1º SEMESTRE/2012
Eu, digital Como a nova geração interage com a tecnologia
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você aprende com o mundo
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Expediente
A marca marista está presente em 14 cidades do Rio Grande do Sul e Distrito Federal. São 26 colégios, alguns com trajetória centenária, educando mais de 18 mil estudantes.
Presidente das Mantenedoras: Ir. Inácio Nestor Etges. Vice-Presidente das Mantenedoras: Ir. Gilberto Zimmermann Costa. Comunicação e Marketing da Rede de Colégios e Unidades Sociais: Alexander Goulart, Alessandra Müller, Antonio Melchiades C. Santos, Cleber Colares,Eric Bauer, Diego Wander, Luiza Zaccaro, Katiana Ribeiro, Marcelo Cordeiro, Marciane Görlach, Mauro Ferraz, Roberto Winck, Tiago Rigo. Assessoria de Comunicação e Marketing das Unidades: Aline Taciana de Castro, Andressa Lemes, Anna Catarina da Fonseca, Aritanã Aquistapasse, Carolina Garcia Martin, Christian Oliveira Bonilha, Diogo Pedrotti, Eriel Brixner, Ester Ellwanger, Fabíola de Carvalho Peres, Gisele Silva, Ingrid Lippmann da Cunha Bravo, José Henrique Vijande Alonso, Juliana Pinheiro de Matos, Kaetlyn Fockink, Kassieli Joaquina Gonçalves de Mello, Lívia Luz, Natalia Giovanaz, Nélson Vidal, Patrícia dos Santos, Rodrigo Garcia de Azevedo, Rozecler Bugs, Sabrina Onzi, Sendi Chiapinotto Spiazzi, Victória Oliveira, Virgínia Reginatto. Gerência Educacional: Simone Engler Hahn, Eliane Schultz, Patricia Saldanha, Mauricio Anony, Leticia Bastos Nunes, Viviane Truda, Adriana Filipetto, Maria Waleska Cruz, Ernani Aranalde Neto. Endereço: Rua Ir. José Otão, 11 – Bom Fim Porto Alegre - RS - Brasil – CEP: 90035-060 Site: colegiomarista.org.br Fone: 0800-54-11-200
Em Família | 9ª Edição | 1º Semestre 2012
Capa: Teresa Bernadete Medina Ferreira, aluna do Colégio Marista Paranaense – Curitiba (PR) Foto: Pablo Contreras
Colégio Marista Aparecida Rua Ramiro Barcelos, 307 – Centro Cx.P. 212 - 95700-000 - Bento Gonçalves - RS Fone/Fax: (54) 3452 1022 Colégio Marista João Paulo II SGAN – 702 – Cj. B – Av. W3 – Quadra 702 Norte 70710-300 - Brasília - DF Fone: (61) 3426 4600 – Fax: (61) 3326 3180 Colégio Marista Roque Rua Saldanha Marinho, 563 - 96508-001 Cachoeira do Sul - RS Fone: (51) 3722 2160 – Fax: (51) 3722 5285 Colégio Marista Maria Imaculada Rua Visconde de Mauá, 545 Cx.P. 27 - 95680-000 - Canela - RS Fone/Fax: (54) 3282 1151 Colégio Marista Medianeira Rua Valentim Zambonatto, 85 Cx.P. 177 - 99700-000 - Erechim - RS Fone: (54) 3522 1495 – Fax: (54) 3522 2902 Colégio Marista Pio XII Av. Nicolau Becker, 182 93510-060 - Novo Hamburgo - RS - Fone: (51) 3584 8000 Colégio Marista Conceição Rua Paissandu, 889 – 99010-100 Cx.P. 114 - 99001-970 - Passo Fundo - RS Fone: (54) 3316 2700 – Fax: (54) 3313 4100 Colégio Marista Rosário Praça Dom Sebastião, 2 - 90035-080 Porto Alegre - RS Fone: (51) 3284 1200 – Fax: (51) 3284 1220 Colégio Marista Assunção Av. Dom Bosco, 103 - 90680-580 Porto Alegre - RS Fone: (51) 3086 2100 Colégio Marista Champagnat Av. Bento Gonçalves, 4314 – Cx.P. 1429 90650-001 - Porto Alegre - RS Fones: (51) 3339 1436 / (51) 3336 9077 Colégio Marista São Pedro Rua Álvaro Chaves, 625 – Bairro Floresta 90220-040 - Porto Alegre - RS Fone: (51) 3222 4996 – Fax: 3222 4598 Colégio Marista Ipanema Av. Coronel Marcos, 1959 – Ipanema 91760-000 - Porto Alegre - RS Fone/Fax: (51) 3086 2200 Colégio Marista São Francisco Rua Doutor Nascimento, 577 96200-300 - Rio Grande - RS Fone: (53) 3234 4100 Colégio Marista São Luís Rua Marechal Floriano, 719 – 96810-000 Cx.P. 23 - 96900-970 - Santa Cruz do Sul - RS Fone/Fax: (51) 3713 8500 Colégio Marista Santa Maria Rua Floriano Peixoto, 1217 – Cx.P. 531 97015-373 - Santa Maria - RS Fone: (55) 3222 2232 – Fax: (55) 3223 8150 Colégio Marista Santo Ângelo Av. Venâncio Aires, 971 - 98801-660 Santo Ângelo - RS Fone: (55) 3312 2140 – Fax: (55) 3312 4015 Colégio Marista Sant´Ana Rua Bento Martins, 2015 – Cx.P. 525 97510-001 - Uruguaiana - RS Fone: (55) 3412 4288 – Fax: (55) 3412 5921 Instituto Marista Graças Av. Senador Salgado Filho, 8326 94440-000 - Viamão - RS Fone/Fax: (51) 3492 5500 COLÉGIOS/ESCOLAS SOCIAIS Colégio Marista São Marcelino Champagnat Av. Nicolau Becker, 182 - Cx.P. 368 93301-970 - Novo Hamburgo - RS - Fone: (51) 3584 8000 - marcelino@maristas.org.br Colégio Marista Vettorello Rua Dom Bosco, 103 - 90680-580 - Porto Alegre - RS Fone: (51) 3336 7402 – Fax: (51) 3086 2100 vettorello@maristas.org.br Escola de Educação Infantil Marista Renascer Rua Irmãos Maristas Bairro Mário Quintana - 91250-330 - Porto Alegre - RS Fone: (51) 3366 2844 renascer@maristas.org.br Escola de Educação Infantil Marista Tia Jussara Rua Santa Rita de Cássia, 90 – Ilha Grande dos Marinheiros - 1920-690 – Porto Alegre - RS Fone: (51) 3203 1622 crechemar@maristas.org.br Escola de Educação Infantil Marista N. S.ª Aparecida das Águas Rua N. S.ª Aparecida, 3144 Ilha Grande dos Marinheiros 90090-400 – Porto Alegre - RS - Fone: (51) 3203 1676 Escola Marista Santa Marta Rua Irmão Cláudio Rohr, 150 – 97038-000 – Vila Pôr-do-Sol Cx.P. 171 - 97001-970 – Santa Maria - RS Fone: (55) 3212 5373 sec.santamarta@maristas.org.br Escola de Educação Infantil Marista Menino Jesus: Av. Voluntários da Pátria, 1800 - Floresta Cep: 90030 600 - Fone: 3268 6292 Colégio Marista Irmão Jaime Biazus: Estrada Antônio Severino, 1493 – 91250-330 – Porto Alegre - RS - Brasil – (51) 30862300 – colegio.jaimebiazus@maristas.org.br
Jornalista Responsável: Luís Fernando Carneiro / Registro Profissional MTB Nº 3712 | Diagramação: Clarice Fensterseifer e Maria Andrade | Publicidade: Ariane Rodrigues | R. Casemiro José Marques de Abreu, 706 – Ahú – Curitiba/PR – CEP: 82200-130 – Fone: (41) 3018-8805 | www.editoraruah.com.br | Quer anunciar? Entre em contato conosco pelo fone (41) 3018-8805 ou pelo site www.editoraruah.com.br Periodicidade da publicação: semestral Todos os direitos reservados. Todas as opiniões são de responsabilidade dos respectivos autores.
Primeira impressão
Os desafios de educar em um mundo hiperconectado Q
uando criada, a internet não passava da pretensão de militares e professores universitários em manter as informações dos bancos de dados de suas instituições protegidas, colocando-as em locais diferentes, com acesso remoto. De lá para cá, este fenômeno social deixou profundas marcas no nosso tempo, mudando relações, alterando o curso da forma de produzir, armazenar e disseminar conteúdo. No centro disto tudo, estão as pessoas que, dia após dia, recebem uma quantidade enorme de informações para processar, entender e utilizar. Ajustar as lentes para avaliar melhor esta realidade é um desafio constante no campo da educação. Educadores e gestores são desafiados, todos os dias, a compreender este novo mundo. Para além do acesso à informação, está a questão do
seu processamento e uso, formando novos conhecimentos. Neste contexto, os papéis se alteram, novas tecnologias são inseridas no fazer da educação e o desafio pedagógico se amplia. Colocar o professor não mais como detentor irresoluto do saber, mas, sim, guia na busca de coerência e significado neste mar de incertezas é uma das possibilidades de olhar, neste cenário. As relações, agora mediadas pelas redes sociais, recebem novas abordagens. Conexões e amizades são estabelecidas na velocidade de alguns cliques. Este efeito de proximidade traz muitos benefícios, como manter contato com alguém que está distante, ou conseguir agendar com um amigo, enviando apenas uma mensagem. Contudo, educadores e pais precisam ficar atentos ao uso destas tecnologias,
para que elas não substituam relações de proximidade e contato humano. Afinal de contas, nada, ainda substitui a presença, o abraço e o olhar. Vivemos em um tempo que se esgota cada vez mais rápido, e em um mundo que produz mais e mais informações. Nosso desafio, cotidianamente, seja na educação ou em outras áreas, é entender esta celeridade e volume como a possibilidade de fazermos melhores escolhas. Os temas debatidos nesta edição Em Família Marista procura trazer esta e muitas outras abordagens das questões da tecnologia e do mundo digital que, nada mais é, do que este mundo real e virtual que estamos construindo, a cada clique ou olhar. Aproveite este conteúdo para se apropriar deste debate e seguirmos juntos pela educação. Boa Leitura.
Ir. Gilberto Zimmermann Costa é Superintendente da Rede Marista de Colégios e Unidades Sociais
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Entrevista
A comunicação na era digital Especialista explica por que as redes sociais e a tecnologia podem ser, com cautela, bons aliados tanto para a educação como para os negócios
A
ndré Telles é pai de aluna Marista, publicitário e especialista em comunicação digital. Foi o primeiro brasileiro a publicar, em 2005, livro sobre marketing nas redes sociais, o “Orkut.com”. Em 2008, lançou o “Geração Digital” e depois “A Revolução das Mídias Sociais”. Acostumado a dar palestras em todo o Brasil sobre as novas tecnologias, nesta entrevista ele fala sobre a relação e os limites entre a era digital e a educação. André tem uma filha na terceira série do Marista e, segundo ele, ela adora jogar os aplicativos do iphone, além de praticar esportes e ser uma ótima aluna. Para ele, na era digital e entre tantos avanços e informações que recebemos diariamente, o segredo está no equilíbrio.
Por que você se interessou por se especializar na área digital? O que te chamou a atenção? Sempre fui um apaixonado por novas mídias, estratégias guerrilheiras de marketing e mídias alternativas. Quando percebi as redes sociais online como uma possibilidade de relacionamento entre consumidores e empresas, além da falta de atenção que se dava ao tema, decidi estudar o assunto e publicar meu primeiro livro sobre o tema, em 2005. Acredito que tenha cumprido a missão que me motivou, contribuindo para abrir um segmento de mercado até então pouco explorado e com poucos profissionais especializados. Hoje, temos cursos
de pós-graduação em marketing digital, um novo mercado para os profissionais de comunicação e as empresas já tem noção da importância de um trabalho profissional de Social Media Marketing nas diversas mídias sociais. Aqui no Brasil este desenvolvimento se diferencia dos outros países? Estamos entre os três países que mais acessam mídias sociais mundialmente. Dos 81,3 milhões de internautas brasileiros, 90% estão presentes em alguma mídia social. Sem dúvida, o brasileiro adora participar de mídias sociais, nossas características de interagir facilmente são transpostas para o mundo virtual.
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Entrevista
E a educação, como pode se beneficiar com a tecnologia? A aprendizagem é um ato fundamentalmente social. Nossa habilidade intrínseca para aprender em conjunto pode ser facilitada pelas tecnologias emergentes que estendem, alargam e aprofundam nosso alcance. As inovações tecnológicas permitem um novo tipo de ecossistema construído no conhecimento e com as pessoas na posição central. Os pais devem dar algum tipo de limite aos seus filhos? Quais? De que maneira? Acredito que tudo que é em exagero é prejudicial. As novas tecnologias podem ser potentes aliados na educação de crianças e adolescentes. Temos aplicativos para dispositivos mobile focados neste público, assim como temos à nossa disposição mecanismos de busca (Google) que substituíram as imensas enci-
clopédias do meu tempo de estudante. Quanto à questão de limite, cada família deve buscar informação sobre como orientar seus filhos para os riscos e benefícios que a internet e novas tecnologias podem proporcionar. Para onde estamos caminhando com a era digital? Surgirão cada vez mais inovações tecnológicas ligadas à geolocalização, realidade aumentada, vídeos e fotos. O compartilhamento destas informações será cada vez mais facilitado por meio dos dispositivos móveis, como tablets e smartphones. Quais são seus próximos projetos? Algum livro em vista? Sim, há um quarto livro para ser lançado em 2012. Atuo como consultor e professor em pós-graduações ligadas ao Marketing Digital, além de ser sócio da agência especializada em comunicação digital, a Mentes Digitais.
Cada família deve buscar informação sobre como orientar seus filhos para os riscos e benefícios que a internet e novas tecnologias podem proporcionar.
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Capa
Tudo a um toque Adolescentes e crianças nasceram com celulares, notebooks, tablets e uma infinidade de acessórios que sentem que tudo faz parte delas. Qual o limite desta interação? Por Sandra Solda
Adoro acompanhar blogs e sites sobre arquitetura. Adoro tecnologia, mas é preciso ter cuidado para que ela não atrapalhe os estudos e até mesmo o tempo que a gente tem para fazer outras coisas.
É
impossível imaginar, pelo menos para uma pessoa que tenha menos de vinte anos, uma vida sem tecnologia. Não estamos falando de televisão, rádio, eletrodomésticos, mas de computadores, celulares, notebooks, tablets e mais uma infinidade de coisas que a cada dia se multiplica e atrai pessoas de todas as idades. Os pais fazem parte do grupo dos “imigrantes digitais”, aquela geração que apesar de não nascer com tal tecnologia passou a usar e dominar tais equipamentos. Essa turma sempre terá uma certa resistência em algum ponto, algum resquício ou saudosismo de equipamentos – como o fax – que as crianças de hoje não sabem nem o que é. Afinal, elas nasceram em outro momento e utilizam a tecnologia e seus acessórios como uma extensão do seu corpo. E como fica este encontro de gerações? Como fica a situação em casa, na escola, na vida social? Para a Profª Drª Helena Sporleder Côrtes, da PUCRS, a tecnologia como um conjunto de processos e produtos eletroeletrônicos, ágeis e acessíveis a uso, promove cada vez mais o conforto e a interação sociocultural da vida humana. “É parte integrante e indissociável do universo das crianças e adolescentes contemporâneos”, explica. Segundo ela, os chamados “nativos digitais” certamente desenvolveram novas formas de aprender,
de pensar, de sentir e de perceber o mundo. “O maior desafio educacional dos nossos dias é, tanto em casa como na escola, formar crianças, adolescentes e jovens para que se tornem usuários críticos da tecnologia”, afirma a professora, que acredita que tudo isto está sendo criado pelo homem para seu conforto, para viver melhor e mais facilmente atingir seus objetivos; desde o instrumento mais simples, como um lápis e uma folha de papel, até o computador mais avançado. Para Helena, na essência, a tecnologia por si só não é boa ou má, isso dependo do uso que é feito dela. Educação e Tecnologia Há muita discussão hoje em dia sobre a tecnologia empregada na educação, em até onde ela auxilia, onde pode prejudicar, onde é essencial e como deve ser utilizada em sala de aula, em casa ou em atividades extracurriculares. O que todos concordam é que, por trás de toda tecnologia, deve ter uma boa equipe pedagógica. Caso contrário, ela se torna mais um meio que será inutilizado por não ser bem orientado por profissionais da educação.
Teresa Bernadete Medina Ferreira, Colégio Marista Paranaense – Curitiba (PR)
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Capa
“De acordo com estudos da neurociência, o cérebro estabelece conexões neuronais em frente à tela do computador ou videogame que se diferenciam das conexões que se dão ao escrever ou desenhar no papel. Estes dois tipos de conexão são essenciais para o desenvolvimento do indivíduo e, por isso, deve haver um equilíbrio entre os dois”, explica a supervisora educacional Viviane Marie Truda, da Rede Marista de Colégios e Unidades Sociais do Rio Grande do Sul e Brasília. Ela afirma também que, em virtude da velocidade de seu avanço, a tecnologia e o mundo digital devem ser vistos como ferramentas de apoio pedagógico e de comunicação, e não uma única condição básica para a educação. Por esta razão, os meios digitais precisam ser considerados meios importantes. É fundamental que os profissionais da educação estejam preparados para lidar com esta tecnologia e adaptar-se à nova realidade. “Se o professor não refletir regularmente sobre suas práticas, para, quando necessário, ajustá-las às necessidades e características do estudante de hoje, ou seja, à sua forma de pensar e de aprender, aumentará o fosso que separa essas gerações. É preciso saber lidar com estas diferenças e encontrar formas eficientes e interessantes de trabalhar em sala de aula”, ressalta Viviane. Por outro lado, os estudantes também precisam ser conscientes e
aprender a usar com inteligência tudo que recebem de inovação. “É um problema quando um estudante acredita que a tecnologia vai resolver todos os seus problemas. Por exemplo, quando ele , em vez de ler um livro, procura o resumo na internet e se dá por satisfeito com isso”, alerta a supervisora. Iniciação ao mundo digital Viviane explica que a criança, adolescente ou jovem, ao ficar na frente de um computador, celular, ou seja qual for o meio, deixa de fazer outras coisas, como brincar, correr, estar com os amigos, praticar esportes, o que é fundamental para a construção do indivíduo. Ela pula etapas. “Acho um problema sério uma criança de quatro ou cinco anos com um celular na mão”.
"É preciso saber lidar com estas diferenças e encontrar formas eficientes e interessantes de trabalhar os conteúdos de ensino." Por outro lado, a supervisora acredita que a tecnologia e a internet, bem utilizadas e na idade recomendada, complementam a educação e a vida e trazem informações rápidas nos ambientes cooperativos e interativos. As redes sociais aproximam as pessoas: muitos pais e filhos só trocam afetividade por
uma conversa online ou mesmo por email, coisas que não conseguem dizer pessoalmente. “A comunicação via internet deve ser só um complemento. As relações pessoais devem existir. As pessoas se comunicam com o mundo, mas não estão mais dialogando. Para tudo na vida existe um tempo e uma hora certa, e com a tecnologia também deve ser assim. O limite deve ser dado aos filhos, e os pais devem ficar atentos porque, principalmente a internet, é um espaço aberto para problemas, com o assédio moral, sexual, e outros crimes que vemos por aí”, pondera Viviane. Para Helena, as chamadas gerações X e Y, filhos diretos da renovação tecnológica que vem arrasando a forma de viver da sociedade atual, seguidamente comportam-se como dependentes desta tecnologia: não vivem mais sem o gadget da hora, passam o dia a enviar/receber mensagens de texto e a tuitar (que já virou um verbo), vivendo muito mais a vida virtual que a vida real. “Independente de uma reflexão mais aprofundada, que investigue os problemas de natureza psicológica e sociocultural que envolvem a questão, talvez o primeiro ponto a destacar seja a falta de limites que a família e a escola têm deixado de estabelecer, no que diz respeito às formas e aos momentos mais indicados para o uso destes artefatos”, enfatiza.
Para mim a internet é como um mundo à parte, onde encontro jogos e uma série de coisas que gosto. Por outro lado, é onde encontro muitas informações que preciso para estudar e conversar com meus amigos. João Francisco Montiel Soares, 11 anos, Colégio Marista Paranaense – Curitiba (PR)
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Capa
Mercado promissor É um caminho que não há volta: a cada dia teremos mais avanços, e isto é fato. Os fabricantes estão cada vez mais apressados em lançar seus produtos ou serviços, assim como os consumidores também estão ávidos por comprar – muitos passam horas e dias em filas para serem os primeiros a ter tal produto e pagam mais caro por isso. É inerente ao ser humano, não adianta querer ignorar, pois isto acontece em todos os setores, em todas as áreas e não só na tecnológica. Uma análise do comportamento de mercado é objeto de estudo de economistas e hoje, mesmo os leigos, são capazes de perceber que as novas ferramentas tecnológicas são responsáveis por um volume enorme de vendas, todos objetos de desejo de consumo dessa geração de adolescentes e crianças.
Isso é muito claro: o Brasil possui hoje mais celulares ativos que seu número de habitantes. Outra informação importante é que o poder aquisitivo das classes mais populares aumentou, que agora têm mais acesso a televisores, notebooks, tablets, mp4, demonstrando que é um mercado cada vez mais promissor.
Como o caminho é este e o avanço deve ser cada vez mais rápido, é fundamental que todos pensem que devem fazer da tecnologia uma aliada, e não ficar dependente dela. Usá-la para estreitar laços, sejam de amizade, profissionais, familiares, e nunca substituir as relações reais pelas virtuais. Não trocar um passeio, uma viagem, uma brincadeira ou conversa por uma atividade online. Tecnologia também é aprendizado, entretenimento e comunicação, mas viver a vida real com pessoas ao lado é muito melhor e mais importante.
A força das redes sociais Os espaços digitais e as redes sociais, se bem utilizadas, tornam-se grandes aliados na comunicação com os jovens. Qualquer empresa, organização ou instituição precisa, basicamente, ter no mínimo um site para começar a relação. Mas só isso não basta, é apenas uma vitrine. Segundo Bruno Bonamigo, analista de Comunicação do Grupo Marista, foi criado, em 2009, um twitter para a comunicação com os estudantes. No ano seguinte foram mais além e criaram uma página no Facebook. “Apenas o site não atraía mais, era muito estático, precisávamos ter uma interação, estar mais próximos dos alunos”, diz. A entrada nas redes sociais foi um sucesso, atingiu muito mais os estudantes, que passaram a usar também como um Serviço de Atendimento ao Consumidor (SAC). Inicialmente foram priorizados o Ensino Fundamental 2 e o Médio, que abrangem estudantes de 11 a 17 anos. “Precisamos sempre nos adaptar à nova realidade, sempre implementando tecnologias que nos aproximem do nosso público, além de ser imprescindível que agreguem conteúdo sempre aliado à área pedagógica”, explica Bruno.
“Gosto muito de ver vídeos, escutar música, usar os aplicativos do iTunes e, principalmente, usar as redes sociais, como o Facebook, o Twitter, o Skype e o Instagram. Atualmente estou me conectando muito mais pelo iPhone, mas também utilizo o meu computador e o Ipad da família. Eu conseguiria ficar sem a internet, mas seria muito difícil. Há um tempo, não conseguia passar muitas horas sem conferir as atualizações do Facebook, sem tuitar ou postar imagens no Instagram. No final do ano passado, percebi que minha diversão tinha se tornado uma obsessão e tomei uma atitude. De lá para cá, só entro na internet quando realmente tenho tempo, ou quando preciso tirar dúvidas e realizar trabalhos.” Nicole Dupont, 13 anos, Colégio Marista Pio XII – Novo Hamburgo (RS)
“Uso a internet pelo notebook, cerca de 2 a 3 horas por dia, nos dias de semana. Já nos finais de semana, chego a usar mais, de 4 chegando até 7 horas diárias. Não me considero ‘viciada’ e consigo passar alguns dias tranquilamente sem acesso à internet. Acesso as redes sócias (Orkut e Facebook), jogos online e sites de buscas para pesquisas, como o Google e Wikipédia. Acho muito boa toda esta tecnologia pelo fato de poder fazer qualquer pesquisa sem necessariamente recorrer a livros. Aproveito também para conversar e ficar mais perto dos meus amigos e da minha família. O que eu mais gosto é conversar com amigos via Facebook e MSN, brincar e fazer pesquisas.” Isabella Decesaro, 11 anos, Colégio Marista Santa Maria – Santa Maria (RS)
“Eu uso notebook, PSP (Playstation Portable) e celular todos os dias. Ainda não tenho iPad, mas espero ganhar no ano que vem. Acho legal por poder baixar mais jogos; é um celular maior e mais moderno. Primeiro uso a internet para ver o Facebook e jogar, além das pesquisas do colégio. Não consigo ficar sem a tecnologia. Quando viajei nas férias, não fiquei um dia sem o PSP. Cheguei a ir numa lanhouse e acessar a internet pelo celular do meu pai para saber o que estava acontecendo. Por outro lado, muitas vezes meu pai reclama: vai ler um livro! Como eu também gosto muito de ler, desconecto do mundo virtual e vou ler.” Alexandre Schawantes Brião, 9 anos, Colégio Marista Rosário – Porto Alegre (RS)
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Dia a dia
Use com moderação Família conta como dosar bem a internet para os filhos e criar um ambiente de interação, segurança e confiança
U
m dos desafios que intriga pais, mães e educadores hoje em dia são os limites que devem ser dados ao uso da internet às crianças e aos adolescentes. Sabemos que não é possível simplesmente proibir, uma vez que a maioria das crianças já nasce falando essa língua. A questão é que é preciso que não façam disso um hábito que não seja saudável, ou mesmo que deixem de fazer outras atividades necessárias para uma boa formação. Por um lado, a internet traz um mundo novo, com pesquisas que são necessárias para o estudo, a comunicação com amigos via chat, a interação nas redes sociais, que pode completar e reforçar algumas amizades já existentes, ou ainda o entretenimento, com jogos que desafiam a memória, estratégia, concentração e outras habilidades positivas, além de trazerem diversão e alegria. Ao mesmo tempo, essa mesma tecnologia pode trazer inúmeros problemas se não for devidamente utilizada. Desde downloads impróprios, que estragam o computador, até sérios casos de pedofilia online, invasão de privacidade, enfim, diversos problemas que já existem na vida real são aumentados na internet devido à possibilidade do anonimato que o mundo virtual permite. Rogerson Luiz de Rossi, pai de dois adolescentes - Alexander, de 13 anos e Fábio de 9 - encontrou um
método simples de proteger a família e, ao mesmo tempo, não deixar os filhos fora desta realidade online que hoje não há volta. “O segredo é criar uma disciplina com responsabilidade. Desenvolvemos uma rotina que deve ser respeitada, o que dá segurança aos meus filhos”, conta.
Regras Em Londrina (PR), na casa de Rogerson e Iris, a mãe, há um ambiente certo para o uso da internet. É um cômodo com dois computadores, que não devem ser retirados de lá. Os filhos têm o acesso ao mundo virtual limitado e, segundo Rogerson, não criam problemas por causa disso. “Eles podem utilizar ao chegar da escola até o horário do almoço, por mais ou menos meia hora, e no fim do dia, depois de feitas as atividades escolares, por mais uma hora”, explica. Aos sábados e domingos, eles acessam a internet por mais uma hora por dia, a regra é clara. “Acreditamos que eles não precisem de mais tempo no computador. Por outro lado, estimulamos e participamos de outros tipos de entretenimento com nossos filhos, dentro e fora de casa, como jogos, conversa, leitura e atividades ao ar livre” comenta Rogerson. “A internet é uma porta aberta para a entrada na nossa casa e na nossa vida. Faço esta comparação com a porta de
casa para que eles entendam que é perigoso deixá-la aberta. Assim como no mundo virtual, pode acontecer de tudo. Existem inúmeras situações desagradáveis que podem existir e converso abertamente com eles sobre todos os riscos da rede”, pondera.
Exemplo Os filhos de Rogerson e Iris usam mais o computador ou a internet para pesquisas ou jogos. Alexander tem Facebook e e-mail, porém Fábio não está conectado desta maneira, já que os pais acham que ainda não é o momento. Da mesma maneira como ensinam, os pais utilizam a internet apenas para algumas pesquisas ou conversas, muito raras, para trabalho ou com amigos que já conhecem e confiam. Segundo Rogerson e Iris, o segredo da boa convivência com o mundo on-line é resultado de uma boa educação, muita conversa, bons exemplos e amor incondicional que sentem pelos filhos. “É muito importante a consciência que devemos ter da nossa responsabilidade em educar em todos os sentidos: moral, intelectual, espiritual, afetivo, etc. Estamos tentando e até hoje este modelo tem dado certo”. E a família Rossi encontrou um caminho para os limites e necessidades dos filhos que está agradando a todos da casa.
ê o exemplo a seu filho. Em qualquer D sentido da vida, em qualquer área. Ele, seguramente, irá seguir e repetir o que aprendeu e está acostumado a observar. Tenha uma relação de confiança e esteja sempre na vida de seus filhos, desde muito pequenos.
Como usar
Saiba o que ele está fazendo, participe, não tenha medo de perguntar diretamente a ele o que precisa saber.
Confira as dicas da
Converse sobre os perigos que existem no mundo virtual.
uma utilização saudável
Responda claramente sempre o que seus filhos perguntam.
família De Rossi para da internet
Oriente seus filhos a não conversarem com estranhos na internet, assim como na rua, no shopping ou em qualquer outro lugar.
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Olhar
Todos curtem Facebook tem 845 milhões de usuários no mundo, mas é preciso saber usar Por Sandra Solda
H
oje não há quem não comente, curta ou discuta assuntos via Facebook. Novos amigos são feitos e os antigos são reencontrados, compartilham-se fotos, mensagens, textos, ideias ou mesmo o que se está pensando no momento ou em qual lugar se está. É impossível ficar de fora desta grande rede. Ela está disponível em mais de 70 línguas e, apenas no Brasil, são mais de 30 milhões de usuários ativos. Todos os dias, 483 milhões de pessoas se conectam e, quase metade delas, pelo celular. A atividade mais popular na rede é o
compartilhamento de fotos, o que chega a 250 milhões por dia. Ao mesmo tempo em que é uma ferramenta para entretenimento, pode ser uma porta aberta para qualquer tipo de crime ou violência. É necessário que adultos e crianças fiquem sempre atentos ao utilizar esta rede, e que os pais tenham uma conversa aberta e sincera sobre o assunto com os filhos. Ao lado algumas orientações e dicas para os pais, sugestões de como devem se comunicar com os filhos que estão cada vez mais online e conectados ao Facebook.
Não basta ser pai, é preciso acompanhar • Pode ser difícil acompanhar a tecnologia. Não tenha medo de pedir que seu filho esclareça suas dúvidas. • Caso você ainda não use o Facebook, considere registrar-se. Assim, você poderá entender como ele funciona! • Crie um grupo do Facebook para a sua família para que você tenha um espaço privado para compartilhar fotos e manter contato. • Ensine aos seus adolescentes as noções básicas de segurança online para que eles possam manter seus perfis do Facebook (e outras contas online) privados e seguros.
Como falar com seu adolescente • Você acha que consegue conversar comigo sobre problemas na escola ou online? • Ajude-me a entender por que o Facebook é importante para você. • Você pode me ajudar a criar um perfil do Facebook? • Quem são seus amigos no Facebook? • Quero ser seu amigo no Facebook. Você concorda? O que faria você concordar?
Fonte: Assessoria de imprensa Facebook Brasil
Rio Grande do Sul e Distrito Federal
O desafio de inovar O mundo cada vez mais high-tech de crianças e jovens coloca a educação diante do desafio de inovar as formas de ensinar e potencializar o aprendizado dos estudantes. É preciso aliar conceitos e práticas para abrir novos caminhos e possibilidades.
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Maristas em rede
Tempo de inovar A presença da tecnologia no meio educacional abre caminho para novos desafios
O
século XXI está sendo marcado pela enxurrada de informações, o ritmo acelerado da tecnologia e a busca incessante por conhecimento. A geração de hoje tem acesso ao mundo de maneira mais rápida e dinâmica que outrora. De que a educação precisa se adaptar e abrir caminhos diante do novo cenário contemporâneo, não restam dúvidas, mas como explorar o potencial das ferramentas e técnicas na aprendizagem? Qual a postura a ser adotada pelos educadores nestes novos tempos em que a passividade em aprender dá lugar à interação? É possível realmente inovar o ensino? O contexto atual aponta para a relevância de se repensar as práticas pedagógicas. Fora da sala de aula, crianças e jovens estão imersos nas tecnologias de informação e comunicação, armados de celulares, tablets, computadores, câmeras digitais, videogames, e-mails, mensagens instantâneas,
redes sociais, acessando, constantemente, um mar de informações. Para tornar o ambiente escolar atrativo e próximo à realidade dos estudantes, o giz e o quadro-negro dão espaço às lousas eletrônicas; o computador e a internet ganham ambientes exclusivos; ao invés do recorrente uso do papel, os conteúdos podem ser compartilhados virtualmente; de emissor, o educador passa a ser mediador; e o estudante interage a partir da prática aliada à multidisciplinaridade. Mas não basta apenas disponibilizar recursos tecnológicos. Os educadores precisam se apropriar deles, inseri-los na metodologia empregada e, também, não ficar reféns de toda essa parafernália. Colocando o estudante no centro do aprendizado, o seu papel ganha uma nova perspectiva. O desafio passa a se concentrar, principalmente, nesta questão: o desenvolvimento de processos de ensino-
-aprendizagem que sejam inovadores e pertinentes a esta nova conjuntura. Sob essa perspectiva, Colégios Maristas atua em conjunto com os educadores para transformar e inovar a educação oferecida para os mais de 18 mil estudantes no Rio Grande do Sul e Brasília. Os projetos pedagógicos buscam potencializar a capacidade do estudante, bem como torná-lo protagonista do seu saber, fazendo dos professores guias neste processo. A cada nova ferramenta implementada nos Colégios Maristas, os educadores vivenciam momentos de formação continuada e capacitação. São partilhados conhecimentos técnicos e saberes pedagógicos visam à interação entre professor-estudante. É a soma da tecnologia aos conteúdos que compõem diversos componentes curriculares a fim de dar as boas-vindas aos novos tempos e às novas possibilidades.
Até que ponto as redes sociais ajudam nas relações?
Diz aí
A interação das pessoas pela internet vem crescendo cada vez mais. Conversamos com alguns estudantes para saber até que ponto o uso das redes sociais, como Twitter e Facebook, podem contribuir em suas relações no dia a dia. Confira algumas opiniões!
Desde os anos 2000, já se falava muito a respeito das redes sociais, seus benefícios, a facilidade de poder se comunicar com todos, a qualquer hora e em qualquer lugar. Um dos precursores nesta área foi o site de relacionamento Orkut, que com facilidade e praticidade fez seu nome logo no início. Anos mais tarde, surgiu o MySpace, Facebook e por último, o Twitter. Do meu ponto de vista não é saudável. Crianças estão perdendo a infância para ficar na frente computador, no telefone com os amigos ou jogando videogames. Não quero parecer antiquado, mas na minha infância não tive nada disso. Brincava na rua, jogava bola com os amigos e era muito divertido. Hoje, pouco se vê isso, se perdeu muito esse contato. Mesmo assim, acho que as redes sociais são de uma grande praticidade. É inevitável querermos negar que seu uso não ajuda na comunicação. Só que devemos ter mais consciência, e principalmente as crianças, não desperdiçarem momentos valiosos de suas infâncias nas redes sociais, tem que sair, se encontrar com os amigos e não apenas ficar em frente a uma tela de computador!
Conectar-se: unir virtualmente um ganense vivendo no Canadá a uma estudante brasileira de forma instantânea, por meio de uma ferramenta acessível e globalmente aceita; aumentar a visibilidade de um indivíduo no mercado de trabalho; aglomerar indivíduos de interesses comuns, sem a necessidade de encontros formais. A criação das redes sociais, aliada ao aumento da velocidade de veiculação de informações provenientes da infinidade de conexões resultantes da globalização, findou a dependência do contato físico para a manutenção do relacionamento humano. A perda de tal dependência tornou maior a artificialidade das interações virtuais. O anonimato permitido no cyber espaço torna possível a criação de uma espécie de alter-ego virtual – uma nova identidade, paralela à realidade física. À medida que as relações virtuais se ramificam e se fortalecem, o isolamento e a impessoalidade tornam-se frequentes no mundo físico. É possível que a revolução tecnológica seja o marco da total separação entre o “eu virtual” e a existência física do homem.
As redes sociais estão presentes ativamente na sociedade em que vivemos atualmente, elas modificaram a forma de nos relacionarmos. Também entendo que esses canais de comunicação nos ajudam de uma maneira bem ampla, não só mantendo contato com as pessoas no dia a dia, como também aproximando aquelas que estão longe, como meus familiares, além de proporcionar espaço para novas amizades. Essas redes vieram para facilitar o compartilhamento de informações entre as pessoas, principalmente pela acessibilidade, podendo ser acessadas facilmente através de vários dispositivos eletrônicos, desde os desktops convencionais até os telefones móveis. Há um problema, portanto, quando o uso desses mecanismos virtuais se dá de maneira mal-intencionada. O ambiente que seria propício para relacionamentos e amizades acaba se tornando uma ferramenta de fonte de informação para aqueles que planejam usá-los de forma indevida. Por causa desse contraditório fator, somos obrigados a nos resguardar e não expormos demasiadamente as nossas informações pessoais. Seguindo essas ideias, devemos usar as redes sociais de forma ponderada e com responsabilidade.
Rodrigo Munhoz dos Santos – 1º ano do Ensino
Nina de Andrade e Rafael Vieira – 3º ano do Ensino
Felipe Martinez Albeche – 3º ano Ensino Médio
Médio - Colégio Marista São Francisco, Rio Grande
Médio - Colégio Marista João Paulo II, Brasília
Colégio Marista Sant’Ana, Uruguaiana
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Ponto de vista
Internet: Conectividade, singularidade e acolhimento Por Débora Conforto
A
s ferramentas de informação e de comunicação disponibilizadas na Web potencializam a compreensão multissensorial da realidade, instituindo novas interfaces para o ensinar e o aprender que se diferenciam dos recursos tecnológicos que tradicionalmente estruturaram a ação educativa. O Projeto Educativo do Brasil Marista reafirma e resenha de forma permanente a inserção de tecnologias no contexto escolar. Recursos tecnológicos conquistam novos e importantes cenários: da exclusividade do Laboratório de Informática, seu lugar de excelência, para a sala de aula, por meio das lousas interativas; do presencial da sala de aula para a virtualidade dos ambientes digitais de aprendizagem. A positividade da relação educação-tecnologia e a concretização do Projeto Educativo do Brasil Marista são reveladas na parceira construída entre a escola e a universidade, em especial
com a PUCRS. Esse produtivo diálogo tem permitido edificar cenários virtuais de aprendizagem que, ao serem tecidos sob o jogo presencial/virtual, forjam tempos e espaços para apoiar processos de aprendizagem, disponibilizando um repositório de conteúdos, atividades interativas e projetos educativos desenvolvidos pelas diferentes áreas do conhecimento. São essas interfaces virtuais que promovem a interação não-competitiva com os recursos da Web, que estimulam o exercício da co-responsabilidade do estudante no processo de aprendizagem, convidando-o a superar dificuldades e a reconhecer o que necessita ser revisto, estudado, reelaborado. Essa virtualidade rompe com os limites impostos pela rotina da sala de aula, instituindo um tempo e um espaço que se abre ao acompanhamento mais pontual dos pais, dando visibilidade ao que vem sendo problematizado em cada componente curricular.
Débora Conforto é Doutora em Educação, Especialista em Modelagem de Software Educacional e Pesquisadora do CNPq. Atua como professora do Laboratório de Informática do Colégio Marista Assunção, em Porto Alegre.
Problemas como o fenômeno Ctrl+C e Ctrl+V, a combinação de teclas que permite copiar e colar informação; o fliperama escolar, a interface lúdico-tecnológica que reduz o potencial de protagonismo da Web a um parque de diversão digital, à centralidade da imagem, interfaces gráficas que, ao facilitar o acesso à informação, fragilizam a construção de leitura e autoria, transformando seus usuários em meros eficientes internautas, não podem ser desconsiderados, mas sim enfrentados por meio do estabelecimento de regras claras de utilização da Web. O estabelecimento de perfis diferenciados para usuários da Web, permitindo um maior controle de acesso e de download de programas são importantes estratégias, entretanto, a resposta mais produtiva para os problemas que emergem com as configurações do mundo cibernético está na construção de projetos que potencializem
o pensar sobre o pensar, que desafiem o aprender a aprender. A materialização do conceito freiriano do inédito-viável se explicita quando estudantes e educadores exploram e apropriam-se de recursos tecnológicos como um tempo e espaço de participação e de colaboração, quando a interface computacional permite a superação da situação-limite e a transformação da fragilidade em potencialidade. Ferramentas da web devem operar como catalisadoras de sujeitos críticos e autônomos, produzindo tempos e espaços digitais que impulsionem uma maior dinamicidade no processo de autoria individual e coletiva em diferentes mídias, que possibilitem uma maior flexibilidade e plasticidade para a construção de estratégias de ensino e de aprendizagem, respeitando e valorizando as diferentes especificidades que projetam a identidade do homem do século XXI.
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Educar
Despertar para a inovação Diante da representatividade das tecnologias no cotidiano de crianças e jovens, os colégios buscam novas maneiras de ensinar e potencializar o aprendizado dos estudantes
Q
uem viveu a infância no início da década de 60 ou em meados dos anos 80 deve se lembrar de uma família futurista e muita simpática: Os Jetsons. Ambientado no século 21, o desenho reforçava o imaginário coletivo sobre como seria o futuro da humanidade, mostrando cidades flutuantes, carros voadores, robôs como empregadas e toda sorte de aparelhos eletrônicos para o uso doméstico e entretenimento. Era uma visão criativa e lúdica, porém
alguns dos recursos imaginados há quase 50 anos pelos criadores desta série animada já são considerados banais nos dias de hoje. As videoconferências são um exemplo. Não foi preciso esperar até 2062 para ver cenas como aquelas de George, o pai da família, conversando virtualmente com o seu chefe, o senhor Spacely, se tornando reais. Meios de comunicação remota, câmeras de segurança, TVs fininhas, e videogames são outros
itens já presentes no dia a dia que foram idealizados na época do desenho. Atualmente, a vida em sociedade também é permeada pelo uso de computadores, internet, celulares, câmeras digitais, e-mails, mensagens instantâneas, banda larga e uma infinidade de recursos. O ritmo da evolução tecnológica nunca foi tão acelerado quanto está sendo agora, abrindo caminho para novas possibilidades e desafios na educação.
Mais do que adaptar-se aos novos tempos, é preciso despertar para a inovação. Neste sentido, os Colégios Maristas vêm apostando em projetos que unem práticas pedagógicas à tecnologia, desde o uso de lousas interativas, passando por diversas atividades nos laboratórios de informática e o uso do Ambiente Marista Virtual de Aprendizagem, até a robótica educacional. O estímulo a novos processos de ensino-aprendizagem por meio de projetos diferenciados são uma constante no Laboratório de Informática do Colégio Marista Rosário. No 5º ano do Ensino Fundamental, por exemplo, os estudantes aprendem a utilizar o software Windows Movie Maker para edição de vídeos, por meio do projeto Singing in English, que consiste na produção de videoclipes com as músicas em inglês escolhidas pelos grupos. Além de gravar o clipe, eles devem cantar as músicas, desenvolvendo a audição e a fala em inglês.
Na 6ª série, o projeto My Movie dá continuidade ao aprendizado interativo da Língua Inglesa através da produção de um filme em inglês, trabalhando as quatro habilidades de aquisição de língua estrangeira (ouvir, falar, ler e escrever) com propósito real e significativo. “Na atividade, os estudantes utilizam o Movie Maker de maneira criativa e desenvolvem o inglês com significado e não apenas decorado”, explica o educador Dimis Santos Silveira. APRENDENDO COM OS ROBÔS Unir a robótica ao aprendizado é a oportunidade do estudante colocar em prática os conceitos e estimular a construção do conhecimento. É assim que a Robótica Educacional Marista envolve mais de 5,3 mil estudantes da Educação Infantil ao Ensino Médio. Crianças e jovens são desafiados a criar e desenvolver protótipos de robôs, a partir de conceitos e teorias de diversos componentes curriculares. As atividades são realizadas sempre em grupo, valorizando o trabalho em equipe.
No Colégio Marista Santa Maria, estudantes da 7ª série do Ensino Fundamental ao Ensino Médio formam o Gemtec – Grupo Empreendedor Marista em Tecnologia e Ciência. De caráter multidisciplinar, a iniciativa promove aulas sobre introdução à robótica e seus conceitos teóricos, programação, criação e montagem de robôs. Os participantes do Gemtec também criam e montam robôs por desafio lançado pelos educadores, tendo em mente a participação em mostras e campeonatos escolares. Segundo o educador Denílson Moro, várias disciplinas estão envolvidas nas atividades propostas pelo Gemtec, como Matemática e Física, além de Português, Geografia e História. A união de todos esses saberes reflete na aprendizagem e na convivência em sala de aula. “Os estudantes que atuam na robótica apresentam melhor desempenho e raciocínio lógico, bem como melhores atitudes de interação com os colegas e com os educadores”, ressalta Moro.
Da Educação Infantil ao Ensino Médio, a Robótica Educacional Marista integra uma série de iniciativas que inserem a tecnologia no cotidiano dos estudantes, dinamizando o jeito de ensinar e aprender
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ESPAÇO DE REFLEXÃO E TROCA DE CONHECIMENTOS Mais do que uma competição, o Desafio de Robôs, promovido pela Rede Marista desde 2008, é um espaço de construção de saberes e estímulo à reflexão. A partir de um tema determinado, estudantes do Ensino Fundamental e Ensino Médio dos Colégios Maristas e de outras escolas de ensino público e privado realizam pesquisas, projetos e tarefas diversificadas.
O desafio consiste em programar robôs para realizar tarefas nas chamadas “arenas” numa competição que envolve estratégia, criatividade e tecnologia. Cada arena representa um elemento que possibilita ao estudante encontrar soluções, conforme o tema do evento. Paralelamente, ocorre também a Mostra de Robótica Livre, entre outras atividades que compõem a programação de cada edição do evento. Sob o tema Tecnologias para o mundo sustentável, a 4ª edição do Desafio
de Robôs, realizada em outubro de 2011, reuniu mais de 500 estudantes de 36 escolas na PUCRS, em Porto Alegre. Para o estudante Leonardo Schneider Ullrich, do 1º ano do Ensino Médio do Marista Santa Maria, foi uma experiência de integração e partilha de novas descobertas do mundo tecnológico. “É uma oportunidade muito interessante, pois em contato com outros estudantes, é possível trocar experiências e perceber que coisas incríveis podem ser criadas”, destaca Leonardo.
Recursos tecnológicos vêm sendo cada vez mais utilizados a serviço da aprendizagem, auxiliando os estudantes em pesquisas, projetos e trabalhos escolares
PROTAGONISMO JUVENIL ALIADO À TECNOLOGIA Os Colégios Maristas utilizam kits de robótica de acordo com as potencialidades de cada nível de ensino. O material inclui peças e revistas com todas as instruções necessárias. Na Educação Infantil e no Ensino Fundamental, os estudantes e educadores
trabalham com os robôs da Lego e da Roamer. Já no Ensino Médio, os jovens construtores desenvolvem autômatos a partir do kit da Vex Robotics Competitions. A atividade proporciona a troca de experiências e o comportamento empreendedor e autônomo, preparando o estudante para a vida e o trabalho.
Em 2011, as equipes de robótica dos Colégios Maristas Assunção, Ipanema, Champagnat e da PUCRS participaram do Vex Robotics World Championship, maior desafio de robótica mundial, em Orlando, EUA. Além de trazer troféus para casa, os estudantes viveram momentos de estudo, cultura e entretenimento.
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Educar
MOMENTOS DE PARTILHA QUE BUSCAM A QUALIFICAÇÃO A presença das TICs – Tecnologias da Informação e da Comunicação no ambiente escolar leva os educadores a assumirem uma postura diferente em relação aos tradicionais métodos de aprendizagem, uma vez que a passividade em aprender dá lugar à interação. Diante desse desafio, o constante aperfeiçoamento do edu-
cador é fundamental para realizar a soma da tecnologia e dos conteúdos, originando novas oportunidades de ensino. Na Rede Marista são realizados momentos de formação e capacitação dedicados ao estudo de conceitos tecnológicos como forma de aprimorar os conhecimentos. De acordo com a assistente de Tecnologias Educacionais do Marista Ipa-
nema, Alessandra Padilha, não basta disponibilizar as ferramentas, mas sim inseri-las nas práticas educativas, fazendo com os professores reconheçam estes recursos como parte de sua metodologia. “Ser um educador deste século requer ter uma boa prática educacional, por isso a formação continuada está sempre em nosso espaço educativo”, destaca.
Dupla de talento na escrita J
úlia Raissa Mäder, 15 anos, estudante do 2º ano do Ensino Médio do Marista Medianeira, de Erechim, ingressou no colégio no ano 2000, ainda na Educação Infantil. É fã da escritora Clarice Lispector e gosta de livros que envolvam suspense e ação. Luana Paula Bez, 15 anos, também está no 2º ano do Ensino Médio e estuda no Marista Medianeira desde 2003, ano em que iniciou o Ensino Fundamental. Dentre as leituras favoritas estão os romances de todos os gêneros. Além de compartilhar o gosto pelos livros, as duas celebraram a mesma conquista em 2011. Ambas tiveram suas crônicas selecionadas
Destaque
entre as dez melhores do concurso cultural Paulo Sant’Ana por um dia. A promoção comemorou os 40 anos do colunista no jornal Zero Hora e contou com a participação de centenas de estudantes do Ensino Médio e universitários de todo o Estado. Júlia e Luana tiveram suas crônicas Julia escreveu a crônica selecionadas em concurso cultural da ZH Uma morte bem vivida e Luana é autora de O medo de sonhar. Os ditei quando saiu o resultado. Foi textos podem ser lidos no Blog do uma experiência muito boa”, conta Editor da ZH. Apesar da dedicação Luana. “Adoro o Paulo Sant’Anna e foi na hora de criarem suas respectivas realmente uma honra ter participaobras literárias, elas se surpreendedo e ser escolhida, juntamente com ram em serem finalistas. “Eram muioutros estudantes que escreveram tos participantes e quase não acre- tão boas crônicas”, destaca Júlia.
Aprendizagem que vai além de sala de aula M
arcela Nunes Penna, 16 anos, do 2º ano do Ensino Médio, estuda no Marista Pio XII, de Novo Hamburgo, desde os cinco anos e, atualmente, integra a equipe de Robótica Educacional do colégio. A participação no grupo teve início em 2010 com o despertar para novos aprendizados. “A possibilidade de ter contato com muitas coisas que sabemos o quanto são importantes, mas que não temos conhecimento, foi um dos principais motivos que me levou a fazer parte da equipe”, afirma. Dentre os campeonatos que Marcela já participou com o time da escola estão a First Robotics Competition 2011, que ocorreu nos Estados Unidos, e o 4º
Desafio de Robôs da Rede Marista, realizado em outubro de 2011, em Porto Alegre. Na ocasião, a equipe conquistou quatro prêmios e venceu 15 das 18 partidas disputadas. A estudante também esteve presente nos desafios internos do Marista Pio XII, como o Sumô de Robôs. Marcela acredita que os principais ensinamentos da robótica vão muito além da parte técnica. “Aprendemos a trabalhar em equipe, lidar com opiniões diferentes, respeitar o jeito de cada um e valorizar cada pessoa que faz parte daquele grupo”. Para o futuro, ela espera que a robótica seja um ramo mais valori-
Estudante faz parte da equipe de robótica do Marista Pio XII
zado. “As pessoas precisam participar mais da robótica para acompanhar o desenvolvimento da tecnologia e também do país.”
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Giro HISTÓRIA DO RIO GRANDE DO SUL Ao longo de 2011, os estudantes do 4º ano do Ensino Fundamental do Marista São Pedro, de Porto Alegre, participaram da 1ª edição do projeto Integrando Culturas. Dentre as atividades realizadas, destacou-se a viagem de estudos para as Reduções Jesuíticas, em que aprenderam mais sobre a história do Rio Grande do Sul. A conclusão do projeto se deu com a apresentação da peça teatral baseada na obra Um Gauchinho nas Missões, da escritora Iria Poças. Por meio da encenação, eles mostraram às famílias presentes como viviam os nativos, o impacto da chegada dos religiosos e a Guerra Guaranítica.
CONSCIÊNCIA PLANETÁRIA O projeto Contextura, realizado pelo Marista Graças, de Viamão, abordou a temática da Consciência Planetária, em 2011. Durante as atividades teóricas e práticas, as turmas de Ensino Fundamental e Ensino Médio trabalharam a partir de três eixos principais: Reforma Agrária, Reforma Urbana e Planeta Família. Entre os desafios propostos, os estudantes apresentaram soluções para moradia, geração de renda, fontes de energia, saneamento, escola e lazer. Além do detalhamento do projeto teórico, foram construídas maquetes em isopor e projetos em 3D, bem como a produção de vídeos e até obras de arte. A atividade compreendeu habilidades e competências de todos os componentes curriculares. Inúmeras possibilidades de aprendizagens surgiram a partir das aulas e oficinas.
CONVIVÊNCIA E SOLIDARIEDADE Com o apoio da comunidade de Passo Fundo, o Marista Conceição promoveu no final do ano letivo o Natal Solidário. A campanha arrecadou brinquedos, livros, roupas e alimentos para serem doados a instituições beneficentes. Em parceria com o Grupo de Voluntariado Viva Alegria, o colégio também realizou o Festival de Integração na Fundação Lucas Araújo. Apresentações de teatro, música e poesia fizeram parte da programação. Além de possibilitar a convivência e a confraternização por meio dessas atividades culturais, a iniciativa serviu para angariar alimentos não perecíveis que foram revertidos em doações a crianças de famílias carentes da Fundação.
CONHECENDO O RIO JACUÍ Desde 2004, o Marista Roque, de Cachoeira do Sul, desenvolve o projeto Conhecendo o Rio Jacuí. Os estudantes fazem pesquisas sobre as espécies vegetais e animais que habitam o entorno do Rio Jacuí. Além disso, ocorrem ações de reflorestamento e identificação de pontos de poluição por meio da análise da água coletada. O estudo é realizado do Passo do São Lourenço ao Porto de Cachoeira do Sul, com apoio do 3º Batalhão de Engenharia e Combate, Afubra, Secretaria Municipal do Meio ambiente, Prefeitura Municipal de Cachoeira do Sul, Ulbra e APM do Marista Roque.
PROTAGONISMO E CULTURA A SERVIÇO DA INCLUSÃO SOCIAL A cada ano, o Marista Vettorello, de Porto Alegre, vem realizando diferentes ações de inclusão social. Dentre os atuais projetos destaca-se o Protagonismo sem Fronteiras, que convida um palestrante de referência na atuação social, como foi o caso do ex-governador do Estado, Olívio Dutra. Outra iniciativa de sucesso é o Recreio Cultural, realizado mensalmente. A atividade reúne apresentações musicais, literárias e teatrais. Também entre os destaques está o VettorArte, grupo de dança e música que promove ensaios semanais em parceria com a Pastoral do colégio. Em 2012, a novidade é o Mala de Garupa. O projeto, que será implantado até o fim do primeiro semestre, é uma parceria entre agências de emprego e empresas com a escola, visando à divulgação de ofertas de trabalho para os estudantes.
O LOBO NO IMAGINÁRIO INFANTIL Nos desenhos e fábulas infantis, o lobo é retratado com uma personalidade do mal. Diante do receio e da curiosidade dos pequenos estudantes do Nível 2 da Educação Infantil, as educadoras do Marista Santo Ângelo desenvolveram o projeto O lobo misterioso. As atividades contemplaram pesquisas e descobertas que envolvem o personagem no mundo do faz de conta e, também, estudos sobre as características das espécies de lobo. Foram três meses de aprendizagens, em que as crianças realizaram atividades lúdico-pedagógicas, nas diferentes linguagens, investigação de histórias, sons e de todo o habitat do animal.
1ª FEIRA EMPREENDEDORA Buscando conscientizar os estudantes sobre a importância do mercado profissional, o Marista São Marcelino Champagnat, de Novo Hamburgo, realizou a 1ª Feira Empreendedora. O evento contou com participação de toda a comunidade escolar e teve a coordenação da professora Daniela ErhartLoeblein. Durante a atividade, as turmas do 3º ano do Ensino Médio apresentaram um projeto de empreendedorismo. Trata-se de uma empresa fictícia de inovação de produtos ou serviços e seu plano de negócios. Também foi apresentado um protótipo do produto da empresa. Além disso, todos os estudantes puderam comercializar produtos desenvolvidos por eles em suas atividades diárias.
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Caleidoscópi�
Comunidade inaugura o prédio C do Colégio Marista Ipanema, na Zona Sul de Porto Alegre. Pensado para ser integrado à natureza, a obra possui 14 novas salas de aula e mais de 2 mil metros de área construída (Porto Alegre)
Projetos Contanto e Encantando, Literatura Passeante e Autor na Escola, do Marista Aparecida, integram a programação da Feira do Livro local (Bento Gonçalves)
A equipe de Robótica do Marista São Luís vai para os shoppings da cidade apresentar os projetos desenvolvidos para a comunidade e também para estudantes do curso de Ciências da Computação (Santa Cruz do Sul)
Agita Marista, evento solidário do Marista Maria Imaculada, mobiliza a comunidade escolar em dias de trabalho voluntário e muito amor ao próximo (Canela)
Na despedida da escola, os estudantes do Terceirão do Marista Rosário interagem com a Educação Infantil e relembram os tempos de infância (Porto Alegre) Projeto Turno Integral do Marista João Paulo II possibilita aos estudantes conviver e aprender em um ambiente multidisciplinar, no turno inverso das aulas (Brasília)
Estudantes do 1ª ano EF do Marista Santo Ângelo visitam a Associação de Reflorestamento da Região das Missões como parte das atividades do projeto Plantas e animais de jardim (Santo Ângelo)
Toda sexta-feira, a comunidade escolar do Marista Irmão Jaime Biazus se reúne para a Hora Cívica Temática, projeto de cidadania desenvolvido pelo novo Colégio Marista de Ensino Médio (Porto Alegre)
Rede Marista de Colégios e Unidades Sociais assume nova unidade no Loteamento Santa Terezinha. A Escola Marista de Educação Infantil Menino Jesus atende 110 crianças de até seis anos de idade (Porto Alegre)
Em sua 19ª edição, o tradicional Show de Natal do Marista Roque reuniu estudantes, educadores e famílias em torno dos temas união e solidariedade (Cachoeira do Sul)
Há 21 anos, o Marista São Francisco realiza no mês de outubro o Festival Artístico Marista – Famar. Em sua última edição, o tradicional espetáculo de danças fez menção à temática da Campanha da Fraternidade (Rio Grande)
Celebração Natalina da Escola Marista Santa Marta foi prestigiada pelos estudantes, famílias e comunidade da Nova Santa Marta. A estudante Andressa Quevedo da Cunha, da 7ª série, foi um dos destaques do Coral Vidas em Canto (Santa Maria)
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Gente noss�
Contador de histórias Ex-aluno do Marista Champagnat, Rodrigo Albornoz é repórter do principal canal de esportes do país
O
s personagens do mundo esportivo fazem parte das histórias contadas por um gaúcho que vive hoje no Rio de Janeiro. Natural de Santana do Livramento e radicado em Porto Alegre, Rodrigo Albornoz, 25 anos, trabalha como repórter no maior canal de esportes do Brasil, a SporTV. A vaga, conquistada durante a Copa do Mundo de 2010, é fruto, como ele mesmo conta, de muito esforço e perseverança. “O processo seletivo durou quase seis meses e foram escolhidas 11 pessoas, entre mais de 10 mil candidatos. Não foi sorte. Suei muito para chegar lá”, explica. Tendo passado todo o tempo de sua trajetória escolar no Colégio Marista Champagnat, o jovem traz consigo ensinamentos que foram fundamentais para a sua formação pessoal e profissional. Como ex-presidente do Grêmio Estudantil, ele aprendeu a ter voz ativa, a lutar por interesses de um
grande grupo e a trabalhar em equipe. Foi nessa época também que, como responsável por uma publicação para os estudantes, descobriu a paixão pelo jornalismo. “Com a experiência no jornal do Grêmio percebi qual era realmente meu lugar nesse mundo”, reconhece. Antes de ingressar na Faculdade de Comunicação Social da PUCRS, Rodrigo lembra que passou por um dos momentos mais marcantes de sua vida: a formatura do Ensino Médio. “Era a separação de uma família que cresceu junto, errou, caiu, levantou, aprendeu e que, acima de tudo, se amava e respeitava muito”, ressalta. Após quatro anos, em 2009, concluiu a graduação e foi contratado pela Rádio Gaúcha, onde atuava como estagiário. Ainda em 2009, o jornalista recém-formado passou em todas as etapas para trabalhar no programa Passaporte Sport TV. Depois disso, foi só arrumar as malas em embarcar rumo aos paí-
ses envolvidos com a Copa do Mundo, de onde fez a repercussão televisiva. Atualmente, faz coberturas nacionais e internacionais de jogos e campeonatos esportivos. “Moro no Rio, mas estou sempre viajando. Ano passado, estive no Canadá, Alemanha, Turquia, Paraguai e Itália”, conta. Mas apesar de tantas idas e vindas, sente falta da capital gaúcha. “Tenho saudades da minha família, dos amigos e, é claro, do meu cachorro”. Ao comentar seus planos para o futuro, Rodrigo explica que não sonha em ser apresentador, pois se sente realizado como repórter. “Adoro mesmo é estar na rua. É lá que o jornalismo acontece”. Ainda sobre a profissão que escolheu, ele é categórico: “sou apaixonado pelo que faço, gosto de viajar, conhecer lugares, gente diferente. Me considero um contador de histórias e as inusitadas são as que mais me atraem”, afirma entusiasmado.
Smalti Orsoni:
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O Smalti Orsoni, produzido artesanalmente em Veneza desde 1888, é um dos mais nobres materiais para revestimento e decoração. O nome Orsoni está relacionado à realização de obras importantes como o Trocadéro e a Basílica do Sacré Coeur em Paris, a Catedral de Saint Paul em Londres, a Igreja da Sagrada Família em Barcelona e a Catedral de San Marco, em Veneza. Tradicionalmente conhecido como o mais belo e cobiçado material para mosaico, nos dias de hoje é traduzido em jogo de cores e padrões geométricos criando soluções decorativas surpreendentes. Venha conhecer o Smalti Orsoni e suas possiblidades
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Essência
Por que o Marista é o Marista? Convidamos dois Irmãos Maristas, Ir. João Batista Pereira e Ir. Claudiano Tiecher, para nos contar por que, apesar de mudarem as pessoas e os lugares, o espírito de família sempre faz parte de um colégio Marista
A comunidade como fonte da vida
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esde a sua fundação, no dia 2 de janeiro de 1817, o Instituto Marista se guia pelo seu carisma, um legado deixado por São Marcelino Champagnat, nosso fundador. É esse carisma que faz com que todas as Unidades Educativas do mundo se pautem em um mesmo perfil, seguindo um mesmo fio condutor. O que chamamos de carisma marista, nada mais é do que o SER (= espírito) e o AGIR (= missão) de uma pessoa e/ou de um grupo. Todos, Irmãos e Leigos, que estão engajados na obra marista são convidados a viver esse carisma, ou seja, o seu jeito de ser e agir, com um mesmo espírito em vistas de uma única missão: “Formar cidadãos humanos,
éticos, justos e solidários para a transformação da sociedade por meio de processos educacionais fundamentados nos valores do Evangelho, do jeito Marista”. É dessa maneira que se consegue ter essa linha de atuação e essência únicas. Todas as congregações religiosas existentes são desafiadas a viver o seu modo próprio de evangelizar de acordo com a inspiração divina que teve seu fundador. O Instituto Marista, por meio da educação das crianças e jovens, de maneira toda especial os empobrecidos, torna-se único, usando seu carisma, de forma atualizada, em cada realidade inserida nos cinco continentes onde se fazem presentes, colocando dessa forma em prática a missão deixada por São Marcelino Champagnat. São muitos os valores que ali-
cerçam a Obra Marista e que proporcionam a vivência do carisma e nossas ações apostólicas. Destacamos o amor ao trabalho, a simplicidade, a justiça, a presença significativa, a espiritualidade e o espírito de família. O Espírito de Família sempre esteve presente no Instituto Marista desde a sua fundação. O padre Marcelino Champagnat, com este valor, vislumbrava a construção de uma relação de parceria ativa entre as pessoas. Para isso era preciso acolhê-las e compreendê-las como diferentes e complementares. Esse mesmo Espírito de Família valoriza a construção coletiva, a autonomia responsável, a flexibilidade, a ajuda mútua e o perdão. Já na época do Pe. Champagnat e nos dias atuais ousa construir comunidade, com alegria, e fazer dela fonte de vida.”
Irmão João Batista Pereira Grupo Marista
Marista, um centro de fé, cultura e vida
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nossa essência reside em Marcelino Champagnat. Repleta dela, as pessoas, a geografia e a cultura abrem-se para um jeito peculiar de educar, que perpassa gerações e continua sempre atual nos variados contextos e situações em que se encontram as infâncias e as juventudes. Temos em Marcelino – homem que moldou uma educação inovadora para a época, mesclando a formação do cidadão e do cristão – uma personalidade forte, que suportou as adversidades do tempo e da história. Para ele, que tinha uma inteligência prática, a preocupação era formar professores que, antes de ensinarem, recuperassem a dignidade da pessoa, amando-a e preparando-a concretamente para os desafios da vida. Eis a essência do Marista: professores que amam, apaixonados pela missão de educar e evangelizar nos mais diferentes ambientes educativos. Cada estudante é único e respeitado em sua singularidade. Talvez esse seja o elemento-chave quando apontamos uma diferença regional entre os Colégios Maristas e, ao mesmo tempo, nos deparamos com uma igualdade de “espírito”. Impressionante é essa mesma energia contagiar os diver-
sos Colégios Maristas. Podemos afirmar que as pessoas são diferentes, mas o espírito é o mesmo. As atividades podem e devem manifestar a cultura local, mas o que nos envolve e nos faz ser reconhecidos é uma proposta que insiste nos valores de abnegação de si mesmo e abertura aos outros. O que faz um Colégio Marista ser único é a capacidade de se transformar em um centro de fé, cultura e vida. Acredito que a escola Marista é por excelência um movimento intenso de ensino e aprendizagem, em que o educando é o protagonista do próprio futuro. O espírito de família é o que nos diferencia. É feito de amor e perdão, entreajuda e apoio, esquecimento de si, abertura aos outros e alegria. Tudo isso impregna nossas atitudes e nosso proceder, de modo que o irradiamos onde quer que nos encontremos, seja na sala de aula ou em outros ambientes educativos. No dia a dia, construímos tal espírito por meio do amor ao trabalho. Nossas escolas são desafiadas, pelo Projeto Educativo, a serem espaçostempos de construção de relações interpessoais, de confiança recíproca, de perdão, de diálogo, de alteridade e de corresponsabilidade, estabelecendo um elo fraternal, de família, entre os integrantes da comunidade educativa.”
Ir. Claudiano Tiecher | Diretor-Geral do Colégio Marista João Paulo II - Província Marista do Rio Grande do Sul
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Como fazer
Menos ĂŠ mais Movimento sugere que as pessoas diminuam seus ritmos de vida para que o organismo nĂŁo entre em colapso e o planeta seja um ambiente sustentĂĄvel
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iminuir o ritmo para reconectar-se consigo mesmo, com as pessoas e com o ambiente em que se vive. Esse é o objetivo principal do movimento “Slow Life”, que surgiu na Itália, inicialmente conhecido como “Slow Food”, contra as redes de fast food e a produção insustentável de alimentos. Em seguida, vários países uniram-se ao movimento e foram ampliando seus objetivos: a ideia era desacelerar não só na alimentação, mas em vários setores: indústria, educação, cultura, tecnologia e em tudo que fosse possível proporcionar ao ser humano menos estresse e ansiedade. “A ansiedade vem de um sentimento de vulnerabilidade. É uma pressão interna que deixa a pessoa acelerada sem um motivo concreto. Estar ansioso sinaliza que ela se sente sob alguma ameaça, que pode vir de dentro ou de fora, de um estado interno que não dá conta ou uma situação que oferece alguma ameaça para ela”, explica a psicóloga Aline Mamede. O ansioso pode se prejudicar no trabalho, nos estudos, na vida afetiva e social. Sua produtividade e rendimento podem cair, sua concentração
pode diminuir e pode vir a ter dificuldades de executar tarefas. “Seu comportamento pode prejudicar não só a si mesmo, como seus colegas de trabalho ou estudo, devido à sua falta de atenção e concentração e seus constantes questionamentos e apreensões”, diz Aline. É extremamente importante desacelerar, principalmente na era digital que todos são bombardeados de informação, tecnologia, trabalho, compromissos e até muito lazer. Tudo para que diminua a ansiedade em relação ao mundo, e, consequentemente, ao estresse. “Não temos como fugir, porque vivemos em um corre-corre incessante que nos traz desgaste e estresse. Trabalhar sistematicamente a ansiedade é fundamental para acalmar nosso corpo nas suas impulsividades”, ressalta a piscóloga. Exercícios físicos, relaxamento muscular, dedicação a atividades que tranquilizam, como escutar música, cuidar de plantas, trabalhos manuais, orações, podem ajudar. É importante que haja esta mudança de hábitos do estilo de vida.
É preciso desacelerar, principalmente na era digital que todos são bombardeados de informação, tecnologia, trabalho, compromissos e até muito lazer.
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desacelere Que tal pisar no freio e viver uma vida mais feliz? dentifique as I fontes do estresse
Defina limites
Tente descobrir os desencadeantes. Você se sente ansioso antes de uma prova? Está com a agenda cheia de compromissos? Talvez você esteja além do limite e se sente irritado e cansado. Após identificar as fontes, tente minimizá-las o máximo possível.
Não tenha medo de dizer “não” antes de assumir um grande número de compromissos, especialmente se você está equilibrando seu tempo entre faculdade, trabalho e atividades extracurriculares. É importante definir as prioridades para não se sobrecarregar. Dizer “não” pode, além de ajudá-lo a controlar o estresse, dar-lhe mais controle sobre sua vida.
Fale e compartilhe
Controle a respiração
Expor os sentimentos sem ser julgado é essencial para manter uma boa saúde mental e lidar melhor com estresse. Converse com amigos sobre como está se sentindo. Explique ao seu professor que está tendo problemas com alguma matéria, por exemplo.
eserve mais R tempo para você Antes que você chegue ao limite, procure um tempo para ficar só e fazer o que quiser, longe das preocupações e responsabilidades do mundo. Às vezes este tempo precisa ser obrigatório, ou seja, reservado para uma atividade de relaxamento ou lazer.
Respirar pode medir e alterar o seu estado psicológico, fazendo um momento estressante aumentar ou diminuir de intensidade. Preste atenção em sua respiração. Inspirar profundamente e em seguida soltar o ar lentamente é uma excelente técnica para se sentir mais relaxado.
Exercite-se diariamente Exercícios físicos aumentam a liberação de endorfina, substância produzida naturalmente no cérebro que traz sensação de tranquilidade. Estudos mostram que o exercício, juntamente com o aumento da liberação de endorfina, faz aumentar a confiança, a autoestima e reduzir as tensões. Além do mais, se você já andou por vários quilômetros, sabe como é difícil pensar em seus problemas, quando a sua mente está focada em andar.
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Vida digital Preparamos uma listinha com algumas novidades que podem facilitar sua vida ou deixá-la mais divertida
Software
P.O.K. – PROTECT OUR KIDS
Áudio-livro
MANUAL DE MÃES E PAIS SEPARADOS (grátis) Educar os filhos não é tarefa fácil, principalmente quando pai e mãe não convivem juntos um com o outro. Esse livro, disponibilizado em áudio para o Windows, foi escrito com o apoio de vários especialistas no assunto – e o mais legal: especialistas brasileiros! Onde: site TechTudo
(grátis)
Sua vida de pai será mais tranquila com esse software instalado no seu Windows. Não é para proibir os filhos de terem relacionamentos com amigos e até com namorado ou namorada, mas para proteger os pupilos diante de ameaças realmente perigosas, como pornografia, abusos e coisas do tipo. Caso, por exemplo, o P.O.K. rastreie uma frase como “Onde você quer me encontrar?”, ele bloqueia a conexão à Internet no computador em que está sendo usado. Onde: site TechTudo
Quiz
QUE PAÍS É ESSE? (grátis)
Será que você consegue acertar o nome de cada país recebendo apenas dicas sobre sua história, datas e dados? Junte seu filho, curta um momento ao lado dele e teste seu conhecimento. Quem será que sabe mais? Onde: site Racha Cuca
Aplicativo
BABY MONITOR & ALARM
Aplicativo
LINA – LOVE IS NOT ABUSE
(grátis)
(grátis)
Mamães e papais de todo o mundo que têm smartphone com o sistema Android poderão sair à noite e deixar seus bebês em casa com a babá ou com outro responsável sem dor de cabeça. O aplicativo tem cinco funções, entre elas o “Mum’s Voice”: a mãe grava um recado para o filho e, caso o celular que está próximo à criança reconheça seu choro, o aparelho reproduz a gravação.
Esse aplicativo para iPad foi criado pensando em esclarecer e educar as pessoas sobre os abusos nas relações digitais, o famoso cyberbullying. Feito especialmente para os pais, o Lina é uma ótima ajuda na hora de identificar esse tipo de problema, geralmente difícil de ser reconhecido.
Onde: site Google Play – Aplicativos para Android
Onde: iTunes
Prateleira livro
O CLUBE DO FILME | David Gilmour, Editora Intrínseca Eram tempos difíceis para David Gilmour: sem trabalho fixo e o filho de 15 anos colecionando reprovações no ensino médio. Diante da situação, o autor faz uma oferta fora dos padrões: o garoto poderia sair da escola desde que assistisse semanalmente a três filmes escolhidos por ele, o pai. Este é um livro que mexe com opiniões e ideias sobre vínculos familiares, bem ou mal resolvidos. Gilmour emociona ao mostrar os dilemas da adolescência administrados por um pai muito presente. Quem indica: I rany Fioravante Dias, Coordenadora Pedagógica do Instituto
Marista Graças, Viamão
livro
INCLUSÃO NA PRÁTICA: ESTRATÉGIAS EFICAZES PARA A EDUCAÇÃO INCLUSIVA | Rossana Ramos, Summus Editorial A educação inclusiva é uma realidade nas escolas regulares. Numa escrita voltada a pais e educadores, a autora desfaz mitos que rodeiam o assunto, mostrando como a escola pode se transformar num espaço de superação de dificuldades quando há a parceria entre escola/pais/educadores. Quem indica: Rosenara Beatriz de Oliveira, Orientadora Educacional, do Colé-
gio Marista Santo Ângelo, Santo Ângelo
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ANTES DE PARTIR, COM MORGAN FREEMAN E JACK NICHOLSON Você tem um projeto de vida? Já realizou todos os seus sonhos? Imagine se você soubesse, hoje, que possui mais um ano de vida. Partindo dessa ideia, o filme relata a vida de dois homens, de classes sociais diferentes, que se conhecem num quarto de hospital e enfrentam o mesmo drama de muitas pessoas. Os dois conseguem transmitir a mensagem de otimismo, pois partem para uma viagem inesquecível para ambos. Um exemplo de superação e companheirismo. QUEM INDICA: Taila Poliana Becker, Orientadora Educacional do Colégio Maris-
ta Vettorello, Porto Alegre
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Solidariedade
Mais justiça e igualdade por meio da educação Colégio Marista Irmão Jaime Biazus visa à qualidade acadêmica e ao desenvolvimento do indivíduo em todas as suas dimensões
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zona Nordeste de Porto Alegre é caracterizada pelo menor índice de desenvolvimento humano da cidade. A região abriga os novos loteamentos gerados pelas desocupações em outras localizadas da capital gaúcha. Um dos fortes apelos da comunidade era a criação de uma escola para os jovens terem como concluir o Ensino Médio sem precisar se deslocar para outros pontos da cidade ou, simplesmente, abandonar os estudos. Este sonho agora se torna realidade com a presença do Colégio Marista Irmão Jaime Biazus no bairro Mário Quintana, junto ao Centro Social Marista de Porto Alegre (Cesmar). Quatro turmas do 1º ano do Ensino Médio já deram início às atividades do ano letivo, totalizando 120 estudantes atendidos gratuitamente. Além disso, estão abertas 30 novas vagas. A cada ano, serão ampliadas as turmas oferecidas, até completar o Ensino Médio. Da mesma forma, será
Novo colégio oferec
e ampla estrutura
da por autoridades locais
Inauguração oficial foi prestigia
ampliado, gradualmente, o número de vagas por turma. Ao todo são 25 profissionais dispostos a concretizar um dos principais sonhos de São Marcelino Champagnat, oferecendo uma educação de qualidade para crianças e jovens, principalmente aos mais desamparados. A inciativa busca promover a qualidade acadêmica, em um ambiente que estimula o desenvolvimento do indivíduo em todas as suas dimensões. A inauguração oficial do novo colégio ocorreu no dia 2 de março e foi prestigiada pelas autoridades locais: o diretor do colégio, Ir. OdilmarFachi, juntamente com os demais membros da comunidade escolar, o prefeito de Porto Alegre, José Fortunati, o Superintendente da Rede Marista de Colégios e Unidades Sociais, Ir. Gilberto Zimmermann Costa, o Gerente Social da Rede Marista, Ir. Pedro Ost, representantes de outros Colégios Maristas, familiares do Ir. Jaime, além de líderes comunitários.
Irmão Jaime Biazus: apóstolo da solidariedade O nome do colégio é uma homenagem ao Irmão Jaime Biazus, um dos pioneiros do trabalho de assistência social na Rede Marista de Colégios e Unidades Sociais do Rio Grande do Sul. Amábile Gentile Biazus, que ao entrar no Instituto dos Irmãos Maristas recebeu o nome de Ir. Jaime, desenvolveu um intenso trabalho social, especialmente nos anos vividos no estado do Mato Grosso do Sul, onde exerceu atividades ligadas às comunidades indígenas, à prevenção do uso de drogas e à docência em escolas públicas. Em 2001, Ir. Jaime atuou na criação das obras sociais da Ilha Grande dos Marinheiros, em Porto Alegre, vivendo na comunidade local até 2009. No ano seguinte passou a integrar a Comunidade Marista Rosário. Faleceu em 26 de maio de 2010, aos 83 anos de idade.
Trabalho que soma afeto ao aprendizado Crianças que vivem com as famílias em bairros de vulnerabilidade social são atendidas pelas Escolas Maristas de Educação Infantil
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tividades lúdicas, recreativas e de cuidados são desempenhadas pelos educadores da Escola de Educação Infantil Menino Jesus, nova unidade da Rede Marista de Colégios e Unidades Sociais. Localizada no Loteamento Santa Terezinha, em Porto Alegre, a instituição atende 110 crianças de zero a seis anos de idade. Além da formação, visando ao desenvolvimento físico, social, emocional e intelectual dos atendidos, as crianças também recebem alimentação. O trabalho constitui uma alternativa segura e de qualidade para que aos
pais possam sair de casa para trabalhar sem se preocupar com o bem-estar dos seus filhos. O atendimento da escola é mantido de forma gratuita, em parceria com a Prefeitura Municipal de Porto Alegre. A cerimônia de troca de mantenedora contou com a participação de representantes da Secretaria Municipal de Educação, da Rede Marista e parceiros. À frente da direção está o Irmão Miguel Orlandi, que já desenvolve suas atividades como coordenador no Centro Social Marista Ir. Bortolini, na mesma comunidade.
ESPAÇOS DE CONSTRUÇÃO DO SABER A Rede Marista, em parceria com o governo municipal, mantém outras três escolas dedicadas aos pequenos educandos. A iniciativa procura ser uma opção de educação para comunidades com situações de vulnerabilidade social. Presente em regiões como a Ilha Grande dos Marinheiros e o bairro Mário Quintana, as Escolas Maristas de Educação Infantil Aparecida das Águas, Tia Jussara e Renascer são espaços de aprendizado e construção de saberes para as crianças.
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Solidariedade
Tecnologia a favor da inclusão social Software desenvolvido pelos educandos do Polo Marista de Formação Tecnológica promove a acessibilidade
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ificuldades motoras e deficiência visual não devem ser limitantes para o acesso às tecnologias. É assim que pensam os educadores e educandos do Centro de Recondicionamento de Computadores do Polo Marista de Formação Tecnológica. Eles desenvolveram um sistema que une tecnologia e solidariedade a favor da acessibilidade e inclusão digital. Com o software, as pessoas que possuem limitações nos membros superiores interagem com computadores através dos movimentos da face, piscar dos olhos e direcionamento do olhar. Já deficientes visuais recebem as informações da própria máquina, através de um
sintetizador de voz. O trabalho realizado no CRC-Cesmar foi adaptar softwares de acessibilidade que já existiam no mercado, além de adicionar mais funcionalidades para proporcionar ainda mais inclusão. No final de 2011, durante uma exposição realizada na Sede Marista, os colaboradores da rede puderam conhecer o projeto desenvolvido no CRC-Cesmar. Dois totens foram configurados com o software de acessibilidade e instalados na entrada do prédio. Os usuários puderam experimentar a possibilidade de uso de computadores utilizando os movimentos do rosto e sem o auxilio da visão. Esses totens são originários da recupera-
Totens são configurados com o software de acessibilidade
ção e aproveitamento de componentes das máquinas caça-níqueis apreendidas nas operações da Força-Tarefa de Combate aos Jogos ilícitos do Ministério Público do Rio Grande do Sul e repassadas ao Projeto Alquimia. Atualmente, todos os lotes de computadores destinados aos Telecentros que saem do CRC-Cesmar. já estão equipados com o sistema de acessibilidade. Nos próximos meses espera-se aumentar ainda mais, disponibilizar o sistema para downloads no Portal da Rede Marista e desenvolver uma nova funcionalidade, um sintetizador de voz em que o usuário fala a ordem e o computador obedece.
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Inspiração
27 anos: Um dia após o outro Uma vida de dificuldades, mas muita felicidade e amor, mostram como é possível ser feliz com o que vivemos agora, com o nosso presente
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ste ano, Jango Getúlio Melo de Oliveira, ex-aluno do Marista Maria Imaculada Canela-RS, termina sua faculdade de Turismo. Já tem planos de começar uma pós-graduação, além de trabalhar no Colégio pela manhã e à tarde na confecção de sua mãe e na oficina de seu pai prestando assistência na área de informática. Parece uma história simples, de um jovem qualquer, mas segundo sua mãe, Vera Oliveira, é uma história de superação a cada dia, nestes 27 anos. Quando nasceu, conta a mãe, já no hospital falaram para ela: “Não invista nele porque não vale a pena”. Ela teve muita força e pensou que nada supera o que Deus propõe. E a vida continuou com muita fé e luta na família. Jango nasceu com um problema no intestino, rim único, má formação da coluna e outras complicações, e até hoje não foi diag-
peração Jango é exemplo de su
nosticada a doença. O fato é que ele é o único caso vivo no Brasil com estes sintomas. Os médicos deram sete meses de vida quando eles nasceu. Já se passaram 27, e muito bem vividos, segundo a mãe. Porém, Jango soube fazer disso um aliado à sua vontade de viver. “Ele domina a vida dele, desde pequeno, sabe o que quer, o que quer fazer, o que vai vestir, muito decidido e forte. Cada dia que ele passa conosco é uma graça que Deus nos dá”, completa Vera. Já passou por várias cirurgias e correções, que chegam praticamente a 35, e precisa ficar internado algumas vezes, mas para ele é uma situação que encara com tranquilidade. “As limitações quem me colocam são as pessoas”, explica Jango. Ele é uma pessoa de muitos amigos e nunca deixa de fazer nada pelas complicações que seu organismo tem.
Tomar antibióticos diariamente também não é problema para Jango. “Ele nunca reclama de nada, e nunca precisou fazer tratamento psiquiátrico, psicológico. É um doce de pessoa. Muitas vezes fica internado, na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), mas é ele quem nos consola, diz para ficarmos calmos que tudo vai dar certo” enfatiza a mãe.
“Deficiente" é aquele que não consegue modificar sua vida, aceitando as imposições de outras pessoas ou da sociedade em que vive, sem ter consciência de que é dono do seu destino. Mario Quintana
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Diversão
Pedalar é preciso Que tal andar de bicicleta? Além de exercitar o corpo, pedalar faz muito bem para a mente
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esde a sua invenção, a famosa e simples bicicleta continua hoje quase a mesma na sua essência. Mudaram os modelos, a tecnologia avançou, mas suas principais funcionalidades continuam as mesmas: mover-se para outro lugar, seja por necessidade, lazer ou ainda para manter a saúde em dia. Fala-se muito atualmente em utilizá-la como alternativa para o desafogamento do trânsito das grandes cidades, mas vale lembrar que pedalar pode fortalecer o corpo e a alma. Pesquisas revelam que pessoas que andam de bicicleta regularmente
são mais resistentes a patologias de fundo emocional, como, por exemplo, a depressão. Pedalar libera hormônios que despertam o bem-estar, deixa a mente mais leve e pode ser um ótimo motivo para unir toda a família. Para que saia tudo perfeito, alguns cuidados devem ser tomados. É preciso equipamentos de segurança, como o capacete, além de um bom filtro solar. Tomar cuidado por onde pedala também é essencial. Prefira sempre as ciclovias e parques, que são locais próprios para isso, além de contarem com um ambiente mais propício para o relaxamento e a descontração.
Benefícios da bicicleta • Promove a sociabilização entre família, amigos ou até mesmo proporciona que sejam feitas novas amizades entre os que gostam de pedalar. • É uma terapia para depressão, estresse, ansiedade e déficit de atenção. • Fortalece o músculo cardíaco, reduzindo o risco de doenças cardíacas e o mau colesterol. • Pode reduzir em 50% o risco de desenvolver hipertensão
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