam sobre a experiência transformadora de passar 15 dias em uma comunidade carente no sertão do Piauí
8/22/11 3:11 PM
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Educa�
A ‘ONU’ é aqui Maristão investe em simulações de organismos nacionais e internacionais Por Nilson Caetano
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o ano de 2010, foi realizada no Maristão, a primeira Simulação das Nações Unidas para os estudantes do ensino médio, intitulada de SIM (Simulação Internationali Marista). O projeto contou com a participação de 150 estudantes do ensino médio, discutindo questões ligadas ao meio ambiente, energia nuclear e à cidadania, integrando, sobretudo, os componentes das ciências sociais. Os estudantes foram selecionados por áreas de interesse, ligados a temáticas preestabelecidas, dentro das matrizes educacionais e dos comitês da ONU. Nessa simulação cada estudante se torna o delegado de um país, função em que se torna o instrumento por meio do qual os chefes de estado se comunicam, negociam, estabelecem
acordos. Ou se criam quaisquer outras medidas em defesa de seu território tornando pública e oficial a posição do Estado em relação à temática sob discussão, e, criando-se ao fim do processo um documento oficial intitulado de resolução final. O encerramento do evento ocorre com a Festa das Nações, uma atividade cultural, na qual os estudantes, então delegados, apresentam elementos da cultura do país que representa, como música, dança, informações geográficas e comidas típicas, dentre outros. No ano de 2011, o colégio inovou com a proposta de integrar estudantes do ensino médio e fundamental no mesmo evento cultural e educacional e ampliou o número de comitês, instaurando o Jovem Executivo, ligado à área empresarial e
comercial e à Câmara dos Deputados. Este ano o evento contou com a participação de 260 estudantes. O próximo passo da SIM é ampliar a participação com estudantes de outros colégios da Rede Marista. O Maristão reconhece e põe em prática as exigências de uma nova estrutura de ensino e aprendizagem contemplando cada vez mais o desenvolvimento de projetos de pesquisa e a integração cultural global, e iniciativas como a Simulação das Nações Unidas para estudantes do ensino médio, se tornam uma ferramenta à complementação do estudo das diversas áreas das ciências possibilitando aprimorar a pesquisa, a oratória e o debate, no campo da política, ciência e tecnologia.
Nilson Caetano é professor de Geografia
Modelo intercolegial do Brasil Por Emiliano Amorim Em outubro de 2011 o Colégio Marista de Brasília – Ensino Médio sediou o Modelo Intercolegial do Brasil (MIB). Trata-se de uma conferência de organismos internacionais (ONU, OMS, etc.) e nacionais (STF, Câmara dos Deputados) exclusiva para alunos que obtiveram ótimo desempenho em simulações internas como a Simulação Internationali Marista (SIM). O objetivo é desenvolver uma consciência coletiva voltada para desafios contemporâneos e o trabalho de duas habilidades específicas: uma acadêmica e outra prática. Na primeira, objetiva-se desenvolver conhecimento mais aprofundado da agenda internacional que influencia o dia a dia de nossa sociedade, assim como estudar de forma aplicada e diferenciada assuntos de vestibular relacionados com saúde, tecnologia e humanidades. Quanto à parte prática, a meta é aguçar a aptidão do aluno – delegado – para a negociação e a oratória. Ao simular debates e rodadas de negociações, desenvolve-se a percepção de quais são as reações mais adequadas para determinados comportamentos como raiva, ciúmes e anseios apresentados por outros negociadores e como lidar com sentimentos durante a formulação de acordos. O MIB faz parte de um clube de exclusividade administrado pela Internationali. Atualmente congrega alunos das principais escolas do Distrito Federal, Goiás, Amazonas, Maranhão e Piauí. Dentro das conferências realizadas pela instituição nesses estados, trinta a quarenta por cento dos melhores participantes dessas conferências são convidados para o MIB. Este se divide em etapas regionais, como o MIB DF sediado esse ano no Maristão, que convertem em uma etapa final, quando participam os melhores delegados selecionados nos MIBs regionais. Dessa forma, a cada boa performance nas conferências o aluno recebe o melhor dos prêmios: a oportunidade de conviver com outros alunos que se interessam em ter um comprometimento especial com atividades acadêmicas e de desenvolver habilidades requeridas a um representante de uma nação. O MIB é mais um símbolo de como o Colégio Marista de Brasília – Ensino Médio e a Internationali buscam a melhoria dos sistemas educacionais de sua comunidade e do Brasil. Foram classificados para participarem do MIB 14 estudantes do 9º ano do Maristinha e 58 estudantes do Maristão. Emiliano Amorim é Secretário Geral – Internationali Negotia
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Ser melhor
Contra as drogas Parceria entre família, igreja e escola sinaliza um novo caminho para enfrentar esse mal Por Marcelo Coutinho
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igreja católica do Brasil organiza anualmente, no período da quaresma, a Campanha da Fraternidade. Seu objetivo é despertar a solidariedade em todas as comunidades em relação a um problema concreto que envolve a sociedade brasileira, buscando caminhos e soluções. A cada ano é escolhido um tema, que define a realidade concreta a ser transformada, e um lema, que explicita em que direção se busca a transformação. Em 2011 o tema escolhido foi Fraternidade e vida no planeta. E o lema: A criação geme com dores de parto (Rm 8, 22). Em comunhão com a Igreja do Brasil, a Província Marista do Brasil Centro-Sul realiza o Projeto Campanha da Fraternidade em todas as unidades. Atendendo a uma preocupação latente das famílias e uma demanda que se apresenta em todas as realidades escolares do país, o Núcleo Pastoral do Maristão optou em direcionar o projeto para o cuidado com a vida contra as drogas. Atrelamos esse projeto à manhã de formação, e
assim todos os alunos da escola foram envolvidos. A estratégia foi construída em parceria com o Centro de Convivência e Atenção Psicossocial – Mansão Vida, localizada no Recanto das Emas. Cada turma teve a possibilidade de conhecer a estrutura do local, as características do tratamento. Mas a culminância ocorreu no momento de partilha entre nossos alunos e os jovens em tratamento. Nesse momento, nossos alunos tiveram a oportunidade de entender alguns aspectos pouco edificantes da dependência química, como o sofrimento causado pelas drogas no seio familiar; a perda dos valores e da confiança da família; álcool, cigarro e maconha como a porta de entrada para as drogas pesadas; e principalmente a dificuldade de se livrar da dependência. Sabemos que o desafio de combater as drogas é grande, mas a parceria entre família, igreja e escola sinaliza um novo caminho para enfrentar esse mal. A sociedade só tem a ganhar com a interação entre essas instituições.
NA PRÁTICA Seguem alguns relatos dos nossos alunos: Dianna Caixeta 3º I: “A realidade dos usuários nos fez perceber o quanto devemos valorizar o bem mais precioso: A vida!” Thayssa Victória de Souza Alves 3ºJ: “Percebemos o nível do sofrimento das famílias dos dependentes e como o apoio delas é primordial na recuperação”. Luiza Silva La Rocca de Freitas 3ºB: “Desde pequenos aprendemos na escola sobre os efeitos que a droga tem no nosso corpo, mas na clínica, tivemos a oportunidade de ver as reais consequências e a degradação do ser humano”.
Marcelo Coutinho é Coordenador de Pastoral
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Caleidoscópi� Aula da Inquietação - UnB , abril 2011. Pensadores da atualidade são convidados a despertar o inconformismo intelectual e a rebeldia transformadora, por meio da troca de saberes entre grandes mestres e jovens acadêmicos. Convidados pelo Reitor, alunos do Maristão prestigiaram o evento.
A equipe do Maristão apresenta os projetos do ENSINO MÉDIO para as turmas de 9º ano do Maristinha. Junho 2011.
Semana CHAMPAGNAT, em Junho.
Palestra de abertura do Seminário de Profissões: o futuro você é quem faz, com o Master Coach, Mestre em Educação e Especialista em RH, Homero Reis. Agosto 2011. Ação social vinculada à Semana Champagnat. Doações à Escola Maria Teixeira, localizada no Jardim Ingá – GO. Junho 2011.
Acolhida aos alunos novos, matriculados no 2º semestre. Julho 2011.
Destaque
Paixão pelo hipismo É preciso se entregar de corpo e alma, com comprometimento, concentração e muita disciplina Por Said Félix
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os cinco anos de idade, o hipismo entrou em minha vida, quando comecei a frequentar o 1º Regimento Dragões da Independência para acompanhar meu pai, que praticava o esporte, em seus treinos diários. De modo semelhante ao carinho que a maioria das crianças demonstra pelos cães, afeiçoei-me a este maravilhoso animal – o cavalo. Observando crescer em mim a paixão pelo hipismo, meus pais jamais tentaram impor sua vontade e deixaram fluir naturalmente minha escolha pelo esporte. Ao constatar que essa era minha vocação, me apoiaram incondicionalmente. Meu pai abandonou as competições e passou a ser meu mestre e treinador. Desde o início da minha carreira, meu pai teve participação especial. Em decorrência de seu apoio – aulas, orientações, críticas e elogios –, fui aprimorando meu desempenho e, com a graça de Deus, consegui me destacar em diversas provas e torneios dos quais participei. Os mais significativos foram: Campeão Brasiliense de Hipismo (2006) na categoria; Bicampeão da Copa JK (2007);
Vice-Campeão Brasileiro por equipe (2007); Campeão da XIX Copa Brasília de Hipismo (2008); Campeão Brasiliense (2009) na categoria; Vice-Campeão de Jubileu de Diamante da Copa Santo Amaro/SP (2010); Vice-Campeão da Prova de Potência com 1,80 m; e Tricampeão Brasiliense de Salto (2011) na categoria. Como qualquer esporte, a prática do hipismo só é possível pela dedi-
cação e vontade do atleta. Não basta gostar, é preciso se entregar de corpo e alma, com comprometimento, concentração e muita disciplina. Mesmo com a pesada carga horária dos treinos, tento levar uma vida normal, dividindo meu tempo entre os treinos, o colégio e as aulas de inglês. Hoje, curso o 1º ano do ensino médio no Maristão, colégio que muito tem me incentivado, tanto nos estudos, com a qualidade do ensino, como no apoio que proporcionam ao esporte que pratico. O hipismo me ajuda a conquistar novos amigos e conhecer novos lugares. Me faz crescer como pessoa e acho que isso é umas de suas vantagens. Para mim, o melhor do hipismo é a emoção que as competições proporcionam e os ensinamentos para a vida. No momento de decisão de um desempate, o coração dispara, e a adrenalina vai a mil. Sou muito grato a todos os que me ajudaram. Aproveito para registrar meu amor e gratidão ao meu pai, o principal responsável pelas conquistas que, embora com apenas 15 anos, obtive em minha vida.
Said Félix é aluno do 1º ano
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Diz aí
Maristão globalizado Por Anderson Matias
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os últimos anos, assistiu-se a transformações no mundo, as quais englobam o campo da ciência, o da cultura e o da tecnologia, resultando na era da informação. Por isso tornou-se necessário repensar a educação, pois a sociedade exige cidadãos críticos, da realidade em que estão inseridos em uma perspectiva globalizada. Por essa razão, desde 2010, foram iniciadas ações para internacionalizar o Maristão. O objetivo é preparar alunos e professores para uma sociedade que criou novos espaços do conhecimento. Agora, além da escola, também a empresa, o espaço domiciliar e o espaço social tornaram-se educativos. Por essa razão conhecer outras culturas é indispensável para entender como global e local se fundem nessa nova realidade. Dessa forma, em junho deste ano,
tive a oportunidade de acompanhar um grupo de 22 alunos em um intercâmbio cultural em Vancouver, no Canadá. Além de estudar inglês, conviver com outras culturas e conhecer belos lugares, a viagem nos proporcionou entender a necessidade de equipar o Brasil. Ao vivenciarmos como o país que ocupa a 8ª posição no ranking do Relatório de Desenvolvimento Humano do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) oferece, por exemplo, serviços públicos, constatamos que é necessário mudar o Brasil. Isso exigirá material humano qualificado, formado a partir de uma nova maneira de aprender e ensinar: é preciso pensar a realidade, o já dito e o já feito. É preciso pensar também o novo para preparar o futuro. Assim é possível formar um cidadão que enxerga o Brasil numa perspectiva globalizada. Nos próximos anos, caso
se repita o crescimento econômico constatado na última década, o Brasil poderá reverter o quadro de estagnação social vigente. Isso exigirá profissionais qualificados, formados numa perspectiva integral: inteligência, sensibilidade, sentido ético e estético, responsabilidade pessoal, espiritualidade, pensamento autônomo e crítico, imaginação, criatividade e iniciativa. Nesse sentido, o Maristão tem avançado: enviou, também para intercâmbio, em 2010, um professor para a Inglaterra e, em 2012, teremos docentes na Nova Zelândia e no Japão. Os próximos passos são organizar a escola para receber intercambistas, mostrando como o Brasil será uma das potências mundiais, e fortalecer a formação que permite aos nossos estudantes ingressar nas maiores universidades do mundo.
Anderson Matias é Professor de Língua Portuguesa
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Educa�
Depende de nós Convidamos os alunos Lucas Ramos (1º ano), Johanna Santos (2º ano) e Gabriel Castellano (3º ano) para falar um pouco sobre sustentabilidade e futuro.
1) Você sabe o que é sustentabilidade? (Lucas) Sim. Sustentabilidade é, basicamente, a característica de toda ação e atitude humana que visa suprir necessidades humanas do presente, mas sem comprometer as gerações do futuro. Apesar de haver várias aplicações para esse conceito, o que se mais fala hoje é o chamado desenvolvimento sustentável: a industrialização e desenvolvimento de tecnologia e da economia sem causar danos à natureza, que é a maior herança que podemos deixar para as futuras gerações, já que nossa vivência depende dela. (Johanna) É a utilização dos recursos naturais de forma equilibrada, para que o futuro das próximas gerações seja garantido. É a busca pelo progresso econômico e material que visa não agredir o meio ambiente, conservando-o para o futuro.
(Gabriel) Para mim, é a característica que uma sociedade sustentável deveria ter. Ou seja, a nossa sociedade seria sustentável se, da forma como existe, tivesse a possibilidade de se manter por tempo indeterminado. 2) No dia a dia você pratica o princípio da sustentabilidade? Em qual aspecto? (L) Sim. Em várias pequenas ações no cotidiano. Tendo em vista que a prática da sustentabilidade atualmente está intimamente associada com a ideia de preservação ambiental, atos, por menores que sejam, que procuram diminuir os danos ao meio ambiente estão seguindo esse princípio. Entre eles, podemos citar: separação do lixo para a coleta seletiva; tomar banhos curtos, para economizar água e ener-
gia; fechar a torneira enquanto se escova os dentes; reutilizar o maior número de vezes produtos que demorem a se decompor, como sacolas plásticas, antes de mandá-los para a reciclagem ou, preferivelmente, evitar o seu uso em primeiro lugar; e muitas outras. (J) Existem pequenas ações que fazem do nosso meio um lugar mais sustentável. Dentre elas podemos destacar o consumo controlado de água e energia, a reciclagem de resíduos sólidos e o consumo de alimentos orgânicos. No dia a dia tento fazer o possível para economizar água e energia, confesso que ainda há muito que melhorar. Já para a reciclagem é preciso que haja uma cooperação e disposição de todos da casa, o que torna o projeto mais difícil para a minha família. A alimentação mais
Lucas
natural, mesmo sendo um pouco mais cara, é uma ótima opção, pois além de ajudar o meio ambiente, é mais saudável. (G) Devo admitir que não pratico muito, apesar de a minha mãe insistir tentando me ensinar a agir dessa maneira. Nunca deixar uma lâmpada que não esteja sendo usada acesa, não desperdiçar água, fazer a coleta seletiva do lixo, entre outras práticas, e faz de tudo para que o resto da família siga o exemplo. 3) Você é otimista com relação ao futuro? (L) Sim. Apesar de que já estamos começando a sentir os efeitos de nossas más atitudes dos últimos séculos, como a falta de recursos e as tão comentadas mudanças climáticas, tenho esperança de que logo a humanidade abrirá os olhos de vez. Quando nós percebermos as mudanças em nosso modo de vida e nos sentirmos ameaçados, finalmente resolveremos de vez todos os problemas relacionados à natureza. Acredito nisso pela capacidade criativa humana, que já mostramos desde os primórdios de nossa existência e nos permitiu chegar ao que somos hoje; e também pela preguiça do homem moderno, que espera até o último momento possível para mudar nosso estilo de vida.
Johanna
Gabriel
(J) Os jovens do mundo contemporâneo têm se preocupado bastante com o meio ambiente. Esse pensamento provavelmente vai render novas pesquisas, estudos e, com certeza, uma utilização mais consciente da biodiversidade e dos ecossistemas naturais. (G) Por mais que não pareça, eu acredito que um dia as pessoas, inclusive eu, vão entender que o mundo não vai aguentar o modo de vida que temos hoje. Assim, poderemos evoluir e adaptar os nossos hábitos de forma a transformar a nossa sociedade em uma sustentável.
trabalhoso, e há coisas que parecem mais significativas e importantes no "agora" do que no "depois". Existem todos os recursos necessários para essa conscientização em massa, mas mesmo assim, não há a preocupação por parte dos jovens em entender o que tudo isso significa e formar uma consciência ecológica. Talvez, com o tempo e o amadurecimento, tudo isso mude, pois certamente quando as consequências dos nossos atos afetarem o cotidiano haverá uma mudança da perspectiva de nossa geração. (J) A minha geração já tem uma conscientização ecológica muito maior do que as gerações anteriores, pois desde novos fomos alertados dos perigos que a má utilização dos recursos naturais pode trazer. Aprendemos a não desperdiçar água e energia, a proteger o meio ambiente e entender o impacto e a importância da natureza em nossa vida (G) Sem dúvida, de maneira geral a minha geração sabe um pouco mais sobre o tema do que as gerações passadas, pelo maior acesso que temos à informação e porque essa é uma discussão relativamente nova no mundo. Além disso, nós mesmos sofremos as consequências dos nossos hábitos de consumo excessivo e desperdício.
4) Acredita que a sua geração é mais consciente com relação ao meio ambiente? Por quê? (L) De uma forma, sim, somos mais conscientes, pois a mídia está sempre repleta de informações sobre a situação do mundo, uma incansável campanha de conscientização sobre sustentabilidade, mudanças climáticas, e como combatê-las. Sabemos o que acontece no mundo, sabemos que temos quase que o dever de mudar isso e sabemos também como fazê-lo, com pequenas e grandes ações, que só requerem vontade e dedicação. Porém muitos jovens não têm essa preocupação. Não se preocupam em economizar recursos, reutilizar, reciclar. Tudo parece muito
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Educa�
Ensino Médio
Todos juntos Considerando que as ações sustentáveis afetam a sociedade de maneira coletiva, nada mais justo do que os indivíduos participarem dos esforços coletivos para o estabelecimento e a manutenção da sustentabilidade. Por Lucio Bravin
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sustentabilidade pode ser definida como a capacidade que um sistema possui de manter-se ao longo de um determinado período. Pauta atualmente global e preocupação nascida com a Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente Humano (United Nations Conference on the Human Environment - UNCHE), realizada em Estocolmo de 5 a 16 de junho de 1972, a sutentabilidade tem como desafio satisfazer as atuais necessidades humanas garantindo que as futuras gerações também terão suas necessidades satisfeitas. Para ser eficiente, a sustentabilidade deve ser articulada em três grandes níveis: o público, o privado coletivo e o privado individual. Os governos são estratégicos agentes na mudança da conduta de uma sociedade. Representando a população que os legitimou, os governos devem agir como instituidores, executores e fiscalizadores de normas gerais de sustentabilidade. Em relação ao meio ambiente devem legislar de maneira responsável e favorecer políticas que garantam o bem-estar presente e futuro da população. À medida que se articulam globalmente, os governos devem discutir, também de modo global, como devem agir para garantir a sustentabilidade do planeta, haja vista que nenhuma conduta governamental
é isolada. Atuando dessa forma, contribuem não apenas para o bem-estar daqueles que representam, mas também do coletivo em um mundo cada vez mais globalizado. As organizações coletivas privadas, entendidas como as grandes empresas ou agremiações de pessoas, podem contribuir de maneira significativa para o estabelecimento de uma consciência sustentável. Adotando padrões e condutas que visam a economia de recursos, ganham a credibilidade da sociedade e estabelecem um vínculo com os empregados na defesa de uma conduta mais ecológica. Um exemplo ilustrativo são as instituições que adotaram o reuso da água em suas instalações. Nessas empresas a água consumida para serviços gerais é a que já serviu a outros fins e, após determinados tratamentos, retornam às torneiras para limpeza ou refrigeração de máquinas. Há também exemplos interessantes como o Bahrain World Trade Center Tower que instalou usinas eólicas em sua estrutura, garantido assim o suprimento de parte de suas necessidades energéticas. Além de reduzir seus gastos, esse empreendimento demonstrou comprometimento com o meio ambiente, o que está conduzindo seus usuários e funcionários a praticarem condutas semelhantes.
Considerando que as ações sustentáveis afetam a sociedade de maneira coletiva e possuem reflexos na vida individual, nada mais justo do que os indivíduos participarem dos esforços coletivos para o estabelecimento e a manutenção da sustentabilidade. Em alguns casos até, é dessa conduta individual que nasce a consciência da coletividade para a questão ambiental. Construir, por exemplo, uma residência que aproveita a água das chuvas ou utilizar telhas transparentes para o aproveitamento da luz natural, são ações individuais que, além de se integrarem aos esforços coletivos para a sustentabilidade, podem irradiar na coletividade um comportamento semelhante. Ações de âmbito local contribuem para uma mudança de conduta mais generalizada, levando todos os membros da sociedade a se beneficiarem de uma relação mais harmoniosa com o planeta, o que traz expectativas promissoras para as futuras gerações. Hoje no Arqui temos jovens do Ensino Médio decidindo candidatar-se a essas profissões novas. Esses alunos visam em primeiro lugar à realização de seus projetos de vida e estão conscientemente conectados com as modernas tendências do mercado de trabalho.
Lucio Bravin é Professor de Biologia
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Gente noss�
Obrigado, Marista! Aprendi a ser dinâmica, disciplinada, comunicativa e aproveitar ao máximo cada segundo disponível Por Luciana Babilônia
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alar sobre minha experiência no Maristão é uma tarefa fácil. Me encantei pelo colégio desde o primeiro dia que entrei, durante a entrevista para matrícula. A coordenadora estava me entrevistando e perguntou por que eu queria entrar no Marista e eu disse que tinha sido indicação de um amigo. Ela perguntou o nome, eu falei e na hora ela se lembrou de quem ele era e do que ele gostava de fazer. Para quem estava saindo de uma escola pequena onde os professores conheciam todos os alunos como eu, isso foi muito importante, e desde aquele momento percebi que não seria apenas um número da chamada que pagava o colégio todo mês, mas sim no mínimo a Luciana da Camar. Entrei sem conhecer muitas pessoas, mas logo no primeiro semestre de 2003 (ano que entrei no colégio) fiz o encontro de jovens Camar e foi nesse grupo que conheci grande parte dos meus amigos que até hoje são presença constante na minha vida. Juntos trabalhamos para melhorar o encontro, realizamos ações sociais, estudamos para passar no vestibular, construímos o foguete para aula de Física, organizamos os tão divertidos
recreios festivos, torcemos um pelo outro quando estávamos disputando o Festimar e/ou competindo com os times de futebol, vôlei e handebol, crescemos na fé, compartilhamos segredos, saímos, participamos de gincanas, viajamos, e até hoje, com alguns já casados, esse grupo permanece unido e pronto para o que der e vier sempre com a presença e amor de Deus guiando as nossas relações. Um dos momentos mais marcantes na minha trajetória no Maristão foi a viagem que fizemos, quando alunos, ex-alunos e alguns professores foram até o Município de Ruy Barbosa, na Bahia, entregar cisternas para os trabalhadores rurais da região que sofriam muito com a seca e não tinham água sequer para beber. A gratidão e bondade com que fomos recebidos e a experiência de conhecer e ver a forma como eles viviam me fizeram enxergar a vida com outros olhos. Desde então, faço tudo que posso para ajudar os que precisam, e o colégio sempre me proporcionou formas de colocar isso em prática. Como estudante me preocupava com as notas e era dedicada, nunca tirei nota por sorte, mas sim por muito esforço; aproveitava os momentos
de monitoria e aulas extras. Em alguns momentos cheguei a me questionar se as atividades em que estava envolvida no colégio poderiam atrapalhar os meus estudos, mas hoje vejo que foi justamente o contrário. Aprendi a ser dinâmica, disciplinada, comunicativa (aprendi a lidar com a minha timidez) e aproveitar ao máximo cada segundo disponível. Filosofia que utilizo bastante na minha vida até hoje. O fato de ter gostado de trabalhar com a gestão dos encontros me ajudou bastante na escolha do curso. Estudei e passei para Administração de Empresas na Universidade de Brasília. Hoje tenho 23 anos, sou administradora e trabalho com gerenciamento de projetos. Recentemente tirei a certificação PMP (Project Management Professional), afinal pretendo continuar nessa carreira. Continuo participando da Camar como ex-membro e sou Jovem Dirigente do Segue-me da Paróquia São Camilo de Lélis. Ambos são trabalhos voluntários que me consomem um bom tempo, mas que eu AMO fazer. Sendo assim, só me resta dizer: MUITO OBRIGADA FAMÍLIA MARISTA!!!!
Luciana Babilônia é Ex- aluna Marista
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Defesa
Campanha do Marista tem o apoio do Unicef e prevê dez iniciativas para contribuir com o direito ao brincar
E
ducadores concordam que o ato de brincar é uma das principais formas de expressão e atividade essencial das crianças. Assim, garantir espaço e tempo para que elas brinquem com os amigos, familiares ou sozinhas, é condição básica e fundamental para o seu desenvolvimento. Dentro da visão Marista de educar e formar cidadãos, as brincadeiras estimulam a criatividade nas crianças e contribuem para o desenvolvimento integral. O tempo legítimo do brincar está diretamente ligado à Infância, momento da vida no qual a fantasia, o faz de conta e o “era uma vez” ganham força. A Declaração Universal dos Direitos da Criança (aprovada na Assembleia Geral das Nações Unidas, em 1959), no artigo 7º, junto ao direito à Educação, enfatiza o direito ao brincar: Toda criança terá direito a brincar e a se divertir, cabendo à sociedade e às autoridades públicas garantir a ela o exercício pleno desse direito. Educadores, famílias e autoridades públicas devem se atentar e reconhecer nessa evidência social a responsabilidade de garantir espaços e
condições para que as crianças exerçam as linguagens da criatividade e da alegria vivenciadas pela prática do brincar. O brincar faz parte da essência da infância e o ato de brincar se faz presente desde o seu nascimento. Esse direito, uma das marcas inconfundíveis da criança cidadã, é sempre garantido nos espaços Maristas. Em nossa proposta socioeducativa, diariamente, os educadores organizam brinquedos e materiais não estruturados, como tecidos, potes, garrafas e caixas vazias, para as crianças inventarem suas brincadeiras. A Rede Marista de Solidariedade, mantém 27 Unidades Sociais em atividade nos estados do Paraná, Santa Catarina, São Paulo, Mato Grosso do Sul e no Distrito Federal. E é para fortalecer o direito ao brincar, que a Rede Marista de Solidariedade promove a Campanha pelo Direito ao Brincar, que tem por objetivo fomentar uma série de atividades envolvendo crianças, educadores e familiares na garantia desse direito. Desenvolvida com o apoio do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), a campanha
10 iniciativas para o Brincar
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Brincar é a essência de ser criança. Incentive a criança a brincar, em diferentes espaços, em todos os momentos. Brinque junto! Você vai aprender muito com ela. Brincar em um espaço adequado e seguro é um direito. As crianças têm direito a ter uma escola, um bairro e uma cidade apropriados para brincar, como está garantido no artigo 31 da Convenção dos Direitos da Criança da Organização das Nações Unidas. Brincar permite que a criança expresse as fantasias, desejos, imaginação e criatividade. Incentive a brincadeira espontânea, com materiais diversificados e alternativos, pois eles permitem a invenção de novas formas de brincar. Brinquedos comprados prontos podem limitar as possibilidades da criação e incentivar ao consumismo infantil. Brincar oportuniza à criança vivenciar a ludicidade, descobrir a si mesma, desenvolver suas potencialidades e habilidades, aprender a relacionar-se e construir identidade. Participe do brincar. Aproxime-se da cultura lúdica da criança. Interaja com ela na brincadeira. Isso a fará sentir-se segura, respeitada e amada.
é muito importante para as crianças com 5 Brincar deficiência.Incentive a criação de espaços acessíveis
Unidades Sociais que trabalham com Educação Infantil: • • • • • • •
•
Centros Sociais Maristas Itaquera, Irmão Justino e Robru, em São Paulo; Centro Social Marista Lar Feliz, em Santos; Centro Social Marista Santa Mônica, em Ponta Grossa; Centro Educacional Marista Curitiba; Centro Social Marista Champagnat, em Cascavel; Centro Social Marista Irmão Rivat, em Samambaia/Distrito Federal; Pró-Ação (Programa de Ação Comunitária e Ambiental) Irmã Eunice Benato, também em Curitiba; 1200 crianças atendidas nas unidades sociais. prevê a divulgação de dez iniciativas que devem ser consideradas por todos que se almejam contribuir para a efetivação deste direito. Crianças que brincam e vivem plenamente sua infância certamente terão uma vida mais saudável e feliz.
e materiais adequados para a interação, criação e expressão das crianças com deficiência com outras crianças. A riqueza dessa experiência contribui para o desenvolvimento de atitudes de valorização, acolhida e respeito às diferenças.
não é perder tempo! Respeite quando uma 6 Brincar criança estiver brincando. Ela precisa de concentração
e dedicação para construir a experiência do brincar. Se precisar interromper essa atividade, justifique sua atitude e combine o momento para a dar continuidade à brincadeira.
é uma forma de aprender princípios da 7 Brincar solidariedade e de colaboração. Promova a convivência
da criança com outras crianças e adultos, em atividades lúdicas que favoreçam o contato com a diversidade e a partilha. É uma forma de aprender com as diferenças e exercitar a solidariedade desde cedo.
possibilita a transmissão de tradições e da cultura 8 Brincar para as novas gerações. Proporcione para as crianças os encontros geracionais para vivências brincantes entre adultos e crianças: é uma possibilidade de integrar-se ao meio físico e cultural. Incentive brincadeiras entre meninos e meninas: essa atitude ensina a respeitar as diferenças.
ensina a cuidar do meio ambiente, a descobrir 9 Brincar como as coisas são feitas e a valorizar o que é simples.
Incentive a criação e o conserto de brinquedos. Materiais alternativos podem ser utilizados para fabricar brinquedos. A criança não precisa necessariamente de brinquedos sofisticados, mas de brinquedos desafiadores e interativos.
de corpo inteiro é substituir a televisão, o 10 Brincar computador e o videogame. Equilibre o tempo da criança, cuide para que o tempo da infância não seja tomado pelo consumismo e pela dedicação excessiva aos produtos eletrônicos. Incentive o brincar e a interação entre amigos.
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Como fazer
Dinheiro nรฃo dรก em รกrvore Como educar nossos filhos para um consumo consciente? Por Vivian de Albuquerque
É
de Angola, na África, que Cássia D’Aquino nos atende. O que ela faz por lá? Colabora na criação de um programa financeiro, coordenado pelo Banco Central Africano, como consultora do Governo Americano. Autora de artigos e livros sobre o tema, educadora, e uma das primeiras pessoas a usar o termo Educação Financeira em Português, ela fala com propriedade sobre o assunto. “Trabalho há 17 anos com escolas”, comenta. “E a preocupação com o consumismo faz muito sentido. É parte da educação financeira não apenas gastar menos do que se ganha, mas aprender a fazer escolhas, ponderar. A escola tem papel importante nisso tudo, não como fonte de informações financeiras, mas como preparadora das crianças para o desenvolvimento do espírito crítico com relação ao consumo, para que na vida adulta possam lidar melhor com isso.”
CÁSSIA D´AQUINO: “É PARTE DA EDUCAÇÃO FINANCEIRA APRENDER A FAZER ESCOLHAS, PONDERAR”.
A FORÇA DO EXEMPLO Cássia explica que o passatempo dos filhos é observar pai e mãe. Observar inclusive como eles compram e pagam as coisas gostosas, coloridas e divertidas que ganham. Por isso não é de se surpreender quando eles pedem uma coisa e dizem aos pais frases como: “pai, paga com o cheque”, “pai, você não tem dinheiro agora? Então paga com o cartão.” Mas afinal, quando devemos falar com eles sobre esse assunto tão importante? “Quem decide o momento é a criança”, garante Cássia. “Mas é bom saber que é um momento que vai levar pelo menos vinte anos. Com dois anos, dois anos e oito meses, as
crianças já falam sobre isso naturalmente. Já demonstram que entenderam o que é o dinheiro e para o que ele serve: comprar as coisas coloridas, gostosas e divertidas, das quais elas tanto gostam. Por isso é preciso pensar numa forma didática de falar com elas. Ter clareza de que os pequenos são absurdamente ‘concretos’. Um caminho interessante é mostrar cédulas e moedas, fazendo com que eles usem lupas para achar os elementos de segurança. Falar que dinheiro é algo que não se deve molhar, rasgar ou estragar. Tudo isso é uma maneira de construir o edifício de 20 anos, mas na realidade delas.” NA ESCOLA A escola ajuda; em casa também se ensina, mas e quando há discordâncias entre pais e mães na relação com o dinheiro? Um permite e outro não. Um compra sempre presentes e outro “regula”... É preciso saber que as crianças são muito hábeis para descobrir como explorar um ou outro para conseguir o que querem. E grande parte das famílias vive o problema. Para Cássia, escola e pais têm de estar muito atentos sobre o que querem com a educação financeira de suas crianças. Simular um supermercado em sala de aula não é educação financeira. “A escola pode ajudar muito se trabalhar com elas, por exemplo, a crítica da publicidade. Se despertar o espírito crítico dos alunos, pensando em formas criativas de resolver problemas e também desejos. Eu quero muita coisa: um triplex em Paris, por exemplo. As crianças também querem. O fato de verem coisas
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Como fazer
na televisão e pedirem não faz delas consumistas. É preciso saber interpretar isso da forma correta”, destaca. COMO LIDAR Segundo Cássia, uma criança com menos de nove anos que consome demais, provavelmente enfrenta dificuldades emocionais. Quer chamar a atenção e faz isso através do consumo exagerado. Após os nove, começa a entrar nos chamados grupos sociais e, uma vez neles, quer os chamados “pontos de contato” – uma mochila de marca, um tênis, um celular. “Atendo pais que me dizem que a filha de quatro anos só usa roupas de determinada marca e que quando não usa fica muito irritada. O que costumo fazer é perguntar como ela vai ao shopping para comprá-las? De carro? Dirigindo? Antes dos nove anos, a criança normalmente mimetiza o comportamento dos próprios pais. Por isso outra frase comum é aquela ‘essa menina é consumista como a mãe’. Quando a criança pede, os pais atendem e confirmam o destino que eles mesmos previram. A única forma de prepará-las para o consumo consciente é com o desenvolvimento do espírito crítico e, principalmente, observando o nosso próprio comportamento de consumo, enquanto pais”, conclui. Mais informações no site www.educacaofinanceira.com.br.
10 Dicas para crescer na economia
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Ensine seu filho a distinguir as coisas que compramos porque “queremos” daquelas que “precisamos”. Desde cedo, faça seu filho entender a importância de não desperdiçar e cuidar do dinheiro. Ensine a criança a controlar o consumo por impulso, mostrando como elaborar uma lista de compras e obedecê-la no supermercado. Explique aos filhos qual é o seu trabalho. Isso ajudará a criança a estabelecer relação entre ganho de dinheiro e os limites de seu uso. Mostre as diferenças entre coisas “caras” e “baratas” em diferentes ambientes (padaria, farmácia, papelaria, etc.). Assuma as próprias deficiências com relação ao dinheiro. Use o bom senso e não dê lições de moral. Estimule a criança a participar do orçamento doméstico, incentivando-a a dar sugestões sobre modos de reduzir despesas. Dê mesada à criança. Isso irá ajudá-la a tomar decisões e fazer escolhas, mesmo que em pequena escala. Não sinta-se desanimado se a criança gastar todo o dinheiro da mesada. Cometer erros é normal e vai ensiná-la a evitar erros maiores no futuro. Reforce a ideia de que a responsabilidade social e a ética devem estar sempre presentes no ganho e no uso do dinheiro.
Extraído do livro Educação Financeira - 20 dicas para ajudar você a educar o seu filho, da educadora Cássia D’Aquino.
Firmes na fé A saga da Jornada Mundial da Juventude
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m interessante movimento incidiu sobre a Europa, no mês de agosto. Aproximadamente 2 milhões de pessoas do mundo inteiro deixaram o conforto de seus lares e os seus afazeres pessoais e profissionais, para migrarem até a Espanha, permanecendo por lá durante 2 semanas. A cidade espanhola de Madri foi palco da tão aguardada Jornada Mundial da Juventude (JMJ), evento organizado pela Igreja Católica, a cada dois ou três anos, e que é considerada uma grande festa da fé, composta por diferentes culturas, porém todas em consonância com Aquele que é caminho, verdade e vida: Jesus Cristo. Para se falar em JMJ, é preciso retornar à história de alguém que esteve muito à frente de seu tempo: o Papa João Paulo II. Já na década de 80, e percebendo a importância da relação entre juventude e Igreja, ousou elaborar um encontro que reunisse os jovens de todo o mundo, com a intenção de professarem a fé católica. Diversos países já tiveram a oportunidade de acolhê-la. Embora sua programação varie conforme as especificidades locais e as demandas de cada época, um fator é comum a elas: a presença do Papa, líder da Igreja Católica e sinal de união entre seus fiéis.
Motivados pela maravilhosa experiência vivenciada por seus 40 peregrinos na Jornada de 2008, na Austrália, os Maristas do Brasil organizaram-se para estarem presentes ainda em maior número na edição de Madri. Ao todo, 81 pessoas compuseram a delegação Marista do Brasil, sendo 68 membros da Província Marista do Brasil Centro-Sul, 6 da Província Marista do Brasil Centro-Norte, 6 da Província Marista do Rio Grande do Sul e 1 representante da União Marista do Brasil (UMBRASIL). Para que ela fosse aproveitada da melhor maneira possível, um grande processo preparatório foi realizado, com atividades locais, regionais, provinciais e nacionais. VIGÍLIA A vigília merece um destaque à parte: do inicial calor escaldante da tarde até a tempestade inesperada surgida no meio da noite, ela foi uma prova de resistência para toda e qualquer pessoa. No momento em que o Papa iria discursar à juventude, uma torrencial chuva fez com que todos fossem pegos de surpresa. Ao invés de se retirar para um local seco, o Pontífice resolveu permanecer no palco, alegando depois que “se os jovens poderiam ficar ali, ele também pode-
ria”. Durante a missa de envio, Bento XVI convocou a todos a colocarem Cristo no centro da vida, dizendo que o seguimento a Cristo só é possível com a inserção nas comunidades, a participação na Eucaristia, o sacramento do perdão e o cultivo da oração da Palavra de Deus. Brasil! Coroando o encerramento da Jornada Mundial, o Papa anunciou que a próxima edição acontecerá na cidade do Rio de Janeiro, em 2013. Uma grande festa tomou conta dos corações brasileiros, que, enquanto agitavam fervorosamente suas bandeiras, já conseguiam imaginar aquela grande massa juvenil celebrando em terras brasileiras. Ao retornarem ao Brasil, além das roupas sujas e dos souvenires espanhóis, sentimentos de alegria, responsabilidade em levar a missão adiante e certa nostalgia quase causaram excesso de peso na bagagem dos peregrinos. Quase! Felizmente, o avião conseguiu comportar os 81 corações Maristas repletos de sonhos, carregados de esperança, edificados em Cristo e mais firmes do que nunca na fé. Setor Provincial de Pastoral
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Turma do Infinito Ex-aluno Marista, Raí lança livro sobre valores Por Sandra Santos
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epois de tornar conhecido internacionalmente seu trabalho social com crianças na Fundação Gol de Letra, o ex-jogador Raí se aventura pelo mundo da literatura. O livro “Turma do Infinito” marca sua estreia como autor de literatura infantojuvenil. Nesta entrevista exclusiva para a Revista Em Família, o craque conta um pouco sobre o livro e como o Marista fez a diferença na sua vida. Como surgiu a ideia de escrever o livro? A inspiração nasceu após ler uma redação escrita por minha neta, Naira, de 12 anos. O livro trata de espiritualidade, de solidariedade. É uma coisa antiga que eu tenho comigo. A criança nasce pensando que é o centro das atenções e depois ela descobre que não é bem assim. Precisa aprender a compartilhar e a ter interesses comuns. O ser humano tem tendência a ser individualista. Então, esse livro tem a proposta de pensar em um mundo melhor juntos. De onde vieram esses valores tratados no livro? Valores fortes, tanto em casa como na escola, marcaram minha infância saudável de interior. Posso dizer que o colégio Marista é o segundo fator
mais importante da minha formação. Estudei lá desde a Educação Infantil até o Ensino Médio. Só saí quando fui para a Faculdade. O Marista sempre incentivou questões lúdicas, música, arte e esportes. Isso também ajudou muito na minha carreira. Eu passava quase todo o dia no colégio; participava da banda, do time de basquete e de futebol. Posso dizer que o meu primeiro time de futebol foi o do Marista. Um dos momentos mais marcantes no Colégio? Eu devia ter entre 9 e 10 anos, foi quando perguntei a um irmão o que era pecado. Ele me respondeu: “pecado é aquilo que você sabe que está errado mas você insiste em fazer”. Foi uma resposta diferente daquela que eu esperava. Não foi uma resposta religiosa, foi para a vida. Só depois de algum tempo é que fui entender realmente o que ele quis dizer. Isso me marcou muito. Relembrando seu tempo de criança, que mensagem você deixa aos alunos maristas? Que sejam curiosos em relação às questões da vida, dos valores. Que encarem sempre o aprendizado dentro de casa, na escola, como crescimento pessoal.
TURMA DO INFINITO, Editora Cosac Naify O livro conta a história de quatro crianças que se conhecem na escola e percebem que juntas podem fazer a diferença no mundo ao seu redor.
Prateleira ADOLESCENTES: QUEM AMA, EDUCA! Içami Tiba Editora Integrare Não está nada fácil para os pais e educadores lidarem com os adolescentes de hoje, muito mais informatizados, globalizados e independentes que os do passado, mesmo recente. Adolescentes precoces (tweens) e tardios (caronas) são produtos dessa galopante evolução tecnológica e social. A educação dos filhos é um projeto de vida com a finalidade de prepará-los para a ética e a felicidade, a autonomia comportamental e a independência financeira. QUEM INDICA: Mário José Pykocz, Diretor Educacional do Colégio Marista Paranaense
QUAL É A TUA OBRA? Mário Sergio Cortella Editora Vozes Depois do sucesso de "Não Nascemos Prontos" e "Não espere pelo epitáfio", Mário Sergio Cortella publica um texto envolvente sobre as inquietações do mundo corporativo. Neste livro o autor desmistifica conceitos e pré-conceitos, e define o líder espiritualizado, como aquele que reconhece a própria obra e é capaz de edificá-la, buscando incessantemente o significado das coisas. QUEM INDICA: Tânia Serafim Búrigo , Diretora Educacional do Colégio Marista de Cascavel
A CARTA DA TERRA A Carta da Terra é um documento que traz um conjunto de princípios e valores que nortearão a construção de uma sociedade global mais justa, sustentável e pacífica. Transformado em vídeo, ganha acesso ao público maior em várias versões. QUEM INDICA: Ana Lúcia Souto, Assessora Educacional da DERC – Diretoria Executiva da Rede de Colégios da PMBCS
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Solidariedade
Você faz parte desta história Conheça o trabalho da Rede Marista de Solidariedade na promoção e defesa dos direitos de crianças e jovens “Minha trajetória no Centro Social Marista Ecológica foi muito boa. No primeiro dia de aula a primeira impressão que tive foi: Que escola bonita! Mas, a partir daí, eu percebi que não era só uma escola bonita, e sim uma escola que se preocupava ao máximo com seus alunos. Como era essa preocupação? Quando a gente precisava de ajuda em algumas matérias, sempre tinha alguém pra nos auxiliar, tirar nossas dúvidas, e a equipe pedagógica é maravilhosa! (...). Mas a gente não aprendeu só história, geografia etc. Aprendemos também a filosofia marista, os valores, competências, que, com certeza nos preparou para enfrentar a sociedade. Com nossas habilidades adquiridas, com nossos valores, vamos exercer na sociedade uma solidariedade, uma amizade, que com certeza vamos levar para o resto da vida.”
Estados de atuação da Rede Marista de Solidariedade
DF
GO
MS SP
PR DF: 1 Centro Social;
SC
MS: 1 Centro Social; SP: 7 Centros Sociais; PR: 7 Centros Educacionais e Sociais, 4 ProAção e 1 Centro de Defesa; SC: 7 Centros Sociais.
Quem conta essa experiência é Matheus Henrique Alves, ex-aluno do Centro Social Marista Ecológica, em Almirante Tamandaré, região metropolitana de Curitiba, Paraná. Hoje, Matheus já terminou o Ensino Fundamental, mas continua ligado ao Marista. Por meio de um projeto em parceria com a organização internacional King Baudouin Foundation, ele recebe uma bolsa de estudos para dar continuidade à sua trajetória de estudante. Histórias parecidas acontecem em diversos espaços onde atua a Rede Marista de Solidariedade, seja nas capitais como Curitiba, São Paulo, Florianópolis, Brasília, ou em cidades das regiões metropolitanas e do interior dos estados de São Paulo, Paraná, Santa Catarina, Mato Grosso do Sul e no Distrito Federal. O comprometimento do Marista com as crianças e jovens está expresso no depoimento de Matheus. A proposta social e educativa prioriza a qualidade do aprendizado e as relações huma-
Educação Infantil
Biblioteca Interativa
nas. Para que isso aconteça no dia a dia, a Rede Marista de Solidariedade investe na formação dos profissionais e na produção e socialização do conhecimento, com vistas a favorecer processos de participação infantil e juvenil, o envolvimento da família e a cidadania, para a geração de oportunidades e vivência da solidariedade. A PROMOÇÃO DOS DIREITOS A Rede Marista de Solidariedade atua na promoção dos direitos das crianças e jovens, oportunizando acesso à educação de qualidade, seja na educação infantil, no ensino fundamental, na qualificação profissional, no apoio socioeducativo (oficinas de arte educação desenvolvidos no contraturno escolar), ou por meio de projetos da Biblioteca Interativa e ações voltadas para as famílias. São 23 Centros Educacionais e Sociais Maristas e 4 Programas de Ação Comunitária e Ambiental (ProAção), oportunizando o atendi-
Qualificação Profissional
Atendimento indireto 216 mil adolescentes, jovens e famílias
Apoio Socioeducativo Orientação Sociofamiliar e Socioeconomia Solidária
Ensino Fundamental Vida Feliz
Atendimento direto 10,5 mil adolescentes, jovens e famílias.
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Solidariedade
mento direto às crianças e jovens. Em outras frentes de atuação Marista, como na universidade e nos colégios, a promoção se efetiva por meio das bolsas de estudo. A DEFESA DOS DIREITOS A Rede Marista de Solidariedade atua na defesa dos direitos das crianças e jovens, ou seja, busca dar visibilidade às situações de violação desses direitos. Exemplo disso é o Centro Marista de Defesa da Infância, que desenvolve projetos com foco no controle social, produzindo informações sobre as realidades das crianças e jovens do Paraná, divulgando-as e realizando capacitações dos agentes que trabalham com esse público. Além disso, a rede desenvolve projetos de advocacy. A partir de suas práticas, avalia e sistematiza seus conhecimentos, participa e fortalece redes das áreas da educação, assistência social e direitos, desenvolve campanhas e busca incidir nas políticas públicas.
Para isso, participa de conselhos e fóruns municipais, estaduais e nacionais, com o objetivo de contribuir para mudanças que propiciem a crianças e jovens o exercício de seus direitos. PRESENÇA SOLIDÁRIA MUNDIAL A Rede Marista de Solidariedade compartilha das diretrizes da Fundação Marista para a Solidariedade Internacional (FMSI), que possui o status de organização consultiva das Nações Unidas (ONU). Por meio do FMSI, a Rede Marista de Solidariedade contribui com subsídios aos temas pautados pela ONU. REDE MARISTA DE COLÉGIOS E PARCEIROS Em quase todas as cidades onde há um Colégio Marista, existe também um Centro Educacional e Social. Parte da receita gerada pelos colégios por meio das mensalidades é aplicada na Rede Marista de Solidariedade. Além disso, a rede de colégios e rede de solidarieda-
de realizam ações em parceria no campo educacional e campanhas que contribuem para a promoção e defesa dos direitos de todas as crianças e jovens. Além dos recursos provenientes das mensalidades para potencializar e inovar projetos, a rede conta com parcerias com empresas, organizações da sociedade civil, Poder Público e pessoas físicas. VOCÊ TAMBÉM É RESPONSÁVEL POR ISSO As transformações promovidas por educadores, crianças e jovens que integram a Rede Marista de Solidariedade geram protagonismo, oportunidade e solidariedade. Você, pai e mãe de aluno ou aluna dos colégios Maristas, também fomenta e favorece essas transformações. Acesse www.solmarista.org.br e conheça os projetos maristas de solidariedade.
Essência
Herdeiros de um sonho
Ir. Franki destaca que, Irmãos, colaboradores e leigos, somos todos corresponsáveis pela obra iniciada por Champagnat
T
ransformar a realidade a partir do que há de melhor nos corações e mentes das pessoas comprometidas com os valores humano-cristãos. Foi com esta missão em vista que os Maristas deram início a uma história que agora se aproxima dos 200 anos. Em 1817, Marcelino Champagnat fundava o Instituto Marista. Um visionário para a época, ele já tinha a certeza de que seria um árduo, mas gratificante trabalho. Os resultados de tanta dedicação ao longo de toda a sua vida hoje estão distribuídos pelo mundo e, como não poderia deixar de ser, em várias regiões do Brasil.
O País responde por 32% da presença Marista no mundo, atuando nas áreas de educação, saúde, solidariedade e comunicação. Leigos, colaboradores e Irmãos, são mais de 24 mil pessoas, que atuam como herdeiros de um sonho, o sonho de Champagnat, atendendo a mais de 200 mil crianças, adolescentes e jovens. “Viver isso é estar em total conexão com o sonho”, explica Ir. Franki Kleberson Kucher, Diretor do Setor de Comunicação e Imagem Institucional da Província Marista do Brasil Centro-Sul, em um bate-papo com a Revista Em Família. Confira a seguir alguns trechos dessa conversa. CONECTADOS COM O SONHO É como se fosse a experiência do primeiro amor de nossas vidas, o tempo passa, mas você não a esque-
ce. Seria como um ponto de partida, que te apaixona, move e dá sentido a tudo o que você faz. Quando você se perde ou, por vezes, perverte o sonho, você precisa voltar e focar novamente os seus esforços para a perpetuidade. Champagnat sonhou infâncias e juventudes cidadãs, pro-tagonistas e felizes; não podemos traí-lo – temos de dar continuidade a obra por ele iniciada. PORTA-VOZES DA MENSAGEM MARISTA Nossos esforços caminham no sentido de encantar pessoas para compartir dos mesmos propósitos. Esse princípio da transparência requer cuidados apurados para que sejamos fidedignos à causa Maris-ta sonhada por São Marcelino. Por meio da comunicação, traduzimos e ressignificamos para nossos diver-
sos públicos de relacionamento o que nos identifica enquanto continuadores desse legado. Em todas as nossas frentes apostólicas, somos portadores e porta-vozes da mensagem Marista. SOMOS CORRESPONSÁVEIS NA MISSÃO No meu entendimento, o sonho de Champagnat é um projeto de Humanidade. São corações ao alto, em total sintonia com a dádiva divina; e corações nas mãos, em disposição de oferta do melhor que podemos dar. Ser herdeiro é sentir-se parte e corresponsável pela construção desta obra de Deus, cuja necessidade ainda é premente em nossas realidades. Temos muito o que fazer para que o sonho continue lindo, encantador e transformador. Corações nas mãos, então.
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Inspiração
SUPERSEIDI Para ele, superação é uma tarefa diária Por Kely Cristine de Souza
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illian Seide Arake, o Seidi, como é conhecido e gosta de ser chamado pelos amigos e professores do Colégio Marista de Cascavel, é aluno Marista desde 2006. Hoje, com 10 anos, está no 5º ano do ensino fundamental. “Quando eu cheguei no Marista ninguém me conhecia, mas eu não fiquei com medo não. Hoje todo mundo aqui no colégio me conhece”, explica. Com nove meses de idade, Seidi teve o diagnóstico do neurologista de paralisia cerebral. O médico relatou à família que ele poderia apresentar uma deficiência mental, não falar e não andar. A partir desse diagnóstico foi iniciado um longo e contínuo tratamento multidisciplinar que dura até hoje. Para alegria de todos, Seidi se desenvolveu e continua em pleno desenvolvimento, superando a cada dia as dificuldades que aparecem. Embora possua dificuldade para se locomover, é uma criança como qualquer outra, adora
brincar, correr e se divertir. “Eu não consigo jogar futebol com meus amigos, então às vezes eles jogam basquete comigo, porque eu aprendi esse jogo. Na sala, durante as atividades, eu sempre me atraso para copiar e fazer as atividades, mas os meus amigos e as minhas professoras me ajudam e eu consigo terminar”, conta. O Colégio Marista de Cascavel realiza um evento esportivo todos os anos, a OLIMAR, onde as crianças competem em diferentes atividades, e Seidi é um dos orgulhosos participantes: “Eu me sinto muito feliz na
OLIMAR porque tem várias competições e todos os pais e as mães vêm torcer para os filhos. Eu também gosto muito de ganhar a medalha de participação. Eu não sou muito bom em alguns esportes, mas eu gosto de participar mesmo assim, porque todo mundo torce por mim." No último mês de julho, Seidi foi ao estado de Minas Gerais para realizar um novo exame em virtude de sua dificuldade visual e foi diagnosticado que ele possui a SINDROME DE IRLEN, que é caracterizada por sintomas de pressão nos olhos, dores de cabeça e distorção da imagem durante a leitura. A família dele já providenciou um óculos que foi enviado aos Estados Unidos para receber um tratamento especial nas lentes e permitir que ele possa superar mais essa dificuldade. Além disso, ele precisa ir pelo menos uma vez ao ano até Curitiba para fazer aplicação de botox nas pernas para que consiga movimentá-las. A escola é muito importante para qualquer criança, mas é ainda mais importante para a criança com deficiência. É na escola que a criança aprende a confiar em si mesma, percebendo que é capaz de realizar a maioria das atividades, mesmo levando um pouco mais de tempo.
Kely Cristine de Souza é assistente de marketing do Marista de Cascavel
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Diversão
Brincando juntos
Ensinamos uma experiência que você pode compartilhar em família. Garantia de diversão!
E
m tempos de tantas mudanças virtuais, fica cada vez mais difícil acompanhar nossos filhos. Muitas vezes lembramos que, na “nossa época”, as famílias passavam mais tempo juntas porque ainda podiam participar dos jogos e brincadeiras das crianças. Hoje, ao tentar levá-las a uma das nossas brincadeiras, passamos por “antiquados”. Até mesmo ouvimos que é “chato” ou que “não tem graça”. Eles gostam de transformar, mudar, criar e recriar mundos fictícios, avatares, entre outros. Pensando nisso e nas dificuldades com os jogos preferidos dos nossos filhos, acabamos buscando na memória experiências ou brincadeiras que conhecemos e que possam despertar o interesse deles. Neste novo espaço da Revista Em Família, apresentaremos algumas atividades que podemos fazer junto com nossos filhos. Serão experiências ou jogos que fazíamos quando tínhamos a idade deles, proporcionando um momento de integração familiar e com muita diversão, é claro. A receita é básica e todos os materiais podem ser comprados em mercados ou farmácias. Esperamos que tenham gostado da nossa dica. Até a próxima!
CRIANDO CRISTAIS Estamos vivenciando nos colégios o Ano Internacional da Química. Com isso, tiramos do “baú” uma interessante experiência de transformação. Afinal, vamos ver quem consegue transformar pedras comuns em cristais? Vamos à receita para que vocês vivam juntos esta experiência: 10g de sulfato duplo de alumínio e potássio (alume); Um copo de vidro; Um palito de sorvete (limpo); Água morna; Linha; Pedrinhas pequenas e irregulares. Método: lave as pedras cuidadosamente em água corrente. Coloque no copo água morna suficiente para cobrir as pedras (mais ou menos 1/3 do copo). Junte o alume e mexa com o palito até o produto parar de se dissolver facilmente. Podem sobrar alguns grãos no fundo. Coloque as pedras no copo ou amarre como na figura. Você pode acrescentar corante e criar cristais coloridos.
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